SUPLEMENTOS MÚLTIPLOS PARA RECRIA E ENGORDA DE BOVINOS EM PASTEJO

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1 SUPLEMENTOS MÚLTIPLOS PARA RECRIA E ENGORDA DE BOVINOS EM PASTEJO Mário Fonseca Paulino 1, Edenio Detmann 2, Joanis Tilemahos Zervoudakis 2 1 D.S. Professor UFV - Bolsista CNPq, 2 Doutourando UFV-Bolsista CNPq O aumento da capacidade de suporte das pastagens, o incremento das taxas de natalidade e a precocidade produtiva, que envolve rapidez de acabamento e pouca idade ao início da vida reprodutiva, são características fundamentais à bovinocultura de ciclo curto. Face a aspectos sócio-econômicos, e imposições ambientais, estas metas devem ser atingidas com sistemas com baixo a médio uso de insumos. O desempenho dos bovinos de corte é função de fatores como genética, sanidade, nutrição e manejo. Em termos de nutrição os bovinos demandam cinco nutrientes essenciais à sua mantença e produção, quais sejam, água, energia, proteína, minerais e vitaminas. Os volumosos são a fonte mais barata para alimentar os animais. Os valores relativos para o pasto, capineira, feno e grãos situam-se em 100, 130, 140 a 180 e 300 a 350, respectivamente (FREITAS et al, 1981). Assim, é natural que as pastagens constituam a base da alimentação dos bovinos, e, portanto, o fornecimento desses nutrientes depende da quantidade e qualidade da matéria seca disponível no pasto. Na exploração de pastagens, onde os ciclos de produção são longos e até permanentes, existe uma variação sazonal inerente ao clima tropical e subtropical; assim, as flutuações entre épocas de águas e secas serão sempre uma constante. Neste contexto a busca da sustentabilidade do sistema de produção no longo prazo, depende do estabelecimento (garantia) da estabilidade produtiva de curto prazo (anual). Os planos de alimentação deverão garantir alimentos que em quantidade e qualidade cubram todas as necessidades de consumo de matéria seca e, corrigir desequilíbrios nutricionais, porventura existentes, com as devidas correções táticas e, ou estratégicas.

2 188 - II Simpósio de Produção de Gado de Corte DEMANDA E INGESTÃO DE NUTRIENTES E DESEMPENHO ANIMAL A exploração racional dos bovinos em pastejo envolve estratégias que permitem maximização da energia, a minimização do tempo de alimentação e a otimização do balanço nutricional. A produção animal é função do consumo e valor nutritivo (composição química e disgestibilidade dos nutrientes) e eficiência de utilização do alimento disponível. O consumo de alimentos é determinante do aporte de nutrientes necessário para o atendimento dos requisitos de mantença e de produção pelos animais. Assim, a produção por animal está diretamente associada com o consumo de matéria seca digestível (CMSD) quando proteína, minerais, vitaminas e outros fatores nutricionais são adequados (Tabela 1). O aumento na eficiência de conversão de forragem em produtos animais é conseguido quando a produção por animal é incrementada, devido à diluição dos requerimentos de mantença e diminuição da incidência do custo de mantença. Quando a energia ou CMSD aumenta acima do requerimento de mantença, maior quantidade de forragem ingerida é transformada em produto animal. Para recriar um bezerro de 150 kg de peso vivo até que atinja os 450 kg ao abate, com o ganho diário de 0,250 kg, seriam necessário 7320 kg de matéria seca de forragem, comparados a apenas 1903 kg de matéria seca se o ganho fosse de 1,100 kg diários (BLASER, 1990). Tabela 1 - Requerimento de matéria seca e proteína por um novilho para recria / engorda dos 150 aos 450 kg de peso vivo Ganho de peso diário (kg) Tempo necessário (dias) Requerimento total Matéria seca (kg) 0, , , , Fonte: BLASER (1990) Proteína (kg)

3 II Simpósio de Produção de Gado de Corte Para qualquer nível de ganho de peso, a eficiência de ganho é maximizada quando existe um perfeito equilíbrio, entre a exigência e disponibilidade, para todos os nutrientes, ou seja, substratos acetogênicos, aminogênicos e glucogênicos. Uma vez que as exigências dos animais em termos de proporcionalidade entre nutrientes é alterada com o aumento do peso vivo, tanto a taxa de ganho como a eficiência de ganho de peso tende a variar nas diferentes etapas das fases de crescimento e acabamento. O requerimento e o custo de mantença significam que o aumento da eficiência de bovinos no uso de gramíneas e matérias celulósicas é uma meta prioritária. Observa-se que o desempenho animal é um componente importante a ser alcançado, pois, baixos ganhos de peso vivo induzem ciclos de produção longos, com acentuado aumento nas necessidades totais de nutrientes. Admitindo animais com elevado potencial genético e padrão sanitário, assegurada disponibilidade de pasto, o desempenho do animal é função da qualidade da forragem. Como principal parâmetro da qualidade da planta forrageira devemos nos concentrar sobre o valor energético da forragem produzida. Para a produção de carne, a energia representa mais de 2/3 do custo dos nutrientes empregados para essa produção como se verifica na Tabela 2. Tabela 2 - Custo relativo dos nutrientes usados para produção de carne 1 Nutriente Exigências % do custo total Energia digestível 26,7 Mcal 72,50 PROTEÍNA BRUTA 950 g 21,70 Cálcio 26 g 0,17 Fósforo 20 g 2,20 Vitamina A UI 0,17 Sal 40 g 0,42 Potássio 50 g 1,70 Magnésio 5 g 0,26 Enxofre 16 g 0,75 Microminerais - 0,07 1 Com base em um novilho de 360 kg, ganhando 1,1 kg (CORSI, 1993)

