ATIVOS BIOLOGICOS - CULTURA SOJA: UM ESTUDO DE CASO EM UMA PROPRIEDADE RURAL DE CAMPO MOURÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ATIVOS BIOLOGICOS - CULTURA SOJA: UM ESTUDO DE CASO EM UMA PROPRIEDADE RURAL DE CAMPO MOURÃO"

Transcrição

1 ATIVOS BIOLOGICOS - CULTURA SOJA: UM ESTUDO DE CASO EM UMA INTRODUÇÃO PROPRIEDADE RURAL DE CAMPO MOURÃO Janislei Sottocorno, (G), UNESPAR/FECILCAM), janislei_epa@hotmail.com. Lucilene Machado da Silva, (G), UNESPAR/FECILCAM), lucilene_contabeis@hotmail.com. Nivaldo Aparecido Grego (OR), UNESPAR/FECILCAM, ngrego1@gmail.com. Com a globalização houve a necessidade da internacionalização das normas contábeis, assim, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) aprovou, em agosto de 2009, o Pronunciamento Técnico CPC 29 que estabelece o tratamento contábil dos Ativos Biológicos e Produtos Agrícolas. O pronunciamento foi elaborado a partir do International Accounting Standards 41 (IAS 41 Agriculture), adotado pelo International Accounting Standards Board (IASB) em abril de O Brasil é um país com grande quantidade de agronegócios e um dos maiores do mundo, passando a praticar um novo modelo contábil na atividade rural, e isso tem causado um grande impacto na sua economia por essas mudanças no processo contábil. (MARION, 2012, p. 33) O CPC 29 tem por objetivo estabelecer o tratamento contábil, e as respectivas divulgações, relacionados aos ativos biológicos e aos produtos agrícolas. Com isso, pretendem-se determinar como devem ser reconhecidos, mensurados e evidenciados os ativos biológicos em todas as suas fases, definindo todos os critérios necessários para isto. Entende-se como ativos biológicos tudo aquilo que pode ser classificado como animal ou planta viva. Anteriormente os ativos biológicos eram avaliados e mensurados através do método tradicional, ou seja, pelo seu custo, com a divulgação do CPC 29 os ativos biológicos passam a ter sua evidenciação aplicada de acordo com o referido CPC e passou a ser mensurado a valor justo e que será demonstrado neste trabalho. REFERENCIAL TEÓRICO CPC 29 Ativos Biológicos Conceito Ativos biológicos são animais e plantas vivos, (CPC 29, p.3). O ativo biológico está ao alcance da IAS 41 que corresponde ao (CPC 29), A soja devido à sua natureza, esse ativo possui diversas especificidades em seu ciclo produtivo em comparação com outros tipos de ativos como: sazonalidade, dependência de fatores climáticos e ambientais para completar seu ciclo produtivo,

2 dificuldades imprevistas (pragas, doenças, secas, inundações, geadas, granizo, etc.), períodos de maturação excessivamente longos para alguns produtos agrícolas e extremamente curtos para outros, terra como fator participante da produção, dentre outras, e produto agrícola é o produto colhido desse ativo. Objetivos O objetivo do CPC 29 é o de estabelecer o tratamento contábil, e respectivas divulgações, relacionados aos ativos biológicos e aos produtos agrícolas. Essa contabilização deve ser efetuada no ativo circulante como se fosse um estoque em andamento numa indústria de forma que todos os custos sejam acumulados numa subconta com titulo especifico da cultura em formação (no caso deste artigo) a soja. Alcance Biológicos. Deve ser aplicado para contabilizar o seguinte item relacionado com a atividade agrícola: Ativos Definição De acordo com o CPC 29 Ativo biológico é um animal e/ou uma planta, vivos, portanto, a cultura de soja se torna um ativo Biológico, a partir momento de sua germinação quando se torna uma planta, ate então se considera produto agrícola com os insumos na expectativa de se reproduzir ou transformar-se biologicamente (germinação, crescimento, que causam mudanças qualitativa e quantitativa no ativo biológico). Considera-se custo, todos os gastos identificáveis direta ou indiretamente com a cultura, despesa- considera-se despesa, todos os gastos não identificáveis com a cultura. ( MARION, 2012) Valor Justo (fair value) é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. O CPC 29, p.5, determina que ativos biológicos da entidade devam ser mensurados a valor justos deduzidos os custos estimados de venda quando atinge o crescimento biológico significativo, antes do crescimento significativo eles deverão ser mensurados ao custo que mais se aproxima do valor justo. Valor contábil é o montante pelo qual um ativo é reconhecido no balanço.

3 Métodos de Avaliação de Ativo biológico Para se fazer uma correta avaliação de ativos, podem-se utilizar tanto medidas de entrada (custos) quanto de saída (venda). Ambas as medidas podem ser extraídas de mercados passados, correntes ou futuros. [...] a quantidade de medidas diferentes reflete a variedade de aplicações da contabilidade, pois cada aplicação sugere uma medida distinta. Como consequência, embora haja vantagem clara na aceitação geral de um único conceito abrangente, uma análise mais atenta dos padrões de utilização indica que um único conceito de avaliação não seria capaz de atender igualmente bem todas as finalidades. O conceito apropriado, em cada caso, exige que se conheça quem usará a contabilidade e para que fim. (HENDRIKSEN & VAN BREDA, 1999, p. 304). Ao se avaliar o ativo biológico ao valor justo (valor de mercado) com o tempo ele irá crescer e se desenvolver estando assim em constantes mudanças devendo ter continuas avaliações. Essas avaliações normalmente positivas aumentarão o ativo e produzirão ganhos econômicos devendo até o momento da venda ser reconhecidos como receitas nas demonstrações do resultado. Deverão ser usados para reconhecimento os seguintes métodos: valor justo pode ter uma cotação feita através do preço de mercado, se não houver um mercado pode ser feita analise das ultimas vendas que ocorreram do bem, ou de um produto similar. Nos casos das culturas em andamento (permanentes) pode se utilizar o fluxo de caixa descontado, podendo ser utilizado o preço final, mas se considerando o valor presente. No caso da cultura de soja todos os custos são adicionados ao ciclo de vida do ativo, e o ganho só será reconhecido no momento da venda. Valor Justo de Ativo biológico O Valor justo pode ser considerado ou estipulado pelo valor que um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação ou que caracterizem uma transação compulsória. Ou também o Valor justo pode ser considerado pelo preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma transação ordenada entre os participantes do mercado na data da mensuração. Nos últimos anos, principalmente no cenário internacional, a mensuração a valor justo vem ganhando apoio para avaliação de determinados ativos, pois se acredita que essa base de mensuração possibilita uma maior credibilidade às informações disponíveis nos relatórios contábeis, além de melhor refletir a realidade econômicofinanceira das entidades (MONLLAU, ELAD e HERBOHN, 2011).

