ANÁLISE DO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO
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- Raphael Figueiroa Lameira
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1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU LOGÍSTICA EMPRESARIAL ANÁLISE DO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO LEONARDO BEZERRA DE SOUZA Prof. MARCO A. LAROSA RIO DE JANEIRO 2002
2 INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU LOGÍSTICA EMPRESARIAL ANÁLISE DO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO LEONARDO BEZERRA DE SOUZA Prof. MARCO A. LAROSA RIO DE JANEIRO 2002
3 AGRADECIMENTOS A todos os autores, alunos e pessoas que, direta e indiretamente contribuíram para a confecção desta monografia.
4 DEDICATÓRIA Dedico esta monografia a minha noiva que tanto colaborou para sua confecção e aperfeiçoamento.
5 RESUMO Uma das grandes dificuldades que sentimos dos empresários de pequeno e médio porte é a falta de conhecimento a respeito do comércio exterior, que a priori é visto como uma atividade que somente as grandes empresas têm acesso. As importações desempenham papel vital na vida econômica de qualquer país; desenvolvido, subdesenvolvido, em desenvolvimento, nenhum país é totalmente auto-suficiente. Todos os países estão sujeitos a econômica, segundo a qual quanto mais desenvolvido e mais industrializado, maior será sua necessidade de relacionamento com os demais países. Uma visão global, sob aspecto internacional, no relacionamento entre países, quem importa e exporta, não são as empresas individualmente, mas sim o País.
6 METODOLOGIA Neste trabalho foi utilizado bibliografias de Comércio Exterior, a operacionalidade de empresas de comércio internacional, Noções básicas de importação, e Normas administrativas de importação do SECEX.
7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO I NORMAS ADMINISTRATIVAS DE IMPORTAÇÃO CAPÍTULO II CONDIÇÕES DE COMPRA CAPÍTULO III FLUXO DE IMPORTAÇÃO CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA
8 INTRODUÇÃO Com o atraso de informações, as empresas nacionais se vem na necessidade de estarem aprimorando os seus conhecimentos e a preencher o seu vazio tecnológico, embora esteja acontecendo em passos lentos e graduais as portas estão se abrindo para diversos ramos de atividades importadoras. A importação tem como objetivo básico: - Importação de produtos de consumo com grande aceitação no mercado interno, ou seja, com potencial de revenda, - Importação de equipamentos e maquinários que possam aprimorar a tecnologia e melhoria de seus produtos, - Importação de matérias-primas mais competitivas e de melhor qualidade do que as nacionais, aumentando o poder de barganha com os fornecedores, onde poderiam conseguir maior qualidade e menor preço. "Atividade importadora representa o elo entre o produto estrangeiro e o mercado interno" As importações desempenham papel vital na vida econômica de qualquer país; desenvolvido, subdesenvolvido, em desenvolvimento, nenhum país é totalmente auto-suficiente. Todos os países estão sujeitos a econômica, segundo a qual quanto mais desenvolvido e mais industrializado, maior será sua necessidade de relacionamento com os demais países. Uma visão global, sob aspecto internacional, no relacionamento entre países, quem importa e exporta, não são as empresas individualmente, mas sim o País. Como numa empresa, existem funções definidas por departamentoscompras, vendas, estoque e financeiro. Nesta macroempresa Brasil, veremos que determinados órgãos públicos são encarregados de cumprir estas tarefas, como segue: Secex Secretária de comércio exterior Faz o papel do departamento comercial, controlando as importações e exportações. Bacen Banco Central do Brasil Faz o papel do departamento financeiro, controlando a entrada e saídas de divisas do País.
9 SRF Secretaria de Receita Federal Cumpre o papel de controlador dos estoques, controlando fisicamente a entrada e saída das mercadorias. Tecnicamente, dividimos o processo de importação em três fases distintas: Administrativa, Cambial e Fiscal, que serão analisadas distintamente.
