Modular Direito Tributário Apostila Giuliano Menezes

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1 Modular Direito Tributário Apostila Giuliano Menezes 1

2 MÓDULO I DIREITO TRIBUTÁRIO RECEITAS ESTATAIS ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO 1. Receita/ Despesa O Estado como qualquer pessoa ou empresa precisa de uma receita para cumprir com as suas despesas Receitas - Originárias São as que decorrem/ defluem do próprio patrimônio do Estado. O Estado tem esta receita em função do próprio patrimônio. O Estado excepcionalmente pode exercer atividade econômica. Ex. Petrobrás (sociedade de economia mista), assim como o foro anual cobrado de que ocupa terrenos de marinha. É estudado no direito Administrativo. - Derivadas (tributos) Decorrem do patrimônio do particular, NÃO são obtidas a partir do patrimônio do Estado e sim do Particular. Ex. Tributos (IPTU, IPVA, IR...). No Direito Tributário nos preocupamos com as receitas derivadas como sendo nosso objeto de estudo (Fisco/Contribuinte). ** Cada vez mais o Estado depende das receitas derivadas, pois o Brasil fez opção pelas privatizações. 2. Direito Financeiro x Direito Tributário O Direito Tributário na sua origem integrava o Direito Financeiro. No entanto, ganhou autonomia, pois o Direito Financeiro se preocupa com o fenômeno financeiro completo ( receitas e despesas), tais como a aprovação da lei orçamentária, a aprovação da LDO, dentre outros assuntos pertinentes ao orçamento, sendo que ao longo do século XX a 2

3 questão tributária passa a ter relevância maior. Esta relação tributária é conflituosa, pois o particular quer pagar menos tributo e o Estado quer arrecadar mais, surgindo a necessidade de um regramento constitucional e infraconstitucional que discipline a relação FISCO- CONTRIBUINTE. 3. Princípios Constitucionais Tributários 3.1 Princípio Federativo O Brasil é uma federação, onde o poder está descentralizado, pois existem várias instâncias de governo: União, Estados/DF e Municípios. O Brasil é uma federação sui generis porque o município também é considerado ente federativo. O princípio federativo é uma cláusula pétrea. Entes integrantes de uma Federação ( Art. 18 CF) União. Estados/DF e Municípios são autônomos). - União - Estados/ DF - Municípios 4. Características de uma Federação- É possível citar algumas características de uma federação. - Eleições próprias No Brasil, cada ente federativo tem suas próprias eleições. A investidura de um Prefeito, por exemplo, não depende da vontade do Governador ou do Presidente da República. - Competência Administrativa própria para prestar serviços públicos Função principal do Estado. Os entes federativos recebem do texto constitucional competência para prestar serviços públicos próprios. O país opta pela Federação para melhorar a prestação do serviço público, comum em Estados geograficamente grandes. - Autonomia Administrativa A organização político administrativa do Brasil compreende em União, Estados/DF e municípios com autonomia 3

4 do ponto de vista administrativo, com capacidade de se autoadministrar. - Competência Tributária própria - Não existe autonomia sem dinheiro isto é essencial para fazer valer a federação. IR União, IPVA- Estado, IPTU Município. Para que seja autônomo realmente cada ente que integre a federação tem competência para tributar. A CF prevê impostos para cada ente essencial para fazer valer a autonomia.nos arts. 153, 154, 155 e 156 da Constituição Federal estão elencadas as competências dos entes federativos para a instituição dos impostos. A união concentra ainda grande parte dos impostos, mas comparado-se com o Brasil, antes da atual Constituição, houve um avanço muito grande, principalmente em relação aos municípios, que atualmente possuem uma situação financeira muito melhor do que a que existia anteriormente. IMPORTANTE Além da competência Tributária, qual seria a outra forma através da qual os Estados e Municípios podem auferir receitas derivadas? Através das receitas da União que são repassadas para os Estados e para os Municípios, e também receitas do Estado que são repassadas para os Municípios. Essas receitas derivadas são transferidas, Ex. O que a União arrecada com IR e IPI grande parte será repassado (Arts e 159 CF). O IPVA arrecadado pelo Estado será em parte repassado para o município. A CF determina este repasse, pois além da competência própria para tributar, os Estados/DF e Municípios também possuem essas receitas que lhe são transferidas. DISTRIBUIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS Atribuição da Competência Tributária 4

5 Outra Forma: Receitas Transferidas, além da própria competência tributária, os Estados e municípios recebem receitas transferidas por outro ente. Ex. FPE (21,5%) e FPM (22.5%) FPM. Quem fiscaliza é o TCU. A União e o Estado não ficam com 100% do que arrecadam. O porquê desse repasse? Primeiramente, o tributo existe onde estão as riquezas ou presunção de riquezas, ou seja onde há consumo, onde há poder de compra. Vamos partir da hipótese de um município localizado no sertão central do estado do Ceará com habitantes Os impostos municipais previstos nos arts 156 CF são (IPTU, ISS, ITBI). Nesta hipótese, não existirá muita transferência de bens imóveis, pois a quantidade de imóvel vendido é mínima e quando existem imóveis à venda, o valor é muito pequeno, chegando a ser irrelevante, desta forma a arrecadação através do ITBI será quase inexistente. Em relação ao ISS, sabe-se que o setor de serviços é próprio de cidades mais desenvolvidas. Em relação ao IPTU, a arrecadação será baixa devido ao valor do imóvel e parte desses imóveis são isentos de IPTU. Nesse caso, o município tem baixa receita tributária, mas tem obrigações e competências constitucionais de prestar serviço público. Em razão disso, é necessário receber essas receitas (derivadas) transferidas através do FPM e do FPE, existindo municípios que recebem mais receitas transferidas do que receitas oriundas de sua competência tributária. Competência Tributária Poder de Tributar juridicamente limitado É o poder de tributar juridicamente limitado; O que está limitando? A CF é quem limita, Ex. União não pode tributar IPVA, um ente não pode invadir a competência tributária de outro ente. Formas de Competência Tributária: - Competência Exclusiva Exs. Arts 153,155,156 CF A Competência exclusiva existe em relação aos Impostos. CTN Imposto é um tributo independente de qualquer atividade estatal específica à pessoa do contribuinte. Não está associado a nenhuma ação do Estado, é um tributo não contra-prestacional. Ex. IPVA é pago somente porque tenho carro não é necessário o Estado prestar um serviço. Por sua 5

6 vez, as taxas e contribuições de melhorias são vinculadas a alguma atuação do Estado. São tributos contra-prestacionais. A CF em seu art. 145 II A União, os Estados, O Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: II Taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. Poder de Polícia- Restringir a esfera individual em prol da coletividade. Ex. Alvará de construção ( o município verifica se o meu projeto respeita o espaço de calçada, se respeita a lei municipal), podendo cobrar uma taxa para liberar o alvará. A Contribuição de melhoria sempre existiu, mas de difícil cobrança. Ex. particular com terreno no Eusébio comprado por um preço X (muito barato) e depois das melhorias provenientes do Estado como, por exemplo, rodovia que valorizou o terreno. A rodovia beneficia a todos, mas no caso em questão, a obra gerou uma valorização imobiliária no seu imóvel especificamente, podendo existir uma lei que cobre um valor sobre a valorização do terreno, também é um tributo vinculado/ contraprestacional. - Competência Comum Art 145 II, III CF Existe em relação às taxas e às contribuições de melhorias (outras espécies tributárias). Porque o constituinte resolveu discriminar as competências dos impostos? - Porque se não houver a discriminação como saberia a quem pertence os impostos? Não existe outra forma de definir, pois em relação aos impostos não há vinculação / contra- prestação, desta forma é preciso ser definido pela CF. Já no caso das taxas e contribuições de melhorias, por serem tributos vinculados, o ente que prestar será o competente para cobrar, por estar associado a atuação prévia do Ente, somente ele pode cobrar não sendo necessário discriminar/ previsão clara exclusiva. *** Imposto como não é vinculado é necessário a discriminação pela CF com isso gera a competência exclusiva. Mas, quando se falar em competência comum (no plano abstrato), é no sentido de que não existe 6

