ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO

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1 CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE COMÉRCIO E DESENVOLVIMENTO SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO 3.12 Compras Governamentais NAÇÕES UNIDAS Nova Iorque e Genebra, 2003

2 NOTA O Curso de Solução de Disputas em Comércio Internacional, Investimento e Propriedade Intelectual compreende quarenta módulos. Esse módulo foi elaborador pelo Sr. J. Perez Gabilondo, a pedido da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). As visões e opiniões aqui expressas são do autor, e não necessariamente das Nações Unidas, da Organização Mundial do Comércio, da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, do Centro Internacional para a Resolução de Disputas sobre Investimentos (ICSID), da Comissão das Nações Unidas sobre Direito do Comércio Internacional (UNCITRAL) ou do Centro de Consultoria em Direito da OMC. Os termos usados e a forma de apresentação do documento não implicam a expressão de nenhuma opinião por parte das Nações Unidas sobre o status jurídico de qualquer país, território, cidade ou área, nem de suas autoridades, ou sobre a delimitação de suas fronteiras ou limites. Nas citações de documentos oficiais e da jurisprudência de organizações e tribunais internacionais, o nome dos países é mantido em sua forma original. As Nações Unidas são titulares dos direitos autorais deste documento. O curso também está disponível, em formato eletrônico, no website da UNCTAD ( Cópias poderão ser obtidas gratuitamente, por download, no entendimento de que serão usadas para ensino ou pesquisa, e não para fins comerciais. Solicita-se o devido reconhecimento desta fonte. A versão deste módulo em língua portuguesa foi feita pelo Sr. FRANCISCO JOSÉ DE CASTRO REZEK, participante do Programa de Capacitação de Advogados da Missão Permanente do Brasil junto às Nações Unidas e outros Organismos Internacionais em Genebra. Direitos autorais UN, 2003 Todos os direitos reservados 2

3 ÍNDICE Nota O Que Você Aprenderá 1. O Acordo sobre Compras Governamentais (AGP) 1.1 Introdução Compras Governamentais no contexto do Comércio Internacional Elaboração das Regras sobre Compras Governamentais 1.2 Objetivos do AGP 1.3 Dispositivos Regulatórios em Apoio aos Objetivos Cobertura Não discriminação Transparência Solução de Controvérsias e Coercitividade Maior Desenvolvimento das Regras sobre Compras Governamentais 1.4 Teste sua Compreensão 2. Tratamento Especial e Diferenciado para Países em Desenvolvimento 2.1 Introdução 2.2 Exclusões Acordadas Negociação no Acesso Modificação Unilateral Autorização do Comitê 2.3 O Uso de offsets 2.4 Assistência Técnica 2.5 Dispositivo de Tratamento Especial e Diferenciado para PMDs 2.6 A Relutância dos Países em Desenvolvimento 2.7 Teste sua Compreensão 3. Controvérsias no GATT 1947 e na WTO 3.1 A Importância dos Precedentes Compra Direta (Procedimentos Licitatórios Limitados) Escopo da Obrigação de Tratamento Nacional Escopo das Obrigações Relacionadas as Especificações Técnicas O Acordo da Rodada de Tóquio e a Cobertura dos Serviços Condição Legal dos Princípios após a Rodada Uruguai 3.2 Controvérsias Segundo o AGP (1994) Legislação Doméstica e o AGP A Cobertura do AGP Precedentes da WTO Aplicados no Caso Coréia Analise dos Anexos Usando o Método Textual A Questão de Controle A História da Negociação 3.3 Pedido de Não Violação, Anulação ou Dano 3.4 Teste sua Compreensão 4. Estudo dos Casos 4.1 Casos para Discussão 4.2 Teste sua Compreensão 3

4 5. Leituras Adicionais 5.1 Livros 5.2 Relatórios de Painéis do GATT/WTO 5.3 Documentos 4

5 O QUE VOCÊ APRENDERÁ Este módulo provê o leitor com uma visão geral do Acordo sobre Compras Governamentais (Agreement on Government Procurement - AGP) da Organização Mundial do Comércio (World Trade Organization WTO), e uma distinta abrangência de suas obrigações. O capítulo 1 provê uma visão das principais características do AGP. O capítulo 2 destaca e analisa os dispositivos de tratamento especial e diferenciado do Acordo. O capítulo 3 examina as várias interpretações dos dispositivos do AGP em relação ao sistema de solução de controvérsias do GATT 1947 e, recentemente, em relação ao Entendimento sobre Solução de Controvérsias (Dispute Settlement Understending - DSU) da WTO. O estudo de casos é apresentado no capítulo 4 e recomendações de leituras no capítulo 5. 5

6 1. O ACORDO SOBRE COMPRAS GOVERNAMENTAIS (AGP) Após completar este capítulo, o leitor deverá estar apto para: - Identificar os objetivos do AGP; - Discutir os procedimentos assegurando a transparência em relação ao AGP; - Explicar o mecanismo de solução de controvérsias do AGP; e - Explicar as semelhanças e diferenças entre os princípios legais que regem o AGP e os princípios dos outros acordos da WTO. 1.1 INTRODUÇÃO A definição genérica de compras governamentais está relacionada ao processo pelo qual uma agência de governo compra um produto ou serviço para seu próprio uso. O principal objetivo em manter um regime de compras governamentais aberto e não discriminatório é permitir competição entre os fornecedores potenciais, e, a partir daí, assegurar que o melhor preço será obtido. Na prática, as compras governamentais podem freqüentemente ser influenciadas por uma gama de objetivos secundários que não se relacionam, ou até mesmo conflitam com o princípio do melhor preço ao obter produtos ou serviços. Exemplos desses objetivos secundários são: a promoção de indústria nacional em detrimento de competidores estrangeiros; favorecimento de fornecedores estrangeiros para obtenção de moeda estrangeira; ou discriminar certos produtos ou serviços estrangeiros por qualquer outra razão. Os procedimentos utilizados para alcançar esses objetivos secundários, tais como requerimentos licitatórios discriminatórios, licitação fechada ou seletiva e requerimentos de especificação não técnicos podem conduzir a distorções comerciais COMPRAS GOVERNAMENTAIS NO CONTEXTO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL. As compras governamentais constantemente representam uma grande proporção da despesa total de governo, estimada em 10% e 15% do GDP, o que representa um poder aquisitivo substancial nos mercados nacionais. Em combinação com efeitos comerciais potencialmente distorcidos, devidos a objetivos secundários de governo, é compreensível que a transparência dos procedimentos e regras de compras governamentais tenha se tornado uma questão fundamental dentro do comércio internacional. 6

