MODELO IS-LM ECONOMIA ABERTA
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- Lucca Álvaro Gama
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1 MODELO IS-LM ECONOMIA ABERTA
2 EXTENSÃO DA ANÁLISE IS-LM À ECONOMIA ABERTA: MODELO DE EQUILÍBRIO GLOBAL (INTERNO E EXTERNO) ALARGAMENTO DA FUNÇÃO IS À ECONOMIA ABERTA (4 SECTORES) Consideremos, para já, a seguinte: Função Balança de Bens e Serviços/Exportações Líquidas (Simplificada): NX = NX m* Y - - 2
3 FUNÇÃO IS Y = α* A α* b* i (13) (IS) -1 i = ( A/b) (1/ α* b)* Y (13) (IS) Notas: I = I b* i α = 1 / [1 - c* (1 - t) + m]. A = C + c* R c* T + I + G + X M Componente da procura agregada autónoma (não dependente do rendimento nem da taxa de juro).. Função Procura Agregada A/D: A/D = ( A - b * i) + [c* (1 - t) - m] * Y Sendo: (θ/r) dado
4 α = Y / A = 1 / [1- c* (1- t) + m]. I = I b* i A //s IS. I^S = [1/ α* b] α ( b) I^S De (13): X (Exportações autónomas de bens e. i = i 0. Y 0 = α* A serviços) Curva IS deslocar-se-á paralelamente: ΔY = α* X (no mesmo sentido que a variação em X). ΔM (Importações autónomas de bens e serviços) Curva IS deslocar-se-á também paralelamente: ΔY = - α* M (em sentido oposto portanto à variação em M)
5 Deslocamentos Horizontais da Curva IS (i = i 0 ). De (13) : X :. Y=Y 0. i = ( A )/b Curva IS desloca-se verticalmente para cima em: X / b. Dado nível de Y taxa de juro sobe naquele montante ( i ). M : Curva IS desloca-se verticalmente para baixo em: (- M / b). Dado nível de Y taxa de juro tem de baixar naquele montante para que o mercado de bens e serviços se manter equilibrado (i )
6 Deslocamentos Verticais da Curva IS (Y=Y 0 ) Agora seja a Função Exportações Líquidas (Balança de Bens e Serviços): NX = NX + a* (θ/r) m* Y Efeitos sobre a Curva IS de Alterações na Taxa de Câmbio Real (θ/r) Se (θ/r) varia vai afectar através de eventuais efeitos sobre as exportações e importações de bens e serviços em termos reais. De acordo com o modelo, sabe-se que um aumento de: (θ/r) (θ/r ) = depreciação real da moeda nacional. Ao tornar mais caros os produtos importados relativamente aos produtos nacionais e relativamente mais baratos os produtos exportados: - - 6
7 Torna a produção nacional mais competitiva: Será de esperar: um aumento nas exportações autónomas e, pela mesma razão, uma quebra nas importações autónomas. O efeito final sobre as exportações líquidas (balança de bens e serviços) depende das: Elasticidades procura preço das exportações a1/v1 e das importações a2/v2 (uma vez que θ é um preço relativo). Nota: utilizaremos a partir de agora a letra a. Assim, o efeito sobre a Curva IS será dado por deslocamentos paralelos: Y 0 = α* NX (i = i o) [α = 1 / (1-c* (1- t) + m)] - - 7
8 NX = NX + a* θ/r - m* Y (a = a 1 +a 2 ). θ/r: Desvalorização/depreciação da taxa de câmbio real. Deslocamento paralelo e para a direita da curva IS. Tanto maior quanto mais preço procura elásticas forem as importações e exportações. NX (+) = a* θ (+) IS (i = i 0 ) = α*a* θ (+) IS. θ/r NX (+) Valorização/Apreciação da taxa de câmbio real. Deslocamento paralelo e para a esquerda da curva IS. Tanto maior quanto mais preço procura elásticas forem as importações e exportações
9 NX (-) = a* θ (-) IS (i = i 0 ) = α*a* θ (-) IS NX (-) FUNÇÃO IS (REVISITADA) Y = α* [ A + a* θ/r ] α* b* i IS -1 i = [( A + a* θ/r) / b] (1 / α*b) *Y IS. A = C + c* R c* T + I + G + X M. α = 1 / [1 - c* (1- t) + m] A FUNÇÃO LM NÃO SE ALTERA EM VIRTUDE DO ALARGAMENTO À ECONOMIA ABERTA L = L (Y, i) Procura agregada de moeda em termos reais
