04/12/16. Rinite alérgica. Uma via aérea, uma doença. Asma. Rinite Alérgica e Asma
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- Maria de Fátima Figueira Cruz
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1 Rinite Alérgica e Mateus Angelucci Encontro de Fitoterapia Dezembro.2016 Rinite alérgica Rinite alérgica (RA) é uma doença sintomá tica do nariz, induzida após exposição a al érgeno(s), causada pela inflamação das membranas mucosas que revestem as narinas, mediada por IgE. Redução da qualidade de vida; interfere no sono, no desempenho escolar e no trabalho. Uma via aérea, uma doença Mais de 80% dos asmáticos tem RA 10 40% dos pacientes com RA tem asma Rinite e seu impacto na asma - ARIA (Allergic Rhinitis and its Impact on Asthma) RA e asma, estão relacionadas a processos inflamatórios sistêmicos e com freqüência, co-existem no mesmo indiví duo. Pacientes com RA persistente devem ser investigados para a presença de asma concomitante, por meio de histó- ria, exame físico, e se possível, avaliação do fluxo aéreo pulmonar, antes e após broncodilatador. Tratamento convencional: qcontrole ambiental: afastar-se dos alérgenos desencadeantes e os irritantes não específicos (fumaça de cigarro é o mais importante). qglicocorticosteróides intra-nasais são o tratamento mais eficaz da rinite alérgica. qanti-histamínicos: cetirizina, levocetirizina e loratadina. qsolução salina em gotas ou spray pode ajudar a limpar o nariz e ser usada antes das refeições e antes de dormir. A asma é uma doença inflamatória crônica, com hiper-responsividade das VA inferiores e limitação variável do fluxo de ar. O quadro é reversível espontaneamente ou com o uso de broncodilatadores. 1
2 Quadro clínico: üdispnéia ütosse üdesconforto torácico üsibilância No Brasil: 20 milhões de asmáticos 4a. causa de internações Diagnóstico Ø Dados clínicos (sintomas compatíveis, história familiar e pessoal de asma na infância, resposta aos medicamentos específicos) Ø Dados funcionais (obstrução com resposta ao broncodilatador; espirometria) Ø Alergia (testes cutâneos; dosagem sérica de IgE específica) ü Dermatofagoides e Blomia; pólen, baratas, pelos de gatos e cães Tratamento convencional (baseado na gravidade e no controle da doença): qcontrole ambiental; evitar exposição a fatores de risco; forma correta de uso dos medicamentos; automanejo de exacerbações qfármacos: beta2-adrenérgicos; corticóides inalatórios; anticolinérgicos; metilxantinas; antileucotrienos (montelucaste) 2
3 No lactente: Sdr do bebê chiador (lactente sibilante) O desenvolvimento de atopia em fase precoce da vida parece relacionar-se à hiper-responsividade das VA nos próximos anos. Critérios maiores: um dos pais com asma; presença de dermatite atópica Critérios menores: RA; sibilância não-associada a quadro de IVAS; eosinofilia periférica >4% q Lactentes com ao menos 3 episódios de sibilância no último ano + 2 critérios maiores ou 1 maior + 2 menores = alto risco para sibilância persistente Fitoterapia Achyrocline satureoides Echinacea purpurea Sambucus nigra Curcuma longa Mikania laevigata Eucalyptus globulus Justicia pectoralis (chambá) Vernonia polyanthes (assa-peixe) Macela-do-campo, macelinha, carrapichinho-de-agulha, camomila nacional, marcela. Distribuição Geográfica: América do Sul É um arbusto perene que atinge cerca de um metro de altura e que na região sul costuma florescer no mês de março. As flores são amarelas, com cerca de um centímetro de diâmetro, florescendo em pequenos cachos. As folhas são finas e de cor