Televisão a Cabo Artigo de Luxo ou Serviço de Primeira Necessidade?

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1 MARIA LUCIA RICCI BARDI Televisão a Cabo Artigo de Luxo ou Serviço de Primeira Necessidade? CADERNOS CCOM VOLUME VII

2 CENTRO DE POLÍTICAS, DIREITO, ECONOMIA E TECNOLOGIAS DAS COMUNICAÇÕES - CCOM LISTA DE FIGURAS Série: CADERNOS CCOM - VOLUME VII Monografia defendida como requisito de aprovação no V Curso de Especialização em Regulação de Telecomunicações da UnB Orientador: Murilo César Oliveira Ramos Gráfico 1 Preço de pacotes praticados pelas prestadoras do serviço de televisão a cabo (SATVA) COORDENADOR GERAL Murilo César Ramos PROJETO GRÁFICO Núcleo de Multimídia e Internet NMI/ UnB EQUIPE EDITORIAL Preparação de originais Daniela Garrossini e Maria do C. Rigon Revisão Catarina Felix Editoração Eletrônica Suhelen Chaves e Luciana Lobato Capa Cristiane Arakaki UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UnB EDITORA FACULDADE DE TECNOLOGIA - FT Campus Universitário Darcy Ribeiro, Asa Norte Brasília DF Brasil CEP: Caixa Postal: Fone: +55 (61) / Fax: +55 (61) ftd@unb.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Bibliotecária responsável: Catarina Felix dos Santos Soares CRB 514/1ª região) B246t Bardi, Maria Lucia Ricci. Televisão a Cabo Artigo de Luxo ou Serviço de Primeira Necessidade?/ Maria Lucia Ricci Bardi; Murilo César Oliveira Ramos (Orientador). Brasília: Faculdade de Tecnologia/UnB, X p.: Il. (Cadernos CCOM; Volume VII). ISNB: 1. Telecomunicações. 2. Televisão a Cabo I. Título. II. Maria Lucia Ricci Bardi. III. Centro de Políticas, Direito, Economia e Tecnologias das Comunicações (CCOM). IV. Murilo César Oliveira Ramos (Orientador). CDU

3 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Resumo dos números apresentados Tabela 2 Principais informações Tabela 3 Tributação incidente sobre os serviços de televisão por assinatura Tabela 4 Preços dos pacotes e número de canais por cada pacote (Quartis) Tabela 5 Preços dos pacotes e o número de canais por pacote (Quintis) Tabela 6 Estudo sobre o estilo de vida do consumidor brasileiro de televisão por assinatura Tabela 7 Comparativo entre assinantes NET e a população em geral Tabela 8 Composição de renda do brasileiro em Tabela 9 Composição das despesas familiares Tabela 10 Renda disponível média... 61

4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO O SERVIÇO DE TV A CABO NO BRASIL Breves Antecedentes Regulamentação Penetração do Serviço de TV a cabo AÇÕES DA ANATEL Resolução n.º 190 de 29 de novembro de Tentativas de regulamentação do SCEMa Consulta Pública 485/2004, de 19 dezembro de Resolução n.º 411, de 14 de julho de PGMQ televisão por assinatura por assinatura Consulta Pública n.º 660 de 14 de janeiro de Consulta Pública n.º 712, de 6 de dezembro de 2004, - Proposta de Regulamento de Proteção e Defesa dos Direitos dos Assinantes de televisão por assinatura MODELO DE NEGÓCIO DAS PRESTADORAS Custo de Implantação Tributação Programação Infra-estrutura de terceiros Demais custos incorridos Empresas atuantes no Mercado Pacotes disponíveis... 50

5 3.4.1 O estilo de vida A classe AB e sua relação com a TV Paga RENDA DISPONÍVEL LEI GERAL DE COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA DE MASSA CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO A NÚMERO DE ASSINATURAS (EM MILHARES) ANEXO B DENSIDADE DO SERVIÇO DE TV POR ASSINATURA ANEXO C - TVC INTRODUÇÃO A televisão, desde sua criação, exerce inegável fascínio em seus telespectadores. Esse instrumento que entrou nas residências, na vida das pessoas, provocou grandes transformações e continuará a provocar novas mudanças, com os mais variados formatos advindos de sua evolução. No Brasil, até os dias de hoje, a televisão transgride e trata indivíduos diferentes, como iguais. Wolton (1990) ressalta que a televisão se caracteriza pela tensão entre duas escalas contraditórias, a individual e a coletiva. E que é exatamente nessa dualidade entre o caráter privado do consumo de uma atividade, que é fundamentalmente coletiva, que reside o seu grande mistério, tanto pelas condições econômicas de sua produção, quanto no de sua difusão. O caráter da televisão é reunir indivíduos e públicos que naturalmente tendem a se separar e oferecer-lhes a possibilidade de participar individualmente de uma atividade coletiva. É a peculiar aliança entre o indivíduo e a comunidade que faz dessa técnica uma atividade constitutiva da sociedade contemporânea (WOLTON, 1990). Leal Filho (2005) afirma que, no Brasil, a força da televisão aberta combina com a impossibilidade de acesso a outras fontes de informação e entretenimento da maioria absoluta da população brasileira, fazendo com que o papel político e social da televisão brasileira seja único no mundo. Afirma ainda que em nações com perfis de renda semelhantes a do Brasil, a televisão não é tão sedutora, seja porque não atingiu os padrões tecnológicos alcançados aqui, seja porque compete com outras faces da indústria cultural como é o caso do cinema na Índia. Por outro lado, o poder da televisão fica relativizado em países onde a distribuição de renda é mais equilibrada e a população tem maior acesso a jornais, livros, filmes, peças teatrais e maior facilidade de viajar. Leal Filho (2005) afirma ainda que a televisão aberta brasileira está presente em mais de 90% dos domicílios brasileiros, atuando quase sem nenhuma concorrência, uma vez que outros meios de entretenimento e informação estão muito abaixo disso. Cita como exemplo a televisão por assinatura, que tem aproximadamente 3,6 milhões de assinantes; 1

