Hannes Alfvén Cosmologia do Plasma

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Hannes Alfvén Cosmologia do Plasma"

Transcrição

1 ALUNO: Thiago Grasiano Mendes de Sá Hannes Alfvén Cosmologia do Plasma Hannes Olof Gösta Alfvén foi um importante físico que nasceu na Suécia, em 30 de maio de 1908 e que foi um dos pioneiros do campo de física do plasma. Estudou em Upsala. Casou-se em 1935 com Kerstin Maria Rikson, com quem teve cinco filhos. Em 1940, ingressou no Instituto de Tecnologia de Estocolmo e, em 1965, na Universidade da Califórnia, em San Diego. Trabalhou também na Universidade do Sul da Califórnia. Em 1970, ganhou o prêmio Nobel, juntamente com o francês Louis Eugène Félix Néel, por seu trabalho fundamental, que era a Física do Plasma e por descobertas em magneto - hidrodinâmica com aplicações úteis em diferentes partes de Física do Plasma. Morreu em Estocolmo, em 02 de abril de 1955, aos 86 anos. É dele a teoria da Cosmologia do Plasma, sobre a qual versa este ensaio. Tanto a distribuição de massa quanto a distribuição de estrelas na metagaláxia correspondem a um espaço não-homogêneo.

2 O modelo do plasma se baseia no equilíbrio de matéria e anti-matéria. Este equilíbrio se daria em células. O espaço inter-estelar e o intergaláctico exibiriam o mesmo tipo de célula, que é definida como o espaço que poderíamos ter acesso com uma nave. Mas isso não quer dizer que, porque não alcançamos um lugar, ele não faz parte da célula. As células ficariam simetricamente dispostas, de forma a haver regiões de matéria lado a lado com regiões com anti-matéria. Na interseção, é gerada muita radiação, de forma a empurrar as duas regiões e fazer com que elas fiquem em uma situação de equilíbrio (figura anterior). Como não há como saber o tamanho exato da célula, vamos considerar o tamanho dela como sendo o tamanho aproximado de uma estrela com o seu sistema (planetas, cometas, etc.). O nosso sistema solar, por exemplo, é feito de matéria. Mas nada impede que o sistema nosso vizinho seja feito de antimatéria, criando assim a fronteira de Leidenfrost, dividindo o sistema solar, de matéria, com o outro sistema estelar, que é de anti-matéria, como na figura. Até então, as únicas objeções à existência de anti-matéria em larga escala. Foram baseadas no modelo padrão e não em argumentos físicos relevantes. Ao mesmo tempo, algumas radiações observadas só podem ser explicadas a partir da aniquilação de matéria com anti-matéria. O espectro desses dois tipos de matéria é o mesmo, pois o sinal dos efeitos magnéticos observados depende tanto do tipo de matéria quanto do sinal do campo magnético, sendo que não temos acesso a esse. Além disso, somente o plasma que preenche o espaço não é capaz de explicar toda a radiação na forma de neutrinos, raios γ, elétrons e pósitrons relativísticos, sendo necessário o processo de aniquilação.

3 Um processo que é muito importante de ser estudado é a colisão de corpos de um tipo de matéria em estrelas que são formadas de outro tipo de matéria. Pensemos então na colisão de um asteróide com uma estrela. Este sistema constitui o que é chamado de ambistar, (ambiestrela), pois contém material dos dois tipos de matéria. O desenho abaixo representa este tipo de ambiestrela, chamado de modelo 1. O corpo, pequeno em relação à estrela, fica incrustado em sua superfície, separado pela fronteira de Leidenfrost. É produzido um gás de e - e e + que sai da fronteira. A temperatura aí é muito elevada. O corpo acaba por ser conduzido até próximo do eixo de rotação da estrela, do qual sai um jato de matéria e anti-matéria no formato de um cone, além de raios γ. Um outro tipo de colisão é quando 2 estrelas de tamanhos comparáveis e tipo de matéria diferente colidem. A colisão é muito inelástica, formando um sistema com as duas estrelas, chamado ambiestrela modelo 2. Ele tem fortes oscilações, separado pela fronteira de Leidenfrost. É liberado muito calor e o tempo da colisão é muito pequeno, da ordem de minutos, ou horas. Depois do tempo da colisão o sistema se torna mais estável.

4 O desenho acima representa este tipo de ambiestrela. Se o observador não estiver na direção do eixo de rotação, a ambiestrela se parecerá com uma estrela normal, porém com um pouco mais de brilho. Na figura está representada a expulsão de gases que ocorre neste sistema. Se o observador estiver em um ângulo α pequeno, ele observará um desvio para o vermelho. Se α for próximo de 180º, o desvio será para o azul. Isto se deve porque os gases geram uma propulsão para a estrela. Do lado onde ocorre o jato, a radiação será bem mais intensa, de forma que será muito mais fácil observar um desvio para o vermelho que para o azul. Podemos então pensar em desvios para o vermelho não-cosmológicos de alguns QSOs (quase-stellar object) da seguinte forma: 1. aceitando que muitos QSOs, mas não todos, não estão em distâncias cosmológicas; 2. aceitando que a fonte de energia deva ser intrínseca; 3. assumindo que a energia é emitida unidirecionalmente; 4. e assumindo que as massas dos QSOs são comparáveis às massas solares, concluímos que os QSOs podem ser acelerados até velocidades relativísticas. Estas conclusões também funcionam adotando outra fonte de energia que atenda as características mencionadas, que não a anti-matéria. Pensando em todas estas considerações a respeito da Cosmologia do Plasma, podemos pensar em um modelo para a evolução da metagaláxia. Pela constante de Hubble, a metagaláxia jovem deveria ser menor. Porém, pelas observações temos que o tamanho mínimo seria 10% do tamanho observado hoje. Neste ponto, a metagaláxia pode ser chamada de proto-metagaláxia. Antes deste estágio, não temos informações, portanto, podemos pensar que a metagaláxia poderia estar: 1. muito menor, como previsto no modelo do Estrondão Quente; 2. com um tamanho estacionário, pelo menos por algum tempo;