7 Apesar de sua importância econômica, regulamentação de compras governamentais tem sido tradicionalmente omitidas do escopo das regras multilaterais de Acesso a Mercados tanto em bens (Art. III:8(a) e XVII:2 do GATT 1947) 1, quanto em serviços (Art. XIII:1 do GATS) 2. Essa exclusão foi discutida nas negociações da Carta de Havana, aonde se chegou a seguinte conclusão: As práticas de Compras Governamentais tem sido tradicionalmente consideradas inalcançáveis pela linguagem dos Artigos I e III do GATT e o trabalho preparatório do GATT parece corroborar essa abordagem 3. GATT, Índice Analítico 4 : O Documento ITO, como proposto na minuta original dos Estados Unidos, teria dispositivos para o tratamento nacional e nação mais favorecida relativos a compras governamentais de suprimentos para uso do governo. De qualquer forma, esse dispositivo foi excluído da minuta da Carta de Londres dizendo-se ao Comitê Preparatório que uma tentativa de acordo neste compromisso trariam exceções quase tão amplas quanto o próprio compromisso.... Durante as discussões no Sub-comitê A em Havana, foi acordado que o parágrafo 5 (III:8) era uma exceção a todo o Artigo 18 (III). Foi percebido, posteriormente, que o Sub-comitê tinha considerado que a linguagem no parágrafo 8 iria isentar do escopo do Artigo 18 (III) e, por esta razão, também do Artigo 16 (I), leis, regulamentos e requerimentos de compras de governo afeitos ao uso do governo, onde a revenda era somente incidental. (Citações Transcritas: London Report, pág. 9, parag. (d)(iv). E/CONF.2/c.3/A/W.39, pág. 1. E/CONF.2/C.3/SR.41, pág. 3) ELABORAÇÃO DAS REGRAS DE COMPRAS GOVERNAMENTAIS O esforço inicial para incluir as Compras Governamentais nas regras internacionais de comércio foi feito na Rodada de Tóquio de Negociações Comerciais, que levou a assinatura, em 1979, do primeiro Acordo sobre Compras Governamentais 5. 1 GATT 1947, Artigo III:8 (a): Os dispositivos deste Artigo não devem aplicar-se a leis, regulamentos ou requerimentos que rejam a compra por agências de governo de produtos adquiridos para fins governamentais e não com o intuito de revenda comercial ou de utilização na produção de bens para venda comercial. GATT 1947, Artigo XVII:2: Os dispositivos do parágrafo 1 deste Artigo não devem ser aplicadas na importação de produtos para consumo imediato ou definitivo no uso governamental e não de outra forma para revenda ou utilização na produção de bens para venda. Com respeito a tais importações, cada Parte contratante deve acordar com o comércio das outras Partes contratantes tratamento justo e igualitário. 2 GATS, Artigo XIII:1: Artigos II, XVI e XVII não devem ser aplicados a leis, regulamentos ou requerimentos que rejam a compra por agências de governo de serviços adquiridos para fins governamentais e não com o intuito de revenda comercial ou de utilização no fornecimento de serviços para venda comercial. 3 John H. Jackson, The Jurisprudence of GATT &WTO, pág. 63. Editora Cambrige University, GATT, Analytical Index: Guide to GATT Law and Practice, 6ª Edição Atualizada, 1995, Volume I, pág

8 O Acordo da Rodada de Tóquio descreveu o princípio de tratamento nacional em termos legais e de regulamentos de compras governamentais. Essa obrigação era claramente limitada aquelas partes que negociaram e aderiram a esse acordo plurilateral. Plurilateralismo Com a intenção de expandir o escopo e a cobertura, o Acordo da Rodada de Tóquio foi renegociado, paralelamente as negociações havidas durante a Rodada Uruguai. Essas negociações levaram a assinatura, em 15 de abril de 1994, do Acordo sobre Compras Governamentais (AGP). O AGP é de natureza plurilateral, o que significa que, apesar de o AGP estar incluso no Anexo 4 do Acordo que Estabelece a WTO, todos os Membros da WTO não estão compromissados ao AGP, mas tão somente as partes que aderiram a ele. A idéia atrás da limitação de obrigações desses Países que são partes no Acordo, fez possível uma exceção a regra geral de negociação da Rodada Uruguai do compromisso único (single undertaking). Em outras palavras, isto significou ampliação e avanço do escopo do Acordo, na base da reciprocidade mútua 6 ao invés da base do principio da Nação Mais Favorecida (MFN). Artigo I, AGP, GATT, Índice Analítico 7 1. Com respeito a todas as Leis, regulamentos, procedimentos e práticas relacionadas às Compras Governamentais cobertas por este Acordo, cada parte deve apresentar imediata e incondicionalmente, aos produtos e fornecedores de outras partes ofertando produtos originados dentro do território aduaneiro das Partes (incluindo zonas franca), tratamento não menos favorável que:...(b) aquele determinado para produtos e fornecedores de qualquer outra parte. As partes do AGP concordaram em: aprofundar o escopo do Acordo plurilateral; manter um Comitê Especial para administrar o AGP e utilizarem-se de um mecanismo de Solução de Controvérsias (o DSU da WTO), disponível exclusivamente para as partes do AGP. Preâmbulo, parágrafo 7, AGP Desejando, de acordo com o parágrafo 6 (b) do Artigo IX do Acordo sobre Compras Governamentais, firmado em 12 de abril de 1979, emendado em 2 de fevereiro de 1987, ampliar e melhorar o Acordo sob o fundamento de reciprocidade mútua e para expandir a cobertura do Acordo para incluir contratos de serviços Este Acordo entrou em vigor em 1981 e foi subseqüentemente emendado em As emendas entraram em vigor em Acordo sobre Compras Governamentais da Rodada de Tóquio, Artigo IX (6) (b). Não após o término do terceiro ano da data da entrada em vigor deste Acordo, e periodicamente desde então, as Partes mencionadas devem empreender outras negociações, com o intuito de ampliar e aperfeiçoar este Acordo sob o fundamento de reciprocidade mútua, atentando os dispositivos do Artigo III relacionadas a países em desenvolvimento GATT, Analytical Index: Guide to GATT Law and Practice, 6ª Edição Atualizada, 1995, Volume I, pág Acordo sobre Compras Governamentais (Anexo 4, Acordos da Rodada Uruguai), preâmbulo, parág. 7. 8