4 190 - II Simpósio de Produção de Gado de Corte A relatividade das porcentagens indicadas na Tabela 2 variará ao longo do tempo, mas é pouco provável que ocorram mudanças na ordem das posições (CORSI, 1993). A maximização no uso do conteúdo energético das forragens produzidas nas pastagens deve ser o objetivo daqueles que pretendem intensificar a produção animal através do desempenho animal, como principal componente do sistema. As variações no balanço de energia são dependentes do nível de ingestão de alimentos, que é influenciado por interações entre os alimentos, denominados efeitos associativos. A adição de concentrado a dietas volumosas aumenta parcialmente a eficiência de utilização de energia metabolizável para mantença e ganho (NRC, 1984), em virtude das reduções da produção de metano, da ruminação e do incremento calórico (VAN SOEST, 1994). A eficiência de utilização da energia ingerida tende a ser maior para dietas concentradas, quando comparadas a volumosas, devido as menores requisitos líquidos para mantença (ARC, 1980). Também, alimentos volumosos de melhor qualidade são mais eficientes que os de pior qualidade (VAN SOEST, 1994). Entretanto, ênfase deve ser colocada na interação entre os diferentes nutrientes sobre o desempenho animal. O AFRC (1991) salienta que, além do suprimento adequado de minerais, são necessários níveis adequados de proteína e energia para que ocorra desenvolvimento normal dos ossos. O NRC (1996) relaciona os requerimentos de Ca e P ao ganho diário de proteína e CONRAD et al (1985) afirmaram que a nutrição adequada de Ca e P depende do nível de vitamina D da dieta. A concentração de energia metabolizável é diretamente relacionada a digestibilidade da matéria orgânica e a digestibilidade da forragem tem uma importante influência sobre a quantidade consumida em muitas circunstâncias. No caso de ruminantes, o fornecimento adequado de minerais é importante para a otimização da atividade microbiana no rúmen (NRC, 1996), com uma deficiência produzindo impacto negativo sobre o crescimento microbiano, podendo induzir, ou não, uma redução da digestibilidade dos alimentos, dependendo da severidade da carência mineral.

5 II Simpósio de Produção de Gado de Corte Portanto, embora os minerais e vitaminas participem, relativamente, com reduzida porcentagem nos custos de produção em relação aos representados pela energia e proteína, eles são nutricionalmente essenciais e devem estar presentes quantitativa e equilibradamente nas dietas, ou seja, não só em quantidades suficientes como em proporções adequadas. Estabelecidos os padrões de crescimento, para cada sistema de produção, cabe ao pasto suprir a maior parte ou a totalidade dos nutrientes para satisfazer as exigências nutricionais dos animais. VALOR NUTRITIVO, CONSUMO DE FORRAGEM E DESEMPENHO ANIMAL Na produção de carne a pasto estamos interessados em otimizar o consumo de forrageiras pelos bovinos e a recuperação de nutrientes metabolizáveis destes alimentos. As plantas forrageiras desenvolvem seu ciclo de crescimento e dependendo do estádio fenológico, oferecem maior ou menor quantidade de nutrientes aproveitáveis. Normalmente, os melhores índices são alcançados durante o estádio vegetativo pleno. Durante o início da estação chuvosa (rebrota) as plantas são aquosas (pobres em matéria seca). No período outono-inverno as gramíneas ao atingirem estádio de florescimento tornam-se fibrosas e reduzem os teores de proteína, fósforo e caroteno (pró-vitamina A). Isto se deve ao fato de certos nutrientes, como o fósforo serem móveis na planta, diminuindo a concentração em tecidos mais velhos. O metabolismo de proteínas também é específico de cada órgão e depende da idade. Os órgãos e tecidos em crescimento, estocando materiais, sintetizam tipicamente proteína a uma taxa especialmente elevada. Nas folhas em processo de envelhecimento e em partes de flores, predominam a degradação de proteínas. Entre as influências ambientais, os efeitos sobre o metabolismo de proteínas são exercidos, principalmente, pela temperatura, e por fatores de estresse, como a seca e o excesso de salinidade. O consumo das forrageiras é positivamente influenciado pelo teor de nutrientes como proteína, fósforo, cobalto, enxofre e pela

6 192 - II Simpósio de Produção de Gado de Corte digestibilidade de sua matéria seca ou matéria orgânica. Por outro lado, é negativamente correlacionado com constituintes de parede celular, quando os níveis de fibra detergente neutra alcançam patamares superiores a 55-60%. A qualidade da forragem envolve o consumo, a concentração de nutrientes, a digestibilidade do nutriente e a natureza dos produtos finais da digestão (associados à eficiência de utilização). Forragens diferem no valor nutritivo potencial de sua fração parede celular (fibra) por causa de diferenças na quantidade de paredes celulares derivadas de vários tipos de células consumidos pelo animal e suas degradabilidades individuais, ou seja, diferenças na proporção dos diferentes componentes desta parede (celulose, hemicelulosee lignina) e na forma como estes componentes interagem em sua estrutura. Estas variações são observadas não somente entre espécies, mas em diferentes partes da planta e estádios de maturidade dentro de uma mesma espécie. O conteúdo de matéria seca indigestível é o fator que, em maior medida limita, o consumo. Dentro de certos limites (aproximadamente 67% de digestibilidade), o consumo de matéria seca se incrementa à medida que aumenta a digestibilidade da dieta. O enchimento do rúmen parece ser o fator limitante no consumo quando a forragem é o maior consituinte da dieta. A digestibilidade da matéria orgânica, a qual determina o valor energético da forragem, depende essencialmente do grau de lignificação da parede celular. Por outro lado, a velocidade (taxa) de digestão é correlacionada com a distribuição da lignina nas células, a relação carbono:nitrogênio e a população microbiana, ou seja, depende do substrato e do aparato enzimático. As células se lignificam de acordo com o tipo e idade da célula, ou seja, a lignificação é característica associada à célula individualmente e ao processo de envelhecimento (estádio de diferenciação). Diferenças na quantidade e nas propriedades físicas da fibra podem afetar a utilização da dieta e o desempenho do animal, principalmente em razão do efeito sobre o consumo e sobre alterações na fermentação ruminal. Se a fibra detergente neutro (FDN) é a correspondente bromatológica dos tecidos de parede celular; a fibra detergente neutra indigestível (FDNi) é a correspondente dos tecidos

