Providência ON (PRVI3)

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1 Providência ON (PRVI3) Cotação: R$ 5,86 (27/09/2009) Preço-Alvo: R$ 8,00 (12 meses) 4, PRVI3 X IBOVESPA ,86 Revisão de Projeção e Preço-Alvo Recomendação: Neutra 28/9/08 28/10/08 28/11/08 28/12/08 28/1/09 28/2/09 28/3/09 28/4/09 28/5/09 28/6/09 28/7/09 28/8/09 28/9/09 EV/EBITDA 09: 5,4 Min-Máx: R$ 1,94 R$ 6,36 P/L 08: 11,1 52s: 5% P/L 09e: 7,6 2009: 54% P/VPA: 98% Mkt Capitalization: R$ 469 milhões Div. Yield (12m): 2% Enterprise Value: R$ 650 milhões Resumo: A Companhia Providência Indústria e Comércio é a empresa líder na fabricação e comercialização de nãotecidos no Brasil sendo comercializada para a aplicação em produtos descartáveis (ex. fraldas, roupas médicas descartáveis, absorventes femininos e lenços umedecidos, entre outros). Depois de um segundo trimestre ainda fraco em função da crise econômica mundial, onde as exportações da Providência foram afetadas, os volumes devem aumentar e atingir a capacidade plena de produção durante o 2º. semestre atingindo o mesmo nível pré-crise, ou seja, 6 mil toneladas por mês. Em 2010, o cenário parece promissor em função de: (i) maior crescimento econômico gerando mais emprego e aumentando a renda mensal das famílias e consumo de bens não-duráveis, sendo fraldas um deles e (ii) não está prevista nenhuma adição de capacidade na indústria de nãotecidos e isso deve impactar positivamente volume de vendas e preços da companhia. Os preços-alvo calculados nos dois cenários comparados ao preço de mercado é o seguinte: (i) cotação de R$ 6,00 está em linha com os preços-alvo da projeção sem nova máquina; (ii) cotação reflete ainda a situação atual de mercado onde a demanda estava, mas não a necessidade potencial de ter que encomendar mais uma máquina em 2010 e aumentar a capacidade de produção em quase 20% em 2011 e (iii) ações tendem a subir na direção do preço-alvo de R$ 8,00 apenas em 2010 e enquanto isso a ação tende a performar junto com o mercado. Considerando o exposto nossa recomendação é Neutra. Flávio R. Conde, CNPI Analista de Investimentos fconde@gradualinvestimentos.com.br Tel: (11)

2 Empresa: A Companhia Providência Indústria e Comércio é a empresa líder na fabricação e comercialização de nãotecidos no Brasil, com presença significativa na América Latina. A Providência estima que sua participação no mercado brasileiro de nãotecidos em termos de volume foi de 51%, em 2008, considerando os segmentos de nãotecidos descartáveis e duráveis produzidos a partir da tecnologia spunbonded. Os nãotecidos são elaborados a partir de fios ou filamentos ligados mecânica, química ou termicamente. A produção de nãotecidos da Providência é principalmente comercializada para a aplicação em produtos descartáveis (ex. fraldas, roupas médicas descartáveis, absorventes femininos e lenços umedecidos, entre outros). Além disso, a Companhia também comercializa parte de sua produção de nãotecidos para aplicações em bens duráveis (ex. móveis, colchões, componentes automotivos e construção civil, entre outras). Resultado do 2º. trimestre: Receita líquida atingiu R$ 94,7 milhões, queda de 5,4% em relação ao 1T09. Essa redução se deve à valorização do real frente ao dólar no 2T09, que impactou diretamente as exportações da companhia, e fez os preços de nâotecidos (média no período) recuarem 9,1%. As exportações corresponderam a 34% da receita bruta no 2T09. Em termos de volume, as vendas de nãotecidos cresceram, 4,1% relação ao registrado no 1T09, com recuperação gradativa ao longo do primeiro semestre do ano. Entretanto, o volume de 15,4 mil toneladas de nãotecidos ainda foi bem aquém dos 17,9 mil toneladas do 2T08, diferença de 14%. Os custos com produtos vendidos (CPV) totalizaram R$ 60,7 milhões no 2T09, um ligeiro incremento de 2,7% em relação ao 1T09 basicamente em função de um maior volume vendido. Já o custo unitário reduziu-se em 1,1% na comparação com o 1T09. Combinando as receitas e custos citados, o lucro bruto recuou de R$ 41 milhões, no 1T09, para R$ 34 milhões no 2T09 e o Ebitda ajustado caiu de R$ 31,5 milhões para R$ 27,1 milhões no período, com a margem indo 32,1% para 29,2%. Já o resultado financeiro no 2T09 foi positivo em R$ 2,1 milhões. Comparativamente ao resultado financeiro líquido no 1T09, que foi negativo em R$ 5,6 milhões, percebe-se uma significativa variação a qual está diretamente relacionada à valorização do real frente ao dólar ocorrida no final do segundo trimestre de Outro ponto importante foi a redução da dívida líquida de R$ 253 milhões para R$ 182 milhões e da relação dívida líquida/ebitda de 2,1x para 1,5x. Essas reduções deveram-se à maior geração de caixa operacional, à diminuição da Dívida Total em R$ 49 8 milhões devido ao pagamento de juros semestrais e principal, e um dólar de final de junho menor em 15,7% em relação ao de final de março

