Sumário. Apresentação. Apresentação Atributos da Rede de Atenção à Saúde Elementos Constitutivos da Rede de Atenção à Saúde...

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2 Sumário Apresentação Apresentação ESTRUTURA DA SAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE: ALGUNS CONCEITOS Atributos da Rede de Atenção à Saúde Elementos Constitutivos da Rede de Atenção à Saúde Atenção Básica à Saúde (Saúde Mais Perto de Você) Política Nacional de Atenção Básica Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade Programa de Qualificação da Infraestrutura das Unidades Básicas de Saúde - RequalificaUBS Núcleos de Apoio à Saúde da Família NASF Financiamento da Atenção Básica Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica Academia da Saúde Programa Saúde na Escola Telessaúde Consultório na Rua Melhor em Casa: A Segurança do Hospital no Conforto do seu Lar Redes de Atenção à Saúde Temáticas Rede Cegonha Rede de Atenção às Urgências e Emergências: Saúde Toda Hora Rede de Atenção Psicossocial - RAPS Rede de Atenção às Doenças e Condições Crônicas Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência Projetos Estratégicos Brasil Sorridente (Saúde Bucal) Olhar Brasil Cirurgias Eletivas Alimentação e Nutrição: Brasil Carinhoso O Projeto QualiSUS Redes Outras Políticas Sangue Transplantes Filantropia Dengue Monitoramento das Redes e Programas Prioritários Apoio Institucional...39 A Missão da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) é a coordenação nacional da assistência à saúde prestada no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e implementada de forma integrada pelos Estados, Municípios e União. Desde a promoção da saúde em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde até a alta complexidade, transplantes, rede dos hemocentros, as novas Redes de Atenção à Saúde (RAS), além de toda a Atenção Básica e especializada, ambulatorial e hospitalar. Um grande desafio tem sido a construção das redes integradas de atenção à saúde, como forma de se atingir a ampliação do acesso e qualidade nos serviços do SUS, buscando a integralidade necessária. Além de todas as ações de gestão rotineira, estão sendo priorizadas, por meio de pactuação tripartite, as redes temáticas da urgência e emergência, Rede Cegonha, cuidados com saúde mental e dependentes com crack, álcool e outras drogas, doenças crônicas e pessoas com deficiência. A Secretaria se propõe a ser o componente federal na construção das RAS. Dos objetivos estratégicos colocados para o Ministério da Saúde, a SAS está mais diretamente envolvida através da coordenação ou de maior participação nos seguintes aspectos: Garantir acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, aprimorando a política e Atenção Básica e a atenção especializada. Reduzir os riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e vigilância em saúde. Promover atenção integral à saúde da mulher e da criança e implementar a Rede Cegonha, com especial atenção às áreas e populações de maior vulnerabilidade. Aprimorar a rede de urgência e emergência, com expansão e adequação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Postos de Saúde (PS) e centrais de regulação, articulando-a com outras redes de atenção. Fortalecer a rede de saúde mental, com ênfase no enfrentamento da dependência de crack e outras drogas. Contribuir para erradicar a extrema pobreza no país. A SAS não tem medido esforços para tornar o SUS cada vez mais: universal; igualitário; com acesso facilitado e com garantia de qualidade; regulado para garantia de equidade; com classificação de risco para atender primeiro a quem mais precisa; diversificado para atender os diferentes; resolutivo; integrado; rápido; com a Atenção Básica sendo a coordenadora do cuidado e ordenadora da rede; intersetorial; usuário centrado; com participação social; democrático; integral; com percursos claros para o usuário atender suas necessidades de saúde. Os desafios são muitos, talvez o principal seja o de tornar a Atenção Básica, de fato, a coordenadora do cuidado e a ordenadora das RAS, mas com a construção coletiva envolvendo a União, Estados e Municípios, esperamos que brevemente a população brasileira possa comemorar os resultados positivos obtidos pelo SUS.

3 1. Estrutura da SAS A SAS tem como competências, pelo Decreto n.º 7530/2011: I - participar da formulação e implementação da política de assistência à saúde, observados os princípios e diretrizes do SUS; II - definir e coordenar sistemas de redes integradas de ações e serviços de saúde; III - estabelecer normas, critérios, parâmetros e métodos para o controle da qualidade e avaliação da assistência à saúde; IV - identificar os serviços de referência para o estabelecimento de padrões técnicos de assistência à saúde; V - elaborar e propor normas para disciplinar as relações entre as instâncias gestoras do SUS e os serviços privados contratados de assistência à saúde; VI - coordenar, acompanhar e avaliar, em âmbito nacional, as atividades das unidades assistenciais do Ministério da Saúde; VII - prestar cooperação técnica para o aperfeiçoamento da capacidade gerencial e operacional de Estados, Municípios e Distrito Federal; VIII - coordenar a formulação e a implantação da política de regulação assistencial do SUS; IX - promover o desenvolvimento de ações estratégicas voltadas para a reorientação do modelo de atenção à saúde, tendo como eixo estruturador as ações de atenção básica em saúde; X - participar da elaboração, implantação e implementação de normas, instrumentos e métodos que fortaleçam a capacidade de gestão do SUS nos três níveis de governo; XI - proceder à certificação das entidades beneficentes de assistência social que prestam ou realizam ações sociais na área de saúde, nos termos da Lei nº , de 27 de novembro de A Secretaria é estruturada além do gabinete e duas coordenações gerais vinculadas a ele (Coordenação Geral de Informação e Monitoramento de Serviços e Redes de Atenção à Saúde-CGIMRAS e Coordenação Geral de Planejamento e Orçamento-CGPO), em três institutos (Instituto Nacional de Câncer-INCA, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia-INTO e Instituto Nacional de Cardiologia-INC) e em sete departamentos: de Atenção Básica (DAB); de Atenção Especializada (DAE); de Ações Programáticas e Estratégicas (DAPES); de Regulação, Avaliação e Controle de Sistemas (DRAC); de Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social em Saúde (DCEBAS); de Articulação de redes de Atenção à Saúde (DARAS) e Departamento de Gestão Hospitalar no Estado do Rio de Janeiro (DGH-RJ). Algumas atribuições dos Departamentos são apresentadas a seguir: O DAB é responsável pela Gestão, Acompanhamento e Avaliação da Atenção Básica; Saúde da Família; Saúde Bucal; Alimentação e Nutrição; Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus; e Práticas Integrativas e Complementares. Cabe ao DAE: média e alta complexidade, ambulatorial e hospitalar do SUS; Sistema Nacional de Transplantes de Órgãos; política de urgência e emergência do SUS; e a política de sangue e hemoderivados. São responsabilidades do DAPES: coordenar as áreas técnicas da Saúde da Criança e Aleitamento Materno; Saúde do Adolescente e do Jovem; Saúde da Mulher; Saúde Mental; Saúde do Idoso; Saúde da Pessoa com Deficiência; Saúde no Sistema Penitenciário; Saúde do Homem; e a Política Nacional de Humanização. Ao DRAC cabe: a política de regulação; a transferência de recursos financeiros a Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal; controle e avaliação dos serviços de assistência à saúde; política de contratualização; e o cadastro nacional de estabelecimentos de saúde. Ao DCEBAS compete a concessão ou renovação dos certificados de entidades beneficentes de assistência social em saúde. É responsabilidade do DARAS: apoiar técnica e financeiramente Estados, Municípios e o Distrito Federal na organização das ações das RAS. São de responsabilidade do DGH-RJ as seguintes Unidades Assistenciais: Hospital Federal de Ipanema; Hospital Federal da Lagoa; Hospital Federal do Andaraí; Hospital Federal Cardoso Fontes; Hospital Federal dos Servidores do Estado; e o Hospital Federal de Bonsucesso. Com relação aos Institutos cabe: Ao INCA: participar da formulação da política nacional de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer. Ao INC: participar da formulação da política nacional de prevenção, diagnóstico e tratamento das patologias cardiológicas. Ao INTO: participar da formulação da política nacional de prevenção, diagnóstico e tratamento das patologias ortopédicas e traumatológicas. Figura 1- Organograma da SAS SAS CGIMRAS Gabinete CGPO INCA INTO INC DAB DAE DAPES DRAC DCEBAS DARAS DGH-RJ Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 5

4 2. Redes de Atenção à Saúde: alguns conceitos As Redes de Atenção à Saúde são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado (Ministério da Saúde, 2010 Portaria nº 4.279, de 30/12/2010). 2. Extensa gama de estabelecimentos de saúde que prestam serviços de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, gestão de casos, reabilitação e cuidados paliativos e integram os programas focalizados em doenças, riscos e populações específicas, os serviços de saúde individuais e os coletivos. 3. Atenção Básica à Saúde estruturada como primeiro nível de atenção e porta de entrada preferencial do sistema, constituída de equipe multidisciplinar que cobre toda a população, integrando, coordenando o cuidado, e atendendo às suas necessidades de saúde. 4. Prestação de serviços especializados em lugar adequado. 5. Existência de mecanismos de coordenação, continuidade do cuidado e integração assistencial por todo o contínuo da atenção. 6. Atenção à saúde centrada no indivíduo, na família e na comunidade, tendo em conta as particularidades culturais, gênero, assim como a diversidade da população. 7. Sistema de governança único para toda a rede com o propósito de criar uma missão, visão e estratégias nas organizações que compõem a região de saúde; definir objetivos e metas que devam ser cumpridos no curto, médio e longo prazo; articular as políticas institucionais; e desenvolver a capacidade de gestão necessária para planejar, monitorar e avaliar o desempenho dos gerentes e das organizações. 8. Participação social ampla. 9. Gestão integrada dos sistemas de apoio administrativo, clínico e logístico. 10. Recursos humanos suficientes, competentes, comprometidos e com incentivos pelo alcance de metas da rede. 11. Sistema de informação integrado que vincula todos os membros da rede, com identificação de dados por sexo, idade, lugar de residência, origem étnica e outras variáveis pertinentes. 12. Financiamento tripartite, garantido e suficiente, alinhado com as metas da rede. 13. Ação intersetorial e abordagem dos determinantes da saúde e da equidade em saúde. 14. Gestão baseada em resultado Elementos Constitutivos da Rede de Atenção à Saúde A implementação das RAS aponta para uma maior eficácia na produção de saúde, melhoria na eficiência da gestão do sistema de saúde no espaço regional, e contribui para o avanço do processo de efetivação do SUS. A transição entre o ideário de um sistema integrado de saúde conformado em redes e a sua concretização passa pela construção permanente nos territórios que permita conhecer o real valor de uma proposta de inovação na organização e na gestão do sistema de saúde. A atual grande diretriz da SAS para o período de 2011 a 2014 é a implantação das RAS, sendo sua gestora no âmbito federal. No dia 30 de dezembro, o Documento de Referência contendo as Diretrizes para a Organização das RAS no âmbito do SUS foi oficializado por meio da Portaria GM/MS nº 4.279, publicada no Diário Oficial de 31/12/2010. Este documento havia sido aprovado pela Comissão Intergestores Tripartite (CIT), no dia 16 de dezembro. Para assegurar resolutividade na rede de atenção, alguns fundamentos precisam ser considerados: Economia de Escala, Qualidade, Suficiência, Acesso e Disponibilidade de Recursos. 2.1 Atributos da Rede de Atenção à Saúde Considera-se que não há como prescrever um modelo organizacional único para as RAS, contudo as evidências mostram que o conjunto de atributos apresentados a seguir são essenciais ao seu funcionamento: 1. População e território definidos com amplo conhecimento de suas necessidades e preferências que determinam a oferta de serviços de saúde. A operacionalização das RAS se dá pela interação dos seus três elementos constitutivos: população/região de saúde definidas, estrutura operacional e por um sistema lógico de funcionamento determinado pelo modelo de atenção à saúde. População e Região de Saúde Para preservar, recuperar e melhorar a saúde das pessoas e da comunidade, as RAS devem ser capazes de identificar claramente a população e a área geográfica sob sua responsabilidade. A região de saúde deve ser bem definida, baseada em parâmetros espaciais e temporais que permitam assegurar que as estruturas estejam bem distribuídas territorialmente, garantindo o tempo/resposta necessário ao atendimento, melhor proporção de estrutura/população/ território e viabilidade operacional sustentável. Estrutura Operacional A estrutura operacional das RAS é constituída pelos diferentes pontos de atenção à saúde, ou seja, lugares institucionais onde se ofertam serviços de saúde e pelas ligações que os comunicam. Os componentes que estruturam as RAS incluem: Atenção Básica à Saúde centro de comunicação; os pontos de atenção secundária e terciária; os sistemas de apoio; os sistemas logísticos e o sistema de governança. Modelo de Atenção à Saúde O modelo de atenção à saúde é um sistema lógico que organiza o funcionamento das RAS, articulando, de forma singular, as relações entre a população e suas subpopulações estratificadas por riscos, os focos das intervenções do sistema de atenção à saúde e os diferentes tipos de intervenções sanitárias, definido em função da visão prevalecente da saúde, das situações demográficas e epidemiológicas e dos determinantes sociais da saúde, vigentes em determinado tempo e em determinada sociedade. Para a implantação das RAS, é necessária uma mudança no atual modelo de atenção hegemônico no SUS, ou seja, exige uma intervenção concomitante sobre as condições agudas e crônicas. Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 7