7 a pré-definição constitucional. No entanto, quando o ente prestar o serviço, será o competente para cobrar. É comum no plano abstrato, pois quando a obra é feita, a competência deixa de ser comum e passa a ser exclusiva. Competência Residual Art 154,I CF * ** Principio da legalidade: Os tributos não são criados pela CF. A CF limitase a autorizar a tributação A CF delimita espaços de tributação. Na verdade quem cria o tributo é o ente competente União, Estados/DF e municípios quando aprovam suas leis, como conseqüência lógica do Principio da Legalidade. Ex. A CF autoriza a tributação sobre grandes fortunas, porém não há lei que regulamente a tributação a CF prevê a possibilidade de haver tributo, porém enquanto não houver uma lei (podendo ser lei ordinária em alguns casos) não poderá ser tributado. A CF assina o cheque, mas quem preenche os valores deste é o Ente competente e este ato é feito através da lei. Residual Também é exclusiva, pois só quem pode exercê-la é a União, através de lei complementar, não sendo um tributo cumulativo. Pode a União Federal criar imposto residual sobre renda? Não, pois já é tributado através do I.R tem que ser fato novo não tributado. Para os demais impostos, basta a lei ordinária (maioria simples dos votos) e para o exercício da competência residual é necessário uma lei complementar (maioria absoluta dos votos). Qual a razão? Quando a União, Estados/DF e municípios aprovam as lei para regulamentar os impostos já previstos na CF, já estão limitados materialmente. Ex. Veículo automotor para a cobrança de IPVA existe uma limitação material maior por isso exige-se uma lei menos rígida (lei ordinária). No caso de impostos residuais por ser fato NOVO ainda não tributado, e sem previsão constitucional, a União tem maior liberdade no plano material. Em razão disto, o constituinte restringe através de uma lei mais formal (lei complementar- maioria absoluta de votos- anuência do congresso maior). Este formalismo é para compensar a liberdade material maior, é uma forma de contrabalancear. A União nunca exerceu, mas em tese poderá fazê-lo. 7

8 A qual ente federativo pertence à competência Residual em relação as taxas? Em matéria de impostos, a competência residual é exclusiva da União. Em matéria de taxas, a competência residual é do Estado (art. 25 p. 1º CF). As taxas estão vinculadas aos serviços públicos e os novos serviços públicos que surgirão são de competência do Estado (podem surgir serviços novos), razão pela qual as novas taxas serão cobradas pelo Estado Residualmente as taxas incubem aos Estados. A Doutrina questiona essa competência entregue ao Estado, pois verifica-se que seria mais razoável ser entregue aos municípios pois este ente está mais próximo do cidadão e verifica-se mais detalhadamente a necessidade de prestação de novos serviços. COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA (ART.154,II CF) Tem um aspecto semelhante à competência residual porque também é exclusiva da União Federal, nenhum outro ente poderá exercê-la. A cobrança de impostos de competência extraordinária só pode acontecer em períodos de guerra, porém nunca foi exercida, pois o Brasil não se envolve em conflitos armados. Nunca foi cobrada, mas poderá ser. Evidentemente quando se está em guerra, é necessário receita extraordinária, mesmo porque a receita ordinária diminui e precisa haver uma compensação, desta forma o constituinte viu uma maneira de equilibrar o orçamento autorizando a união a cobrança de impostos extraordinários. Neste caso, devido ao caráter de urgência, basta ser autorizado através de lei ordinária Não exige-se lei complementar por esta ser mais formal e conseqüentemente mais demorada, porque precisa-se que a arrecadação seja da forma mais rápida possível. O constituinte visualizou tornar mais rápida sua criação, exigindo-se apenas lei ordinária. O imposto da guerra pode ser cumulativo por fatos já tributados (lógico), pois a rentabilidade é mais imediata, pode alcançar situações tributadas por imposto Federal, Estadual ou Municipal (art. 154 II). Ambos: impostos residual e extraordinário são de competência da união. CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA - Privatividade Os impostos são outorgados privativamente aos entes, mesmo na competência comum haverá a cobrança privativa de cada 8

9 ente, porque é comum no plano abstrato, por não haver pré-definição constitucional mas quando houver a prestação do serviço, a cobrança passa a ser privativa/exclusiva. - Indelegabilidade Não pode delegar a competência a que lhe pertence, se a Constituição Federal outorga à União Federal a competência da cobrança do IR, esta não pode delegar ao Estado e assim sucessivamente. Ou o ente exerce a competência ou não exerce, pois caso contrário, haveria ofensa à CF, pois se fosse possível, poderia haver barganhas políticas entre os entes maiores em relação aos menores. O objetivo é preservar a autonomia. Nenhum ente pode aprovar lei para delegar. - Irrenunciabilidade As receitas tributárias não pertencem aos gestores públicos, por isso não poderão a elas renunciar. Diferente da esfera privada que o particular poderá dispensar/renunciar as questões patrimoniais (dispensar juros, por exemplo). Na esfera pública, não pode dispensar, é irrenunciável. - Incaducabilidade O fato da União Federal nunca ter tributado sobre grandes fortunas não impede que passe a exercer. O Poder público pode a qualquer tempo cobrar. O exercício da competência tributária nunca caduca. - Intransferibilidade Não pode a União aprovar uma lei que chama para si o imposto de outro ente, por exemplo, a União não pode aprovar uma lei que chama para si a cobrança de IPVA que é de competência exclusiva do estado. Não pode um ente chamar pra si tributos de outro ente A transferência só é possível se for feita por emenda constitucional, porém é vedada esta transferência através de legislação infraconstitucional. - Facultatividade Os entes federativos recebem competência através da CF, mas só podem exercê-la através de Lei. Existem municípios pequenos que não possuem lei de cobrança de ISS (pois a arrecadação seria mínima). A competência é outorgada pela CF, mas só será exercida através de lei. 9

10 É fundamental ressaltar que a Competência Tributário não se confunde com a Capacidade Tributária, posto que competente é o ente federativo que pode criar o tributo, ou seja, aquele que recebe da Constituição Federal o poder para instituir o tributo. A capacidade tributária está associada a quem pode cobrar o tributo, a quem pode arrecadar o tributo. A competência tributária é indelegável. A capacidade tributária é delegável. CONSTITUIÇÃO FEDERAL TÍTULO VI Da Tributação e do Orçamento CAPÍTULO I DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL Seção I DOS PRINCÍPIOS GERAIS Art A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 10