6 o jornal cuja tiragem em todo o Brasil gira em torno de 6 milhões de exemplares diários; a Internet, que é acessível à aproximadamente 18 milhões de pessoas; as revistas semanais que vendem 1 milhão e meio de cópias, e o cinema, com presença de menos de 1% da população em salas de exibição que chegam a menos de 200 municípios. Conclui que, tirando a televisão, os outros meios de comunicação atingem, no máximo, 15% da população brasileira o que representa, cerca de 30 milhões de pessoas num universo de 180 milhões de habitantes, resultando em 150 milhões de pessoas que só têm a TV como janela para o mundo (WOLTON, 1990). Esse aspecto é de grande relevância, uma vez que a televisão aberta, a partir da sua popularização no Brasil nos anos 60, permitiu que todos os brasileiros pudessem usufruir da mesma informação, independentemente de classe social, de cultura e de poder aquisitivo. Wolton (1990) afirma que a ligação entre os níveis de experiências individual e coletiva produz a força da televisão e que é a única atividade a fazer a conexão igualitária entre ricos e pobres, jovens e velhos, rurais e urbanos, entre os cultos e os menos cultos. E que o problema essencial da televisão e também a causa de seu sucesso está em conservar a tensão entre essas duas dimensões contraditórias: o consumo individual de uma atividade coletiva. O momento atual exige reflexão. A evolução tecnológica tem demonstrado que em determinados níveis a tecnologia é um elemento agregador, permitindo que pessoas, de diferentes classes sociais, em diferentes lugares, possam dela usufruir, em menor ou maior grau. Tem sido assim com a televisão aberta no Brasil, bem como com o telefone celular; ambos encontraram modelos de negócio para estarem a serviço de toda a população. No entanto, não é o que acontece com boa parcela de novos produtos, que consomem grande monta de recursos, tanto públicos como privados, para serem desenvolvidos. Muitas vezes toda a evolução tecnológica está a serviço somente de uma minoria que pode pagar por ela. Quando se trata do consumo de bens, como carro importado, avião, aparelhos eletro-eletrônicos, cosméticos ou roupas de marca parece ser senso comum sua classificação como artigos de luxo e a sua utilização, restrita a população de alto poder aquisitivo. Contudo, quando se trata do consumo de informação, seja ela formatada de que jeito for, torna-se mais difícil aceitar essa restrição. Quando surge a televisão por assinatura no Brasil, o benefício da isonomia conquistado pela televisão aberta começa a deixar e existir. A princípio, o serviço de televisão paga era basicamente remunerado pelas assinaturas. No entanto, os anunciantes, que utilizam o espaço publicitário da televisão aberta, para anunciarem seus produtos ao público consumidor, identificaram rapidamente, que na televisão por assinatura poderiam focar seus esforços de comunicação em grupos de consumidores com maior poder aquisitivo, o que lhes permitiria maior eficiência na aplicação de seus investimentos em publicidade. Os anunciantes têm então uma nova opção para oferta de produtos que deverão ser associados à programação e ao mercado específico para o qual se exibe essa programação. Bolaño coloca a seguinte questão: o que acontecerá se a maior parte do público de interesse do mercado publicitário abandonar a televisão de massa em função dessas novas alternativas? Faz essa pergunta baseando-se no fato de que à televisão segmentada, que tem como alvo segmento de público específico, se somam outras mídias de ponta para formar um conjunto de opções alternativas de meios que os anunciantes dispõem e aos quais a maioria da população brasileira não tem acesso 1. Nessa eventualidade, uma corrida dos anunciantes em direção à mídia segmentada, supondo-se a manutenção da estrutura distributiva brasileira e a falta de sensibilidade do mercado para esse fenômeno, acarretaria graves problemas de financiamento para a televisão de massa. Poder-se ia esperar que os capitais mais fracos do setor não suportariam a mudança, o que se traduziria num aumento ainda maior da concentração do mercado brasileiro de televisão, apontando obviamente para o sentido contrário ao da democratização da comunicação que está na mente de alguns iludidos com a expansão das novas tecnologias. O que 1 BOLAÑO, C. R. S. Mercado Brasileiro de Televisão. Aracaju, 2 ed. São Cristóvão, SE: Universidade Federal de Sergipe; São Paulo: EDUC, 2004, p

7 se pode imaginar, de fato, é uma exclusão social ainda maior, com o aumento da oferta de programação para uma parcela da população e sua redução efetiva para a maioria 2. Bolaño continua em suas indagações: como será possível a existência de um sistema como esse, com a televisão de massa relegada, em princípio, a um público que não interessa à parte mais significativa do mercado anunciante? 3 Essas indagações sugerem que o mercado vai se arranjando e privilegiando o consumidor que tem renda disponível para remunerar o investimento e, no caso da televisão, se existe a pretensão de que seja mantida a conquista da universalização, realizada pela televisão aberta, é necessário um esforço significativo nessa direção. Wolton aponta o risco de se romper a dimensão contraditória da televisão, com o abandono do objetivo coletivo em favor de sua dimensão individual. Acredita que a má utilização das novas técnicas e a abertura do mercado tendem a favorecer a degradação dos canais generalistas em proveito de uma multidão de canais temáticos, sob o argumento da escolha e da liberdade individual e, que acontecerá uma queda da qualidade da televisão, em proveito do deslocamento dos programas mais interessantes para os canais temáticos. 4 Sob a perspectiva de preservação da democracia e, levando em consideração a penetração da televisão no Brasil e sua força como instrumento de integração, nos chama a atenção o fato de que outras mídias venham contribuir para o aprofundamento das diferenças e à perda das conquistas alcançadas pela televisão aberta. O Problema A indústria de TV por assinatura tem se deparado com dificuldades, especialmente relacionadas à penetração do serviço no mercado. As prestadoras enumeram várias ocorrências relacionadas ao desenvolvimento da industria de televisão por assinatura que podem ser identificadas como geradoras das dificuldades do setor. Apontam a exigência de cobertura, a sobreposição das redes de cabo, MMDS e DTH, os custos de tributação, de programação e de uso de infra-estrutura de terceiros como responsáveis pelo preço elevado das mensalidades, o que, segundo elas, é o grande inibidor da penetração do serviço. Em outubro de 2002, a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), motivada pela baixa penetração dos serviços no Brasil, pelo alto custo do produto em relação à renda média familiar brasileira, pelos riscos que fatores externos apresentavam para a indústria, propuseram um novo Modelo de Televisão por Assinatura no Brasil, no qual elegeram pontos que deveriam sustentar esse modelo: 5 1. busca de mecanismos para resolução da superposição de redes; 2. revisão do atual modelo de programação e solução para acabar com a exclusividade; 3. promoção da infra-estrutura de redes de televisão por assinatura como veículo para a televisão digital terrestre; 4. padronização da tecnologia digital; 5. novo foco para a distribuição: vendas e relacionamento; 6. soluções compartilhadas, que promovam ganhos de escala; 7. reposicionamento do produto com nova percepção de valor; 8. revisão do modelo de concessões e do modelo tributário. 2 Ibidem. 4 WOLTON, Dominique. Elogio do Grande Público - Uma teoria crítica da televisão. São Paulo: Ática, 1990, p ABTA - Novo modelo de TV por assinatura, disponível em: < br/silo/palestra/ccs tvacabo-modeloabta.pdf.> Acesso em:

8 Martins e Barros (2003) 6 apontaram, em análise bastante detalhada, o trabalho da ABTA como o primeiro passo para a reestruturação do setor. Em 2006, pode se constatar que independentemente das ações efetivas da ABTA, o que tem beneficiando a penetração dos serviços de televisão por assinatura é a oferta de acesso banda larga, viabilizada pelo potencial convergente da suas redes. Por outro lado, a Anatel, além das licitações e outorgas realizadas no período de 1999 a 2002, já fez diversas tentativas na revisão da regulamentação, além de propostas alternativas para proporcionar o acesso ao serviço a populações de baixa renda. No entanto, o que se concretiza é uma regulamentação periférica, focada em indicadores de qualidade de serviços 7 e nos direitos dos assinantes 8, o que não é determinante para a penetração dos serviços. Pelo contrário, quando se exige qualidade e o cumprimento de direitos dos assinantes dos serviços, as empresas, para dar cumprimento a esses regulamentos, tendem em um primeiro momento a repassar eventuais custos para o preço final do serviço, o que teoricamente levaria a diminuir sua penetração. Essa indústria é extremamente diversificada e objeto de muitos interesses. Envolve atividades distintas: i) construção de infra-estrutura; ii) produção e comercialização de equipamentos; iii) produção de conteúdos e comercialização de programação; iv) competição com produtos similares, mas não substitutos perfeitos (cinema, televisão aberta, Internet etc.); v) venda de serviços; vii) relacionamento com o assinante. Além disso, trata-se de segmento sujeito a constante evolução tecnológica, o que exige atualização permanente de seus recursos humanos. O problema que se identifica é a existência de quantidade muito grande de informações sobre esse indústria, que precisam ser organizadas, para a busca de um melhor entendimento sobre suas características e particularidades e verificar o que pode ser feito para que se eliminem barreiras para que o serviço atinja maior parcela da população. Objetivo e questões do Trabalho O objetivo geral deste trabalho é levantar informações que possam elucidar aspectos relacionados à regulamentação e ao mercado de televisão segmentada, por assinatura, no Brasil, com a intenção de desfazer alguns mitos relacionados à prestação desse serviço e contribuir para o debate em torno da oferta de conteúdo por meio dos serviços de telecomunicações. O trabalho se detém na análise do caso do serviço de televisão distribuído por cabo, serviço instituído por meio da Lei n.º de 06 de janeiro do Foi desenvolvido tendo como referência as propostas de instrumentos normativos elaborados pela Superintendência de Serviços de Comunicação de Massa da Anatel, as ações da Anatel com o objetivo de democratizar o serviço, entrevistas e informações disponíveis dos operadores sobre suas perspectivas para o serviço, e informações relacionadas à prestação do serviço, disponíveis na página da ABTA na Internet e no Sistema de Acompanhamento de Obrigações de TV por Assinatura da Anatel (SATVA). 6 MARTINS, A. R. P.; BARROS, D. P. - Perspectivas da TV por Assinatura no Brasil Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia de Produção - Universidade Federal Fluminense. Disponível em: < >. Acesso em Plano Geral de Metas de Qualidade para os serviços de televisão por assinatura - Resolução n.º 411, de Consulta Pública n.º 582, de Proposta de Regulamento de Proteção e Defesa dos Direitos dos Assinantes de televisão por assinatura. 9 Lei de TV a Cabo. 6 7

9 Questões Organização do Trabalho Este trabalho irá também procurar respostas fundamentadas para as seguintes questões: A televisão a cabo no Brasil é um produto de acesso exclusivo às classes A e B da população brasileira? Existe viabilidade econômica para oferta desse serviço à população com renda mais baixa? Deve a Anatel atuar para atender aos comandos estabelecidos no inciso I do art. 2º 10 e nos incisos I e III do art. 3º 11 da Lei n.º de 16 de julho de , em relação ao serviço de televisão a cabo? Qual é o caminho a percorrer para permitir que um serviço que, por força do art. 3º da Lei de TV a Cabo, é destinado a promover a cultura universal e nacional, a diversidade de fontes de informação, o lazer e o entretenimento, a pluralidade política e o desenvolvimento social e econômico do País, não se restrinja a população de classes A e B deste país? Nesta Seção foi definido o escopo do problema, foram sugeridas as questões que deverão ser respondidas ao final do trabalho e foi explicitado o objetivo do estudo. Na seção 2 são apresentados os antecedentes, especialmente no que diz respeito ao surgimento do serviço, à evolução da regulamentação e sua atual penetração. Na seção 3 são descritas as ações da Agência voltadas para a Regulamentação do Serviço. A seção 4 traz informações sobre o modelo de negócio das prestadoras e detalhes sobre os custos de implantação e de operação, pacotes disponíveis e o perfil do consumidor desse serviço. Na seção 5 é feita uma avaliação sobre a renda disponível da população brasileira. A seção 6 discorre sobre as expectativas de uma Lei de Comunicação Eletrônica. A conclusão na Seção 7, indica as respostas encontradas ao longo do trabalho e aponta ações que poderão contribuir para a solução do problema levantado. 10 Art. 2 O Poder Público tem o dever de: I - garantir, a toda a população, o acesso às telecomunicações, a tarifas e preços razoáveis, em condições adequadas; 11 Art. 3 O usuário de serviços de telecomunicações tem direito: I - de acesso aos serviços de telecomunicações, com padrões de qualidade e regularidade adequados à sua natureza, em qualquer ponto do território nacional; III - de não ser discriminado quanto às condições de acesso e fruição do serviço; 12 Lei Geral de Telecomunicações - LGT 8 9

10 1 O SERVIÇO DE TV A CABO NO BRASIL 1.1 Breves Antecedentes Ramos (2000) esclarece que a televisão por assinatura, na forma de televisão a cabo, surgiu no fim da década de 1940, nos Estados Unidos, como solução técnica para melhorar a qualidade na recepção dos sinais de televisão, prejudicada por interferências, sobretudo, em regiões montanhosas. Consistia na instalação de uma antena no pico de uma colina que captava os sinais televisivos das emissoras convencionais, dirigindoos a uma pequena estação que ampliava e corrigia suas distorções. Por meio de um cabo, conectado a esta estação, os sinais eram distribuídos às residências de uma comunidade. Recebeu na época, por esse motivo, a denominação Community Antenna Television, ou CATV, ainda hoje utilizada. 13 A implantação da televisão a cabo teve início no Brasil em 1989, com a assinatura de uma portaria 14 do então Ministro das Comunicações, Antônio Carlos Magalhães, que disciplina a Distribuição de Sinais de Televisão Aberta por Meios Físicos (DISTV). A referida portaria definiu o serviço como uma instalação de antenas comunitárias e coletivas em edifícios e condomínios, facultando seu uso em comunidades abertas. Em 1991, grandes grupos como de comunicação Organizações Globo, que criaram a GloboSat com um serviço de TV paga via satélite, na Banda C, o Grupo Abril, que criou a TVA, a Rede Brasil Sul de Comunicação (RBS), no Rio Grande do Sul e o Grupo Algar em Minas Gerais, ingressaram no setor, investindo em novas tecnologias e, em meados da década de 90, foi assinada a Lei n.º de 06 de janeiro de 1995 (Lei de TV a Cabo). 13 RAMOS, Murilo César. Às Margens da Estrada do Futuro Comunicações, política e tecnologia. Livro eletrônico. Brasília: Faculdade de Comunicação da UnB, 2000, p Portaria - MC - n.º 250, de