4 De acordo com o CPC 29 (2009, p. 6) se existir mercado ativo para um ativo biológico ou produto agrícola, considerando sua localização e condições atuais, o preço cotado naquele mercado é a base apropriada para determinar o seu valor justo. Conforme o FIPECAFI (2010 p.10), o objetivo da mensuração do valor justo é determinar o preço que seria recebido para vender um ativo ou pago pela transferência de um passivo na data da mensuração (preço de saída). Devido a essa possibilidade de subjetividade na mensuração e avaliação a valor justo dos ativos, faz-se necessário o estabelecimento de certas regras para reconhecimento e mensuração destes. Com o intuito de uniformizar o tratamento desses bens no patrimônio da entidade o CPC estabelece essas regras/normas. O valor justo é um critério de avaliação que está potencialmente vinculado a valores de saída, valores cotados no mercado, fluxo de caixa descontado, e outras métricas que determinem o provável valor de mercado. [...] é importante destacar que a avaliação a valor justo para certos elementos patrimoniais, principalmente os que não possuem um mercado ativo, exige certo grau de julgamento por parte do avaliador, onde pode impactar na confiabilidade dessa informação e, por conseguinte, contrapor a relevância da mesma. (YANG, ROHRBACH e CHEN, 2005). A maior vantagem de se utilizar do valor justo para mensuração do ativo é sua relevância para tomada de decisões pelos usuários. Com esse critério fica mais próximo ao valor econômico de realização do ativo, uma vez que pressupõe em seu cálculo o desconto na receita de todos os gastos evidentes e inevitáveis para que a transação comercial seja concluída. No caso do ativo biológico no momento não tenha um preço cotado em um mercado ativo, ou por estar em um estágio inicial de desenvolvimento ou porque seu ciclo de produção é excessivamente longo ou curto demais, a norma aceita o valor de custo como um indicativo do valor justo. Isto porque no primeiro caso houve apenas uma pequena transformação biológica e, no segundo a transformação biológica é imaterial, devido à duração do ciclo produtivo. Como no caso da cultura de soja que seu ciclo é bem curto de aproximadamente quatro meses. Para a avaliação do valor justo se exige conhecimentos técnicos e de mercado para se valorizar na medida em que o ativo biológico vai se desenvolvendo, pois são diferentes os benefícios econômicos gerados em cada fase de desenvolvimento. Reconhecimento e mensuração de ativo biológico O ativo biológico deve ser mensurado ao custo, menos qualquer depreciação e perda por irrecuperabilidade acumuladas, quando for dada a incapacidade para mensurar de forma confiável o

5 valor justo. Quando for possível se mensurar de forma confiável (o ativo biológico), a entidade deve mensura-lo ao seu valor justo menos as despesas de vendas, deveram continuar a mensura-lo assim ate a sua colheita, (CPC 29). Conforme Marion (2012 p.38) e o ativo biológico (soja) objeto deste artigo ate 60 dias após seu plantio não apresenta desenvolvimento suficiente para sua mensuração /avaliação através de mercado ativo devendo ser mensurado pelo seu custo, após este período o ativo biológico (soja) pode ser mensurado através do mercado (ativo) ate o momento de sua colheita, considerando as estimativas de produção na determinação de seu valor justo. O ativo biológico temporário deve ser contabilizado no ativo circulante por ter duração menor que doze meses. Segundo o, item 7 CPC29, os critérios de reconhecimento, mensuração e evidenciação dos ativos biológicos durante a fase de crescimento, degeneração, produção e reprodução, estabelecendo que, se o valor justo pode ser mensurado confiavelmente, este deve ser o critério utilizado no momento inicial e em cada data de elaboração das demonstrações contábeis, incluídas as informações trimestrais (ITR), e evidenciados na demonstração de resultados, os ganhos e perdas advindas das transformações ocorridas. Estabelecendo o tratamento contábil referente a ativos biológicos e produtos agrícolas no ponto da colheita, tomando por base o estoque formado a partir dele e também como são feita as divulgações das informações úteis aos diversos usuários. Cultura Temporária Na contabilidade agrícola consideram-se basicamente dois tipos de cultura: Temporária e Permanente (perene). Segundo Marion (2012, p.17) [...] culturas temporárias é aquelas sujeitas ao replantio após a colheita, esse tipo de cultura é também conhecido como anual. Culturas permanentes são aquelas que permanecem vinculadas ao solo e proporcionam mais de uma colheita e produção. Custos x Despesas Para Marion (2012, p.17), deve-se considerar custo da cultura, como os gastos diretos e indiretos, como as sementes, adubos, mão- de -obra (direta ou indireta) combustível, depreciação de máquinas e equipamentos utilizados na cultura, serviços agronômicos e topográficos etc. Segundo Marion (2012, p.17): [...] entende-se como despesas os gastos não identificáveis com a cultura não sendo, portanto consideradas no estoque de culturas temporárias e apropriadas como despesas do período, como despesas com vendas, propagandas, comissões, despesas administrativas, financeiras etc.

6 Soja Conforme o boletim FAEP (05/2008), o soja é uma commoditie (palavra inglesa que significa mercadoria), mas no mercado financeiro é utilizada para indicar um tipo de produto, geralmente agrícola ou mineral, de grande importância econômica internacional porque é amplamente negociado entre importadores e exportadores. O boletim FAEP (05/2008) especifica que existem bolsas de valores específicas para negociar commodities, que tem mercado ativo durante o ano todo para isso são utilizadas cotações de mercados internacionais, assim como oferta e demanda do mercado interno, tendo seus preços baseados na cotação diária da bolsa de Chicago (CBOT) e influenciado pelas variações que ocorrem no mercado internacional devido à previsão de oferta e demanda, havendo uma relação direta entre os preços domésticos e a cotação nas bolsas de mercadorias e futuros. Como a maior parte da produção brasileira é destinada a exportação seja de produto in-natura ou de derivados como óleo bruto e farelo de soja, esta cotação acaba tendo influência direta no mercado interno. ABORDAGEM METODOLÓGICA O trabalho foi fundamentado pelo Método de Pesquisa Qualitativa, pois os pesquisadores em questão estavam em contato direto com o objeto de estudo. Tratou-se de um estudo documental, no qual foram definidos os casos, coletado informações através planilhas de custo de produção. A coleta de dados foi feita através de demonstrativos para mensuração de custos e de relatórios de planejamento técnico da produção de soja da região. Foram realizados levantamentos em livros e artigos científicos referentes a ativos biológicos e de normas contábeis conforme o CPC. Os dados foram analisados através de exame de documentos, com auxilio de tabelas para se demostrar a mensuração do plantio de soja na propriedade rural, essa analise será feita através de demonstrações em planilhas eletrônicas do Excel, com as despesas do plantio e as demonstrações contábeis propostas pelo CPC 29 ativos biológicos, para uma correta avaliação e aplicação dos dados do referido estudo. O que proporciona ao pesquisador uma maior compreensão e entendimento do material publicado e sobre o assunto pesquisado, entre livros e publicações científicas, bem como favorece o entendimento e compreensão dos recentes documentos institucionais a exemplo dos recente normativos contábeis brasileiros e internacionais. Nessa perspectiva bibliográfica e documental faz-se a análise das normas internacionais e brasileiras sobre ativos biológicos, valor justo (fair value) e mensuração contábil. RESULTADOS DA PESQUISA

