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1 VII COLÓQUIO INTERNACIONAL MARX E ENGELS TITULO: Programa Minha Casa Minha Vida: uma solução burguesa para a questão da habitação no Brasil. AUTOR: Jadson Pessoa da Silva Mestrando em Desenvolvimento Socioeconômico UFMA. Professor do Instituto Federal do Maranhão IFMA. GT 4: Economia e Política no capitalismo contemporâneo. 1. INTRODUÇÃO De acordo com pesquisa realizada pela Fundação João Pinheiro FJP (BRASIL, 2009), o déficit habitacional brasileiro, sobretudo, no norte e nordeste e nas regiões metropolitanas do país continua sendo uma questão social longe de ser solucionada em sua plenitude, representada por uma forte concentração do déficit habitacional na população de menor faixa de renda. Uma vez que cerca de 90% do déficit habitacional brasileiro em 2007 encontrava-se na faixa da população que recebe até três salários mínimos (Idem,ibidem). Observa-se dessa forma que a demanda por habitação, sobretudo a de interesse social, precisa ser objetivada, pois a moradia adequada é um elemento essencial da própria dignidade da pessoa humana (CF, 88 art.7) sendo um direito social que os governos devem promover por meio de programas de habitação e saneamento básico pelas três esferas de poder. Assim, entre outras manifestações, a busca do alinhamento entre oferta de crédito e o objetivo social das políticas habitacionais devem ser buscadas e analisadas em todas as suas grandezas, ainda mais se tratando de uma mercadoria de elevado valor final que depende de sobremaneira de esquemas ou arranjos de financiamento de longo prazo (SANTOS, 1999). Desse modo ganha cada vez mais espaço na agenda do governo as políticas públicas direcionados para a questão da moradia, seja por meio de expansão do crédito, novos esquemas de financiamento ou incremento de subsídios para a população de baixa renda. Buscando assim combater as mazelas, que segundo o governo, é causada pela falta de investimento no setor, e com isso combater, o adensamento excessivo de famílias, moradias inadequadas, ocupação urbana desordenada, através de favelas e cortiços (BRASIL, 2009). Dessa forma, faz-se indispensável entender de forma sistemática essas políticas públicas de financiamento habitacional, diante do processo de mundialização do capital (CHESNAIS, 1996) onde cada vez mais a população da baixa renda torna-se marginalizada do processo de construção do capital. E principalmente, quando levamos em conta que os programas habitacionais injetam bilhões de reais no mercado, provenientes da liberação de recursos oriundos desses financiamentos habitacionais, que nada mais são um grande volume de mais-valia acumulada via capital usurário (MARX, 1983) sendo liberada via mercado financeiro. A proposta dessa comunicação é, portanto, analisar o Programa do Governo Federal intitulado Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que tem como

2 objetivo construir 1 milhão de moradias, por meio de investimentos de R$ 34 bilhões e assim reduzir o déficit habitacional em 14%. E assim, verificar de que forma tal Programa apresenta-se como solução do problema da falta de moradias e, deste modo, responder uma grande indagação que Engels já havia feito em 1872 qual seja, como resolver então a questão da habitação? (ENGELS, 1887, p.18). 2. METODOLÓGICA E O PAPEL DO GOVERNO Quando passamos à analisar a questão habitacional, a primeira questão consensualmente a ser levantada, diz respeito à própria nomenclatura de déficit habitacional, que segundo o estudo realizado pela Fundação João Pinheiro FJP (BRASIL, 2009) sobre a mensuração do déficit habitacional no país, por meio de contrato celebrado entre a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades e a FJP em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), apresenta um conceito mais amplo sobre a questão habitacional, chamado de Necessidades Habitacionais, onde esse conceito é dividido em dois seguimentos distintos e não excludentes: o déficit habitacional e a inadequação de moradias. Nosso estudo fará um recorte apenas no conceito de déficit habitacional, por se trata do conceito da inadequação de moradias como sendo as unidades que não proporcionam condições desejáveis de habitação, o que não implica, contudo, necessidade de construção de novas moradias, pois, seu dimensionamento visa ao delineamento de políticas complementares à construção de moradias, voltadas para a melhoria dos domicílios já existentes (Idem,ibidem). Assim a mensuração do déficit habitacional calculada pela FJP deve ser entendida da seguinte forma: O conceito de déficit habitacional utilizado está ligado diretamente às deficiências do estoque de moradias. Engloba aquelas sem condições de serem habitadas devido à precariedade das construções ou em virtude de desgaste da estrutura física. Elas devem ser repostas. Inclui ainda a necessidade de incremento do estoque, devido à coabitação familiar forçada (famílias que pretendem constituir um domicilio unifamiliar), aos moradores de baixa renda sem condições de suportar o pagamento de aluguel e aos que vivem em casas e apartamentos alugados com grande densidade de pessoas. (Idem,ibidem, p.16, grifo nosso.). Diante disso, o presente estudo assume a concepção adotada pela Fundação João Pinheiro FJP (BRASIL, 2009) sobre o déficit habitacional que é: [...] em uma sociedade profundamente hierarquizada e extremamente desigual como a brasileira não se deve padronizar as necessidades de moradias para todos os estratos de renda. Quando se trabalha com índices sociais numa realidade desse tipo, o desafio enfrentado é grande. Por um lado, é mais cômodo e simples para o analista seja do ponto de vista técnico ou de justificação política fazer tábua rasa dessa complexidade social e utilizar parâmetros idênticos para tratar a

