Punição e controle social da juventude: políticas contrárias aos direitos humanos

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1 Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008 Punição e controle social da juventude: políticas contrárias aos direitos humanos Joana D Arc Teixeira (Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Federal de São Carlos) Direitos humanos; Juventude; Punição ST 14 - A escrita do eu: ficções e confissões da dor 1 Introdução Segundo a Subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, dos estados com o maior número de jovens em cumprimento de medida sócio-educativa privação de liberdade, destaca-se o estado de São Paulo, um total de jovens internos (50% das internações no Brasil). Esse quadro atual suscita as seguintes problemáticas para estudo: até que ponto o Estado já vem configurando na prática a execução de uma política da redução da maioridade penal? Quais os rumos dessa política de encarceramento justificada pela re-socialização e retirada do jovem da criminalidade? Nesta pesquisa, buscou-se analisar, avaliar e refletir a respeito da reestruturação do sistema sócio-educativo, no estado de São Paulo, iniciada em 1999 e das propostas de redução da maioridade penal. Para tanto, empreendeu-se uma análise teórica das políticas de controle e punição emergentes na sociedade contemporânea; análise das propostas de emendas constitucionais apresentados no Congresso Nacional ( ); dos discursos contra a redução e das perspectivas dos jovens sobre a temática. Nos últimos dez anos, avalia-se que as reformas no sistema sócio-educativo no Estado de São Paulo permitiram o aumento dos encarceramentos de jovens, não em decorrência do aumento da criminalidade, mas sim, em virtude da construção de instituições destinadas à punição e também pela implementação de medidas sócio-educativas em meio aberto. Esse aumento consequentemente corroborou para que o sistema de Justiça Juvenil ampliasse as suas ações, as quais têm possibilitado uma menor tolerância aos atos julgados como subversivos à ordem e à segurança. Desse modo, a reforma criou outros problemas: o aumento do encarceramento dos jovens, ao invés da sua inibição. E, por conseguinte, aos dezoito anos de Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Lei 8069/90), no que se refere aos jovens autores de atos infracionais o que se verifica um conjunto de políticas públicas que visam à punição, à segregação e ao controle. Conforme Foucault (1987), a desconstrução de maneira crítica dos discursos oficiais e das práticas deles resultantes possibilita desvendar os efeitos de poder que estão por detrás dessas políticas. O que nos leva então a questionar: quem são atualmente os sujeitos apontados como desviantes pelas instituições de controle e nos discursos dos legisladores que almejam a redução da maioridade penal? O que se pretende com a criminalização da juventude pobre? O que tem sustentado os clamores por políticas