7 A avaliação e mensuração do ativo biológico (soja) podem ser efetuadas através do reconhecimento do stand (desenvolvimento/estágio) apresentado pela cultura, à população de plantas por hectare, de fatores climáticos passados até o momento da avaliação, da produtividade estimada para a região, de previsões futuras de preço, de intensidade pluviométrica, favorável ou desfavorável, condições de comercialização futura e mercado ativo interno e externo. A contabilidade mensurava o ativo biológico pelo valor dos custos e a partir do CPC 29, passou a mensurar pelo valor justo, ou seja, valor de mercado. A possibilidade de cálculo da produtividade pode-se considerar a partir da germinação e da população de plantas/ha, assim, foi considerada segundo informação técnica a produtividade/planta, que em média aproximadamente em toda a vagem há de 2 a 3 sementes, e o peso foi calculado a partir de um lote de 1000 sementes. PLANTAS /PRODUTIVIDADE Tabela 1 QTDE /ha PROD/ GRAOS /PLANTAPROD/ GRAOS /PLANTA Qt graos por planta Qt sementes por planta GRAOS/PLANTA PESO/1000 SEMENTES PRODUÇ/Kg/ha SCS/ha % 3 graos 31,5 94,5 0, ,00 78, sc há 20% 2 graos % 4 graos 4,5 4,5 Fonte: Dados da Pesquisa 117 A produtividade apresentada na Tabela 1 foi calculada levando em consideração a produção estimada de cultivo por hectare. Para determinar os custos de produção e despesas previstas de vendas foram utilizados dados colhidos a partir dos relatórios de planejamento técnico. O qual demostramos na tabela a seguir: Tabela 2

8 CUSTOS POR HECTARE E DESPESAS PREVISTAS DE VENDA SERVIÇOS /PLANTIO Dessecação 10,20 Plantio / adubação 40,00 Tratamento sementes 1,50 Transporte interno 12,50 Sub-Total 64,20 INSUMOS /PLANTIO Sementes 107,80 Fertilizante 291,29 Sub-Total 399,09 SERVIÇOS/MANUTENÇÃO Aplicação de herbicida 10,20 Aplicação de inseticida 40,80 Aplicação de fungicida 30,60 Aplicação de cobertura 12,00 Sub-Total 93,60 INSUMOS /MANUTENÇÃO Inseticida 77,77 Fungicida 81,25 Óleo mineral 7,54 Herbicida 23,21 Fertilizante 160,79 Sub-Total 350,56 OUTROS CUSTOS Assist. téc./ha 19,85 Sub-Total 19,85 TOTAL DOS CUSTOS 927,30 DESPESAS PREVISTAS DE VENDAS 85,00 Fonte: Dados da Pesquisa A partir dos custos de produção somados a despesas previstas de vendas, podemos avaliar o valor justo desta cultura considerando a área plantada e o número médio de sacas a ser colhido, e deste modo multiplicamos este número de sacas pelo seu valor de mercado e teremos o valor justo da cultura. Tabela 3

9 ATIVO A VALOR JUSTO Prod/ha/scs Valor/merc/sc Valor total/ha 78,00 R$ 55,00 R$ 4.290,00 (- ) Custo de produção R$ 927,30 (=) Valor justo R$ 3.362,70 (-) Ajuste com despesas previstas de vendas (=)Valor justo ajustado Fonte: Dados da Pesquisa R$ R$ 85, ,70 O valor de mercado por saca foi estipulado através do preço do dia 21/05/2013 conforme a cotação do dia na Bolsa de Valores de Chicago/USA (CBOT). Abaixo apresentamos as contabilizações e exemplificação de como será a evidenciação no Balanço Patrimonial do Ativo Biológico. Primeiro foram contabilizados os custos que foram aplicados no plantio, em seguida foi feito o ajuste a valor justo conforme o valor de mercado e na sequencia foram contabilizadas os ajustes com as despesas previstas com a colheita. ATIVO BIOLOGICO RESULTADO ATIVO BIOLOGICO CAIXA FORNECEDORES SOJA AJUSTE AO VALOR JUSTO VALOR JUSTO -SOJA 927,30 (L 1) (L 1) 927, ,70 (L2) ( L 2) 3.362,70 ( L 3) 85,00 85,00 (L 3) 3.277, ,70 1 Custo aplicado a cultura 2 Valor justo (4290,00-927,30=3277,70) 3 Ajuste do valor justo com as despesas previstas de vendas Quadro 1: Contabilização dos Custos e ajuste a Valor de Mercado do Ativo Biológico. Fonte: Dados da Pesquisa ATIVO PASSIVO Circulante Circulante Disponivel fornecedores Ativo biologico cultura temporaria 4.205,00 Plantio da soja (ativo biologico ) 927,30 Ajuste valor justo ativo biologico 3.277,70 Patrimonio Liquido Estoque de produtos agricolas Capital social Soja Lucros ou prejuizos acumulados Não circulante Imobilizado Quadro2: Evidenciação do Ativo Biológico no Balanço Patrimonial. Fonte: Dados da Pesquisa Na sequência foram contabilizados os custos da colheita no valor de R$ 90,00 contra o ajuste no valor justo do ativo biológico e transferência para o produto agrícola soja e exemplificação de evidenciação no Balanço Patrimonial. Nessa etapa o ativo biológico se transformou em produto agrícola.

10 ESTOQUE ATIVO BIOLOGICO RESULTADO ATIVO BIOLOGICO DE PRODUTO AGRICOLA CAIXA FORNECEDORES SOJA AJUSTE AO VALOR JUSTO VALOR JUSTO -SOJA (L 3) 1.017,30 90,00 (L1) (SI) 927, ,70 (SI) ( SI) 3.277,70 (L 4) 3.187,70 (L1) 90,00 (L2) 90,00 90,00 (L 2) 1.017, , , , ,30 (L3) 3.187,70 (L4) 1 Custo da colheita 2 Ajuste do valor justo do ativo biologico 3 transferencia do custo para produto agricola 4 transferencia do valor justo para produto agricola Quadro 3: Contabilização da Transformação do Ativo Biológico para Produto Agrícola Fonte: Dados da Pesquisa ATIVO PASSIVO Circulante Circulante Disponivel fornecedores Ativo biologico cultura temporaria Plantio da soja (ativo biologico ) Ajuste valor justo ativo biologico Patrimonio Liquido Estoque de produtos agricolas 4.205,00 Capital social Soja 4.205,00 Lucros ou prejuizos acumulados Não circulante Imobilizado Quadro 4: Evidenciação do Produto Agrícola no Balanço Patrimonial. Fonte: Dados da Pesquisa Na sequencia contabilizamos a venda do produto agrícola, suas despesas com a respectiva venda os custos com o produto agrícola e a baixa desse valor e a baixa do produto a seu valor justo. ESTOQUE RESULTADO RESULTADO CAIXA DE PRODUTO AGRICOLA VENDA DESPESAS COM VENDAS (L 1) 4290,00 (SI) 4.205, ,00 (L 1) ( L2) 85,00 85,00 (L 2 ) 4.205,00 (L3) RESULTADO AJUSTE AO VALOR JUSTO RESULTADO 3.187,70 (SI) CUSTOS DAS VENDAS (L4) 3.187,70 ( L 3) 4.205,00 1 venda do produto agricola soja 3.187,70 (L4) 2 despesas com vendas 1.017,30 3 baixa do custo do produto Agricola 4 Baixa do produto ao valor justo Quadro5: Contabilização da Venda do Produto Agrícola Fonte: Dados da Pesquisa Após o encerramento da conta de resultados teremos a seguinte DRE.