10 CAPÍTULO I NORMAS ADMINISTRATIVAS DE IMPORTAÇÃO As normas administrativas são estabelecidas pelo Departamento de Comércio Exterior DECEX -, órgão subordinado à Secretaria de Comércio Exterior SECEX. O primeiro passo para se iniciar um processo de importação, assim como na exportação, é o Registro de Exportadores e Importadores. O registro de importador (REI) é efetuado no DECEX da mesma forma como se efetua o registro de exportação. Obtido o registro, o passo seguinte será uma análise do enquadramento administrativo do produto a ser importado DESPACHO e DESEMBARAÇO ADUANEIRO O despacho aduaneiro de importação é o procedimento, motivado pelo importador, que tem por objetivo o desembaraço (liberação) de mercadoria procedente do exterior, tenha esta sido importada a título definitivo ou não. O despacho aduaneiro inicia-se com o registro da Declaração de Importação no SISCOMEX ou, na hipótese de Declaração Simplificada de Importação (DSI), mediante procedimento específico junto à Unidade da Receita Federal (URF) de despacho. O despacho só deverá ter início após a chegada da mercadoria na URF na qual o importador for submeter a mercadoria importada a Despacho Aduaneiro. O despacho aduaneiro tem por base declaração formulada pelo importador, ou por seu representante, no SISCOMEX, devendo nela constar informações gerais (importador, básicas, transporte, carga, pagamento) e informações específicas adição (fornecedor, mercadoria, valor aduaneiro e métodos, Incoterms, tributos e câmbio). A declaração de importação deverá ser
11 formulada no microcomputador do usuário, onde ele deverá selecionar o tipo de declaração e a modalidade de despacho aduaneiro que envolve a operação, elaborada a DI, poderá o importador transmiti-la para o computador central do SISCOMEX para análise ou registro, iniciando assim o processo de despacho aduaneiro. O interessado pessoa física ou jurídica, ou entidade que tenha interesse direto na operação de importação exercerá as atividades relacionadas com o despacho aduaneiro de bens pessoalmente ou através de: representante legal, pessoa física que detém a representação de firma individual, sociedade ou entidade por força de contrato social, estatuto ou ato equivalente; empregado com vínculo empregatício exclusivo com o interessado ou de empresa coligada ou controlada; despachante aduaneiro. Os interessados da administração pública direta e autárquica federal, estadual ou municipal, as missões diplomáticas e repartições consulares de países estrangeiros e as representações de órgãos internacionais poderão exercer as atividades relacionadas com o despacho aduaneiro, quanto às próprias operações, através do servidor especialmente designado, ou pôr despachante aduaneiro. Após a recepção dos documentos na URF, a declaração será selecionada para um dos seguintes canais de conferência aduaneira: Verde: pelo qual o sistema procede o desembaraço automático da mercadoria, dispensados os exames documental da declaração, a verificação da mercadoria e a análise preliminar do valor aduaneiro; Amarelo ou Laranja: pelo qual a declaração é submetida a exame documental, e, não sendo constatada irregularidade, autoriza o desembaraço e a entrega da mercadoria, dispensadas a verificação da mercadoria e a análise preliminar do valor aduaneiro;
12 Vermelho: pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada e entregue ao importador após a realização do exame documental, da verificação da mercadoria e da análise preliminar do valor aduaneiro; Cinza: valoração aduaneira método, acréscimos, deduções e informação complementares para composição do valor aduaneiro, base de cálculo do imposto de importação. Provar o verdadeiro valor do produto. O desembaraço aduaneiro é o ato final do despacho aduaneiro em virtude do qual é autorizada a entrega da mercadoria ao importador. Independentemente do canal para qual tenha sido selecionada a conferência, a entrega da mercadoria somente poderá ser efetuada após o registro do desembaraço no SISCOMEX pela autoridade aduaneira. O Desembaraço Aduaneiro é o procedimento pelo qual a mercadoria importada passa pelo processo de nacionalização, sendo que o principal instrumento desse processo é a Declaração de Importação (D.I. documento eletrônico que compreende o conjunto de informações gerais correspondentes a determinada operação de importação e conjunto de informações específicas de cada mercadoria objeto da importação), que a partir de , passou a ser emitida por sistema eletrônico SISCOMEX. Registrado o desembaraço das mercadorias no Sistema, a autoridade fiscal emitirá Comprovante de Importação, que será entregue ao importador, constituindo-se, aquele documento, em prova de ingresso regular da mercadoria no país. Em determinados casos, tais como amostras sem valor comercial, matérias primas, insumos e produtos acabados, importados sem cobertura cambial, catálogos e folhetos, algumas formas de Admissão Temporária, desde que atendidas as condições estipuladas pela Secretaria da Receita Federal, deverá ser utilizada a Declaração Simplificada de Importação (DSI), conforme formulário aprovado pelo referido órgão, sem registro no SISCOMEX.