9 Atualmente, 15 países, contando a Comunidade Européia como uma Parte, são partes do AGP 10, com 7 países 11. De acordo com as estatísticas relacionadas a cobertura e a coercitividade do Acordo da Rodada de Tóquio, de 1990 a 1994 aproximadamente US$ 30 bilhões foram gastos, anualmente, com os dispositivos do Acordo. O novo AGP, levando em consideração sua cobertura mais ampla, incluindo serviços bem como bens, e sendo aplicável a entidades sub-centrais e de utilidade pública, resultou em um crescimento estimado de dez vezes no valor de compra aberta à competição internacional. 1.2 OBJETIVOS DO AGP O AGP define uma estrutura de direitos e obrigações a que as partes devem adaptar sua legislação nacional, regulamentos, procedimentos e práticas relacionadas as Compras Governamentais. O escopo do AGP é mais amplo do que o do Acordo original da Rodada de Tóquio, não apenas em virtude dos problemas que rege (ponto explicado abaixo em maior detalhe), mas também porque tenta abordar as Compras Governamentais em termos mais amplos que seu predecessor. Os objetivos seguintes, listados no preâmbulo, são expressos subseqüentemente no texto do Acordo: Não Discriminação Preâmbulo, 3º, AGP: Reconhecendo que leis, regulamentos, procedimentos e práticas relacionadas às Compras Governamentais não devem ser preparadas, adotadas ou aplicadas para produtos e serviços estrangeiros ou domésticos e para produtores estrangeiros ou domésticos, com a finalidade de proporcionar proteção aos produtos ou serviços domésticos ou produtores domésticos e não deve discriminar entre produtos ou serviços estrangeiros ou entre produtores estrangeiros ; Transparência Preâmbulo, 4º, AGP: Reconhecendo que é desejável prover transparência das leis, regulamentos, procedimentos e práticas relacionadas às Compras Governamentais ; Solução de Controvérsias Preâmbulo, 5º, AGP: Reconhecendo a necessidade de estabelecer procedimentos internacionais de notificação, consultas, vigilância, e solução de controvérsias com a visão de garantir uma justa, imediata e efetiva coercitividade dos dispositivos internacionais sobre Compras Governamentais, e para manter o equilíbrio dos direitos e deveres no nível mais alto possível ; 9 Corresponde ao texto do Artigo IX:(6) (b), Acordo da Rodada de Tóquio (veja nota de rodapé nº 6) 10 As Partes do GPA são: Canadá, as Comunidades Européias e seus 15 estados Membros, Hong Kong (China), Islândia, Israel, Japão, República da Coréia, Liechtenstein, Aruba (parte da Holanda), Noruega, Singapura, Suíça e Estados Unidos da América. 11 Bulgária, Estônia, Jordânia, Kirgiquistão, Latvia, Panamá e Província Chinesa de Taiwan. 9

10 Preâmbulo 6º, AGP: Reconhecendo a necessidade de considerar o desenvolvimento, necessidades financeiras e comerciais dos países em desenvolvimentos, e em particular os países menos desenvolvidos. 1.3 DISPOSITIVOS REGULATÓRIOS EM APOIO AOS OBJETIVOS Estrutura do AGP: Os objetivos estão expressos em diversos Artigos do AGP. Especificamente, o escopo e cobertura do Acordo são dispostos nos Artigos I e II. O Artigo III abrange os princípios do tratamento nacional e não-discriminação. As obrigações derivadas destes princípios estão especificadas nos requerimentos legais do processo licitatório nos Artigos VII a XV. O princípio da transparência está refletido nas disposições do Artigo XVII. Dispositivos relacionados à solução de controvérsias estão previstos no Artigo XXII, e àqueles referentes ao tratamento especial e diferenciado para os países em desenvolvimento e menos desenvolvidos são encontrados no Artigo V do Acordo COBERTURA Escopo e cobertura do Artigo I, do AGP: 1. Este Acordo aplica-se a qualquer lei, regulamento, procedimento ou prática relacionada a qualquer compra efetuada por entidades cobertas por este Acordo, conforme especificado no apêndice I. 2. Este Acordo aplica-se a compra qualquer que seja seu meio contratual, incluindo através de métodos como compra ou como arrendamento, aluguel ou compras a crédito, com ou sem opção de compra, incluindo qualquer combinação de produtos e serviços. 3. Onde entidades, no contexto de compra coberto por este Acordo, requerem empreendimentos não inclusos no apêndice I para outorgar contratos de acordo com requisitos particulares, o Artigo III deverá ser aplicado mutatis mutandis a tais requisitos. 4. Este Acordo aplica-se a qualquer contrato de compra de valor não inferior do que o patamar de relevância especificado no apêndice I. A cobertura do AGP não se estende a todas as compras governamentais. As obrigações sob o Acordo são limitadas as compras: 10

11 apresentadas por uma entidade constante da Lista de Partes do AGP no anexo 1 ao 3 do apêndice I do AGP, relacionadas a entidade de governo central, entidade de governo sub-central e outras entidades tais como de serviços públicos; de bens; e todos os serviços e serviços de construção especificados em lista positiva, dispostas respectivamente nos anexos 4 e 5 do apêndice I do AGP; para as quais o valor do contrato exceda certo patamar. Esses patamares são especificados por cada parte como patamares mínimos aplicáveis. A Parte é apta a modificar sua cobertura sob as condições dispostas no Artigo XXIV:6 do AGP, que especifica os procedimentos para retificação ou modificação da cobertura mutuamente acordada no apêndice I a IV. A cobertura convencional derivada do AGP plurilateral tem, desde 1994, sido complementada por uma série de acordos bilaterais entre Partes individuais. Esse sistema folha solta expande o escopo de aplicabilidade dos apêndices das Partes, e se tornou uma ferramenta útil, uma vez que estabelece uma solução flexível para atualizar os apêndices no momento em que ocorre a mudança. Não obstante os princípios de coberturas estabelecidos no AGP, uma Parte pode fazer isenções específicas na Nota Geral, localizada no final da Lista de cada Parte no apêndice I. Finalmente, deve ser notado que o AGP, Artigo V, permite que os países em desenvolvimento façam isenções a certas obrigações (veja o capítulo 2 abaixo). Ademais, uma isenção geral está disponível a todas as Partes, sob o Artigo XXIII, por razões não econômicas tais como a proteção de interesses de segurança nacional, princípios públicos, ordem ou segurança, vida ou saúde humana, animal, ou vegetal, ou propriedade intelectual NÃO DISCRIMINAÇÃO Tratamento Nacional e Não Discriminação, Artigo III:1-2, AGP: 1. Com respeito a todas as Leis, regulamentos, procedimentos e práticas relacionadas às Compras Governamentais cobertas por este Acordo, cada parte deve prover imediata e incondicionalmente, aos produtos, serviços e fornecedores de outras partes, ofertando produtos ou serviços das Partes, tratamento não menos favorável que: (a) aquele determinado aos produtos, serviços e fornecedores domésticos; e (b) aquele determinado para produtos, serviços e fornecedores de qualquer outra parte. 2. Com respeito a todas as Leis, regulamentos, procedimentos e práticas relacionadas às Compras Governamentais cobertas por este Acordo, cada Parte deve assegurar: 11