10 L = L + k* Y h* i // L= k* Y h* i M s /P = M / P = oferta real de moeda = variável exógena. De acordo com o modelo, nem a procura nem a oferta de moeda dependem de θ/r pelo que não são de prever, segundo o modelo, quaisquer efeitos sobre a curva LM. FUNÇÃO IS-LM (REVISITADA) Y 0 = β * ( A + a* θ/r) + λ* ( M / P ) i o = β ( A + a* θ/r) + λ * ( M / P ) Sendo, a Função Procura Agregada A/D (Revisitada): A = [ A - b * i + a* (θ /R)] + [c* (1-t) - m] * Y
11 Gráfico: DESLOCAMENTOS DAS CURVAS IS E NX θ(r)> 0 Desvalorização/Depreciação do Euro Modelo a preços constantes: P* e P Então: θ/r = E* (P*/P) θ/r = E i i 1 IS IS E 1 LM i = i 0 Y = α* NX IS i 0 E 0 Y 1 -Y 0 a * θ X (+) (+) M NX Y 0 Y 2 Y 1 Y Coeficiente de Ef. Directo NX (+) = Y (+) Multiplicador Ef. Indirectos ou Induzidos do Rendimento (no consumo de produção nacional) C i = [c* (1-t) - m] * Y 0 NX +a *θ 1 Notas: NX +a *θ 0 α NX =0 α NX =0 Y NX = NX + a *θ 1 -m*y NX = NX + a * θ - m* Y; t g α = m i = 0 NX = a* θ Deslocamento paralelo d NX (+) (+) Y> 0 - m* Y NX NX (-) Movimento ao longo da curva NX NX = NX + a *θ 0 - m* Y
12 - - 12
13 MODELO DE EQUILÍBRIO GLOBAL (INTERNO E EXTERNO) ECONOMIA ABERTA (Continuação) O EQUILÍBRIO EXTERNO: A CURVA BP Até ao momento apenas consideramos o modelo de equilíbrio global interno determinação dos níveis de rendimento real e de taxa da juro que: Permite, tudo o resto igual, o equilíbrio simultâneo nos mercados real (de bens e serviços) e monetário (e de títulos). MODELO IS-LM EM ECONOMIA ABERTA (4 SECTORES). Agora temos de introduzir o EQUILÍBRIO EXTERNO DA ECONOMIA (SALDO BP = 0): - - 1
14 De forma a determinar o: EQUILÍBRIO GLOBAL (SIMULTÂNEO) INTERNO E EXTERNO DA ECONOMIA. (Y, i) onde se verifique em simultâneo equilíbrio interno mercado real ou de bens e serviços e mercado monetário - e de títulos) e equilíbrio externo (BP = 0). FUNÇÃO BP SALDO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS (BP) = = SALDO DA BALANÇA DE BENS E SERVIÇOS (NX) * + SALDO DA BALANÇA FINANCEIRA NÃO MONETÁRIA (BK) * - - 2
15 (*) Simplificações: BALANÇA DE RENDIMENTOS (RLE) + BALANÇA DAS TRANSFERÊNCIAS (CORRENTES E DE CAPITAL) = 0 (ZERO). BALANÇA DE BENS E SERVIÇOS = = BALANÇA CORRENTE E DE CAPITAL NX = X M. BALANÇA FINANCEIRA NÃO MONETÁRIA (BK) = BALANÇA FINANCEIRA TOTAL (BF) ATIVOS DE RESERVA = ENTRADAS LÍQUIDAS DE CAPITAL SALDO BP (em sentido económico) = SALDO (NX + BK) = VARIAÇÃO DAS RESERVAS OFICIAIS EM OURO E DIVISAS Δ R (+ ou -)
16 . SALDO (BC + BK) = 0 BP EQUILIBRADA Δ R = 0. SALDO (BC + BK)> 0 SUPERÁVITE DA BP Δ R> 0. SALDO (BC + BK) < 0 DÉFICE DA BP Δ R < 0 BALANÇA DE BENS E SERVIÇOS: NX = X M NX = X M = NX m* Y + a* θ/r (θ/r) θ = (E* Pf / P ) = TAXA DE CÂMBIO REAL OU COMPETITIVIDADE EXTERNA OU TERMO DE TROCA. X = X + f* Y* + a1* θ/r M = M + m* Y a2* θ/r NX = X M + a* θ - m* Y - - 4
17 a = a1 + a2 somatório das elasticidades preço da procura das exportações e das importações. NX = (Y; Y*; θ) BALANÇA FINANCEIRA NÃO MONETÁRIA (BK) Os movimentos de entradas e saídas de capitais são determinados pelo confronto entre a taxa de rentabilidade dos capitais no país e no resto do mundo. Tomando como indicador a taxa de juros aquele movimento: Determinado pelo DIFERENCIAL EXISTENTE ENTRE A TAXA DE JURO INTERNA (i) E A TAXA DE JURO INTERNACIONAL (i f)
18 Ou seja: pelo diferencial (i i f) pelo que podemos concentrar-nos no diferencial das taxas de juro para explicar as entradas e saídas de capital. Hipóteses:. (i i f) ceteris paribus ENTRADAS LÍQUIDAS DE CAPITAL.. (i i f) ceteris paribus SAÍDAS LÍQUIDAS DE CAPITAL. BP = BP [Y; Y*; θ; (i i f)] DEDUÇÃO DA FUNÇÃO BP Hipóteses simplificadoras Y*;θ; i f são variáveis exógenas