13 De acordo com as características de cada importação é necessária a juntada de determinados documentos para efetuarmos o desembaraço aduaneiro, que é o ato final do despacho aduaneiro em virtude do qual é autorizada a entrega da mercadoria ao importador. O Desembaraço Aduaneiro é parte de um processo global e por isso a sua execução será cumprida em estreita sintonia com os procedimentos de desestiva e coordenação de transporte doméstico LICENCIAMENTO O licenciamento poderá ser automático ou não automático: Licenciamento Automático Todas as importações estão sujeitas a licenciamento. De modo geral, o licenciamento ocorrerá de forma automática, efetuada pelo próprio Sistema, no momento da formulação da Declaração de Importação, após a chegada da mercadoria no País. As informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal deverão ser prestadas no SISCOMEX em conjunto com os dados exigidos para a formulação da Declaração de Importação para fins de despacho aduaneiro da mercadoria. Alguns produtos sujeitam-se a procedimentos especiais que deverão ser observados até o desembaraço aduaneiro: - Exigências zoosanitárias estabelecidas pelo Ministério da Agricultura - Exigências ecológicas estabelecidas pelo IBAMA -Números do registro da empresa e/ou produto junto ao órgão competente
14 Licenciamento Não-Automático Quando se tratar de mercadoria ou operação de importação sujeita a controles especiais do órgão licenciador, a importação estará sujeita ao Licenciamento Não-Automático. Nas importações sujeitas ao Licenciamento Não-Automático (LI), o importador, deverá prestar as informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal, previamente ao embarque da mercadoria no exterior ou antes do despacho aduaneiro ENTREPOSTO ADUANEIRO Para a admissão das cargas importadas sob regime de entrepostamento, as tarefas competentes serão as seguintes: - Controle de entrada da carga no entreposto para cumprimento do prazo para registro da Declaração de Admissão (D.A. declaração da mercadoria destinada a admissão no regime de entreposto aduaneiro na importação, que permite o depósito de mercadorias em local determinado, com suspensão do pagamento do tributo e sob controle fiscal.); - Análise dos documentos que instruirão a Declaração de Admissão; Confecção da Declaração de Admissão; Solicitação de numerário para pagamento das despesas envolvidas; NACIONALIZAÇÃO DE CARGAS EM ENTREPOSTO ADUANEIRO Caberá à empresa as seguintes tarefas básicas: - Análise preliminar da documentação que será apresentada à Receita Federal; - Elaboração de pré-cálculo de despesas, a fim de solicitar ao importador a alocação dos recursos financeiros necessários;
15 - Enquadramento tarifário e preenchimento da Declaração de Importação eletrônica, quando aplicável, em conformidade com as diretrizes fixadas pelas autoridades competentes; - Acompanhamento da documentação junto aos órgãos da Receita Federal, principalmente no que tange às isenções/ reduções de tributos; Portanto, a importação está classificado na relação de importações permitidas pelo DECEX (Departamento de Comércio Exterior, subordinado à Secretaria de Comércio Exterior - SECEX), deve-se Localizar e contatar seus prováveis Fornecedores externos, sempre por escrito, explicando quem é e o que deseja, de maneira sucinta e objetiva (este Fornecedor pode ser um Fabricante, uma Empresa Comercial Exportadora ou uma Trading Company). Solicite amostras sem valor comercial, quando cabíveis, para análise e adequação às suas necessidades específicas, e caso ainda não o seja, registre sua Empresa no REI - Registro de Exportadores e Importadores da SECEX/MDIC e no SISCOMEX - Sistema Integrado de Comércio Exterior (Microempresas não podem exportar).
16 CAPÍTULO II CONDIÇÕES DE COMPRA Somente poderão efetuar importação as empresas, entidades e pessoas que estejam previamente inscritas no cadastro de Exportadores e Importadores da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo, que atendam os seguintes requisitos: possuir capital mínimo integralizado fixado pela SECEX; não estar em débito com a Fazenda Nacional e Fazendas Estaduais; ser considerada idônea; não tiver sido punida, em decisão administrativa final, por infrações aduaneiras, de natureza cambial, de comércio exterior, ou de repressão ou abuso do poder econômico INCOTERMS As importações brasileiras poderão ser conduzidas em qualquer das modalidades de incoterms praticadas no comércio internacional. As incoterms que incluam o seguro de transporte internacional dependem de prévia manifestação do Instituto de Seguros do Brasil IRB. Nas importações são aceitos quase todos os termos de condição de venda (Incoterms) aprovados pela Câmara do Comércio Internacional CCI, com exceção de alguns, como pôr exemplo: DEQ e DDP. Os aceitos são divididos em : Grupo "E"- ponto de origem, o vendedor torna a mercadoria disponível para o importador em seu próprio estabelecimento; Grupo "F"- transporte principal não pago, o vendedor é solicitado a entregar as mercadorias ao transportador designado pelo comprador; e Grupo "C"- transporte principal e/ou seguro pagos, o vendedor contrata o transporte e/ou o