5 3. Atenção Básica à Saúde Para as RAS, a Atenção Básica é considerada como a coordenadora do cuidado e ordenadora da rede, que deve considerar no desenvolvimento de suas ações, os seguintes conceitos: acolhimento, ampliação do acesso, integralidade da atenção, implantação de diretrizes clínicas, vinculação e identificação de riscos e de vulnerabilidades. Serão apresentadas algumas iniciativas identificadas como estratégicas para garantir o papel essencial 3.1 Política Nacional de Atenção Básica A Política Nacional de Atenção Básica tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica. A qualificação da Estratégia de Saúde da Família e de outras estratégias de organização da Atenção Básica deverão seguir as diretrizes da Atenção Básica e do SUS, configurando um processo progressivo e singular que considera e inclui as especificidades locorregionais. A estratégia de Saúde da Família visa à reorganização da Atenção Básica no país, de acordo com os preceitos do SUS, e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais, representados respectivamente pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da Atenção Básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da Atenção Básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade. Dos princípios e diretrizes gerais da Atenção Básica A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, da Atenção Básica nas RAS: 3.1 Política Nacional de Atenção Básica. 3.2 Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade. 3.3 Programa de Qualificação da Infraestrutura das Unidades Básicas de Saúde- Requalifica UBS. 3.4 Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF. 3.5 Financiamento da Atenção Básica. 3.6 Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica - PROVAB. 3.7 Academia da Saúde. 3.8 Programa Saúde na Escola. 3.9 Telessaúde Consultório na Rua Melhor em casa. a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. É desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, próxima da vida das pessoas. Deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação das RAS. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social. A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção integral. A Atenção Básica tem como fundamentos e diretrizes I - Ter território adstrito sobre o mesmo, de forma a permitir o planejamento, a programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais com impacto na situação, nos condicionantes e determinantes da saúde das coletividades que constituem aquele território sempre em consonância com o princípio da equidade. II - Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta e preferencial da rede de atenção, acolhendo os usuários e promovendo a vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas necessidades de saúde; o estabelecimento de mecanismos que assegurem acessibilidade e acolhimento pressupõe uma lógica de organização e funcionamento do serviço de saúde, que parte do princípio de que a unidade de saúde deva receber e ouvir todas as pessoas que procuram os seus serviços, de modo universal e sem diferenciações excludentes. III - Adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita, garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado. A adscrição dos usuários é um processo de vinculação de pessoas e/ou famílias e grupos a profissionais/equipes, com o objetivo de ser referência para o seu cuidado. O vínculo, por sua vez, consiste na construção de relações de afetividade e confiança entre o usuário e o trabalhador da saúde, permitindo o aprofundamento do processo de corresponsabilização pela saúde, construído ao longo do tempo, além de carregar, em si, um potencial terapêutico. IV - Coordenar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de ações programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação e manejo das diversas tecnologias de cuidado e de gestão necessárias a estes fins e à ampliação da autonomia dos usuários e coletividades; trabalhando de forma multiprofissional, interdisciplinar e em equipe; realizando a gestão do cuidado integral do usuário e coordenando-o no conjunto da rede de atenção. Essa organização pressupõe o deslocamento do processo de trabalho centrado em procedimentos, profissionais para um processo centrado no usuário, onde o cuidado do usuário é o imperativo ético-político que organiza a intervenção técnico-científica. V - Estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território, no enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, na organização e orientação dos serviços de saúde a partir de lógicas mais centradas no usuário e no exercício do controle social. Das Funções na Rede de Atenção à Saúde A organização das RAS tem diversos atributos, entre eles destaca-se: a Atenção Básica estruturada como primeiro ponto de atenção e principal porta de entrada do sistema, constituída de equipe multidisciplinar que cobre toda a população, integrando, coordenando o cuidado, e atendendo as suas necessidades de saúde. Neste sentido, Atenção Básica deve cumprir algumas funções para contribuir com o funcionamento das RAS, sendo elas: I - Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária. II - Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais. III - Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários em qualquer destes pontos através de uma relação horizontal, contínua e integrada com o objetivo de produzir a gestão compartilhada da atenção integral. Articulando também as outras estruturas das redes de saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais. Para isso, é necessário incorporar ferramentas e dispositivos de gestão do cuidado, tais como: gestão das listas de espera (encaminhamentos para consultas especializadas, procedimentos e exames), prontuário eletrônico em rede, protocolos de atenção organizados sob a lógica de linhas de cuidado, discussão e análise de casos traçadores, eventos-sentinela e incidentes críticos, dentre outros. As práticas de regulação realizadas na Atenção Básica devem ser articuladas com os processos regulatórios realizados em outros espaços da rede, de modo a permitir, ao mesmo tempo, a qualidade da microrregulação realizada pelos profissionais da Atenção Básica e o acesso a outros pontos de atenção nas condições e no tempo adequado, com equidade. Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 9

6 IV - Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando as necessidades desta população em relação aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das necessidades de saúde dos usuários. Correio eletrônico: dab@saude.gov.br Telefone: +55 (61) Sítio: Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade - PMAQ Uma das principais diretrizes atuais do Ministério da Saúde é executar a gestão pública com base em processos e resultados mensuráveis, garantindo acesso e qualidade da atenção em saúde a toda a população. Nesse sentido, diversificados esforços têm sido empreendidos no sentido de ajustar as estratégias previstas na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) na direção de reconhecer a qualidade dos serviços de Atenção Básica ofertados à sociedade brasileira e estimular a ampliação do acesso e da qualidade nos mais diversos contextos existentes no país. O desafio é ampliar o acesso e a qualidade da atenção à saúde a todos os brasileiros. Além de reforçar a base deste duplo movimento, que é a Atenção Básica à Saúde, prioridade que ganhou o nome de Saúde Mais Perto de Você justamente para ressaltar junto à população a ideia de proximidade, acolhimento e familiaridade, vínculo, segurança e confiança. A Atenção Básica deve ser base de estruturação da Rede de Atenção Integral, pressuposto de uma rede que prime pela acessibilidade, equidade, resolutividade e efetividade. Tudo que foi construído até este momento em termos de Rede Cegonha, Rede de Urgências, Rede de Atenção Psicossocial, Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência e Combate ao Câncer e às Condições Crônicas têm a Atenção Básica como base e porta de entrada preferencial e busca avançar dando condições a esta de exercer um efetivo papel de ordenação e coordenação do cuidado. O PMAQ se insere neste contexto, a partir do qual o Governo Federal, progressivamente, se compromete e desenvolve ações voltadas para a melhoria do acesso e da qualidade no SUS. O Programa de Avaliação para a Qualificação do SUS possui como objetivo principal: avaliar os resultados da nova política de saúde, em todas as suas dimensões, com destaque para o componente da Atenção Básica. Trata-se de um modelo de avaliação de desempenho dos sistemas de saúde, nos três níveis de governo, que pretende mensurar os possíveis efeitos da política de saúde com vistas a subsidiar a tomada de decisão, garantir a transparência dos processos de gestão do SUS e dar visibilidade aos resultados alcançados, além de fortalecer o controle social e o foco do sistema de saúde nos usuários. O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica é um Programa que procura induzir a instituição de processos que ampliem a capacidade das gestões federal, estaduais e municipais, além das Equipes de Atenção Básica, em ofertarem serviços que assegurem maior acesso e qualidade, de acordo com as necessidades concretas da população. O Programa busca induzir a ampliação do acesso e a melhoria da qualidade da Atenção Básica, com garantia de um padrão de qualidade comparável nacional, regional e localmente de maneira a permitir maior transparência e efetividade das ações governamentais direcionadas à Atenção Básica em saúde em todo o Brasil. Entre os seus objetivos, destacam-se: I - Ampliar o impacto da Atenção Básica sobre as condições de saúde da população e sobre a satisfação dos seus usuários, por meio de estratégias de facilitação do acesso e melhoria da qualidade dos serviços e ações da Atenção Básica. Mapa de Adesão ao PMAQ Número de municípios integrantes do programa: Número de equipes de atenção básica integrantes do programa: Fonte: Sistema de Contratualização ao PMAQ - Julho 2012 II - Fornecer padrões de boas práticas e organização das Unidades Básicas de Saúde (UBS) que norteiem a melhoria da qualidade da Atenção Básica. III - Promover maior conformidade das UBS com os princípios da Atenção Básica, aumentando a efetividade na melhoria das condições de saúde, na satisfação dos usuários, na qualidade das práticas de saúde e na eficiência e efetividade do sistema de saúde. IV - Promover a qualidade e inovação na gestão da Atenção Básica, fortalecendo os processos de Autoavaliação, Monitoramento, Apoio Institucional e Educação Permanente nas três esferas de governo. V - Melhorar a qualidade da alimentação e uso dos Sistemas de Informação como ferramenta de gestão da Atenção Básica. VI - Institucionalizar uma cultura de avaliação da Atenção Básica no SUS e de gestão com base em processos e resultados. VI - Estimular o foco da Atenção Básica no usuário, promovendo a transparência dos processos de gestão, a participação e controle social e a responsabilidade sanitária dos profissionais e gestores de saúde com a melhoria das condições de saúde e satisfação dos usuários. O PMAQ está organizado em quatro fases distintas e complementares que conformam um ciclo contínuo de melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica, sendo elas: adesão e contratualização, desenvolvimento com foco em processos de autoavaliação, apoio institucional, educação permanente e monitoramento e acompanhamento de indicadores, avaliação externa e por fim, nova contratualização. A primeira fase do PMAQ consiste na etapa formal de adesão ao Programa, mediante a contratualização de compromissos e indicadores a serem firmados entre as Equipes de Atenção Básica com os gestores municipais, e destes com o Ministério da Saúde num processo que envolve pactuação local, regional e estadual e a participação do controle social. A segunda fase consiste na etapa de desenvolvimento do conjunto de ações que serão empreendidas pelas Equipes de Atenção Básica, pelas gestões municipais e estaduais e pelo Ministério da Saúde, com o intuito de promover os movimentos de mudança da gestão, do cuidado e da gestão do cuidado que produzirão a melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica. Esta fase está organizada em quatro dimensões (Autoavaliação; Monitoramento; Educação Permanente; e Apoio Institucional). A terceira fase consiste na avaliação externa em que se realizará um conjunto de ações que averiguará as condições de acesso e de qualidade da totalidade de municípios e Equipes da Atenção Básica participantes do Programa. E, finalmente, a quarta fase é constituída por um processo de pactuação singular das equipes e dos municípios com o incremento de novos padrões e indicadores de qualidade, estimulando a institucionalização de um processo cíclico e sistemático a partir dos resultados alcançados pelos participantes do PMAQ. Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 11