2 2 de recrudescimento penal? Compreende-se, portanto, a relevância de se discutir e refletir a respeito das políticas para jovens autores de atos infracionais, tendo como foco de análise as políticas e práticas de controle e punição emergentes na sociedade contemporânea. O presente texto pretende trazer alguns pontos da pesquisa de modo a suscitar algumas reflexões a respeito dos jovens em conflito com a lei e das políticas públicas a eles direcionadas A lógica encarceradora das prisões O sociólogo Zygmunt Bauman (1999) assinala que, cada vez mais, torna-se inadmissível as políticas de encarceramento, considerando-se as seguintes problemáticas: sabe-se que as instituições de controle jamais cumpriram o seu papel de reabilitação, de correção às pessoas categorizadas como desviantes. Ao contrário, as prisões com muita propriedade cumpriram a sua função de "aprisionamento", levando os internos a absorver e adotar os hábitos e costumes típicos destes ambientes. Na verdade, elas consistem em "fábricas de exclusão"; elas funcionam como depósito daqueles que incomoda a ordem e a segurança. Diante do lugar em que ocupam hoje as prisões, o autor traz uma problemática bastante relevante no que diz respeito à potencialização do encarceramento, a saber: a questão ética em torno de toda essa política. Segundo o autor, mesmo que se reconheça que as prisões jamais tenham reabilitado as pessoas ou possibilitado a sua reintegração, continua-se a punir em larga medida pessoas pobres e extremamente estigmatizadas, as quais, na perspectiva do autor, necessitam mais de assistência do que de punição. Essa crescente necessidade de intervenção sobre as pessoas pobres e estigmatizadas, essa seletividade punitiva, que recebe total apoio da opinião pública, para Bauman (1999) consiste em políticas que não passam nos testes mais simples de adequação e profundidade ética, sobretudo pela falta de esclarecimentos a respeito da base moral para punir alguém. Se aos pobres são adotadas medidas punitivas, aos outros crimes políticos e econômicos fecham-se os olhos. Ele questiona, portanto, alguns dos mecanismos dessas políticas punitivas, que se por um lado, volta-se com toda força para as classes subalternas, por outro lado, encobre um número maior de ilegalidades das classes dominantes, dos chamados "crimes de colarinho branco". A tese de Bauman (1999, p.124) é de que, "com toda probabilidade, essas causas estão relacionadas de forma mais do que contingente ao amplo quadro de transformações conhecidas pelo nome de globalização" e outra causa evidente refere-se aos anseios e preocupações públicas na manutenção da "lei e da ordem", pela busca por segurança e, por vezes, pela busca por um inimigo comum. Por intermédio da punição reforça-se a disciplina do mercado, eliminam-se os efeitos da insegurança social, proporcionado sobremaneira pela imposição do trabalho assalariado precário e pelo retraimento da proteção social. E, por fim, as prisões permitem a segregação do "lixo e refugo da globalização" (BAUMAN, 1999).

3 3 Por conseguinte, em nome da segurança do mercado e do estabelecimento da lei e da ordem perde-se a noção ética das medidas adotadas, cuja lógica é: "tudo vale". Hoje, em nome da segurança tornou-se facilmente sacrificável a democracia e os direitos humanos, sendo assim, ficaram mais toleráveis às políticas de controle sobre o inimigo que incomoda e ameaça a ordem. Diante desse quadro atual, é importante realizar reflexões e apontamentos que vão além de simplesmente afirmar ser inconstitucional a redução da maioridade penal, questionando qual o sentido da reforma na legislação, uma vez que o Estado, sob o discurso de segurança e defesa da sociedade, tem tornado mais austera a punição e controle sobre os jovens Jovens em conflito com a lei: constante negação de sua cidadania Conforme Agambem (2001), a violência e a exceção imperam nas sociedades modernas e, em contraposição ao pacto social representado pela modernidade, a violência soberana se funda na inclusão da vida nua (zoé) no interior do Estado. Essa vida nua exposta à morte, mas nãosacrificável, cujo referencial é o homo sacer, a quem qualquer um pode matar sem cometer homicídio. Isto porque, a sua existência é reduzida a uma vida nua despojada de todo direito. Por outro lado, esse homem - o qual habita a fronteira da humanidade - se encontra em constante relação com o poder que o baniu e o persegue. Para Agambem, o banido não está fora da lei, todavia foi por ela abandonado e posto no "limiar" em que vida e direito, externo e interno se confundem. Ele ressalta que, na atualidade, assistimos constantemente aos efeitos dessa vida nua em campos de refugiados, ou em locais onde esse limiar está presente. A exemplo destaca-se as periferias das cidades, as instituições de controle social para jovens, as prisões brasileiras e o que hoje se faz com os prisioneiros da Al Qaeda na base de Guantámano. As ações nesses espaços coadunam para a configuração de uma nova forma de totalitarismo moderno em que a vida nua se inclui na política através da exclusão. Em suas reflexões o autor aponta para o fato de que o totalitarismo, como paradigma da sociedade moderna, pode ser definido como a instauração do estado de exceção, seja ela instaurada por meio de uma guerra civil, a qual permite a eliminação física dos adversários políticos, ou também representada pelas ações sobre cidadãos que por algum motivo não foram integrados pela política. As discussões do autor contribuem significativamente para as reflexões em torno das políticas de mais encarceramento atualmente adotadas pelo Estado de São Paulo e para as reformas legislativas, bem como para a compreensão das ambigüidades ou paradoxos presentes na aplicação dos direitos consagrados às crianças e adolescentes. Isto porque, possibilita pensar sobre o lugar que ocupa o corpo desses jovens: cujos corpos, geralmente estão circunscritos no sistema jurídico, nas unidades de internações, nos programas sócio-educativos em meio aberto, nas reformas judiciárias, dentre outros espaços nos quais podem ser identificadas práticas que deslegitimam e que violam os