17 seguro, porém sem assumir os riscos por perda ou dano às mercadorias ou custos adicionais devidos a eventos que ocorram após o despacho. Podemos citar : Sigla Descrição Tradução Meio de Transporte EXW Ex Works A partir do local de produção Qualquer FCA Free Carrier Transportador livre Qualquer FAS Free Alongside Ship Livre no costado no navio Mar ou rio FOB Free on Board Livre a bordo Mar ou rio CFR Cost and Freigth Custo e frete Mar ou rio CPT Carriage Paid to... Transporte pago até... Qualquer CIF Cost,Insurance and Custo, seguro e frete Mar ou rio Freigth CIP Carriage and Insurance Transporte e seguro pagos Qualquer Paid to... até... DAF Delivered at Frontier Entregue na fronteira Qualquer DES Delivered Ex-Ship Entregue a partir do navio Mar ou rio DDU Delivered Duty Unpaid Entregue direitos não pagos Qualquer FORMAS DE PAGAMENTO As formas de pagamento utilizadas na importação são as mesmas das utilizadas na exportação. No entanto, através da circular BCB nº 2747/97 de 25/03/97, foi estabelecida a obrigatoriedade de contração da operação de câmbio para liquidação futura quando se tratar de importação até 360 dias. São elas: a) ANTECIPADO Pagar o fornecedor através do banco (fechamento de câmbio), Aguardar a chegada da mercadoria e dos documentos do exterior, pagar os tributos,
18 SISCOMEX: preparar, registrar e imprimir a Declaração de Importação e aguardar a liberação da mercadoria na estação aduaneira. b) REMESSA DIRETA Aguardar a chegada dos documentos do exterior, pagar os tributos, SISCOMEX: preparar, registrar e imprimir a Declaração de Importação, aguardar a liberação da mercadoria na estação aduaneira, pagar o fornecedor através do banco apresentando-lhe o Comprovante de Importação CI. C) COBRANÇA SIMPLES Aguardar o aviso do banco sobre a chegada dos documentos do exterior. Para retirar os documentos: pagar ao banco (se cobrança à vista) ou dar o aceite (se a prazo) e pagar os tributos. SISCOMEX: preparar, registrar e imprimir a Declaração de Importação, aguardar a liberação da mercadoria na estação aduaneira. 2.3 FECHAMENTO DE CÂMBIO DE IMPORTAÇÃO O fechamento de câmbio, na importação, obedece a alguns critérios : - será contratado antes do registro da Declaração de Importação - DI, quando os pagamentos forem à vista, ou à prazo com vencimento até o quinto mês subseqüente ao fechamento da Declaração de Importação. - será contratado até o último dia do sexto mês anterior ao vencimento, quando os pagamentos forem à prazo com vencimento até 360 dias da data de contratação de câmbio (limitado pela data de efetivo vencimento da obrigação. São atividades cambiais básicas da importação:
19 - toda operação cambial deve ser registrada no ROF - Registro de Operação Financeira do SISBACEN - Sistema de Informações do Banco Central do Brasil, antes do registro da DI, para aprovação (que será automática, caso o SISBACEN não se manifeste em cinco dias úteis), - cada ROF aprovado é válido por 180 dias, após o que, não tendo sido utilizado, será cancelado automaticamente. - para efetivação das remessas de divisas ao Exterior, após o desembaraço aduaneiro, o Importador deve registrar o esquema de pagamentos no ROF, - para efetivação das remessas de divisas ao Exterior, sem o registro do esquema de pagamentos mas, ainda assim, com a aprovação de um ROF, estas remessas devem ser para pagamento antecipado e à vista ou para depósito em garantia de operações de arrendamento mercantil, de arrendamento simples, de aluguel de equipamentos e de afretamento de embarcações, ou, ainda, para remessas de encargos com pagamento anterior ao desembaraço aduaneiro; - operações refinanciadas, que extrapolem os prazos de pagamento até 360 dias, devem ser registradas no ROF, antes da retificação da DI,; - operações de financiamento, mediante linha de crédito, com prazos de pagamentos superiores a 360 dias, devem ser registradas no ROF pelo Banco autorizado, na qualidade de devedor. A liquidação do Contrato de Câmbio, na importação, se processará : - para pagamentos efetuados antes do desembaraço aduaneiro, à vista dos documentos de embarque das mercadorias, com instruções para liberação contra pagamento ou contra a apresentação dos documentos de embarque, conforme negociado na Carta de Crédito. - na cobrança bancária, serão anexados, ao processo de liquidação de câmbio, cópias da fatura comercial, do conhecimento de transporte internacional, do saque e do respectivo borderô.
