Economia do Trabalho TÓPICOS EM OFERTA DE TRABALHO. CAP. 3 Borjas
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- Maria de Lourdes Guterres Vilarinho
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1 Economia do Trabalho TÓPICOS EM OFERTA DE TRABALHO CAP. 3 Borjas
2 1. INTRODUÇÃO Modelo Estático Traz alocação trabalho X lazer em um dado momento do tempo Decisões de oferta de trabalho ocorrem continuamente no ciclo de vida Vamos discutir: - Como oferta de trabalho é determinada no LP - Como influencia decisão sobre aposentadoria
3 2. OFERTA DE TRABALHO NO CICLO DE VIDA No decorrer da vida, trabalhador pode negociar algum lazer no presente por consumo adicional no futuro Evolução do salário no decorrer da vida não impacta na renda total disponível em termos intertemporais (indivíduo conhece evolução da curva do seu salário base) Não altera o valor do conjunto de oportunidades disponíveis para o trabalhador no ciclo, altera apenas o preço do lazer
4 2. OFERTA DE TRABALHO NO CICLO DE VIDA Curva evolutiva do salário traz a traz mudança do salário no ciclo de vida Evidência sobre a curva de salário no ciclo de vida sugere que salários aumentam com a idade e atingem pico ao redor dos 50 anos e depois caem Escolha ótima do indivíduo inclui se concentrar nas atividades de trabalho nos anos em que o salário é mais alto e se concentrar nas atividades de lazer nos anos de salário mais baixo
5 2. OFERTA DE TRABALHO NO CICLO DE VIDA Em cada período do ciclo de vida, trabalhador irá comparar seu salário de reserva com o salário de mercado Abordagem do ciclo de vida sugere uma relação positiva entre horas trabalhadas e salário, e também entre participação no mercado de trabalho e salário (resultado diferente do modelo estático efeito renda) A idéia que os indivíduos alocam seu tempo no ciclo de vida para tirar proveito das mudanças no preço do lazer é chamada hipótese de substituição intertemporal
6 2. OFERTA DE TRABALHO NO CICLO DE VIDA Trajetória da oferta das horas de trabalho apresenta a mesma inclinação da trajetória da curva de salário Efeito substituição é dominante
7 2. OFERTA DE TRABALHO NO CICLO DE VIDA Ciclo de vida para 2 trabalhadores com trajetórias de salário diferentes: Salário de Joe é maior do que o salário de Jack em todo ciclo Ambos trabalham mais horas quando o salário é maior Porém, Joe só trabalha mais que Jack se o efeito substituição for dominante Se efeito renda for maior, Joe trabalha menos horas que Jack
8 3. OFERTA DE TRABALHO NO CICLO ECONÔMICO Indivíduo pode ajustar oferta de trabalho de acordo com as mudanças nas oportunidades devido a ciclos econômicos Efeito trabalhador adicional: Em uma recessão salário da família cai, e 2º membro adicional da família ingressa no mercado de trabalho Efeito contracíclico participação no mercado aumenta na recessão
9 3. OFERTA DE TRABALHO NO CICLO ECONÔMICO Efeito desalento: Difícil arrumar emprego durante período de recessão Participação da força de trabalho possui uma tendência pró-cíclica maior recessão menor expansão da oferta de trabalho Qual efeito é dominante?
10 3. OFERTA DE TRABALHO NO CICLO ECONÔMICO Se efeito trabalhador adicional domina, correlação positiva entre participação no mercado de trabalho e desemprego Se efeito desalento é dominante, aumento do desemprego reduz participação no mercado de trabalho Evidência empírica: Efeito desalento é dominante Resultado de acordo com a hipótese de subsituição intertemporal
11 4. APOSENTADORIA Trabalhador pode escolher permanecer mais ou menos tempo no Mercado de trabalho Determinantes da idade de aposentadoria Decisão depende do salário base e do valor do benefício da aposentadoria Escolha pode ser representada por meio de curvas de indiferença
12 4. APOSENTADORIA No ponto E, consumidor se aposenta aos 60 e compra cesta V 60 No ponto F, consumidor se aposenta aos 80 (de fato não aposenta) e compra a cesta V 80 Neste exemplo, indivíduo maximiza utilidade no ponto P
13 4. APOSENTADORIA Um aumento no salário rotaciona a R.O. ao redor do ponto E, e gera efeito renda e efeito substituição, trabalhador move do Ponto P para o R. A figura assume que o efeito substituição domina e o trabalhador adia a aposentadoria.