5 3. contraindo até chegar ao tamanho de 0,1 R H, em que R H é o raio da metagaláxia hoje. A tabela abaixo mostra algumas características físicas desta proto-metagaláxia. Conclusões: 1. Explosões de raios γ e radiação de fundo de raios X ficam explicadas com a mesma teoria de plasma que podemos utilizar em laboratório. 2. Produção de elementos pesados funciona, pois tem todos os ingredientes necessários temperaturas extremas, devido à aniquilação, temperaturas altas, mas não tão extremas assim, no interior das estrelas e explosões de supernovas. 3. Para explicar a RFM, precisaríamos saber as dimensões e composições das células. 4. Pelas observações, basta utilizar um modelo euclidiano não-homogêneo para resolver o problema, sem precisar do modelo de Friedmann. 5. Explicação do universo aplicando a mesma física de plasma que vale para o laboratório. Bibliografia: 1. Alfvén, Hannes, Cosmic Plasma [cap. VI] (Dordrecht ; Boston : D. Reidel, c1981.) 2. Peebles, P.J.E. (Phillip James Edwin) - Principles of physical cosmology (Princeton (New Jersey) : Princeton University Press, c1993.)

Medindo parâmetros cosmológicos. Introdução à Cosmologia 2012/02

Medindo parâmetros cosmológicos. Introdução à Cosmologia 2012/02 Medindo parâmetros cosmológicos Introdução à Cosmologia 2012/02 Até agora... Universo de Friedmann: Espacialmente homogêneo e isotrópico; Expande com fator de escala a(t): Obedece a Lei de Hubble: { Espaço-tempo

Leia mais

7 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

7 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 7 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da Eliminatória Regional 13 de Abril de 2012 15:00 (Portugal Continental e Madeira) 14:00 (Açores) Duração máxima 120 minutos Nota: Ler atentamente todas as

Leia mais

O Surgimento e Desenvolvimento De Uma Anã Branca

O Surgimento e Desenvolvimento De Uma Anã Branca UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FÍSICA Mestrado Profissional em Ensino de Física Vitor Cossich O Surgimento e Desenvolvimento De Uma Anã Branca IMAGEM: Concepção artística do sistema

Leia mais

FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO

FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO Eder Cassola Molina Universidade de São Paulo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas Departamento de Geofísica Elementos Químicos número atômico

Leia mais

GênesedasPartículasElementaresedosNúcleosAtômicos

GênesedasPartículasElementaresedosNúcleosAtômicos Constituintes Fundamentais da Matéria. 1. Relatividade Geral Nova Cosmologia Gênese do Universo: estudo do início do Universo. Com base nos dados coletados nas últimas décadas :: formulação de teorias

Leia mais

O Lado Escuro do Universo

O Lado Escuro do Universo O Lado Escuro do Universo Thaisa Storchi Bergmann Departamento de Astronomia, Instituto de Física, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil Em 400 anos Telescópio Espacial Hubble (2.4m) Telescópio de Galileu (lente

Leia mais

Expansão do Universo; Aglomerado e atividade de galáxias

Expansão do Universo; Aglomerado e atividade de galáxias Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Expansão do Universo; Aglomerado e atividade de galáxias Tibério B. Vale Descoberta das galáxias Inicialmente classificava-se todos os objetos extensos (galáxias,

Leia mais

Andrômeda 2.538.000 anos luz Galáxias Ativas têm em seu núcleo um buraco negro super massivo Ao contrário dos buracos negros resultantes da morte de estrelas, acredita-se que estes núcleos ativos

Leia mais

Tópicos de Física Geral I Cosmologia: o que sabemos sobre a história do universo? Miguel Quartin

Tópicos de Física Geral I Cosmologia: o que sabemos sobre a história do universo? Miguel Quartin Tópicos de Física Geral I 2016 Cosmologia: o que sabemos sobre a história do universo? Miguel Quartin Instituto de Física, UFRJ Grupo: Astrofísica, Relatividade e Cosmologia (ARCOS) 1 Resumo do Seminário

Leia mais

INTRODUÇÃO À COSMOLOGIA

INTRODUÇÃO À COSMOLOGIA INTRODUÇÃO À COSMOLOGIA O UNIVERSO EM GRANDE ESCALA O mapa mostra a maior estrutura conhecida no universo: o Sloan Great Wall. Nenhuma estrutura maior do que 300 Mpc é observada. Esta distribuição de matéria

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 22: O Big Bang

Astrofísica Geral. Tema 22: O Big Bang ema 22: O Big Bang Outline 1 Modelos cosmológicos 2 Expansão do universo 3 Big Bang 4 Evidências do Big Bang 5 Bibliografia 2 / 29 Índice 1 Modelos cosmológicos 2 Expansão do universo 3 Big Bang 4 Evidências

Leia mais

Física de Plasmas Introdução. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I

Física de Plasmas Introdução. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I Física de Plasmas Introdução Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I 1 1 Introdução Onde Podemos Encontrar Plasmas? No Planeta Terra: Ionosfera e Laboratórios de Pesquisa em Fusão Nuclear; Nas