7 Incentivo vinculado ao desempenho por equipe/mês Institui que os municípios começarão a receber o percentual do valor integral do Componente de Qualidade do Piso de Atenção Básica Variável equivalente ao desempenho de suas equipes, conforme a Avaliação Externa, após a publicação da certificação: Avaliação Externa É composta por certificação de desempenho das equipes de saúde e gestão da Atenção Básica, que será coordenada de forma tripartite e realizada por 45 universidades e/ou instituições de pesquisa, por meio da verificação in loco, através de 800 avaliadores de qualidade, de evidências para um conjunto de padrões previamente determinados e também pelo Ministério da Saúde a partir do monitoramento de indicadores. Dimensões da Avaliação Externa do Saúde Mais Perto de Você Acesso e Qualidade I Gestão para o Desenvolvimento da Atenção Básica. II Estrutura e Condições de Funcionamento da UBS. III Valorização do Trabalhador. IV Acesso e Qualidade da Atenção: a) Acesso e Organização do Processo de Trabalho; b) Atenção à Saúde na Unidade Básica; c) Continuidade da Atenção na Rede. V Acesso, Utilização, Participação e Satisfação do Usuário. Correio eletrônico: pmaq@saude.gov.br/avaliacao.dab@saude.gov.br Telefone: +55 (61) Sítio: Quadro do Percentual de Equipes de Atenção Básica que Solicitaram Avaliação Externa Junho Programa de Qualificação da Infraestrutura das Unidades Básicas de Saúde - Requalifica UBS O Programa de Requalificação das UBS, instituído pela portaria nº 2.206, de 14 de setembro de 2011, tem como objetivo criar incentivo financeiro para as UBS, tendo em vista o provimento de condições adequadas para o seu funcionamento e melhoria do acesso à Atenção Básica e da qualidade da atenção prestada. Isso envolve melhorias da estrutura física, com construção, reforma e ampliação de unidades, bem como ações que visem à informatização dos serviços e qualificação da atenção à saúde desenvolvida pelos profissionais da equipe. O Ministério da Saúde, por meio do Programa de Requalificação das UBS, visa contribuir para estruturação e o fortalecimento da Atenção Básica e para a continuidade do modelo de atenção à saúde no país, propondo que a estrutura física da UBS seja facilitadora para a mudança das práticas das Equipes de Saúde e capaz de atender à população em ambientes com estrutura acolhedora e dentro dos melhores padrões de qualidade. Construção: UBS contratadas com investimentos total de 1 bilhão e 14 milhões; destas: contratadas em 2011 do PAC 2 para municípios, investimento de R$ 553 milhões contratadas em 2010/11 para mu- nicípios, investimento de R$ 461 milhões. Reforma: contratadas em 2011/2012 para municípios R$ 538 milhões. Ampliação ampliações contratadas 2012, em municípios, investimento total de 548 milhões. 3.4 Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF Correio eletrônico: dab@saude.gov.br Telefones: +55 (61) /9040 Sítio: Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica, bem como sua resolutividade. São constituídos por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais das Equipes Saúde da Família, das Equipes de Atenção Básica para populações específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais, etc.) e academia da saúde, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios sob responsabilidade destas equipes, atuando diretamente no apoio matricial às equipes da(s) unidade(s) na(s) qual(is) o NASF está vinculado e no território destas equipes. Os NASF devem buscar contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários. São exemplos de ações de apoio desenvolvidas pelos profissionais dos NASF: discussão de casos, atendimento conjunto ou não, interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais e da coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de trabalho das equipes, etc. Todas as atividades podem ser desenvolvidas nas unidades básicas de saúde, academias da saúde ou em outros pontos do território. Quando presente no NASF, o profissional sanitarista pode reforçar as ações de apoio institucional e/ ou matricial, ainda que as mesmas não sejam exclusivas dele, tais como: análise e intervenção conjunta sobre riscos coletivos e vulnerabilidades, apoio à discussão de informações e indicadores e saúde (bem como de eventos-sentinela e casos-traçadores e analisadores), suporte à organização do processo de trabalho (acolhimento, cuidado continuado/programado, ações coletivas, gestão das agendas, articulação com outros pontos de atenção da rede, identificação de necessidades de educação permanente, utilização de dispositivos de gestão do cuidado, etc.). Poderão compor os NASF 1 e 2 as seguintes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações (CBO): Médico Acupunturista; Assistente Social; Profissional/Professor de Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista/Obstetra; Médico Homeopata; Nutricionista; Médico Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; Terapeuta Ocupacional; Médico Geriatra; Médico Internista (clínica médica), Médico do Trabalho, Médico Veterinário, profissional com formação em arte e educação (arte-educador) e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas. Os municípios que aderirem ao NASF Tipo I receberão, do Ministério da Saúde, R$ 20 mil para a implantaçao do Núcleo e mais R$ 20 mil mensais para o custeio das equipes. A modalidade Tipo II contará com R$ 8 mil para implementação do NASF e mais R$ 6 mil mensais de custeio. Os recursos serão repassados do Fundo Nacional de Saúde para os fundos municipais de saúde. Os Municípios que tiverem mais de duas Equipes de Saúde da Família poderão aderir ao NASF. As novas regras vão permitir que mais de 3,9 mil municípios possam contar com os NASF. Correio eletrônico: dab@saude.gov.br Telefone: +55 (61) Sítio: Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 13

8 Quadro do Número de NASF no Brasil Essa mudança permitiu enfrentar estagnação do crescimento da ESF, a média de crescimento pós-mudança constatada é 150% maior do que no ano passado e 60% maior do que a média dos últimos três anos. Contudo, a mais importante inovação no desenho de financiamento foi criada no PAB Variável pela Portaria nº 1.654/2011: o Componente de Qualidade. Ele garantiu aumento do repasse de recursos em função da contratualização de compromissos e do alcance de resultados na concretização dos mesmos, tendo como referência padrões de acesso e qualidade pactuados de maneira tripartite. Perto de completar um ano de existência (19 de julho), já alcança 9,5% do total do PAB Variável e tem-se previsão de chegar a 15% em 2013, quando poderá ser universalizado a todas as equipes de Atenção Básica do país. Fecha o novo desenho de financiamento da Atenção Básica uma parcela expressiva de recursos que, articulados ao Plano Brasil Sem Miséria, foram mobilizados para o Programa de Requalificação das UBS, instituído pela Portaria nº 2.206,de 14/09/2011, com seu primeiro componente, o de Reformas. Este Programa tem a ousada tarefa de mudar a cara da Atenção Básica à Saúde, ela que foi a Porta de Entrada do SUS para 81% dos usuários atendidos no sistema no último ano (DOGES/MS2012). O Programa de Requalificação prevê mais de 3,5 bilhões de reais para responder a toda necessidade de reformas, ampliações e informatização de UBS do país, além de permitir a construção de novas. Em síntese, o financiamento da Atenção Básica seguiu induzindo a mudança de modelo por meio da ESF e passou a garantir, proporcionalmente, mais recursos para os municípios que mais precisam, a valorizar aqueles que se empenham em alcançar melhores resultados, e a financiar a plena reestruturação da rede física modernização das UBS do Brasil. Correio eletrônico: dab@saude.gov.br Telefones: +55 (61) /9023 Sítio: Financiamento da Atenção Básica INOVANDO NO DESENHO DO FINANCIAMENTO Municípios Faixa Números População Coberta Percentual Faixa Per capita Per capita Variação Per capita Variação Variação , R$ 18 R$ 23 27,80% R$ 25 8,70% 38,80% , R$ 18 R$ 21 16,70% R$ 23 9,50% 27,80% O conjunto de Portarias publicadas no ano de 2011 permite afirmar que o financiamento federal da Atenção Básica ganhou novos conteúdos e contornos, em especial as Portarias nº 1.602, de 09/07/2011, que define os valores per capita do PAB Fixo; a nº 1.654, de 19/07/2011, que institui o Componente de Qualidade na Atenção Básica (PMAQ); a nº 2.206, de 12/09/2011, que institui o Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde; e, finalmente, a nº 2.488, de 21/10/2011, que aprova nova Política Nacional de Atenção Básica. Até 2011, todos os municípios, independentemente de seus indicadores socioeconômico-demográficos, recebiam um mesmo valor per capita para a Atenção Básica estipulado em R$ 18,00 hab./ano. A Portaria nº mudou isso! Instituiu um fator equitativo, ao começar a levar em conta a situação socioeconômica-demográfica de cada um dos municípios do Brasil, que foram distribuídos em quatro grupos; o primeiro, formado pelos menores municípios, mais pobres e com piores indicadores, passou a receber um per capita maior do que do grupo de maiores e mais ricos municípios. O resultado é que esses menos favorecidos obtiveram um aumento acumulado (2012 ante 2010) de 38,8%, enquanto que para os mais ricos foi de 11,1%. Isto representa mais recursos para quem tem as maiores dificuldades e as piores condições para enfrentá-las. O PAB Variável foi mantido e segue induzindo a implantação da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Conforme a Portaria nº 2.488, a ESF é compreendida como a estratégia prioritária de expansão, qualificação e consolidação da Atenção Básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da Atenção Básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade. Foi ampliado o universo de modelagens de equipes reconhecidas como ESF e, portanto, financiadas pelo PAB Variável. Isso permitiu maior adequação à diversidade do país, tanto em termos das distintas realidades municipais quanto das especificidades das populações atendidas , R$ 18 R$ 19 5,60% R$ 21 10,50% 16,70% , R$ 18 R$ 18 0,00% R$ 20 11,10% 11,10% Total , R$ 3,45 Bi R$ 3,70 Bi 7,20% R$ 4,13 Bi 11,60% 19,60% 3.6 Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica - PROVAB O Ministério da Saúde oferece incentivos aos profissionais que desejam atuar em bairros carentes e cidades do interior do país. O Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica (PROVAB) prevê benefícios para atuação nas Unidades Básicas de Saúde do SUS. Na primeira edição, que teve início em março de 2012, o PROVAB firmará contrato de um ano com os profissionais que se inscreverem e forem convocados. Ao final desse período, os médicos que tiverem uma boa avaliação de desempenho terão uma pontuação adicional de 10% na nota dos exames de residência médica. Durante toda a atuação nas unidades de saúde, os profissionais receberão tutoria pelas instituições de ensino superior participantes, ou programas de residência em saúde da família e comunidade, que darão suporte presencial e à distância por meio do programa Telessaúde. Este é um programa desenvolvido com a parceria entre a SAS e Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES). Correio eletrônico: provabs@saude.gov.br Telefone: +55 (61) Sítio: Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 15

