de de património imaterial
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- Thalita da Costa Vasques
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1 de Kit recolha de património imaterial PATRIMÓNIO IMATERIAL SABERES E OFÍCIOS TRADICIONAIS FICHA N.º 1. NOME DO SABER / OFÍCIO TRADICIONAL: 2. LOCAL ONDE SE PRATICA: DISTRITO CONCELHO FREGUESIA LOCAL IMAGEM 1
2 3. NOME(S) DO(S) DETENTOR(ES) OU PRATICANTE(S): 4. ESPAÇO(S) UTILIZADO(S) NA PRÁTICA DO SABER / OFÍCIO: 5. EDIFÍCIO(S) UTILIZADO(S) NA PRÁTICA DO SABER / OFÍCIO: 6. OBJETO(S) UTILIZADO(S) NA PRÁTICA DO SABER / OFÍCIO: 2
3 7. DESCRIÇÃO DAS ETAPAS UTILIZADAS PARA A PRÁTICA DO SABER / OFÍCIO : 3
4 8. MODO DE APRENDIZAGEM DO SABER / OFÍCIO: 9. AMEAÇAS À CONTINUIDADE DO SABER / OFÍCIO: 10. OUTRAS INFORMAÇÕES: ELABORADO POR: DATA: 4
5 INSTRUÇÕES Esta Ficha de Inventário destina-se à caracterização dos saberes e ofícios tradicionais, que são atualmente uma das áreas do Património Imaterial que mais sérias ameaças conhece em Portugal. Estas ameaças à continuidade de saberes e ofícios que se praticaram ao longo de gerações, por vezes ao longo de muitos séculos, resultam de muitos fatores interligados entre si. No entanto, a modernização tecnológica que o nosso País tem conhecido nas últimas décadas, em áreas como a agricultura, as pescas e as indústrias, constitui um dos mais importantes desses fatores. Para utilizares esta Ficha, deves começar por identificar o nome pelo qual o saber ou ofício tradicional é conhecido na comunidade (ex: oleiro, cesteiro, pastor, pescador, amolador, fadista, dezedor, vedor, curandeiro, etc). Tem também em atenção que o mesmo tipo de saber ou conhecimento pode variar muito consoante o local e a região em que se pratica, quer em função dos recursos naturais aí disponíveis, quer em função dos costumes, isto é da tradição ou cultura própria de cada comunidade. No caso do ofício de oleiro, esta conjunção de fatores dá origem aos muitos tipos de formas e decorações que a cerâmica popular conhece em Portugal, como a louça preta de Bisalhães, a técnica de empedrado da louça de Nisa e as cerâmicas muito coloridas e vidradas de Reguengos. Por esta razão, é fundamental que identifiques com exatidão o local em que se pratica esse saber ou ofício. De seguida, identifica o nome dos detentores ou dos seus praticantes desse saber com quem contactaste no decorrer do teu projeto de recolha. Tem em atenção que os saberes, ou os conhecimentos e as práticas tradicionais que fazem parte do património imaterial de uma comunidade não são apenas aqueles que se concretizam na realização de um ofício ou profissão. Por exemplo, se realizas um projeto de recolha de Património Imaterial acerca dos conhecimentos sobre medicina popular numa aldeia, irás verificar que podem ser muitas as pessoas que partilham o mesmo conhecimento sobre a utilização de uma certa espécie de planta para a cura de uma enfermidade, independentemente de todas elas terem profissões e ocupações muito diferentes. Sempre que necessário, utiliza a Ficha de Pessoas para caracterizar com exatidão cada um desses praticantes ou detentores do saber, para melhor perceber como aprendeu e como utiliza esse conhecimento. De acordo com as características próprias de cada saber ou ofício, identifica quais os espaços, os edifícios ou os objetos normalmente utilizados para a sua realização. Consulta as instruções das respetivas Fichas de Inventário para exemplos dos vários tipos de Património Material que podem ser indispensáveis para a realização do teu projeto, e, naturalmente, deverás também utilizar essas fichas sempre que o considerares importante para melhor compreensão de como é executado um saber ou ofício. Seguidamente, deverás descrever em que consiste o saber ou ofício, identificando as várias etapas utilizadas na sua prática. Por exemplo, se realizas o teu trabalho sobre a olaria, começa por descrever onde e como o oleiro obtém a sua matéria-prima, o barro, e de seguida explica como este é preparado para poder ser moldado. Identifica sempre quais os equipamentos utilizados em cada uma da várias fases de produção do objeto, como por exemplo a roda para a moldagem, o forno para a cozedura, assim como todos os instrumentos utilizados nas fases de decoração e acabamento, como a pintura e a vidragem. É igualmente importante que expliques quais os objetivos da prática (ex: o oleiro produz os 5
6 canudos de barro destinados aos moinhos de vento do concelho) e os modos como os produtos desse saber / ofício são comercializados (ex: o oleiro vende a sua produção em feiras e mercados regionais; o oleiro vende a sua produção na própria oficina; o oleiro vende a sua produção para uma grande superfície comercial na sede do concelho). Quanto ao modo de aprendizagem do saber / ofício, é importante referires qual a idade a partir da qual pode ocorrer essa aprendizagem, e se é efetuada em meio familiar, como frequentemente sucedia, ou em meio laboral, entre colegas de trabalho e entre mestres e aprendizes de profissão. É também importante referires se a aprendizagem ocorre apenas entre pessoas do mesmo sexo, como por exemplo as artes de cozinha, que até há algumas décadas eram passadas apenas de mães e avós para filhas e netas. Verifica igualmente se aprendizagem se efetua apenas por via oral, pela observação direta, pela imitação e pela experimentação, ou se recorre também a informação escrita, como por exemplo os Almanaques utilizados por muitos agricultores. Sempre que existentes, deves registar na Ficha as ameaças à continuidade do saber / ofício. Um exemplo claro destas ameaças é o que tem sucedido em Portugal nas últimas duas décadas com as técnicas tradicionais de construção. Como facilmente podes verificar à tua volta, o material dominante na construção das casas de habitação é o betão, ou cimento armado (estruturado) com ferro. Esta tecnologia é utilizada por todo o território de Portugal, continental e insular, quer na construção de habitações de um só piso, quer para prédios de muitos andares. No entanto, com exceção das principais cidades, até c. da década de 1940, o panorama era inteiramente diferente. Tal como ainda hoje podes verificar por ti próprio ao viajar pelo País, a construção das casas realizava-se de modo muito diferente consoante as regiões do País e os materiais naturais disponíveis em cada uma, como o granito e o xisto no Norte ou o adobe e a taipa no Sul. No entanto, o importante a reter é que estas alterações nos modos de construção das casas eliminaram quase por completo a necessidade de se manterem e transmitirem os conhecimentos ou saberes tradicionais necessários a cada um desses tipos de construção. Hoje o termo pedreiro já não designa verdadeiramente o ofício de quem trabalha a pedra, mas sim o de quem trabalha com cimento, levanta paredes em tijolo e projeta com máquinas o gesso que reveste as paredes antes da sua pintura. De entre os casos possíveis de ameaças à continuidade de um saber / ofício, deves considerar como evidente o facto de que, numa comunidade ou família, apenas as pessoas mais velhas o praticarem e de não existir nenhum jovem interessado em adquirir esse conhecimento ou de enveredar por esse ofício. 6
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