7 II Simpósio de Produção de Gado de Corte lignificados refratários à digestão (depletados dos tecidos potencialmente digestíveis). Em geral, as diferenças de ingestibilidade ligadas à idade do vegetal (estádio de desenvolvimento) são mais importantes que aquelas ligadas à espécie. Assim, devem ser priorizadas espécies que mantenham, durante o ciclo fenológico, os teores mais elevados de nutrientes disponíveis, bem como utilizar técnicas de manejo que favoreçam a manutenção de elevados níveis de conteúdo celular. DESEQUILÍBRIOS DE NUTRIENTES EM PASTAGENS Deficiências de nutrientes são comuns nas pastagens; muitos solos são deficientes em certos nutrientes, que afetam as plantas e, por sua vez, aos animais que se alimentam delas. Assim, em certos períodos as gramíneas em disponibilidade nos pastos apresentam teores de nutrientes abaixo das exigências dos animais. A tentativa de equilibrar os nutrientes oferecidos contribui para a manutenção de um padrão de fermentação uniforme, parâmetros ruminais (amônia, ph) constantes, ensejando maior eficiência microbiana, maior disponibilidade de substratos energéticos (ácidos graxos voláteis) e proteína microbiana. A proteína microbiana sintetizada no rúmen varia de acordo com a energia disponível para os microrganismos, que é determinada pelo consumo de energia e pelos compostos nitrogenados degradados no rúmen. A taxa de crescimento de bactérias fibrolíticas pode ser limitada pela lenta digestão da parede celular da forragem basal. A utilização de paredes celulares de plantas requer a interação dinâmica do animal, dieta e população microbiana. O uso produtivo de paredes celulares pelos animais é determinado pela restrição mais limitante dentro dessa interação dinâmica. Os microrganismos que digerem paredes celulares são anaeróbicos e requerem vários nutrientes. Cuidados são necessários para assegurar que nitrogênio ou proteína, minerais, ph, potencial oxiredutor não tornem fatores limitando a população microbiana e taxa de digestão de parede celular.um nutriente disponível em concentrações

8 194 - II Simpósio de Produção de Gado de Corte inadequadas (um nutriente em mínimo ) é um fator limitante do rendimento. A elevação da capacidade produtiva dos bovinos gera demanda de nutrientes pelos tecidos. Embora os ruminantes tenham capacidade de digerir paredes celulares de plantas, o seu consumo elevado torna uma limitação quando o potencial de produção destes animais torna-se maior.as paredes celulares das plantas são menos digestíveis e têm menor densidade (maior capacidade de enchimento ruminal) que solúveis de plantas, resultando em menor densidade de energia nas forragens. A maneira mais simples de satisfazer os requerimentos de energia de ruminantes alto-produtores é remover parte das paredes celulares da dieta e substituí-la com conteúdos celulares mais fácil, rápida e altamente digestíveis. Os fatores controláveis que podem ser utilizados para potencializar a utilização do pasto são: a escolha da espécie e manejo do pasto, que permita a colheita de forragem pelo animal em um estádio imaturo; e a substituição parcial da forragem por alimentos concentrados, através da suplementação tática e, ou estratégica. MANEJO DE PASTAGENS E EQUILÍBRIO DE NUTRIENTES Em situação de pastejo os animais devem colher, eles próprios, a forragem, provocando em conseqüência mudanças em seu comportamento, incrementando-se as necessidades de mantença por um aumento da atividade voluntária e incorporando outros fatores relacionados às características não nutritivas da planta que afetam a apreensão, possibilidade de seleção e consumo, tais como: estrutura da pastagem (altura, densidade); modo de condução do pastejo (nível de oferta de pasto, sistema de pastejo) e ambiente. É indiscutível que a qualidade do alimento é um fator importante na determinação da resposta de animais em condições de pastejo, porém, não é o único e até pode ser de certa maneira modulado (por exemplo, através do modo de condução do pastejo; utilização de suplementação apropriada).

9 II Simpósio de Produção de Gado de Corte Estrutura da pastagem Aspectos relacionados às características estruturais do pasto sobre o consumo de forragem foram discutidos por PAULINO (2000). Sabe-se que, além das características bromatológicas da forragem, a produção de bovinos a pasto depende das características fenológicas e estruturais da vegetação como: altura, densidade da biomassa vegetal (kg/ha/cm), relação folha/caule, proporção de inflorescência e material morto. Estas características estruturais do pasto determinam o grau de pastejo seletivo exercido pelos bovinos, assim como a eficiência com que o animal colhe a forragem na pastagem afetando a quantidade ingerida de nutrientes. As características estruturais do relvado dependem não só da espécie botânica, mas também do manejo adotado, principalmente a pressão de pastejo (GOMIDE, 1998). Oferta de pasto Para os sistemas baseados em pastagem o nível de oferta de pasto terá um efeito direto na resposta animal já que condiciona a quantidade e qualidade do material ingerido. Assim, deve-se permitir ofertas de pasto não limitantes de consumo, inclusive otimizando o pastejo seletivo. A atitude dos bovinos em pastejo por selecionar dieta com a mais alta qualidade possível é uma manifestação da estratégia para otimizar o balanço nutricional. Em conseqüência e como resultado da preferência manifestada em pastejo, a dieta é, geralmente, de maior digestibilidade, maior conteúdo de proteína e menor conteúdo de parede celular que o pasto oferecido. As mudanças de qualidade da dieta estariam associadas à disponibilidade e acessibilidade das frações preferidas do pasto. Em pastagens tropicais, caracterizadas por heterogeneidade em qualidade nos distintos estratos da planta (diferenciação morfológica), os animais selecionam uma dieta mais rica em proteína e mais digestível que a planta inteira (Tabela 3).

10 196 - II Simpósio de Produção de Gado de Corte Tabela 3 - Composição física e bromatológica de amostras de pastagem de Brachiaria decumbens obtidas diretamente pelo animal (extrusa esofágica) ou por coleta total da massa disponível Período Metodologia Folha (%) MSV 1 (%) PB (%) DIVMO 2 (%) FON (%) Águas Extrusa 79,7 90,0 9,8 62,1 68,9 Coleta total 10,5 26,0 4,0 32,2 74,4 Seca Extrusa 13,6 30,0 5,1 45,9 73,3 Coleta Total 1,3 2,5 3,0 41,7 76,5 1 / Matéria seca verde 2 / Digestibilidade in vitro da matéria orgânica Fonte: Adaptado de EUCLIDES et al (1992) A folha seria o componente mais importante da pastagem, enquanto que o rendimento em folha, sua porcentagem e a densidade do material verde seriam os principais fatores que influenciam o tamanho do bocado e conseqüentemente o consumo dos animais em pastejo. Os animais pastejam seletivamente, mesmo em condições onde a quantidade de forragem disponível é limitante. Assim, quando o conteúdo de folhas diminui, o tamanho do bocado também o faz, refletindo o esforço do animal em selecionar a folha remanescente, mas isto exige uma compensação via dilatação do tempo de pastejo, mas este é determinado geneticamente. Portanto, redução de oferta produz diminuição de consumo e rendimento dos bovinos. Admite-se que uma oferta de no mínimo duas vezes a quantidade consumida seria desejável, ou seja, pelo menos 5% do peso vivo em matéria seca disponível. SISTEMA PRIMEIRO - SEGUNDO PASTEJADOR A oferta de pasto que permite a maximização do poder de seleção pelo animal pode significar uma baixa eficiência de utilização do pasto (menos de 50% entre o ingerido: oferecido), desperdiçando uma grande quantidade da forragem produzida. Visando melhorar o aproveitamento da forragem produzida, pode-se adotar o sistema de pastejo rotacional especial, com animais