20 - nas Cartas de Crédito, será anexada cópia do aviso de negociação de crédito no Exterior; - para pagamentos com prazos de vencimento até 360 dias, efetuados após o desembaraço aduaneiro, deve ser encaminhado, ao Banco negociador, cópia do CI - Comprovante de Importação emitido pelo SISCOMEX, juntamente com cópias da fatura comercial, do conhecimento de transporte internacional, do saque e do respectivo borderô de remessa, acrescidos de cópia do aviso de negociação do crédito no Exterior, quando houver Carta de Crédito, - com a inclusão, no processo de liquidação de Contrato de Câmbio, do nº do LI - Licenciamento de Importação aprovado pelo Órgão anuente, fica regularizada a operação que estiver sujeita ao regime de Licenciamento não- Automático, antes do embarque das mercadorias, - com a inclusão da Cláusula Declaratória, fica regularizada a operação sob regime de Licenciamento Automático ou aquela que esteja sujeita à emissão de LI antes do despacho aduaneiro, - para cada conhecimento de transporte internacional fica regularizada uma única Liquidação de Câmbio no SISBACEN. Logo, sempre que Você compra e vende produtos no mercado internacional, está obrigado a realizar operações para a troca das moedas estrangeiras transacionadas, através de estabelecimentos financeiros autorizados, pelo Banco Central do Brasil, a operar com câmbio. Como a legislação brasileira monopoliza, para a União, o mercado de compra e venda de moedas estrangeiras, uma das moedas transacionadas será, sempre, o Real (R$). 3 - O Exportador, para receber o montante gerado com suas exportações, precisa vender, à União, as moedas estrangeiras que obteve, convertendo-as em Reais (R$); o Importador, para poder honrar seus pagamentos externos, necessita, em contrapartida, comprar moedas estrangeiras da União, pagando-as em Reais (R$).
21 O Contrato de Câmbio deve ser formalizado através de documentos padronizados pelo Banco Central do Brasil e sujeita-se as normas vigentes para o Mercado de Taxas Livres (câmbio comercial) e para as modalidades de pagamento. As modalidades de pagamento internacional cuidam da forma como os documentos de embarque, e principalmente o original do Conhecimento de Transporte Internacional (como documento único reconhecido pelas aduanas internacionais), devem ser entregues ao Importador, ocasião em que se transfere, a este, a posse das mercadorias, e, ao mesmo tempo, se garante o pagamento das mercadorias ao exportador.
22 CAPÍTULO III FLUXO DE IMPORTAÇÃO De posse da oferta ( fatura proforma), o importador deverá, em primeiro lugar, verificar a NCM (nomenclatura do Mercosul). Através da NCM, poder-seá verificar o tratamento administrativo do produto. Se a importação do produto está dispensado de emissão prévia da licença de importação, está sujeita à emissão de licença de importação antes do embarque da mercadoria e antes do desembaraço aduaneiro. Se estiver sujeita à emissão de LI antes do efetivo embarque, o importador deverá solicitar a emissão através do SISCOMEX. É muito importante observar o prazo de validade da licença de importação que, como regra geral, tem validade para 60 dias apenas e, se necessário, o importador deverá solicitar prorrogação antes do vencimento. Como já foi visto nas incoterrms, o seguro deverá ser feito quase que obrigatoriamente no Brasil; portanto, cabe ao importador providenciar a cobertura do seguro de transporte internacional. O valor da cobertura deverá ser, no mínimo, o valor CIF da mercadoria acrescido das despesas aduaneiras e tributos. No próximo passo, se a condição de pagamento for cobrança, o importador poderá autorizar o embarque da mercadoria; se for carta de crédito, o importador deverá providenciar a abertura da mesma, dentro das mesmas normas já vistas em formas de pagamento. O terceiro passo será a liquidação cambial se o pagamento for à vista; se for a prazo, deve dar o aceite no saque e retirar os documentos de embarque do banco.