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 22: O Big Bang

Astrofísica Geral. Tema 22: O Big Bang ig Bang Índice 1 Modelos cosmológicos 2 Expansão do universo 3 Big Bang 4 Evidências do Big Bang 5 Bibliografia 2 / 31 Índice 1 Modelos cosmológicos 2 Expansão do universo 3 Big Bang 4 Evidências do Big

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 22: O Big Bang. Alexandre Zabot

Astrofísica Geral. Tema 22: O Big Bang. Alexandre Zabot Astrofísica Geral Tema 22: O Big Bang Alexandre Zabot Índice Modelos cosmológicos Expansão do universo Big Bang Evidências do Big Bang Bibliografia 1 30 Índice Modelos cosmológicos Expansão do universo

Leia mais

AGA0299 INFORMAÇÕES GERAIS 06/MAR/2018

AGA0299 INFORMAÇÕES GERAIS 06/MAR/2018 AGA0299 INFORMAÇÕES GERAIS 06/MAR/2018 Paula R. T. Coelho http://www.astro.iag.usp.br/~pcoelho Monitor: nenhum :( Terças e quintas, 16:00 na sala 02, e às vezes na A304 (Lab. de informática)

Leia mais

Curso de Cosmologia. 2013B Parte I. Aula 5. M a r t í n M a k l e r CBPF. Thursday, September 5, 13

Curso de Cosmologia. 2013B Parte I. Aula 5. M a r t í n M a k l e r CBPF. Thursday, September 5, 13 Curso de Cosmologia 2013B Parte I Aula 5 M a r t í n M a k l e r CBPF Cosmologia - CBPF 2013 Parte Ic O Universo Homogêneo II: Breve História Térmica do Universo Equação de estado e temperatura Se kt >>

Leia mais

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 4 p. 1

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 4 p. 1 INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 4 Victor O. Rivelles Instituto de Física Universidade de São Paulo rivelles@fma.if.usp.br http://www.fma.if.usp.br/ rivelles/ XXI Jornada de Física Teórica 2006 INTRODUÇÃO

Leia mais

Introdução à cosmologia observacional. Ribamar R. R. Reis IF - UFRJ

Introdução à cosmologia observacional. Ribamar R. R. Reis IF - UFRJ Introdução à cosmologia observacional Ribamar R. R. Reis IF - UFRJ 4 Cosmologia observacional III e IV: Radiação cósmica de fundo e Oscilações acústicas de bárions 2 Em 1965, Arno Penzias e Robert Wilson

Leia mais

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da final nacional PROVA TEÓRICA 25 de maio de 2018 Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. As primeiras 6 questões são de escolha

Leia mais

Prof. Eslley Scatena Blumenau, 31 de Outubro de

Prof. Eslley Scatena Blumenau, 31 de Outubro de Grupo de Astronomia e Laboratório de Investigações Ligadas ao Estudo do Universo Prof. Eslley Scatena Blumenau, 31 de Outubro de 2017. e.scatena@ufsc.br http://galileu.blumenau.ufsc.br O Sol Massa 1,989

Leia mais

CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA. Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino

CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA. Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino INTRODUÇÃO Estrelas mais importante fonte/sorvedouro de matéria na evolução

Leia mais

Curso de Cosmologia 2013B. M a r t í n M a k l e r CBPF

Curso de Cosmologia 2013B. M a r t í n M a k l e r CBPF Curso de Cosmologia 2013B M a r t í n M a k l e r CBPF Ementa curso de Cosmologia Parte I Fenomenologia e visão geral da cosmologia. Da expansão do Universo à formação não- linear de estruturas. Parte

Leia mais

Galáxias peculiares e colisões de galáxias

Galáxias peculiares e colisões de galáxias Galáxias peculiares Quasares Radiogaláxias Colisões de galáxias Colisão da Via Láctea com M31 Galáxias peculiares e colisões de galáxias Gastão B. Lima Neto IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga101/ AGA 101

Leia mais

INTRODUÇÃO À GRAVITAÇÃO E À COSMOLOGIA

INTRODUÇÃO À GRAVITAÇÃO E À COSMOLOGIA INTRODUÇÃO À GRAVITAÇÃO E À COSMOLOGIA Victor O. Rivelles Aula 4 Instituto de Física da Universidade de São Paulo e-mail: rivelles@fma.if.usp.br http://www.fma.if.usp.br/~rivelles Escola Norte-Nordeste

Leia mais

Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica ESTRELAS AULA 1. Flavio D Amico estas aulas são de autoria de Hugo Vicente Capelato

Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica ESTRELAS AULA 1. Flavio D Amico estas aulas são de autoria de Hugo Vicente Capelato Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica ESTRELAS AULA 1 Flavio D Amico damico@das.inpe.br estas aulas são de autoria de Hugo Vicente Capelato A Constelação de Orion e as 3 Marias super Betelgeuse:

Leia mais

HISTÓRIA. presença no céu de objetos difusos. nebulosas + nebulosas espirais. Kant (~1755) : nebulosas espirais = nossa galáxia UNIVERSOS ILHA

HISTÓRIA. presença no céu de objetos difusos. nebulosas + nebulosas espirais. Kant (~1755) : nebulosas espirais = nossa galáxia UNIVERSOS ILHA HISTÓRIA Século XVIII presença no céu de objetos difusos nebulosas + nebulosas espirais Kant (~1755) : nebulosas espirais = nossa galáxia UNIVERSOS ILHA Distância desconhecida : não era possível verificar

Leia mais

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Tibério B. Vale Veja mais em: http://astro.if.ufrgs.br/estrelas/node14.htm Evolução Final das Estrelas O destino final

Leia mais

12 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

12 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 12 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da Final Nacional PROVA TEÓRICA 5 de maio de 2017 Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. Todas as respostas devem ser dadas