19 . θ =. Y* = Y * i f = if pequena economia aberta se admite que o país não tem capacidade para afetar quer Y* quer i f. ESTAS HIPÓTESES PERMITEM CONCENTRARMO-NOS NA RELAÇÃO ENTRE A TAXA DE JURO INTERNA i E O NÍVEL DE RENDIMENTO INTERNO Y. PARA A QUAL SE TEM EQUILÍBRIO EXTERNO (BP = 0). Admitindo a existência de uma relação linear: BP = NX m* Y + d* (i if) BP = X M m* Y + d* (i if) Na equação anterior impondo a condição de equilíbrio externo (BP = 0): BP = X M m* Y + d* (i i f) =
20 FUNÇÃO/CURVA) BP i = [ i f ( X M ) / d ] + (m / d )* Y m = propensão marginal a importar. d = sensibilidade das entradas líquidas de capital ao diferencial de taxas de juro (i i f). FUNÇÃO (CURVA) BP representa, no espaço (i, Y), as condições de equilíbrio externo (BP = 0): DECLIVE POSITIVO (m /d)> 0 Partindo de uma situação de equilíbrio inicial (i o, Y o) (BP = 0): Y M NX (pioria da NX) i BK ( entradas líquidas de capitais compensatórias) reequilíbrio da BP (BP = 0)
21 HIPÓTESES DA FUNÇÃO/CURVA BP CONFORME O GRAU DE MOBILIDADE DOS MOVIMENTOS DE CAPITAL HIPÓTESE: PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAIS - O MODELO DE MUNDELL- FLEMING Pressupostos Básicos. Os mercados financeiros estão integrados de modo que os títulos nacionais e estrangeiros são substitutos perfeitos na carteira de títulos dos agentes económicos.. Os agentes têm acesso a informação rápida e de baixo custo sobre o diferencial (i i f).. O parâmetro d = DECLIVE BP = m / d =
22 i ENTRADA MASSIVA DE CAPITAIS ESTRANGEIROS: que elimina o diferencial (i i f). i SAÍDA MASSIVA DE CAPITAIS os agentes preferem os títulos estrangeiros que elimina o diferencial ( i i f ). i LM i f BP = 0 IS 0 Y 0 Y A CURVA BP É HORIZONTAL (AO NÍVEL i = i f)
23 . Acima deste valor BP> 0 ENTRAM CAPITAIS.. Abaixo deste valor BP < 0 SAEM CAPITAIS.. OS FLUXOS DE CAPITAIS ELIMINAM O DIFERENCIAL (i i f) i = i f. Pressupostos (ainda) fortes na análise: Expectativas dos agentes sobre a taxa de câmbio (nomeadamente, quanto a eventuais depreciações ou desvalorizações cambiais) não se alteram no período. Os preços interno (P) e internacional (P*) são constantes no período
24 HIPÓTESE: AUSÊNCIA DE MOVIMENTOS DE CAPITAL - CURVA BP VERTICAL i # i f sem restrições. d = 0 DECLIVE BP = m / d = BP = 0 i LM i 0 IS 0 Y 0 Y
25 HIPÓTESE: IMPERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAIS - CURVA BP POSITIVAMENTE INCLINADA i # i f de forma limitada depende do grau de mobilidade do parâmetro d. 0 < d < DECLIVE BP = m / d > 0. TANTO MENOS INCLINADA QUANTO MAIOR d grau de mobilidade dos capitais.. TANTO MAIS INCLINADA QUANTO MENOR d grau de mobilidade dos capitais
26 i LM BP = 0 i 0 IS 0 Y 0 Y PONTOS FORA DA CURVA BP (POSITIVAMENTE INCLINADA) i BP > 0 A BP = 0 BP < 0 B 0 Y
27 Pontos sobre a curva BP representam equilíbrio na curva BP. Pontos fora da curva BP representam desequilíbrio na curva BP.. Pontos acima da curva BP PONTO A: BP SUPERAVITÁRIA. Para reequilibrar a BP : OU i saída de capital deteriora BK. OU Y o que ao aumentar as importações deteriora NX.. Pontos abaixo da curva BP PONTO B BP DEFICITÁRIA: Requerendo i OU Y para retornar a BP de equilíbrio
28 EFEITO DE UMA VARIAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO REAL (θ/r) NA CURVA BP (POSITIVAMENTE INCLINADA) θ DEPRECIAÇÃO/DESVALORIZAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO REAL: DESLOCAMENTO PARALELO E PARA BAIXO DA CURVA BP. PARA DADO NÍVEL DE Y NX (MELHORIA DO SALDO DA BALANÇA DE BENS E SERVIÇOS). COMPATÍVEL COM UMA MENOR i.. MENOR NECESSIDADE DE ENTRADAS LÍQUIDAS DE CAPITAL.. PARA QUE BP =
