DELIBERAÇÃO. Relatório

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1 Pº R.P. 129/2007 DSJ-CT Eficácia jurídica retroactiva da personalidade jurídica de sociedade decorrente da natureza constitutiva do registo do contrato Formas de assunção do negócio celebrado entre o momento da celebração do contrato de sociedade e o seu registo Pedido de remoção parcial de dúvidas Recusa Impugnação parcial dos fundamentos Improcedência. DELIBERAÇÃO Relatório 1. Às inscrições de aquisição em vigor sobre as fracções A e B do prédio descrito sob o nº 637/ encontra-se averbada ( pelas Ap, 53 e 54 de 2 de Novembro de 2005, respectivamente), provisoriamente por dúvidas, a transmissão a favor da recorrente, por transferência de património, em trespasse. 2. Os motivos daquela provisoriedade por dúvidas foram encontrados no âmbito da decisão de procedência parcial de anterior recurso hierárquico interposto da decisão que os havia recusado Cfr. Pº R.P. 63/2006 DSJ-CT. Tais motivos foram a falta de prova da assunção do trespasse pela trespassária (aqui recorrente) e do pagamento do IMT respeitante à transmissão 1. 1 A recorrida, para lá de ter executado a decisão proferida no recurso hierárquico( cfr. art.º 144º, nº 3 do C.R.P.), lavrando a inscrição provisoriamente por dúvidas, lançou na requisição de registo um despacho, no qual procurou consignar aquela decisão e resumir a sua fundamentação, terminando por ordenar a sua notificação ao apresentante. Não entendemos a razão de ser de tal prática, já que a reapreciação obtida por efeito da impugnação hierárquica - constante do parecer proferido no recurso hierárquico, homologado pelo Ex.mo D.G.R.N. se basta a si própria e não carece de despacho da entidade a quo, tendo sido devidamente notificada nos termos do nº 2 do mesmo art.º 144º. O teor do despacho demonstra que tal prática encerra em si um risco que aconselha a que ela seja evitada, que se traduz na possibilidade de adulteração dos termos da reapreciação hierárquica. É que a recorrida fez constar do despacho a falta de prova da autorização da sociedade para o negócio, que, em rigor, não é o que consta do parecer. Do resumo feito no despacho resultou que a recorrente se tenha sentido na necessidade e em condições de alegar que houve uma alteração da fundamentação da provisoriedade por dúvidas, que teria passado de falta de autorização para falta de assunção posterior do trespasse. 1

2 A escritura de trespasse mostra-se outorgada por Luís, em representação da transmitente (titular inscrita) e por Armindo, como administrador, em representação da trespassária (recorrente), constituída por escritura de hoje e que a esta imediatamente antecede, lavrada neste livro de notas a vinte e sete. 3. Pelas Ap.s 3 de 7 de Fevereiro de 2007 e 2 de 8 de Fevereiro de , foi pedida Remoção da dúvida(...) relativa à falta de prova da sociedade para o negócio de trespasse, pela apresentação da escritura da constituição da sociedade trespassária, outorgada, entre outros, pelos supra referidos Luís e Armindo. 4. A recorrida tratou o pedido como de conversão e não como de remoção parcial de dúvidas, recusando assim a conversão dos registos, ao abrigo do art.º 69º, nº 2 do C.R.P., com fundamento no facto não se mostrarem removidos os dois motivos da provisoriedade por dúvidas, por estar em falta, quer o documento comprovativo da assunção pela sociedade dos direitos e obrigações decorrentes do trespasse, quer o comprovativo do pagamento do I.M.T ou da sua isenção. 5. Pela Ap. 50 de 23 de Fevereiro de 2007 foi interposto recurso contencioso daquela primeira decisão de efectuar os registos provisoriamente por dúvidas, na parte relativa ao segundo motivo supra indicado. 6. Pela Ap. 1 de 28 de Março de 2007 foi interposto o presente recurso hierárquico, nos termos que aqui se dão por integralmente reproduzidos, alegandose, em síntese, que : a) O pedido que efectuou foi de remoção parcial de dúvidas e não de conversão, o que também é traduzido na interposição de recurso contencioso já efectuada quanto à restante parte dos motivos de dúvidas; b) O despacho de recusa de conversão é ilegal, por violar o princípio da instância, ao ter extravasado o objecto do pedido; c) Mesmo quanto ao único motivo que se pretendeu remover, o mesmo despacho não aplica correctamente a lei relativamente ao disposto no art.º 19º do CSC, considerando que: 1) Constando do despacho de provisoriedade por dúvidas que falta autorização da sociedade figura prevista na alínea d) do nº 1 do art.º 19º - não pode posteriormente e em face de prova daquela autorização vir 2 Foi efectuado um único pedido, em relação às duas fracções autónomas. A recorrida, apercebendo-se que os dois registos a que se referia o pedido de remoção de dúvida( ou de conversão, como erradamente considerou) tinham sido lavrados com base em apresentações diferentes, procedeu à anotação apenas quanto à fracção A, a que coube o nº 3 de 07 de Fevereiro de No dia seguinte, após verificação da falta de anotação da apresentação quanto à fracção B( como consta do despacho), efectuou nova anotação, com o nº 2 de 08 de Fevereiro de 2007, tendo mencionado na anotação de recusa que (Era Ap. após a Ap.3 de 2007/02/07). 2