3 questão habitacional. Por outro, essa postura acarreta problemas substantivos: os índices assim levantados acabam sendo de menor serventia para tomadas de decisão do poder público. (Idem,ibidem, p.13). E concluímos nossa concepção metodológica das demandas habitacionais com um segundo pressuposto que é a discussão do tema habitacional possui fortes interfaces com outras questões recorrentes e complementares. É inadequada uma abordagem setorial que busque reduzir a complexidade do habitat a um déficit habitacional stricto sensu (Idem,ibidem). Sendo assim, a questão habitacional representada por toda uma luta de classe histórica, complexa e contraditória, inerentes ao próprio modo de produção capitalista, e que não pode ser reduzida a concepções estanque e neutra que os capitalistas utilizam na tentativa de materializar a exploração do trabalhador e de ampliar o capital financeiro rentista através de programas que visam a valorizam fundiária, sendo deste modo um típico discurso burguês (ENGELS, 1873, p. 26) objetivando à especulação imobiliária ou exploração de alugueis. Dessa forma as demandas habitacionais à luz do desenvolvimento capitalista devem ser compreendidas como um processo de financeirização das economias capitalistas (CHESNAIS, 1996). Sendo assim, como salienta CHESNAIS (1996), dada a mundialização do capital e tendo como base o desenvolvimento das economias capitalistas o papel do Governo é cada vez maior na intervenção do sistema de crédito habitacional ainda mais quando a mercadoria moradia possui especificidades que justificariam a atuação governamental no mercado habitacional, que segundo SANTOS (1999) são: (1) A habitação é um bem muito caro, de modo que sua comercialização depende muito de esquemas de financiamento de longo prazo aos demandantes finais. (2) A habitação é uma necessidade básica do ser humano, de modo que toda família é uma demandante em potencial do bem habitação. (3) A habitação responde por parcela significativa da atividade do setor de construção civil, que, por sua vez, responde por parcela significativa da geração de empregos e do PIB da economia. Dessa forma, acrescenta MORAIS (2002, p.110) justificando a interferência do governo por se tratar de um bem meritório, que apresenta elevadas externalidades positivas em termos de bem-estar social. Assim sendo o papel do governo seja na regulamentação financeira, seja na própria construção direta de moradias ou qualquer outro instrumento legal, institucional ou político são indispensáveis, sobre tudo, na inserção da população mais carente. Para Engels essa é uma questão que vai muito além de qualquer tipo de análise rasa que os economistas burgueses traçam na tentativa de delimitar um tema complexo e contraditório, que transcende a materialidade da aparência, de tal sorte que, devemos procurar observar o movimento do capital envolvido, dos atores do processo e encontrar