29 θ : APRECIAÇÃO/VALORIZAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO REAL: DESLOCAMENTO PARALELO E PARA CIMA DA CURVA BP. Nota: Por hipótese P e P * não se alteram (são constantes): θ = E
30 HIPÓTESE DE PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAIS (CONCLUSÃO) O MODELO DE MUNDELL-FLEMING. Mundell, R. (1963), Capital Mobility and Stabilization Policy Fixed and Flexible Exchange Rates, Canadian Journal of Economics.. Fleming, M. (1962), Domestic Finantial Policies under Fixed and under Floating Exchange Rates, IMF Staff Papers. OS PRINCIPAIS PRESSUPOSTOS DO MODELO Os mercados financeiros estão integrados de modo que os títulos nacionais e estrangeiros são substitutos (perfeitos) na carteira de títulos dos agentes económicos residentes e não residentes. Os agentes têm acesso a informação rápida e de baixo custo sobre o diferencial i i f
31 Se a taxa de juro interna i ocorre uma entrada massiv de capital estrangeiro que elimina o diferencial (i i f). Se a taxa de juro interna i os capitais saem massivamente do país porque os agentes preferem títulos estrangeiros que elimina o diferencial (i - i f). Trata-se de uma pequena economia aberta pelo que se admite que não tem capacidade para afectar o nível de rendimento mundial Y* nem a taxa e juro internacional, i f. A Curva BP é Horizontal ao nível (i = i f). Acima deste valor BP> 0 ( BP Superavitária) verifica-se entradas (líquidas) de capital (+).. Abaixo deste valor BP < 0 ( BP Deficitária) verifica-se saídas líquidas de capital (+) ou entradas líquidas de capital ( - ) - - 2
32 Pressupostos fortes do modelo referem-se ao facto de serem considerados constantes no período em análise: 1. As expectativas dos agentes sobre a taxa de câmbio caso contrário, e.g., expectativas de desvalorização cambial (i = i* + d c). 2. Os níveis de preços interno e internacional (P e P f). Análise de curto prazo: modelo a preços constantes Curva AS (Oferta Agregada) Horizontal A taxa de câmbio real = taxa de câmbio nominal (θ/r) = E (θ /R) = E* (P* / P) sendo: P e P f constantes
33 EQUILÍBRIO GLOBAL EM REGIME DE CÂMBIOS FIXOS Em câmbios fixos A oferta de moeda (M) é endógena. O nível de rendimento de equilíbrio (Y e): é determinado pela interacção da função BP e da função IS. A função LM ajusta-se sempre que houver desequilíbrio: O mecanismo de ajustamento é a oferta nominal de moeda. Supondo-se perfeita mobilidade de capitais: temos o seguinte modelo IS-LM-BP: - - 4
34 Y = α* [ A + a* ( R )] - α* b* i FUNÇÃO IS (1) Y= 1/k* ( M / P ) + (h/k) * i FUNÇÃO LM (2) i = if FUNÇÃO BP = 0 (3) Notas:. a = a1 + a2 Somatório das elasticidades das exportações e das importações (face às variações na taxa de câmbio real).. NX = NX + a* θ m* Y Função Exportações Líquidas/Balança de bens e serviços.. A= C + c* R c*t + G + I + X - M Procura agregada autónoma.. θ/r = E * ( P */ P ) - - 5
35 Taxa de Câmbio Real constante: Porque os preços são dados e a taxa de câmbio nominal é fixa (exógena) constitui um instrumento de política cambial.. Variáveis Endógenas do modelo Y; i; M sendo (θ = ).. Sendo dados (θ= ) e A (procura agregada autónoma) A substituição de (3) em (1) permite calcular o rendimento de equilíbrio (Y e): Ye = α* [ A + v* ( R )] - α* b* if (4) ΔYe A (e.g. Política Orçamental) (+) (Política Cambial) (+) Δ if (-). Substituindo (3) e (4) em (2) obtém-se o valor da oferta (endógena) de moeda (M): - - 6