11 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. Art Cabe à lei complementar: I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) I - será opcional para o contribuinte; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será 11

12 imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) Art Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. Art A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. Art Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, ) 12

13 > 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de ) III - poderão ter alíquotas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002) Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.(incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002) Seção DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR II Art Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 13

14 II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) IV - utilizar tributo com efeito de confisco; V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; b) templos de qualquer culto; c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de ) 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao 14

15 patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, 2.º, XII, g. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.(incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) Art É vedado à União: I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País; II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes; 15

16 III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Art É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. Seção DOS IMPOSTOS DA UNIÃO III Art Compete à União instituir impostos sobre: I - importação de produtos estrangeiros; II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; III - renda e proventos de qualquer natureza; IV - produtos industrializados; V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; VI - propriedade territorial rural; VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. 2º - O imposto previsto no inciso III: I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei; 3º - O imposto previsto no inciso IV: I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. 16

17 IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:(redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de ) I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.(incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) (Regulamento) 5º - O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; II - setenta por cento para o Município de origem. Art A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. Seção DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL IV 17

18 Art Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;(redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 1.º O imposto previsto no inciso I: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior; IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação: 18

19 a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes; b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores; III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; V - é facultado ao Senado Federal: a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros; VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais; VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele; VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual; IX - incidirá também: 19

20 a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;(redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; X - não incidirá: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de ) b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, 5º; d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos; XII - cabe à lei complementar: a) definir seus contribuintes; b) dispor sobre substituição tributária; c) disciplinar o regime de compensação do imposto; 20

21 d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a" f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consumo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 21

22 III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do 2º, XII, g, observando-se o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b.(incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no 4º, inclusive as relativas à apuração e à destinação do imposto, serão estabelecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do 2º, XII, g. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 6º O imposto previsto no inciso III: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.(incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) Seção DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS V Art Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; 22

23 II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.(redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:(redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.(incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 2º - O imposto previsto no inciso II: I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; II - compete ao Município da situação do bem. 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:(redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;(redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.(incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) 23

24 Seção DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS VI Art Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I. Art Pertencem aos Municípios: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, 4º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de ) III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios: I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; II - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal. 24

25 Art A União entregará: I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados quarenta e oito por cento na seguinte forma: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007) a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal; b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios; c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer; d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007) II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados. III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo.(redação dada pela Emenda Constitucional nº 44, de 2004) 1º - Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I. 2º - A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a que se refere o inciso II, devendo 25

26 o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido. 3º - Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II. 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) Art É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos. Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos:(redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) I - ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) II - ao cumprimento do disposto no art. 198, 2º, incisos II e III.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) Art Cabe à lei complementar: I - definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, parágrafo único, I; II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e entre Municípios; III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação das participações previstas nos arts. 157, 158 e 159. Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes aos fundos de participação a que alude o inciso II. 26

27 Art A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o último dia do mês subseqüente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio. Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por Estado e por Município; os dos Estados, por Município. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR (art 150. CF) Princípios Constitucionais Tributários A CF atribui aos entes competência tributária, cada um recebe uma parte da competência tributária. A competência tributária é a 1ª forma de limitação do poder de tributar. Ex. IPVA - imposto exclusivo do Estado. No entanto, não é a única forma de limitação. Os princípios tributários também limitam o poder de tributar. Referidos princípios (alguns previstos no art. 150 da Constituição Federal) condicionam o poder de tributar. Princípio da Legalidade (art. 150, I CF). A essência da CF é dar poder e ao mesmo tempo limitar o poder. O tributo só pode ser criado/majorado por lei específica. Não pode ser criado por decreto ou portaria. Quem o aprova são os nossos representantes. A competência tributária só é outorgada a entes políticos federativos porque só eles são dotados de poder legislativo O que adiantaria entregar a competência tributária sem poder para legislar? Somente os entes políticos podem criar tributos, por ser dotados de poder legislativo. Exceções ao Principio da Legalidade (art.153,p1º CF) Mitigações A lei do I.R alíquota fixa em 15, 20, 27,5% mas em alguns impostos a alíquota não 27

28 é fixada, ou seja, tem um patamar mínimo e máximo a ser cobrado, por exemplo, a alíquota pode variar de 0% até 100% e um decreto fixa o valor da alíquota dentro do intervalo legal. A lei prevê o intervalo e o decreto fixa o valor. São os seguintes impostos: II (imposto de importação), IE (exportação), IPI (produtos industrializados), IOF (operações financeiras) (art. 153, 1º, CF). São impostos sem alíquotas fixas por lei e sim pelo Poder Executivo através de decreto. O Poder Executivo fixa a alíquota no intervalo que a lei autorizar, razão pela qual existe imposto sem alíquota fixa (para isso as leis tem que verificar as funções dos tributos). Funções dos tributos: - Fiscal: A sua função principal é arrecadar. O Estado através dos impostos tem objetivo de arrecadação. -Extrafiscal: Objetivo central é intervir na economia, estimulando ou desestimulando determinados comportamentos dos contribuintes. Ex. o governo diminuiu a cobrança do IPI sobre automóveis aumentando quase que imediatamente o consumo interno, tendo como resultado o aumento do consumo em 2009 maior do que o ano de O poder público é o tutor da economia. Essa é a razão pelo qual esses impostos tem que ter alíquotas flexíveis para ter respostas imediata (II,IE,IPI,IOF). Ex. Imposto sobre Importação alíquota alta para valorizar o consumo dos bens nacionais. Instrumento de política econômica (função extra-fiscal), flexibilidade dentro da limitação da lei o executivo é quem define. - Parafiscais Função do Código Tributário Nacional No art. 146, II CF Lei complementar regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. Regula os princípios tributários (dentre outras matérias). O CTN seria uma Lei complementar que esclareceria os princípios. O CTN regulamenta o poder de tributar (dentre outras matérias). 28

29 O CTN no Art. 97 esclarece a CF, regula as limitações ao poder de tributar, esclarece os princípios. É importante ressaltar que o Código Tributário Nacional foi elaborado como lei ordinária e recepcionado pela nova ordem constitucional como lei complementar (cuida-se do fenômeno da Recepção Constitucional) Existe hierarquia entre lei complementar e lei Ordinária?Uma lei complementar poderá ocasionalmente ser revogada por lei ordinária? O STF sempre teve uma posição contrária a este posicionamento. O STF entende que não há hierarquia o que há é uma RESERVA DE MATÉRIA. Princípio da Anterioridade Princípio da Anterioridade: Como regra geral, a criação ou majoração de um tributo fica postergada para o exercício financeiro seguinte. No Brasil, o ano fiscal coincide com o ano civil, ou seja, se o governo aumentar um tributo em fevereiro de 2009, em regra só poderá ser cobrado no exercício financeiro de Anterioridade X Anualidade: A anualidade não se aplica no Brasil. Anterioridade refere-se a cobrança de tributo a partir do exercício seguinte, valendo de forma indefinida, só deixando de valer quando revogada por outra lei. A anualidade significa que a majoração/criação terá que ser ratificada todo ano para poder cobrar no ano seguinte, como se exigisse do Executivo que justifique todo ano a cobrança. Não se aplica a anualidade no Brasil no campo tributário. Quando se fala em principio da Anterioridade, postergando a cobrança do tributo para o ano seguinte, não significa que tenha que esperar 1 ano inteiro, por exemplo, aumento em dezembro/09, cobra-se em jan/10 (inicio do exercício fiscal seguinte). O principio da anterioridade também é chamado de princípio da não surpresa: Para que o contribuinte não seja surpreendido na cobrança de novos impostos. 29