11 II Simpósio de Produção de Gado de Corte ponteiros e seguidores. Os primeiros pastejadores entram no piquete e consomem a metade da forragem oferecida, fazendo o desponte do pasto. Estabelece-se no sistema quais as categorias devem ser privilegiadas. Em seqüência, entram os seguidores no mesmo piquete consumindo a forragem remanescente; estes animais se adaptam às restrições impostas, pela redução do nível de oferta, pastejando os estratos mais baixos de planta, porém colhendo um material de menor valor nutritivo (mais colmos, folhas velhas e material morto). Em conseqüência, isto produz uma diminuição na produção desses animais devido ao efeito combinado de um menor consumo e uma menor qualidade do pasto colhido. MANEJO PARA QUANTIDADE X MANEJO PARA QUALIDADE Na maioria dos casos é no início da estação chuvosa que se oferece as melhores oportunidade de ganho de peso vivo. Ao longo da estação de pastejo, com o acúmulo de matéria seca residual aumenta a fração estrutural da forrageira, diluindo a qualidade geral do material disponível. Isto ocorre porque o manejo baseado na manutenção do meristema apical (manejo para quantidade) permite a planta forrageira rebrota vigorosa e rápida, uma vez que ela se processa a partir da área foliar remanescente além da produção e expansão de novas folhas originadas do meristema apical. Entretanto, como o crescimento do colmo não foi interrompido pela eliminação do meristema apical, observa-se que, mesmo a intervalos freqüentes de pastejo, ocorre acúmulo de material residual, caracterizado pela presença de colmos lignificados e partes mortas da planta, capaz de prejudicar o consumo de forragem (Tabela 4).

12 198 - II Simpósio de Produção de Gado de Corte Tabela 4 - Composição estrutural de pastagem de Brachiaria decumbens submetida a pastejo contínuo durante o período das águas Coleta Item (kg/ha) 19/12/ /02/1998 Folhas Colmos Matéria Morta Fonte: Adaptado de DETMANN et al. (1999) Uma vez que as plantas forrageiras tropicais, devido à elevada taxa de crescimento, perde o valor nutritivo com o avanço da maturidade, e considerando a preferência dos bovinos pelas rebrotas tenras, o controle sobre o estádio vegetativo da forrageira na época da colheita pelo animal, independentemente da espécie, é o parâmetro que mais afeta a qualidade da dieta. As características ideais da pastagem para aumentar o consumo de matéria seca pelo animal, são determinadas quando ocorre eliminação do meristema apical dos perfilhos primários em pastejos estratégicos (manejo para qualidade). Após a eliminação a planta mantém o meristema apical baixo, apresenta rebrota através de gemas basilares, mantendo elevada percentagem de folhas e perfilhos novos, colocando à disposição do animal material rico em folhas e colmos novos, em quantidade e densidade que contribuem para aumentar o consumo. A vida das folhas varia conforme o cultivar / espécie e o tipo de crescimento, sendo maior durante o crescimento de rebrota. Portanto, devemos usar da plasticidade fenotípica da gramínea forrageira no sentido de adaptá-la ao pastejo. Visualiza-se a utilização de pastejo intenso, com categoria animal menos exigente e menos seletiva, visando a remoção do material residual de pastejo, pelo menos três vezes durante o ano: final da época seca (imediatamente antes do início da rebrota), meados da estação chuvosa (intercalado com os ciclos de pastejo visando máxima produção de matéria-seca) e final da estação chuvosa (imediatamente antes do início do diferimento de pasto para a época seca).

13 II Simpósio de Produção de Gado de Corte Adubação A adubação pelo seu efeito de aumentar a produção de matéria seca, é uma prática desejável no aumento da produção por área. Entretanto, para se obter o desenvolvimento de tecido novo, rico em proteína e pobre em parede celular e lignina, deve-se associar manejo de colheitas freqüentes, uma vez que, especialmente a adubação nitrogenada, imprime crescimento rápido e acelera a taxa de maturidade fisiológica. A performance do animal reflete, principalmente, a qualidade do alimento, enquanto a lotação da pastagem é conseqüência da produção de forragem na área, ou seja, da quantidade de alimento disponível. Intensificar o uso de pastagem significa procurar o melhor nível de integração entre desempenho e lotação da pastagem. No equilíbrio desses dois fatores de produção, reside a tecnologia do uso da pastagem. Diferimento O diferimento (reserva) de pasto, para ser usado na época seca constitue-se em uma alternativa para se obter melhor distribuição de alimento durante o ano. Entretanto, se material residual produzido durante o desenvolvimento e crescimento do pasto nas águas é acumulado para ser utilizado durante a seca, resulta num alimento fibroso, pobre em proteína, pouco digestível e portanto, de baixo valor nutritivo. Assim, o emprego do manejo para qualidade, imediatamente antes do diferimento, é uma alternativa de manejo de modo a obter a maior quantidade possível de forragem com aceitável valor nutritivo durante a seca. O diferimento constitui uma poupança de forragem, representando um banco de energia latente, que deverá ser disponibilizada por medidas de suplementação adequadas.

