Administração de Redes em Software Livre Aula 04 GNU/Linux Gerenciador de Pacotes, Inicialização e Configuração rede

Transcrição

1 Administração de Redes em Software Livre Aula 04 GNU/Linux Gerenciador de Pacotes, Inicialização e Configuração rede Professor:

2 RPM - Red Hat Package Manager Sistema de Gerenciamento de Pacotes. Originalmente escrito para uso em sistemas Red Hat. Usado hoje em inúmeras distribuições e sistemas, como opensuse, CentOs, Fedora, IBM AIX, Oracle Linux, Scientific Linux, etc. Principal front-end: YUM

3 RPM- Pacotes rpm - Formato Nome - Nome do pacote Versão - maior.menor.nívelpatch Revisão - No de lançamento do pacote Arquitetura - Tipo de sistema do pacote Exemplo: vim-enhanced el6.i686.rpm

4 RPM - Comando rpm - Modos -i -> Instalação -e -> Desinstalação -U -> Atualização -q -> Consulta -V -> Verificação

5 RPM - Modo de Instalação Instalar um pacote: rpm -ivh nome_pacote -v Modo verbose -h Exibir string de # como indicador de progresso --test Testa a instalação sem realizá-la; não usar com vh Obs.: o rpm não resolve dependências automaticamente. Para isso use o front-end yum.

6 RPM - Modo de Atualização Caso especial do modo de instalação rpm -Uvh nome_pacote -v Modo verbose -h Exibir string de # como indicador de progresso O -U instalará um pacote se ele ainda não estiver instalado.

7 RPM - Modo de Desinstalação Desinstalar um pacote: rpm -ev nome_pacote -v Modo verbose --test Testa a desinstalação sem realizá-la.

8 RPM Prática (Instalação, Remoção) 1-Use o wget e baixe o pacote 'blas' : wget el6.i686.rpm 2-Verique a instalação: rpm -i -test blas el6.i686.rpm (dependência pacote 'libgfortran', satisfazer a dependência) 3- Use o wget e baixe o pacote 'libgfortran': wget rtran el6.i686.rpm 4- Verifique a instalação do pacote 'libgfortran': rpm -i test libgfortran el6.i686.rpm (Sem dependências, então, instalar pacote)

9 RPM Prática (Instalação, Remoção) 5-Instalar 'libfortran': rpm -ivh libgfortran el6.i686.rpm 6-Testar novamente a instalação do pacote 'blas': rpm -i -test blas el6.i686.rpm (Sem dependências, então, instalar pacote) 7- Instalar o Pacote 'blas': rpm -ivh blas el6.i686.rpm 8- Remover o pacote blas: rpm -e blas el6.i686 (SEM O.rpm!)

10 Modo de Consulta rpm -q[opções] nome_pacote Opções: -a Lista todos os pacotes instalados no sistema. -f Exibe o pacote que contém determinado arquivo. -p Consulta o arquivo de um pacote nãoinstalado -c Lista apenas arquivos de configuração -l Lista todos os arquivos contidos no pacote -R Lista os pacotes dos quais esse pacote depende -i Exibe informações sobre um pacote instalado

11 RPM - Modo de Consulta - Prática Determinar versão do software de um pacote instalado: rpm -qi blas el6.i686 grep Version Listar os arquivos contidos em um pacote: rpm -ql vim-enhanced el6.i686 Listar arquivos de documentação de um pacote: rpm -qd vim-enhanced el6.i686 Listar arquivos de configuração ou scripts de um pacote: rpm -qc vim-enhanced el6.i686 Listar os pacotes instalados no sistema: rpm -qa Usar em combinação com o comando 'grep' para verificar um pacote especifico' Ex. rpm -qa grep vim

12 Gerenciador de Pacotes YUM Yellowdog Updater, Modified Front-end para o rpm Controla as dependências dos pacotes. Arquivo de configuração do yum: /etc/yum.conf Repositórios: /etc/yum.repos.d

13 Arquivos de Repositórios [nome] name= String que identifica o repos. baseurl= Caminho do repos. mirrorlist= Lista de espelhos enabled=1 Habilitado desabilitado metadata_expire= Expiração metadados gpgcheck=0 Verifica assinatura gpg? gpgkey= Chave gpg a usar Abra o arquivo: Base.repo /etc/yum.repos.d/centos-

14 yum - Comandos mais comuns install -> Instala pacotes no sistema erase -> Remove pacotes do sistema update -> Atualiza pacotes no sistema list -> Lista pacotes ou grupos de pacotes search -> Procura detalhes de pacotes

15 Exemplos do comando yum Verificar todos os pacotes instalados e disponíveis: yum list Coletar informações sobre um serviço específico: yum info httpd Verificar atualizações disponíveis: yum check-update Mostrar os repositórios conhecidos pelo yum: yum repolist Procurar pacotes pelo nome: yum search postfix

16 Exemplos do comando yum: Instalar pacotes yum [-y] install ssh confirmação) Remover pacotes yum [-y] remove blas (-y ignora os pedidos de Mostrar grupos de pacotes e informações yum grouplist Atualização geral de pacotes do sistema: yum [-y] update Atualizar pacote específico: yum [-y] update ssh