30 ART. 150, III b Fica vedada a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Os princípios tributários existem para nos proteger (proteção para o contribuinte), mas se o Governo reduz ou extingue o tributo e coloca no corpo da lei esta lei entra em vigor após a publicação tem efeito imediato não há que se falar em principio da anterioridade em caso de redução ou extinção. Princípio da Anterioridade Genérica (art. 150,III, b, CF) Posterga a eficácia para o ano seguinte (Art. 150, III B CF) Regra Geral Princípio Anterioridade Mitigada (nonagesimal ) (Art.195, 6º e Art 150,III C - CF) ** Contribuições sociais para a seguridade social (Art. 195, 6º) A cobrança desse tipo de tributo terá eficácia conforme preceito do art. 195, p.6º quando determina que a exigibilidade só poderá ocorrer após decorridos 90 dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b. A Anterioridade Mitigada era restrita às contribuições sociais para a seguridade social. No entanto, a EC. Nº 42/03 estendeu referida imunidade também para os tributos em geral (Art. 150, III, C, CF) Exceções ao princípio da Anterioridade (Art. 150, 1º CF) A extrafiscalidade flexibiliza o principio da anterioridade Art. 150, 1º Na verdade o art.150, 1º diz que existem algumas espécies tributárias que não estão sujeitas ao principio da anterioridade mitigada e nem genérica, são eles: Art. 148,I empréstimo compulsório (guerra), Art. 150, I,II,V (I.Importação, II. Exportação, V.operações financeiras), Art. 154 II( imposto da guerra) Essas espécies não estão sujeitas, nem ao Princípio da Anterioridade Genérica, nem ao Princípio da Anterioridade Mitigada Publica-se hoje e a cobrança amanhã. 30

31 Existem outras que não seguem a mitigada aplicando-se somente a genérica. Exemplo: Imposto de Renda Art 153,III IR ainda é possível o aumento no final do ano e a cobrança no exercício seguinte com menos de 90 dias. Também não se aplica a mitigada (nonagesimal) a base de cálculo dos impostos previstos nos artigos 155 III (IPVA), 156 I (IPTU). Não se aplica a anterioridade Genérica ao IPI- só segue a mitigada art. 153, IV CF (se aumentar o teto) ** Os que não estão ressalvados seguem os dois princípios. O ITR segue os dois, o ITBI segue os dois (genérica e mitigadaaplicando o mais benéfico). Principio da Irretroatividade (Art 150,III a, CF) É uma conseqüência lógica do principio da anterioridade. Talvez não fosse necessário o constituinte expressá-lo. Ex. Jan/08 alíquota IR - 27,5% e o Governo em Jun/08 aumenta para 28% - esta nova alíquota só será cobrada em Jan/09 (genérica-ir), pelo principio da anterioridade os fatos futuros poderão ser protegidos (período de jun/o8 e dez/08) não serão alcançados. E devido ao principio da irretroatividade não pode alcançar fatos passados segurança jurídica. Ex. Atividades estimuladas por tributação baixa e não seria justo cobrar os passados (art.150, III a ) O principio da irretroatividade não tem Exceções até mesmo os extrafiscais que são cobrados imediatamente (I. importação, I. exportação) não podem retroagir. Princípio da Isonomia (Art. 150, II, CF) O respeito à Isonomia é exigência do próprio Estado de Direito. Não existe Justiça sem passar pela Isonomia. Houve por parte do Constituinte de 1988 uma preocupação muito grande com a necessidade de respeitar este 31

32 princípio, tendo um grande destaque no art. 5º do seu texto em que há três referências a este princípio. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: No sistema constitucional tributário brasileiro, particularmente no art. 150, inciso II, há expressamente referência a este princípio, quando afirma que: Art Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; Princípio da Capacidade Contributiva (Art. 145, 1º, CF) A Isonomia se realiza quando se trata igualmente os iguais e desigualmente os desiguais de acordo com as suas desigualdades. Em Direito Tributário, este princípio se realiza com o rspeito ao Princípio da Capacidade Contributiva que, em linhas gerais, corresponde a cobrar mais de quem pode pagar mais e cobrar menos de quem pode pagar menos. Este princípio vem expressamente previsto no texto constitucional no art. 145, 1º da Constituição Federal, a seguir transcrito: 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 32

33 LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR (art 150. CF) Princípios Constitucionais Tributários A CF atribui aos entes competência tributária, cada um recebe uma parte da competência tributária. A competência tributária é a 1ª forma de limitação do poder de tributar. Ex. IPVA - imposto exclusivo do Estado. No entanto, não é a única forma de limitação. Os princípios tributários também limitam o poder de tributar. Referidos princípios (alguns previstos no art. 150 da Constituição Federal) condicionam o poder de tributar. Princípio da Vedação ao Confisco (art. 150, IV CF). A essência da CF é dar poder e ao mesmo tempo limitar o poder. O tributo não pode destruir a atividade produtiva que enseja o mesmo. Sendo assim, o tributo não pode ter efeito confiscatório. Art Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: IV - utilizar tributo com efeito de confisco; Princípio da Liberdade de Tráfego (art. 150, V CF) A tributação não pode ser utilizada como forma de impedir o tráfego de mercadorias e de bens, sob pena de ferir o Princípio Federativo. Art Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; Princípio da Uniformidade Geográfica (Art. 151, I, CF) 33

34 Art É vedado à União: I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País; Princípio da Não Cumulatividade 3º - O imposto previsto no inciso IV: II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; Outros Princípios Imunidade Tributária x Isenção x Não Incidência Imunidade Tributária (Ex. Art. 150, VI, CF) É uma vedação constitucional ao poder de tributar Isenção É uma vedação legal ao poder de tributar Não Incidência É quando o contribuinte não realiza o fato gerador disciplinado na lei Conceito de Tributo: Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, 34

35 instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Conceito de Tributo: Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. IMPOSTO O art. 145 da Constituição Federal (CF) leva o leitor a vislumbrar três espécies do gênero: tributo, quais sejam: imposto, taxa e contribuição de melhoria. No entanto, alguns doutrinadores entendem que além das espécies supra aludidas, pode-se acrescentar duas outras, previstas expressamente da Magna Carta, quais sejam: empréstimo compulsório (art. 148, CF) e contribuição social ou especial (art. 149, CF). Esta última subdivide-se em: contribuição de intervenção no domínio econômico, contribuição de interesse de categorias profissionais ou econômicas, contribuição de seguridade social e contribuição de iluminação pública. DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS IMPORTANTES - Art. 150, VI - A imunidade nestas hipóteses existe somente em relação aos impostos; - Art. 150, par. 1º - O princípio da Anterioridade não se aplica aos impostos de importação, exportação, produtos industrializados, operações de crédito, câmbio, seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários e o imposto extraordinário; - Art. 153, par. 1º - Mitigação do princípio da Legalidade. O Poder Executivo, atendidas as condições e os limites da lei, pode alterar as alíquotas dos impostos de importação, exportação, produtos 35