36 M / P = k * Y e h* i f M / P = k* [α* ( A + a* ) - α*b*if] (5) ( L = 0) h*if A expressão (5) permite verificar que (M) se ajusta em resposta a variações exógenas em A; θ ; i f: dados os parâmetros do modelo. EFICÁCIA DA POLÍTICA MONETÁRIA No espaço (i, Y) Política Monetária Expansionista (M ) Desloca a Curva LM para a direita. Fazendo descer a taxa de juro interna i face à taxa de juro internacional i f e fazendo subir o rendimento nacional Y. A subida no nível de rendimento interno ( Y) e a queda na taxa da taxa de juro interna ( i) Défice na BP. Em regime de câmbios fixos Défice na BP: - - 7
37 Obriga a uma intervenção do Banco Central em defesa da taxa de câmbio da sua moeda. Evitando, assim, a depreciação da moeda nacional. O Banco Central vende moeda estrangeira em troca de moeda nacional: Diminuindo as disponibilidades líquidas sobre o exterior DLX / Reservas em ouro e divisas do Banco Central. Oferta de moeda diminui: Deslocamento para a esquerda da Curva LM. O processo de ajustamento somente termina quando de novo a taxa de juro interna se situar ao nível da taxa de juro internacional. Eliminando totalmente o desequilíbrio na BP
38 Note-se que no final do processo de ajustamento: Y=0 e i=0 No decurso do processo de ajustamento à medida que (M s ) e ( i ): Os agentes substituem títulos estrangeiros por títulos nacionais substituição que termina quando i = i f. i LM 0 = LM 2 LM 1 i = i f BP = 0 (θ = ) IS 0 0 Y 0 Y 1 = Y 2 Y - - 9
39 i PM BP <0, Reservas M s (LM ) BP = 0 Y Y = 0 (no fim do processo de ajuste) Y = (1/k) * ( M /P ) (LM ) EM SUMA: Enquanto i <i f saem capitais: Obrigando a uma intervenção do Banco Central. Evitar depreciação da moeda nacional. Venda de moeda estrangeira em troca de moeda nacional. M s e i desincentivando a economia interna (via procura de bens de investimento) tendendo esta para a situação de equilíbrio inicial
40 A Política Monetária em Regime de Câmbios Fixos: Eficácia Nula (é completamente ineficaz). EFICÁCIA DA POLÍTICA ORÇAMENTAL No espaço (i, Y) Política Orçamental Expansionista (e.g. G ): Desloca a curva IS para a direita. Fazendo subir a taxa de juro interna i face à taxa de juro internacional i f e fazendo subir o nível do rendimento Y. A subida no nível de rendimento interno ( Y) é compensada pela subida na taxa de juro interna ( i) Superávite na BP
41 Em Regime de Câmbios Fixos Superávite na BP: Obriga a uma intervenção do Banco Central em defesa da taxa de câmbio da sua moeda. Evitando uma apreciação da moeda nacional. O Banco Central compra moeda estrangeira em troca de moeda nacional: Aumentando as DLX / Reservas. A oferta de moeda aumentará: Deslocamento para a direita a curva LM. O processo de ajustamento somente termina quando de novo a taxa de juro interna i se situar ao nível da taxa de juro internacional i f eliminando totalmente o desequilíbrio na BP
42 Note-se que no final do processo de ajustamento: Y (+) = α* A (+) Eficácia máxima β = α e i=0 No decurso do processo de ajustamento à medida que (M s ) e (i ): Os agentes substituem títulos nacionais por títulos estrangeiros substituição que termina quando i = i f i LM 0 LM 1 i i = i f BP = 0 (θ = ) 2 IS 0 IS 1 0 Y 0 Y 1 Y 2 Y
43 i PO BP> 0 Reservas, M s (LM ) BP = 0 Y (Y 2 -Y 0 ) = α* G (no fim do processo de ajuste). Y = α* G (IS ) α = 1 / 1- c* (1-t) + m EM SUMA: Enquanto i > i f afluem capitais: Obrigando a uma intervenção do Banco Central. Evitar a apreciação da moeda nacional venda de moeda nacional em troca de moeda estrangeira. (M s ) e (i ) estimulando a economia interna (via procura de bens de investimento) tendendo esta para um novo equilíbrio (Y ). A Política Orçamental em Regime de Câmbios Fixos:Eficácia Máxima