14 200 - II Simpósio de Produção de Gado de Corte Manejo Diferenciado por Estação É de se esperar, mudanças na resposta animal para um mesmo nível de oferta devido a diferenças do valor nutritivo entre as estações do ano.durante a época de primavera e verão, período de ativo crescimento das gramíneas, em que elas se encontram disponíveis e tenras, os bovinos exibem grande preferência por elas. A intervenção seria mais a nível de oferta, dando oportunidade ao animal de manifestar sua capacidade de seleção, no intuito de otimizar seu balanço nutricional. No outono e, especialmente no inverno, uma vez garantida a disponibilidade, via diferimento, é necessária a intervenção com nutrientes suplementares, no sentido de equilibrar os nutrientes. Outras informações sobre manejo de pastagens forem delineadas por PAULINO (2000). Para se explorar economicamente animais de potencial produtivo mais elevado torna-se indispensável o uso de suplementos, pelo menos em determinadas fases do ciclo produtivo destes animais. Entretanto, a exploração de interações entre práticas de manejo de pastagens e dos animais pode reduzir o uso de concentrados na exploração de elevadas performances dos animais. SUPLEMENTAÇÃO, EQUILÍBRIO DE NUTRIENTES E DESEMPENHO DOS BOVINOS A ingestão de matéria seca é o fator mais importante na determinação do desempenho animal, pois é o ponto responsável pelo ingresso de nutrientes, principalmente energia e proteína, necessários ao atendimento das exigências de mantença e produção. Como a fibra em detergente neutro (FDN) geralmente fermenta e passa pelo retículo-rúmen mais lentamente do que os outros constituintes não fibrosos da dieta, ela tem um maior efeito de enchimento do que aqueles e é considerada um preditor químico da ingestão voluntária de MS.

15 II Simpósio de Produção de Gado de Corte Características intrínsecas e características extrínsecas afetando a cinética de digestão da parede celular As espécies de planta, maturidade e temperaturas ambientes durante crescimento são fontes de variação importantes na cinética de digestão.embora a taxa de digestão intrínseca de paredes celulares seja o limite final de sua taxa de utilização potencial pelos ruminantes, tanto o animal como a dieta em que a parede celular é fornecida pode ter um efeito dramático sobre a cinética de digestão. Na verdade estes efeitos podem, freqüentemente, contornar os limites impostos por características intrínsecas da parede celular. Neste contexto, digestão deve, seguramente, ser um processo de segunda ordem, que é função do substrato e enzimas ativas.no caso de parede celular, digestão requer uma população microbiana ativa com capacidade de digerir parede celular.é possível que, tanto em dietas de forragem total (pastejo), como, especialmente, nas dietas mistas de forragem e concentrado, haja situações em que digestão é limitada por capacidade microbiana ou enzimática(propriedades extrínsecas) e não, somente, por propriedades cinéticas intrínsecas da parede celular. A grande maioria das forragens disponibilizadas para os ruminantes ao longo do ano é pastejada com pouca ou nenhuma suplementação; parece que estes animais se beneficiariam muito da eliminação parcial ou completa de limitações intrínsecas da taxa de digestão(vide conceito de manejo para qualidade). Mesmo neste cenário, entretanto, há situações onde fatores que não a parede celular limitam a digestão. Quando forragens de baixa qualidade são ingeridas, pode haver casos onde nutrientes outros que a energia obtida a partir de parede celular limitam o crescimento de microflora ruminal. Estas limitações, não ligadas diretamente a fatores da parede celular, podem ser caracterizadas em situações em que nutrientes dietéticos como N, peptídeos, S e possivelmente P, e isoácidos, sendo limitantes no meio, restrigem o crescimento microbiano, inibindo a produção de enzimas e, conseqüentemente, a degradação fermentativa dos compostos fibrosos no ambiente ruminal. A deficiência ruminal de compostos nitrogenados (N), seja na forma de amônia, aminoácidos ou peptídeos pode influenciar a regulação da ingestão de alimentos. Quando o suprimento, originário do

16 202 - II Simpósio de Produção de Gado de Corte material ingerido ou de reciclagem endógena, não atende aos requisitos microbianos, ocorre limitações do crescimento microbiano (SNIFFEN et al, 1992) e depressão da digestão da parede celular, resultando em diminuição do consumo. Para VAN SOEST (1994), a depressão do consumo pode ser atribuída à deficiência de N para o animal, à redução na fermentação ruminal ou à menor saída de resíduos não-digeridos do rúmen. Assim, apesar da clássica associação de digestibilidade com teor de lignina, a proteína não seria ignorada quando avaliando a qualidade geral de forragens. Ela é freqüentemente, o primeiro fator nutricionalmente limitante em gramíneas tropicais e muitas vezes, um preditor de digestibilidade para estas forragens, especialmente com o teor de proteína da dieta abaixo de 7 a 8%. É prudente salientar que se um dos fatores estiver sendo fornecido em quantidade proporcionalmente menor do que os outros, em relação às necessidades dos microrganismos e, ou animais, exatamente ele determinará a taxa de ganho de peso dos animais. Em suma,a produção é determinada sempre pelo fator mais escasso. Vale notar que a escassez de um dos fatores implica obrigatoriamente o desperdício dos demais. Neste enfoque energia latente é perdida se nitrogênio solúvel, proteína, minerais, isoácidos estiverem em níveis sub ótimos. Interações com carboidratos solúveis e, ou fibra rapidamente digestível interferindo no ambiente ruminal são observadas. As pastagens tropicais, especialmente durante a época seca, raramente constituem uma dieta balanceada no senso que seus constituintes orgânicos e inorgânicos estejam presentes nas concentrações e proporções que melhor satisfaçam as necessidades dos animais. Neste contexto, os bovinos geralmente sofrem de carências múltiplas, envolvendo proteína, energia, minerais e vitaminas. Assim, na suplementação e/ou complementação das pastagens, deve-se levar em consideração a ocorrência de deficiências simultâneas, estabelecendo-se suplementos de natureza múltipla, envolvendo a associação de fontes de nitrogênio solúvel, minerais, fontes naturais de proteína, energia e vitaminas (eventualmente aditivos), visando proporcionar o crescimento contínuo dos bovinos em pastejo. Para desempenho ótimo todos estes fatores alimentares devem estar em balanço adequado na dieta.

17 II Simpósio de Produção de Gado de Corte SUPLEMENTAÇÃO, PADRÕES DE CRESCIMENTO E SISTEMA DE PRODUÇÃO Em muitos cenários e,ou sistemas de produção, nutrientes suplementares são necessários para obter níveis aceitáveis de desempenho a partir de animais criados em regime de pastagens. Entretanto, deve-se avaliar constantemente o impacto que a suplementação teria sobre a performance animal. Uma estratégia de suplementação recomendável do ponto de vista econômico, seria maximizar uso de forragem pela maximização do consumo e digestão de forragem disponível, mas os suplementos não supririam nutrientes além dos requerimentos animais. Assim, o objetivo na formulação de suplementos para dietas altas em forragem é tipicamente determinar a energia, proteína e minerais suplementares necessários para satisfazer os níveis alvo de produção(metas de desempenho). Na pecuária de ciclo curto os principais aspectos a considerar, no estabelecimento de padrões de crescimento, são a idade ao primeiro parto para as fêmeas e a idade ao abate para os machos e as fêmeas de descarte. De especial interesse, é a taxa de natalidade das matrizes. Qualquer tentativa de exploração da precocidade em bovinos está, incondicionalmente, ligada à melhoria das condições de alimentação, notadamente durante o período seco (PAULINO e RUAS, 1988). Estabelecidos os parâmetros zootécnicos e monitorando o valor nutricional do pasto e, ou o desempenho dos animais,devemos definir o tipo e a época oportuna para fornecer a suplementação com o objetivo de corrigir parcial ou inteiramente a deficiência observada no pasto. Historicamente, na bovinocultura de corte desenvolvida à mercê das flutuações de disponibilidade e qualidade dos pastos, os animais apresentam crescimento ondulado (boi sanfona) e, ensejam idades de abate acima de 40 meses (Tabela 5).