36 industrializados e operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários. É instrumento de política fiscal;. - Art. 154, I - Competência residual em relação aos impostos; - Art. 154, II - Competência em relação aos impostos extraordinários; - Art Impostos de competência da União Federal; - Art Impostos de competência dos Estados e do Distrito Federal; - Art Impostos de competência dos Municípios. CONCEITO DE IMPOSTO Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte. Fala-se, por consequência, que o imposto é o tributo não vinculado, ao passo que, a taxa e a contribuição de melhoria são tributos vinculados a uma atuação estatal. A taxa, pela utilização de serviços públicos ou em razão do poder de polícia e a contribuição de melhoria, vinculada a uma obra pública. A não-vinculação é o ponto característico e distintivo do imposto em face das demais espécies tributárias. A cobrança do imposto relaciona-se sempre com uma situação cotidiana da vida do contribuinte. Jamais a uma atividade estatal específica. Ex.: Imposto de Renda, IPVA, IPTU, etc... Imposto Pessoal - Vislumbra a pessoa. Os impostos pessoais são mais justos Ex.: Imposto de Renda (Art. 145, par. 1º, CF) Imposto Real - Vislumbra somente a matéria tributável Ex.: IPI, ICMS A Constituição Federal (CF) de distribuiu a competência para instituir os impostos entre os três entes (União, estados e DF e municípios) estatais de forma clara e incontroversa, em seus arts. 153, 155 e

37 Competem à União os impostos de importação, exportação, renda e proventos de qualquer natureza (IR), sobre produtos industrializados (IPI), sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários, sobre a propriedade territorial rural (ITR) e sobre grandes fortunas. (art. 153, CF). Deve-se destacar os parágrafos 1º, 2º, 3º e 4º do art. 153, CF Além dos impostos supra mencionados, a União dispõe da competência residual em relação aos impostos (art. 154, inciso I, da CF) e poderá instituir impostos extraordinários na iminência ou no caso de guerra externa. (art. 154, inciso II, da CF) Competem aos Estados e ao Distrito Federal os impostos sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos, sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) e sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA). (art. 155, CF) Competem aos Municípios o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU), sobre transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis (ITBI) e sobre serviços de qualquer natureza (ISS). (art. 156, CF) Ressalte-se ainda que competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. (Art. 147, CF). TAXAS São tributos vinculados. Têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou o serviço público, prestado ou posto à disposição do contribuinte (art. 145, inciso II, CF e art. 77, CTN). Distingue-se do imposto por ser uma espécie tributária vinculada a uma atividade estatal específica em relação ao contribuinte. Por sua vez, o traço distintivo da contribuição de melhoria, deve-se ao fato de que esta vincula-se à obra pública, ao passo que a taxa vincula-se ao poder de polícia ou a serviço público. Conceito de poder de polícia (art. 78, CTN) 37

38 Utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis (art. 79, CTN) Art. 145, parágrafo 2º, CF - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. O ente estatal competente para cobrar determinada taxa é o ente público competente, segundo os dispositivos constitucionais e administrativos, para exercer determinado serviço público. Só pode cobrar a taxa por aquele determinado serviço público, quem for o competente para executá-lo. TAXA x PREÇO PÚBLICO. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA É o tributo instituído para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. (Art. 81 do Código Tributário Nacional e art. 145, III, da Constituição Federal. É imprescindível para a cobrança deste tributo que os imóveis sejam valorizados em virtude da obra pública. Não exige-se somente a obra pública. É indispensável que o imóvel seja valorizado. Competente para instituí-la é o ente estatal que realize a obra pública. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS São espécies tributárias previstas no art. 149 do Código Tributário Nacional. Suas finalidades estão constitucionalmente definidas: intervenção no domínio econômico, interesse de categorias profissionais e econômicas e seguridade social 38

39 Competência: União, exclusivamente, para as contribuições de intervenção no domínio econômico, de interesse das categorias profissionais ou econômicas, bem como para custear o regime geral de previdência e assistência social e para os sistemas de previdência e assistência social dos servidores públicos federais. Estados, Distrito Federal e Municípios podem instituir contribuições para os sistemas de previdência e assistência social dos seus respectivos servidores públicos (Art. 149, parág. Único da CF) As contribuições sociais devem obedecer aos princípios constitucionais tributários, por expressa determinação constitucional. As contribuições sociais destinadas à Seguridade Social não obedecem ao princípio da anterioridade. No entanto, só podem ser cobradas depois de 90 dias da publicação da lei que as houver instituído ou modificado. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO Existem duas espécies básicas: Art. 148, I, CF - para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência (não obedece ao princípio da anterioridade); Art. 148, II, CF - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional (obedece ao princípio da anterioridade) Necessidade de lei complementar. Há quem questione a natureza tributária do empréstimo compulsório pelo fato de ser restituível. CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL O Código Tributário Nacional (CTN) é uma lei de âmbito nacional, aplicável à União Federal, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Estados e Municípios. Disciplina basicamente as matérias do art. 146, CF, tais como: normas gerais de direito tributário, regulamentação das limitações constitucionais ao poder de tributar, dentre outras. Elaborado como lei ordinária, foi recepcionado pelas Constituições posteriores, inclusive pela atual de 1988, passando a ter o 39

40 status normativo de lei complementar, posto que as matérias por ele disciplinadas são reservadas à lei complementar. No seu art. 96, é feita uma distinção entre lei tributária e legislação tributária, aparecendo a primeira como espécie do gênero legislação tributária, ou seja, esta última compreende as leis, os tratados, as convenções, os decretos e as normas complementares. Esta distinção será fundamental porque com freqüência a Constituição Federal vai usar referidas expressões, reservando algumas matérias à lei, permitindo que outras sejam regulamentadas pela legislação tributária. Seguem as regras do Código Tributário Nacional: CAPÍTULO I Disposições Gerais SEÇÃO I Disposição Preliminar Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. SEÇÃO II Leis, Tratados e Convenções Internacionais e Decretos Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 40

41 III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso. 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei. O art. 97 do Código Tributário Nacional é bem claro ao elencar matérias que serão obrigatoriamente reservadas à lei. Cuida-se da regulamentação do Princípio da Legalidade (art. 150, I, CF), ou seja, a lei tributária que venha a instituir o tributo não pode simplesmente criá-lo. É preciso que especifique todos elementos descritos no art. 97 do CTN, sendo vedada a delegação para o Poder Executivo de regulamentar referidas matérias por Decreto. Em relação aos tratados que cuidam de matéria tributária, deve-se destacar que o mesmo ingressa no nosso ordenamento jurídico como lei ordinária, revogando-a e podendo por ela ser passível de revogação. 41

42 Em relação aos decretos, verifica-se pela própria redação do dispositivo supra mencionado que só há espaço em Tributário para os Decretos de Execução, que limitar-se-ão a regulamentar as leis, não havendo espaço para Decretos Autônomos em Direito Tributário. As normas complementares não se confundem com as leis complementares posto que estas são leis, expedidas pelos órgãos do Poder Legislativo, sendo as normas complementares expedidas por autoridades administrativas, razão pela qual as mesmas são sempre infralegais. SEÇÃO III Normas Complementares Art São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo. CAPÍTULO II 42