23 O quarto passo será o desembaraço aduaneiro. Para isso, o importador deverá nomear um despachante na zona portuária, que irá efetivar a nacionalização da mercadoria. Os documentos necessários para nacionalização da mercadoria são: licença de importação, conhecimento de embarque, fatura comercial, lista de embalagem e certificado de origem. A última etapa é o transporte do porto até o armazém, a contabilização da importação e arquivo dos documentos, que deverão ficar disponíveis pelo prazo de cinco anos IMPORTAÇÕES SUJEITAS À OBTENÇÃO DE COTA NÃO TARIFÁRIA A importação de produtos têxteis e de vestuário sujeitos a limites quantitativos, por força do acordo e de têxteis e vestuário da OMC 1994, de que trata a portaria Interministerial MICMF nº 7 de 22/05/96, está sujeita a licenciamento não automático, previamente ao embarque no exterior. Os produtos e países de origem sujeitos ao contingenciamento, bem como as cotas correspondentes, estão relacionados nos anexos A e B da Portaria SECEX nº 23 de 19/12/ IMPORTAÇÕES SUJEITAS À EMISSÃO DE COMUNICADO DE COMPRA O comunicado de compra (CCO) deverá ser apresentado a qualquer dependência do Banco do Brasil, autorizada a conduzir operações de comércio exterior, juntamente com a documentação comprobatória da operação de compra. As operações de importação passíveis de CCO estão sujeitas ao licenciamento não automático antes do embarque da mercadoria no exterior.
24 3.3 - CONTROLE DE PREÇOS As importações brasileiras estão sujeitas ao controle de preços dos produtos importados, exercido pelo DECEX, e tem por objetivo permitir o pagamento justo, evitando-se o super ou subfaturamento, visto que tais procedimentos são nocivos a economia do país. Os critérios para avaliação dos preços são os seguintes: -cotação de bolsas internacionais de mercadorias; -publicações especializadas; -listas de preços de fabricantes estrangeiros; -preços declarados por importadores, com base em documentos comprobatórios das operações comerciais; -contratos de bens de capital fabricados sob encomenda. Poderão ser considerados como despesas diversas, o freteinterno no exterior, descarga e embalagens necessárias à segurança da mercadoria, quando estas forem por conta do importador, assim com o custo de obtenção de documentos no exterior (Portaria SECEX 21/96). 3.4 EXAME DE SIMILARIDADE Estão sujeitas ao exame de similaridade as importações amparadas por benefícios fiscais (isenção ou redução de imposto de importação), inclusive as realizadas pela união, pelos estados e municípios (artigo 19 Portaria SECEX 21/96. Os órgãos da administração indireta que não pleitearem benefícios fiscais estão dispensados do exame de similaridade. Será considerado similar ao estrangeiro o produto nacional em condições de substituir o importado, observados os seguintes parâmetros:
25 -qualidade equivalente e especificações adequadas ao fim a que se destina; -preço não superior ao custo de importação, em moeda nacional, calculado sobre o valor CIF acrescido dos tributos; -prazo de entrega normal ou corrente para o tipo de mercadoria TRANSPORTE OBRIGATÓRIO As mercadorias importadas com algum benefício fiscal, normalmente, estão sujeitas a cláusula de transporte obrigatório em navio de bandeira brasileira. Isto implica que o importador tem de exigir que o exportador cumpra rigorosamente esta exigência sob pena da perda do benefício fiscal. Caso não houver navio de bandeira brasileira disponível, o exportador deverá solicitar a liberação de bandeira junto ao Departamento da Marinha Mercante (DMM). No caso de transporte aéreo, a solicitação de liberação de bandeira deverá ser feita junto ao DAC Departamento de Aviação Civil. Excluem-se desta obrigação, os benefícios concedidos pelo drawback IMPORTAÇÕES SEM COBERTURA CAMBIAL A principal característica da importação sem cobertura cambial é o não pagamento do bem no exterior. Poderão ser admitidas guias de importação sem cobertura cambial nas seguintes condições: -peças e acessórios, abrangidos por contrato de garantia; -doações; -filmes cinematográficos; investimento de capital estrangeiro, sujeito a registro prévio no Banco Central do Brasil;
26 -retorno de material remetido ao exterior para fins de testes, exames e/ou pesquisa, com finalidade industrial ou científica; -bens importados em regime de admissão temporária nos casos previstos na IN SRF nº 136/87; -bens importados em consignação ( Acrescido p/ Port. MICT 371/94) VALORAÇÃO ADUANEIRA É o método de acréscimos, deduções e informações complementares para a composição do valor aduaneiro, base de cálculo do imposto de importação. A valoração aduaneira é um mecanismo utilizado pela Secretaria da Receita Federal para ajustar o preço para fins de cálculo do imposto de importação e do IPI nos casos em que o preço não representar a prática de mercado (Ex. sub-faturamento) CUSTO DE IMPORTAÇÃO Antes da elaboração de um custo de importação, devemos conhecer todos os impostos e taxas incidentes sobre o produto a ser importado, como segue: -imposto de importação (II); -imposto sobre produtos industrializados - (IPI); -imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS); -adicional ao frete para renovação da marinha mercante ( AFRMM); -capatazia; armazenagem. Para facilitar o nosso estudo, analisaremos cada um destes tributos isoladamente: - Imposto de Importação: É um imposto de competência da União e está dividido em três tipos de alíquotas: ad valorem, específica e mista.