12 a) que suas entidades não devam tratar um fornecedor estabelecido localmente menos favoravelmente do que outro fornecedor estabelecido localmente, sob o fundamento de grau de afiliação estrangeira ou participação; e b) que suas entidades não devam discriminar contra fornecedores estabelecidos localmente sob o fundamento de país de produção do bem ou serviço fornecido, sendo o país de produção Parte do Acordo em conformidade com os dispositivos do Artigo IV. O Artigo III:1 e 2, dispõe sobre o princípio fundamental de Não-Discriminação. Primeiramente, uma Parte do AGP deve estabelecer tratamento não menos favorável a produtos, serviços e fornecedores de outras Partes do AGP do que o tratamento dado aos produtos, serviços e fornecedores domésticos. Além disso, uma Parte do AGP deve tratar os produtos, serviços ou fornecedores de uma Parte do AGP não menos favoravelmente do que o tratamento determinado a qualquer outra Parte do AGP (nãodiscriminação entre Partes estrangeiras do AGP). Ademais, o AGP obriga as Partes a garantir que as entidades governamentais não discriminem entre fornecedores locais devido à participação estrangeira ou afiliação, e que tais entidades não discriminem entre entidades locais devido ao local de produção do bem ou serviço fornecido, sob a condição de que as Regras de Origem do Artigo IV do AGP sejam respeitadas. Este dispositivo dá ao princípio da Não-Discriminação uma aplicação mais efetiva, uma vez que visa as ações individuais das entidades governamentais, e evita a discriminação individual. Para garantir o princípio da Não-Discriminação, o Artigo III é complementado por outros dispositivos constantes do Acordo, que enfatizam os procedimentos para assegurar transparência das leis, regulamentos, procedimentos e práticas relacionadas às Compras Governamentais TRANSPARÊNCIA O objetivo da transparência do Acordo abrange leis e regulamentos, bem como práticas e procedimentos. Essa obrigação geral de transparência abrange dois aspectos, (a) aqueles relacionados a publicação e (b) aqueles relacionados a regulamentos de procedimentos licitatórios. (a) Publicação: Essa categoria inclui regras para: (i) Publicações de: 12

13 Artigo XVII:1 convite para licitar para a concessão de contrato de compra (Artigo XVII:1(b)); e Artigo XVIII:1 intimação dos resultados da concessão (Artigo XVIII:1). Essa obrigação, de intimação pública de ambos o convite para licitar para a concessão de contrato e os resultados da concessão, constituem um pré-requisito para participação no processo licitatório em conformidade com os requerimentos dos Artigos VII a XV do AGP. É também uma forma de controlar os resultados a posteriori. Permite a possibilidade legal de requerer explicações adicionais das entidades concedentes sobre suas práticas de compras e as razões da remoção de um fornecedor da lista de fornecedores qualificados. Além do que, licitantes qualificados, mas não contratados podem solicitar as razões técnicas que levaram a este resultado ( vantagem do licitante selecionado )(Artigo XVIII:2(a), (b) e (c)). Adicionalmente, informações também podem ser requisitadas em conformidade com o Artigo XIX:2, sob a concessão contratual necessária para assegurar que a compra foi feita de forma justa e imparcial. Este Artigo usa um pouco da linguagem do Artigo X do GATT 1994, que concerne a obrigação de publicação e administração das Regulamentações Comerciais. 12 Artigo XIX:1 (ii) Publicação de qualquer lei, regulamento, decisão judicial, decisão administrativa e qualquer procedimento, incluindo as cláusulas padrão dos contratos em que o resultado do processo licitatório apareça. (Artigo XIX:1). O AGP também requer que as Partes submetam ao Comitê do AGP, estatísticas sobre o número e valor dos contratos de compra das entidades, em conformidade com a categoria de seus Anexos, bem como o escopo da cobertura respectiva. Os dispositivos que estabelecem uma obrigação de transparência reforçam a coercitividade do processo licitatório sob o AGP. Os dispositivos asseguram que contratos de compras estão abertos para todas as fontes de fornecimento, capacitando fornecedores de produtos e serviços estrangeiros a competir em pé de igualdade com os fornecedores locais (tratamento nacional). (b) Regulamentação dos Procedimentos Licitatórios Artigo VII 12 Para uma definição imparcial, uniforme e razoável em vários precedentes da WTO, veja o Relatório de Painel: Argentina Medidas Afetando a Exportação de Couro Bovino e a Importação de Couro Finalizado, (Argentina - Couro Bovino), WT/DS/155/R, parágrafos a , e Relatório de Painel: Comunidades Européias Regime de Importação, Venda e Distribuição de Bananas, (EC Bananas III), WT/DS27/R e WT/DS27AB/R, e o Relatório do Órgão de Apelação, parágrafos e 199 a 204, respectivamente. 13

14 O AGP, em seu Artigo VII, define três tipos de procedimentos licitatórios: (i) (ii) (iii) Público: aberto a todos os fornecedores interessados. Seletivo: licitantes são convidados de um número máximo de fornecedores (domésticos ou estrangeiros), consistente com o parágrafo 3º do Artigo X e outros dispositivos relevantes deste Acordo, o que proporciona com que fornecedores não qualificados que requisitem sua participação possam também ser incluídos, quando houver tempo hábil para completar o procedimento de qualificação em conformidade com os Artigos VII e IX. Ademais, fornecedores da lista permanente de fornecedores qualificados podem ser convidados a licitar. (Artigo X:2) Limitado: A entidade contata fornecedores individualmente. O Acordo permite este desvio dos princípios gerais que regem a licitação, em conformidade com o Artigo XV, nas seguintes condições: Conluio dos licitantes submetidos; Trabalhos de arte ou razões relacionadas com a proteção do direito de patentes; Razões de extrema urgência; Entregas adicionais do fornecedor original sob certas condições; Protótipos, ou um primeiro produto ou serviço, ou um contrato para pesquisa; Circunstâncias imprevisíveis que requerem serviços de construção adicionais, não inclusos no contrato inicial; Serviços similares de construção em conformidade com um projeto que conta com a concessão de contrato inicial, prevendo licitação limitada; Produtos comprados em um mercado de matérias-primas ( commodity market ); Compras feitas sob condições excepcionalmente vantajosas que ocorreram em um período muito curto (liquidação); e Contratos concedidos aos vencedores de concurso, sob certas condições, julgado por um júri independente. Quando um contrato é concedido sob o procedimento licitatório limitado, a agência concedente é obrigada a preparar um relatório, que ficará à disposição das autoridades governamentais da Parte (Artigo XV:2). Este relatório estabelece o fundamento que as Partes do Acordo podem usar para iniciar várias ações sob o AGP, por exemplo: requerer um Relatório e Análise (explicação a ser fornecida pelas entidades em cumprimento aos requerimentos de publicação do Artigo XVIII:2); preparar um relatório intitulado Informação e Análise ( a ser apresentado pelas Partes ao Comitê, sob o Artigo XIX); ou iniciar um Procedimento de Impugnação (veja Artigo XX). 14