43 Vigência da Legislação Tributária Art A vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária regese pelas disposições legais aplicáveis às normas jurídicas em geral, ressalvado o previsto neste Capítulo. Art A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União. Art Salvo disposição em contrário, entram em vigor: I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na data da sua publicação; II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua publicação; III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na data neles prevista. Art Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda: I - que instituem ou majoram tais impostos; II - que definem novas hipóteses de incidência; III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178. CAPÍTULO III Aplicação da Legislação Tributária 43

44 Art A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116. Art A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de defini-lo como infração; b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. CAPÍTULO IV Interpretação e Integração da Legislação Tributária Art A legislação tributária será interpretada conforme o disposto neste Capítulo. Art Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: I - a analogia; II - os princípios gerais de direito tributário; III - os princípios gerais de direito público; IV - a eqüidade. 44

45 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. Art Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários. Art A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias. Art Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; II - outorga de isenção; III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. Art A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto: I - à capitulação legal do fato; II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos; III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade; IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. Em Direito Tributário, Obrigação Tributária e Crédito Tributário não se confundem. A Obrigação nasce com a realização do Fato Gerador, ou seja, quando o contribuinte realiza o fato no mundo real que é tributável. Este fato sendo visualizado pelo Estado, será objeto de 45

46 lançamento tributário, surgindo o Crédito Tributário, ou seja, o Crédito surge após o lançamento, enquanto a Obrigação surge com a ocorrência do Fato Gerador. O Código Tributário Nacional faz a distinção entre obrigação principal e acessória, sendo a principal toda obrigação de pagar tributo ou multa e a acessória, quaisquer prestações positivas ou negativas que não sejam obrigação de pagar, relativas a arrecadação ou a fiscalização. Em Tributário, é possível a existência de obrigação acessória sem a obrigação principal, podendo citar como exemplo o contribuinte que é isento de imposto de renda, mas é obrigado a declarar imposto de renda, sob pena de multa. Ressalte-se ainda que a acessória sendo descumprida, enseja o surgimento de uma obrigação principal em relação à penalidade pecuniária. A obrigação tributária surge com a ocorrência do fato gerador, sendo a situação necessária e suficiente ao surgimento da obrigação tributária. A obrigação principal decorre de lei e na acessória, decorre de legislação tributária. Obrigação Tributária CAPÍTULO I Disposições Gerais Art A obrigação tributária é principal ou acessória. 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extinguese juntamente com o crédito dela decorrente. 2º A obrigação acessória decorrente da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. 46

47 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. CAPÍTULO II Fato Gerador Art Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Art Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. Art Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios; II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável. Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. (Parágrafo incluído pela Lcp nº 104, de ) Art Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados: I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento; II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio. 47

48 Art A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. CAPÍTULO III Sujeito Ativo Art Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento. Art Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir pelo desmembramento territorial de outra, subroga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até que entre em vigor a sua própria. CAPÍTULO IV Sujeito Passivo SEÇÃO I Disposições Gerais Art Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; 48

49 II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei. Art Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto. Art Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. SEÇÃO II Solidariedade Art São solidariamente obrigadas: I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal; II - as pessoas expressamente designadas por lei. Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem. Art Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade: I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. SEÇÃO III 49

50 Capacidade Tributária Art A capacidade tributária passiva independe: I - da capacidade civil das pessoas naturais; II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. SEÇÃO IV Domicílio Tributário Art Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal: I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade; II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento; III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante. 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação. 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior. 50

51 O CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL subdivide o Sujeito Passivo em dois tidos: Contribuinte e Responsável. Contribuinte é aquele que realiza o Fato Gerador, ou seja, é a pessoa que concretiza a hipótese normativa prevista no texto legal. O Responsável não realiza o fato gerador, porém a sua condição de responsável decorre de dispositivo expresso na lei O CTN reserva vários artigos, definindo hipóteses de Responsabilidade. É preciso uma definição do rol de contribuintes? Evidente que não, posto que a condição de contribuinte decorre automaticamente da concretização do Fato Gerador. No caso do Responsável, em que deve haver uma definição legal para saber quem é o responsável, a lei tem que definir os casos de Responsabilidade. O CTN elenca alguns deles a partir do art. 128 do CTN, sem prejuízo de outras leis definirem outras hipóteses de Responsabilidade Tributária. Deve-se destacar ainda que há duas espécies de Responsabilidade: Por Substituição e Por Transferência. Na Responsabilidade por Transferência, a obrigação tributária nasce com o contribuinte e é transferida ao responsável tributário por algum fato superveniente (Ex.: espólio responde pelos débitos do falecido) e há a Responsabilidade por Substituição quando a obrigação tributária já nasce com o responsável, chamado de Substituto Tributário (Ex.: Empresa que é obrigada a reter na fonte o Imposto de Renda dos seus empregados). Contribuinte e Responsável podem ser obrigados ao cumprimento de obrigação Principal e Acessória. As hipóteses de responsabilidade previstas no texto do Código Tributário Nacional não são exaustivas, mas, meramente exemplificativas. Outras leis podem trazer outras hipóteses de responsabilidade tributária. CAPÍTULO V 51

52 Responsabilidade Tributária SEÇÃO I Disposição Geral Art Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. SEÇÃO II Responsabilidade dos Sucessores Art O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até a referida data. Art Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a subrogação ocorre sobre o respectivo preço. Art São pessoalmente responsáveis: I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 28, de ) II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação; III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão. Art A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos 52

53 tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual. Art A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. SEÇÃO III Responsabilidade de Terceiros Art Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; 53

54 VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório. Art São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior; II - os mandatários, prepostos e empregados; III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. SEÇÃO IV Responsabilidade por Infrações Art Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. Art A responsabilidade é pessoal ao agente: I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito; II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar; III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico: a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem; 54

55 b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores; c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas. Art A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração. CAPÍTULO V Responsabilidade Tributária SEÇÃO I Disposição Geral Art Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. SEÇÃO II Responsabilidade dos Sucessores Art O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até a referida data. Art Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a 55

56 contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a subrogação ocorre sobre o respectivo preço. Art São pessoalmente responsáveis: I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 28, de ) II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação; III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão. Art A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual. Art A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. SEÇÃO III 56

57 Responsabilidade de Terceiros Art Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório. Art São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior; II - os mandatários, prepostos e empregados; III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. SEÇÃO IV Responsabilidade por Infrações 57

58 Art Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. Art A responsabilidade é pessoal ao agente: I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito; II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar; III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico: a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem; b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores; c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas. Art A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração. O CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL subdivide claramente os dois aspectos principais do fenômeno tributário, quais sejam: a obrigação tributária e o crédito tributário. A obrigação tributária, que pode ser principal e acessória, surge com a ocorrência do fato gerador, ao passo que o crédito tributário decorre da obrigação e surge com o lançamento tributário. 58