27 - Alíquota ad valorem : Como regra geral, as mercadorias importadas estão sujeitas a alíquota, representada por uma taxa percentual sobre o valor CIF da mercadoria, ou sobre o preço de referência. - Alíquota específica: Corresponde a uma importância fixa cobradasobre a unidade da mercadoria. Ex: Tantos centavos de dólar por... (unidade, dúzia, milheiro etc.). - Alíquota mista: É aquela que combina as duas tarifas a ad valorem e a específica. As alíquotas de imposto de importação são publicadas no diário oficial, mas, devido a constantes alterações, é impossível acompanhamento eficiente. Para tanto desenvolveu-se uma publicação fiscal, conhecida como Tarifa Externa Comum TEC, onde encontraremos as alíquotas correspondentes ao II e IPI, além das exigência administrativas se houver. Os despachantes aduaneiros, assim como empresas de comércio exterior, normalmente dispõem desta publicação. As alíquotas do imposto de importação variam atualmente de 0 a 70%, sendo que a média está em torno de 14%. Imposto sobre Produtos Industrializados: IPI É um imposto de competência da união, de alíquota ad valorem ou específica, por produto, e incide sobre o valor CIF da mercadoria acrescido do imposto de importação, ou sobre o valor de referência acrescido do imposto de importação. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: ICMS É um imposto de competência estadual. Portanto, cada estado poderá ter seu próprio regulamento. No estado de Santa Catarina, pela legislação em vigor, a alíquota é de 17%, e a base de cálculo é o valor CIF da mercadoria acrescido das despesas aduaneiras. Entende-se por despesas aduaneiras, imposto de importação, IPI, AFRMM, assim como armazenagem e capatazia. Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante: (AFRMM) Decreto-Lei 2404/87 modificado pela Lei 8032/90 É uma taxa que incide sobre o transporte marítimo de longo curso à razão de 25% sobre o valor do
28 frete, 10% para navegação de cabotagem e 5% sobre navegação lacustre ou fluvial. Capatazia: A capatazia compreende os serviços prestadospelo porto ou aeroporto de movimentação e guarda da mercadoria. Estes custos variam de porto para porto. Portanto, não existe uma taxa fixa, normalmente cobrada sobre o peso ou volume da mercadoria. Armazenagem: A armazenagem é a taxa de estadia da mercadoria no porto ou aeroporto. No caso de portos marítimos ou fluviais, a base de cálculo é o valor do CIF da mercadoria. Como por exemplo, podemos citar o porto de Itajaí que cobra, no primeiro período (10 dias), 0.26% sobre o valor CIF da mercadoria; após o 10º dia, 0.11% ao dia. Já o EADI (Entreposto Aduaneiro do Distrito de Itajaí) cobra 0.20% no primeiro período e 0.10% ao dia. No caso dos aeroportos, o valor é cobrado sobre o valor CIF da mercadoria e a alíquota é crescente por períodos de 15 dias. Além das despesas com tributos, temos outras despesas provenientes de prestação de serviços e despesas financeiras que também deverão ser computadas no custo da mercadoria importada. Despesas Financeiras: As despesas financeiras variam principalmente em função da condição de pagamento, embora podemos traçar alguns parâmetros, como por exemplo: - carta de crédito de custo estimado entre 0.8 a 2% sobre o valor da operação financeira. - Cobrança desta despesa cai para 0.5 a 1% sobre o valor da operação. Comissão do Despachante Aduaneiro: Em se tratando de uma prestação de serviços, esta deverá ser negociada antes da chegada da mercadoria ao porto ou aeroporto, para evitar que a mercadoria fique muito tempo armazenada no porto enquanto se discute a comissão do despachante. Cabe também ao despachante a incumbência de credenciar a empresa junto à aduana do porto
29 (Receita Federal). A prática do mercado ensina-nos que devemos estabelecer um valor mínimo e um valor máximo em termos de salários mínimos. Sindicato dos Despachantes Aduaneiros: (SDA) O sindicato dos despachantes é um dos mais antigos do Brasil e, nos portos e aeroportos em que havia sindicato dos despachantes, era cobrada uma taxa a favor do sindicato, paga pelo importador, que correspondia a 10% do valor da comissão. Portanto, o departamento de importação de uma empresa se propõe a receber e analisar a fatura pro forma, que é o primeiro documento, o stater efetivo do negócio, onde depois de trocas de informações o exportador cota o seu produto ao importador (via fax, telex ou carta), com a emissão da fatura pro forma ou pro forma invoice, e/ou pedido de importação a ser encaminhado pelo cliente, verificando sua adequação com normas de importação vigentes, análise do pedido e classificação tarifária. A classificação de produtos técnicos, especialmente químicos, maquinários ou outros de igual complexidade, será indicada pelas áreas técnicas do importador, Acompanhamento do processo de embarque no exterior, seja através de Agências Marítimas/ Transitárias/ Transportadoras contratadas ou diretamente com o exportador e Acompanhamento da legislação de Comércio Exterior de forma a manter o importador informado sobre alterações que possam vir a influenciar no processo/custo das importações.