Leia mais

Instituto de Física USP. Física Moderna I. Aula 13. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física Moderna I. Aula 13. Professora: Mazé Bechara Instituto de Física USP Física Moderna I Aula 13 Professora: Mazé Bechara Aula 13 Processos de criação e de aniquilação de matéria 1. Outros processos que evidenciam o caráter corpuscular da radiação (chocantes

Leia mais

HISTÓRIA. presença no céu de objetos difusos. nebulosas + nebulosas espirais. Kant (~1755) : nebulosas espirais = nossa galáxia UNIVERSOS ILHA

HISTÓRIA. presença no céu de objetos difusos. nebulosas + nebulosas espirais. Kant (~1755) : nebulosas espirais = nossa galáxia UNIVERSOS ILHA HISTÓRIA Século XVIII presença no céu de objetos difusos nebulosas + nebulosas espirais Kant (~1755) : nebulosas espirais = nossa galáxia UNIVERSOS ILHA Distância desconhecida : não era possível verificar

Leia mais

Evolução Estelar. Vimos anteriormente que a formação do sistema solar se dá no momento da formação da própria estrela do sistema:

Evolução Estelar. Vimos anteriormente que a formação do sistema solar se dá no momento da formação da própria estrela do sistema: Evolução Estelar Vimos anteriormente que a formação do sistema solar se dá no momento da formação da própria estrela do sistema: nebulosas gasosas (H e He) comprimidas por turbulências, como explosões

Leia mais

ASTROBIOLOGIA A vida no contexto cósmico

ASTROBIOLOGIA A vida no contexto cósmico ASTROBIOLOGIA A vida no contexto cósmico Centro de Extensão Universitária - SP C. A. Wuensche 19 de junho de 2006 Sumário Astrobiologia: do que se trata? De que hipóteses e fatos partimos? Considerações

Leia mais

Centro galáctico. Diâmetro da Galáxia AL

Centro galáctico. Diâmetro da Galáxia AL Centro galáctico Diâmetro da Galáxia 100.000 AL Centro Galáctico imagem no Infra-vermelho do Centro Galáctico O centro galáctico, observado desde a Terra, é obscurecido pela alta concentração de pó do

Leia mais

Evolução Estelar. Introdução à Astronomia Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF

Evolução Estelar. Introdução à Astronomia Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF Evolução Estelar Introdução à Astronomia 2015.2 Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF http://www.univasf.edu.br/~ccinat.bonfim http://www.univasf.edu.br/~alessandro.moises

Leia mais

6 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

6 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 6 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova Teórica Final 27 de Maio de 2011 15:00 Duração máxima 120 minutos Nota: Ler atentamente todas as questões. Existe uma tabela com dados no final da prova. Secção

Leia mais

Evolução Final das Estrelas

Evolução Final das Estrelas Introdução à Astrofísica Evolução Final das Estrelas Rogemar A. Riffel Destino das estrelas O destino final das estrelas, depois de consumir todo o seu combustível nuclear, depende de duas coisas: 1) Se

Leia mais

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Rogério Riffel Veja mais em: http://astro.if.ufrgs.br/estrelas/node14.htm Evolução Final das Estrelas O destino final das

Leia mais

Indicadores de distancia extragalácticos e lei de Hubble. Capitulo Indicadores de Distancia:

Indicadores de distancia extragalácticos e lei de Hubble. Capitulo Indicadores de Distancia: Indicadores de distancia extragalácticos e lei de Hubble Capitulo 3 3.1.1 Indicadores de Distancia: A determinação de distancia as galáxias é um problema que ainda esta em aberto e de sua solução dependem

Leia mais

Introdução à astronomia O Sistema Solar

Introdução à astronomia O Sistema Solar Introdução à astronomia O Sistema Solar Introdução a astronomia A Lua A Terra Viver na Terra Introdução a Astronomia Astronomia é a ciência que estuda os astros e os fenômenos celestes. Universo é o conjunto

Leia mais

Curso de Extensão Universitária Evolução Estelar. prof. Marcos Diaz

Curso de Extensão Universitária Evolução Estelar. prof. Marcos Diaz Curso de Extensão Universitária 2010 Evolução Estelar prof. Marcos Diaz Evolução Estelar O ingresso na Seqüência Principal Evolucao de uma estrela de 1.0 M Evolução de estrelas de massa elevada Diagrama

Leia mais

Thaisa Storchi Bergmann

Thaisa Storchi Bergmann Thaisa Storchi Bergmann Membro da Academia Brasileira de Ciências Prêmio L Oreal/UNESCO For Women in Science 2015 3/9/16 Thaisa Storchi Bergmann, Uma breve história do Universo, Parte I 1 Uma brevíssima

Leia mais

Os fundamentos da Física Volume 3 1. Resumo do capítulo

Os fundamentos da Física Volume 3 1. Resumo do capítulo Os fundamentos da Física Volume 1 Capítulo 0 Física Nuclear AS FORÇAS FUNDAMENTAIS DA NATUREZA Força nuclear forte Mantém a coesão do núcleo atômico. Intensidade 10 8 vezes maior do que a força gravitacional.

Leia mais

Para perceber porque é que os corpos quentes radiam energia é necessário perceber o que é o calor.