59 Na obrigação, nasce para o Fisco o direito de lançar e no crédito, nasce para o Estado o direito de cobrar. A Obrigação Tributária corresponde a obrigação ilíquida, ou seja, quando seus elementos não estão ainda identificados. O Crédito Tributário, por sua vez, corresponde a obrigação líquida, ou seja, quando seus elementos já estão perfeitamente identificados. O lançamento corresponde ao ato administrativo que transforma a obrigação tributária em crédito tributário, verificando a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinando a matéria tributável, calculando o montante do tributo devido, identificando o sujeito passivo e, sendo caso, aplicando a penalidade cabível. É importante ressaltar que o lançamento sempre será feito com base na legislação vigente na época do fato gerador, ou seja, se o fato gerador ocorreu em 2008 e o lançamento é efetuado em 2010, levará em consideração sempre a legislação vigente em 2008 no que se refere à obrigação tributária. O Código Tributário Nacional (CTN) elenca três tipos de lançamento. É importante ressaltar que o critério utilizado pela doutrina para diferenciar os três tipos de lançamento é a participação maior ou menor do sujeito passivo, auxiliando o Fisco a efetuar o lançamento. No lançamento de ofício, o Estado pratica todos os atos necessários ao lançamento, ou seja, não precisa da ajuda do contribuinte porque dispõe de todos os elementos indispensáveis ao lançamento. São exemplos o IPVA e o IPTU. Deve-se destacar ainda que o lançamento de ofício é subsidiário aos demais. 59

60 No lançamento por declaração, há uma participação equivalente entre o Fisco e o contribuinte, ou seja, o contribuinte fornece as informações ao Fisco, sem antecipar qualquer pagamento. O Fisco recebe as informações, processando-as e efetuando o lançamento posterior, notificando o contribuinte para efetuar o pagamento. O ITBI é um exemplo. No lançamento por homologação, o sujeito passivo tem o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, operando-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. A homologação pode ser expressa ou tácita. Ocorrerá a homologação expressa quando houver um ato que expressamente homologa o pagamento efetuado pelo contribuinte. Ocorrerá a tácita quando no prazo de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador, a Fazenda Pública não tenha se pronunciado, extinguindo-se o crédito tributário definitivamente, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. O Imposto de Renda é um exemplo. No art. 151 do Código Tributário Nacional, estão previstas as hipóteses que suspendem o crédito tributário, ou seja, são situações em que o crédito tributário existe, porém a sua exigibilidade está suspensa, impedindo-se a cobrança do crédito tributário. São hipóteses que suspendem a exigibilidade do crédito tributário, previstas no art. 151 do Código Tributário Nacional: I - moratória; II - o depósito do seu montante integral; III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. V a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; 60

61 VI o parcelamento. TÍTULO III Crédito Tributário CAPÍTULO I Disposições Gerais Art O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta. Art As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem. Art O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias. CAPÍTULO II Constituição de Crédito Tributário SEÇÃO I Lançamento Art Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. 61

62 Art Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação. Art O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido. Art O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de: I - impugnação do sujeito passivo; II - recurso de ofício; III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149. Art A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução. SEÇÃO II Modalidades de Lançamento Art O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. 62

63 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela. Art Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tem em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial. Art O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos: I - quando a lei assim o determine; II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária; III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade; IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória; V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte; VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária; 63

64 VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior; IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial. Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública. Art O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento. 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito. 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação. 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. CAPÍTULO III Suspensão do Crédito Tributário SEÇÃO I Disposições Gerais 64

65 Art Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I - moratória; II - o depósito do seu montante integral; III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. V a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (Inciso incluído pela Lcp nº 104, de ) (Vide Medida Provisória nº 38, de ) VI o parcelamento. (Inciso incluído pela Lcp nº 104, de ) (Vide Medida Provisória nº 38, de ) Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes. SEÇÃO II Moratória Art A moratória somente pode ser concedida: I - em caráter geral: a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se refira; b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações de direito privado; II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior. Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos. 65

66 Art A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros requisitos: I - o prazo de duração do favor; II - as condições da concessão do favor em caráter individual; III - sendo caso: a) os tributos a que se aplica; b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada caso de concessão em caráter individual; c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter individual. Art Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo. Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele. Art A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora: I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele; II - sem imposição de penalidade, nos demais casos. Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido entre a concessão da moratória e sua revogação não se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito. 66

67 Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica. (Artigo incluído pela Lcp nº 104, de ) 1 o Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e multas. (Parágrafo incluído pela Lcp nº 104, de ) 2 o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições desta Lei, relativas à moratória. (Parágrafo incluído pela Lcp nº 104, de ) O CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL subdivide claramente os dois aspectos principais do fenômeno tributário, quais sejam: a obrigação tributária e o crédito tributário. A obrigação tributária, que pode ser principal e acessória, surge com a ocorrência do fato gerador, ao passo que o crédito tributário decorre da obrigação e surge com o lançamento tributário. Na obrigação, nasce para o Fisco o direito de lançar e no crédito, nasce para o Estado o direito de cobrar. A Obrigação Tributária corresponde a obrigação ilíquida, ou seja, quando seus elementos não estão ainda identificados. O Crédito Tributário, por sua vez, corresponde a obrigação líquida, ou seja, quando seus elementos já estão perfeitamente identificados. O lançamento corresponde ao ato administrativo que transforma a obrigação tributária em crédito tributário, verificando a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinando a matéria tributável, calculando o montante do tributo devido, identificando o sujeito passivo e, sendo caso, aplicando a penalidade cabível. É importante ressaltar que o lançamento sempre será feito com base na legislação vigente na época do fato gerador, ou seja, se o fato gerador ocorreu em 2008 e o lançamento é efetuado em 2010, 67

68 levará em consideração sempre a legislação vigente em 2008 no que se refere à obrigação tributária. O Código Tributário Nacional (CTN) elenca três tipos de lançamento. É importante ressaltar que o critério utilizado pela doutrina para diferenciar os três tipos de lançamento é a participação maior ou menor do sujeito passivo, auxiliando o Fisco a efetuar o lançamento. No lançamento de ofício, o Estado pratica todos os atos necessários ao lançamento, ou seja, não precisa da ajuda do contribuinte porque dispõe de todos os elementos indispensáveis ao lançamento. São exemplos o IPVA e o IPTU. Deve-se destacar ainda que o lançamento de ofício é subsidiário aos demais. No lançamento por declaração, há uma participação equivalente entre o Fisco e o contribuinte, ou seja, o contribuinte fornece as informações ao Fisco, sem antecipar qualquer pagamento. O Fisco recebe as informações, processando-as e efetuando o lançamento posterior, notificando o contribuinte para efetuar o pagamento. O ITBI é um exemplo. No lançamento por homologação, o sujeito passivo tem o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, operando-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. A homologação pode ser expressa ou tácita. Ocorrerá a homologação expressa quando houver um ato que expressamente homologa o pagamento efetuado pelo contribuinte. Ocorrerá a tácita quando no prazo de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador, a Fazenda Pública não tenha se pronunciado, extinguindo-se o crédito tributário definitivamente, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. O Imposto de Renda é um exemplo. 68

69 No art. 156 do Código Tributário Nacional, estão previstas as hipóteses que extinguem o crédito tributário, ou seja, são situações em que o crédito tributário deixa de existir. A definição destas hipóteses é matéria reservada à lei complementar. A regulamentação destas hipóteses pode ser feita por lei ordinária por cada ente federativo. O contribuinte terá direito a uma certidão negativa de débitos. São hipóteses que extinguem o crédito tributário, previstas no art. 156 do Código Tributário Nacional: I - o pagamento; II - a compensação; III - a transação; IV - remissão; V - a prescrição e a decadência; VI - a conversão de depósito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus 1º e 4º; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no 2º do artigo 164; IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; X - a decisão judicial passada em julgado. XI a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp nº 104, de ) Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149. CAPÍTULO IV 69