9 3.7 Academia da Saúde 3.9 Telessaúde O Programa Academia da Saúde estimula a criação de espaços adequados para a prática de atividade física, orientação nutricional, oficinas de artes cênicas, dança, palestras e demais atividades que promovam modos de vida saudáveis. São academias habilitadas a receber incentivos pelo Ministério, que podem variar 3.8 Programa Saúde na Escola O Programa Saúde na Escola (PSE) é uma Política intersetorial dos Ministérios da Saúde e da Educação. A saúde e a educação das crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira se unem para promover o desenvolvimento pleno desse público, aproveitando o espaço privilegiado da escola para práticas de promoção, prevenção da saúde e construção de uma cultura de paz. A articulação entre Escola e Rede Básica de Saúde é, portanto, fundamental para o Programa Saúde na Escola. O PSE é uma estratégia de integração da saúde e educação para o desenvolvimento da cidadania e da qualificação das políticas brasileiras. A escola como um espaço de relações é ideal para o desenvolvimento do pensamento crítico e político, na medida em que contribui para a construção de valores pessoais, crenças, conceitos e maneiras de conhecer o mundo e interfere diretamente na produção social da saúde. As práticas em educação e saúde devem considerar os diversos contextos com o objetivo de realizar construções compartilhadas de saberes sustentados pelas histórias individuais e coletivas, com papéis sociais distintos professores, educandos, merendeiras, porteiros, pais, mães, avós, entre outros sujeitos, produzindo aprendizagens significativas e ratificando uma ética inclusiva. Desse modo, dimensionando a participação ativa de diversos interlocutores/sujeitos em práticas cotidianas, é possível vislumbrar uma escola que forma cidadãos críticos e informados com habilidades para agir em defesa da vida e de sua qualidade e que devem ser compreendidos pelas equipes de Saúde da Família (esf) em suas estratégias de cuidado. entre R$ 80 mil (para porte básico), R$ 100 mil (para porte intermediário) e R$ 180 mil (para porte ampliado). Para pólos de academia da Saúde já foram pagas a 1ª parcela, no valor total de R$ ,00. Este Programa é desenvolvido em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Correio eletrônico: academiadasaude@saude.gov.br Telefone: +55 (61) Sítio: O PSE vem contribuir para o fortalecimento de ações na perspectiva do desenvolvimento integral e proporcionar à comunidade escolar a participação em programas e projetos que articulem saúde e educação, para o enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens brasileiros. Essa iniciativa reconhece e acolhe as ações de integração entre saúde e educação já existentes e que têm impactado positivamente na qualidade de vida dos educandos. A escola é um espaço privilegiado para práticas de promoção de saúde e prevenção de doenças. A articulação entre escola e unidade de saúde é, portanto, uma importante demanda do PSE. Correio eletrônico: pse@saude.gov.br Telefone: +55 (61) Sítio: Um dos maiores desafios para a implementação da Atenção Básica é propiciar as condições para que ela seja resolutiva. Estratégias que possibilitem a educação permanente desses profissionais, bem como um canal de diálogo rápido e fácil com outros profissionais e serviços, podem ajudar na qualificação do cuidado na Atenção Básica, na regulação da rede de serviços, e, por conseguinte, melhorar as condições de saúde da população. O Telessaúde Brasil Redes na Atenção Básica é uma das estratégias integrantes da Política Nacional de Educação Permanente do SUS desenvolvida pela SGTES. Constitui-se enquanto uma rede que interliga gestores da saúde, instituições formadoras e serviços de saúde do SUS, num processo de trabalho cooperado online. Isso permite agir de forma colaborativa, agilizando a identificação de problemas e soluções e reduzindo custos. A integração entre instituições com áreas de excelência complementares em saúde e educação permite o compartilhamento de conteúdos educacionais e 3.10 Consultório na Rua A responsabilidade pela atenção à saúde da população de rua, como de qualquer outro cidadão, é de todo e qualquer profissional do SUS com destaque especial para a Atenção Básica. Em situações específicas, com o objetivo de ampliar o acesso destes usuários à rede de atenção e ofertar de maneira mais oportuna à atenção integral à saúde, pode-se assistenciais. Cada centro desenvolve sua área de excelência e a compartilha com outras instituições. Atualmente estão em atividade os seguintes núcleos de Telessaúde, agindo em articulação com a rede de serviços de atenção à saúde em cada Estado: Núcleo de Telessaúde do Amazonas, na Universidade Estadual do Amazonas. Núcleo de Telessaúde do Ceará, na Universidade Federal do Ceará. Núcleo de Telessaúde de Goiás, na Universidade Federal do Goiás. Núcleo de Telessaúde de Minas Gerais, na Universidade Federal de Minas Gerais. Núcleo de Telessaúde de Pernambuco, na Universidade Federal de Pernambuco. Núcleo de Telessaúde do Rio de Janeiro, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Núcleo de Telessaúde do Rio Grande do Sul, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Núcleo de Telessaúde de Santa Catarina, na Universidade Federal de Santa Catarina. Núcleo de Telessaúde de São Paulo, na Universidade de São Paulo. Núcleo de Telessaúde do Tocantins, na Universidade Federal do Tocantins. Núcleo de Telessaúde do Mato Grosso do Sul, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Telefone: +55 (61) lançar mão das equipes dos consultórios na rua, que são equipes da Atenção Básica compostas por profissionais de saúde, com responsabilidade exclusiva de articular e prestar atenção integral à saúde das pessoas em situação de rua. A nova Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) propõe ações para populações específicas, dentre estas a população em situação de rua, criando através das portarias nº 122 e nº 123 equipes específicas para a atenção integral à saúde, denominada consultório na rua (ecr). Sendo as ecr um dos componentes da Atenção Básica na Rede de Atenção Psicossocial. A equipe dos consultórios Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 17

10 na rua somam duas experiências para a atenção à saúde desta população, a experiência dos consultórios de rua (política nacional de saúde mental) e a experiência de municípios que implementaram equipes de saúde da família para população sem domicílio. O objetivo do Governo Federal é ampliar o acesso ao SUS para essas populações e ofertar, para esses usuários, atenção integral à saúde. As equipes dos consultórios na rua são equipes multiprofissionais que deverão realizar ações in loco e de forma itinerante, com ações compartilhadas e integradas às unidades básicas, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), dos serviços de urgência e emergência e outros pontos de atenção, deverão cumprir carga horária mínima semanal de 30 horas e o período de atuação delas deverá ser adequado à demanda das pessoas em situação de rua, podendo ocorrer em período diurno e/ou noturno e em todos os dias da semana. Outra mudança é na forma de financiamento destas equipes, que passa a ser feito por meio de repasses financeiros do fundo nacional de saúde para os fundos municipais de saúde (e, não mais, por meio de editais). MODALIDADES E VALORES DOS INCENTI- VOS FEDERAIS: ecr da Modalidade I será repassado o valor de R$ 9.500,00 (nove mil e quinhentos reais) por mês; ecr da Modalidade II será repassado o valor de R$ ,00 (treze mil reais) por mês; e ecr da Modalidade III será repassado o valor de R$ ,00 (dezoito mil reais) por mês. Correio eletrônico: dab@saude.gov.br Telefone: +55 (61) Sítio: Melhor em Casa: A Segurança do Hospital no Conforto do seu Lar O Melhor em Casa (Atenção Domiciliar) tem como objetivo ofertar atendimento qualificado no domicílio com vistas à humanização da atenção, redução da demanda por atendimento hospitalar e/ou redução do período de permanência de usuários internados, a desinstitucionalização e a ampliação da autonomia dos usuários. O programa está articulado com as RAS (Saúde Mais Perto de Você e Saúde Toda Hora), estratégia do Governo Federal, em parceria com estados e municípios, para ampliar e/ou qualificar a assistência na Atenção Básica, nos serviços de urgência e emergência no SUS e nos serviços hospitalares. Destina-se a atender pacientes egressos dos serviços de urgência e emergência, serviços hospitalares, oriundos da Atenção Básica e/ou demanda espontânea. O Melhor em Casa é um dos componentes da Rede de Atenção às Urgências e Emergências A Atenção Domiciliar se constitui em uma nova modalidade de atenção à saúde, substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às RAS. Propõe-se a reorganizar o processo de trabalho das equipes que prestam cuidado domiciliar na Atenção Básica, ambulatorial e hospitalar, com vistas à humanização da atenção, à redução da demanda por atendimento hospitalar e/ou redução do período de permanência de usuários internados, à desinstitucionalização e à ampliação da autonomia dos usuários. Está organizada em três modalidades (AD1, AD2 e AD3), definidas a partir da caracterização do paciente e do tipo de atenção e procedimentos utilizados para realizar o cuidado dos mesmos. Como credenciar as Equipes de Atenção Domiciliar passo a passo: 1) Gestor Elabora Detalhamento do Componente Atenção Domiciliar do Plano de Ação da Rede de Urgência e Emergência + Projeto de Implantação da AD de acordo com a Portaria nº ) Gestor submete à CIB (ou Colegiado de Gestão da Secretaria de Saúde do DF) e à CIR. 3) Gestor encaminha Detalhamento do Componente AD + Projeto de Implantação da AD para CGAD/DAB/SAS/MS. 4) CGAD realizada a análise dos documentos enviados pelo gestor e publica portaria específica, habilitando estabelecimentos, com seus respectivos SAD. Figura1 Mapa de implantação da AD nos Estados AC AM RO RR Legislação: Portaria GM/MS nº 2.527, de 27 de outubro de 2011, disponível no site: Contatos: Coordenação Geral de Atenção Domiciliar/ DAB/SAS/MS Correio eletrônico: melhoremcasa@gmail.com Telefones: (61) e AP 5) Gestor local cadastra as equipes (EMAD e EMAP) no SCNES. 6) Início do repasse dos recursos. Obs.: as resoluções da CIB e da CIR são necessárias para o início do repasse do custeio e não para a habilitação. PA MA RN CE PB PI PE AL TO SE MT BA DF GO MG ES MS SP RJ PR SC RS O Governo Federal vai repassar, por mês, R$ 34,5 mil para o custeio das equipes principais (EMAD) e R$ 6 mil para as equipes de apoio (EMAP). Os repasses do Ministério não excluem a possibilidade de aporte de recursos pelos gestores locais. Correio eletrônico: dab@saude.gov.br Telefone: +55 (61) Sítio: Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 19