4 4 seus direitos. Ou seja, a inclusão em campos cujas políticas demarcam as fragilidades da noção de Estado Democrático de Direito. Fragilidades essas demarcadas por paradoxos da inclusão e da exclusão dos que têm seus direitos conclamados, mas que, frequentemente são por eles abandonados. Esses jovens ao serem desprovidos de qualquer direito são incluídos na política por intermédio da constante deslegitimação das garantias constitucionais e da sua cidadania. Portanto, faz-se necessário direcionar as discussões, conforme as seguintes proposições de Vicentin (2005), quando pontua que, esses jovens na posição de vida nua, de expulso, perdem sua visibilidade na vida pública, e por não serem ouvidos, entram no universo da indiferença: sem possibilidades, sem nome, sem potência e sem escolha. Ao despojar o sujeito da possibilidade de escolha, não estamos produzindo a violência mesma que julgamos combater? Ao produzirmos uma espécie de vida nua como regra, não estamos produzindo sujeitos iguais a "coisas" e, ao se tornarem iguais a coisas, não se tornam os outros "coisas"? E ainda nos espantamos com a banalização da vida, quando esta produção é ato que o próprio Estado está implicando? (VICENTIN, 2004, p.21). Com a cidadania negada, estes jovens tornam-se alvo de intervenções. Na condição de infratores, há uma maior tolerância em relação à violência e à institucionalização. Tudo pode em nome do combate à criminalidade, delimitando-se, desse modo, a falta de limites para a intervenção sobre o corpo do jovem infrator: corpo incircunscrito, corpo desprotegido, aberto às intervenções; corpo desabitado, lançado à própria sorte e desprotegido de seus direitos individuais (CALDEIRA, 2000, 1991). 2. Análise e discussão dos resultados Se, por um lado, verifica-se o aumento da intervenção do Estado sobre os jovens, por outro, tem-se as discussões em torno da redução da maioridade penal, pautadas em discursos de que os jovens cometem crimes e permanecem impunes. Nas análises sobre as principais discussões sobre a redução da maioridade penal, percebe-se que, tanto as posições a favor da redução da maioridade penal, quanto às posições desfavoráveis apóiam-se nas medidas sócio-educativas. Os legisladores almejam a austeridade da pena, que estes jovens de 16 anos, ao cometerem atos infracionais graves, sejam enviados para o sistema prisional. Já os principais órgãos refutadores dessa posição apontam para o aumento do tempo de internação. Posições que de um lado, ou de outro giram em torno de um único objetivo: a punição. 2.1 Os discursos sobre a redução da maioridade penal Nas análises dos documentos de Proposta da Redução da Maioridade Penal, identifica-se nos discursos dos reformadores as seguintes justificativas para a redução da maioridade penal: (a) as