11 O ano de 1997 foi marcado pela aprovação de decretos e portarias que estabeleceram as regras para a prestação dos serviços de televisão por assinatura, que prevalecem até os dias de hoje. Em abril, o Presidente Fernando Henrique Cardoso assinou o decreto 15 que aprovou o regulamento do serviço de televisão a cabo e, ainda nesse mesmo mês, o Ministro Sérgio Mota assinou a portaria 16 que deu nova redação à norma do serviço. Em julho de 1997 foi assinada a Lei n.º 9.472, de 16 de julho de 1997, a Lei Geral de Telecomunicações (LGT), que dispõe sobre a organização dos serviços de telecomunicações, a criação e o funcionamento de um órgão regulador e outros aspectos institucionais, dando cumprimento aos mandamentos da Emenda Constitucional n.º 8, de Ainda nesse mesmo ano, foi assinada a Portaria - MC - n.º 399, de 18 de agosto de 1997, que aprovou o planejamento de implantação dos serviços de TV a Cabo e MMDS, vigente até hoje. 1.2 Regulamentação A Lei de TV a Cabo, de 1995, estabelece que o serviço de TV a Cabo se submete a essa Lei, aos demais preceitos da legislação de telecomunicações em vigor, e aos regulamentos baixados pelo Poder Executivo 17. Dessa forma, a LGT, publicada em 1997, introduziu diversas mudanças no disciplinamento desse serviço. A Lei de TV a Cabo foi editada muito antes da LGT e em ambiente de monopólio estatal na prestação dos serviços de telecomunicações. Não é mais adequado, portanto, considerá-la o único instrumento a disciplinar o serviço, principalmente se interpretada isoladamente, sem levar em consideração a LGT. Essa Lei, todavia, não se sobrepôs à Lei de TV a Cabo. Pelo contrário, ratificou a vigência desta norma como lei especial 18, disciplinadora do serviço de televisão a cabo no país. Assim, ambos os diplomas legais passaram a disciplinar o serviço de televisão a cabo. A primeira, como lei geral. A segunda, como lei especial, de onde se conclui que as questões atinentes ao serviço de televisão a cabo devem ser sempre examinadas à luz dessas duas leis, mediante interpretação sistêmica, que harmonize as regras nelas dispostas. A Lei de TV a Cabo dispõe que esse serviço é destinado a promover a cultura universal e nacional, a diversidade de fontes de informação, o lazer e o entretenimento, a pluralidade política e o desenvolvimento social e econômico do País 19. Dispõe também que o serviço será norteado por uma política que desenvolva o potencial de integração ao Sistema Nacional de Telecomunicações, valorizando a participação do Poder Executivo, do setor privado e da sociedade, em regime de cooperação e complementaridade. Além disso, prevê que a formulação dessa política e o desenvolvimento do serviço serão orientados pelas noções de rede única, rede pública, participação da sociedade, operação privada e coexistência entre as redes privadas e das concessionárias de telecomunicações 20. Quando foi assinada, a LGT introduziu ao arcabouço regulatório de telecomunicações alguns conceitos que devem ser observados, especialmente quando se analisa o serviço de televisão por cabo. A LGT classificou os serviços de telecomunicações, quanto à abrangência dos interesses a que atendem e quanto ao regime jurídico de sua prestação. 15 Decreto n.º 2.206, de Portaria - MC - n.º 256, de deu nova redação da Norma do Serviço de TV a Cabo - n.º 013/96 - REV/ cf. Art. 1.º da Lei de TV a Cabo. 18 cf. Art. 212 da LGT. 19 cf. Art. 3.º da Lei de TV a Cabo. 20 cf. Art. 4.º, 1º da Lei de TV a Cabo

12 A regra de abrangência foi consolidada no art. 62 da LGT: Art. 62. Quanto à abrangência dos interesses a que atendem, os serviços de telecomunicações classificam-se em serviços de interesse coletivo e serviços de interesse restrito. Parágrafo único. Os serviços de interesse restrito estarão sujeitos aos condicionamentos necessários para que sua exploração não prejudique o interesse coletivo. Já quanto ao regime jurídico de sua prestação, o art. 63 da LGT classifica os serviços de telecomunicações em públicos e privados: Art. 63. Quanto ao regime jurídico de sua prestação, os serviços de telecomunicações classificam-se em públicos e privados. Parágrafo único. Serviço de telecomunicações em regime público é o prestado mediante concessão ou permissão, com atribuição a sua prestadora de obrigações de universalização e de continuidade. A Lei é clara ao identificar no seu art. 64 quais os serviços se enquadram como serviços prestados em regime público: Art. 64. Comportarão prestação no regime público as modalidades de serviço de telecomunicações de interesse coletivo, cuja existência, universalização e continuidade a própria União comprometa-se a assegurar. Parágrafo único. Incluem-se neste caso as diversas modalidades do serviço telefônico fixo comutado, de qualquer âmbito, destinado ao uso do público em geral. O art. 26 da Lei de TV a Cabo, determina que o acesso ao serviço é assegurado a todos que tenham suas dependências localizadas na área de prestação do serviço. O serviço é fornecido aos assinantes mediante o pagamento pela adesão, e remunerado pela disponibilidade e utilização do serviço. regime público, cuja existência, universalização e continuidade a própria União compromete-se a assegurar. O art. 126 da LGT impõe que a exploração de serviço de telecomunicações no regime privado seja baseada nos princípios constitucionais da atividade econômica. Isso, porque não há obrigação do Estado em sua prestação. A esses serviços adere aquele que o quer, aquele que valoriza sua aquisição a ponto de pagar por ele o preço que o mercado ditar. Merece destaque ainda o que dispõe o art. 128 da LGT, quando trata dos condicionamentos a serem impostos aos serviços prestados no regime privado: Art Ao impor condicionamentos administrativos ao direito de exploração das diversas modalidades de serviço no regime privado, sejam eles limites, encargos ou sujeições, a Agência observará a exigência de mínima intervenção na vida privada, assegurando que: I - a liberdade será a regra, constituindo exceção as proibições, restrições e interferências do Poder Público; II - nenhuma autorização será negada, salvo por motivo relevante; III - os condicionamentos deverão ter vínculos, tanto de necessidade como de adequação, com finalidades públicas específicas e relevantes; IV - o proveito coletivo gerado pelo condicionamento deverá ser proporcional à privação que ele impuser; V - haverá relação de equilíbrio entre os deveres impostos às prestadoras e os direitos a elas reconhecidos (grifo nosso). Tais contradições entre os dois instrumentos normativos de igual hierarquia impõem que na execução do Serviço de TV a Cabo seja sempre feita uma interpretação dos dois diplomas, até que uma revisão do arcabouço legal de telecomunicações venha harmonizar seus comandos. No entanto, segundo a LGT, tal serviço classifica-se como serviço de interesse coletivo, prestado no regime privado, não se enquadrando no 14 15

