Informe 02/2012 Balanço das Exportações e Importações
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- Alfredo Sá Dreer
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1 Informe 2/212 Balanço das Exportações e Importações Brasileiras de Rochas Ornamentais e de Revestimento em Janeiro de 212 Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais ABIROCHAS Avenida Paulista, º andar sala 82 Bela Vista São Paulo SP Cep Fone (11) Fax (11) abirochas@abirochas.com.br -
2 BALANÇO SUCINTO DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE ROCHAS ORNAMENTAIS E DE REVESTIMENTO EM JANEIRO DE EXPORTAÇÕES As exportações brasileiras de rochas ornamentais superaram expectativas no mês de janeiro de 212, somando US$ 6,79 milhões e marcando variação positiva de 24,63% frente ao mesmo período de 211. Em volume físico essas exportações somaram ,49 t, com incremento de 15,95%. As rochas processadas representaram 72,86% do faturamento e 44,54% do volume físico das exportações de janeiro, o que constitui índices superiores ao do mesmo mês dos anos de 21 (69,27%) e 211 (67,48%). Os índices mais expressivos de variação foram registrados para as posições e , que representam principalmente exportações de chapas polidas de rochas silicáticas (granitos e similares). A variação pela posição deve estar condicionada tanto ao aumento das vendas de produtos de pedra-sabão (fornos e lareiras), motivado pelo rigoroso inverno europeu, quanto pela inclusão de chapas polidas de rochas silicáticas diversas, corretamente deslocadas da posição IMPORTAÇÕES As importações brasileiras de materiais rochosos naturais somaram US$ 4,5 milhões e 7.632,64 t, que representou variação negativa de respectivamente 5,57% e 7,7% frente ao mês de janeiro de 211. As importações de materiais rochosos artificiais somaram por sua vez US$ 3,2 milhões e 4.38,2 t, com incremento de respectivamente 67,1% e 13,95% frente a 211. Assim, essas importações de chapas aglomeradas já perfazem mais de 5% das importações de materiais naturais. A variação negativa de 18,11%, no preço médio das importações de aglomerados, indica maior participação de produtos chineses no total importado. CÓDIGOS FISCAIS PARA CHAPAS POLIDAS Chapas polidas ou com outro acabamento de face são produtos semiacabados que deveriam ser exportados pelas posições (chapas de granito s.s.), (chapas de rochas silicáticas em geral, inclusive de pedra-sabão e serpentinitos) e (chapas de rochas carbonáticas em geral). Os códigos e deveriam ser utilizados para produtos acabados, respectivamente de granitos e de outras rochas 1 Este texto foi elaborado pelo geólogo Cid Chiodi Filho Kistemann & Chiodi Assessoria e Projetos, para a ABIROCHAS Associação Brasileira das Indústrias de Rochas Ornamentais, em 29 de fevereiro de 212, Belo Horizonte MG. Os dados primários sobre exportações e importações foram obtidos a partir de consulta à Base ALICE do MDIC ( Foto da capa: acesso principal da Vitoria Stone Fair 212. Informe ABIROCHAS 2/212 2
3 silicáticas, assim como os códigos e deveriam ser aplicados para produtos acabados de rochas carbonáticas (mármores, travertinos e calcários). O enquadramento de chapas polidas de rochas silicáticas na posição , erroneamente imposto aos exportadores do Espírito Santo pelas autoridades alfandegárias do estado, já provocou a perda dos benefícios do SGP no mercado dos EUA. No mercado europeu, se for também praticado, esse enquadramento poderá levar à cobrança da marca CE (CE marking), exigida apenas para produtos acabados. DEPRECIAÇÃO DOS GRANITOS VERDE-ESCUROS Outra questão de interesse refere-se ao preço de venda de blocos dos granitos verde-escuros, do tipo Verde Peacock, Verde Butterfly, Verde Labrador, Verde Ubatuba e outros. Esses granitos são quase que exclusivos do Brasil e têm grande penetração no mercado internacional, compondo uma parte significativa das exportações de blocos para a Ásia. Devido à prática irregular de lavra, ainda observada na região norte do Espírito Santo, o preço de venda dos granitos verde-escuros declinou ao longo dos últimos anos, reduzindo drasticamente a lucratividade dos produtores e exportadores formalmente estabelecidos. O momento é oportuno para se tomar algumas providências, envolvendo, por exemplo, a aplicação de um selo de origem em cada um dos blocos exportados, para se evidenciar a procedência e atestar a ligação com uma frente regularizada de lavra junto ao DNPM. NOTAS SOBRE OS MERCADOS DOS EUA E CHINA No ano de 211 as exportações brasileiras de rochas para os EUA somaram US$ 56,66 