PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DA REDE DE CUIDADOS À PESSOA COM DEFICIÊNCIA EM ARCAJU-SE
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1 XXVII Congresso dos Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DA REDE DE CUIDADOS À PESSOA COM DEFICIÊNCIA EM ARCAJU-SE Marcus Valerius Peixoto Coordenação do Programa Municipal de Cuidados à Pessoa com Deficiência São Bernardo /SP Março de 2013
2 DEFICIÊNCIA Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, as quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas (Convenção dos direitos da pessoa com deficiência - Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008)
3 Política de Saúde Resposta social (ação ou omissão) de uma organização (como o Estado) diante das condições de saúde dos indivíduos e das populações e seus determinantes Produção, distribuição, gestão e regulação de bens e serviços; Diretrizes, planos e programas de saúde (Policy). (PAIM, 2003)
4 DEFICIÊNCIA Aumento da magnitude das deficiências (auditiva, física, intelectual e visual). Multicausalidade em diferentes fases da vida Associação com: Transição epidemiológica do Brasil Modos e Estilos de vida Estrutura do sistema de saúde
5 HISTÓRICO DA ATENÇÃO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA: Contexto geral. Políticas fragmentadas Modelo de atenção focado na demanda espontânea Credenciamento de prestadores Fornecimento de órteses e próteses Subfinanciamento
6 SITUAÇÃO Falta de uma imagem-objetivo Iniquidades na distribuição de serviços (centralização); Necessidade de ampliação do acesso e cobertura; Fragilidade nas ações da atenção básica Foco na protetização em detrimento da reabilitação; Dificuldades para promover o vínculo aos pontos de atenção; NECESSIDADES DE AÇÕES INTERSETORIAIS
7 PLANO VIVER SEM LIMITE ATENÇÃO À SAÚDE Portaria n 793 de 24 de Abril de 2012 Institui a REDE DE CUIDADOS À PESSOA COM DEFICIÊNCIA Portaria n 835 de 25 de Abril de 2012 Institui incentivos financeiros de investimento e custeio para o componente da atenção especializada no SUS para atenção à pessoa com deficiência
8 REDE DE CUIDADOS À PESSOA COM DEFICIÊNCIA Dispõe sobre a criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com deficiência temporária ou permanente; progressiva, regressiva, ou estável; intermitente ou contínua, no âmbito do (SUS).
9 CONCEITO DE REDE As redes são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado (Ministério da Saúde, 2010 Portaria 4.279).
10 REDE
11 COMPONENTES I - Atenção Básica; II- Atenção Especializada em Reabilitação Auditiva, Física, Intelectual, Visual, Ostomia e em Múltiplas Deficiências; e III- Atenção Hospitalar e de Urgência e Emergência.
12 AVANÇOS Política (policy) única e integrada para a reabilitação das deficiências no âmbito do SUS; Institucionalmente - incentiva a criação dos grupos condutores; Financeiramente - incentivos financeiros e custeio Modelo de atenção - organização mediante redes e linhas de produção cuidado; Infraestrutura recursos materiais e humanos
13 ETAPAS DE OPERACIONALIZAÇÃO I Diagnóstico situacional e desenho regional da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência; II - Adesão à Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência; III - Contratualização dos Pontos de Atenção; IV - Implantação e acompanhamento pelo Grupo Condutor Estadual e Municipal da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência;
14 Estratégia para implementação adotada em Aracaju Sensibilização dos pares Discussão da proposta com gestores e trabalhadores Realização de uma Oficina de sensibilização com gestores e servidores Institucionalização Criação do programa de cuidados à Pessoa com Deficiência Instituição do Grupo Condutor Municipal Planejamento Estratégico Diagnóstico situacional Desenho da rede
