ESTADO ABSOLUTISTA. Prof. Victor Creti Bruzadelli

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1 ESTADO ABSOLUTISTA Prof. Victor Creti Bruzadelli

2 Estado "O Estado é aquela comunidade humana que, dentro de determinado território este, o 'território', faz parte de suas características reclama para si (com êxito) o monopólio da coação física legítima" (WEBER, Max. Ensaios de sociologia) Conceitos: Karl Marx: Serviço de dominação a serviço das elites econômicas; Max Weber: Forma moderna de agrupamento político, caracterizado por ter o monopólio da violência e do constrangimento físico de determinado território.

3 Absolutismo Conceito: Elaborado por Voltaire, o conceito de Absolutismo define uma forma de governo adotada em vários Estados europeus entre os séculos XVI e XVIII. Se caracteriza pelo poder totalmente concentrado nas mãos do rei; Princípios: O príncipe está isento da lei; O que apraz o príncipe vigora como lei. É exclusivamente na minha pessoa que reside o poder soberano... É só de mim que os meus tribunais recebem a sua existência e a sua autoridade; a plenitude desta autoridade, que eles não exercem senão em meu nome, permanece sempre em mim, e o seu uso não pode nunca ser voltado contra mim; é a mim unicamente que pertence o poder legislativo sem dependência e sem partilha... A ordem pública inteira emana de mim, e os direitos e interesses da Nação, de que se ousa fazer um corpo separado do Monarca, estão necessariamente unidos com os meus e repousam unicamente nas minhas mãos Luís XIV, monarca francês em resposta ao Parlamento (1766).

4 Estado Absolutista Moeda francesa com a imagem de Luís XIV (1711). Características gerais: Formação do Exército: Nacional, profissional e permanente; Unificação administrativa: Desenvolvimento da burocracia; Fortalecimento do poder real em detrimento do poder eclesiástico; Formação das Assembleias; Unificação monetária, tributária, de Pesos e medidas e Idiomas.

5 Formação do Absolutismo Pensamento Clássico: Karl Marx e Fredrich Engels Absolutismo: Aliança entre Rei e Burguesia; Interesses burgueses: transações comerciais (unificação de impostos, leis, moedas e pesos e medidas); Interesse do monarca: Estabelecer autoridade frente a Igreja e a nobreza. Camada oprimida desde as suas origens, tributária da nobreza feudal dominante, recrutada entre servos e vassalos de toda a espécie, a burguesia, lutando constantemente contra a nobreza, conquistou posições, uma após outra, até assenhorear-se, nos países mais avançados, do poder, para ocupá-lo em lugar da própria nobreza (ENGELS, Fredrich. Anti-Dhüring).

6 Formação do Absolutismo Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um aparelho de dominação feudal alargado e reforçado, destinado a fixar as massas camponesas na sua posição social tradicional (...) Por outras palavras, o Estado absolutista nunca foi um árbitro entre a aristocracia e a burguesia, ainda menos um instrumento da burguesia nascente contra a aristocracia: ele era a nova carapaça política de uma nobreza atemorizada (...). (ANDERSON, Perry, Linhagens do Estado Absolutista.) Pensamento Reviosionista: Perry Anderson Absolutismo: Aliança entre Rei, Burguesia e Nobreza. Interesses da nobreza: Estado como única força capaz de manter os camponeses em sua subalternidade, devido ao medo das revoltas camponesas (Jacqueries 1352).

7 Teóricos do Absolutismo Jean Bodin: Obra: Os seis livros da república ; Defesa da soberania: Poder absoluto de fazer leis; Absoluta e indivisível; Racionalização da administração pública; Teoria do Direito Divino dos reis: O poder real emana de Deus; O soberano está subordinado apenas à Deus.