4 na materialidade da contradição do modo de produção capitalista as verdadeiras causas que move o capitalismo contemporâneo brasileiro em torno do problema da falta de habitação. Dessa forma, o Estado segundo ENGELS (1887), se insere nesse processo como mero representando do poder econômico por ele investido, pois, é claro como a luz do dia que o Estado atual não pode nem quer remediar a praga da habitação. O Estado não passa do poder conjunto organizado das classes possuidoras, dos proprietários e capitalistas contra as classes exploradas, os camponeses e operários (ibidem, p.39). Desse modo, como o Estado segundo o autor, é uma representação político legal institucionalizado para representar a classe dos proprietários dos meios de produção, hoje, do grande capital financeiro, e que assim os capitalistas tomados individualmente, não querem, também o seu Estado não quer (idem, ibidem) o fim da praga da falta de moradia para a classe de menor renda. Por que então o Estado aliado ao grande capital financeiro não quer por um fim a falta de moradia? Seria porque não fosse rentável? Segundo Engels, essa não seria a resposta, segundo o autor, todo o investimento de capital que satisfaça uma necessidade é rendível se explorado racionalmente. ROLNIK (2012) em artigo publicado em seu site acrescenta que se a solução para o déficit habitacional fosse apenas dinheiro, seria fácil. Então, a questão é precisamente entender como o capitalismo brasileiro busca solucionar o problema da falta de habitação? 3. PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA COMO A BURGUESIA RESOLVE O PROBLEMA DA FALTA DE MORADIA A primeira fase do Programa Minha Casa, Minha Vida - (MCMV), iniciou suas ações no dia 25 de março de 2009 por meio da Medida Provisória Nº 459, e convertida na Lei de 7 de julho de Teve como finalidade inicial a concessão de financiamento de 1 milhão de unidades residenciais urbanas, para famílias de até dez salários mínimos, totalizando um investimento inicial de R$ 34 bilhões que será conduzido por seus agentes financeiros, Caixa Econômica Federal - CEF e o Banco Nacional de Desenvolvimento Social BNDES, com o intuído de reduzir o déficit habitacional brasileiro em 14%, além de geração de emprego e renda 1. 1 Dados do folheto de divulgação do Programa e do site: acessado em: 01/10/2009.

5 Deste modo, segundo o governo, o Programa seria duplamente atraente: estimularia a economia com uma medida anticíclica para um período de crise financeira mundial, gerando empregos e aquecendo a economia nacional, e enfrentaria uma questão social histórica da sociedade brasileira, que é a total precariedade das moradias da população de baixa renda. Como podemos observar o Programa traz consigo uma forte preleção de uma política tipicamente Keynesiana anticíclica para momentos de crise de demanda efetiva. No entanto, a presente comunicação busca dar maior relevo a uma questão principal: será que o Programa busca efetivamente solucionar o problema da falta de habitação por meio da inserção da população de baixa renda e desmontar com isso um problema nacional ou seria o de fortalecer a lógica do capital fictício especulativo? Para analisar tal questionamento devemos ter em mente que quando o Estado inclui em sua agenda programas que buscam intrinsecamente uma resposta social a problemas nacionais como é a questão da moradia, logo é apresentado como uma resposta definitiva para a sociedade, e esse argumento vem se repedindo desde o extinto Banco Nacional de Habitação - BNH e de forma mais acentuada no Programa Minha Casa Minha Vida, este último como sendo um Programa que irá reduzir o déficit habitacional brasileiro e que incluirá a população de baixa renda tradicionalmente excluído do sistema habitacional de crédito. E quando tal política vem acompanhada do discurso de que é também uma resposta do Estado como sendo uma medida anticíclica para a crise econômica mundial de 2009, esses argumento se amplia de sobre maneira. Mas, subjacente a tudo esse contexto, os programas são formulados com um intuito de beneficiar determinadas classes, ou seja, elegem-se certos setores da sociedade que serão os efetivos beneficiados. De tal modo que, as políticas podem apresentar na aparência do concreto que determinadas classes sociais serão os beneficiados, mas, quando passamos para a essência do concreto podemos encontrar os reais eleitos pelo Estado. Dito disso, então qual seria realmente a solução que o Programa do Governo Federal traz para resolver o problema da falta de moradia? Pois, o discurso vulgar já está totalmente difundido pelos sistemas midiáticos e na retórica dos políticos. Buscaremos então analisar o Programa para entender os meandros da idealização e solução dessa política pública de habitação. Com uma meta ambiciosa de construir 1 milhão de moradias o governo dividiu a quantidade de moradias a serem construídas por faixas de renda, apresentando