11 4. Redes de Atenção à Saúde Temáticas A rede de atenção á saúde temática deve se organizar a partir da necessidade de enfrentamentos de vulnerabilidades, agravos ou doenças que acometam as pessoas ou as populações. Após pactuação tripartite, em 2011, foram priorizadas as seguintes redes temáticas: Rede Cegonha, que tem um recorte de atenção à gestante e de atenção à criança até 24 meses. Rede de Atenção às Urgências e Emergências. Rede de Atenção Psicossocial (com prioridade para o Enfrentamento do Álcool, Crack, e outras Drogas). Rede de Atenção às Doenças e Condições Crônicas: iniciando-se pelo câncer (a partir da intensificação da prevenção e controle do câncer de mama e colo do útero). Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência. Fases de Implementação da Rede Temática de Atenção à Saúde As Redes de Atenção à Saúde - RAS Qualificação/Educação Informação Regulação Promoção e Vigilância à Saúde Rede Cegonha LÓGICA COMUM DAS PORTARIAS DE REDES TEMÁTICAS Na conformação das redes temáticas, tentou-se imprimir as seguintes lógicas: - identificação dos componentes das redes temáticas e suas formas de articulação; - estabelecimento de fases para a implementação das redes, constando nas portarias específicas os passos necessários para o cumprimento das fases, como Rede de Atenção Psicossocial ATENÇÃO BÁSICA Rede de Atenção às Urgências e Emergências Rede de Atenção às Doenças e Condições Crônicass Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência Todas as redes também são transversalizadas pelos temas: qualificação e educação; informação; regulação; e promoção e vigilância à saúde. pode ser visto, como exemplo, na figura seguinte. Nem todas as redes identificaram a necessidade de todas as fases construídas inicialmente: diagnóstico e adesão; desenho da rede regional; contratualização dos pontos de atenção; qualificação dos componentes/pontos de atenção; e certificação da rede. 4.1 Rede Cegonha A Rede Cegonha é uma rede de cuidados que assegura: às mulheres: o direito ao planejamento reprodutivo, a atenção humanizada à gravidez, parto, abortamento e puerpério. às crianças: direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudáveis. Tem como objetivos: Novo modelo de atenção ao parto, nascimento e à saúde da criança. Rede de atenção que garanta acesso, acolhimento e resolutividade. Redução da mortalidade materna e neonatal. Diretrizes da Rede Cegonha: 1. Garantia do acolhimento com classificação de risco, ampliação do acesso e melhoria da qualidade do PRÉ-NATAL. 2. Garantia de vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro. 3. Garantia das boas práticas e segurança na atenção ao PARTO E AO NASCIMENTO. 4. Garantia da atenção à saúde das crianças de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade. 5. Garantia da ampliação do acesso ao PLANE- JAMENTO REPRODUTIVO. Atos Normativos da Rede Cegonha: PORTARIA Nº 1.459, DE 24 DE JUNHO Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 21

12 UBS UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DOMICÍLIO DE 2011: Institui, no âmbito do SUS, a Rede Cegonha. PORTARIA Nº 2.351, DE 5 DE OUTUBRO DE 2011: Altera a Portaria nº 1.459/GM/MS, de 24 de junho de 2011, que institui, no âmbito do SUS, a Rede Cegonha. PORTARIA Nº 650, DE 5 DE OUTUBRO DE 2011: Dispõe sobre os Planos de Ação Regional e Municipal da Rede Cegonha. Área Técnica de Saúde da Mulher Correio eletrônico: saude.mulher@saude.gov.br Telefone: +55 (61) Sítio: HOSPITAL MATERNIDADE DE RISCO Atenção domiciliar Melhor em Casa. Buscando sempre o acolhimento com classificação de risco e resolutividade Portarias: PORTARIA Nº 1.600, DE 07 DE JULHO DE 2011: Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e Institui a Rede de Atenção às Urgências no SUS. PORTARIA Nº 1.601, DE 7 DE JULHO DE 2011: Estabelece diretrizes para a implantação do componente Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas da Rede de Atenção às Urgências, em conformidade com a Politica Nacional de Atenção às Urgências. PORTARIA Nº 2.026, DE 24 DE AGOSTO DE 2011: Aprova as diretrizes para a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e sua Central de Regulação Médica das Urgências, componente da Rede de Atenção às Urgências. PORTARIA Nº 2.029, DE 24 DE AGOSTO de 2011: Institui a Atenção Domiciliar no âmbito do SUS. CONTATO Coordenação Geral de Urgência e Emergência (CGUE/SAS/MS) Correio eletrônico: saudetodahora@saude.gov.br Telefone: +55 (61) Sítio: CASA DA GESTANTE, BEBÊ E PUÉRPERA CENTRO DE PARTO NORMAL MATERNIDADE UCO - Unidade Coronariana Unidades de Terapia Intensiva para pacientes críticos Enfermaria de leitos clínicos Central de Regulação SAMU HOSPITAL UAVE - Unidade De Atenção Ao Acidente Vascular Encefálico Promoção/ Prevenção Enfermaria de leitos de crônicos SE BEBER, NÃO DIRIJA Unidade Básica de Saúde 4.2 Rede de Atenção às Urgências e Emergências: Saúde Toda Hora Componentes e Interfaces da Rede de Atenção às Urgências e Emergências Atenção Domiciliar Unidade de Saúde com Sala de Estabilização UBS A organização da Rede de Urgência e Emergência (RUE) tem a finalidade de articular e integrar todos os equipamentos de saúde com objetivo de ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência/ emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna. Promoção e prevenção. Atenção primária: unidades básicas de saúde. UPA e outros serviços com funcionamento 24h. SAMU 192. Portas hospitalares de atenção às urgências SOS Emergências. Enfermarias de Retaguarda e Unidades de Cuidados Intensivos. Inovações tecnológicas nas linhas de cuidado prioritárias: AVC, IAM, Traumas. Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 23

13 FORÇA NACIONAL DO SUS A Força Nacional do SUS foi criada em 2011 para agir no atendimento a vítimas de desastres naturais, calamidades públicas ou situações de riscos epidemiológicos que exijam uma resposta rápida e coordenada, apoio logístico e equipamentos adequados de saúde. É uma ação coordenada conjuntamente pela SAS, SVS e Secretaria Executiva (SE). SOS EMERGÊNCIAS OBJETIVO: apoiar a unidade hospitalar para a melhoria da gestão e da qualidade assistencial, através da implantação dos dispositivos da classificação de risco, gestão de leitos, implantação de protocolos clínico-assistenciais e administrativos, adequação da estrutura e ambiência hospitalar, regulação e articulação com o sistema de saúde. Unidades do SOS Emergências em 2011 MUNICÍPIO SALVADOR FORTALEZA RECIFE GOIÂNIA BRASILIA SÃO PAULO SÃO PAULO RIO DE JANEIRO RIO DE JANEIRO BELO HORIZONTE PORTO ALEGRE UNIDADE HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS INSTITUTO JOSÉ FROTA CENTRAL HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA HUGO HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL SANTA CASA DE SÃO PAULO HOSPITAL SANTA MARCELINA HOSPITAL MIGUEL COUTO HOSPITAL ALBERT SCHWEITZER HOSPITAL JOÃO XXIII HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO Busca-se, portanto, a construção de serviços diferentes para as diferentes necessidades. Portarias publicadas: Portaria nº 3.088, de Institui a Rede de Atenção Psicossocial no SUS RAPS (republicada em ); Portaria nº 3.089, de Dispõe sobre o financiamento dos CAPS no âmbito da RAPS (republicada em ). Portaria nº 3.090, de Dispõe sobre o repasse de incentivo de custeio para Serviços Residenciais Terapêuticos SRT (republicada em ). Portaria nº 121, de Institui Unidade de Acollhimento UA. Portaria nº 122, de Define diretrizes para os Consultórios na Rua CR. Portaria nº 123, de Define critérios de cálculo de equipes de CR. Portaria nº 131, de Institui incentivo financeiro de custeio para apoio aos Serviços de Atenção em Regime Residencial, incluídas as Comunidades Terapêuticas. Portaria nº 132, de Institui incentivo financeiro de custeio para o componente Reabilitação Psicossocial. CONSULTÓRIO NA RUA CONSULTÓRIO NA RUA Portaria nº 148, de Define normas de funcionamento e habilitação do Serviço Hospitalar de Referência do Componente Hospitalar da RAPS e institui incentivos financeiros de investimento e custeio. A operacionalização da RAPS está sendo iniciada nas regiões priorizadas no Plano de Enfrentamento ao Crack ( Crack, é possível vencer ). Em 2012, foram realizadas visitas do Ministério da Saúde a todos os estados da federação para pactuação da RAPS e instituição dos grupos condutores com gestores estaduais e municipais. As ações de saúde do Plano de Enfrentamento ao Crack, Álcool e Outras Drogas estão inseridas no âmbito da formação da RAPS. As ações de saúde (eixo cuidado) do Plano estão articuladas com ações de assistência social, prevenção, formação e segurança (polícia comunitária) coordenadas entre União, Estados e Municípios. Coordenação Nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas Correio eletrônico: saudemental@saude.gov.br Telefones: +55 (61) /9140/9143 Sítio: saude.gov.br/mental ENFERMARIAS ESPECIALIZADAS EM ÁLCOOL E DROGAS 4.3 Rede de Atenção Psicossocial - RAPS DIRETRIZES DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA NASF UNIDADE DE ACOLHIMENTO TERAPÊUTICO TRANSITÓRIO CATT I Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia, a liberdade e o exercício da cidadania. Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde. Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar. Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, diversificando as estratégias de cuidado, com participação e controle social dos usuários e de seus familiares. Organização dos serviços em RAS regionalizada, com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado. Desenvolvimento da lógica do cuidado centrado nas necessidades das pessoas com transtornos mentais, incluídos os decorrentes do uso de substâncias psicoativas. Eixos Estratégicos para Implementação da Rede: Eixo 1: Ampliação do acesso à rede de atenção integral à saúde mental. Eixo 2: Qualificação da rede de atenção integral à saúde mental. Eixo 3: Ações intersetoriais para reinserção social e reabilitação. Eixo 4: Ações de prevenção e de redução de danos. EQUIPE DE AB DE APOIO ÀS CT COMUNIDADE TERAPÊUTICA CENTRO ESPECIALIZADO EM ÁLCOOL E DROGAS CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL UNIDADE DE ACOLHIMENTO TERAPÊUTICO TRANSITÓRIO CATT II Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 25

14 4.4 Rede de Atenção às Doenças e Condições Crônicas A organização da Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas tem por objetivos gerais: 1. Fomentar a mudança do modelo de atenção à saúde, fortalecendo o cuidado às doenças crônicas. 2. Garantir o cuidado integral às pessoas com doenças crônicas. 3. Impactar positivamente nos indicadores relacionados às doenças crônicas. 4. Contribuir para promoção da saúde da população e prevenir o desenvolvimento das doenças crônicas e suas complicações. Neste momento, para a organização da rede, serão priorizados os seguintes eixos temáticos, dentro dos quais serão desenvolvidas as linhas de cuidado para as doenças mais prevalentes: Doenças Renocardiovasculares. Diabetes. Obesidade. Doenças Respiratórias Crônicas. Câncer (Mama e Colo de Útero). O início da operacionalização da rede está sendo feita através do fortalecimento das ações de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer do colo de útero e de mama. titui incentivo financeiro de investimento e custeio para o componente Atenção Especializada da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no Âmbito do SUS. Serviços de Referência em Alta Complexidade Área Técnica da Pessoa com Deficiência Correio eletrônico: pessoacomdeficiencia@saude.gov.br Telefone: +55 (61) Sítio: saude.gov.br/deficiencia Leitos de Reabilitação Centro Dia Serviços de de Reabilitação Oficina Ortopédica EIXOS Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero. Programa Nacional de Controle do Câncer de Mama. Ampliação e Fortalecimento da Rede Oncológica. EIXOS TRANSVERSAIS Difusão de informação e mobilização social. Informação epidemiológica melhoria dos sistemas de informação e vigilância do câncer. rede.cronicas@saude.gov.br Telefone: No mínimo 2 modalidades de reabilitação CER Centro de Referência da Assistência Social Pode contar com até 4 modalidades de reabilitação 4.5 Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência OBJETIVOS DA REDE: Ampliar o acesso e qualificar atendimento às pessoas com deficiência no SUS, com foco na organização de rede e na atenção integral à saúde, que contemple as áreas de deficiência auditiva, física, visual, intelectual e ostomias. Ampliar a integração e articulação dos serviços de reabilitação com a rede de atenção primária e outros pontos de atenção especializada. Desenvolver ações de prevenção de deficiências na infância e vida adulta. Componentes da Rede de Reabilitação: 1. CER - Centro Especializado em Reabilitação. 2. Oficinas Ortopédicas: local e itinerante. 3. Centros-Dia. 4. Serviços de Atenção Odontológica para Pessoas com Deficiência. 5. Serviço de Atenção Domiciliar no âmbito do SUS. 6. Atenção Hospitalar. PORTARIAS PUBLICADAS: Portaria n.º 793, de 24 de abril de 2012, que institui a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no Âmbito do SUS. Portaria n.º 835, de 25 de abril de 2012, que ins- Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 27

