EFICÁCIA DA PRECE Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e vos será concedido. (S. MARCOS, 11:24.)

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Amanda Monteiro Ximenes
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1 Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e vos será concedido. (S. MARCOS, 11:24.) Grupo de Estudo Em Busca da Luz

2 Deus criou leis naturais e imutáveis, achandose todo o Universo regido por leis eternas; Não podem as nossas súplicas e os nossos caprichos mudar os decretos de Deus.

3 Mas daí acreditar que todas as circunstâncias da vida estejam submetidas à fatalidade, a distância é muito grande. Se assim fosse, o homem seria apenas um instrumento passivo, sem livre arbítrio e sem iniciativa.

4 Mas Deus lhe deu o livre arbítrio, o entendimento, a força de vontade e a inteligência para que os utilizasse. Deu também o trabalho para que não caísse na inércia.

5 O homem sendo livre para agir, seus atos têm, para ele mesmo e para os outros, conseqüências subordinadas às suas decisões. O homem desfruta do livre-arbítrio, da inteligência e do entendimento para compor a trajetória de sua encarnação.

6 Existem acontecimentos na vida atual aos quais o homem não pode furtar-se; são conseqüências de falhas e deslizes de passado que necessitam de reajustes;

7 é a aplicação da Lei de Causa e Efeito isto explica porque alguns alegam que pedem benefícios a Deus, mas que nunca são concedidos;

8 O que parece, a princípio, contrariar o ensinamento de Jesus citado em Marcos C11:V24 O que quer que seja que pedirdes na prece, crede que obtereis, e vos será concedido.

9 Muitas coisas que na vida presente parecem úteis e essenciais para a felicidade do homem, poderão ser-lhe prejudiciais e esta é a razão por que elas não lhe são concedidas.

10 Contudo, o egoísmo e o imediatismo não permitem que ele perceba com exatidão a eficácia da prece.

11 Seus efeitos ocorrem segundo os desígnios divinos: A curto prazo na medida em que consola, alivia os sofrimentos, reanima e encoraja; a médio e longo prazo porque pelo pensamento edificante dá-se a aproximação das forças do bem a restaurar as energias de quem ora.

12 Sem lógica concluir que basta pedir para obter, e Injusto acusar a Providência se ela não atender a todos os pedidos que lhe fazem, porque ela sabe melhor do que nós o que nos convém. Assim procede o pai prudente, que recusa ao filho o que lhe seria prejudicial.

13 O homem, geralmente, só vê o presente; mas, se o sofrimento é útil para a sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer. O que Deus lhe concederá, se pedir com confiança, é a coragem, a paciência e a resignação; são os meios de se livrar das dificuldades, com a ajuda das idéias que lhe serão sugeridas pelos Bons Espíritos.

14 Deus assiste aos que se ajudam a si mesmos, segundo a máxima: Ajuda-te e o céu te ajudará, e não aos que tudo esperam do socorro alheio, sem usar as próprias faculdades. Mas, na maioria das vezes, preferimos ser socorridos por um milagre, sem nada fazermos.

15 Tomemos um exemplo. Um homem está perdido num deserto; sofre horrivelmente de sede; sente-se desfalecer e deixa-se cair ao chão. Ora, pedindo a ajuda de Deus, e espera, mas nenhum anjo vem lhe dar de beber. No entanto, um Bom Espírito lhe sugere através do pensamento de levantar-se e seguir determinada direção.

16 Então, por um impulso instintivo, reúne suas forças, levanta-se e avança. Chegando a uma elevação do terreno, descobre ao longe um regato, e com isso retoma a coragem.

17 Se tiver fé, exclamará: Graças, meu Deus, pelo pensamento que me inspiraste e pela força que me deste. Se não tiver fé, dirá: Que boa idéia tive eu! Que sorte eu tive, de tomar o caminho da direita e não o da esquerda;

18 Mas, perguntarão, por que o Bom Espírito não lhe disse claramente: Siga este caminho, e no fim encontrarás o que necessitas?

19 para lhe ensinar que é necessário ajudar-se a si mesmo e usar as próprias forças. Ajuda-te e o céu te ajudará

20 Porque não se mostrou a ele, para guiá-lo e sustentá-lo no seu abatimento? Dessa maneira o teria convencido da intervenção da Providência.

21 porque, pela incerteza, Deus põe à prova a confiança e a submissão à sua vontade. Esse homem estava na situação da criança que, ao cair, vendo alguém, põe-se a gritar e espera que a levantem; mas, se não vê ninguém, esforça-se e levantase sozinha.

22 É inegável a presença de uma inteligência suprema, causa primária de todas as coisas que irradia em todas as direções. Esta inteligência suprema é perfeita, justa, inteligente e regula todo o universo através das Leis mais básicas que conhecemos.