milhões e 65.64,95 t, correspondentes respectivamente a 5,68% do total do faturamento e 27,67% do total do volume físico das exportações brasileiras de rochas. No mesmo período, as exportações de rochas para a China somaram US$ 141,59 milhões e ,51 t, correspondentes respectivamente a 14,16% do total do faturamento e 35,% do total do volume físico das exportações brasileiras de rochas. Somadas, essas exportações para os EUA e China representaram 64,84% do total do faturamento e 62,67% do total do volume físico das exportações brasileiras de rochas ornamentais. Das exportações para os EUA em 211, 99,8% foram referentes ao Capítulo 68, enquanto 99,6% das exportações para a China vincularam-se ao Capítulo 25. O preço médio dos produtos exportados para a China foi US$ 184,8/t, sendo de US$ 836,6/t o preço médio dos produtos exportados para os EUA. As exportações para os EUA envolveram basicamente chapas polidas de granito, enquanto para a China exportou-se essencialmente blocos de granito. As exportações de blocos para a China representaram 64,1% do total das exportações brasileiras de blocos em 211. As exportações de chapas para os EUA compuseram, por sua vez, 68,8% do total das exportações brasileiras de chapas em 211. Tendo como referência os principais clientes brasileiros de blocos e chapas, percebe-se que as chapas agregam 4,5 vezes mais valor que os blocos, por tonelada exportada. Informe ABIROCHAS 2/212 3
4 Não sendo ainda possível transformar em chapas as exportações de blocos, o que acrescentaria cerca de US$ 7 milhões de faturamento ao volume físico exportado em 211, deve-se tentar valorizar os blocos brasileiros no mercado internacional e, sobretudo, no mercado chinês. Um dos casos mais evidentes dessa necessidade reporta-se justamente aos anteriormente referidos granitos verde escuros, que têm provavelmente o menor preço entre todas as variedades produzidas e comercializadas no Estado do Espírito Santo. É bastante claro que a depreciação dos produtos comerciais do setor de rochas leva à precarização da atividade produtiva. Mais grave é que a depreciação dos granitos verdeescuros, ainda tomados como exemplo, não foi causada por condições ruins de mercado, mas sim pela informalidade de parte da produção e pela desarticulação dos integrantes da estrutura de oferta desses granitos no Brasil. Informe ABIROCHAS 2/212 4
5 12 EXPORTAÇÕES MENSAIS DO SETOR DE ROCHAS ORNAMENTAIS US$ milhões ,1 56, 91,2 84,5 89,9 88,9 98,8 86,4 79,9 86,1 75, 75, ,8 62, 81,2 89,5 93,6 99,8 92, 13,9 89,3 85,5 73,8 8, ,8 3 EXPORTAÇÕES MENSAIS DO SETOR DE ROCHAS ORNAMENTAIS toneladas ,7 119,4 219,8 173,9 214,1 191,2 227,4 186,4 172,2 241,3 183,9 174, ,1 15,8 168,7 194, 189,1 232,8 195,9 22,6 177,7 193,4 161,7 19, ,8 Informe ABIROCHAS 2/212 5
6 EXPORTAÇÕES ACUMULADAS DO SETOR DE ROCHAS US$ milhões Série4 49,1 15,1 196,3 278,8 368,7 457,6 556,4 642,8 722,7 88,8 883,9 959,2 Série1 48,8 11,8 192, 281,5 375,1 474,9 566,8 67,8 76,1 845,6 919,4 999,6 Série2 6,8 VARIAÇÃO COMPARADA DA TAXA DE CRESCIMENTO DO VALOR DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE ROCHAS ORNAMENTAIS % ,85 43,19 59,79 55,67 54,75 5,15 45,62 41,69 39,54 36,96 35,13 32, ,57 5,41-2,19,99 1,72 3,78 1,87 4,35 5,17 4,54 4,2 4, ,63 Informe ABIROCHAS 2/212 6
7 EVOLUÇÃO DA TAXA DE PARTICIPAÇÃO DE ROCHAS PROCESSADAS NO FATURAMENTO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE ROCHAS ORNAMENTAIS 1 9 % Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set 21 69,27 76,93 77,99 79,4 77,64 78,31 78,4 78,59 78,63 77,46 76,99 76, ,48 72,16 74,88 75,7 76,6 75,31 74,96 75,1 75,53 74,99 74,97 74, ,86 Out Nov Dez EVOLUÇÃO DA TAXA DE PARTICIPAÇÃO DE ROCHAS PROCESSADAS NO VOLUME FÍSICO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE ROCHAS ORNAMENTAIS 6 5 % Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set 21 39,76 48,67 47,48 49,9 48,34 49,3 48,91 49,62 49,78 47,63 47,2 46, ,79 41,64 45,13 45,54 47,47 45,75 45,62 45,71 46,28 45,69 45,67 45, ,54 Out Nov Dez Informe ABIROCHAS 2/212 7
8 IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS ACUMULADAS DE MATERIAIS ROCHOSOS NATURAIS toneladas ,1 12,9 18,6 24,6 31,6 39,1 47, 55,5 65,3 72,4 81,2 9, ,3 17,5 26,5 32,9 41,6 49,9 6,1 69,7 79,6 87,7 96,6 15, ,6 IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS ACUMULADAS DE MATERIAIS ROCHOSOS ARTIFICIAS (AGLOMERADOS) toneladas ,1 5,2 7,2 8,7 1,5 12,5 15,2 17,5 2,4 22,7 25,4 27, ,1 4,8 7,4 9,3 11,3 13,7 16,4 19,4 21,3 24,7 28,2 3, ,4 Informe ABIROCHAS 2/212 8
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