15 OBJETIVOS DO PROGRAMA Garantir acesso aos pontos de atenção, ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar; Desenvolver atividades no território que favoreçam a inclusão social; Desenvolver ações de prevenção e de identificação precoce de deficiências nas fases pré, peri e pós-natal, infância, adolescência e vida adulta; Aprimorar os processos de gestão para a atenção à saúde da pessoa com deficiência mediante tecnologias de planejamento, avaliação das ações em saúde e regulação dos serviços suplementares;
16 OBJETIVOS DO PROGRAMA Acompanhar o processo de implementação da política no âmbito do município. Aprimorar a infra-estrutura dos serviços da rede municipal mediante a ampliação do aparato tecnológico material dos pontos de atenção e investimento na educação permanente dos trabalhadores dos serviços de saúde; Acompanhar e monitorar a aplicação dos investimentos/incentivos financeiros provenientes de convênios entre o Ministério da Saúde e Secretarias Estadual e Municipal de Saúde; Desenvolver ações intersetoriais em parceria com organizações governamentais e da sociedade civil;
17 EIXOS DE ATUAÇÃO GESTÃO ORANIZAÇÃO DA REDE PRESTAÇÃO DA ATENÇÃO FINANCIAMENTO INFRA ESTRUTURA
18 EIXO Gestão Organização da rede Prestação da atenção Financiamento Infraestrutura PROPOSTA - Institucionalização (Criação do Programa na COVIS) -Gestão colegiada/grupo condutor -Permanente articulação com os demais gestores/dirigentes/serviços -Aplicação do Planejamento e Avaliação como ferramenta; -Diagnóstico dos principais pontos críticos - Pactuar ações com a Secretaria de Estado da Saúde -Articulação com as demais REDES DE ATENÇÃO -Mapear os Pontos de Atenção - Estabelecer fluxos a partir da retaguarda de reabilitação - Criação de fluxo a partir de linhas de cuidado - Instituir acolhimento clínico humanizado e protocolos clínicos - Estruturar a atenção com mediante Projeto Terapêutico Singular com objetivos, estratégias e metas definidas; -Instituir a prática das Reuniões Clínicas -Garantir a qualidade de excelência nos serviços prestados - Acompanhar aplicação dos recursos -Acompanhar aplicação dos recursos -EducaçãoPermanente
19 GRUPO CONDUTOR MUNICIPAL DE CUIDADOS À PESSOA COM DEFICIÊNCIA (SMS) Programa Saúde da Criança, do Adolescente e do Jovem Programa Saúde do Adulto, Idoso e Homem Programa Saúde da Mulher Programa Saúde Bucal Programa de cudados à PcD Prevenção, identificação precoce e reabilitação da deficiência Rede de Atenção Primária Rede de Atenção Psicossocial Rede em Atenção a Saúde do Trabalhador Rede de Urgência e Emergência e SAMU Rede Hospitalar Rede de Atenção Especializada ESF PSE NASF Saúde Bucal CAPS Promoção, prevenção, Identificação e acompanhamento no território CAPS i Matriciamento Centro Especializado em Reabilitação Tipo II (SERFISMO) (Reab Física, Intelectual e Múltiplas deficiências) CEO Transporte Estabelecimentos habilitados em apenas um serviço de reabilitação (Prestadores) - Hospital São José - Clínicas de Fisioterapia - CEMCA Centro Especializado em Reabilitação Tipo IV SES (Demanda dos Municípios) Educação Trabalho Assistênci a social Habitação
20 DIAGNÓSTICO SITUACIONAL Expressa a condição a partir da qual os indivíduos ou grupos interpretam e explicam a realidade; Depende de quem explica, para que explica, a partir de qual posição explica; Finalidade de formular hipóteses causais plausíveis para apoiar o enfrentamento dos problemas e suprimir ou diminuir seus efeitos não desejados
21 DIAGNÓSTICO SITUACIONAL MATRIZ DIAGNÓSTICA Determinantes em Saúde características gerais da população, contexto político e econômico; Condições de Saúde Principais causas de morbi-mortalidade relacionadas à deficiência Estrutura dos Serviços de Saúde Indicadores de cobertura, acesso, capacidade instalada; Desempenho dos Serviços Produção, distribuição e utilização dos equipamentos em saúde pela população.