15 5. Projetos Estratégicos Além das Redes de Atenção à Saúde, a SAS também é responsável por coordenar importantes projetos, destacando-se, dentre outros: Brasil Sorridente, Olhar Brasil, Cirurgias Eletivas, Brasil Carinhoso (Nutrição) e o Projeto Qualisus Redes (Componente 1). 5.1 Brasil Sorridente (Saúde Bucal) Por meio do Programa Brasil Sorridente, todo brasileiro pode receber tratamento dentário de graça. Uma ação inédita do programa no ano passado foi que o Ministério da Saúde passou a financiar tratamentos ortodônticos, como a colocação de aparelhos bucais, e a colocação de implantes dentários. Esses procedimentos são realizados nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs). Os CEOs também expandiram, chegando ao número de 891 em 725 municípios. Esses centros realizam tratamentos especializados, como canal, tratamento de gengiva e cirurgias orais. Quem precisa de uma prótese também pode contar com um dos 820 Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias credenciados. O repasse pago por prótese para os municípios foi ampliado, passando de 60 para 100 reais. Essas ações permitiram um aumento de 60% na produção de próteses dentárias, comparando os primeiros semestres de 2010 e O Programa Brasil Sorridente possui diversos serviços diferenciados que vêm alcançando cada vez mais as comunidades das localidades mais distantes do país.no ano de 2011 foram entregues 100 unidades odontológicas móveis. Cada veículo realiza até 350 atendimentos/mês e executa todos os tratamentos de um consultório tradicional. Este modelo beneficia municípios com dificuldade de acesso aos serviços de saúde. As equipes de Saúde Bucal estão presentes em municípios e são equipes atuando nas diversas Unidades Básicas de Saúde espalhadas pelo país. Essas equipes recebem recursos mensais do Ministério da Saúde (variando de R$2.230,00 a R$ 2.980,00 dependendo da modalidade) e, a partir de 2011, toda nova equipe passou a receber a doação da cadeira odontológica para seu trabalho, desonerando os municípios deste custo. Correio eletrônico: cosab@saude.gov.br Telefone: +55 (61) Sítio: Olhar Brasil O Projeto Olhar Brasil encontra-se em consonância com o programa nacional de saúde nas escolas, que tem como uma de suas principais finalidades: promover a saúde, trabalhando a prevenção de doenças na comunidade e o apoio à inclusão escolar. Buscando dar respostas a esses problemas e, reconhecendo as dificuldades de acesso da população brasileira não só à consulta oftalmológica, mas também à aquisição dos óculos, os Ministérios da Saúde e da Educação lançaram o Projeto Olhar Brasil, através da Portaria Interministerial nº 15, de 24 de abril de Em 2009, com a publicação da Portaria SAS nº 254/2009, foram definidos critérios para a operacionalização do Projeto Olhar Brasil pelos estados e municípios. Desde a implantação do Projeto, de 2008 a 2011, foram realizados procedimentos relativos ao Olhar Brasil com um recurso de R$ ,37 em, aproximadamente, 543 municípios participantes. O Projeto está sendo redesenhado para com foco no Programa Brasil Sem Miséria, mantendo a prioridade de atendimento para os alunos do ensino fundamental e alfabetizandos do Programa Brasil Alfabetizado. Este é um Projeto levado de forma articulada entre a Coordenação Geral de Média e Alta Complexidade e o Departamento de Atenção Básica, que estão discutindo a nova proposta de reordenação do Projeto Olhar Brasil. Visando priorizar o atendimento em regiões com maior miserabilidade, com foco no plano Brasil sem Miséria, o Projeto Olhar Brasil buscará garantir assistência dos escolares dos municípios 5.3 Cirurgias Eletivas O objetivo do Projeto é ampliar o acesso a cirurgias eletivas e reduzir as filas e tempos de espera. Em setembro de 2011 foi publicada a Portaria GM nº 2.318, que além de instituir a ampliação do acesso às cirurgias eletivas incluindo novas especialidades como prioritárias, estabeleceu a alocação adicional de R$ 50 milhões para municípios com 10% ou mais da população em situação de extrema pobreza, visando ampliar o acesso, em especial, nessas regiões. A mesma portaria definiu, ainda, que os recursos financeiros passam a ser distribuídos não elencados com mais baixa renda. Desta forma, irá garantir a equidade e a redução de diferenças em virtude de desigualdades que possam prejudicar ainda mais o desenvolvimento intelectual e pessoal do cidadão e crianças em fase de aprendizagem. Para tal, foram planejadas novas estratégias de assistência para os alunos do PSE e do Programa Brasil Alfabetizado (PBA). Está sendo elaborada uma Portaria do Olhar Brasil definindo as diretrizes de adesão ao Projeto, com facilitação para promoção do atendimento pelos gestores tanto no PSE, quanto no PBA. Uma vez que foi pactuado que os atendimentos do Projeto Olhar Brasil iniciarão nas capitais dos estados do Programa Brasil sem Miséria, para o ano de 2012 espera-se a realização de consultas oftalmológicas do Projeto, bem como a distribuição de óculos. Coordenação Geral de Média Complexidade Correio eletrônico: olharbrasil@saude.gov.br Telefone: +55 (61) mais por projetos e sim a partir da programação da oferta de cirurgias eletivas relacionadas a qualquer dos componentes conforme realidade local, desde que pactuado na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) de cada estado. A nova política foi resultado de ampla discussão com especialistas e da aprovação de fóruns intergovernamentais do SUS e apresentou capilaridade e abrangência necessárias para garantir o atendimento aos brasileiros em todos os estados. Resultados obtidos: 1) Em relação à produção Número de Cirurgias Eletivas Financiadas pelo FAEC, por especialidade e 2011 Grupo de Procedimentos Quantidade de Cirurgias realizadas no FAEC Variação absoluta Variação percentual Catarata (comp. I) ,44% Oftalmologia (Comp. II) ,91% Ortopedia (Comp. II) ,31% Otorrinolaringologia (C. II) ,18% Urologia (Comp. II) ,79% Vascular (Comp. II) ,04% Outros (Comp. III) ,19% Total ,98% Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 29

16 O quadro anterior demonstra que a nova estratégia trouxe considerável melhoria do acesso da população às cirurgias eletivas, com consequente redução das filas de espera nas especialidades com maior dificuldade de realização na rotina dos serviços, em especial nas áreas de oftalmologia com um aumento na oferta de cirurgias eletivas de 188,91%, ortopedia com um aumento de 100,31% e de 96,44% especificamente para catarata. 2) Em relação ao financiamento Estima-se que cerca de 20% das cirurgias eletivas realizadas são financiadas com recursos do Fundo de Ação Estratégica e Compensação (FAEC), por meio de estratégias especiais, em geral de forma excepcional. O restante é realizado com os recursos programados e executados sob a gestão dos estados e municípios rotineiramente dentro de suas possibilidades. O montante de recursos disponibilizados pelo Ministério da Saúde para realização dos procedimentos cirúrgicos eletivos, financiados pelo FAEC nesse período foi estabelecido por meio de duas Portarias GM nº 1.919/10 e nº 2.318/11, que totalizou R$ ,27 (trezentos e sessenta e seis milhões, trezentos e um mil, oitocentos e quarenta e dois reais e vinte e sete centavos). Destes, R$ ,00 foram transferidos em parcela única, excepcionalmente na competência setembro/2011 para aperfeiçoamento da organização das estratégias de melhoria do acesso até junho de 2012 e o restante, R$ ,27 foi transferido aos Estados e Municípios, após apuração da produção nos Bancos de Dados dos Sistemas de Informações Ambulatoriais e Hospitalares. A liberação destes recursos possibilitou aos Estados e Municípios realizarem, em 2011, com recursos extra teto, cirurgias eletivas, a um custo de R$ ,47 (cento e oitenta e três milhões, oitocentos e cinco mil, quinhentos e dez reais e quarenta e sete centavos). Assim, a redefinição da estratégia da Política Nacional de Cirurgias Eletivas e o aporte de recursos com financiamento específico proporcionaram um crescimento de mais no número de cirurgias eletivas realizados em 2011 em comparação ao exercício de O que muda com a Portaria nº 1.340, de 29 de junho de 2012, que define a estratégia de aumento do acesso aos procedimentos cirúrgicos eletivos no âmbito do SUS para 2012 e 2013: Revoga a Portaria GM/MS nº 2.318, de 30 de setembro de 2011, mas mantém os componentes: A nova estratégia de ampliação dos procedimentos eletivos financiados pelo FAEC que inova ao disponibilizar um incentivo adicional de 50% sobre a produção, com o objetivo de viabilizar a atenção integral, considerando-se exames complementares, gestão de equipes e da estrutura necessária à implementação da proposta, permite sem dúvida, melhor adequação às realidades regionais e locais. A estratégia definida garante ainda incentivos nos municípios com 10% ou mais da população em situação de extrema pobreza e, ainda, busca a equidade no acesso aos serviços de saúde. Mesmo reconhecendo seu caráter ainda parcial na solução do problema de formação de filas de espera, é inegável sua importância na garantia de acesso a amplas parcelas da população que residem em áreas geográficas com maior dificuldade de oferta desses serviços. É importante destacar sua importância também como estratégia de organização de serviços na medida em que abre a oportunidade para paulatinamente alguns desses serviços continuem em funcionamento de forma rotineira e integrada à rede de atenção regional, evitando a formação de novas filas de espera. Um dos objetivos da organização de estratégias excepcionais de oferta de cirurgias eletivas com recursos do Fundo de Ações Estratégicas é que estas venham a ser integradas e institucionalizadas na rede de ações de saúde. 5.4 Alimentação e Nutrição: Brasil Carinhoso Com o objetivo de tirar da pobreza absoluta todas famílias brasileiras que tenham crianças com até 6 anos de idade, a presidenta Dilma Rousseff lançou a ação Brasil Carinhoso. O programa faz parte do Plano Brasil Sem Miséria e une esforços para ampliar a cobertura de saúde para as crianças, facilitar o acesso às creches e aumentar a renda de mais de dois milhões de famílias que vivem em extrema pobreza. O Brasil Carinhoso também tem ações de suplementação nutricional (sulfato ferroso + vitamina A). Com isso, o Governo Federal pretende diminuir em 10% os casos de anemia e em 5% a deficiência de vitamina A nas crianças menores de cinco anos. Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A Atualmente o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A prevê a administração de suplemento (megadoses de vitamina A) para as crianças de 6 a 59 meses de idade residentes em regiões endêmicas (Nordeste, alguns municípios da Amazônia Legal e Estado de Minas Gerais (Região Norte, Vale do Jequitinhonha e Vale do Mucuri). O Programa atualmente atende municípios e beneficia crianças. O programa consiste na suplementação preventiva com megadoses de vitamina A, de UI, às crianças de 6 a 11 meses e com megadoses de vitamina A, de UI, às crianças de 12 a 59 meses e às puérperas. Segundo a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde, 2006, a deficiência global de vitamina A nas crianças brasileiras menores de 5 anos é de 17,4% e nas regiões Sudeste 21,6%, Nordeste 19%, Centro-Oeste 11,8%, Norte 10,7% e Sul 9,9%. De acordo com a Organização Mundial da Saúde a prevalência observada é considerada um problema de saúde pública moderado e, portanto, recomenda a suplementação de megadose de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade. Acrescenta-se a esse cenário as evidências científicas que apontam a suplementação preventiva de Vitamina A com a potencialidade para reduzir: o risco de morte em crianças em 24%; o risco de mortalidade por diarreia em 28%; o risco de mortalidade por todas as causas em crianças HIV positivo em 45%. Com o lançamento da Ação Brasil Carinhoso, em maio de 2012, o Programa será ampliado ainda este ano. Além das áreas até então cobertas, atenderá 100% dos municípios da região Norte e os municípios do Programa Brasil Sem Miséria (BSM) pertencentes às regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul e 100% dos DSEIs (Distrito Sanitário Especial Indígena). Com a expansão, o Programa passa a atender municípios e crianças de 6 a 59 meses. A distribuição dos suplementos é realizada de forma universal e gratuita às unidades de saúde que conformam a rede do SUS. O público assistido é também orientado acerca de uma alimentação saudável e sobre a importância do consumo de alimentos fontes de vitamina A. A produção/distribuição dos insumos é feita pelo Laboratório Farmanguinhos da Fiocruz (RJ). Após receber os suplementos de Farmanguinhos, o município deve capacitar as equipes de saúde, que identificam e acompanham o público assistido no Programa. Cada município adota a sua estratégia para a identificação da população que será atendida e rotineiramente acompanhada, podendo ser: Por demanda espontânea nas unidades de saúde (identificação durante as consultas regulares do crescimento e desenvolvimento infantil e do pré-natal); Por busca ativa, realizada por meio dos agentes comunitários de saúde, equipe Saúde da Família; Em campanhas de vacinação e em maternidades; Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 31