23 Independente da nossa evolução rumo as qualidades necessárias, temos um canal de ligação com essa fonte de regulação e provisão de tudo e de todos, essa ligação é a prece. Prece - é o diálogo do Homem com DEUS.

24 A prece é a expressão de um sentimento que sempre alcança a Deus, quando ditada pela mente e pelo coração de quem ora. A prece é uma das formas de conversar com seu interior mais íntimo possível (Deus); é o buscar dentro de você mesmo a solução para todos os seus problemas;

25 Pela prece podemos fazer três coisas louvar, pedir e agradecer (LE, 659). Louvar é enaltecer Deus sobre todas as coisas, aceitando-o como Ser Supremo, e causa primária de tudo o que existe.

26 Pedir é recorrer ao Pai Todo-Poderoso em busca de luz, equilíbrio, força, paciência, tolerância, discernimento e coragem para lutar contra as forças do mal; enfim, tudo, desde que não se contrarie a lei de amor que rege e sustenta a Harmonia Universal.

27 O essencial é orar com sinceridade e aceitar os próprios defeitos, porque a prece não redime as faltas cometidas; aquele que pede a Deus perdão pelos seus erros, só o obtêm mudando sua conduta na prática do bem.

28 Deste modo, Os bons pensamentos e as boas ações são a melhor prece. Os atos valem mais do que as palavras.

29 Qual a importância da prece? Lembremo-nos de um exemplo prático. Se não limparmos periodicamente o nosso quintal, a sujeira se acumula, o mato cresce, e ocorre a proliferação de bichos.

30 No campo espiritual, se não limparmos o nosso psiquismo, os espíritos luminosos se afastam (mesmo que temporariamente), as trevas tomam conta favorecendo a ação de espíritos endurecidos.

31 A bondade de Deus não está voltada para as intenções de quem ora. O essencial é orar bem e não muito. Orai e vigiai. Conhece-te a ti mesmo.

32 A eficácia da prece está na dependência da renovação íntima do homem, em que deve prevalecer a linguagem do amor, do perdão e da humildade. Quanto mais transformado o homem, mais eficaz a prece.

33 Assim, a condição da prece está no sentimento amoroso, humilde, piedoso e livre de qualquer ressentimento ou mágoa.

34 Existem pesquisas sobre os efeitos da prece na saúde das pessoas. Uma delas foi realizada pelo Laboratório de Imunologia Celular da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, com a participação ativa de mais de cinqüenta e dois estudantes de medicina durante o período de 2000 a 2003.

35 A pesquisa apresentou resultados positivos que se materializam no aumento da estabilidade celular dos indivíduos que receberam a prece. De acordo com o estudo em foco um dos principais mecanismos de defesa do organismo - a fagocitose - pode ter a função estabilizada com preces feitas à distância.

36 Nesse hospital foi possível comprovar que os pacientes que receberam preces apresentaram significativas melhoras, necessitando inclusive de menor quantidade de medicamentos. EFICÁCIA DA PRECE A prece atua sobre indivíduos sadios, influenciando o sistema imunológico, segundo estudo pioneiro realizado no ano de 1988, no Hospital Geral de São Francisco, na Califórnia.

37 Allan Kardec, ao emitir seus comentários na questão 662 de O Livro dos Espíritos, afirma que o pensamento e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além dos limites da nossa esfera corporal.

38 Mas, uma coisa é clara, a prece não pode mudar a natureza das provas pelas quais o homem tem que passar, porque elas estão nas mãos de Deus e há as que devem ser suportadas até o fim, mas Deus leva sempre em conta a resignação.

39 É o pensamento que dá qualidade curativa aos fluidos, que existem em estado natural ao nosso redor. É ele que transforma o fluido inerte em energia capaz de recompor um tecido doente ou reduzir os males de ordem espiritual que afetam os indivíduos.

40 É o pensamento também o fio que nos permite estabelecer um relacionamento positivo com os espíritos, que participam das atividades curadoras.

41 Mas, ao mesmo tempo em que nos permite tudo isso, ele também poderá nos ligar a espíritos cuja presença será prejudicial ao ato de curar. Toda moeda tem dois lados, as leis da natureza são estradas de duas mãos. A mente é fonte de energia curativa ou de energia destruidora.

42 A prece é, sem dúvida, um dos meios pelos quais a cura de um mal pode ser alcançada. Mas é, também, um meio dos mais difíceis, haja vista a pequena capacidade mental que temos para orar.

43 Isto porque a oração tem sido um ato mecânico, que se realiza pelos lábios. Contudo, a prece é algo que depende enormemente do pensamento e da vontade. Sem esses dois requisitos, a prece se transforma em algo sem maior valor.

44 Vigiai e Orai nos recomendou o Mestre (Mateus C26:V41).

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