5 5 afirmações de que o Estatuto da Criança e do Adolescente é ineficaz no combate à violência, devendo-se, portanto, realizar uma revisão de suas normativas; (b) justificativas pautadas no discernimento, afirmações de que jovem tem "capacidade de entendimento do caráter pernicioso do comportamento delinqüente" e desenvolvimento mental pleno; (c) justificativas pautadas em algumas alterações na Constituição Federal, como as que dão ao jovem o direito ao voto; além de outras, ainda em tramitação no Congresso; (d) no aumento da prática de crimes contra a vida, como o homicídio, latrocínio, entre os jovens menores de dezoito anos; (e) na diminuição da criminalidade; (f) menções aos países em que as crianças são responsabilizadas pelos crimes praticados, recebendo, todavia, educação e preparação para enfrentar a vida após o cumprimento de penas; (g) justificativas de que tal mudança na legislação representa o sentimento da coletividade, pois a população não concebe mais a impunidade dos jovens; (h) e justificativas de que a redução da maioridade penal consiste em um benefício ao jovem, em uma forma do jovem obter cidadania, direito e responsabilidade. Nas justificativas verifica-se a predominância de concepções sobre os jovens que, de algum modo, baseiam-se nas concepções presentes nos antigos códigos de menores, e que ainda persistem na mentalidade da maioria dos juízes, promotores e técnicos biopsicossociais que atuam na Vara da Infância e da Juventude e no Sistema sócio-educativo. É pertinente salientar que as propostas de emenda constitucional analisadas nessa pesquisa foram apresentadas já no início de implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente e em períodos nos quais mais se discutiram sobre as reformas no sistema sócio-educativo, tanto no Estado de São Paulo, como nos demais estados do país. 2.2 os discursos contra a redução da maioridade penal No que diz respeito aos debates e posições contrárias à redução da maioridade penal verifica-se que à frente das discussões sobre a temática estão os profissionais ligados à área do direito, os representantes do Ministério Público, da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA e o Instituto das Nações Unidas para a Prevenção da Delinqüência - ILANUD. Nas principais discussões contra a redução da maioridade penal, os profissionais envolvidos defendem a reestruturação das medidas sócioeducativa, de modo a superar as crises na sua execução - as quais acentuam as características do sistema juvenil como uma prisão -. As autoridades apóiam-se nas medidas sócio-educativas para afirmar que o Estatuto não é omisso as infrações cometidas por jovens, neste caso, buscam desconstruir o mito da impunidade tão enfatizada pelos legisladores. Como contra discurso enfatizam, sobretudo, a necessidade de reorganização das medidas sócio-educativas, no âmbito de

6 sua implementação, mesmo que para isto seja necessária aprovação de uma lei de diretrizes sócioeducativas As perspectivas dos jovens sobre a redução da maioridade penal As perspectivas dos jovens, que encontravam em cumprimento de liberdade assistida e de internação, sobre a redução da maioridade penal compreendem posições importantes para as reflexões sobre a temática; são perspectivas que retratam os limites dos objetivos educativos das instituições de controle. Ao questioná-los sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente ECA, verificamos que eles referem-se ao Estatuto tendo como pressuposto as medidas punitivas, já que foi dessa maneira que esses adolescentes, na prática, passaram a conhecê-lo; na condição de adolescentes que infringiram a lei; na condição de sujeitos a serem punidos e não na condição de sujeitos de direitos. Todos devem ser punidos, mas há uma injustiça. Porque eu acho que o engravatado, que faz o crime na caneta, deveria ser punido muito mais. Tem um que rouba só uma galinha e vem preso e ficam anos. E os que roubam na caneta, roubam tudo; aí as pessoas descobrem e eles corrompem e não vão presos [...].O jornal vive de notícias ruins. 'Menor' que matou. Mas, ninguém fala da corrupção, da polícia que mata um inocente, porque achou que era bandido (Adolescente institucionalizado na Fundação CASA por tráfico de drogas, Unidade de Internação, entrevista cedida à pesquisadora em agosto de 2006). Nesse posicionamento, o adolescente, apresenta, sem dúvidas, questionamentos a respeito da falta de adequação ética para se punir alguém, mais precisamente no que diz respeito às respostas as ilegalidades de uma parcela de pessoas concentrada nos setores mais vulneráveis da sociedade, sobre as quais recaem com toda força: as políticas de controle social. Considerações finais As medidas estatais cada vez mais austeras e punitivas na vida desses jovens, bem como a inexistência de debates para além das políticas de repressão, para além das percepções desses jovens como potenciais criminosos e como meros objetos de intervenção das instituições públicas de controle têm contribuído para a aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente sob um viés punitivo e para a construção de limites aos direitos constitucionais previstos nessa legislação. O que implica em constantes paradoxos, uma vez que quanto mais esses jovens conquistam direitos na contemporaneidade, ocorre uma crescente inscrição de suas vidas na ordem estatal, oferecendo assim uma nova e mais temível instância ao poder soberano do qual desejariam escapar (AGAMBEN, 2001, p. 127). As análises e discussões das quais se pretendeu a presente pesquisa contribuem significativamente para as reflexões em torno das políticas públicas de mais encarceramento dos