6 as seguintes metas para o Programa Minha Casa Minha Vida: 400 mil moradias para famílias com renda de até 3 salários mínimos; 200 mil moradias para famílias que recebam mais de 3 até 4 salários mínimos; mais 100 mil moradias, para quem recebe de 4 até 5; 100 mil moradias para as famílias que recebem mais de 5 a 6 salários mínimos e por fim para as famílias que recebem mais de 6 até o limite do programa que é de 10 salários mínimos tendo como meta para ser construídas 200 mil habitações 2. Da forma com que é apresentado pelo governo com cifras gigantes, seja em número de habitações seja em valor a ser financiado, aparenta que o Programa é realmente ambicioso no que tange a solução da problemática histórica da habitação. Sem inter-relacionar com outras questões, ou ainda, com tantas subdivisões por faixa de renda e de forma neutra e isolada, torna confuso o entendimento dos reais objetivos das metas adotada pelo governo, não deixando claro, entre outras questões, os seguintes questionamentos: essas metas adotadas pelo Governo estão alinhadas com as reais necessidades de moradias do país? A população de baixa renda, que é o objetivo de uma verdadeira política social de habitacional, está sendo privilegiada? Para tentar responder a tais questionamentos construímos alguns simples cruzamentos de informações, que podemos iluminar respostas preliminares a essas indagações. Com esse objetivo, a Tabela 1 busca fazer o primeiro contato com a realidade do Programa ao fazer um cruzamento entre as metas do Programa e a configuração do déficit habitacional brasileiro por faixas de renda, em salários mínimos, apresentados pelo governo para o ano de Tabela 1 DÉFICIT HABITACIONAL E METAS DO PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA - DISTRIBUIÇÃO DO DÉFICIT POR FAIXA DE RENDA Faixa de Renda (em SM) Déficit por Faixa de Renda Déficit por Faixa de Renda - Valor Absoluto Meta de moradias do Programa - por Faixa de Renda Meta de moradias do Programa por Faixa de Renda (%) % do Déficit Atendido por Faixa de Renda O a 3 sm 91% % 6% 3 a 6 sm 7% % 83% 6 a 10 sm 2% % 116% TOTAL 100% % 14% Fonte: Elaboração própria com base nos dados do Programa Minha Casa, Minha Vida e do Déficit Habitacional da FJP (2009). Nota: sm: Salário Mínimo. 2 Dados do folheto de divulgação do Programa e do site: acessado em: 01/10/2009.

7 Em 2009 o déficit total de moradias estima pelo governo foi de 7,2 milhões de moradias, onde 91% desse total ou moradias corresponde a população que recebe até 3 salários mínimos, se somarmos a faixa de renda de até 6 salários mínimos serão mais 7% ou moradias, totalizando 98% do total do déficit para o país (Tabela 1). E da faixa da população que ganha de 6 a 10 s.m. (teto de financiamento do Programa) são moradias ou simplesmente 2% do total do déficit do país. Resgatando as metas do Programa, o objetivo do governo é construir 400 mil para a faixa de renda de até 3 salários mínimos e mais 400 mil para a população com renda de até 6 salários mínimos, também incluído na tabela precedente. Agora quando fazemos o cruzamento das metas do Programa MCMV e o déficit habitacional podemos chegar a algumas conclusões da real solução que o Governo quer dar com o Programa MCMV. Ainda tomando como mediação os dados inseridos na Tabela 1, na coluna - Meta de moradias do Programa por Faixa de Renda (%) - foi calculado em termos percentuais as metas do Programa por faixa de renda pelo total a ser construído conforme é apresentado pelo Governo. Os valores relativizados são dessa forma, não muitos diferentes dos valore absolutos. No entanto, quando fazemos o cruzamento da meta do Programa pelo total do déficit a ser atendido é que realmente ficam claras as pretensões do Governo. Na coluna da referida tabela chamada - % do Déficit Atendido por Faixa de Renda é apresentado em termos percentuais às metas do Programa para debelar os déficits por faixa de renda. Assim, com um de déficit de inacreditáveis 91% do total da população mais carente o Governo deseja dirimir esse percentual em pífios 6%, ou seja, uma gota no oceano, isto é, a essência do Programa em relação ao déficit habitacional da população de menor renda é de reduzir o de 91% para 85%, ou em termos absolutos, caso as metas sejam atendidas em sua plenitude reduzirá de para de moradias. Para a classe intermediaria a ser atendida pelo Programa (de 3 a 6 s.m.) o governo foi bastante benevolente na formatação do Programa MCMV, tendo como meta reduzir o déficit em 83% do déficit, i.e., de um total do déficit de moradias o Programa tem como objetivo reduzir para , ou seja, irá construir mil habitações, nada mal para uma classe média que está em expansão no país. No entanto, o mais espantoso é quando passamos a decompor a faixa da população de maior poder aquisitivo (a pequena burguesia) que vai de 6 a 10 s. m.. A meta do governo é não somente debelar por completo o déficit habitacional para essa