17 5.5 O Projeto QualiSUS Redes Por meio da indicação de parceiros que atuam na prevenção e controle dos distúrbios nutricionais em nível local, por exemplo, os líderes da Pastoral da Criança, entre outras. Legislação: BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 729/ GM, de 13 de maio de Institui o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A, e dá outras providências. Brasília: Ministério da Saúde, Programa Nacional de Suplementação de Ferro O Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF) consiste na suplementação preventiva de ferro para crianças, gestantes e mulheres no pós-parto e pós-aborto. O PNSF, juntamente com a fortificação obrigatória das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico e a orientação nutricional, constituem o conjunto de estratégias voltadas para o controle e redução da anemia por deficiência de ferro no país. A anemia é a carência nutricional de maior magnitude no mundo. De acordo com a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS ), a prevalência de anemia é de 20,9% em crianças menores de cinco anos e de 29,4% em mulheres em idade fértil. O público a ser atendido pelo programa: todas as crianças de 6 a 18 meses de idade, gestantes a partir da 20ª semana e mulheres no pós-parto e pós-aborto. Até o final de 2012 o Programa será remodelado, com vistas a potencializar as ações de prevenção e controle da anemia. Legislação: BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 730/ GM, de 13 de maio de Institui o Programa Nacional de Suplementação de Ferro, destinado a prevenir a anemia ferropriva, e dá outras providências. Brasília-DF, Correio eletrônico: cgan@saude.gov.br Telefones: +55 (61) /9003 Sítio: O Projeto QualiSUS Redes é uma proposta de intervenção para apoio à organização de redes regionalizadas de atenção à saúde no Brasil e se trata de um projeto de cooperação entre o Banco Mundial e o Ministério da Saúde, com a participação da Fundação Oswaldo Cruz Fiocruz. Destina-se à implantação de quinze experiências das RAS nos vários estados brasileiros, sendo dez experiências em regiões metropolitanas e cinco em regiões não metropolitanas. Resulta de um amplo processo de discussão que envolveu, no âmbito do Comitê Técnico do Projeto, representantes de todas as secretarias do Ministério da Saúde, além de técnicos do Banco Mundial e da equipe técnica do Projeto. O Projeto QualiSUS redes é composto por três componentes: Componente A Qualificação do Cuidado e Organização das RAS: abrange o apoio a iniciativas de qualificação do cuidado e organização de redes de atenção à saúde em regiões selecionadas, propostas pelos gestores estaduais em articulação com os gestores municipais de saúde por meio de subprojetos. Componente B Intervenções Sistêmicas Estratégicas: contempla o desenvolvimento de intervenções sistêmicas estratégicas, centradas em prioridades nacionais, e de apoio à implantação de redes de atenção e à qualificação de cuidados em saúde. Componente C Gestão do Projeto: compreende a organização e o financiamento de atividades relacionadas à administração geral do projeto. O DARAS, representando a SAS, é o responsável pela condução do componente A. Houve uma grande discussão sobre os critérios para a escolha das 15 regiões, com envolvimento de CONASS, CONASEMS e gestores dos territórios, ao final chegando-se nas seguintes regiões escolhidas: 1- Ride Teresina/PI 2- RM Recife/PE 3- RM Belém/PA 4- Ride DF e Entorno/DF 5- RM Rio de Janeiro/RJ 6- RM Curitiba/PR 7- RM Belo Horizonte/MG 8- RM Porto Alegre/RS 9- RM Florianópolis/SC 10- RM São Paulo/SP 11- RM Alto Solimões/AM - Região amazônica indígena 12- RM Cariri/CE Região sertaneja 13- RM Dourados/Ponta Porã/MS - Região de fronteira 14- RM Petrolina/Juazeiro/PE-BA - Região tipo fronteira agrícola 15- RM Bico do Papagaio/TO-MA-PA Região interestadual Departamento de Articulação de Redes de Atenção à Saúde Correio eletrônico: daras@saude.gov.br Telefone: +55 (61) Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 33

18 6. Outras Políticas 6.1 Sangue Algumas Iniciativas de gestão com vistas a dotar a política nacional de sangue, componentes e hemoderivados de maior qualidade e segurança: Implantação, no final de 2011, em todos os Centros de Tratamento de Hemofilias (CTH) do país, das modalidades de tratamento profilaxia primária e imunotolerância. Implementação da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme, que promove a inclusão de novos procedimentos e cuidados internacionalmente preconizados para a atenção às pessoas com a doença. Cerca de 30 mil pessoas são beneficiadas com as ações dessa política, que promove a capacitação técnica e a qualificação da atenção, reduzindo a morbidade e a letalidade da doença. Início do processo para a inclusão na tabela SUS do procedimento de uso do dopller transcraniano para atenção ambulatorial em doença falciforme e publicação do protocolo deste procedimento. Inclusão do exame Eletroforese de Hemoglobina (diagnóstico de doença falciforme) na Estratégia Rede Cegonha. Publicação da Portaria SAS/MS nº 853, de 5 de dezembro de 2011, que estabelece o protocolo de quelação de ferro em hemoglobinopatias. Início da revisão para atualização de todos os manuais técnicos já publicados sobre a doença. TECNOLOGIAS E PROJETOS INOVADORES DESENVOLVIDOS Realização dos Testes de Amplificação de Ácidos Nucleicos (NAT) atinge uma cobertura de 13,25% no quarto trimestre de 2011 nos serviços de hemoterapia que possuem plataforma NAT instalada. QUALIFICAÇÃO DE GERENTES E TÉCNI- COS DA HEMORREDE PÚBLICA NACIONAL Implantação do Curso Técnico em Hemoterapia em Escolas Técnicas do SUS, fortalecendo a formação profissional na Hemorrede Pública Nacional, uma vez que o perfil dos técnicos de nível médio atuantes no país é construído prioritariamente por profissionais sem formação específica em hemoterapia. CONHECIMENTOS TÉCNICOS E CIENTÍFI- COS DIFUNDIDOS Publicação do Guia Nacional de Gerenciamento de Estoques de Sangue em Situação de Emergência. CAPTAÇÃO DE DOADORES DE SANGUE VOLUNTÁRIOS Promover o acesso universal a produtos sanguíneos seguros e de qualidade para o fortalecimento dos sistemas de saúde e a prestação de seus serviços, com o foco na autossuficiência hemoterápica de um país e também a garantia da segurança de suas metas de captação e doação de sangue. Esta autossuficiência é construída ao longo do tempo e requer bases sólidas, como doadores voluntários fidelizados e a implementação de uma rede organizada e eficiente de serviços de captação de doadores. O Brasil vem sinalizando para a autossuficiência, com todas as boas práticas para uma hemoterapia de excelência, porém, ainda tem um longo caminho a percorrer. Atualmente, 1,9% da população doa sangue, e o ideal preconizado é ter até 3% da população como doadora. EFICIENTE ALOCAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS Crescimento de 481% no volume de recursos para aperfeiçoar e avaliar serviços, comparado ao ano de Os recursos destinados à Ação de Aperfeiçoamento e Avaliação dos Serviços de Hemoterapia e Hematologia correspondem, em 2011, a cerca de 43,6 milhões de reais. O incremento significativo deve-se ao processo de expansão do Teste Nat brasileiro. Em relação ao desempenho orçamentário, ele se situa em aproximadamente 97%, semelhante ao observado em Alocação de recursos do Programa Segurança Transfusional e Qualidade do Sangue e Hemoderivados, com o objetivo de reduzir as iniquidades regionais, privilegia as regiões com maiores dificuldades para estruturar suas redes físicas, incluindo a infraestrutura e o parque tecnológico. Nesse sentido, em 2011, as regiões Norte (0,22), Nordeste (0,13) e Centro-Oeste (0,15) receberam valores per capita maiores do que os destinados ao Sudeste (0,07) e ao Sul (0,10). PROGRAMA DE COAGULOPATIAS ÁREA TÉCNICA DE COAGULOPATIAS (ATC/ CGSH/DAE/SAS MS) O Programa de Coagulopatias Hereditárias demanda e acompanha as aquisições de medicamentos pró-coagulantes feitos pelo Ministério da Saúde e os distribui a todos os Centros Tratadores de Hemofilias (CTH) públicos do país, por meio do SUS. Além disso, o Programa provê a atenção ao paciente por meio do incentivo aos estados na realização da assistência multiprofissional aos pacientes cadastrados em seus estados. As coagulopatias fazem parte das doenças hemorrágicas. São caracterizadas pela deficiência de uma ou mais proteínas do sangue, chamadas fatores da coagulação. A ausência ou redução desses fatores leva a hemorragias de gravidade variável, de caráter espontâneo e/ou pós-traumático. Na maioria dos casos, as coagulopatias são de origem congênita, ou seja, estão presentes desde o nascimento. Este vem se apresentando ao Brasil e ao mundo como um dos Programas de qualidade do Ministério da Saúde. Dentre as coagulopatias há, atualmente, pacientes com hemofilia A e com hemofilia B entre crianças e adultos, e mais de pacientes com doença de Von Willebrand atendidas pelo Programa. Ações: Aquisição e distribuição gratuita, realizadas pelo Ministério da Saúde ao SUS, de medicamentos pró-coagulantes. Incentivo à formação de equipes multiprofissionais pelo Programa para a atenção ao paciente com coagulopatias em todas as unidades federadas e DF. Novas modalidades de tratamento implantadas no final de 2011: profilaxia primária para crianças com hemofilias A e B grave e imunotolerância para pacientes com hemofilia e inibidores. Implantação, desde 2009, do Sistema online Hemovidaweb Coagulopatias (HWC), que permite o acompanhamento do consumo mensal da utilização dos medicamentos pelos estados. O sistema acompanha, ainda, a situação de cada paciente de acordo com seu tratamento. Implementação de avanços no diagnóstico laboratorial por meio da capacitação continuada dos profissionais da área. Acompanhamento multiprofissional individualizado a cada paciente. Tratamento cada vez mais individualizado ao paciente com coagulopatias. Incentivo à melhora da qualidade de vida aos pacientes portadores de coagulopatias hereditárias, sendo responsabilidade desta coordenação trabalhar para fornecer equidade na atenção dos mais de 15 mil pacientes com coagulopatias em tratamento no país. Para a distribuição dos medicamentos pró-coagulantes ao SUS, o Programa de Coagulopatias Hereditárias do Ministério da Saúde se baseia no número de pacientes cadastrados no Sistema Hemovidaweb Coagulopatias em cada unidade federada e DF. Também acompanha, mensalmente, a utilização dos produtos pelos CTH, por meio do preenchimento e envio de formulário padrão denominado Boletim Nacional de Medicamentos Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 35