3 invocar-se a falta de assunção posterior do trespasse, figura esta prevista no nº 2 do mesmo art.º 19º; 2) Mesmo que tal fundamentação não traduzisse uma alteração superveniente do sentido da fundamentação inicialmente utilizada, não existe qualquer razão para a exigência da dita assunção posterior e para a apresentação de documento comprovativo, pois estamos no âmbito de aplicação da dita alínea d), que não impõe que se refira na própria escritura de trespasse que o negócio foi efectuado ao abrigo de autorização, requisito, aliás, de verificação prévia pelo Notário, mas apenas que exista autorização no contrato de sociedade e este esteja definitivamente registado;3) Deve destacar-se a circunstância de as escrituras de constituição de sociedade e de trespasse terem sido feitas, sequencialmente, no mesmo dia e Cartório, o que torna óbvia a verificação pelo Notário da existência da autorização, com base na qual foi celebrado o trespasse; e 4) Da escritura de trespasse consta expresso que a sociedade assume, desde já, as obrigações decorrentes de todos os negócios jurídicos celebrados em seu nome pelos administradores, bem como a aquisição de bens ou direitos, antes do registo definitivo do contrato social. 7. A recorrida, depois de reconhecer que tratou o pedido de forma incorrecta, mantém a decisão de recusa já não de conversão, mas de remoção parcial de dúvidas 3 - reduzindo em conformidade a sua fundamentação à falta de prova da assunção do trespasse pela sociedade. 8. O processo é o próprio, as partes legítimas e o recurso tempestivo e não existem questões prévias ou prejudiciais que obstem ao conhecimento do mérito, embora, como mais à frente se verá, no mesmo deva incluir-se a apreciação de uma questão não suscitada pela recorrida. A posição deste Conselho vai expressa na seguinte Deliberação 1. Apesar de atribuir natureza constitutiva ao registo do contrato de sociedade, a lei admite que à personalidade jurídica assim constituída seja atribuída eficácia jurídica retroactiva, nomeadamente para efeito da assunção de direitos e obrigações decorrentes de negócios jurídicos 3 Que, no entanto, não se reflectiu, como se impunha, numa rectificação da anotação da recusa, que continua a publicitar a recusa de conversão. 3