70 Extinção do Crédito Tributário SEÇÃO I Modalidades de Extinção Art Extinguem o crédito tributário: I - o pagamento; II - a compensação; III - a transação; IV - remissão; V - a prescrição e a decadência; VI - a conversão de depósito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus 1º e 4º; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no 2º do artigo 164; IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; X - a decisão judicial passada em julgado. XI a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp nº 104, de ) Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149. SEÇÃO II Pagamento Art A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do crédito tributário. 70

71 Art O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento: I - quando parcial, das prestações em que se decomponha; II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos. Art Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo. Art Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento. Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça. Art O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária. 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao mês. 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crédito. Art O pagamento é efetuado: I - em moeda corrente, cheque ou vale postal; II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico. 1º A legislação tributária pode determinar as garantias exigidas para o pagamento por cheque ou vale postal, desde que não o torne impossível ou mais oneroso que o pagamento em moeda corrente. 2º O crédito pago por cheque somente se considera extinto com o resgate deste pelo sacado. 71

72 3º O crédito pagável em estampilha considera-se extinto com a inutilização regular daquela, ressalvado o disposto no artigo º A perda ou destruição da estampilha, ou o erro no pagamento por esta modalidade, não dão direito a restituição, salvo nos casos expressamente previstos na legislação tributária, ou naquelas em que o erro seja imputável à autoridade administrativa. 5º O pagamento em papel selado ou por processo mecânico equiparase ao pagamento em estampilha. Art Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas: I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária; II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos; III - na ordem crescente dos prazos de prescrição; IV - na ordem decrescente dos montantes. Art A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar. 72

73 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis. SEÇÃO III Pagamento Indevido Art O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no 4º do artigo 162, nos seguintes casos: I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. Art A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la. Art A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição. Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar. Art O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; (Vide art 3 da LCp nº 118, de 2005) 73

74 II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória. Art Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição. Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada. SEÇÃO IV Demais Modalidades de Extinção Art A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. (Vide Decreto nº 7.212, de 2010) Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento. Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. (Artigo incluído pela Lcp nº 104, de ) Art A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e conseqüente extinção de crédito tributário. Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso. 74

75 Art A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo: I - à situação econômica do sujeito passivo; II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato; III - à diminuta importância do crédito tributário; IV - a considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante. Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. Art O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. Art A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe: I pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) II - pelo protesto judicial; 75

76 III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. CAPÍTULO V Exclusão de Crédito Tributário SEÇÃO I Disposições Gerais Art Excluem o crédito tributário: I - a isenção; II - a anistia. Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente. SEÇÃO II Isenção Art A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares. Art Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: I - às taxas e às contribuições de melhoria; II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. 76

77 Art A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art (Redação dada pela Lei Complementar nº 24, de ) Art A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para concessão. 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho referido neste artigo será renovado antes da expiração de cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da isenção. 2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. SEÇÃO III Anistia Art A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando: I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas. Art A anistia pode ser concedida: I - em caráter geral; II - limitadamente: a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo; 77

78 b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza; c) a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares; d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa. Art A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão. Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. CAPÍTULO II Dívida Ativa Art Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular. Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito. Art O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente: I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; 78

79 IV - a data em que foi inscrita; V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito. Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição. Art A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada. Art A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. CAPÍTULO III Certidões Negativas Art A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido. Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição. Art Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. Art Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a prova de quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de 79

80 direito, respondendo, porém, todos os participantes no ato pelo tributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator. Art A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos. Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade criminal e funcional que no caso couber. Disposições Finais e Transitórias Art A expressão "Fazenda Pública", quando empregada nesta Lei sem qualificação, abrange a Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Art Os prazos fixados nesta Lei ou legislação tributária serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia de início e incluindo-se o de vencimento. Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição ANEXOS: SISTEMA TRIBUTÁRIO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL TÍTULO VI Da Tributação e do Orçamento CAPÍTULO I DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL Seção I DOS PRINCÍPIOS GERAIS Art A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 80

81 I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. Art Cabe à lei complementar: I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) 81

82 Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) I - será opcional para o contribuinte; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) Art Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. Art A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 82

83 Art Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, ) > 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de ) III - poderão ter alíquotas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002) 83

84 Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.(incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002) Seção DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR II Art Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) IV - utilizar tributo com efeito de confisco; V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; b) templos de qualquer culto; c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de 84

85 educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de ) 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, 2.º, XII, g. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.(incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 85

86 Art É vedado à União: I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País; II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes; III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Art É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. Seção DOS IMPOSTOS DA UNIÃO III Art Compete à União instituir impostos sobre: I - importação de produtos estrangeiros; II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; III - renda e proventos de qualquer natureza; IV - produtos industrializados; V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; VI - propriedade territorial rural; VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. 86

87 2º - O imposto previsto no inciso III: I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei; 3º - O imposto previsto no inciso IV: I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) 4º - O imposto previsto no inciso VI terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas e não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel. 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:(redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de ) I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.(incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) (Regulamento) 5º - O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: 87

88 I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; II - setenta por cento para o Município de origem. Art A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. Seção DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL IV Art Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;(redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 1.º O imposto previsto no inciso I: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: 88

89 a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior; IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação: a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes; b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores; III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; V - é facultado ao Senado Federal: a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros; VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações 89

90 relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais; VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele; VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual; IX - incidirá também: a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;(redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; X - não incidirá: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de ) b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, 5º; 90

91 d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos; XII - cabe à lei complementar: a) definir seus contribuintes; b) dispor sobre substituição tributária; c) disciplinar o regime de compensação do imposto; d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a" f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, 91

92 derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consumo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do 2º, XII, g, observando-se o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b.(incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no 4º, inclusive as relativas à apuração e à destinação do imposto, serão estabelecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do 2º, XII, g. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 92

93 6º O imposto previsto no inciso III: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.(incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) Seção DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS V Art Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel; III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.(redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:(redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.(incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 2º - O imposto previsto no inciso II: I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade 93

94 preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; II - compete ao Município da situação do bem. 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:(redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;(redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.(incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) Seção DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS VI Art Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I. Art Pertencem aos Municípios: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, 4º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de ) 94

95 III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios: I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; II - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal. Art A União entregará: I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados quarenta e oito por cento na seguinte forma: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007) a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal; b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios; c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer; d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007) 95

96 II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados. III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo.(redação dada pela Emenda Constitucional nº 44, de 2004) 1º - Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I. 2º - A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido. 3º - Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II. 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ) Art É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos. Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos:(redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) I - ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 96

97 II - ao cumprimento do disposto no art. 198, 2º, incisos II e III.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) Art Cabe à lei complementar: I - definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, parágrafo único, I; II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e entre Municípios; III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação das participações previstas nos arts. 157, 158 e 159. Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes aos fundos de participação a que alude o inciso II. Art A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o último dia do mês subseqüente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio. Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por Estado e por Município; os dos Estados, por Município. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE Denominado Código Tributário Nacional Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de Vide texto compilado direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Vigência 97

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