15 Finalmente, como se refere ao princípio da transparência, deve ser notado que o AGP contém uma proibição explícita ao offsets como requisito de qualificação (Artigo XVI:1). O conceito de offsets é descrito na nota de rodapé nº 7 do Artigo XVI:1 do AGP como: medidas usadas para encorajar o desenvolvimento local ou melhorar as contas de balanço de pagamentos por meio de conteúdo doméstico, licença de tecnologia, requisitos de investimento, comércio recíproco ou requisitos similares. Entretanto, este dispositivo permite tratamento diferenciado para países em desenvolvimento (capítulo 2 abaixo) SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS E COERCITIVIDADE (a) O DSU e os dispositivos especiais do AGP. O Artigo XXII do AGP contém as regras de solução de controvérsias que, dada a natureza plurilateral do Acordo, são obrigatórias somente para as Partes. Elas estabelecem modalidades particulares que devem ser consideradas em um procedimento de solução de controvérsias sob o AGP. Como princípio geral, expresso no Artigo XXII:1, o Entendimento de Solução de Controvérsias DSU da WTO aplica-se a disputas sob o AGP. De qualquer forma, o Artigo XXII:1 dispõe que em caso de conflito, o Artigo XXII do AGP prevalece. Consultas e Solução de Controvérsias, Artigo XXII:1, AGP: Os dispositivos do Entendimento de Regras e Procedimentos Regendo a Solução de Controvérsias sob o Acordo da WTO (doravante denominado Entendimento de Solução de Controvérsias ) deve ser aplicável exceto como de outro modo especificamente disposto abaixo: O Artigo XXII:3 dispõe que o uso do sistema de solução de controvérsias do AGP é restrito aqueles Membros da WTO que são Partes do AGP. Em outras palavras, o Órgão de Solução de Controvérsias (Dispute Settlement Body - DSB) pode, por exemplo, estabelecer painéis, que, em razão do AGP, são abertos apenas as Partes do AGP, como Membros ou terceiras partes. Consultas e Solução de Controvérsias, Artigo XXII:3, AGP: O DSB deve ter autoridade para estabelecer painéis, adotar relatórios do Painel e do Órgão de Apelação, fazer recomendações ou decidir sobre o problema, manter vigilância sobre a implementação de decisões e recomendações, e autorizar a suspensão de concessões e outras obrigações sob este Acordo ou consultas referentes a soluções quando a retirada de medidas tidas como contrárias ao Acordo não é possível, desde que somente Membros da WTO Partes neste Acordo participem das decisões ou ações tomadas pelo DSB em relação às disputas sob este Acordo. 15

16 (b) Não Contra-Retaliação Contra-Retaliação A não obediência ao AGP, não pode ser sujeita a retaliação sob os acordos cobertos do Apêndice 1 nos procedimentos do DSU. Ao contrário, outros dispositivos dos Acordos da WTO, que um Painel pode ter examinado por infrações dos dois tipos de não obediência (infrações de dispositivos do AGP e infrações de dispositivos de outros Acordos), não podem nunca se sujeitar a contra-retaliação envolvendo concessões ou outras obrigações negociadas sob o AGP. Consultas e Solução de Controvérsias, Artigo XXII:7, AGP: Não obstante o parágrafo 2º do Artigo 22 do Entendimento de Solução de Controvérsias, qualquer disputa apresentada sob qualquer Acordo listado no Apêndice 1 para o Entendimento de Solução de Controvérsias, desde que não seja este Acordo, não deve resultar na suspensão das concessões ou outras obrigações sob este Acordo, e qualquer disputa apresentada sob este Acordo não deve resultar na suspensão de concessões ou outras obrigações sob qualquer outro listado no mencionado Apêndice 1. (c) Procedimentos de Impugnação Artigo XX Os procedimentos de impugnação são resultado das dificuldades encontradas para honrar as recomendações nos procedimentos de solução de controvérsias que pedem por uma solução retrospectiva. De fato, alguns dizem que a natureza da decisão do Painel no litígio Noruega - Compras de Equipamentos de Arrecadação de Taxas para a Cidade de Trondheim 13 é o que levou a inclusão deste dispositivo especial no AGP. Os dispositivos sobre os procedimentos de impugnação, encontrados no Artigo XX, introduzem um mecanismo único e separado de executar o AGP. Este Artigo requer que as Partes do AGP criem um sistema doméstico de impugnação de licitação, para o propósito de dar aos fornecedores, que acreditam que a compra tenha sido executada de forma inconsistente aos requerimentos do AGP, o direito de recorrer a um tribunal doméstico independente. No caso, a Parte opta por conferir a função do sistema de impugnação de licitação a um imparcial e independente órgão revisor, e a decisão deste órgão deve ser feita sujeita a revisão judicial ou as condições procedimentais dispostas no Artigo XX:6 (a) a (g): Participantes podem ser ouvidos antes que seja dada uma opinião ou se chegue a uma decisão; 13...os atos de não cumprimento são atos que ocorreram no passado...a única saída...seria a anulação do contrato e a reinicialização do processo de compra. O Painel não considerou apropriado fazer tal recomendação, Relatório do Painel, Noruega Compra de Equipamentos de Arrecadação de Taxas para a Cidade de Trondheim, GPR.DS2/R, parágrafo