Para perceber porque é que os corpos quentes radiam energia é necessário perceber o que é o calor. A informação do BI dos Corpos Celestes Para perceber porque é que os corpos quentes radiam energia é necessário perceber o que é o calor. Para perceber o espectro estelar (que é mais complicado que o do

Leia mais

SUPERNOVAS E NUCLEOSSÍNTESE

SUPERNOVAS E NUCLEOSSÍNTESE SUPERNOVAS E NUCLEOSSÍNTESE UMA SUPERNOVA ATINGE UM BRILHO DE CERCA DE CERCA DE 10 9-10 10 L POR ALGUMAS HORAS DEPOIS DA EXPLOSÃO Existem dois tipos básicos de supernova : 1. Tipo II 2. Tipo Ia TIPO II

Leia mais

Disciplina: Física IV Física Moderna

Disciplina: Física IV Física Moderna Disciplina: Física IV Física Moderna Instrutor: Prof. Carlos Eduardo Souza - Cadu Sala: A2-15 (IF, andar 1P) Email: carloseduardosouza@id.uff.br Site do curso: http://cursos.if.uff.br/fisicaiv_xxi_0216/

Leia mais

SÓ EU SEI O QUE VAI CAIR NA PROVA!

SÓ EU SEI O QUE VAI CAIR NA PROVA! O início de tudo E o que seria necessário para inventar o Universo? - Simples, um Big Bang. E o que seria um Big Bang? - O Big Bang (Grande expansão) é uma expressão utilizada pelos astrônomos para descrever

Leia mais

Universidade da Madeira. A escala do Universo. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 26 de abril de 2017

Universidade da Madeira. A escala do Universo. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 26 de abril de 2017 A escala do Universo Laurindo Sobrinho 26 de abril de 2017 1 1 O Sistema Solar Universidade da Madeira 2 Sol Terra http://umbra.nascom.nasa.gov/sdac.html http://www.msss.com/earth/earth.html 700 000 Km

Leia mais

Nossa Estrela: O Sol. Adriana Válio Roque da Silva. Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie

Nossa Estrela: O Sol. Adriana Válio Roque da Silva. Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie Nossa Estrela: O Sol Adriana Válio Roque da Silva Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie O Sol Parâmetros físicos do sol Estrutura solar Evolução solar

Leia mais

Astronomia. O nosso Universo

Astronomia. O nosso Universo Astronomia O nosso Universo O sistema solar Distância entre a Lua e a Terra: 384.000 Km (aprox. 1 seg-luz Velocidade da luz (c) : 300.000 Km/s Distância média entre a Terra e o Sol: 146 milhões Km (aprox.

Leia mais

A camada eletrônica dos átomos forma a seguinte série:

A camada eletrônica dos átomos forma a seguinte série: Vamos retornar ao problema da constante cosmológica. Riemann percebeu que é possível estender a função zeta para todos os números complexo, exceto para s = 1. E é aqui que está fincada a relação entre

Leia mais

Evolução Estelar. Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP

Evolução Estelar. Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP Evolução Estelar Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP Ciclo de vida do Sol colapso colapso colapso nuvem glóbulo protoestrela Sol estável por 10 bilhões de anos anã negra esfriamento anã branca colapso gigante

Leia mais

Grupos e Aglomerados de Galáxias

Grupos e Aglomerados de Galáxias Grupos e Aglomerados de Bleider Roger dos Santos, Mariana Jó USP - Instituto de Física 22 de Outubro de 2015 Estrutura do Universo Estrutura do Universo Estrutura do Universo O Princípio Cosmológico é

Leia mais

José Lages da Silva Neto

José Lages da Silva Neto José Lages da Silva Neto 13.07.2010 Na mecânica Clássica, usa-se o espaço euclidiano, onde o universo possui três dimensões de espaço. Pra localizar um ponto, portanto, basta informar suas três coordenadas

Leia mais

Evoluçao e Estrutura Estelar II (cap. 11)

Evoluçao e Estrutura Estelar II (cap. 11) Evoluçao e Estrutura Estelar II (cap. 11) AGA15 Elisabete M. de Gouveia Dal Pino Astronomy: A Beginner s Guide to the Universe, E. Chaisson & S. McMillan (Caps. 11) Introductory Astronomy & Astrophysics,

Leia mais

ESCOLA SALESIANA DE MANIQUE TESTE DE AVALIAÇÃO DE CIÊNCIAS FÍSICO-QUÍMICAS ANO LECTIVO 2010/2011

ESCOLA SALESIANA DE MANIQUE TESTE DE AVALIAÇÃO DE CIÊNCIAS FÍSICO-QUÍMICAS ANO LECTIVO 2010/2011 ESCOLA SALESIANA DE MANIQUE TESTE DE AVALIAÇÃO DE CIÊNCIAS FÍSICO-QUÍMICAS ANO LECTIVO 2010/2011 Nome: 7.º Ano Turma Nº: Encarregado de Educação: Classificação: Professor: 1. Observe a figura seguinte,

Leia mais

A Lei de Hubble e a expansão do Universo

A Lei de Hubble e a expansão do Universo Fundamentos de Astronomia e Astrofísica A Lei de Hubble e a expansão do Universo Rogério Riffel O Universo em Grande Escala Apesar de grandes restrições o homem teve que abandonar a idéia de que vivemos

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 20: Galáxias de núcleo ativo

Astrofísica Geral. Tema 20: Galáxias de núcleo ativo ema 20: Galáxias de núcleo ativo Outline 1 Quasares e AGNs 2 Discos de acréscimo 3 Buracos negros supermassivos 4 Relação M BH σ 5 Galáxias starburst 6 Bibliografia 2 / 32 Outline 1 Quasares e AGNs 2 Discos

Leia mais

O LADO ESCURO DO UNIVERSO. Pedro Abreu LIP/IST, Lisboa Escola de Profs no CERN em Língua Portuguesa 2013

O LADO ESCURO DO UNIVERSO. Pedro Abreu LIP/IST, Lisboa Escola de Profs no CERN em Língua Portuguesa 2013 O LADO ESCURO DO UNIVERSO Pedro Abreu LIP/IST, Lisboa Escola de Profs no CERN em Língua Portuguesa 2013 (Heinrich Wilhelm Olbers, 1823) Universo Porque é que o Universo é escuro? E porque era isto um paradoxo?

