Fronteiras na Regulação de Tarifas: Teoria e Prática

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1 Painel 4 Fronteiras na Regulação de Tarifas: Teoria e Prática Frontiers in Tariff Regulation: Theory and Practice

2 Modelo regulatório: uma história de sucesso O setor elétrico brasileiro sofreu muitos solavancos nos útimos anos: privatização com metodologia de revisão tarifária indefinida, racionamento de , período de rentabilidade negativa, ocorrência de alguns mega-apagões. Apesar disso, o setor vem se aperfeiçoando gradualmente A regulação pelo regime de Tarifa pelo Preço estabelecido na legislação tem produzido bons resultados para a sociedade brasileira: realização de investimentos substanciais no setor melhoria na qualidade do serviço na última década modicidade tarifária: elevação da tarifa abaixo do índice de inflação recuperação da rentabilidade para níveis que asseguram a sustentabilidade do setor 2

3 Investimentos Entre 1999 e 2004 o capital empregado no setor praticamente dobrou. Nos últimos anos ficou estável devido à frustração do crescimento da demanda, mas nos próximos anos será necessário elevar os investimentos para atender ao crescimento da demanda. R$ bilhões crescimento anual de 13,7% crescimento anual de 1,3% Fonte: Stern Stewart Co. / Instituto Acende Brasil. Empresas consideradas: Coelce, Cosern, CFLCL, Coelba-Neoenergia, Celpe, Caiua- Rede, CPFL Paulista, CPFL RGE, CPFL Piratininga, Ampla, Enersul, Escelsa, Bandeirante, CPEE-CMS (até 2000), Eletropaulo, AES Tietê, AES Sul, Light, Cemar, Elektro, Tractebel e Duke. 3

4 Aprimoramento da qualidade Nos últimos 14 anos houve melhoria substancial do serviço 30 Evolução da continuidade do serviço Redução de 30% na duração de interrupções Redução de 48% na freqüência de interrupções DEC FEC Fonte: Aneel / Elaboração: Instituto Acende Brasil. 4

5 Aprimoramento da qualidade 29,0% Evolução das perdas não-técnicas 28,0% 27,0% 26,0% 25,0% Redução de 13,4% 24,0% 23,0% 5 22,0% Fonte: Aneel / Elaboração: Instituto Acende Brasil. Nota: Perda não-técnicas média ponderada pelo mercado baixa tensão

6 Aprimoramento da qualidade Fornecimento de energia elétrica é o serviço público mais bem avaliado pela população 6 Fonte: Pesquisa CNI / Ibope (2011).

7 Modicidade tarifária Evolução das tarifas de energia relativo a inflação geral jun/94 jun/95 jun/96 jun/97 jun/98 jun/99 jun/00 jun/01 jun/02 jun/03 jun/04 jun/05 jun/06 Energia Elétrica (IPCA: preços monitorados) IGP-M Fonte: Abradee / Tendências Consultoria Integrada (2009) jun/07 jun/08 Nos últimos quatro anos as taxas de variação dos preços monitorados têm em geral se mantido abaixo do centro da meta e auxiliado a segurar a inflação, com exceção de Tal resultado se deve principalmente aos preços de combustíveis, telefonia e energia elétrica. - Ipea (2011). A dinâmica da Inflação Brasileira: Considerações a partir da desagregação do IPCA 7

8 Rentabilidade Após anos de desequilíbrio, a sustentabilidade financeira foi alcançada Valor Econômico Adicionado (Economic Value Added - EVA ) R$ bilhões Após repetidas crises, o setor finalmente deixou de apresentar rentabilidade negativa Fonte: Stern Stewart Co. / Instituto Acende Brasil. Empresas consideradas: Coelce, Cosern, CFLCL, Coelba-Neoenergia, Celpe, Caiua- Rede, CPFL Paulista, CPFL RGE, CPFL Piratininga, Ampla, Enersul, Escelsa, Bandeirante, CPEE-CMS (até 2000), Eletropaulo, AES Tietê, AES Sul, Light, Cemar, Elektro, Tractebel e Duke. O EVA é um bom indicador do equilíbrio econômico-financeiro porque considera o custo de oportunidade de todos os fatores de produção empregados, inclusive o custo de capital. 8

9 Mas e o futuro? O futuro do setor requer a superação de vários grandes desafios: Aprimorar a metodologia de revisão de tarifas Proporcionar melhor sinalização de preços para os consumidores Estabelecer condições propícias para a implementação de Redes Inteligentes Acirrar a concorrência 9