44 EFICÁCIA DA POLÍTICA CAMBIAL Suponhamos que a autoridade monetária decide depreciar a moeda nacional ( E, ) dado que P e P* são constantes. i LM 0 LM 1 i i = i f 2 BP = 0 (θ = ) IS 0 (θ 0 ) IS 1 (θ 1 ) 0 Y 0 Y 1 Y 2 Y PC, E, θ, IS ( ) (i, Y ) BP>0 Res. M s (LM ) BP = 0. NX = a* θ. Y = α * NX com: i = i f i Y (Y 2 -Y 0 )= α* NX (no fim do processo de ajuste) α = 1/ 1- c*(1-t)+m
45 EM SUMA: Enquanto i > i f afluem capitais : Obrigando a uma intervenção do Banco Central: Evitar apreciação da moeda nacional. Venda de moeda nacional em troca de moeda estrangeira. (M s ) e (i ) estimulando a economia interna (via procura de bens de investimento) tendendo esta para um novo equilíbrio (Y ). A Política Cambial em Regime de Câmbios Fixos: Relativamente Eficaz
46 VARIAÇÃO (EXÓGENA) NA TAXA DE JURO INTERNACIONAL (i f ) LM i i = i f B LM BP = 0 (θ = θ) i f i = i f A BP = 0 (θ = θ) Notas: Y 1 Y 0 IS Y. Hipótese if. Ponto A Agora Défice BP O Banco Central deve intervir para evitar a depreciação da moeda nacional (θ = ). M s (endógena). Compra de moeda nacional. Venda de moeda estrangeira ( reservas). No fim do processo Y e (Y 1 <Y 0 ) de ajuste (novo equilíbrio) i = i f (i )
47 EQUILÍBRIO GLOBAL EM REGIME DE CÂMBIOS FLUTUANTES OU FLEXÍVEIS Em câmbios flexíveis a oferta de moeda é exógena. O nível de rendimento de equilíbrio (Y e) É determinado pela interacção da função BP e da função LM A função IS ajusta-se sempre que houver desequilíbrio: O mecanismo de ajustamento é a taxa de câmbio real (θ/r). Supondo a hipóteses de perfeita mobilidade de capitais temos o seguinte Modelo IS-LM-BP:
48 Y = α* [A + a* θ ] - α* b* i (a = a 1 + a 2 ) (1) FUNÇÃO IS Y = (1/k) * (M/P) + (h/k) * i (2) FUNÇÃO LM i = i f (3) FUNÇÃO BP = 0 Variáveis endógenas no modelo Y; i; θ/e sendo [θ = E* ( P f / P )]. Sendo dada a oferta de moeda ( M ) a substituição de (3) em (2): Permite calcular o rendimento de equilíbrio (Y e): Y e = (1/k) * ( M / P ) + (h/k)*i f (4) A partir da expressão (4) verifica-se: Choques reais (sobre IS) não afectam o (Y e). Choques nominais (sobre LM) afectam o (Y e):
49 Em particular: Δ M Δ (Y e) no mesmo sentido. Choques em (i f) afectam no mesmo sentido o (Y e). Determinação da taxa de câmbio nominal (E): variável endógena em regime de câmbios flexíveis: A partir da função IS pode determinar-se a função taxa de câmbio nominal (E). Resolvendo primeiramente em ordem a taxa de câmbio real: θ = E* ( P f / P ) Determinação da expressão de (E)em função do Y e e da i
50 A partir da expressão da Função IS (1): θ = (1/α* a) * [Y α* A + α* b* i] = (b* i A ) / [a + (1 / α* a) * Y] θ = E* ( P f/ P ) = (b* i A ) / [a + (1 / α* a) * Y] E = (b* i A) / [ a* ( P f / P )] + Y/ [ α* a* ( P f/ P )] (5) Substituindo em (5) o rendimento de equilíbrio (Y e) determinado por (2) e (3): E considerando i determinada pela Função BP (3). Podemos encontrar o valor da variável endógena: E (e) = taxa de câmbio nominal (de equilíbrio). E, logo, de: (θ) = taxa de câmbio real (de equilíbrio): E (e) =(b* i f A)/ [ a* ( P f/ P )] + Y (e) / [ α* a* ( P f/ P )] θ (e) = E (e)* ( P f / P )