18 204 - II Simpósio de Produção de Gado de Corte Tabela 5 - Ganho em peso de novilhos (g/cab/dia) pastejando gramíneas tropicais, de acordo com a época do ano Nov Fev Maio Set Média Anual Colonião Tobiatã Potiporã Marandu B. decumbens Fonte EUCLIDES et al (1989). De acordo com BOIN e TEDESCHI (1997) em condições experimentais e em inúmeras fazendas com bom manejo alimentar a pasto, que garantam o suprimento irrestrito de forragem ao longo do ano, animais com peso à desmama aos sete meses de 150 a 180 kg têm sido abatidos aos 28/32 meses de idade com 450/480kg. Diante disto, fica claro que sistemas de produção à base de pastagens podem ser estabelecidos para abate com idade mínima de 30 meses. Para abate a idades inferiores, os ganhos de peso durante o período seco tem que ser maiores do que aqueles normalmente encontrados na literatura (0,1 a 0,25 kg/dia). A melhoria de índices que caracterizem a bovinocultura de ciclo curto (precoce e superprecoce) a nível de pasto presume boas práticas de manejo durante as águas e garantia de disponibilidade de forragem para o período da seca. Uma prática de maior aceitação, de baixo custo e fácil adoção, é o diferimento de pastagens. Associadas a estas práticas de manejo são empregadas suplementações cabíveis. Suplementação na Época das Águas Durante o período das águas, o objetivo é alcançar ganhos de peso acima do potencial das pastagens, normalmente, considerado como sendo de aproximadamente 600g/animal/dia. Entretanto, ZERVOUDAKIS et al.(1999,2000) e PAULINO et al (2000a,c), associando

19 II Simpósio de Produção de Gado de Corte os princípios de manejo para quantidade e manejo para qualidade das pastagens tropicais, têm estabelecido o patamar de 1,3kg/animal/dia como o limite, pelo menos durante o período compreendido entre o início das chuvas e o mês de fevereiro; em condições normais de precipitação. Entretanto, em situações onde o ganho de peso não atinge o patamar estabelecido pelo potencial genético do animal, visualiza-se o uso de alimentação suplementar,durante o período das águas.tal situação pode ocorrer, por exemplo, quando se prioriza a produção por área, valorizando elevadas taxas de lotação, sem considerar os conceitos de manejo para quantidade e qualidade, em conjunto. Neste contexto, PAULINO et al. (1996b), utilizando feno de guandu e casca de café como limitadores de consumo, testaram diferentes fontes de proteína em suplementos, ensejando acréscimo de ganhos de peso de cerca de 200 g / animal / dia, com a associação feno de guandu e farelo de soja (Tabelas 6 e 7). Peculiaridades serão discutidas em relação a cada categoria. Tabela 6 - Composição percentual das rações concentradas suplementares, por tratamento Tratamentos Experimento 1 Experimento 2 Ingredientes A B C D A B C Mistura mineral (%) 100,0 5,0 5,0 5,0 100,0 5,0 5,0 Feno de guandu (%) - 75,0 75,0 75, Casca de café triturada (%) ,0 75,0 Farelo de soja (%) - 20, ,0 - Farelo de algodão (%) , ,0 Farelo de trigo (%) ,

20 206 - II Simpósio de Produção de Gado de Corte Tabela 7 - Pesos vivos médios, inicial e final, e ganhos em peso, total e diários, por tratamento Especificação Experimento 1 Experimento 2 A B C D A B C Peso inicial (kg) 208,11 199,20 198,70 200,30 167,91 168,40 166,90 Peso final (kg) 261,78 268,00 260,10 254,80 213,27 221,90 214,90 Ganho total (kg) 53,67 68,80 61,40 54,50 45,36 53,90 48,00 Ganho diário médio 0,624 a 0,800 a 0,714 a 0,634 a 0,528 a 0,622 a 0,558 a (kg/animal/dia) Consumo médio de suplemento (kg/animal/dia) 0,061 1,163 1,016 1,025 0,077 1,926 1,592 a Médias na mesma linha, seguidas pela mesma letra, não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Newman Keuls (P>0,05). Comparação feita por Experimento. Creep - feeding Em sistemas intensivos de produção de bovinos, nos quais o peso à desmama dos bezerros (as) tem importância primordial, visualiza-se a suplementação dos bezerros em amamentação. Sob a perspectiva do uso de estação de monta, com consequente disciplinação dos nascimentos, esta fase coincide com o período das águas. O creep - feeding consiste em fornecimento de alimentos suplementares aos bezerros criados ao pé das matrizes, sem que estas tenham acesso ao suplemento. A suplementação dos bezerros no creep - feeding tem por finalidade não reduzir o ímpeto de crescimento dos bezerros, o que normalmente ocorre após os dois meses de idade pela queda na produção de leite da mãe. O fornecimento de ração deve ser ad libitum, para ganhos da ordem de 1,0 kg / animal/ dia; o consumo, dos 2 aos 7 meses de idade, deve ser de até 1,0 kg de concentrado / cabeça / dia, resultando em uma conversão alimentar média de 2 kg de alimento / kg de ganho, considerando o leite e forragem consumidos. Normalmente a ração concentrada apresenta 17 a 18% de proteína bruta e 75% a 80% de nutrientes digestíveis totais.