Leia mais

Estrelas. Carlos Alberto Bielert Neto Felipe Matheus da S. Silva

Estrelas. Carlos Alberto Bielert Neto Felipe Matheus da S. Silva Estrelas Carlos Alberto Bielert Neto Felipe Matheus da S. Silva Nesta apresentação há slides em branco que contem dicas sobre a aula sobre estrelas. Estas dicas são resultados das perguntas realizadas

Leia mais

ELÉTRONS EM ÁTOMOS. Depois do modelo de Rutherford: Como é o comportamento dos elétrons nos átomos? Rutherford: estrutura planetária, com o

ELÉTRONS EM ÁTOMOS. Depois do modelo de Rutherford: Como é o comportamento dos elétrons nos átomos? Rutherford: estrutura planetária, com o ELÉTRONS EM ÁTOMOS Depois do modelo de Rutherford: Como é o comportamento dos elétrons nos átomos? Rutherford: estrutura planetária, com o núcleo correspondendo ao sol no nosso sistema solar e os elétrons

Leia mais

Discente: Paulo Lago

Discente: Paulo Lago Discente: Paulo Lago » Introdução.» O meio interestelar e a Heliosfera.» A poeira interestelar e outras componentes do sistema solar.» A fração gás/poeira.» Poeira na parte externa da Heliosfera. » O satélite

Leia mais

Curso de Cosmologia. 2013B Parte I. Aula 3. M a r t í n M a k l e r CBPF

Curso de Cosmologia. 2013B Parte I. Aula 3. M a r t í n M a k l e r CBPF Curso de Cosmologia 2013B Parte I Aula 3 M a r t í n M a k l e r CBPF Universo Multicomponente Universo Multicomponente Equação de Friedmann Universo Multicomponente Equação de Friedmann Copyleft Martín

Leia mais

Introdução à Astrofísica. Lição 25 A Morte das Estrelas

Introdução à Astrofísica. Lição 25 A Morte das Estrelas Introdução à Astrofísica Lição 25 A Morte das Estrelas Nós já falamos a respeito da evolução das estrelas com massas próximas a do Sol. Vimos que no fim de suas vidas, essas estrelas formarão as nebulosas

Leia mais

2009 3ª. Fase Prova para alunos do 2º. e 3º. Ano LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO:

2009 3ª. Fase Prova para alunos do 2º. e 3º. Ano LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO: 2009 3ª. Fase Prova para alunos do 2º. e 3º. Ano LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO: 01) Essa prova destina-se exclusivamente a alunos da 1º. e 2º. anos e contém dezesseis (16) questões. 02) Os alunos

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 18. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 18. Professora: Mazé Bechara Instituto de Física USP Física V - Aula 18 Professora: Mazé Bechara Aula 28 Discussão da 1ª prova e Apresentação do Tópico III 1. Soluções das questões da prova com comentários. Critérios de correção.

Leia mais

Universidade da Madeira. Estrelas. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 05 janeiro 2015 NASA

Universidade da Madeira. Estrelas. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 05 janeiro 2015 NASA Estrelas Laurindo Sobrinho 05 janeiro 2015 NASA 1 Luminosidade e brilho aparente Luminosidade (L) - energia emitida por uma estrela por unidade de tempo. Brilho aparente (b) fluxo de energia por unidade

Leia mais

Tópicos Especiais em Física. Vídeo-aula 5: astrofísica estelar 09/07/2011

Tópicos Especiais em Física. Vídeo-aula 5: astrofísica estelar 09/07/2011 Tópicos Especiais em Física Vídeo-aula 5: astrofísica estelar 09/07/2011 Propriedades fundamentais das estrelas Formação estelar Evolução estelar Estágios finais das estrelas Estrelas: o que são? Enormes

Leia mais

Prova de Análise de Dados

Prova de Análise de Dados Página 1 de 5 (D1) Um Pulsar num binário Através de buscas sistemáticas ao longo das últimas décadas, os astrónomos descobriram um grande número de pulsares com períodos muito curtos (períodos de rotação

Leia mais

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 15 de Abril de :00

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 15 de Abril de :00 4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 15 de Abril de 2009 15:00 Duração máxima 120 minutos Nota: Ler atentamente todas as questões. Existe uma tabela com dados no final

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 20: Galáxias ativas

Astrofísica Geral. Tema 20: Galáxias ativas xias ativas Índice 1 Galáxias ativas e seus subtipos 2 Discos de acréscimo 3 Buracos negros supermassivos 4 Relação M BH σ 5 Evolução do Buraco Negro e da Galáxia 6 Galáxias starburst 7 Bibliografia 2

Leia mais

INTERPRETAÇÃO DO EXPERIMENTO DE FRANCK E HERTZ EM CONTRAPOSIÇÃO À INTERPRETAÇÃO DE NEILS BOHR E ALBERT EINSTEIN

INTERPRETAÇÃO DO EXPERIMENTO DE FRANCK E HERTZ EM CONTRAPOSIÇÃO À INTERPRETAÇÃO DE NEILS BOHR E ALBERT EINSTEIN INTERPRETAÇÃO DO EXPERIMENTO DE FRANCK E HERTZ EM CONTRAPOSIÇÃO À INTERPRETAÇÃO DE NEILS BOHR E ALBERT EINSTEIN LUIZ CARLOS DE ALMEIDA O experimento e suas interpretações dentro de uma visão da quantização

Leia mais

Física do Estado Sólido: Sólidos Condutores

Física do Estado Sólido: Sólidos Condutores Física do Estado Sólido: Sólidos Condutores Trabalho de Física Moderna II Professor Marcelo Gameiro Munhoz 7 de maio de 2012 André E. Zaidan Cristiane Calil Kores Rebeca Bayeh Física do Estado Sólido -

Leia mais

A) Principais Movimentos da Terra Nosso planeta apresenta uma série de movimentos dos quais elencamos os mais importantes.