14 4. APOSENTADORIA Um aumento nos benefícios da aposentadoria rotaciona a linha orçamentária ao redor do ponto F Gera efeito renda e efeito substituição, mas os dois efeitos incentivam o trabalhador a se aposentar antes
15 5. ALOCAÇÃO INTRAFAMILIAR Atividades de lazer, podem ser classificadas como atividades fora do trabalho, como cuidar de crianças, cozinhar e limpar a casa Diferente da alocação de trabalho, as horas alocadas no setor intra-familiar não provocam maiores ganhos, produção intra-familiar não é negociada no mercado A idéia é analisar como os diversos membros da família alocam seu tempo entre diversos usos
16 6. Função de Produção Intra-familiar Membros da família precisam alocar algum tempo para atividades domésticas Função de produção intra-familiar informa a produção e bens familiares para uma dada alocação de tempo Para maximizar a função utilidade intra-familiar, devese escolher o ponto que coloca os membros na mais elevada curva de indiferença
17 6. Função de Produção Intra-familiar Exemplo: Seja um casal: Jack and Jill Cada um dispõe de 10 horas ao dia para alocar Seja C o valor dos bens obtidos no mercado Seja Z o valor dos bens produzidos em casa Jack produz o equivalente a $10/h em casa e tem salário potencial de $20/h Jill produz o equivalente a $25/h em casa e tem salário potencial de $10/h
18 6. Função de Produção Intra-familiar Conjunto de oportunidade separados é menor do que com eles casados
19 6. Função de Produção Intra-familiar Market Goods ($) No ponto E, Jack e Jill alocam todo seu tempo no trabalho doméstico. Quem aloca a 1ª hora de trabalho é Jack (porque le é mais produtivo), gerando ponto E. Jack aloca mais tempo no Mercado até o ponto F Se quiserem consumir mais bens do que em F, Jill passa a trabalhar, mas ela recebe menos (segmento GF)
20 7. Divisão do Trabalho Como casal aloca o tempo? (I) (II) (III)
21 7. Divisão do Trabalho Como casal aloca o tempo? (I) No ponto P, Jill se especializa na produção doméstica e Jack divide seu tempo entre mercado de trabalho e casa (II) No ponto P, Jack se especializa no mercado de trabalho e Jill divide seu tempo entre casa e trabalho (III) Jack se especializa no mercado de trabalho e Jill se especializa na produção doméstica
22 7. Divisão do Trabalho Aumento no salário base afeta a especialização Um aumento no salário de Jack move equilíbrio de P para P Jack se especializa no mercado de trabalho
23 7. Divisão do Trabalho Aumento da produção marginal doméstica afeta a especialização Um aumento na produção marginal de Jill no setor doméstico move equilíbrio de P para P E Jill se especializa na produção doméstica
24 7. Divisão do Trabalho Escolha recai sobre ponto que põe a família na curva de indiferença mais elevada Membros deveriam se especializar nas atividades (domésticas ou trabalho) no qual são mais produtivos De acordo com o valor dos bens domésticos que cada um abre mão para ingressar no mercado de trabalho e qual o salário recebido, decide-se quem deve entrar primeiro (ou oferecer mais horas) no mercado de trabalho
25 7. Divisão do Trabalho Modelo não prevê que a mulher deva se especializar no trabalho doméstico e homem no mercado de trabalho Modelo prevê que membro com menor salário e/ou maior produto marginal no trabalho em casa, se especializará no trabalho doméstico Diferenças entre salários entre membros desempenham papel importante na alocação e criam incentivos para participação no mercado de trabalho
26 7. Divisão do Trabalho Exemplos:
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