51 EFICÁCIA DA POLÍTICA MONETÁRIA No espaço (i, Y) Política Monetária Expansionista ( M ): Desloca a curva LM para a direita. Fazendo baixar a taxa de juro interna i face à taxa de juro internacional i f e fazendo subir o rendimento interno Y. A subida no nível de rendimento interno Y e a descida na taxa de juro interna i Défice na BP. Em regime de câmbio flexíveis Défice na BP Gera uma desvalorização nominal da moeda nacional ( E). Uma desvalorização real ( θ) preços interno e internacional constantes
52 (θ ): Produtos nacionais relativamente mais baratos do que os produtos estrangeiros estimula as exportações líquidas (NX ). Deslocamento para a direita a curva IS. O mecanismo de ajustamento (via E/ θ): Só termina quando de novo a taxa de juro interna i igualar a taxa de juro internacional i f. MAS: a um nível mais elevado de rendimento Y Eficácia Máxima: λ = (1/k = v) No final do processo de ajustamento: Y = (1/k) * ( M P ); i =
53 No decurso do processo de ajustamento os agentes substituem títulos estrangeiros por títulos nacionais Substituição que termina quando i = i f i LM 0 LM 1 i = i f i BP = 0 IS 1 IS 0 0 Y 0 Y 1 Y 2 Y Notas: Y (+) = α* NX (+) i = i f ; Y 2 >Y 0 PM BP <0 E /θ IS ( ) BP = 0 (Y 2 -Y 0 ) = (1/k)* ( M / P ) = * ( M / P ) (no fim do processo de ajuste) Y (+) = (1/k)* ( M / P ) (+) NX (+) = a* θ (+) [depreciação cambial] α = 1 / 1-c* (1-t) + m NX = NX - m* Y + a* θ
54 . Enquanto: i < i f E θ. A Política Monetária em Regime de Câmbios Flexíveis: Eficácia Máxima EFICÁCIA DA POLÍTICA ORÇAMENTAL No espaço (i, Y) Política Orçamental Expansionista (Δ G +) Deslocamento da curva IS para a direita. Fazendo subir a taxa de juro interna i face à taxa de juro internacional i f e subir o nível do rendimento interno Y. A subida na taxa de juro mais (entradas líquidas de capital) mais do que compensa a subida do rendimento interno (pioria de NX Superávite na BP
55 Em regime de câmbio flexíveis: o excedente na BP: Uma apreciação nominal da moeda ( E) Uma apreciação cambial real ( θ), com o preço interno e o preço internacional constantes. (θ/r ) : Produtos nacionais relativamente mais caros do que os produtos estrangeiros. Desincentiva as exportações líquidas (NX ). Deslocamento para a esquerda a curva IS. O mecanismo de ajustamento ( E/ θ): Só termina quando, de novo, a taxa de juro interna igualar a taxa de juro internacional
56 MAS: o nível de Y retorna ao seu valor inicial. Eficácia Mínima (Nula). Assim, no final do processo de ajustamento: Y=0 e i=0. No decurso do processo de ajustamento, os agentes substituem títulos nacionais por títulos estrangeiros Substituição que termina quando i = i f A Política Orçamental em Regime de Câmbios Flexíveis tem Eficácia Nula (é completamente ineficaz)
57 i LM 0 i 1 1 i = i f 0 2 BP = 0 IS 1 (θ 0 ) IS 0 (θ 0 ) = IS 1 (θ 1 ) 0 Y 0 Y 1 = Y 2 Y PO BP > 0 E / [apreciação cambial] IS ( ) BP = 0 i = i f; Y 0 = Y 2 Y (+) = α* G (+) Y (-) = α* NX (-) = Y (+) = α * G (+) NX (-) = a* (-) = G (+) inicial α = 1 / 1-c* (1-t) + m NX = NX - m* Y + a* θ/r
58 EFEITO CROWDING-OUT TOTAL EXTERNO:. Enquanto i > i f E e, logo,.. O reequilíbrio da economia ocorre na situação de equilíbrio inicial (Y=Y 0 ). VARIAÇÃO (EXÓGENA) NA TAXA DE JURO INTERNACIONAL (i f) i LM 0 i f B BP = 0 i = i f A BP = 0 IS 0 IS 1 Y 0 Y 1 Y
59 Notas:. Hipótese (Y 0, i f ) i f. Ponto A Agora Défice na BP: E θ IS ( ) (IS 0 IS 1 ) ΔY (+) = a* Δ NX Deslocamento paralelo e para fora da curva IS.. No fim do processo (i f ;Y 1 ) i = i f (i ) de ajuste (equilíbrio) (Y 1 >Y 0 ) (Y e )
60 APÊNDICE: HIPÓTESE DE AUSÊNCIA DE MOBILIDADE DE CAPITAIS. BP = NX (BC) + BK = NX + d (i i*). BK = 0; d = 0. Curva BP VERTICAL. Possibilidade de i = i* sem restrições. 1.CASO: NX = NX BP = NX = NX Determinação de (i, Y) de equilíbrio semelhante ao visto para uma economia fechada. Diferença em relação à economia fechada é que agora a procura agregada autónoma: 1