11 DEMONSTRAÇAO DE RESULTADO Venda de produtos agricolas R$ 4.290,00 (-)Custo produto agricola 1.017,30 (=)Lucro bruto R$ 3.272,70 (-) Despesa operacionais 85,00 (=) Lucro na atividade R$ 3.187,70 Quadro6: Demonstração do Resultado do Exercício. Fonte: Dados da Pesquisa CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo desse estudo foi realizar um demonstrativo da aplicação das normas contábeis propostas pelo CPC 29 na cultura de soja em uma propriedade rural do município de Campo Mourão. Com o auxilio dos dados levantados na pesquisa, foi possível verificar a mensuração de ativos biológicos através do valor justo ou o valor de mercado, pois demonstra o real valor do ativo e a estimativa de se aumentar o Patrimônio Líquido, proporcionalmente, à medida que se desenvolve a cultura, além de estar se adequando as normas internacionais de contabilidade. Conclui-se que a indicação do valor justo para mensuração dos ativos biológicos na cultura da soja está de acordo com as especificidades do setor agrícola já que, trata-se em essência de um mercado com vendedores dispostos à negociação, produto homogêneo (commodities) e preços disponíveis ao público. O valor justo é um método mais útil para a tomada de decisão uma vez que permite reconhecer o ganho econômico da produção ainda que não tenha ocorrido a transferência física ao mercado. Destaca-se ainda que, a indicação do valor justo para o cultivo da soja está de acordo com a teoria contábil, uma vez que o ativo deve evidenciar os benefícios futuros que serão gerados e o mesmo representa em essência, uma medida de saída, em condições normais de negociação transação ordenada, com foco no mercado agrícola, participantes do mercado e definida em uma determinada data assim como acontece com o preço da soja. REFERÊNCIAS COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS CPC. Pronunciamento Técnico CPC 29 - Ativo Biológico e Produto Agrícola. Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 41. CUNHA, Augusto Cezar do FILHO, Silva; MARTINS, Vinícius; GOMES, Márcio Machado; VERAS, André: Adoção do Valor Justo Para os Ativos Biológicos: Análise de sua Relevância e de seus Impactos no Patrimônio Líquido, XXXVI encontro da Enanpad, Rio de Janeiro, Set Disponível em < CON1359 Pdf. FIPECAFI, Ernst & Young. Manual de Normas Internacionais de Contabilidade: IFRS versus normas brasileiras: 2ª ed.; São Paulo: Atlas, GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social: 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1999.

12 FAEP, Sistema, BOZZA, Gilda: Agronegócios: Mercado da Soja e do Milho, Setembro Curitiba-PR; Faep, FREIRE, Fátima de Souza; PRADO Sara Soares do; MARQUES, Matheus de Mendonça; PEREIRA, Ednei Morais: Valor justo dos ativos biológicos: um estudo sobre a aplicabilidade do CPC 29 em um jardim zoológico, Gestão Contemporânea, Porto Alegre, ano 9, n. 12, p , jul./dez. 2012: Disponível em: < php/arquivo> Valor justo dos ativos biológicos: um estudo sobre a aplicabilidade do CPC 29. LIMA, Silene Jucelino de; PEREIRA, Antônio Nunes. Ativos Biológicos: uma análise documental e descritiva sobre a mensuração da IAS 41 e do CPC 29 numa perspectiva de Teoria Contábil Normativa; XIII ENGEMA, São Paulo, MARION, José Carlos. Contabilidade rural, 13ª ed. São Paulo: Atlas, 2012.

Contabilidade Avançada Ajuste a valor presente e mensuração ao valor justo

Contabilidade Avançada Ajuste a valor presente e mensuração ao valor justo Contabilidade Avançada Ajuste a valor presente e mensuração ao valor justo Prof. Dr. Adriano Rodrigues Assuntos abordados nesse tópico: Ajuste a valor presente: Fundamentação Mensuração ao valor justo

Leia mais

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 16(R1) Estoques

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 16(R1) Estoques COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 16(R1) Estoques Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 2 (IASB) Índice Item OBJETIVO 1 ALCANCE 2 5 DEFINIÇÕES 6 8 MENSURAÇÃO

Leia mais

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil.

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil. Avaliação e Mensuração de Bens Patrimoniais em Entidades do Setor Público 1. DEFINIÇÕES Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior

Leia mais

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 16. Estoques. Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 2 (IASB)

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 16. Estoques. Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 2 (IASB) COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 16 Estoques Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 2 (IASB) Índice Item OBJETIVO 1 ALCANCE 2 5 DEFINIÇÕES 6 8 MENSURAÇÃO

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, NOTA - A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Interpretação de IT 12 para ITG 12 e de outras normas citadas: de NBC T 19.1 para NBC TG 27; de NBC T 19.7 para NBC TG 25; de NBC

Leia mais

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.137/08 Aprova a NBC T 16.10 Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e

Leia mais

Unidade II. Unidade II

Unidade II. Unidade II Unidade II 2 Outras metodologias aplicadas 2.1 Metodologia do valor patrimonial de mercado Nesta metodologia, o enfoque é a determinação do valor da empresa a partir de seu valor patrimonial de mercado.

Leia mais

Adoção e Aplicação da IFRS

Adoção e Aplicação da IFRS IFRS Normas internacionais de contabilidade PARTE I Adoção e Aplicação da IFRS AULA 2 Prof. MSc. Márcio de Souza e Silva Objetivos: Compreender como adotar e implementar pela primeira vez as normas internacionais

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

Bacharelado CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Parte 6

Bacharelado CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Parte 6 Bacharelado em CIÊNCIAS CONTÁBEIS Parte 6 1 NBC TG 16 - ESTOQUES 6.1 Objetivo da NBC TG 16 (Estoques) O objetivo da NBC TG 16 é estabelecer o tratamento contábil para os estoques, tendo como questão fundamental

Leia mais

CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP. PROF. Ms. EDUARDO RAMOS. Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO

CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP. PROF. Ms. EDUARDO RAMOS. Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP PROF. Ms. EDUARDO RAMOS Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS E ESTRUTURA CONCEITUAL 3. O CICLO CONTÁBIL

Leia mais

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 12 Ajuste a Valor Presente.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 12 Ajuste a Valor Presente. COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC CPC 12 Ajuste a Valor Presente. Estabelece a obrigatoriedade do ajuste a valor presente nos realizáveis e exigíveis a longo prazo e, no caso de efeito relevante,

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Normas Contábeis ICPC 10 - Interpretação Sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Normas Contábeis ICPC 10 - Interpretação Sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado Normas Contábeis ICPC 10 - Interpretação Sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado 13/11/2014 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas Apresentadas pelo Cliente... 3 3. Análise da Consultoria...

Leia mais

FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas FTAD Contabilidade e Finanças. Prof. Moab Aurélio

FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas FTAD Contabilidade e Finanças. Prof. Moab Aurélio FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas FTAD Contabilidade e Finanças Prof. Moab Aurélio Competências a serem trabalhadas PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO GESTÃO FINANCEIRA CONTABILIDADE ACI : ESTUDO

Leia mais

Boletim. Contabilidade Internacional. Manual de Procedimentos

Boletim. Contabilidade Internacional. Manual de Procedimentos Boletim Manual de Procedimentos Contabilidade Internacional Custos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores mobiliários - Tratamento em face do Pronunciamento Técnico CPC 08 - Exemplos SUMÁRIO

Leia mais

Teste de recuperabilidade Impairment test

Teste de recuperabilidade Impairment test 1 Teste de recuperabilidade Impairment test A informação tem sido considerada o principal insumo para a obtenção de um conhecimento maior acerca das decisões que devem ser tomadas no âmbito das organizações.