A) Principais Movimentos da Terra Nosso planeta apresenta uma série de movimentos dos quais elencamos os mais importantes. Ecoastronomia Eixo Principal A) Principais Movimentos da Terra Nosso planeta apresenta uma série de movimentos dos quais elencamos os mais importantes. Rotação em torno de seu eixo A Terra faz uma volta

Leia mais

Curso de Iniciação à. Astronomia e Astrofísica. Observatório Astronómico de Lisboa. Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso. Janeiro e Junho de 2013

Curso de Iniciação à. Astronomia e Astrofísica. Observatório Astronómico de Lisboa. Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso. Janeiro e Junho de 2013 Curso de Iniciação à Astronomia e Astrofísica do Observatório Astronómico de Lisboa Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso Janeiro e Junho de 2013 Conteúdo Objectivos e Estrutura do Curso.............................

Leia mais

Amanda Yoko Minowa 02/08/2014

Amanda Yoko Minowa 02/08/2014 CURSO DE ASTRONOMIA COSMOLOGIA (PARTE I) Amanda Yoko Minowa 02/08/2014 amandayoko@gmail.com O UNIVERSO E A HISTÓRIA DO COSMOS COSMOLOGIA (do grego κοσμολογία, κόσμος="cosmos"/"ordem"/"mundo" +- λογία="discurso"/"estudo")

Leia mais

Cosmologia. Gastão B. Lima Neto. Hubble Ultra Deep Field-HST/ACS

Cosmologia. Gastão B. Lima Neto. Hubble Ultra Deep Field-HST/ACS Cosmologia Gastão B. Lima Neto IAG/USP Hubble Ultra Deep Field-HST/ACS AGA 210+215 08/2006 Cosmologia História e estrutura do universo Como se distribui a matéria? Onde estamos? Como isto se relaciona

Leia mais

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO:

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO: LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO: 1 Essa prova destina-se exclusivamente a alunos da 1ª e 2ª Séries e contém dezesseis (16) questões. 2 Os alunos da 1ª Série devem escolher livremente oito (8) questões

Leia mais

Avaliação Teórica I Seleção Final 2018 Olimpíadas Internacionais de Física 13 de Março de 2018

Avaliação Teórica I Seleção Final 2018 Olimpíadas Internacionais de Física 13 de Março de 2018 Caderno de Questões Teoria I Instruções 1. Este caderno de questões contém OITO folhas, incluindo esta com as instruções. Confira antes de começar a resolver a prova. 2. A prova é composta por TRÊS questões.

Leia mais

Origem, evolução e morte das estrelas

Origem, evolução e morte das estrelas 1 Origem, evolução e morte das estrelas (c) da 2012/2014 2 As estrelas formam-se a partir de nuvens de gás e poeiras... http://www.physics.unc.edu/ evans/pub/a31/lecture17-stellar-birth/... em particular

Leia mais

MEIO INTERESTELAR. Walter J. Maciel.

MEIO INTERESTELAR. Walter J. Maciel. MEIO INTERESTELAR Walter J. Maciel http://www.astro.iag.usp.br/~maciel 1. EXISTE UM MEIO INTERESTELAR? 2. ESTRUTURA DA GALÁXIA 3. A DENSIDADE DO MEIO INTERESTELAR 4. A FAUNA INTERESTELAR 5. LIMITE DE OORT

Leia mais

1ª Ficha de Avaliação de Conhecimentos de Física e Química do 7ºAno Data: outubro 2012 Professora: Paula Melo Silva

1ª Ficha de Avaliação de Conhecimentos de Física e Química do 7ºAno Data: outubro 2012 Professora: Paula Melo Silva Página1 1ª Ficha de Avaliação de Conhecimentos de Física e Química do 7ºAno Ano Letivo: 2012/2013 Data: outubro 2012 Professora: Paula Melo Silva Critérios de Correção 1. 11 pontos 1.1. Opção A 1.2. Opção

Leia mais

SOCIEDADE ASTRONÔMICA DO RECIFE Rua Francisco Lacerda, 455. Várzea. Recife - PE. CEP.:

SOCIEDADE ASTRONÔMICA DO RECIFE Rua Francisco Lacerda, 455. Várzea. Recife - PE. CEP.: OBJETIVOS: O objetivo do curso é familiarizar os conceitos e terminologia da Astronomia moderna. No final deste curso o formando terá uma visão geral sobre o Universo em que vivemos e a informação necessária

Leia mais

Curso de Cosmologia. 2013B Aula 2. M a r t í n M a k l e r CBPF. Tuesday, August 27, 13

Curso de Cosmologia. 2013B Aula 2. M a r t í n M a k l e r CBPF. Tuesday, August 27, 13 Curso de Cosmologia 2013B Aula 2 M a r t í n M a k l e r CBPF Lentes Gravitacionais Copyleft Martín Makler deformação da trajetória da luz pelo espaço-tempo curvo Lentes Gravitacionais Copyleft Martín