4 celebrados entre o momento da celebração do contrato de sociedade e o do seu dito registo. ( art.ºs 5º e 19º, nº 1, d) e nº 2 do C.S.C.) A referida assunção pode dar-se automaticamente, se a celebração do negócio tiver sido autorizada por todos os sócios no acto constitutivo, ou facultativamente se, faltando tal autorização, a administração decidir assumi-lo para a sociedade e essa decisão for comunicada à contraparte ( cfr. dito art.º 19º, respectivamente nº, 1, d) e nº 2) 5. 4 Este regime tem a sua fundamental razão de ser, na ponderação de dois interesses: por um lado, o de garantir a regular constituição da sociedade comercial no momento da aquisição da personalidade jurídica e, por outro, o de assegurar a possibilidade de celebração de negócios jurídicos em seu nome, ainda enquanto sociedade em formação. Albino de Matos( in Constituição de Sociedades, 5ª ed. 2001, pág. 118) chama às duas formas de assunção previstas no art.º 19º, a automática e a facultativa, soluções de compromisso, na sequência da identificação da realidade da vida como sua razão de ser: Compreende-se assim que, sendo o princípio constitutivo em si mesmo uma concessão da realidade aos princípios, venha afinal o mesmo princípio a ceder perante as exigências práticas da vida.... Aquela razão de ser exige que do regime legal adoptado resulte assegurado sob pena de se ver frustrada a sua utilidade, por não permitir que surjam interessados em negociar com a sociedade por um lado, que a falta de personalidade jurídica não venha a constituir fundamento de invalidade ou ineficácia do negócio e, por outro, que possa dar-se por existente uma garantia patrimonial das obrigações dele resultantes em caso de incumprimento, que é o que acontece, quanto às sociedades por quotas, anónimas e em comandita por acções, com o disposto no art.º 40º, nº 1, do C.S.C. ( cfr. também art.º 513º do C.C.), ao prever a responsabilidade pessoal, ilimitada e solidária, dos que agiram em representação e dos sócios que tais negócios autorizaram. Cfr., quanto a este ponto, Manuel António Pina, in O Regime Da Sociedade Irregular E A Integridade Do Capital Social, Almedina, pág Faltando personalidade jurídica à sociedade, no rigor dos conceitos não é possível imputar-lhe a qualidade de representada, como parte do negócio jurídico celebrado, mesmo que quem invocou o seu nome o tenha feito ao abrigo da autorização unânime dos sócios. De facto, a doutrina tem encontrado enormes dificuldades em enquadrar conceitualmente este regime de assunção ( O mesmo é dizer que tais negócios se reputam concluídos ab initio pela própria sociedade, nas palavras de Ferrer Correia, in Anteprojecto de Lei Das Sociedades Comerciais Parte Geral, pág.94), conjugado com a atribuição de responsabilidade aos que celebram em nome da sociedade e aos sócios que os autorizam( cfr. dito art.º 40º. nº 1 do C.S.C.). Cfr. Manuel António Pina, ob. cit., pág. 410 a 413, quanto à dificuldade de ajustamento deste regime legal nos institutos tradicionais do direito dos contratos e das obrigações, maxime no da representação sem poderes, dada a ineficácia prevista no art.º 268º, nº 1 do Código Civil. O que aqui importa ter presente e resulta inequivocamente da lei é que se a celebração do negócio se puder dar por abrigada em autorização unânime, a assunção se dará ipso iure( com o registo definitivo do contrato de sociedade) e que, se não puder, a assunção é facultativa (depende de decisão da administração). 4

5 3. A assunção do negócio, nomeadamente para efeito de registo (predial) da aquisição por ele causada, pode dar-se por verificada, conforme o caso, ou pela apresentação de certidão do registo definitivo do contrato de sociedade eventualmente acompanhada do título do contrato de sociedade, se no título de aquisição não tiver sido feita referência à existência da autorização unânime dos sócios - ou pela apresentação conjunta dessa certidão e de documento comprovativo da decisão da administração e da sua comunicação à contraparte 6 7. Em ambos os casos a assunção não depende de consentimento da contraparente, que ao negociar sabe que quem com ela o faz, o faz em nome da sociedade. A assunção não constitui uma surpresa. 6 In casu, foi decidido na qualificação que, estando afastada a possibilidade de se ter por ocorrida a assunção automática, porque não consta que o negócio tenha sido celebrado ao abrigo da dita autorização unânime dos sócios, resta a facultativa, cuja prova passa pela do cumprimento do disposto no art.º 19º, nº 2 do C.S.C., que está em falta. De facto, é indiscutível que o outorgante não invocou qualquer autorização dos sócios, tendo-se simplesmente identificado como administrador, assim como o é a falta de prova da decisão da administração, assumindo o trespasse. A recorrente instruiu o pedido de remoção daquela dúvida com a escritura de constituição de sociedade, no sentido de provar que, apesar de não invocada nem referida na escritura, todos os sócios a autorizaram, mas a recorrida considerou não removida a dúvida, mesmo na presença das alegações constantes do recurso, que neste ponto praticamente ignorou, pois não contra-argumentou. 7 Não resultando do título que a celebração esteja abrigada na autorização e perante o pedido da recorrente( pretendendo remover a dúvida com prova, segundo ela, da existência da autorização), há desde logo que resolver a questão de saber se é em abstracto possível considerar como utilizada a autorização sem que ela(existindo) tenha sido invocada, no título, pelo administrador perante a contraparte Tanto no caso da alínea d) do nº 1, como no do nº 2, ambos do dito art.º 19º, a celebração é logo efectuada em nome da sociedade, o que significa, como já antes referimos, que a assunção por esta não fica dependente de consentimento da contraparte. Assim, como defende a recorrente, a assunção automática não depende do facto de se fazer referência na escritura de trespasse à autorização dos sócios. Coerentemente, consideramos para este efeito irrelevantes as circunstâncias, invocadas pela recorrente, de ambas as escrituras terem sido lavradas no mesmo Cartório, na mesma data e sequencialmente, bem como, esta não invocada, a de os dois outorgantes da escritura de trespasse(um representando a trespassante e o outro a trespassária ) também terem outorgado a escritura de constituição da trespassária ( dois dos sócios fundadores designados administradores)- cfr. pontos 2 e 3 do relatório. Ora, será que a interpretação do contrato de sociedade permite concluir da existência da autorização? 5