Leia mais

ATIVO Explicativa 2012 2011 PASSIVO Explicativa 2012 2011

ATIVO Explicativa 2012 2011 PASSIVO Explicativa 2012 2011 ASSOCIAÇÃO DIREITOS HUMANOS EM REDE QUADRO I - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO (Em reais) Nota Nota ATIVO Explicativa PASSIVO Explicativa CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa 4 3.363.799

Leia mais

INSTRUMENTOS FINANCEIROS

INSTRUMENTOS FINANCEIROS INSTRUMENTOS FINANCEIROS Afonso Henrique Carvalho França* DEFINIÇÕES O Comitê de Pronunciamento Contábil emitiu durante o ano de 2009 os seguintes pronunciamentos sobre os instrumentos financeiros: CPC

Leia mais

CPC 27 - IMOBILIZADO CPC - 27. Prof. Ms. Maurício F. Pocopetz

CPC 27 - IMOBILIZADO CPC - 27. Prof. Ms. Maurício F. Pocopetz CPC 27 - IMOBILIZADO CPC - 27 Prof. Ms. Maurício F. Pocopetz OBJETIVO É estabelecer o tratamento contábil para ativos imobilizados, de forma que os usuários possam discernir a informação sobre o investimento

Leia mais

IFRS EM DEBATE: Aspectos gerais do CPC da Pequena e Média Empresa

IFRS EM DEBATE: Aspectos gerais do CPC da Pequena e Média Empresa IFRS EM DEBATE: Aspectos gerais do CPC da Pequena e Média Empresa outubro/2010 1 SIMPLIFICAÇÃO DOS PRONUNCIAMENTOS: Pronunciamento CPC PME - Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas (225 páginas)

Leia mais

Contabilidade Avançada

Contabilidade Avançada Contabilidade Avançada Estoques Prof. Dr. Adriano Rodrigues Normas Contábeis sobre Estoques: No IASB: IAS 2 Inventories No CPC: CPC 16 (R1) Estoques Fundamentação no Brasil: Quem já aprovou o CPC 16 (R1)?

Leia mais

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS ANA BEATRIZ DALRI BRIOSO¹, DAYANE GRAZIELE FANELLI¹, GRAZIELA BALDASSO¹, LAURIANE CARDOSO DA SILVA¹, JULIANO VARANDAS GROPPO². 1 Alunos do 8º semestre

Leia mais

O Impacto da Lei 11.638/07 no encerramento das Demonstrações Contábeis de 2008

O Impacto da Lei 11.638/07 no encerramento das Demonstrações Contábeis de 2008 O Impacto da Lei 11.638/07 no encerramento das Demonstrações Contábeis de 2008 Pronunciamento CPC 013 Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória no 449/08 Antônio Carlos Palácios Vice-Presidente

Leia mais

ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A

ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A José Jonas Alves Correia 4, Jucilene da Silva Ferreira¹, Cícera Edna da

Leia mais

Luciano Silva Rosa Contabilidade 03

Luciano Silva Rosa Contabilidade 03 Luciano Silva Rosa Contabilidade 03 Resolução de três questões do ICMS RO FCC -2010 Vamos analisar três questões do concurso do ICMS RO 2010, da FCC, que abordam alguns pronunciamentos do CPC. 35) Sobre

Leia mais

6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro

6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro TÍTULO : PLANO CONTÁBIL DAS INSTITUIÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - COSIF 1 6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro 1. Aplicação 1- As instituições

Leia mais

MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTÁBIL

MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTÁBIL MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTÁBIL Disciplina: Teoria Contábil do Lucro Prof. Paulo Arnaldo OLAK E-mail: olak@uel.br 1 Quantia que pode ser consumida sem prejudicar o capital, tanto o capital fixo quanto

Leia mais

OBRIGATORIEDADE DA EVIDENCIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

OBRIGATORIEDADE DA EVIDENCIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATORIEDADE DA EVIDENCIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Marivane Orsolin 1 ; Marlene Fiorentin 2 ; Odir Luiz Fank Palavras-chave: Lei nº 11.638/2007. Balanço patrimonial. Demonstração do resultado

Leia mais

CPC 25 Provisões, Passivos e Ativos Contingentes

CPC 25 Provisões, Passivos e Ativos Contingentes Resumo Objetivo Estabelecer que sejam aplicados critérios de reconhecimento e bases de mensuração apropriados a provisões e a passivos e ativos contingentes e que seja divulgada informação suficiente nas

Leia mais

NBC TG 46: Mensuração a Valor Justo

NBC TG 46: Mensuração a Valor Justo NBC TG 46: Mensuração a Valor Justo Professor Associado da Fucape Business School / Diretor de Educação e Pesquisa da FBC/ Membro do Consultative Advisory Group do IAESB fabio@fucape.br IX Encontro de

Leia mais

PROCESSO DE CONVERGÊNCIA DA CONTABILIDADE PÚBLICA MUNICIPAL. Parte 3 Procedimento Contábil da Reavaliação

PROCESSO DE CONVERGÊNCIA DA CONTABILIDADE PÚBLICA MUNICIPAL. Parte 3 Procedimento Contábil da Reavaliação PROCESSO DE CONVERGÊNCIA DA CONTABILIDADE PÚBLICA MUNICIPAL Parte 3 Procedimento Contábil da Reavaliação Conforme comentado na parte 2, durante o período de transição da contabilidade municipal aos novos

Leia mais

O Comitê de Pronunciamentos - CPC. Irineu De Mula Diretor da Fundação Brasileira de Contabilidade - FBC

O Comitê de Pronunciamentos - CPC. Irineu De Mula Diretor da Fundação Brasileira de Contabilidade - FBC O Comitê de Pronunciamentos - CPC Irineu De Mula Diretor da Fundação Brasileira de - FBC Objetivo: O estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de e a divulgação de informações

Leia mais

DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA)

DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA) DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA) Explica os motivos da variação entre o saldo inicial e o final da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. DLPA PATRIMÔNIO LÍQUIDO ------- ------- Lucros

Leia mais

É aquele em que não há transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo.

É aquele em que não há transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. 1. CONCEITO de ARRENDAMENTO MERCANTIL Arrendamento mercantil é um acordo pelo qual o arrendador transmite ao arrendatário em troca de um pagamento ou série de pagamentos o direito de usar um ativo por

Leia mais

CORREÇÃO PROVA AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL - 2014

CORREÇÃO PROVA AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL - 2014 Olá, pessoal. Como estão? A seguir a correção da prova de Agente de Polícia Federal, realizada neste final de semana, pelo CESPE. Há possibilidade de recurso na questão 86, sobre superveniências e insubsistências!

Leia mais

Contabilização de planos de benefícios segundo o CPC 33 Benefícios a empregados (IAS 19)

Contabilização de planos de benefícios segundo o CPC 33 Benefícios a empregados (IAS 19) Contabilização de planos de benefícios segundo o CPC 33 Benefícios a empregados (IAS 19) Classificação, contabilização de planos de contribuição definida e introdução aos planos de benefício definido.