17 INICIALIZAÇÃO DO GNU/Linux

18 Etapas da inicialização o GNU/Linux

19 Bootloaders Bootloader (ou carregador de boot) é o programa responsável por carregar o SO... Em cenários multi boot, durante o processo de inicialização do computador, permitem que você escolha qual SO deve ser inicializado; Estão geralmente instalados no MBR (Master Boot Record) do micro (primeiros 512 bytes do disco), mas também podem estar disponíveis em CDs, DVDs ou pendrives, por exemplo. Em ambientes Linux, os bootloaders mais comuns são: GRUB (Grand Unified Bootloader): Carregador mais popular, mais novo e com mais opções e recursos; E, LILO (Linux Loader): Carregador mais simples e antigo.

20 Bootloaders GRUB (Grand Unified Boot Loader): Carregador de boot predominantemente utilizado por sistemas Unix-like ; Arquivo de configuração: Em /boot/grub/menu.lst ; Ou, /boot/grub/grub.conf ; Ou, /boot/grub/grub.cfg ; Ou, /etc/grub.conf. Instalação/reinstalação: Via comando grub-install <dispositivo> (ou grub ); Obs.: Não é necessário reinstalá-lo no sistema após alterar seu arquivo de configuração.

21 Bootloaders # Exemplo de configuração do bootloader GRUB default=0 timeout=5 splashimage=(hd0,0)/grub/splash.xpm.gz hiddenmenu title CentOS ( el6.i686) root (hd0,0) kernel /vmlinuz el6.i686 ro root=uuid=d927820b a0c-9486-f8ddebe05771 rd_no_luks rd_no_lvm rd_no_md rd_no_dm LANG=en_US.UTF-8 SYSFONT=latarcyrheb-sun16 KEYBOARDTYPE=pc KEYTABLE=br-abnt2 crashkernel=auto rhgb quiet initrd /initramfs el6.i686.img Veja o arquivo: '/etc/grub.conf' no seu sistema.

22 Bootloaders LILO (Linux Loader): Carregador de boot genérico para Linux; Arquivo de configuração: Em /etc/lilo.conf. Instalação/reinstalação: Via comando lilo. Obs.: É necessário reinstalá-lo no sistema após alterar seu arquivo de configuração

23 Bootloaders # Exemplo de configuração do bootloader LILO boot=/dev/hda vga=788 prompt default=kurumin timeout=100 append = "splash=silent apm=power-off nomce quiet devfs=mount" image=/boot/vmlinuz kanotix-10 label=kurumin root=/dev/hda1 read-only

24 Bootloaders: Parâmetros de inicialização Alguns parâmetros podem ser passados ao bootloader para a inicialização do sistema, como: Kernel a ser carregado; Alteração do runlevel padrão; Parâmetros de configuração, etc. A maioria dos parâmetros de inicialização é representada pela forma item=valor, adicionados na linha de inicialização do Kernel pelo Bootloader. Para tal, utilizando o GRUB como exemplo, basta, no menu do inicialização editar as linhas de configuração teclando a letra E, adicionar o parâmetro desejado e inicializar o sistema com esse novo parâmetro.

25 Bootloaders: Parâmetros de inicialização

26 Bootloaders: Parâmetros de inicialização Dentre os principais parâmetros que podem ser passados ao carregador de boot para a inicialização do sistema, temos:

27 Bootloaders: Parâmetros de inicialização Dentre os principais parâmetros que podem ser passados ao carregador de boot para a inicialização do sistema, temos:

28 Mensagens de inicialização Durante o processo de boot, diversas mensagens de inicialização são exibidas na tela do host em questão. Mensagens de status, diagnóstico e/ou erros de hardware e/ou software, por exemplo. Se seu host não exibe essas mensagens, provavelmente os parâmetros quiet ou splash estão sendo utilizados durante o processo de boot do sistema Se quiser ver as mensagens, remova esses parâmetros (no bootloader). Pode-se inspecionar essas mensagens utilizando o comando dmesg ou visualizando os arquivos de log /var/log/dmesg e /var/log/messages.

29 Runleves Níveis de Inicialização O processo Init (primeiro processo a existir no sistema) permite definir vários runlevels (níveis/perfis de execução) para o sistema. O runlevel padrão do sistema é definido no arquivo de configuração do processo Init (/etc/inittab), mas também pode ser informado no carregamento do Kernel (via bootloader). Cada runlevel possui um conjunto de serviços a serem iniciados ou parados durante a inicialização do sistema. Alguns runlevels são padrão... 0 (halt), 1 (single) e 6 (reboot). Outros (2 a 5) são determinados pelo distribuidor Linux...

30 Runleves Níveis de Inicialização

31 Runleves Níveis de Inicialização No que se refere ao arquivo /etc/inittab, uma configuração em destaque é a que define o runlevel padrão do sistema. Entrada que contém a definição initdefault. De acordo com o runlevel padrão o sistema pode, por exemplo, inicializar em modo textual ou gráfico... Ex. 1: id:3:initdefault: (modo textual no Linux CentOS) Ex. 2: id:5:initdefault: (modo gráfico no Linux CentOS) Também é possível definir a ação que será realizada a partir da combinação das teclas ctrl+alt+del (por padrão, reboot ). Configurações realizadas em /etc/init/control-alt-delete.conf (quando presente) ou em /etc/inittab.