61 A = C + c* TR c* T + I + G + X M. Nova Função Procura Agregada: A = (C + c*tr c*t + I + G + NX) b* i + c* (1 t)* Y Nova Função IS (Y =A) Y = (A b* i) / 1 c* (1 t) Coeficiente de multiplicador da procura agregada autónoma simples: α = 1 / 1 c * (1 t) Cálculo de (i, Y) de equilíbrio utilizando o método das substituições (2 equações a 2 incógnitas IS = LM): IS: Y = α* (A b* i) LM: i = - (1/h) * (M/P) + (k/h) * Y 2
62 Y = β*a + λ* (M/P) i = β *A - λ *(M/P) (com: NX integrado em A). Multiplicadores globais orçamental e monetário iguais a, respectivamente, β; λ. 2. CASO: NX = X M m*y = NX m*y BP = NX = NX m*y Determinação de (i, Y) de equilíbrio semelhante ao visto para o caso anterior: Diferença em relação ao caso anterior é que agora é que: X = X M = M + m*y. 3
63 O coeficiente de multiplicador da procura agregada simples é igual: α A = 1 / 1 c* (1 t) + m < α A (caso anterior) Nova Função Procura Agregada: A = A b*i + [c* (1 t) - m] * Y Nova FUNÇÃO IS (Y = A) Y = (A b*i) / (1- c* (1 t) + m) Cálculo de (i, Y) de equilíbrio utilizando o método das substituições: IS = Y = α* (A b* i) LM= i = - (1/h) * (M/P) + (k/h) * Y 4
64 Y = β*a + λ*(m/p) i = β *A - λ *(M/P) (com NX integrado em A; α A = 1 / (1 c* (1 t) + m) Multiplicadores globais orçamental e monetário iguais a: respectivamente, β e λ. 3.CASO NX = NX + a* θ m*y BP = NX = NX + a* θ m* Y Sendo: X = X + a1* θ + f* Y f M = M - a2* θ + m* Y Y f = Y f 5
65 Determinação de (i, Y) de equilíbrio semelhante ao caso anterior. Diferença em relação ao caso anterior é a existência de uma parcela representativa do efeito sobre NX devido a variações da taxa de câmbio real θ/r. O coeficiente de multiplicador da procura agregada autónoma é: α A = 1 / 1 c* (1 t) + m <1 / 1 c* (1 t) = α A A Nova Função Procura Agregada: A = [(A + a* θ) b* i ]+ (c*(1 t) m)* Y A nova FUNÇÃO IS (Y = A) Y = [(A + a* θ) b* i]/ (1-c*(1 t) + m) Cálculo de (i, Y) de equilíbrio dependerá do REGIME CAMBIAL. 6
66 3.1. REGIME DE CÂMBIOS FIXOS (θ =θ) IS = Y = α*(a + a* θ) α* b* i LM = i = - (1/h) * (M/P) + (k/h) * Y Também aqui poderemos utilizar o método das substituições para determinar (i, Y) de equilíbrio, ou formalizando: Y = β* (A + a* θ) + λ*(m/p) i = β *(A + a* θ) λ (M/P) com, NX integrado em A; α A = [1 / (1 c* (1 t) + m)].. Os multiplicadores globais orçamental e monetário são, respectivamente:β; λ. 7
67 . AGORA EXISTE MULTIPLICADOR GLOBAL CAMBIAL: ΔY/Δθ = a* β 3.2 REGIME DE CÂMBIOS FLEXÍVEIS Neste caso: BP = NX = NX + a* θ m* Y = 0 Neste regime cambial a BP = NX encontra-se permanentemente equilibrada (NX = 0). A taxa de câmbio ajusta-se automaticamente de modo a que isto suceda. AGORA, determinação de (i, Y) de equilíbrio É IGUAL AO DA ECONOMIA FECHADA (NX = 0; m = 0). 8
68 Com a procura agregada autónoma: A = C + c*tr c*t + I + G (igual ao caso de economia fechada). Multiplicador da procura agregada autónoma: α A = 1 / 1 c* (1 t)> 1 / (1 c* (1 t) + m) = α A Nova Função Procura Agregada: A = (A b*i) + c* (1 t) * Y Equilíbrio: Y = A IS = Y = α*(a b* i) LM = i = - (1/h) * (M/P) + (k/h) * Y 9
69 Y = β*a + λ*(m/p) i = β *A λ *(M/P) Sendo os multiplicadores orçamental (β) e monetário (γ) iguais ao caso de uma economia fechada. Podemos ainda determinar a taxa de câmbio de equilíbrio (taxa de câmbio que equilibra a balança de bens e serviços, NX): θ = m * Y NX / a. 10
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