Leia mais

Custo de Produção do Milho Safrinha 2012

Custo de Produção do Milho Safrinha 2012 09 Custo de Produção do Milho Safrinha 2012 1 Carlos DirceuPitol Luiz2 Broch1 Dirceu Luiz Broch Roney Simões Pedroso2 9.1. Introdução Os sistemas de produção da atividade agropecuária cada vez requerem

Leia mais

IFRS PME Imobilizado e Arrendamento

IFRS PME Imobilizado e Arrendamento IFRS PME Imobilizado e Arrendamento Luciano Perrone lucianoperrone@rptreinamento.com.br www.rptreinamento.com.br Julho de 2011 REFLEXÃO INICIAL Fonte: www.uol.com.br Fonte: www.uol.com.br Fonte: Portal

Leia mais

INSTRUÇÃO CVM Nº 469, DE 2 DE MAIO DE 2008

INSTRUÇÃO CVM Nº 469, DE 2 DE MAIO DE 2008 Dispõe sobre a aplicação da Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera as Instruções CVM n 247, de 27 de março de 1996 e 331, de 4 de abril de 2000. A PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS

Leia mais

IFRS TESTE DE RECUPERABILIDADE CPC 01 / IAS 36

IFRS TESTE DE RECUPERABILIDADE CPC 01 / IAS 36 IFRS TESTE DE RECUPERABILIDADE CPC 01 / IAS 36 1 Visão geral O CPC 01 é a norma que trata do impairment de ativos ou, em outras palavras, da redução ao valor recuperável de ativos. Impairment ocorre quando

Leia mais

SEMINÁRIO ABRASCA A NOVA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (LEI 12.973/14) AJUSTE A VALOR JUSTO E AJUSTE A VALOR PRESENTE

SEMINÁRIO ABRASCA A NOVA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (LEI 12.973/14) AJUSTE A VALOR JUSTO E AJUSTE A VALOR PRESENTE SEMINÁRIO ABRASCA A NOVA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (LEI 12.973/14) AJUSTE A VALOR JUSTO E AJUSTE A VALOR PRESENTE Considerações gerais Tratamento tributário e suas restrições Ajuste a Valor Presente AVP Ajuste

Leia mais

DELIBERAÇÃO CVM Nº 731, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2014

DELIBERAÇÃO CVM Nº 731, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2014 Aprova a Interpretação Técnica ICPC 20 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de limite de ativo de benefício definido, requisitos de custeio (funding) mínimo e sua interação. O PRESIDENTE DA

Leia mais

1-DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS 1.1 OBJETIVO E CONTEÚDO

1-DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS 1.1 OBJETIVO E CONTEÚDO 2 -DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS. OBJETIVO E CONTEÚDO Os objetivos da Análise das Demonstrações Contábeis podem ser variados. Cada grupo de usuários pode ter objetivos específicos para analisar as Demonstrações

Leia mais

Empreendimentos Florestais Santa Cruz Ltda. Demonstrações financeiras em 30 de setembro de 2009 e relatório dos auditores independentes

Empreendimentos Florestais Santa Cruz Ltda. Demonstrações financeiras em 30 de setembro de 2009 e relatório dos auditores independentes Empreendimentos Florestais Santa Cruz Ltda. Demonstrações financeiras em 30 de setembro de 2009 e relatório dos auditores independentes Relatório dos auditores independentes Aos Administradores e Quotistas

Leia mais

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 23 (IASB BV 2011) Índice OBJETIVO 1 Item ALCANCE 2

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 3 Gestão de capital de giro Introdução Entre as aplicações de fundos por uma empresa, uma parcela ponderável destina-se ao que, alternativamente, podemos chamar de ativos correntes, ativos circulantes,

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

Demonstrações Contábeis

Demonstrações Contábeis Demonstrações Contábeis Resumo Demonstrações contábeis são informações e dados que as empresas oferecem ao fim de cada exercício, com a finalidade de mostrar aos acionistas, ao governo e todos os interessados,

Leia mais

Taxa de Aplicação de CIP (Custos Indiretos de Produção)

Taxa de Aplicação de CIP (Custos Indiretos de Produção) Projeto Curso Disciplina Tema Professor Pós-graduação MBA em Engenharia de Produção Custos Industriais Aplicação de Custos Diretos e Indiretos Luizete Fabris Introdução tema. Assista à videoaula do professor

Leia mais

Prefácio à décima terceira edição, xv. Prefácio à primeira edição, xvii

Prefácio à décima terceira edição, xv. Prefácio à primeira edição, xvii Prefácio à décima terceira edição, xv Prefácio à primeira edição, xvii 1 Atividade rural conceitos básicos, 1 1 Empresas rurais, 2 1.1 Atividade agrícola, 2 1.2 Atividade zootécnica (criação de animais),

Leia mais

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A.

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A. Universidade Federal do Pará Centro: Sócio Econômico Curso: Ciências Contábeis Disciplina: Análise de Demonstrativos Contábeis II Professor: Héber Lavor Moreira Aluno: Roberto Lima Matrícula:05010001601

Leia mais

2. Esta Norma não se aplica também à mensuração dos estoques mantidos por:

2. Esta Norma não se aplica também à mensuração dos estoques mantidos por: NBC TSP 12 Estoques Objetivo 1. O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer o tratamento contábil para os estoques. Uma questão fundamental na contabilização dos estoques é quanto ao valor do custo a

Leia mais

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE GERAL

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE GERAL PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE GERAL Aspectos Contabilidade Pública Contabilidade Geral Legislação Lei nº 4.320/64 Lei nº 6.404/76 Princípios PFC e Princípios PFC

Leia mais

IFRS A nova realidade de fazer Contabilidade no Brasil

IFRS A nova realidade de fazer Contabilidade no Brasil Ano X - Nº 77 - Julho/Agosto de 2014 IFRS A nova realidade de fazer Contabilidade no Brasil Profissionais da Contabilidade deverão assinar prestações de contas das eleições Ampliação do Simples Nacional

Leia mais

Programas de Auditoria para Contas do Ativo

Programas de Auditoria para Contas do Ativo Programas de Auditoria para Contas do Ativo ATIVO CIRCULANTE Auditoria Contábil PASSIVO E PATRIMÔMIO LÍQUIDO CIRCULANTE Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras Contas a Receber Estoques Impostos a Recuperar

Leia mais

Sumário do Pronunciamento Técnico CPC 04. Ativo Intangível

Sumário do Pronunciamento Técnico CPC 04. Ativo Intangível Sumário do Pronunciamento Técnico CPC 04 Ativo Intangível Observação: Este sumário, que não faz parte do Pronunciamento, está sendo apresentado apenas para identificação dos principais pontos tratados,

Leia mais

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE TÉCNICA DO SETOR PÚBLICO NBCT (IPSAS)

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE TÉCNICA DO SETOR PÚBLICO NBCT (IPSAS) NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE TÉCNICA DO SETOR PÚBLICO NBCT (IPSAS) Temas para Discussão 1) DISPOSIÇÕES GERAIS 2) DEFINIÇÕES GERAIS 3) CARACTERÍSTICAS E ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO DE CUSTOS 4) EVIDENCIAÇÃO

Leia mais

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/2013 - INEPAR TELECOMUNICAÇÕES SA Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/2013 - INEPAR TELECOMUNICAÇÕES SA Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2 Índice Dados da Empresa Composição do Capital 1 DFs Individuais Balanço Patrimonial Ativo 2 Balanço Patrimonial Passivo 3 Demonstração do Resultado 4 Demonstração do Resultado Abrangente 5 Demonstração

Leia mais

Raízen Combustíveis S.A.