7 7 jovens atualmente adotadas pelo Estado de São Paulo, sobre o recrudescimento das formas de controle propostas nas reformas legislativas e, também possibilita refletir sobre as ambigüidades ou paradoxos presentes na aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA. As problemáticas apontadas, nesse breve texto, convidam-nos a analisar todas essas políticas de punição e controle sobre esses jovens, levando-se em consideração as implicações da violação dos seus direitos à medida que, qualquer política de controle direcionada a eles é amplamente tolerada. Lembrando que sobre esses jovens recaem um conjunto de concepções estigmatizantes que, por sua vez, os lançam para fora das políticas de direito, conclamadas pelo ECA e pelas normas internacionais, das quais o Brasil é signatário. Essas representações, cada vez mais, os inserem num contexto de controle, punição, segregação e assujeitamento, sem que haja espaço para a sua visibilidade nos espaços públicos para a construção de sua cidadania. Cabe, então, a nós pesquisadores por intermédio de nossas pesquisas, com muita responsabilidade ética, trazer reflexões a respeito. No caso das instituições para jovens, buscar em nossas pesquisas, trazer discussões e reflexões sobre outras possibilidades: de outras políticas públicas, para além das políticas de controle social, para além das grandes muralhas do sistemaeducativo. Não há como pensar em construção de cidadania, se, em nosso país, crianças e adolescentes alijados das políticas sociais continuarem a serem lançados para fora do sistema de direitos, cuja exclusão os têm inserido nos contextos mais amplos de punição e controle. Outras possibilidades consistem em mapear quais são os defrontamentos desses jovens frente às práticas institucionais de quem são meramente objetos? Quais as formas-de-vida esses jovens fazem escapar? Conforme os apontamentos de Pelbart (2003, 51): diante da redução biopolítica das formas-de-vida à vida nua [...]: como extrair da vida nua formas-de-vida quando a própria vida se desfez? [...] trata-se de reencontrar aquela uma vida, tanto em sua beatitude quanto na capacidade nela embutida de fazer variar suas formas. Referências Bibliográficas AGAMBEM, G. Homo sacer. O poder soberano e a vida nua I. Trad. Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, BAUMAN, Z. Lei global, lei local. In:. Globalização: as conseqüências humanas. Trad. Trad. Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, p BRASIL. Subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente disponível em: Acesso em Setembro de CALDEIRA, T. P. do R. Cidade de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. Tradução de Frank de Oliveira e Henrique Monteiro. São Paulo: Edusp; Editora 34, 2000.

8 8. Direitos humanos ou privilégios de bandidos?: Desventuras da democratização brasileira. Novos Estudos: CEBRAP. n 30, julho de pp FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. Nascimento da Prisão. Trad. Raquel Ramalhete, 21.ed. Petrópolis: Vozes, PELBART, P. P. Vida Capital. Ensaios de biopolítica. São Paulo: Iluminuras, VICENTIM, M. C. G. A Vida em rebelião: jovens em conflito com a lei. São Paulo: Ed. Hucitec; FAPESP, 2005.

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