8 faixa de renda como tornar essa população 16% positivos, ou seja, todas as famílias dessa faixa de renda não só irão ter uma moradia como 16% dessa população terá mais de uma! A conclusão, portanto é que o problema da falta de moradia e tratado não como uma busca de solucionar a falta de moradia para a classe operária mais essencialmente de favorecer a classe de maior poder, pois segundo Engels (1887, p.10) esta falta de habitação só dá tanto que falar porque não se limita à classe operária, mas também atingiu a pequena burguesia sendo está a essência da solução burguesia da falta de habitação, pois segundo ainda o mesmo autor, a pequena burguesia está diretamente interessada nesta questão. Mas também a grande burguesia tem nela um interesse muito significativo (Idem, Ibidem) como, por exemplo, a especulação imobiliária e o rentismo. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Então como solucionar a problema da falta de habitação? Segundo ENGELS: [...] ela é um produto necessário da forma burguesa de sociedade; que não pode existir sem falta de habitação uma sociedade em que a grande massa trabalhadora depende exclusivamente de um salário, ou seja, da soma de meios de vida necessária à sua existência e reprodução. (ibidem, p.25) No entanto, a própria característica do bem habitação vem se metamorfoseando no decorrer dos tempos, deixando de ter um valor de uso para ter um valor de troca intrínseco (LEFEBVRE, 1969), i. e., a sociedade cada vez mais está buscando habitações que não sirvam simplesmente como moradia, mas, sobretudo, que possam de alguma forma se inserirem no mercado especulativo e em alguns casos como rentistas através do alugues dos imóveis. Sendo assim, quando passamos a analisar o Programa MCMV numa perspectiva de entender a solução dada para resolver o problema da falta de habitação, podemos concluir que o Estado atrelado ao grande capital tem corroborado para que o mercado habitacional se transforme efetivamente em um mercado atrelado à lógica bancária e da especulação imobiliária. Para atingir tal conclusão construímos uma tabela que relaciona as metas do Programa com as reais necessidades de moradia do país e foi verificado para população que possui renda de 6 a 10 salários mínimo, que os objetivos do Estado é, não somente exterminar com o déficit habitacional como fazer com que cerca de 16% dessa

9 população possuam mais de uma moradia, ou seja, algumas dessas famílias ou iram adquirir esse imóveis na ânsia de uma valorização fundiária futura atrelada ao que é chamado de um boom imobiliário ou ainda se tornaram rentistas no mercado de alugues de moradias. E quando passamos a analisar a população de baixa renda que é onde se encontram as reais demandas por moradia o quadro é invertido, ou seja, caso as metas sejam atingidas o governo irá diminuir o déficit por moradia dessa população em 6% de um total atual de 91%. Sendo dessa forma caracterizando essa política habitacional não como uma política habitacional de interesse social mais, sobretudo voltada para o mercado. Podemos assim, concluir que a solução que a burguesia oferece é uma política tipicamente Keynesiana contra a crise mundial de 2009 e a reafirmação da lógica rentista e valorização fundiária incluindo somente a população de alto poder aquisitivo e renegando a população tradicionalmente excluída do sistema de crédito habitacional o direito a moradia. Tal conclusão não é mera coincidência, pois, segundo ainda Engels (ibidem, p.25) o sociedade capitalista a qual estamos inseridos, a falta de habitação não é nenhum acaso, é uma instituição necessária e, juntamente com as suas repercussões sobre a saúde, etc., só poderá ser eliminada quando toda a ordem social de que resulta for revolucionada pela base. Assim, ao analisarmos o Programa MCMV verificamos como a burguesia resolve na prática a questão da habitação (ibidem, p.42). Ou seja, não resolve, e ainda aprofundar as contradições entre as classes sociais do modo de produção capitalista.

10 REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado Federal, Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Habitação. Déficit habitacional no Brasil 2007 / Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Habitação. Brasília, CHESNAIS, François. A Mundialização do Capital, São Paulo. São Paulo: Xamã, ENGELS. Friedrich, Para a Questão da Habitação. Obras Escolhidas, Editorial "Avante!". Publicado segundo o texto da edição de Disponível em: < > Acesso em: 10 Nov LEFEBVRE, H. O direito à Cidade. São Paulo: Editora Documentos, MARX, K., O Capital: Crítica da Economia Política. São Paulo: Abril Cultural, volumes 1, SANTOS, C. H. M. Políticas Federais de Habitação no Brasil: 1964/1998. Brasília: IPEA - Texto para Discussão nº 654, jul MORAIS, Maria da Piedade. Breve Diagnóstico sobre o Quadro Atual da Habitação no Brasil. Políticas Sociais acompanhamento e análise nº 4, IPEA, Brasília, P. 110 a 118. ROLNIK, Raquel. Se a solução para o déficit habitacional fosse apenas dinheiro, seria fácil. Disponível em: Acessado em: 11/02/2012.

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