17 Participantes podem ser representados e acompanhados; Participantes devem ter acesso a todos os procedimentos; Procedimentos podem ocorrer em público; Opiniões ou decisões são dadas em escrito com declaração descrevendo os fundamentos das opiniões ou decisões; Testemunhas podem ser apresentadas; e Documentos são revelados ao órgão de revisão. É de particular importância a obrigação de conferir ao órgão de revisão a competência de determinar a correção de uma infração ao Acordo ou compensação por perdas e danos sofridos por um fornecedor. Mas isto deve ser limitado aos custos de preparação da licitação ou protesto. Artigo:7, Procedimentos de Impugnação, AGP: Procedimentos de Impugnação devem estabelecer: (a) Medidas provisórias rápidas para corrigir infrações ao Acordo e para preservar oportunidades comerciais. Tal ação pode resultar em suspensão do processo de compra. Entretanto, o procedimento pode determinar que conseqüências adversas derrogatórias para os interesses em causa, incluindo o interesse público, podem ser levadas em conta na decisão sobre se tais medidas devem ou não ser aplicadas. Em tais circunstâncias, a justa causa para não agir deve ser fornecida por escrito. (b) Uma avaliação e uma possibilidade de decisão sobre a justificativa da impugnação; (c) Correção da infração ao Acordo ou compensação por perdas e danos sofridos, que podem ser limitados aos custos de preparação da licitação ou protesto MAIOR DESENVOLVIMENTO DAS REGRAS SOBRE COMPRAS GOVERNAMENTAIS. Enquanto o AGP é um acordo plurilateral dentro da estrutura multilateral da WTO, iniciativas foram tomadas para regular as compras governamentais em um nível multilateral mais amplo. O primeiro passo foi dado na Reunião Ministerial de Singapura em 1996, que estabeleceu um mandato ao Grupo de Trabalho sobre Transparência em Compras Governamentais: Declaração Ministerial de Cingapura, : 14 WT/MIN(96)/DEC, 18 de dezembro de 1996, promulgada na primeira Conferência Ministerial da WTO, Cingapura, de 9 a 13 de dezembro de

18 21. Ademais, nós concordamos em: estabelecer um grupo de trabalho para conduzir um estudo sobre transparência nas práticas de compras governamentais, levando em consideração políticas nacionais, e, baseado neste estudo, desenvolver elementos para a inclusão em um Acordo apropriado. Mais recentemente, a quarta Reunião Ministerial de Doha, adotou uma Declaração Ministerial, que dispôs que as negociações, restringidas ao escopo de transparência, devem começar após a quinta Reunião Ministerial, e além do mais, que essas negociações devem ser baseadas no progresso do Grupo de Trabalho sobre Transparência. Declaração Ministerial de Doha, : 26. Reconhecendo a necessidade de um Acordo multilateral sobre transparência em compras governamentais e a necessidade de intensificar a assistência técnica e desenvolver aptidões nessa área, nós concordamos que as negociações irão iniciar-se após a Quinta Sessão da Conferência Ministerial sob o pressuposto de que se deve tomar uma decisão, por consenso explícito, na sessão de modalidades de negociação. Essas negociações irão basear-se no progresso alcançado no Grupo de Trabalho sobre Transparência em Compras Governamentais naquele momento e levará em consideração as prioridades de desenvolvimento dos participantes, especialmente as dos países menos desenvolvidos. As negociações devem limitar-se aos aspectos da transparência e por esta razão não restringirá o escopo dos países em dar preferências a produtos e fornecedores domésticos. Nós nos comprometemos a assegurar assistência técnica e suporte para o desenvolvimento de aptidão adequados, durante as negociações e após sua conclusão. Até o momento, o Grupo de Trabalho não alcançou um grande progresso. GATS Em adição à iniciativa de criar um acordo sobre transparência, o Grupo de Trabalho tem conduzido negociações multilaterais no Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços GATS, em conformidade com o Artigo XIII:2 GATS. De qualquer forma, o progresso tem sido lento. Revisão Aparte da revisão anual pelo Comitê de Compras Governamentais (o Comitê), o AGP contém um mecanismo de revisão, estabelecido pelo Artigo XXIV:7(b), que implica negociações obrigatórias, dentro de três anos da entrada em vigor do Acordo, para o propósito de aperfeiçoar o Acordo e estender sua cobertura. Artigo XXIV:7(a) (b), dispositivos Finais, AGP: Revisões, Negociações e Trabalhos futuros. 15 WT/MIN(01)/DEC/1, 20 de novembro de 2001, promulgada na quarta Conferência Ministerial, Doha, Qatar, de 9 a 14 de novembro de

19 (a) O Comitê deve rever anualmente a implementação e operação deste Acordo levando em consideração os objetivos mencionados. O Comitê deve informar anualmente o Conselho Geral da WTO os desenvolvimentos durante os períodos cobertos por tais revisões. (b) Não após o término do terceiro ano da data da entrada em vigor deste Acordo, e periodicamente desde então, as Partes mencionadas devem empreender outras negociações, com o intuito de aperfeiçoar este Acordo e alcançar a maior extensão possível de sua cobertura dentre todas as Partes sob o fundamento de reciprocidade mútua, atentando para os dispositivos do Artigo V relacionados aos países em desenvolvimento. No momento, de acordo com o Comitê, esta revisão tem três propósitos principais: Simplificação e aperfeiçoamento; Expansão da cobertura; e Remoção das restrições discriminatórias existentes (incluindo a derrogação da Nação Mais Favorecida NMF) O objetivo principal das negociações sob o Artigo XXIV:7, é a expansão da afiliação ao Acordo através de maior acessibilidade a não-partes TESTE SUA COMPREENSÃO 1. Quais princípios básicos do sistema multilateral são parte do AGP, e até que ponto? 2. O que é ima entidade segundo o AGP? 3. Quais são as características de retaliação na estrutura do AGP? 4. O que significa offset e que condições legais envolve segundo o AGP? 16 Relatório do Comitê sobre Compras Governamentais, 2002, GPA/73. 19