verde-claro, que se destacam do restante da vegetação do campo. É planta invasora comum em terrenos baldios, pastos e campos agrícolas abandonados. Uso etnomedicinal (infloresce ncias secas) ü Sedativa, antiinflamatória, antiespasmódica e contra desordens intestinais (LORENZI, 2000; ROCHA et al., 1989). ü Anti-séptica, digestiva (SONAGLIO et al., 1992); usada em casos de bronquite, dor de barriga e para facilitar o parto (MARQUESINI, 1996). ü Partes aéreas: chá aromático e amargo, estomáquico e antidisentérico (má digestão e gastrites) (MORS et al., 2000). Composição química: Os extratos são ricos em compostos fenólicos não flavonó icos (ácido caféico e ácido clorogênico) e flavonóides (flavonas, luteolina e quercetina) (GUGLIUCCI; MENINI, 2002; SAITO et al., 2005). Muitas de suas atividades são atribuídas aos flavonó ides, assim como aos terpenos (mono e sesquiterpenos) (LORENZI; MATOS, 2002). Os componentes responsáveis pelo gosto amargo e pela adstringência característica do chá são os glicosídeos e os flavonóides (FERNANDES et al., 1996). 3
4 Echinacea purpurea (L.) Moench } Posologia: ü Infuso : 10 a 20 ml/kg/dia em 3 ou 4 tomadas. ü TM: 1 a 3 gotas/kg/dia, em 3 ou 4 tomadas, ou mais freqüente nos casos agudos. ü Uso externo da infusão: para loções e banhos. ü Efeitos colaterais e toxicidade: raros Echinacea purpurea (L.) Moench ἐχῖνος (echino, "ouriço-do-mar ) Flor-roxa-cônica, cometa-roxo, purple coneflower Echinacea purpurea, Echinacea angustifolia, Echinacea pallida Histórico: Originária dos EUA e do Canadá, sendo muito utilizada pelos nativos da região. Em 1699 foi introduzida na Inglaterra, onde era muito utilizada para tratamento de gripes e resfriados. ANTIINFLAMATÓRIA üalquilaminas: atividade antiinflamatória e imunomoduladoras üácido chicórico: reduz a expressão das citocinas próinflamatórias (FNT alfa, interleucina-6 e interleucina 1-beta) IMUNOESTIMULANTE: üarabinogalactano: estimula a produção de FNT, IL 1 e interferon beta 2 (ação virustática) ANTIINFECCIOSA: üinibição da replicação viral pela ação da Echinacea: influenza, herpes e da estomatite. Parte utilizada: Raízes (de, no mínimo, 3 anos de cultivo), colhidas no final do outono, e menos frequentemente as partes aéreas (especialmente a flor) colhidas na floração. Posologia: TM 2 a 4 gotas/kg/dia, em 3 a 4 tomadas; Pó - 20 a 40 mg /kg/dia, em 3 a 4 tomadas; EF - 0,5 a 2 gotas/kg/dia, em 3 a 4 tomadas. A cada 1 mês de tratamento, dar um intervalo de 15 dias sem a medicação. Contraindicações: por falta de evidências clínicas consistentes - Dças sistêmicas progressivas (Tb, leucemia) - Colagenoses - Esclerose múltipla - SIDA ou infecções relacionadas ao HIV (Schulz et al, 2000) 4
5 Experiência clínica Atendimento pediátrico (domingos) desde março.04 Patologias mais frequentes: 1.alergias respiratórias de VAS (rinite e sinusopatia alérgicas; asma; bebê chiador) 2.infecções de VAS de repetição (resfriados e gripes) 3.alterações de comportamento 4.dermatite atópica e de contato Taxa de resposta terapêutica (constatação empírica): q 80% respondem muito bem (casos leves-moderados) qredução significativa da intensidade e frequência dos sintomas alérgicos qespaçamento dos episódios de IVAS qredução do uso de antibióticos, antihistamínicos e corticóides qmelhora da qualidade de vida da criança (sono, alimentação, atenção) q plantas mais prescritas: 1. Echinacea p. 2. Achyrocline s. 3. Curcuma longa 4. Mikania laevigata Obrigado maangelucci@gmail.com 5
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