13 1.3 Penetração do Serviço de TV a cabo O documento editado pela Anatel, Perspectivas para Ampliação e Modernização do Setor de Telecomunicações (PASTE, 2000), previa um crescimento acelerado dos serviços de televisão por assinatura, em função da retomada dos processos de outorga para a prestação do serviço e da ampliação das possibilidades de prestação de outros serviços de telecomunicações, por meio da uso das redes de televisão por assinatura. 21 O serviço de televisão por assinatura atingiu em 1999, duas milhões e oitocentas mil assinaturas, decorrente da adição de duas milhões e quatrocentos mil àquelas existentes no País ao final de Representa um crescimento de seis vezes no período 1994/1999, correspondendo a uma taxa média anual maior que 47%. A perspectiva de evolução do número de assinaturas, no período 2000/2005, era atingir dezesseis milhões e quinhentas mil assinaturas no ano de Essa perspectiva levava em conta a redução de preços e a possibilidade de exploração de outros serviços utilizando as redes que dão suporte à televisão por assinatura. A baixa dos preços seria fruto da ampliação da competição e do ganho de escala decorrente do aumento de consumidores e da utilização das redes para a prestação de outros serviços em função da convergência tecnológica. No entanto, as previsões do PASTE (2000) não se concretizaram frustrando tanto os prestadores do serviço que investiram nas outorgas e na prestação do serviço, como a Anatel na execução de sua tarefa de fomentar a expansão dos serviços de telecomunicações. Os serviços de televisão por assinatura no Brasil atingiram no ano de 2005 o número de quatro milhões e duzentas de assinaturas, contra a previsão do PASTE (2000) de dezesseis milhões e quinhentos mil assinantes para o serviço em Esses números são referentes aos Serviço 21 PASTE. Perspectivas para Ampliação e Modernização do Setor de Telecomunicações. Brasília: Anatel, 2000, p de TV a Cabo, Serviço de Distribuição de Sinais Multiponto Multicanais - MMDS 22 e Serviço de Distribuição de Sinais de Televisão e de Áudio por Assinatura via Satélite - DTH 23. A tabela Número de Assinaturas, constante do Anexo A, mostra o número de assinaturas por estado da federação. Outra forma de se avaliar a penetração do serviço é observar a densidade média de assinantes por cem domicílios, que atingiu no final de dezembro de 2005 o valor de 8,3 assinaturas por 100 domicílios, contra uma previsão de 32,7 assinaturas por 100 domicílios do PASTE Esse valor não é uniforme em todos os estados da Federação, conforme se observa na tabela Densidade do Serviço de TV por Assinatura constante do Anexo B. No caso específico do serviço de televisão a cabo, concretizou se um total de duas milhões, quinhentas e onze mil assinaturas no final de dezembro de 2005, o que corresponde a 60% do atual mercado de televisão por assinatura. Conforme as informações disponíveis na Anatel em Panorama dos Serviços de TV por Assinatura 24, estão em operação 218 concessões do Serviço de TV a Cabo no Brasil e 68 encontram-se em instalação. Essas outorgas estão distribuídas em 282 municípios, que correspondem a apenas 5% do total de municípios brasileiros. 22 MMDS - uma das modalidades de serviços especiais, regulamentado pelo decreto n.º 2196, de , que se utiliza de faixa de microondas para transmitir sinais a serem recebidos em pontos determinados dentro da área de prestação do serviço. A Portaria n.º 254 de , aprovou a Norma n.º 002/94 REV/97 que estabelece as condições para exploração e uso do Serviço. 23 DTH - uma das modalidades de serviços especiais regulamentados pelo decreto n.º de , que tem como objetivo a distribuição de sinais de televisão ou de áudio, bem como de ambos, através de satélites, a assinantes localizados na área de prestação de serviço. A Portaria n.º 321, de aprovou a Norma n.º 008/97, que estabelece as condições para exploração e uso do Serviço. 24 Panorama dos Serviços de TV por Assinatura. Cap. I - Pág. 3. Disponível em: < =536>. Acesso em

14 As outorgas do serviço estão nas principais cidades do país. No final de 2005, os municípios atendidos pelo serviço de televisão a cabo comportavam domicílios urbanos, do total dos domicílios brasileiros 25. Conclui-se que 56% dos domicílios estão expostos ao serviço, no entanto, segundo os dados do SATVA apenas , ou seja, cerca 10% dos domicílios que estão expostos ao serviço, assinam o serviço de televisão a cabo. As cidades mais novas e as de menor população têm, em geral, menos acesso a esse serviço. Segundo o IBGE, apenas 1,7% dos municípios com até 5 mil habitantes possuem televisão a cabo. Entre aqueles criados a partir de 1997, somente 2,8% possuem acesso a esse serviço. Já 60% dos municípios com população entre 200 mil e 1 milhão de pessoas, possuem televisão cabo. Vale a pena lembrar ainda que o acesso a televisão a cabo se concentra nas áreas e bairros de maior poder aquisitivo. Tabela 1 Resumo dos números apresentados SERVIÇO DE TV A CABO 2005 OBSERVAÇÃO Número de outorgas 286 Municípios atendidos 282 5% do total de municípios do país Municípios criados a partir de ,8% têm o serviço disponível 1997 Municípios com até 5 mil ,7% têm o serviço disponível habitantes Municípios com mais de 100 mil habitantes % têm o serviço disponível Domicílios dos municípios atendidos % do total de domicílios do país Número de Assinantes ,10% dos domicílios expostos ao serviço têm assinatura do serviço (*)Demais valores - Fonte: Anatel - Panorama dos Serviços de TV por Assinatura 2 AÇÕES DA ANATEL A característica da universalização foi e continua sendo o grande motivador do serviço de radiodifusão de sons e imagens, que se convencionou chamar de televisão aberta. Esse serviço assegurou a toda população brasileira o acesso à informação e ao entretenimento, além de ser um dos principais agentes da integração do país. Para milhões de espectadores, os programas de televisão são a única aventura da semana e, para milhões de indivíduos eles são a única fonte de informação e entretenimento. Essa constatação cria obrigações para esse serviço, que vão além das regras ditadas pelo mercado e do fascínio exercido pela tecnologia que possibilita a sua oferta à população. Se assim não for, as dimensões positivas da televisão, como oferecer uma comunicação na escala de nossas sociedades, ser uma janela aberta para o mundo, ser o principal meio de informação e divertimento do grande público, oferecer um laço social e um fator de identidade nacional num mundo cada vez mais aberto, correm o risco de se esfacelar 29. A LGT determina que compete à União, por meio do órgão regulador, organizar a exploração dos serviços de telecomunicações, nos termos das políticas estabelecidas pelos Poderes Executivo e Legislativo 30. Essa organização inclui, especificamente, a disciplina da execução, da comercialização e uso dos serviços e da implantação das redes de telecomunicações. A Lei estabelece também que, entre outros, é dever do Poder Público garantir, a toda população, o acesso às telecomunicações, sob pagamento de tarifas e preços razoáveis, em condições adequadas. Além disso, o Estado tem por obrigação criar oportunidades de investimento e estimular o desenvolvimento tecnológico e industrial, em ambiente competitivo Fonte: IBGE Censo Idem. 27 Idem. 28 Idem. 29 WOLTON, Dominique. Elogio do Grande Público - Uma teoria crítica da televisão. São Paulo: Ática, 1990, p cf. Art. 1.º da LGT. 31 cf. Art. 2.º da LGT