Raízen Combustíveis S.A. Balanço patrimonial consolidado e condensado (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) Ativo 30.06.2014 31.03.2014 Passivo 30.06.2014 31.03.2014 Circulante Circulante Caixa e equivalentes

Leia mais

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques Seguindo a estrutura proposta em Dornelas (2005), apresentada a seguir, podemos montar um plano de negócios de forma eficaz. É importante frisar

Leia mais

NBC T 19.4 - Subvenção e Assistência Governamentais Pronunciamento Técnico CPC 07

NBC T 19.4 - Subvenção e Assistência Governamentais Pronunciamento Técnico CPC 07 NBC T 19.4 - Subvenção e Assistência Governamentais Pronunciamento Técnico CPC 07 José Félix de Souza Júnior Objetivo e Alcance Deve ser aplicado na contabilização e na divulgação de subvenção governamental

Leia mais

Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS. Prof. Walter Dominas

Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS. Prof. Walter Dominas Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Prof. Walter Dominas Conteúdo programático Unidade I Avaliação de Empresas Metodologias Simples Unidade II Avaliação de Empresas - Metodologias Complexas

Leia mais

BALANÇO PATRIMONIAL / composição 1

BALANÇO PATRIMONIAL / composição 1 BALANÇO PATRIMONIAL / composição 1 ATIVO CIRCULANTE Compreende contas que estão constantemente em giro, sua conversão em moeda corrente ocorrerá, no máximo, até o próximo exercício social. As contas devem

Leia mais

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA Sumário 1. Considerações Iniciais 2. Estrutura da Demonstração do Valor Adicionado 2.1 - Grupo de Receita Bruta - Outras Receitas 2.2 - Grupo de Insumos Adquiridos

Leia mais

APURAÇÃO DO RESULTADO (1)

APURAÇÃO DO RESULTADO (1) APURAÇÃO DO RESULTADO (1) Isnard Martins - UNESA Rodrigo de Souza Freitas http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/rodrigosfreitas/conhecendocontabilidade012.asp 1 Apuração do Resultado A maioria das

Leia mais

DECIFRANDO O CASH FLOW

DECIFRANDO O CASH FLOW Por: Theodoro Versolato Junior DECIFRANDO O CASH FLOW Para entender melhor o Cash Flow precisamos entender a sua origem: Demonstração do Resultado e Balanço Patrimonial. O Cash Flow é a Demonstração da

Leia mais

ASPECTOS GERAIS NA ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DAS EMPRESAS

ASPECTOS GERAIS NA ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DAS EMPRESAS ASPECTOS GERAIS NA ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DAS EMPRESAS Resolução CFC nº 1.418/2012 ITG 1000. CONVÊNIO CRCGO / SCESGO NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE MODELO CONTÁBIL PARA MICROEMPRESA

Leia mais

ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS. Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis

ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS. Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis Introdução As empresas de seguros são estruturas que apresentam características próprias. Podem se revestir

Leia mais

SUR REDE UNIVERSITÁRIA DE DIREITOS HUMANOS

SUR REDE UNIVERSITÁRIA DE DIREITOS HUMANOS SUR REDE UNIVERSITÁRIA DE DIREITOS HUMANOS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010 SUR REDE UNIVERSITÁRIA DE DIREITOS HUMANOS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010 CONTEÚDO

Leia mais

Vamos, então, à nossa aula de hoje! Demonstração de Fluxo de Caixa (2.ª parte) Método Indireto

Vamos, então, à nossa aula de hoje! Demonstração de Fluxo de Caixa (2.ª parte) Método Indireto Olá, pessoal! Aqui estou eu de novo, para continuar o assunto da aula passada: Fluxo de Caixa e Demonstração do Fluxo de Caixa. Assunto da maior importância, que está sendo cobrado nos atuais concursos

Leia mais

Milho Período: 11 a 15/05/2015

Milho Período: 11 a 15/05/2015 Milho Período: 11 a 15/05/2015 Câmbio: Média da semana: U$ 1,00 = R$ 3,0203 Nota: A paridade de exportação refere-se ao valor/sc desestivado sobre rodas, o que é abaixo do valor FOB Paranaguá. *Os preços

Leia mais

NBC T 19.17 - AJUSTE A VALOR PRESENTE CPC 12

NBC T 19.17 - AJUSTE A VALOR PRESENTE CPC 12 NBC T 19.17 - AJUSTE A VALOR PRESENTE CPC 12 FEVEREIRO DE 2008 1 AJUSTE A VALOR PRESENTE - AVP O AVP tem como objetivo o ajuste para demonstrar o valor presente de um fluxo de caixa futuro. Que pode estar

Leia mais

NORMAS CONTÁBEIS APLICÁVEIS ÀS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS NO BRASIL: SEGUNDO AS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE ALUNO: MINASSON ELIAS FERREIRA

NORMAS CONTÁBEIS APLICÁVEIS ÀS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS NO BRASIL: SEGUNDO AS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE ALUNO: MINASSON ELIAS FERREIRA CIÊNCIAS CONTÁBEIS NORMAS CONTÁBEIS APLICÁVEIS ÀS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS NO BRASIL: SEGUNDO AS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE ALUNO: MINASSON ELIAS FERREIRA ORIENTADOR: PROF. Ms. GESIEL DE

Leia mais

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 02 (R2) Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 02 (R2) Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 02 (R2) Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade

Leia mais

ABERTURA DAS CONTAS DA PLANILHA DE RECLASSIFICAÇÃO DIGITAR TODOS OS VALORES POSITIVOS.

ABERTURA DAS CONTAS DA PLANILHA DE RECLASSIFICAÇÃO DIGITAR TODOS OS VALORES POSITIVOS. ABERTURA DAS CONTAS DA PLANILHA DE RECLASSIFICAÇÃO DIGITAR TODOS OS VALORES POSITIVOS. I. BALANÇO ATIVO 111 Clientes: duplicatas a receber provenientes das vendas a prazo da empresa no curso de suas operações

Leia mais

CPC 15. Combinações de Negócios. Conselho Regional de Contabilidade - CE AUDIT

CPC 15. Combinações de Negócios. Conselho Regional de Contabilidade - CE AUDIT CPC 15 Combinações de Negócios Conselho Regional de Contabilidade - CE AUDIT Agenda Introdução e Objetivos Alcance Definições e Escopo Tipos de Aquisições Aplicação do Método de Aquisição Ativos e Passivos

Leia mais

Princípios primeiros pronunciamentos para orientação de contadores;

Princípios primeiros pronunciamentos para orientação de contadores; ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE Prof. Francisco Marcelo Avelino Junior, MsC. EVOLUÇÃO HISTÓRICA Princípios primeiros pronunciamentos para orientação de contadores; Princípios Contábeis representam

Leia mais

ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS

ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS PAULO NAZARENO CARDOSO DA SILVA GRADUANDO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS UNIVERSIDADE

Leia mais

PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 06 (R1) Operações de Arrendamento Mercantil. CVM - Deliberação nº. 645/10; CFC - NBC TG 06 - Resolução nº. 1.

PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 06 (R1) Operações de Arrendamento Mercantil. CVM - Deliberação nº. 645/10; CFC - NBC TG 06 - Resolução nº. 1. PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 06 (R1) Operações de Arrendamento Mercantil CVM - Deliberação nº. 645/10; CFC - NBC TG 06 - Resolução nº. 1.304/10; 1 OBJETIVO O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer,

Leia mais

CONVERSAO DE DEMONSTRACOES CONTABEIS EM MOEDA. ESTRAGEIRA: FASB nº 8 e FASB nº 52

CONVERSAO DE DEMONSTRACOES CONTABEIS EM MOEDA. ESTRAGEIRA: FASB nº 8 e FASB nº 52 CONVERSAO DE DEMONSTRACOES CONTABEIS EM MOEDA Evolução das Normas de Contabilidade aplicadas no EUA Critérios Contábeis brasileiros e americanos (USGAAP) Objetivos da conversão de demonstrações contábeis