10 Regulação tarifária As tarifas de energia elétrica são reguladas pelo regime de preço-teto (pricecap regulation). Características do regime regulatório e seus benefícios Desacoplamento entre a tarifa e o custo efetivamente incorrido pela concessionária durante o ciclo tarifário Proporciona incentivos para que a empresa busque minimizar os custos Revisão tarifária com periodicidade fixa Elimina o viés de pedidos de revisões somente quando os custos sobem Revisão periódica dos custos definida com base em técnicas de benchmarking (regulação por comparação) Promove uma concorrência indireta entre concessionárias para boa gestão 10

11 Mudanças metodológicas Aneel propõe diversas mudanças metodológicas no regime regulação tarifária, dentre as quais destacamos: Custos Operacionais empresa modelo Análise Envoltória de Dados (Data Envelopment Analysis - DEA) Questionamentos: Os modelos seriam suficientemente robustos? Os modelos contemplam as dimensões necessárias? A base de dados é coerente? Fator X Repasse de ganhos de produtividade esperado no próximo ciclo baseado em Produtividade Total dos Fatores medido pelo Índice de Tornqvist no ciclo tarifário anterior Questionamentos: Os ganhos de produtividade passados são um bom indicador dos ganhos futuros? Em que medida os ganhos de produtividade são obtidos passivamente ou são fruto dos esforços das empresas? 11

12 Mudança na filosofia tarifária - Fator X A revisão tarifária em curso prevê repasse de todo ganho de produtividade esperados dentro do mesmo ciclo tarifário, em vez de compartilhamento dos ganhos esperados como nos ciclos tarifários anteriores. 12

13 Efeito catraca As últimas revisões tarifárias da Aneel têm resultado na redução da tarifa de energia elétrica. O repasse de ganhos de produtividade beneficia os consumidores, mas... uma pressão exacerbada pelo Regulador para redução das tarifas reduz a recompensa pelo esforço dispendido para obter ganho de produtividade desestimulando a inovação e a busca de maior eficiência prejudica o consumidor no longo prazo. Para conter esse efeito desestimulador, poder-se-ia limitar o Fator X a um compartilhamento dos ganhos de produtividade e aumentar o prazo entre revisões tarifárias. 13

14 Revisão da estrutura tarifária A Aneel também está promovido revisão da estrutura tarifária para melhor refletir condições atuais. A atualização é importante para proporcionar uma sinalização de preços adequada para que os consumidores possam utilizar a rede e os recursos energéticos de forma mais eficiente. Porém, é preciso proporcionar flexibilidade para melhor contemplar as peculiaridades de cada concessão. O advento das redes inteligentes abre as portas para mudanças muito significativas. A implementação de medidores eletrônicos possibilita a adoção de novas formas de tarifação (no limite permite precificação em tempo real). Novos usos e nova forma de operar a rede requererá constante revisão e reformulação da estrutura tarifária. 14

15 Redes Inteligentes Avanços tecnológicos ocorridos nas últimas décadas no sensoriamento telecomunicações e tecnologia de informação aplicado aos sistemas de distribuição pode proporcionar uma série de benefícios A implantação de redes inteligentes possibilita: uso otimizado de recursos e equipamentos; acomodação de variadas opções de geração; maior confiabilidade decorrente de sistema preditivo, adaptativo e autorecuperável; e interação com clientes. Será a regulação um entrave à implementação de redes inteligentes? 15

16 Concorrência varejista O Mercado Livre no Brasil é limitado a consumidores com demanda mínima de kw ( Consumidor Livre ) ou acima de 500 kw para compra de fontes alternativas ( Consumidor Especial ). Diversos países tem introduzido a concorrência no fornecimento ao cliente final, inclusive para clientes residenciais. A experiência tem produzido bons resultados? A comercialização de forma desagregada pode ocasionar ineficiências?? Como assegurar a livre concorrência em condições isonômicas? 16

17 Questões para reflexão Regime regulatório: Processo evolutivo Como promover aprimoramentos metodológicos sem rupturas e sem introduzir incertezas desnecessárias? A concorrência indireta via regulação por comparação (benchmarking) é eficaz? O que fazer com concessionárias que entram em desequilíbrio econômico-financeiro por baixo desempenho? Qual é o grau de detalhamento ideal na regulação de tarifas de energia elétrica? Como criar um ambiente regulatório flexível que estimule o surgimento de novos serviços, novas estruturas de tarifa, novas formas de atuação do distribuidor? A ampliação dos consumidores elegíveis a adquirir energia de outros fornecedores é desejável? Redes Inteligentes : Como ensejar as mudanças desejadas? Como pode-se identificar as prioridades e anseios dos consumidores? Até que ponto prioriza-se a qualidade de fornecimento ou a modicidade tarifária? Como pode-se tornar as concessionárias mais responsivas aos anseios dos consumidores? Como promover a microgeração distribuída? Qual é o papel do Regulador nesse processo: líder, coadjuvante, mediador ou observador? 17

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