20 2. TRATAMENTO ESPECIAL E DIFERENCIADO PARA PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO Após completar este capítulo, o leitor deverá estar apto para: - Identificar os dispositivos de Tratamento Especial e Diferenciado constantes do AGP; - Interpretar o efetivo escopo de alguns dos dispositivos de Tratamento Especial e Diferenciado segundo o AGP; - Avaliar os tipos de dispositivos sobre Tratamento Especial e Diferenciado que pode ser do interesse de um país em desenvolvimento em aceder ao AGP; - Determinar quando é o melhor momento para invocar os dispositivos de Tratamento Especial e Diferenciado. 2.1 INTRODUÇÃO Artigo V Conforme apontado no sub-capítulo 1.2, o preâmbulo do AGP reconhece que as necessidades de desenvolvimento financeiro e comercial dos países em desenvolvimento, em particular os países menos desenvolvidos (PMDs), devem ser levadas em consideração. As necessidades financeiras e comerciais são explicadas e especificadas como objetivo na parte operacional do Acordo (Artigo V:1): Tratamento Especial e Diferenciado para Países em Desenvolvimento, Artigo V, AGP: Objetivos 1. As Partes devem, na implementação e administração deste Acordo, através dos dispositivos previstos neste Artigo, levar em devida consideração o desenvolvimento, necessidade financeira e comercial dos países em desenvolvimento, em particular os países menos desenvolvidos, em suas necessidades para: (a) salvaguardar suas posições no balanço de pagamentos e assegurar o nível de reservas adequado para implementação de programas de desenvolvimento econômico; (b) promover o estabelecimento ou desenvolvimento de indústrias domésticas incluindo o desenvolvimento em pequena escala e indústrias residenciais em área rural ou áreas retiradas; e desenvolvimento econômico de outros setores da economia; (c) apoiar unidades industriais até que se tornem totalmente ou substancialmente dependentes de compras governamentais; e 20

21 (d) encorajar seus desenvolvimentos econômicos através de acordos amistosos entre países em desenvolvimento apresentados na Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (doravante referida como WTO) e não desaprovados por esta. Listando explicitamente estes objetivos, o Acordo dispõe claramente os parâmetros para uma interpretação geral do AGP tais como, e, em particular, no caso de uma disputa envolvendo um país em desenvolvimento. Estes parâmetros servem como ferramentas para a aplicação dos dispositivos que permitem Tratamento Especial e Diferenciado para países em desenvolvimento individualmente, conforme disposto nos parágrafos operacionais 4 e 5, do Artigo V. O Artigo V, parágrafos 2 e 3, estabelecem regras gerais que visam guiar as Partes quando assumem compromissos segundo o AGP. Segundo o Artigo V:2, cada Parte do AGP deve, na preparação e aplicação de leis, regulamentos e procedimentos afetando a compra governamental, facilitar importações aumentadas de países em desenvolvimento. Adicionalmente, o Artigo V:3 determina que os parâmetros do Artigo V:1 devem ser levados em consideração no curso das negociações em respeito à compra de países em desenvolvimento cobertos pelo AGP. O parágrafo continua com uma obrigação para países desenvolvidos tentarem incluir na cobertura de sua lista produtos e serviços de interesse de exportação dos países em desenvolvimento. Esses objetivos e regras gerais são complementados por cláusulas operacionais, que se relacionam a três tipos de Tratamento Especial e Diferenciado: Exclusão das regras de tratamento nacional, com respeito a certos produtos, de serviços e entidades cobertas pelo Acordo; Exclusão ou modificação das listas de coberturas; Uso de offsets para promover o desenvolvimento ou aperfeiçoar a situação do balanço de pagamentos. 2.2 EXCLUSÕES ACORDADAS As exclusões acordadas podem ser obtidas por três mecanismos: (i) através de negociações (Artigo V:4), (ii) através de emendas unilaterais das listas de cobertura (Artigo V:5), ou (iii) requisitando ao Comitê a concessão da exclusão (Artigo V:5). Artigo V:4, AGP: 4. Um país em desenvolvimento pode negociar com outros participantes, em negociações sob este Acordo, exclusões mutuamente aceitáveis das regras de tratamento nacional em respeito a certas entidades, produtos ou serviços que são inclusos nesta listas de cobertura, tendo relação com as circunstâncias particulares de cada caso. Em tais negociações, as considerações mencionadas nos sub-parágrafos 1(a) até 1(c) devem ser devidamente considerados. Um país em desenvolvimento participando de acordos amistosos, regionais ou globais, entre países em 21

22 desenvolvimento referidos no sub-parágrafo 1(d) também podem negociar exclusões em suas listas, tendo relação com as circunstâncias particulares de cada caso, levando em consideração, inter alia, os dispositivos de compras governamentais previstos nos acordos amistosos regionais e globais concernentes e, em particular, produtos ou serviços que podem estar sujeitos a programas comuns de desenvolvimento industrial. Artigo V:5, AGP: 5. Após a entrada em vigor deste Acordo, um país em desenvolvimento, Parte, pode modificar suas listas de cobertura em conformidade com os dispositivos para modificação de tais listas contidas no parágrafo 6 do Artigo XXIV, tendo relação com seu desenvolvimento, necessidades financeiras e comerciais, ou pode requerer ao Comitê sobre Compras Governamentais (doravante denominado o Comitê ) que conceda exclusões das regras de tratamento nacional de certas entidades, produtos ou serviços que estão inclusos em suas listas de cobertura, tendo relação com as circunstâncias particulares de cada caso e levado em consideração os dispositivos dos sub-parágrafos 1(a) até 1(c). Após a entrada em vigor deste Acordo, um país em desenvolvimento, Parte, também pode requerer ao Comitê a concessão de exclusão de certas entidades, produtos ou serviços que estão inclusos em suas listas de cobertura a luz de sua participação em acordos amistosos regionais ou globais entre países desenvolvidos, tendo relação com as circunstâncias particulares de cada caso e levando em consideração os dispositivos do sub-parágrafo 1(d). Cada requerimento ao Comitê por um país em desenvolvimento, Parte, relacionado à modificação de lista deve ser acompanhada por documentação relevante ao requerimento ou por certas informações como pode ser necessário para a consideração do problema NEGOCIAÇÃO NO ACESSO O parágrafo 4 intitula um país em desenvolvimento, durante o processo de acesso ao Acordo, a negociar derrogações das regras de tratamento nacional com respeito a certas entidades, produtos e serviços. De qualquer forma, esta possibilidade é condicionada a parâmetros dispostos nos sub-parágrafos (a) a (c) do parágrafo 1 do Artigo V. Em segundo lugar, o parágrafo 4 também permite que um país em desenvolvimento negocie exclusões de sua lista de cobertura, sob a condição do parâmetro (d) do parágrafo 1. Em outras palavras, negociar exclusões da lista de cobertura pode ser permitido quando um país em desenvolvimento está participando de um acordo amistoso global ou regional entre países em desenvolvimento. Essa possibilidade deve ser avaliada em conformidade com as circunstâncias particulares do caso. 22