30 CONCLUSAO O importador objetiva apurar o preço final do produto a ser importado, visando sempre estudar a viabilidade da operação. Preço Final = Preço de exportação + Gastos de importação O preço final é o preço cobrado pelo exportador acrescido dos gastos do importador até o seu destino, gastos esses que variam de acordo com os Incoterms negociados entre as partes. No comércio internacional o importador tem que conhecer com precisão os custos finais, pois um cálculo correto do preço pode garantir a competitividade e lucratividade à empresa. O Gerenciamento de Processos de Importação (G.P.I.) engloba basicamente as tarefas relacionadas com o recebimento do pedido do cliente e primeira análise de adequação do mesmo, seguindo-se com o registro do Licenciamento de Importação via Siscomex, preparativos para abertura da L/C, averbações de seguros, follow-up dos documentos de embarque junto aos exportadores e com a comissária de despachos e atualização do cliente sobre cada etapa do processo. Nesse sentido o departamento de importação de uma empresa se propõe a: - Receber e analisar a fatura pro forma, que é o primeiro documento, o stater efetivo do negócio, onde depois de trocas de informações o exportador cota o seu produto ao importador (via fax, telex ou carta), com a emissão da fatura pro forma ou pro forma invoice, e/ou pedido de importação a ser encaminhado pelo cliente, verificando sua adequação com normas de importação vigentes; - Análise do pedido e classificação tarifária. A classificação de produtos técnicos, especialmente químicos, maquinários ou outros de igual complexidade, será indicada pelas áreas técnicas do importador;
31 - Registro do Licenciamento de Importação, para produtos que necessitem de anuência prévia, ou seja, o LI precederá o embarque da mercadoria nos casos de mercadorias sujeitas a anuência, a controle de cota e de mercadorias usadas com exemplo; - Elaboração e encaminhamento de instruções para abertura de Carta de Crédito para a área de Câmbio, a qual é emitida pôr banco estrangeiro, cuja validade é confirmada por um banco no país, este solicitando a confirmação de um crédito no país, tem assegurado o pagamento do mesmo pelo banqueiro confirmador, mesmo que o banqueiro emissor no exterior venha falir, quando assim negociado e todas as providências subseqüentes.
32 BIBLIOGRAFIA DAEMON, Dalton. Empresas de Comércio Internacional: Organização e Operacionalidade, Blumenau, FURB VAZQUEZ, José Lopes. Comércio Exterior Brasileiro, Editora Atlas, São Paulo BIZZELLI, João dos Santos. Noções Básicas de Importação, São Paulo- Edições Aduaneiras, MAYA, Jayme de Mariz, Economia Internacional e Comércio Exterior, Ed. Atlas, São Paulo, MURTA, Roberto de Oliveira. Controle da Qualidade na Exportação, Rio de Janeiro, Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior, JESUS, Avelino,de. Relações Comerciais Internacionais, São Paulo NORMAS ADMINISTRATIVAS DE IMPORTAÇÃO, Portaria SECEX nº 21 de
33 INDICE AGRADECIMENTO III DEDICATÓRIA IV RESUMO V METODOLOGIA VI SUMÁRIO VII INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I NORMAS ADMINISTRATIVAS DE IMPORTAÇÃO Despacho e Desembaraço Aduaneiro Licenciamento Entreposto Aduaneiro Nacionalização Cargas em Entreposto Aduaneiro 14 CAPÍTULO II CONDIÇÕES DE COMPRA Incoterms Formas de Pagamento Fechamento de Câmbio de Importação 18 CAPÍTULO III FLUXO DE IMPORTAÇÃO Importações Sujeitas à Obtenção de Cota não Tarifária Importações Sujeitas à Emissão de Comunicado de Compra Controle de Preços Exame de Similaridade 24
34 3.5 - Transporte Obrigatório Importações sem Cobertura Cambial Valoração Aduaneira Custo de Importação 26 CONCLUSÃO 30 BIBLIOGRAFIA 32
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