15 A Anatel desenvolveu, durante os anos que sucederam sua implantação, diversas ações dentro da Superintendência de Serviços de Comunicação de Massa, com o objetivo de expandir a oferta de serviços de televisão por assinatura e proporcionar as condições para o uso integrado das redes. Com isso, procurou favorecer o desenvolvimento dos serviços e ampliar as possibilidades de acesso à população tanto aos serviços de televisão por assinatura como aos demais serviços de telecomunicações, além de permitir a oferta dos serviços de valor adicionado. Foram realizadas 17 licitações para outorga do serviço, sendo 10 no ano de 1997, 3 em 1999 e 4 em 2000, que resultaram nas 286 outorgas concedidas em dezembro de Esse número já inclui as 71 concessões outorgadas antes da criação da Anatel, fruto do que dispôs a Lei de TV a Cabo quando permitiu que os detentores de autorização do DISTV que se manifestassem formalmente, tivessem suas autorizações transformadas em concessão do Serviço de TV a Cabo. 32 Com o objetivo de regulamentar o serviço e atender o que dispõe o Art. Art da LGT, a Anatel editou propostas visando simplificar o arcabouço regulatório, a qualidade, o direito do consumidor e a expansão do serviço: Resolução n.º 190, de 29 de novembro de 1999, que aprova o Regulamento para Uso de Redes de Serviços de Comunicação de Massa por Assinatura para Provimento de Serviços de Valor Adicionado; Criação do serviço de televisão por assinatura, prestado independente da tecnologia empregada; Consulta Pública n.º 485 de 19 de dezembro de 2003, que propôs a regulamentação do art. 38 da Lei n.º 8.977, de 6 de janeiro de 1995; Resolução n.º 411 de 14 de julho de 2005, que estabeleceu metas a serem cumpridas pelas prestadoras e possibilitar a gestão da qualidade dos serviços de televisão por assinatura e; Consulta Pública n.º 660, de 14 de janeiro de 2006, que propõe a aprovação de novo planejamento para a implantação dos serviços de TV a Cabo e MMDS; Consulta Pública n.º 712, de 19 de maio de 2006, que republica para comentários do público em geral a Proposta de Regulamento de Proteção e Defesa dos Direitos dos Assinantes dos serviços de televisão por assinatura. 34 O avanço da distribuição de Vídeo sobre IP (Vídeo sobre o Protocolo Internet), vem mais uma vez mostrar que a atual regulamentação dos serviços e televisão por assinatura carece de atualização, o que talvez não se consiga de maneira abrangente sem a edição de uma lei que trate de todos os aspectos da distribuição de conteúdo por meio de redes de telecomunicações, a Lei de Comunicação Eletrônica de Massa. 2.1 Resolução n.º 190 de 29 de novembro de 1999 A Resolução n.º 190 de 29 de novembro de 1999, em cumprimento ao que previu o 2º, do art. 61, da LGT, assegurou o uso de redes de serviços de televisão por assinatura para provimento de serviços de valor adicionado, regulando as condições de uso das redes e o relacionamento entre os prestadores de serviço de televisão por assinatura e os provedores de serviço de valor adicionado. A partir daí, as prestadoras de serviços de televisão por assinatura passaram a investir na melhoria de suas redes para permitir que a largura de banda 35 disponível nessas redes pudesse ser utilizada para permitir a seus assinantes o acesso a Internet em alta velocidade. 32 cf. Art. 42 da Lei de TV a Cabo. 33 Art Na aplicação desta Lei, serão observadas as seguintes disposições: I - os regulamentos, normas e demais regras em vigor serão gradativamente substituídos por regulamentação a ser editada pela Agência, em cumprimento a esta Lei; 34 A Consulta Pública n.º 712 republica a Proposta de Regulamento, que já havia sido publicado pela primeira vez, por meio da Consulta Pública n.º 582, de Largura de banda - Uma faixa de freqüências no espectro que é ocupada pelo sinal

16 Hoje, a maioria das operadoras do serviço de televisão a cabo já dispõe de autorização para prestar o Serviço de Comunicações Multimídia (SCM) e utilizam a rede construída para oferecer o serviço de televisão como uma rede multiserviços. Também estão trabalhando em parceria com empresas de telefonia, na busca de se consolidarem como operadores multiserviços. Essa evolução da rede tem sido apontada como responsável pelo crescimento da base de assinantes do serviço de televisão a cabo, ocorrida no ano de Tentativas de regulamentação do SCEMa A existência de um serviço com as características dos serviços de televisão por assinatura, mas que fosse prestado independente da tecnologia, é um objetivo sobre o qual todos os pensamentos, aparentemente, convergem. Os prestadores de serviço, fabricantes, reguladores e até o público em geral são unânimes em reprovar a fragmentação da regulamentação dos serviços de televisão por assinatura. Esse pensamento está fundamentado nas diversas inconveniências resultantes da dilaceração dos regimes regulatórios. Uma das principais é a dificuldade de acompanhamento e fiscalização das prestadoras, exigindo alta especialização do órgão regulador e dificultando ao cidadão comum a cobrança de seus direitos perante prestadores de serviço, órgãos de defesa do consumidor e Anatel. O Conselho de Comunicação Social 36 em sua Recomendação n.º 01, de aponta a desproporção e a falta de equivalência entre o tratamento regulatório dado ao serviço de TV a Cabo e aos demais serviços de 36 CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - CCS - órgão auxiliar do Congresso Nacional, com a atribuição de realizar estudos, pareceres, recomendações e outras solicitações que lhe forem encaminhadas pelo Congresso Nacional, ou por solicitação de qualquer dos membros do Conselho, do Poder Executivo ou de entidades da sociedade civil, a respeito do Título VIII, Capítulo V da Constituição Federal. televisão por assinatura sejam os serviços DTH e MMDS regulamentados por Portarias do Ministério das Comunicações como também ao Serviço Especial de Televisão por Assinatura (TVA) 38, regulamentado por decretos presidenciais. A Anatel, em atendimento ao que determina o inciso I do art. 214 da LGT 39, decidiu revisar os atos normativos incidentes sobre as tecnologias aplicadas aos serviços por assinatura. Em agosto de 1999, celebrou contrato com a Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações - CPqD, visando o fornecimento de suporte técnico e jurídico durante esse processo de revisão. Iniciados os trabalhos, constatou-se um obstáculo de difícil solução: o conflito de natureza jurídica entre o Serviço de Televisão a Cabo, regido pela Lei de TV a Cabo e os demais serviços, regidos pela LGT que estabelece, explicitamente, em seu art. 212, que: O serviço de TV a Cabo, inclusive quanto aos atos, condições e procedimentos de outorga, continuará regido pela Lei n 8.977, de 6 de janeiro de 1995, ficando transferidas à Agência as competências atribuídas pela referida Lei ao Poder Executivo. Como exemplo desse conflito, a Lei n estabelece, para o Serviço de Televisão a Cabo, o regime jurídico de concessão, enquanto a LGT estabelece para os demais serviços prestados no regime privado, o 37 CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL. Congresso Nacional. Recomendação n.º 01, de 2004: disponível em < p Acesso em: Serviço Especial de Televisão por Assinatura TVA - serviço de telecomunicações destinado a distribuir sons e imagens a assinantes, por sinais codificados, mediante a utilização de canais do espectro radioelétrico, sendo permitida, a critério do poder concedente, a utilização parcial sem codificação. Regulamento aprovado pelo Decreto n.º , de , com alterações introduzidas pelo Decreto n.º , de Art Na aplicação desta Lei, serão observadas as seguintes disposições: I - os regulamentos, normas e demais regras em vigor serão gradativamente substituídos por regulamentação a ser editada pela Agência, em cumprimento a esta Lei