23 2.2.2 MODIFICAÇÃO UNILATERAL O segundo mecanismo, regido pelo Artigo V:5, capacita um país em desenvolvimento a adquirir Tratamento Especial e Diferenciado após a entrada em vigor do Acordo, através de modificação unilateral de sua lista de cobertura. Isso só pode ser feito em conformidade com os dispositivos de modificação, previstos no Artigo XXIV, parágrafo 6 do AGP, e tendo relação com o desenvolvimento do país, necessidades financeiras e comerciais AUTORIZAÇÃO DO COMITÊ Após a entrada em vigor do Acordo, um país em desenvolvimento tem a possibilidade de voltar-se ao Comitê sobre Compras Governamentais para obter os dois tipos de Tratamento Especial e Diferenciado. O país em desenvolvimento pode requisitar ao Comitê a concessão da exclusão das regras de tratamento nacional para certas entidades, produtos ou serviços em sua lista de cobertura, condicionada às circunstâncias particulares de cada caso e levando em devida consideração os dispositivos dos sub-parágrafos 1(a) até (c) do Artigo V. Um país em desenvolvimento pode, ainda, requisitar ao Comitê a concessão de exclusões para certas entidades, produtos ou serviços, inclusos em sua lista de cobertura, como resultado da participação deste país em acordos amistosos regionais ou globais. Correspondentemente, esta requisição também será condicionada às circunstâncias particulares de cada caso e levando em devida consideração os dispositivos do sub-parágrafo 1(d). 2.3 O USO DE OFFSETS Como princípio geral, o uso de offsets é expressamente proibido pelo AGP (Artigo XVI). Tais medidas são definidas na nota de rodapé 7 do Artigo XVI:1 do AGP. Artigo XVI:1, AGP, nota de rodapé 7: Offsets em compras governamentais são medidas usadas para encorajar o desenvolvimento local ou aperfeiçoar as contas de balanço de pagamentos por meio de conteúdo doméstico, licença de tecnologia, requisitos de investimentos, comércio recíproco ou requisitos similares. O terceiro e particularmente importante dispositivo de Tratamento Especial e Diferenciado é a exclusão de países em desenvolvimento da proibição geral de uso de offsets. De acordo com o Artigo XVI:2, países em desenvolvimento podem negociar, 23

24 no momento de seu acesso, condições para o uso de offsets, garantindo que só serão usados como qualificação para participar do processo de compra, e não como critério para concessão de contratos. Esse dispositivo é valioso porque coloca esses países em uma posição diferente, de um ponto de vista legal, quando negociam suas acessões ao AGP. Offsets, Artigo XVII:2, AGP:...[um] país em desenvolvimento pode, no momento de seu acesso, negociar condições para o uso de offsets, tais como requisitos para de incorporação de conteúdo doméstico. Tais requisitos devem ser usados somente como qualificação para participar no processo de compra e não como critério para concessão de contratos. As condições devem ser objetivas, claramente definidas e não discriminatórias. Elas devem ser apresentadas no Apêndice I do país, e pode incluir limitações precisas na imposição de offsets em qualquer contrato sujeito a este Acordo. A existência de tais condições deve ser notificada ao Comitê e inclusa no aviso de proposta de compra e outros documentos. Comparado com outros dispositivos do Acordo que podem ser invocados, e que requerem consentimento de países desenvolvidos, Partes, países em desenvolvimento podem usar este dispositivo como uma ferramenta antes de suas decisões de comprometerem-se às disciplinas do AGP. Enquanto o Artigo XVI:2 especifica que offsets devem ser usados somente como qualificação para participar no processo de compra e não como critério para concessão de contratos, e que essas condições devem ser claras, objetivas e não discriminatórias, isso não deveria reduzir o potencial Tratamento Especial e Diferenciado que pode derivar do escopo do dispositivo. 2.4 ASSISTÊNCIA TÉCNICA Os dispositivos de Tratamento Especial e Diferenciado são complementados por dispositivos de Assistência Técnica (Artigo V:8 e 9) e o compromisso dos países desenvolvidos, Partes do Acordo, de estabelecer centros de informação que irão responder a requisições razoáveis de informações por parte dos países em desenvolvimento. (Artigo V:11). Os dispositivos de Assistência Técnica previstos no Artigo V:8, são baseados na obrigação dos países desenvolvidos de estabelecer, quando requisitado, a um país em desenvolvimento, Parte do Acordo, toda assistência técnica que o país desenvolvido julgar apropriada para solucionar problemas no campo das compras governamentais. A assistência é expressamente condicionada pelo princípio da não discriminação entre países em desenvolvimento ( Artigo V:9). Infelizmente, o Artigo não determina o escopo exato da assistência, o que de fato deixa uma margem de discrição para o país desenvolvido que provê a assistência. 24

25 Artigo V:9, AGP: Essa assistência, que deve ser prestada sob o fundamento de não discriminação entre países em desenvolvimento, Partes, deve relacionar-se, inter alia, a: - a solução de problemas técnicos particulares relacionados à concessão de um contrato específico; e - qualquer outro problema que a Parte requerente e outra Parte concordem em negociar dentro do contexto dessa assistência. Deve ser notado, de qualquer forma, que o parágrafo 10 do Artigo V dispõe expressamente que o dispositivo inclui tradução de documentos de qualificação e ofertas feitas por fornecedores de países em desenvolvimento em uma linguagem oficial da WTO. O país desenvolvido tem a discrição de recusar a tradução quando achar que será muito trabalhoso. Em caso de recusa, uma explicação deve ser fornecida quando requisitada. 2.5 DISPOSITIVO DE TRATAMENTO ESPECIAL E DIFERENCIADO PARA PMDs. O Artigo V:12 contém um dispositivo concedendo Tratamento Especial para PMD Partes, com respeito a produtos ou serviços originados nesses países Partes do Acordo (atualmente nenhum). Adicionalmente, o AGP estabelece a possibilidade de estender o benefício deste Acordo aos LCDs que não são Partes do AGP, com respeito a produtos ou serviços originados nesses países. Artigo V:12, AGP:... tratamento especial será concedido aos países menos desenvolvidos, Partes, e aos fornecedores nessas Partes, com respeito a produtos ou serviços originados nessas Partes, no contexto de qualquer medida, geral ou específica, em favor de países em desenvolvimento, Partes. Uma Parte pode, ainda, conceder os benefícios deste Acordo a fornecedores em países menos desenvolvidos que não são Partes, com respeito a produtos ou serviços originados nesses países. Adicionalmente, o Artigo V:13 impõe uma obrigação a cada país desenvolvido, sob requisição, de fornecer assistência para a promoção de licitantes nos PMDs, bem como uma obrigação de assistir os licitantes e fornecedores a obedecer aos padrões e regulamentos técnicos relacionados a produtos ou serviços que são sujeitos à compra planejada. Os dispositivos de tratamento especial para os LCDs impõem obrigações pesadas em relação a assistência técnica dada por países desenvolvidos (veja sub-capítulo 2.3 acima). 25

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