6 4. Sem embargo de se deverem dar por salvaguardados casos excepcionais v.g.: em que se imponha como melhor solução para o caso concreto aquela que deva dar por incontestável uma anterior consideração parcelada dos motivos de qualificação de um registo como provisório por dúvidas o pedido de remoção parcial de dúvidas deve ser recusado, por ser facto não sujeito a registo(cfr. art.º 69º, nº 1, c) do C.R.P.), e a impugnação parcial dos fundamentos dessa causa de Do contrato de sociedade consta a designação dos membros do Conselho de Administração para o triénio , que inclui aquele que representou a sociedade na escritura de trespasse. De seguida consta também que os administradores designados, para lá de desde já autorizados a levantarem o capital social para custear despesas de constituição, instalação e desenvolvimento da actividade social, ficam com poderes especiais, designadamente para tomar de trespasse qualquer estabelecimento comercial e constituir mandatários e que a sociedade assume, desde já as obrigações decorrentes de todos os negócios jurídicos celebrados em seu nome pelos administradores, bem como a aquisição de bens ou direitos, antes do registo definitivo do contrato social. Não existe unanimidade na doutrina quanto a saber se o enquadramento na dita alínea d) é possível mesmo no caso de uma autorização genérica - cfr.,v.g., Paulo de Tarso Domingues, in Do Capital Social Noção, Princípios e Funções, pág 129 e José Pedro Fazenda Martins, in Os Efeitos do Registo E Das Publicações Obrigatórias Na Constituição Das Sociedades Comerciais, pág. 51, que respondem afirmativamente e Manuel António Pina, ob. cit., pág. 491 e ss, que responde no sentido de que a autorização deve ser específica. Pela nossa parte, inclinamo-nos para considerar que a melhor interpretação da dita alínea d) na sequência e de acordo com o que ficou dito na nota 4 - é aquela que dê por afastada, para este efeito de assunção, a eficácia de uma autorização genérica, o que não significa a exigência de um grau de especificação tão elevado que esta só possa dar-se por verificada com a concretização ou individualização do negócio. Ora ( o que nos dispensa de mais desenvolvimentos, nomeadamente pela indicação dos argumentos utilizados pela doutrina ) parece-nos suficientemente claro que no teor do concreto contrato de sociedade maxime na parte supra citada - se enquadra perfeitamente uma interpretação que, por um lado, dê por nele abrangido um trespasse anterior ao registo do contrato e, por outro, que considere a indicação da categoria de negócio( trespasse) como suficiente para afastar a atribuição de natureza genérica à autorização. O que ficou dito permite, por seu lado, extrair a conclusão de que o trespasse que está na base da presente impugnação foi autorizado por todos sócios, o qual, consequentemente, tem que dar-se por assumido pela recorrente, de pleno direito, desde o registo definitivo do contrato de sociedade. Isto é, não fora qualquer outro obstáculo estranho à questão levantada pela recorrida e o registo - remoção parcial de dúvidas estaria em condições de ser efectuado como está pedido, em face da apresentação da escritura do contrato de sociedade. 6