3 No final, o lucro líquido até subiu um pouco indo de R$ 10,9 milhões para R$ 11,1 milhões em virtude basicamente do resultado financeiro citado acima. Perspectivas: Depois de um segundo trimestre ainda fraco em função da crise econômica mundial, onde as exportações da Providência foram afetadas, os volumes devem aumentar e atingir a capacidade plena de produção durante o 2º. semestre atingindo o mesmo nível pré-crise, ou seja, 6 mil toneladas por mês. Além disso, até o 4º. trimestre deste ano a capacidade instalada de nãotecidos descartáveis higiênicos laminados e impressos deve aumentar em 500 toneladas/mês impactando proporcionalmente as vendas a partir de então. Em 2010, o cenário parece promissor em função de: (i) maior crescimento econômico gerando mais emprego e aumentando a renda mensal das famílias e consumo de bens nãoduráveis, sendo fraldas um deles e (ii) não está prevista nenhuma adição de capacidade na indústria de nãotecidos e isso deve impactar positivamente volume de vendas e preços da companhia. Projeção: Fizemos a projeção dos resultados para os próximos 5 anos, ou seja, de 2009 até As principais premissas foram: (i) nova máquina com produção de 15 mil toneladas/ano, acréscimo de 18,75% sobre a atual capacidade de 80 mil toneladas/ano de nãotecidos. A companhia já fez um pagamento de 20% do valor da máquina para garantir que ela seja entregue em 2011 se a demanda se confirmar. No volume foram considerados 5 mil toneladas entrando em 2011 e mais 10 mil em 2012; (ii) aumento do preço médio dos não tecidos de 2,5% no 4T09, 10% em 2010 e 5% a.a. no período , (iii) CPV unitário acompanharia o aumento dos preços dos nãotecidos de modo a manter a margem bruta igual em 36,6%, (iv) despesas com vendas acompanharam o crescimento da receita e as operacionais foram reajustadas em 5% a.a., (v) resultado financeiro considerou o caixa e dívida bruta atual (2T09) e foram ajustados com a geração de caixa dos períodos projetados bem como as taxas de juros.

4 Demonstrativo de Resultados 30/6/09 30/9/09 31/12/ Receita liquida operac Custo Produtos Vendidos Lucro Bruto Despesas operac proprias Despesas com Vendas Despesas administrativ Depreciação e Amortização Outras rec(desp)operac Outras receitas operac Outras despesas operac Lucro operac EBIT Resultado Financeiro Receitas Financeiras Desp Fin e Juros s/ Patr Lucro depois de Fin Resultado nao Operac 0 0 Receitas Nao Operac 0 0 Despesas Nao Operac 0 0 LAIR Provisao impost de rend IR Diferido Lucro liquido Premissas Receita Não Tecidos Volume Não Tecidos 15,4 17,6 17,8 65,6 80,0 85,0 95,0 95,0 Preço Médio Não Tecidos Receita Outros Volume Outros 1,0 1,0 1,0 4,2 4,6 5,1 5,6 6,1 Preço Médio Outros ,1% CPV Não Tecidos $ Total CPV Unitário Margem Bruta 35,9% 35,8% 35,7% 37,1% 36,6% 36,6% 36,6% 36,7% 10% 5% 5% 5% EBITDA NãoTecidos Margem EBITDA 29,2% 28,5% 28,4% 29,5% 29,0% 29,1% 29,0% 28,7% Deprec e Amortização Ajustes