8 Teóricos do Absolutismo: Todo poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na Terra. Consequentemente, o trono real não é o trono de um homem, mas o próprio trono de Deus. Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada, e que atacá-lo de qualquer maneira é sacrilégio. [...] O poder real é absoluto. O príncipe não precisa dar conta de seus atos a ninguém. (BOSSUET, Jacques. Política segundo a Sagrada Escritura) Jacques Bossuet: Obra: Política Tirada das Sagradas Escrituras ; Reforçamento da Teoria do Direito Divino dos reis; Defesa da proteção da propriedade privada dos súditos; Os soberanos deviam apenas obediência a Deus; Decisões reais seriam infalíveis graças às inspirações divinas.

9 Teóricos do Absolutismo Nicolau Maquiavel: Obra: O Príncipe ; Escrito como um manual para Lorenzo de Médici, o livro tinha como objetivo entender o que determinava o sucesso ou a queda de um governante, auxiliando-o a ampliar e manter seu poder pessoal; Separação entre política e moral: Os fins justificam os meios ; Análise mais realista da política e, portanto, menos metafísica; Razão de Estado: Agir de modo a fortalecer o Estado; Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Deve, todavia, o príncipe fazer-se temer de modo que, se não adquire amizade, evite ser odiado, porque pode muito bem ser ao mesmo tempo temido e não odiado; o que sempre conseguirá desde que respeite os bens dos seus concidadãos e dos seus súditos porque os homens esquecem mais depressa a morte do pai que a perda do patrimônio. Mas quando um príncipe está com os exércitos e tem uma multidão de soldados sob o seu comando, então é de todo necessário que não se importe de passar por cruel; porque sem esta fama não se mantém um exército unido, nem disposto a qualquer feito. (MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe) Violência e restrição às liberdades individuais. O Príncipe deve ser bom para os amigos, terrível para os inimigos, justo com os súditos e infiel para todos os outros

10 Teóricos do Absolutismo Thomas Hobbes: Obra: Leviatã ; Superação do Estado de natureza: Homem era o lobo do homem ; Caos social, devido ao egoísmo intrínseco ao homem; Contrato Social: O soberano concentra poderes em suas mãos, tornando-se responsável por garantir a ordem e harmonia social.

11 Sociedade do Absolutismo Sociedade Estamental: Rei: Tinha poder concentrado em suas mãos, reduzindo o poder dos nobres e da Igreja; Nobreza: Isenção de impostos, pensões e cargos públicos; Clero: Auxiliavam a justificar o poder absoluto e, em diversas regiões, eram sustentados pelo Rei, além da isenção de impostos. Muitos bispos eram investidos pelos monarcas; Burguesia: Receberam benefícios comerciais (unificação de impostos, moeda e sistema de pesos e medidas), mas pagavam pesados impostos; Camponeses: Não tinha benefícios pagavam pesados impostos. Porque nada é mais impertinente do que ver um cozinheiro ou um camareiro envergar um traje enfeitado com galões ou renda, pôr a espada à cinta e se insinuar entre as melhores companhias nos passeios públicos; ou ver uma camareira vestida tão artificiosamente quanto sua patroa; ou encontrar criados domésticos de qualquer tipo ataviados como as pessoas da nobreza. Tudo isso é revoltante. O estado dos criados é de servidão, de obediência às ordens de seus patrões. Não estão destinados a serem livres, a fazerem parte do organismo social com os cidadãos. (DARNTON. 1986, p. 178).