32 Runleves Níveis de Inicialização Para cada runlevel existe um diretório no sistema em /etc/rc.d : Ex1: /etc/rc.d/rc3.d (para o runlevel 3); Ex2: /etc/rc.d/rc5.d (para o runlevel 5). Em cada um destes diretórios há links que apontam para scripts em /etc/rc.d/init.d : Ex1: S10network -> /etc/rc.d/init.d/network ; Ex2: K20nfs -> /etc/rc.d/init.d/nfs. Os scripts S* e K* são executados na ordem numérica, ao se entrar e sair do runlevel, respectivamente: Scripts S* serão inicializados (Start); Scripts K* serão finalizados (Kill). Verifique o seu diretórios /etc/rc.d/rc3.d

33 Runleves Níveis de Inicialização Outros arquivos comumente encontrados no diretório /etc/rc.d são: rc: responsável por iniciar/parar serviços quando acessamos um runlevel; rc.sysinit: contém diversos comandos que o Init deverá executar (nome da máquina, ativação de swap, ativação dos sistemas de quotas, etc); rc.local: último script a ser inicializado pelo sistema (S99local). É comum haver links simbólicos links simbólicos em /etc para os diretórios e arquivos em /etc/rc.d : Ex1: /etc/rc3.d -> /etc/rc.d/rc3.d ; Ex2: /etc/rc.local -> /etc/rc.d/rc.local.

34 Runleves Níveis de Inicialização Serviços do sistema Conforme descrito anteriormente, cada runlevel possui uma relação de serviços que será ou não inicializado durante o boot do sistema Para tal, no diretório de configuração de cada runlevel há links que apontam para scripts de inicialização dos serviços do sistema. Os scripts S* e K* serão, respectivamente, inicializados ou finalizados ao se entrar e sair do runlevel. No que se refere a definição de inicialização desses serviços durante o processo de boot, isso pode ser realizado: Manualmente, via links simbólicos no diretório do runlevel desejado; Ou, através de ferramentas específicas do sistema.

35 Runleves Níveis de Inicialização Serviços do sistema No que se refere a definição manual de inicialização de serviços do sistema, imagine que você desenvolveu um firewall pessoal e deseja inicializá-lo automaticamente durante o boot do sistema. O script de firewall que você criou está em /root/scripts/firewall e tem o nome de firewall.sh. Nesse contexto, você poderia criar um link para esse script no(s) diretório(s) do(s) runlevel(s) desejado(s). Ex. 1: ln -s /root/scripts/firewall/firewall.sh /etc/rc3.d/s11firewall Ex. 2: ln -s /root/scripts/firewall/firewall.sh /etc/rc5.d/s11firewall Dessa forma, esse script será executado sempre que você

36 Runleves Níveis de Inicialização Serviços do sistema Outra possibilidade é utilizar uma ferramenta para gerenciar a inicialização dos serviços durante o boot do sistema. Uma dessas ferramentas (para Linux's base RHEL) é o chkconfig. Ex. 1: chkconfig --list [ servico ]: lista o status dos serviços conhecidos (ou de servico ) nos runlevels do sistema; Ex. 2: chkconfig --add/--del servico: adiciona/remove servico da lista de serviços do sistema; Ex. 3: chkconfig servico on/off: habilita/desabilita servico na inicialização do sistema (runlevels 2, 3, 4 e 5). Obs.: Pode-se especificar um runlevel específico para manipulação do serviço adicionando o parâmetro --level runlevel ao chkconfig.

37 Runleves Níveis de Inicialização Serviços do sistema CHKCONFIG - Prática 1- Listar o status de todos os serviços: chkconfig list 2- Remover o serviço ip6tables da lista de serviço: chkconfig -del ip6tables 3- Adicionar o serviço ip6tables a lista de serviço: chkconfig -add ip6tables 4 desativar o serviço ip6tables para todos os runlevels: chkconfig ip6tables off 5 ativar o serviço ip6tables para todos os runlevels: chkconfig ip6tables on 4 desativar o serviço ip6tables para todos o runlevel 3: chkconfig - level 3 ip6tables off 5 ativar o serviço ip6tables para todos o runlevel 3: chkconfig level 3 ip6tables on

38 Runleves Níveis de Inicialização Serviços do sistema Outro comando que pode ser utilizado para manipular o estado dos serviços a partir da inicialização do sistema é o ntsysv. Todos os serviços marcados com asterisco serão inicializados no runlevel em questão.

39 Runleves Níveis de Inicialização Serviços do sistema NTSYSV - Prática 1- Utilize o YUM e instale o ntsysv 2- Execute o ntsysv e desabilite os serviços não utilizados no seus sistema; 3- habilite os serviços necessários para o seus sistema.

40 Para a elaboração desses Slides foram utilizado, além de outros documentos públicos na Internet, os Slides dos Professores: Fábio dos Reis e Rafael Fernando Diorio

41