21 II Simpósio de Produção de Gado de Corte O creep - feeding pré-condiciona o animal ao tipo de alimentação que ele vai receber na terminação / engorda o que beneficia o desempenho do animal. Em relação à produção de novilho precoce/superprecoce para o abate, uma vantagem expressiva do creep - feeding é o ajustamento para o período de recria e terminação que pode ser reduzido, uma vez que o peso à desmama atinge 240 kg ou mais. Creep - grazing Alternativa e/ou concomitantemente ao sistema de creep - feeding pode-se usar piquetes com espécies forrageiras de melhor valor nutritivo, para uso exclusivo dos bezerros enquanto eles ainda estão com as mães. Recomenda-se o uso de piquetes com gramíneas manejadas para alta qualidade. Uma opção é usar o sistema ponta - rapador, sendo que os bezerros constituem o grupo dos primeiros pastejadores. Suplementação para Época Seca Deve-se definir, com clareza, o objetivo da suplementação dentro do sistema de produção. Assim, o aporte de nutrientes via suplementação durante a recria e recuperação de escore corporal de matrizes e touros, pode visar níveis diferenciados de desempenho pelos animais, desde a simples mantença de peso, passando por ganhos moderados de cerca de g por animal/dia, até ganhos de g por animal/dia, quando o objetivo é cobrir fêmeas com cerca de 14 meses e/ou abater machos aos 20 meses de idade. Já na fase de terminação os suplementos devem proporcionar ganhos de cerca de 700g para novilhas e acima de 800g para machos em engorda. Assim sendo foi gerada uma família (linha) de produtos, envolvendo sal-uréia-mineral, sais nitrogenados, sais proteinados, suplementos múltiplos para recria de novilhas e novilhos superprecoces, suplementos múltiplos para engorda de novilhas jovens, suplementos múltiplos para terminação de machos (PAULINO, 1998; 1999; 2000).

22 208 - II Simpósio de Produção de Gado de Corte Mistura sal-uréia-mineral A mistura sal-uréia-mineral é útil na mantença de animais (Tabela 8 ) e constitui-se em um método simples e econômico a ser usado no rebanho, quando se busca a adaptação dos bovinos ao uso de uréia, quando o sistema prevê o uso mais intensivo deste suplemento em alguma fase do sistema de produção(paulino et al.,1982). Em uma exploração racional seria benéfico assegurar pelo menos a mantença de peso nos períodos críticos do ano. Assim, o diferimentos das pastagens associado a um baixo nível de suplementação, durante o período da seca, seriam utilizados visando prevenir um dano permanente na atividade fisiológica do animal, de forma a possibilitá-lo sobreviver numa condição que possa tirar vantagens do ganho compensatório, que inciaria no período de pastagens abundantes e nutricionalmente adequadas (PAULINO e RUAS, 1988). Tabela 8 - Composição percentual das misturas e desempenho dos novilhos durante dois períodos de seca consecutivos Ingredientes Tratamentos A B C D Uréia (%) Mistura mineral (%) Desempenho dos Animais: Consumo da mistura (g/cabeça/dia) Ganho de peso diário na 1 a seca 0,142 a 0,175 a 0,178 a -0,008 b (kg/animal/dia Ganho de peso diário na 2 a seca (kg/animal/dia) -0,083-0,055 0,009 0,002 Sal nitrogenado Os custo requeridos com o transporte e a distribuição diária de suplementos para bovinos de corte em pastejo são bastante expressivos. As formulações de suplementos, fornecidas no sistema de autoalimentação, permite o controle de consumo pelo próprio animal, nos

23 II Simpósio de Produção de Gado de Corte níveis estabelecidos, bem como facilita o manejo e racionaliza a utilização de mão-de-obra na distribuição de suplementos na pastagem, a qual pode ser executada, obedecendo a uma periodicidade semanal ou mesmo quinzenal. Além disso, evita que o animal crie dependência pelo suplemento e apresenta aspectos positivos sob o ponto de vista nutricional, tais como sincronização de energia-amônia, equilíbrio de ph e amônia, dentre outros. Assim sendo, na formulação de suplementos para animais em recria, matrizes e reprodutores, recorre-se ao uso de controladores de consumo tais como o sal (PAULINO et al, 1996a) e a uréia (PAULINO et al, 1983, 1985, 1993b). Neste contexto, PAULINO et al (1983) mostraram a eficiência da inclusão de altos níveis de uréia em suplementos como controlador de consumo a níveis baixo, bem como a obtenção de desempenho moderado dos animais (Tabela 9, 10 e 11,e Figura 1). Existe a possibilidade de baixa utilização de uréia, durante o período de inverno por animais em pastejo, devido o baixo conteúdo de energia digestiva nas forragens. Daí a necessidade de inclusão de uma fonte de energia juntamente com a uréia. Os suplementos múltiplos, de baixo consumo, que usam nitrogênio não-protéico como fonte de nitrogênio solúvel, são comumente chamados sais nitrogenados. Tabela 9 - Composição percentual das rações concentradas suplementares, por tratamento Ingredientes Tratamentos A B C D Mistura mineral 10,00 10,00 10,00 10,00 Fosfato bicálcico (%) 5,00 5,00 5,00 5,00 Uréia (%) - 5,00 10,00 15,00 Enxofre (%) - 0,15 0,30 0,45 MDPS* (%) 85,00 79,85 74,70 69,55 * - Milho desintegrado com palha e sabugo.

24 210 - II Simpósio de Produção de Gado de Corte Tabela 10 - Pesos vivos médios, inicial e final, e ganhos em peso total e diário, nos diversos tratamentos Especificação Tratamentos A B C D Peso inicial (Kg) 244,14 244,86 246,57 241,64 Peso final (Kg) 274,07 264,64 273,64 260,07 Ganho total (Kg) 29,03 25,78 27,07 18,43 Ganho diário médio (Kg/animal/dia) 0,214 a 0,177 b 0,193 ab 0,132 c Consumo de suplemento (kg/animal/dia) 1,661 0,635 0,492 0,247 a, b, c - Médias na mesma linha, seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente, entre si, pelo teste de Tukey (P > 0,05). Sal proteinado Associada à utilização de uréia, tanto como fonte de amônia quanto para limitar o consumo (junto com o sal), a adição de fonte natural de proteína aos suplementos múltiplos de baixo consumo é desejável no sentido de fornecer ácidos graxos de cadeia ramificada (isoácidos) aos microrganismos do rúmen, e/ou, proteína não degradada no rúmen aos animais. Neste contexto, as fontes naturais de proteína e energia devem ser portadoras de características biológicas compatíveis com a otimização da eficiência microbiana e utilização de uréia e forragens. Dados de experimento de PAULINO et al (1993a) são apresentados nas Tabelas 12 e 13. A linha de produtos que segue estes fundamentos são classificados como sais proteinados. Os pecuaristas podem obter elevada performance dos animais em crescimento quando o ganho compensatório é explorado adequadamente. Para tanto, os animais que estariam sofrendo restrição alimentar durante o período de inverno, não devem perder peso e sim manter ganhos ao redor de 200g a 300g / dia/ cabeça.não perdendo peso, animais sob restrição alimentar podem ter ganhos compensatórios nos períodos de abundância de forragem de boa qualidade.