7 provisoriedade art.º 140º, nº1, do C.R.P. 8. deve improceder, porque fora do âmbito da previsão do 5. A circunstância de a Conservatória não ter invocado a não sujeição a registo como motivo de recusa de pedido de remoção parcial de dúvidas não impede que, interposto recurso hierárquico dessa recusa (fundada noutro(s) motivo(s)), a entidade ad quem dele conheça, visando impedir um registo inútil ou indiferente 9. 8 Tendo por base uma situação que poderemos qualificar de singular ou excepcional, acabou por ser retirada no Proc. R.P. 148/2001 DSJ-CT( in BRN nº 4/2002 II) uma conclusão( a I) com a afirmação genérica de legalidade da remoção e da impugnação de parte das dúvidas levantadas ao registo definitivo de um facto. A singularidade da situação residia na circunstância de estar em apreciação a impugnação da decisão de recusa de remoção parcial de dúvidas, quando se encontrava já pendente a impugnação hierárquica ( Pº R.P. 103/2001 DSJ-CT, publicado no mesmo local) de parte dos motivos de dúvidas do despacho inicial de qualificação do registo, onde se pedia que passassem a constituir causas de provisoriedades por natureza. O entendimento contido na referida conclusão I, enquanto reportado à generalidade das situações, pode dar-se por posteriormente afastado no Proc. R.P. 171/2004 DSJ-CT, para cuja desenvolvida fundamentação remetemos, pois assumiram-se categoricamente, por princípio, a não sujeição a registo da remoção parcial de dúvidas e a consideração da decisão(indivisível), em vez dos seus fundamentos, como objecto de impugnação. Mais recentemente, no mesmo sentido - embora apenas com referência a uma daquelas faces da mesma moeda( a da impugnação)- cfr. o Pº R.P. 97/2006 DSJ-CT, embora num caso de impugnação parcial dos motivos de recusa. 9 O Código do Registo Predial não sanciona com qualquer vício o registo de facto a ele não sujeito( cfr. art.º 14º( casos de inexistência) e art.º 16º (casos de nulidade). Ainda assim, parece-nos de acrescentar esta situação ao elenco daquelas que este Conselho tem entendido deverem ficar fora da delimitação objectiva do recurso pelas questões suscitadas, pensando designadamente e sobretudo no caso - inúmeras vezes apreciado - de a omissão de pronúncia poder conduzir à realização de registos nulos, mas também naquele outro, muito recentemente tratado ( Cfr. Pº R.P. 106/2007 DSJ-CT), de a omissão de pronúncia poder levar à duplicação total ou parcial de descrições. Se nos déssemos por vinculados à dita delimitação objectiva do recurso, correríamos o risco de poder contribuir para o fracasso da finalidade da segurança do comércio jurídico imobiliário. Ao lado da publicidade comum e da simples publicidade notícia, teríamos ainda uma terceira categoria, a da publicidade inútil, porque efectuada contra a vontade da lei( que a impede, ao impor a recusa da entrada desses factos no registo). Só que a indiferença que decorre da lei não garante a ausência de perturbação, pela confusão que propicia. 7

8 Em conformidade, é entendimento deste Conselho que o recurso não merece provimento, mas com a recusa a ter por fundamento a não sujeição a registo do facto constante do pedido (remoção parcial de dúvidas) - art.º 69º, nº 1, c) do C.R.P In casu, como foi oportunamente relatado no texto, posteriormente à apresentação do pedido de remoção parcial de dúvidas foi apresentado o recurso contencioso, no qual se impugna apenas um dos motivos das dúvidas mas, porque se parte do pressuposto do deferimento do pedido de remoção parcial anteriormente apresentado quanto ao outro motivo, se conclui pedindo a revogação da decisão e a conversão do registo. Independentemente do que vier a ser decidido contenciosamente e daquilo que vier a poder dar-se por titulado em tal decisão (dada a incerteza do que poderá vir a ser considerado como objecto da impugnação( se o fundamento, se a decisão), uma utilidade a recorrente pode retirar da presente impugnação hierárquica, apesar da improcedência: a questão de mérito suscitada foi decidida favoravelmente à pretensão da recorrente, o que significa, por um lado, que esta decisão está disponível para poder vir a ser tida em conta na/pela decisão judicial a proferir no recurso contencioso e, por outro, que se vier a ser formulado um pedido de conversão ou se vier a ser novamente pedido o registo de aquisição( no caso de caducarem os averbamentos de transmissão em tabela), pela apresentação dos mesmos documentos já apresentados(no pedido inicial ou no de remoção de dúvidas), está assegurado que a falta de prova da assunção do trespasse não poderá servir de fundamento a uma decisão desfavorável. Não poderá vir defender-se que a falta de registo da remoção parcial de dúvidas impede que se torne efectiva aquela utilidade, nas diversas vertentes apontadas, pois que, ainda que tal registo fosse de efectuar, não lhe correspondiam os efeitos de uma conversão parcial, daí que ele tivesse que ser tido por indiferente ou inútil, como vimos supra. Deliberação aprovada em sessão do Conselho Técnico de 30 de Janeiro de Luís Manuel Nunes Martins, relator Esta deliberação foi homologada pelo Exmo. Senhor Presidente em 8

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