17 regime de autorização, criando um desequilíbrio legal entre as diferentes modalidades do serviço de televisão por assinatura. Foram feitas diversas propostas que chegaram a ser analisadas pelo Conselho Diretor da Anatel, não chegando, no entanto, nem a serem colocadas em Consulta Pública, diante das dificuldade em se editar uma norma que não ferisse as imposições legais. Em 2004, foi feita nova tentativa da criação do SCEMa oferecendo duas alternativas para discussão na Anatel: 1 criação do SCEMa, desvinculado de tecnologia, sucedâneo dos serviços de TV a CABO, MMDS, DTH e TVA, sob regime de autorização, com fixação de prazo para migração dos atuais operadores desses serviços para o novo serviço e; 2 manutenção do Serviço de TV a CABO com a atualização de sua regulamentação e a criação do SCEMa, desvinculado de tecnologia, sucedâneo dos serviços de MMDS, DTH e TVA, sob o regime de autorização, com fixação de prazo para a migração dos atuais operadores desses serviços para o SCEMa, sendo permitido aos operadores do SCEMa também fazer uso de meios confinados para prestação do serviço. As propostas foram novamente abandonadas, vez que a Agência não encontrou nas propostas apresentadas força jurídica capaz de sustentálas. Essas dificuldades persistem e a regulamentação vigente se mantém fragmentada, o que muitas vezes é apresentado também como justificativa para a baixa penetração de mercado desses serviços. 2.3 Consulta Pública 485/2004, de 19 dezembro de 2003 Em 1989, o Ministério das Comunicações, regulamentou a DISTV que, em linhas gerais, consistia na captação dos sinais das geradoras do serviço de radiodifusão de sons e imagens por antenas comunitárias para distribuição aos usuários por meios de cabos. A Lei de TV a Cabo foi publicada em 06 de janeiro de 1995 e logo em seguida, foram estabelecidas regras 40 para a transformação das autorizações de DISTV das comunidades abertas em concessões do Serviço de TV a Cabo. Essa lei por fim proibiu a instalação de novos sistemas de DISTV. No Brasil, existem localidades, devido sua topografia irregular, onde a recepção dos sinais das concessionárias do serviço de radiodifusão sonora ou de sons e imagens se dá abaixo dos níveis mínimos de qualidade. Essa topografia, aliada às condições sociais e econômicas desfavoráveis acabam por inviabilizar a entrega dos sinais de televisão aberta, assim como as condições econômicas desfavoráveis não permitem a contratação do serviço de televisão a cabo. A despeito da proibição da instalação de novos sistemas de DISTV, essa atividade continuou a ser exercida de forma irregular, por microempresas criadas e integradas por moradores das próprias comunidades. Seus representantes têm se empenhado junto à Anatel e o Ministério das Comunicações encaminhando pedidos para a regularização dessa atividade. Constituíram a Associação Brasileira das Empresas de Telecomunicações e Melhoramentos de Imagem (ABETELMIM), associação que se tornou porta-voz de suas reivindicações. A Agência, diante da legislação vigente, sempre se manifestou no sentido de negar autorização para instalação de tais sistemas, o que a coloca também diante do dilema de coibir a atividade irregular e ao mesmo tempo de ser responsável pelo impedimento da população de baixa renda de usufruir de um de seus únicos meios de entretenimento. 40 Portaria n.º 84 - MC, de

18 Como alternativa que pudesse viabilizar a regulamentação da recepção de sinais em comunidades com condição desfavorável de recepção dos sinais de radiodifusão e com renda insuficiente para a contratação do serviço de televisão a cabo, a Anatel buscou como alternativa a regulamentação do art. 38, da Lei de TV a Cabo, que trata da proteção ao serviço de Radiodifusão: Art. 38. O Poder Executivo deve levar em conta, nos regulamentos e normas sobre o serviço de TV a Cabo, que a radiodifusão sonora e de sons e imagens é essencial à informação, ao entretenimento e à educação da população, devendo adotar disposições que assegurem o contínuo oferecimento do serviço ao público. Parágrafo único. As disposições mencionadas neste artigo não devem impedir ou dificultar a livre competição. Assim, foi feita a proposta de regulamentar o mencionado art. 38, permitindo que as operadoras de televisão a cabo entregassem, por si mesmas ou por meio de uma terceira empresa, os sinais dos serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens em locais onde a sua recepção revelase inadequada, ampliando desta forma as possibilidades de acesso aos serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens. Essa proposta foi submetida à consulta pública 41 e a análise das contribuições indicava aprovação da regulamentação proposta. Para que fosse cumprida a determinação da Lei de TV a Cabo, que dispõe que o Conselho de Comunicação Social 42 deve ser ouvido antes de serem editadas as normas e regulamentos do serviço de televisão a cabo, em 3 de junho de 2004, antes da aprovação da proposta pelo Conselho Diretor da Anatel, foi encaminhada cópia do resultado da Consulta pública 485 àquele Conselho. No dia 15 de julho de 2004, acompanhei os conselheiros Berenice Mendes, Daniel Herz e Fernando Bittencourt, da Comissão de Televisão a Cabo do Conselho de Comunicação Social, em uma visita organizada pelos dirigentes da ABETELMIM, a três operações de distribuição de sinais de televisão em comunidades com as características mencionadas, no município do Rio de Janeiro. O Parecer 43 do Conselho de Comunicação Social traz um relato da visita feita às comunidades de Vila Canoas, em São Conrado; Vila da Paz e Sítio Pai João, em Itanhangá; e Rio das Pedras e apresenta uma síntese das principais informações colhidas naqueles locais: Tabela 2 Principais informações Local da Operação Vila Canoas, em São Conrado Vila da Paz e Sítio Pai João, em Itanhangá Número de Assinantes Número de Domicílios Observações Atua deste A taxa de adesão é de R$ 30 e a mensalidade é de R$ 10. Na empresa atuam o operador e dois funcionários. Na área também existe um serviço de acesso à Internet distribuído por outra rede A taxa de adesão é de R$ 30 e a mensalidade é de R$ 12. Na empresa atuam o operador e dois funcionários. Rio das Pedras A taxa de adesão é de R$ 50 e a mensalidade é de R$ 15. O operador, que emprega 11 funcionários. Na mesma área, segundo o operador, há uma outra operação que distribui clandestinamente o sinal de DTH em cerca de quatro mil domicílios. O relatório esclarece que se tratam de áreas definidas tecnicamente como zonas de sombra, com morros nas cercanias que impedem a recepção direta dos sinais emitidos pelos sistemas irradiantes das emissoras de 41 Consulta Pública n.º 485, de cf. 2º do Art. 4º da Lei n.º de CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL. Congresso nacional. Parecer n.º 02, de 2004, Disponível em: < Acesso em:

19 televisão. Também aponta a existência de aglomerações urbanas, com predomínio de sub-habitações, boa parte das quais com dois, três ou até quatro domicílios se superpondo, o que cria dificuldade adicional para a recepção dos sinais da televisão aberta. Aponta ainda elevado índice de adesão dos moradores aos sinais oferecidos pelos antenistas 44, que exercem a atividade de distribuição dos sinais das geradoras de radiodifusão de sons e imagens, que não tem previsão legal e foi proibida desde 1995, com a edição da Portaria n.º do Ministério das Comunicações. Os problemas identificados nas áreas de difícil recepção do sinal da televisão aberta e o desinteresse ou a alegada impossibilidade das atuais operadoras de televisão a cabo de oferecerem por meios próprios este serviço naquelas regiões, propiciaram a existência dos antenistas que, usam cabos para oferecer os canais da televisão aberta à população. Uma segunda conclusão do relatório do Conselho de Comunicação Social é a de que o Regulamento do Serviço de TV a Cabo já existente dispõe que a operadora desse serviço deve assegurar a todos os domicílios localizados nas áreas de sua prestação, mediante o pagamento da adesão e a remuneração pela sua disponibilidade, pelo menos, dos canais do serviço básico e mais um canal exclusivo de produções brasileiras. A Anatel concluiu que não poderia ser afastada a responsabilidade da prestadora do Serviço de TV a Cabo na oferta de serviços distribuídos por meio de cabos a residentes de sua área de prestação e opta pelo encerramento da Consulta Púbica n.º Resolução n.º 411, de 14 de julho de PGMQ televisão por assinatura por assinatura No período de 9 de novembro de 2004 até 28 de fevereiro de 2005, a Anatel realizou a Consulta Pública n.º 575, que submeteu aos comentários do público em geral a proposta do Plano Geral de Metas de Qualidade para os serviços de televisão por assinatura. Seu objetivo era o de harmonizar a regulamentação expedida pela Agência, no que diz respeito à gestão da qualidade dos serviços de telecomunicações. A proposta do PGMQ recebeu 240 contribuições. Destacam-se aqui as sugestões acerca da necessidade de tratamento específico e da existência de metas menos rigorosas para o atendimento de áreas que apresentam infra-estrutura urbana deficiente, falta de padrão na distribuição e fruição de serviços públicos, bem como falta de segurança pública. Essa necessidade justifica-se no fato de que jamais poderia ser atendida pelos serviços de televisão por assinatura. O Plano Geral de Metas de Qualidade para os serviços de televisão por assinatura, aprovado pela Resolução n.º 411, de 14 de julho de 2005, permitiu o atendimento dessas áreas, conforme determina seu art. 6º: Art. 6º A Anatel, mediante solicitação prévia da prestadora, poderá aprovar locais específicos da Área de Prestação do Serviço, com infra-estrutura urbana deficiente, para atendimento com os requisitos indicados no Anexo III, respeitado o cumprimento das demais metas e disposições constantes deste Plano. Parágrafo único. A solicitação deverá conter a denominação dos locais, mapas que permitam a identificação dos seus limites e informações que justifiquem o enquadramento. 44 Antenistas - denominação dada aos profissionais que trabalham com a instalação de antenas coletivas e distribuição dos sinais das geradoras de radiodifusão de sons e imagens, por meio de cabos aos moradores de comunidades carentes. 45 Portaria - MC n.º 84, de Estabelece que novos sistemas DISTV não poderão ser instalados. Dessa forma, as prestadoras outorgadas para a oferta do serviço, sem ter ameaçado o compromisso com as metas de qualidade nessas localidades, devem viabilizar, observando o disposto na Lei n.º 8.977/95, o fornecimento de pacotes básicos do serviço em condições comerciais adequadas às características das áreas em questão, por meio de suas redes, ou por 28 29

20 meio da contratação da redes de terceiros, que darão suporte à prestação do serviço outorgado. Até a presente data, embora a Anatel já tenha recebido solicitações para a análise de áreas com as características apontadas, nenhum atendimento dessa natureza se concretizou. 2.5 Consulta Pública n.º 660 de 14 de janeiro de 2006 A Anatel, após quase 10 anos de sua criação, tem pela frente novos e grandes desafios a enfrentar. O avanço tecnológico impulsionado pela convergência de redes, produtos e serviços faz do momento presente, ocasião extremamente favorável ao estímulo da competição e como conseqüência ao aumento da penetração dos acessos banda larga e dos serviços de televisão por assinatura caracterizados com triple play. Além disso, no ambiente atual se vislumbram oportunidades de investimentos no setor, com propostas de soluções diferenciadas para diferentes extratos sociais. A proposta de Resolução, que esteve em consulta Pública no período de 14 de janeiro até 27 de março de 2006, teve por objeto regulamentar parte das normas vigentes dos serviços de televisão por assinatura e dispor sobre a aprovação do Planejamento do Serviço de TV a Cabo e MMDS, em substituição, ao Planejamento anterior, aprovado pela Portaria MC n.º 399, de 18 de agosto de Essa proposição vai ao encontro de soluções para vencer esses desafios, uma vez que almeja a ampliação da oferta dos serviços no país, a luz da LGT e do que previu a Emenda Constitucional n.º 8, de 15 de agosto de 1995, que dispôs sobre a organização dos serviços de telecomunicações e sobre a criação e funcionamento da Anatel. A proposta estabelece que o Planejamento do Serviço de TV a Cabo e MMDS abrangerá todos os municípios brasileiros, e que municípios adjacentes podem ser agregados em uma única outorga. Essa sugestão ainda aponta que aos municípios que não disponham de outorga dos referidos serviços não haverá limite ao número de operado- res a serem instalados, salvo em caso de indisponibilidade de radiofreqüência para serviços que a utilizem. E, para os municípios que já dispõem de outorga para qualquer desses serviços, novas outorgas ficarão restritas ao limite estabelecido anteriormente pela Portaria MC n.º 399, de 18 de agosto de 1997, até o final do prazo da última outorga já expedida, após o que não haverá também mais limite para o número de outorgas. A alteração do Planejamento das outorgas do Serviço de TV a Cabo está calcada na LGT e nas inovações que introduziu ao arcabouço legal das telecomunicações brasileiras. A LGT trouxe significativas mudanças para o disciplinamento do serviço de TV a Cabo, sem, no entanto se sobrepor à Lei de TV a Cabo, ratificada por força do art. 212 da LGT. Ambos os diplomas legais, Leis n.º 9.472, de 1997 e n.º 8.977, de 1995, passaram a disciplinar, conjuntamente, o serviço de TV a Cabo. A primeira, como lei geral e a segunda, como lei especial. De onde se conclui que as questões atinentes ao serviço de TV a Cabo devem ser sempre examinadas à luz dessas duas normas, mediante interpretação sistêmica, que harmonize as regras nelas dispostas. As mudanças se referem especialmente quanto ao regime jurídico de sua prestação, que os classificou em serviços de telecomunicações prestados nos regimes público e privado. Definiu ainda a LGT que serviço de telecomunicações em regime público é o prestado mediante concessão ou permissão, com atribuição a sua prestadora de obrigações de universalização e de continuidade, restringindo à prestação no regime público as modalidades de serviço de telecomunicações de interesse coletivo, cuja existência, universalização e continuidade a própria União comprometase a assegurar e restringindo a esse caso as diversas modalidades do serviço telefônico fixo comutado, de qualquer âmbito, destinado ao uso do público em geral cf. Arts. 63 e 64 da LGT

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