5 Valuation: Fizemos o valuation usando um cenário base sem a nova máquina e outro com a nova máquina e dois alternativos (pessimista -10% na receita e otimista +10%). Além disso, fizemos o fluxo de caixa dos dividendos com distribuição dos lucros de 25%, 40% e 50% no periodo de e 40%, 50% e 60% na perpetuidade. Também, fizemos o fluxo de caixa livre da empresa usando como base 30% do EBITDA e 50% do EBITDA e tiramos a dívida líquida de R$ 181,8 milhões. Usamos uma taxa de 11,5% aa. e um crescimento na perpetuidade de 3% aa. Escolhemos o modelo de dividendos descontados por entender que reflete melhor a remuneração do acionista minoritário do que o modelo fluxo de caixa livre da empresa que refletiria melhor a posição do acionista majoritário um vez que calcula o valor justo de toda a empresa e não a parte do acionista minoritário apenas. Além disso, usamos a distribuição de 40% dos lucros via dividendos no período de 5 anos e 60% na perpetuidade. Na tabela abaixo, temos o preço-justo da empresa e preço-justo por ação sem e com a nova máquina em 12 meses no cenário base, pessimista e otimista. Sem Nova Máquina Com Nova Máquina Preço Justo por Dividendos 11,5% 11,5% 25%/50% /ação 4,5 5,0 5,5 5,7 6,4 7,0 40%/60% /ação 5,6 6,3 6,9 7,2 8,0 8,8 50%/70% /ação 6,7 7,4 8,1 8,5 9,5 10,4 O que nos sugere os preços-alvo calculados nos dois cenários acima comparados ao preço de mercado é o seguinte: 1. cotação de R$ 6,00 está em linha com os preços-alvo da projeção sem nova máquina. 2. cotação reflete ainda a situação atual de mercado onde a demanda estava fraca, começou a melhorar no final do 2T09 e estaria voltando para o patamar do ano passado, mas não a necessidade potencial de ter que encomendar mais uma máquina em 2010 e aumentar a capacidade de produção em quase 20% em quando os investidores perceberem que o mercado dos produtos da Providência está muito demandado e será necessário encomendar uma nova máquina, as ações tendem a subir na direção do preço-alvo de R$ 8,00. Acreditamos que isso ocorrerá apenas em 2010 e enquanto isso a ação tende a performar junto com o mercado. Recomendação Considerando o exposto na seção acima, Valuation, nossa recomendação é Neutra.

6 Macroeconomia Economista-Chefe Pedro Paulo da Silveira (Pepa) (55 11) Analista André Perfeito (55 11) Análise Analista-Chefe Finanças / Mineração / Papel e Celulose / Siderurgia Paulo Esteves, CNPI (55 11) pesteves@gradualinvestimentos.com.br Bens Industriais / Construção / Shoppings / Petróleo e Petroquímica / Têxtil e Consumo Flávio Conde, CNPI (55 11) fconde@gradualinvestimentos.com.br Concessões / Educação / Energia / San. Básico / Tecnologia (Large) / Telecomunicações Luciana Pazos, CFA, CNPI (55 11) lpazos@gradualinvestimentos.com.br Agribusiness / Alimentos / Comércio / Saúde / Tecnologia (Small) / Transportes Kleber Hernandez, CNPI (55 11) khernandez@gradualinvestimentos.com.br Análise Gráfica Rodolfo Luiz Cavina de Lima e Silva, CNPI (55 11) analisegrafica@gradualinvestimentos.com.br Disclaimer Este relatório foi desenvolvido pela equipe de análise de investimento da Gradual Investimentos. Trata-se de material de uso exclusivo da companhia e de seus clientes, não podendo ser publicado ou redistribuído sem prévia autorização escrita. A Gradual Investimentos não mantém qualquer relação comercial com empregados das companhias analisadas e não recebe quaisquer benefícios financeiros das referidas companhias. O presente relatório não deve ser considerado de forma isolada. Neste sentido, não só outras informações financeiras, mas também condições macroeconômicas devem ser consideradas pelo investidor. Ainda que baseadas em perspectivas e estudos extensos da nossa equipe de análise, os preços, opiniões e projeções do presente relatório podem ser alteradas. Não obstante, a Gradual Investimentos não assume nenhuma responsabilidade em comunicar quaisquer destas alterações para as partes interessadas. A Gradual Investimentos não deve, de maneira nenhuma, ser responsabilizada por ganhos ou perdas financeiras de clientes decorrentes de decisões tomadas com base neste relatório.