25 II Simpósio de Produção de Gado de Corte Tabela 11 - Requisitos nutricionais diários dos animais, consumo diário médio de nutrientes e % dos requisitos atendida pelos suplementos Tratamentos A B C D Nutrientes Requisitos* Consumo % Consumo % Consumo % Consumo % (kg) (kg) Atendida (kg) Atendida (kg) Atendida (kg) Atendida MS 6,40 1,52 23,7 0,59 9,2 0,44 6,9 0,22 3,4 PB 0,57 0,12 21,0 0,14 24,6 0,17 29,8 0,10 17,5 NDT 3,50 0,98 28,0 0,33 10,0 0,25 7,1 0,12 3,4 Ca 0,012 0, ,6 0,009 75,0 0,007 58,3 0,004 33,3 P 0,012 0, ,3 0,007 58,3 0,005 41,6 0,003 25,0 *- Novilhas de 250 kg para ganho diário de 0,30 kg (NRC, 1976).

26 212 - II Simpósio de Produção de Gado de Corte Figura 1 - Representação diagramática da evolução do peso vivo médio dos animais (kg), por tratamento.

27 II Simpósio de Produção de Gado de Corte Tabela 12 - Composição percentual dos suplementos Ingredientes Tratamentos A B C Mistura mineral (%) 2,0 2,0 2,0 Uréia (%) 5,0 5,0 5,0 Sulfato de amônia (%) 0,55 0,55 0,55 Farinha de carne e ossos * (%) 9,0 9,0 9,0 Farelo de algodão (%) 15,0 15,0 15,0 Farelo de trigo (%) 0,0 15,0 30,0 MDPS ** 68,45 53,45 38,45 * Obs.: No momento é proibido o uso deste produto na formulação de rações para ruminantes. ** MDPS - Milho desintegrado com palha e sabugo. Tabela 13 - Desempenho dos animais Especificação Tratament os A B C Peso inicial (kg) 129,7 130,50 132,93 Peso final (kg) 139,47 146,94 153,27 Ganho diário médio (kg/animal/dia) 0,097 0,154 0,190 Consumo de suplemento (kg/animal/dia) 0,300 0,323 0,548 Suplementos múltiplos para recria de novilhas superprecoce O sistema de acasalamento de fêmeas com quatorze a quinze meses, presume o aproveitamento do crescimento acelerado e rápido à custa do desenvolvimento dos tecidos ósseos e muscular que ocorre do nascimento a puberdade, ativados pela liberação de hormônios protéicos de crescimento.

28 214 - II Simpósio de Produção de Gado de Corte Para que isto seja viabilizado, o manejo nutricional deve possibilitar crescimento contínuo no pós-desmame, com magnitude em torno de 600g/animal/dia. Como nos sistemas de estação de monta normalmente usados no Brasil Central, a fase de recria (desmama - puberdade) coincide com a época seca, PAULINO(1991) e PAULINO e RUAS (1992) conduziram trabalho com fêmeas em recria visando viabilizar a produção de novilhas prenhas superprecoce em regime de pastejo com suplementação (Tabela 14 e 15). Tabela 14 - Composição dos Suplementos Ingredientes A Tratamentos B Mistura mineral (%) 4,0 4,0 Calcário calcítico (%) 1,0 1,0 Uréia / sulfato de amônia - 9:1 (%) 5,0 5,0 Farelo de soja (%) 25,0 - Farinha de carne e ossos * (%) - 5,0 Farelo de algodão (%) - 30,0 Milho grão (%) - 30,0 MDPS ** (%) 65,0 25,0 * Obs.: No momento é proibido o uso deste produto na formulação de rações para ruminantes. ** MDPS - Milho desintegrado com palha e sabugo.

29 II Simpósio de Produção de Gado de Corte Tabela 15 - Desempenho dos animais Especificação Tratamentos A B Peso inicial - 23/08/1990 (kg) 196,46 195,35 Peso final seca - 26/11/1990 (kg) 253,18 256,39 Ganho diário médio (kg/animal/dia) 0,564 0,621 Consumo de suplemento (kg/animal/dia) 1,316 1,148 Peso início estação de monta - 31/01/1991 (kg) 283,1 289,8 Peso final estação de monta - 21/03/1991 (kg) 314,3 319,6 % de prenhez * 35,5 38,7 * Refere-se ao total das fêmeas ½ Holandês-Zebu, ou seja, as que apresentavam potencial genético para prenhez aos meses. Para obtenção de níveis de ganhos mais elevados durante a recria, faz-se mister o refinamento da composição dos suplementos, bem como proporcionar consumos próximos a 1kg por animal / dia, atendendo as exigências totais de nitrogênio degradado no rúmen, sódio e microminerais, cerca de 50 a 60% das de fósforo e proteína, assegurando disponibilidade de peptídeos a nível ruminal, e cerca de 30% daquelas de energia. O principal objetivo de suplementar fêmeas durante a recria é de incrementar a sua performance reprodutiva proporcionando melhores condições corporais à primeira monta e ao primeiro parto, beneficiando o aumento do índice de repetição de cria e o peso ao desmame. Tratase de um investimento a longo prazo e com a obtenção conclusiva dos resultados após três, quatro ou mais anos consecutivos. Havendo potencial genético, à medida que o peso e o ganho de peso assegurem a maturidade sexual, as fêmeas apresentam melhores condições fisiológicas para manifestarem cio. Observa-se na Tabela 15 que as novilhas que eram detentoras de potencial genético - nesse estudo representadas por fêmeas ½ Holandês x Zebu - tornaram-se prenhes. Novilhas azebuadas e retrocruzadas não responderam ao tratamento. Portanto, genética e sanidade, são condições básicas, ao lado do plano nutricional, para viabilizar este sistema. Visando garantir boa eficiência reprodutiva das matrizes primíparas é necessário garantir o crescimento contínuo dos animais na

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