12 Sociedade do Absolutismo Doutrina do Corpo Místico: Rei: cabeça; Clero e Nobreza: braços; Burgueses e Servo: pernas. Teatralização do poder. Segundo o autor, são as aparências sociais que promovem a hierarquia do mundo real. O poder é um jogo dramático que sempre existiu em nossa sociedade, em todos os tempos e lugares. Porém, cada sociedade desenvolve sua própria dinâmica e seus próprios papéis sociais. Desta forma, por trás de toda forma de poder, existe a teatrocracia. A arte do governo é a arte da cena. Balandier usa a obra O Príncipe (1532), de Maquiavel, para complementar suas afirmações. Para ele, o soberano deve enganar seus súditos para ser aceito. Ele não impõe diretamente o seu poder, mas sim, faz com que as pessoas sintam que estão se permitindo dominar e que, por isso, compartilham certa parcela ilusória de poder. Para ser aceito como mandante, o soberano dramatiza e conquista o coração de seus súditos, ganhando sua confiança. (LUCHETTI, Nayara. O poder político, o mundo real e a sociedade)

13 Teatralização do poder A novidade está em integrar todos esses elementos e mostrar como os monarcas foram os inventores do "marketing político" e que nesse sentido fizeram escola. No centro de sua análise está a noção de estratégia, na qual a propaganda surge como meio de assegurar a submissão ou o assentimento a um poder. Com esse monarca a glória, a vitória, o prestígio e a grandeza transformam-se em imagens suficientemente fortes para garantir a estabilidade do reino e imaginar sua permanência futura. É por isso mesmo que Burke revela-se mais preocupado com a interpretação do que com o acontecimento, procura o mito que envolve o rei e não tanto sua realidade, privilegia a imagem em detrimento do homem (SCHWARCZ, Lília. A fabricação do rei) Luís XIV, de Hyacinthe Rigaud (1701)

14 Sociedade do Absolutismo O Estado era pensado como um organismo vivo. Não era a riqueza que conferia o escalão social e a dignidade e sim a posse de uma dignidade, que determinava a seu detentor as fontes de rendimentos, o poder sobre outros homens. Ela era obtida de diversas maneiras (por exemplo, por hereditariedade nobiliárquica ou por um determinado serviço prestado ao rei). Em suma, era uma sociedade de símbolos (trajes ou adornos especiais) e de privilégios. "A etiqueta foi, nos séculos do seu apogeu (do XV ao XVIII), minucioso cerimonial regendo a vida em sociedade: roupas, formas de tratamento, uso da linguagem, distribuição no espaço, tudo isso esteve determinado pela lei e pelo costume." (RIBEIRO, Renato Janine. A etiqueta no Antigo Regime.) (DURAND, s/d, p. 531)

15 Nação e nacionalismo Conceito de identidade: identidade remete sempre ao que o grupo considera ser e ao que, portanto, o torna diferente dos outros, nós podemos considerá-la em dois registros distintos: o registro político pertencer a uma coletividade de condição política e possuindo um território, instituições e governo próprio e o registro cultural partilhar um conjunto de representações coletivas sobre as relações do grupo com o solo, a história, a província, seus vizinhos... (GUERRA, François Xavier. Construindo o Estado e criando a nação) Identidade e Alteridade: opostos complementares A identidade medieval: Baseada na religião: Cristandade; A identidade moderna: Baseada na nação; Indício: Guerra dos Cem Anos.

16 Nação e nacionalismo Capelão: Ele é apenas um francês, meu senhor. Nobre: Um francês! Onde arranjou você essa expressão? Então esses borgonheses, bretões, picardos e gascões começam a se intitular franceses, tal como nossos companheiros estão começando a se chamar ingleses? Falam da França e Inglaterra como de seus países. Imagine, país deles! Que vai ser de nós, se essas idéias se generalizarem? Capelão: Por que, senhor? Poderá isso nos prejudicar? Nobre: O homem não pode servir a dois senhores. Se essa idéia de servir ao país tomar conta do povo, adeus autoridade dos senhores feudais, e adeus autoridade da Igreja. (SHAW, Bernard. Santa Joana 1856)

17 Mercantilismo Política econômica típica do Estado Moderno; Transição entre feudalismo e capitalismo, por isso denominada também de pré-capitalismo; Principal característica: forte intervenção do Estado na economia; Características gerais: Metalismo; Balança Comercial Favorável; Protecionismo; Colonialismo.

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