19 (Boname), que informa a situação do estoque de produtos em cada unidade, bem como os respectivos consumos globais mensais. Por meio do sistema HWC é realizado o acompanhamento individualizado da infusão de medicamentos. Os centros tratadores estão localizados, em sua maioria, nos hemocentros coordenadores na capital de cada estado e DF. Estes recebem os medicamentos pró- -coagulantes e os repassam aos seus hemocentros regionais ou a outras unidades que se caracterizem como tal. As equipes multiprofissionais, que são uma iniciativa de cada estado com o incentivo do Programa, prestam a atenção necessária ao paciente para uma melhor qualidade de vida. Evolução da distribuição do Fator VIII (UI) de coagulação aos pacientes com hemofilia aos CTH públicos brasileiros entre Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados Correio eletrônico: sangue@saude.gov.br Telefone: +55 (61) Sítio: Transplantes A Política Nacional de Transplantes de Órgãos e Tecidos foi estabelecida e fundamentada pela Lei nº 9434/97, e tem como diretrizes a gratuidade da doação, o vigoroso repúdio e combate ao comércio de órgãos, a beneficência em relação aos receptores e não maleficência em relação aos doadores vivos. Estas normativas trazem, também, garantias e direitos aos pacientes que necessitam destes procedimentos e regula toda a rede assistencial. Toda a política de transplante está em sintonia com as Leis nº 8.080/1990 e nº 8.142/1990, que regem o funcionamento do SUS. Desde 1997, data de sua criação, o Sistema Nacional de Transplantes tem como prioridade dar transparência a todas as suas ações no campo da política de doação-transplante, visando, primordialmente, confiabilidade do sistema e assistência de qualidade ao cidadão brasileiro. O Brasil possui hoje um dos maiores programas público de transplantes de órgãos e tecidos do mundo e, nos últimos anos, vem apresentando desenvolvimento crescente no setor. Este crescimento é consequência da conscientização da população brasileira, da atuação competente de equipes e instituições autorizadas pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde e da regulação do Sistema Nacional de Transplante (SNT) e de grande parte da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO). Objetivos: Ampliar o número de doadores efetivos e, consequentemente, o número de transplantes, reduzindo a lista de espera e o tempo de espera em lista. Zelar pelo cumprimento do princípio da lista única. Controlar a atividade de transplantes no Brasil. Autorizar e avaliar de serviços e equipes para realização de transplantes. Financiar a atividade de procura de órgãos e tecidos, e dos transplantes realizados no âmbito do SUS, bem como o acompanhamento do paciente 6.3 Filantropia Com a publicação da Lei nº /09, a responsabilidade pela Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social (conhecidas como Filantrópicas), que era do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), passou para os Ministérios da Saúde, Educação, e do Desenvolvimento Social, de acordo com a área de atuação preponderante da Entidade. Com a alteração da competência para o julgamento dos processos, a certificação tornou-se mais qualificada, com análises feitas por Áreas Técnicas que possuem o conhecimento específico da área de atuação da Entidade. No que se refere à área da saúde, compete ao Ministério da Saúde, por meio da análise da documentação e de dados dos Sistemas de Informação, a verificação da execução dos requisitos exigidos pela legislação vigente, como a prestação de serviços ao SUS, no percentual mínimo de 60% em relação ao total de serviços de saúde executados pelas Entidades requerentes, entre outros. Dessa análise, resultará a concessão/renovação (ou não) do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social em Saúde o CEBAS-SAÚDE, tendo como efeito a isenção das contribuições relativas à seguridade social, tal como previsto na Constituição Federal. Em função da complexidade dessa nova competência, foi criado, em outubro de 2010, no âmbito desta Secretaria, o Departamento de Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social em Saúde, o DCEBAS, com o objetivo de realizar, adequadamente, o processo de concessão e renovação do CEBAS-SAÚDE. transplantado por toda a vida, inclusive a medicação imunossupressora. Ampliar e gerenciar o Registro Voluntário de Doadores de Medula Óssea. Sensibilizar a sociedade quanto à necessidade de doador órgãos, tecidos e células. Coordenação-Geral do Sistema Nacional de Transplantes Correio eletrônico: snt@saude.gov.br Telefone: +55 (61) Sítio: Recentemente, o Ministério da Saúde promoveu grandes avanços no âmbito da legislação de Certificação de Entidades Beneficentes, com a publicação da Medida Provisória nº 526, em 04/03/2011; publicação da Lei nº , em 21/07/2011 que altera o texto da Lei nº /2009 e também a publicação da Portaria GM/MS nº 1.970, de 16/08/2011, que dispõe sobre o processo de Certificação das Entidades Beneficentes de Assistência Social na área da Saúde. Um dos principais aspectos a ser observado na nova legislação é a inserção de ações de saúde consideradas prioritárias no conjunto de critérios adotados para a comprovação da prestação de 60% de serviços ao SUS, pelas Entidades. Essas ações já vêm sendo pactuadas com Estados e Municípios e abrangem as áreas de Atenção Obstétrica e Neonatal; Atenção Oncológica; Atenção às Urgências e Emergências; Hospitais de Ensino e atendimentos voltados aos usuários de Álcool, Crack e Outras Drogas. É da máxima importância o envolvimento dos Secretários Municipais de Saúde na adaptação institucional às novas regras de concessão do certificado ou sua renovação, para que as entidades obtenham a respectiva isenção tributária e prestem a contrapartida em ações e serviços de saúde para o SUS. As mudanças no processo de certificação impõem novos desafios, mas também envolvem grandes ganhos para a gestão do SUS, como o fortalecimento da relação entre os gestores locais e as entidades beneficentes, pactuações bem definidas além da potencialização das ações de saúde nas RAS. Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 37

20 PRINCIPAL DESAFIO: Que o processo de certificação na área da saúde, que envolve tanto interesses dos gestores públicos como das entidades filantrópicas de todo o país, contribua para que as instituições do SUS operem com maior eficiência e qualidade, ampliando o acesso da população aos serviços de saúde. Legislação aplicável e demais informações sobre o processo de certificação estão disponíveis. Departamento de Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social em Saúde Correio eletrônico: cebas.adm cebas.saude@saude.gov.br Telefones: +55 (61) /6110 Sítio: O conjunto de ações integradas promovidas pelo Ministério da Saúde está contribuindo para a redução do número de casos graves e óbitos por Dengue, conforme tabela abaixo. O desenvolvimento destas ações tornou-se prioritário e coordenado no gabinete da SAS. Número de casos graves e óbitos por Dengue, SE 01 a SE 25, anos / Brasil ANO CASOS GRAVES ÓBITOS 2010* * * Fonte: Sinan *atualizado em 05/07/ Dengue Estratégias da SAS para o enfrentamento de epidemias de Dengue: A Dengue é um problema complexo e recorrente nos principais centros urbanos do país. As Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue têm por objetivo evitar a ocorrência de óbitos, além de prevenir e controlar processos epidêmicos. Para alcançar esses resultados é necessário promover a assistência adequada ao paciente, organizar as ações de vigilância, prevenção e controle e fortalecer a articulação das diferentes áreas e serviços, visando à integralidade das ações. O principal objetivo é apoiar a SVS, a Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue (CGPNCD) e as secretarias estaduais e municipais de saúde na redução do número de óbitos por dengue. Em recente avaliação, o Ministério da Saúde identificou os fatores relacionados à ocorrência dos óbitos por dengue, como acesso à rede de serviços, a qualidade da assistência prestada ao paciente com suspeita de Dengue e a organização dos serviços para atendimento dos casos suspeitos. Considerando que o óbito por dengue é evitável e que a sua ocorrência reflete problemas na atenção ao paciente, o acompanhamento deste indicador tornou-se prioritário no Ministério da Saúde. Diante deste cenário e a necessidade de apoiar as secretarias estaduais e municipais de saúde, várias ações foram desenvolvidas pela SAS, articuladas com a SVS: 1. Revisão e atualização da 4ª edição do Guia Dengue diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança. 2. Distribuição de exemplares do Fluxograma de Classificação de Risco e Manejo Clínico. 3. Assessoria técnica às secretarias estaduais e capitais na construção dos Planos de Contingência. 4. Assessoria técnica às unidades federadas com o objetivo de apoiar a organização dos serviços de saúde. 5. Sistematização da metodologia de capacitação em serviço Dengue em 15 minutos. 6. Formação de monitores das secretarias estaduais para a capacitação Dengue em 15 minutos. 7. Avaliação de efetividade da capacitação Dengue em 15 minutos. 8. Desenvolvimento de curso de capacitação a distância, com apoio da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde: 9. Elaboração de diretrizes para a organização da rede assistencial no enfrentamento de epidemias. 10. Apoio na investigação integrada dos óbitos suspeitos por Dengue, como evento sentinela. Correio eletrônico: denguesas@saude.gov.br Telefone: +55 (61) Monitoramento das Redes e Programas Prioritários O Ministério da Saúde vem expandindo rapidamente no país a implantação de redes prioritárias de atenção à saúde, como a Rede Cegonha, a Rede de Atenção às Urgências e Emergências, a Rede de Atenção Psicossocial com especial atenção ao Plano de Enfrentamento do Crack, a Rede de Atenção à Pessoa com Deficiência, dentre outras. Entendendo a importância do acompanhamento da implantação dessas redes para realinhamento do planejamento com maior efetividade do resultado o Ministério da Saúde, desde o segundo semestre do ano de 2011, estabeleceu, como uma das suas prioridades o monitoramento, aqui entendido como um acompanhamento do ritmo e da forma de implementação das ações pactuadas entre as esferas de governo. O monitoramento tem como principais objetivos: (1) comparar o realizado com o planejado; (2) contribuir na revisão de processos; (3) auxiliar a tomada de decisões e (4) subsidiar avaliação das políticas de governo. Tem como subsídio o planejamento realizado e a execução físico-financeira, chegando à avaliação da política proposta esquema abaixo: Planejamento Execução físico-financeira Avaliação da política Objetivos Estratégias Ações/atividades Metas Indicadores Acompanhamento das ações, processos, metas e indicadores Análise da eficácia das ações Análise da efetividade da política indicadores de resultado Revisão da política O Ministério da Saúde vem utilizando como ferramenta de monitoramento o e-car (Controle, Acompanhamento e Avaliação de Resultados), software de domínio público, onde são cadastrados os planos de ação de cada rede com prazos e responsáveis, bem como as metas e os indicadores de estrutura, processo e resultados esperados. O monitoramento na SAS é realizado pela Coordenação Geral de Informação e Monitoramento dos Serviços e das Redes de Atenção à Saúde CGIMRAS. Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde 39

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