22 DIAGNÓSTICO SITUACIONAL População de Sergipe habitantes População de Aracaju habitantes Gestão Plena do Sistema Municipal Maior distância na microrregião 30Km Maior distância na macrorregião 215Km Cobertura da Estratégia de Saúde da Família - 94% Unidades Básicas de Saúde: 43 Equipes de saúde da família: 136 Atenção à saúde bucal na atenção básica: 41,67% (67 ESB) Fonte: CENSO, 2010 ;SMS AJU/ SIAB,2013
23 ARACAJU
24 SITUAÇÃO ARACAJU 7,0 5,0% 6,5% Visual 6,0 5,0 Auditiva 4,0 3,2% 3,0 2,0 1,3% Motora 1,0 0,0 Fonte: CENSO, 2010
25 SITUAÇÃO ARACAJU População com deficiência por sexo 61,2% 38,8% Homem Mulher Fonte: CENSO, 2010
26 SITUAÇÃO ARACAJU Rendimento de Pessoas com deficiência,de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, Aracaju,2010 Deficiência Visual Deficiência Auditiva Deficiência Motora Deficiência Intelectual Rendimento N % N % N % N % Até 1/2 salário 784 4,4% 936 3,3% ,1% 256 3,6% 1/2 a 1 salário % ,1% ,8% 452 6,3% 1 a 2 salários ,2% % ,6% 267 3,7% 2 a 3 salários 349 1,9% ,6% 711 1,9% 56 0,8% 3 a 5 salários 456 2,5% 742 2,6% 887 2,4% 46 0,6% Fonte: CENSO, 2010
27 CONDIÇÕES DE SAÚDE Frequência de nascidos vivos segundo número de consultas de pré-natal e peso ao nascer. Aracaju, Consultas e mais Total %Total %baixo peso Nenhuma ,33 39,6 1-3 vezes ,4 16,0 4-6 vezes ,39 9,6 7 e ,83 5,8 Ignorado ,05 50,0 Total ,5 FONTE: SINASC/SIMIS/SMS Aracaju,2012.
28 CONDIÇÕES DE SAÚDE Proporção de internações hospitalares (SUS) por causas externas no Estado de Sergipe (2009) Grupos de doenças Proporção de internações (%) Quedas 47,2 Acidentes de transporte 7,74 Intoxicações 5,29 Agressões 3,87 Lesões autoprovocadas voluntariamente 0,26 Demais causas externas 35,65 Total 100 Fonte: Ministério da Saúde/SE/Datasus - SIH/SUS
29 CONDIÇÕES DE SAÚDE Taxa de incidência de Sífilis Congênita. 13,2/1000 nascidos vivos. ODM :,0,5 /1000 nascidos vivos até FONTE: SINAN/SINASC/SIMIS/SMS Aracaju,2012.
30 ESTRUTURA Rede de Atenção Primária Atenção à Saúde Bucal Rede de Atenção Especializada Descrição detalhada dos serviços de reabilitação para auditiva, deficiência física e intelectual. Rede de Urgência e Emergência Rede de Atenção Hospitalar Rede de Atenção Psicossocial
31 ESTRUTURA Serviço de Reabilitação Física e motora de Aracaju (SERFISMO) Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia, Terapia Ocupacional
32 Estrutura Hospital São José Deficiência Auditiva(Diagnóstico/Prótese/Terapia) Centro de Especialidades Médicas (CEMAR) Oftalmologia Centro de Especialidades Médicas da Criança e Adolescente (CEMCA) Deficiência intelectual Rede de Atenção Psicossocial
33 ENCAMINHAMENTOS REALIZADOS Habilitação do SERFISMO para CER II Convênio para aquisição de materiais/equipamentos permanentes e qualificação do SERFISMO; Convênio para capacitação da equipe do SERFISMO Instituição do Grupo Condutor Municipal Articulação permanente com o Conselho Municipal de Direitos da pessoa com Deficiência
34 DESAFIOS Realizar inquérito populacional a partir da atenção primária para delimitar a população alvo e identificar as suas necessidades; Criar e implementar as linhas de cuidados para pessoas com deficiência; Aprimorar o processo de regulação da assistência; Sensibilizar os profissionais em todos os níveis/pontos de atenção; Implantação dos NASFs com equipes de reabilitação; Criar indicadores e sistemas de informação que forneçam suporte para a avaliação da implantação da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência;
35 Contato: Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju Rua Sergipe nº1310, Siqueira Campos. Aracaju-SE
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