Leia mais

Conceito de Contabilidade

Conceito de Contabilidade !" $%&!" #$ "!%!!&$$!!' %$ $(%& )* &%""$!+,%!%!& $+,&$ $(%'!%!-'"&!%%.+,&(+&$ /&$/+0!!$ & "!%!!&$$!!' % $ $(% &!)#$ %1$%, $! "# # #$ &&$ &$ 0&$ 01% & $ #$ % & #$&&$&$&* % %"!+,$%2 %"!31$%"%1%%+3!' #$ "

Leia mais

Custeio Variável e Margem de Contribuição

Custeio Variável e Margem de Contribuição Tema Custeio Variável e Margem de Contribuição Projeto Curso Disciplina Tema Professora Pós-graduação MBA em Engenharia da Produção Custos Industriais Custeio Variável e Margem de Contribuição Luizete

Leia mais

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO Olá, pessoal! Hoje trago uma aula sobre a Demonstração do Valor Adicionado DVA, que foi recentemente tornada obrigatória para as companhias abertas pela Lei 11.638/07, que incluiu o inciso V ao art. 176

Leia mais

OFÍCIO-CIRCULAR/CVM/SIN/SNC/ Nº 01/2012. Rio de Janeiro, 04 de dezembro de 2012

OFÍCIO-CIRCULAR/CVM/SIN/SNC/ Nº 01/2012. Rio de Janeiro, 04 de dezembro de 2012 OFÍCIO-CIRCULAR/CVM/SIN/SNC/ Nº 01/2012 Rio de Janeiro, 04 de dezembro de 2012 Assunto: Orientação sobre os deveres e responsabilidades dos administradores e dos auditores independentes, na elaboração

Leia mais

Comentários da prova ISS-SJC/SP Disciplina: Contabilidade Professor: Feliphe Araújo

Comentários da prova ISS-SJC/SP Disciplina: Contabilidade Professor: Feliphe Araújo Disciplina: Professor: Feliphe Araújo Olá amigos, Comentários da prova ISS-SJC/SP ANÁLISE DA PROVA DE CONTABILIDADE - ISS-SJC/SP Trago para vocês os comentários da prova do concurso de Auditor Tributário

Leia mais

IAS 38 Ativos Intangíveis

IAS 38 Ativos Intangíveis 2011 Sumário Técnico IAS 38 Ativos Intangíveis emitido até 1 Janeiro 2011. Inclui os IFRSs com data de vigência a paritr de 1º de janeiro de 2011, porém não inclui os IFRSs que serão substituídos. Este

Leia mais

INSTRUÇÃO CVM Nº 475, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2008

INSTRUÇÃO CVM Nº 475, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2008 Dispõe sobre a apresentação de informações sobre instrumentos financeiros, em nota explicativa específica, e sobre a divulgação do quadro demonstrativo de análise de sensibilidade. Revoga a Instrução CVM

Leia mais

Empresas de Capital Fechado, ou companhias fechadas, são aquelas que não podem negociar valores mobiliários no mercado.

Empresas de Capital Fechado, ou companhias fechadas, são aquelas que não podem negociar valores mobiliários no mercado. A Ação Os títulos negociáveis em Bolsa (ou no Mercado de Balcão, que é aquele em que as operações de compra e venda são fechadas via telefone ou por meio de um sistema eletrônico de negociação, e onde

Leia mais

Investimento em. Controlado em Conjunto (Joint Venture) Contabilidade Avançada. Normas Contábeis: Fundamentação no Brasil:

Investimento em. Controlado em Conjunto (Joint Venture) Contabilidade Avançada. Normas Contábeis: Fundamentação no Brasil: Contabilidade Avançada Prof. Dr. Adriano Rodrigues Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture) Normas Contábeis: No IASB: IAS 31 Interests in Joint Ventures No CPC: CPC 19 (R1)

Leia mais

Instrumentos Financeiros e Derivativos Investimentos Temporários

Instrumentos Financeiros e Derivativos Investimentos Temporários Instrumentos Financeiros e Derivativos Investimentos Temporários Aplicações da Lei 11.638/07, da MP449/08 e do CPC 14 Prof. Dr. Fernando Caio Galdi Fucape Business School Instrumentos Financeiros Não derivativos

Leia mais

DELIBERAÇÃO CVM Nº 534, DE 29 DE JANEIRO DE 2008

DELIBERAÇÃO CVM Nº 534, DE 29 DE JANEIRO DE 2008 TEXTO INTEGRAL DA, COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA DELIBERAÇÃO CVM Nº 624, DE 28 DE JANEIRO DE 2010 (DOCUMENTO DE REVISÃO CPC Nº 01) Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 02 do Comitê de Pronunciamentos

Leia mais

CRITÉRIOS / Indicadores

CRITÉRIOS / Indicadores CRITÉRIOS / Indicadores A lista de conceitos desta MELHORES E MAIORES Os valores usados nesta edição são expressos em reais de dezembro de 2014. A conversão para dólares foi feita, excepcionalmente, com

Leia mais

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010 OTIMIZAÇÃO DA EFETIVIDADE DE HEDGE NA COMPRA DE MILHO POR MEIO DE CONTRATOS FUTUROS PARA PRODUÇÃO DE BOVINOS DE CORTE RESUMO GUSTAVO DE SOUZA CAMPOS BADARÓ 1, RENATO ELIAS FONTES 2 ; TARCISIO GONÇALVES

Leia mais

Profa. Divane Silva. Unidade II CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

Profa. Divane Silva. Unidade II CONTABILIDADE SOCIETÁRIA Profa. Divane Silva Unidade II CONTABILIDADE SOCIETÁRIA A disciplina está dividida em 04 Unidades: Unidade I 1. Avaliação de Investimentos Permanentes Unidade II 2. A Técnica da Equivalência Patrimonial

Leia mais

Entidades de Incorporação Imobiliária. ria- Tratamento contábil e fiscal das transações com unidades imobiliárias.

Entidades de Incorporação Imobiliária. ria- Tratamento contábil e fiscal das transações com unidades imobiliárias. Entidades de Incorporação Imobiliária ria- Tratamento contábil e fiscal das transações com unidades imobiliárias Agenda Atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis 1.Formação

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Com relação a conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade, julgue os itens que se seguem. 51 Auxiliar um governo no processo de fiscalização tributária é uma das finalidades

Leia mais

APOSTILA DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS POR ÍNDICES PADRONIZADOS

APOSTILA DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS POR ÍNDICES PADRONIZADOS UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROGRAMA DE EXTENSÃO: CENTRO DE DESENVOLVIMENTO EM FINANÇAS PROJETO: CENTRO DE CAPACITAÇÃO

Leia mais

3. 0 - Nível de Conhecimento dos Profissionais de Contabilidade no Brasil

3. 0 - Nível de Conhecimento dos Profissionais de Contabilidade no Brasil 1.0 - Introdução à Lei 11.638/07 Países com pouca tradição em mercados de capitais têm a tendência de sofrer, mais do que os demais, influências exógenas (externas) nos seus processos de desenvolvimento

Leia mais

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 08. Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 08. Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 08 Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 39 partes

Leia mais

AVALIAÇÃO DE INTANGÍVEIS: CASO DE EMPRESA NOTÓRIA NA DÉCADA DE 90

AVALIAÇÃO DE INTANGÍVEIS: CASO DE EMPRESA NOTÓRIA NA DÉCADA DE 90 AVALIAÇÃO DE INTANGÍVEIS: CASO DE EMPRESA NOTÓRIA NA DÉCADA DE 90 Economista: Francisco Prisco Neto prisco@coreconsp.org.br 1 Intangível: latim "tangere" ou do grego "tango = tocar Ativo intangível: é

Leia mais