Leia mais

Partículas: a dança da matéria e dos campos

Partículas: a dança da matéria e dos campos Partículas: a dança da matéria e dos campos Aula 15 Quântica e Relatividade 1. Rotações no espaço-tempo Intervalos, eventos, cone de luz. Dilatação do tempo e contração do espaço 3. Antipartículas. Dirac

Leia mais

COSMOLOGIA II. Daniele Benício

COSMOLOGIA II. Daniele Benício COSMOLOGIA II Daniele Benício Relembrando da aula passada... COSMOLOGIA: É o ramo da Ciência que se dispõe a estudar e propor teorias sobre a origem, estrutura e evolução do Universo Evidências do Big

Leia mais

Evolução Estelar II. Objetos compactos: Anãs brancas Estrelas de nêutrons Buracos negros. Evoluçao Estelar II - Carlos Alexandre Wuensche

Evolução Estelar II. Objetos compactos: Anãs brancas Estrelas de nêutrons Buracos negros. Evoluçao Estelar II - Carlos Alexandre Wuensche Evolução Estelar II Objetos compactos: Anãs brancas Estrelas de nêutrons Buracos negros Evoluçao Estelar II - Carlos Alexandre Wuensche 1 Características básicas Resultado de estágios finais de evolução

Leia mais

CURSO PREPARATÓRIO OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA

CURSO PREPARATÓRIO OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA CURSO PREPARATÓRIO OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA O Sistema Solar O sistema solar é formado pela nossa estrela, o Sol, pelos oito planetas, com suas luas e anéis, pelos planetas anões,

Leia mais

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2001 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 3.a PROVA 2011/2 NOME: TURMA:C I. ( 0,2 pontos cada) Nas questões

Leia mais

Aula - 2 O universo primordial

Aula - 2 O universo primordial Aula - O universo primordial Principios cosmologicos Considerando as grandes escalas do universo podemos assumir as seguintes hipóteses fundamentais: Homogeneidade: Toda e qualquer região do universo tem

Leia mais

Arquitetura do Universo Nascimento e Estrutura do Universo

Arquitetura do Universo Nascimento e Estrutura do Universo Unidade 1 Arquitetura do Universo Nascimento e Estrutura do Universo s O Big Bang O Universo tem uma história! Uma história com cerca de 15 mil milhões de anos. Começou com o Big Bang, não tendo parado

Leia mais

O Efeito do Vento Solar no Campo Geomagnético Terrestre

O Efeito do Vento Solar no Campo Geomagnético Terrestre Projecto Com a Cabeça na Lua OASA - Observatório Astronómico de Santana Açores O Efeito do Vento Solar no Campo Geomagnético Terrestre Fundamentos teóricos O Sol influencia um enorme volume de espaço à

Leia mais

Introdução à Astrofísica. Lição 21 Fontes de Energia Estelar

Introdução à Astrofísica. Lição 21 Fontes de Energia Estelar Introdução à Astrofísica Lição 21 Fontes de Energia Estelar A taxa de energia que sai de uma estrela é extremamente grande, contudo ainda não tratamos da questão que relaciona à fonte de toda essa energia.

Leia mais

Evidências de formação estelar recente nebulosas de emissão excitadas pela radiação de estrelas jovens e quentes

Evidências de formação estelar recente nebulosas de emissão excitadas pela radiação de estrelas jovens e quentes Evidências de formação estelar recente nebulosas de emissão excitadas pela radiação de estrelas jovens e quentes Formação de estrelas na nossa Galáxia ainda continua existindo Sítios de formação estelar

Leia mais

Circulação Geral da Atmosfera

Circulação Geral da Atmosfera Circulação Geral da Atmosfera Representa o escoamento médio do ar ao redor do globo É criado pelo aquecimento desigual da superfície da terra Lembre-se que: Em escala global, a terra está em equilíbrio

Leia mais

Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos

Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos Rogério Riffel riffel@ufrgs.br Núcleo Ativo de Galáxia

Leia mais

O que vamos estudar? O que é a Via Láctea? Sua estrutura Suas componentes

O que vamos estudar? O que é a Via Láctea? Sua estrutura Suas componentes A Via Láctea O que vamos estudar? O que é a Via Láctea? Sua estrutura Suas componentes A Via-Láctea Hoje sabemos que é a galáxia onde vivemos - Há 100 anos não sabíamos disso! - Difícil estudar estando

Leia mais

Introdução à Cosmologia: 1 - a cosmologia newtoniana

Introdução à Cosmologia: 1 - a cosmologia newtoniana 1 Introdução à Cosmologia: 1 - a cosmologia newtoniana Laerte Sodré Jr. August 15, 2011 objetivos: abordagem rápida dos principais conceitos de cosmologia foco no modelo cosmológico padrão veremos como

Leia mais

Evolução de Estrelas em Sistemas Binários

Evolução de Estrelas em Sistemas Binários Evolução de Estrelas em Sistemas Binários Binárias: novas, novas recorrentes Supernova tipo Ia Nucleossíntese Sandra dos Anjos IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210/ Agradecimentos: Prof. Gastão B. Lima

Leia mais

A Via LácteaMassa da Galáxia

A Via LácteaMassa da Galáxia Fundamentos de Astronomia e Astrofísica A Via LácteaMassa da Galáxia Rogério Riffel http://astro.if.ufrgs.br Meio Interestelar O meio entre as estrelas não é completamente vazio. - Tem gás: principalmente

Leia mais

Medindo a Distância da Supernova 1987A

Medindo a Distância da Supernova 1987A Medindo a Distância da Supernova 1987A Gabriel Armando Pellegatti Franco Universidade Federal de Minas Gerais Departamento de Física franco@fisica.ufmg.br Página 1 de 26 Nascimento de uma Supernova Página

Leia mais