Era dia 28 de Março de 2017, ainda uma noite fria surpreendentemente e havia um rapaz mais ou menos alto cabelo quase careca, olhos verdes azulados e

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Walter Frade Bentes
7 Há anos
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1 Era dia 28 de Março de 2017, ainda uma noite fria surpreendentemente e havia um rapaz mais ou menos alto cabelo quase careca, olhos verdes azulados e lábios um bocado grossos. No dia seguinte era o seu aniversário e ainda não tinha planeado nada por vários motivos tristes e confusos da sua vida. Nessa noite discutiu com os pais durante horas e falava mal com os amigos que ainda tinha... Meteu roupas, a carteira, o carregador na mochila e a sua máquina e bazou de casa muito irritado com tudo e todos. Foi até armação pediu dinheiro como prenda de anos à avó e à madrinha, no total tinha 100 paus, ainda com a cabeça a mil, feito entupido comprou um bilhete de autocarro para o Porto. Uma ideia estupida mas na cabeça dela concretizada. Demorou horas a lá chegar e nesse tempo chorava de raiva de tristeza de tudo e pensava no que iria fazer quando chegasse la ao norte. Era 1 da manha, dia 29 de Março, era o seu aniversário e estava sozinho num autocarro com pouco dinheiro e sem bateria nos telefones. Pensou numa pousada da juventude que uma amiga lhe tinha dito e que até era barata mas o dinheiro que ele tinha só lhe dava pra uma noite e comida. Parou entretanto em Lisboa fumar o seu cigarro até que apareces-lhe um mendigo com uma barba velha e grande perguntado o que um rapaz como ele fazia sozinho a fumar... Na cabeça do rapaz era uma coisa normal mas na cabeça do mendigo era uma grande admiração porque normalmente os rapazes estariam com amigos ou assim. O mendigo contou lhe um breve historia da infância dele. "Tinha eu 14 anos estava um frio do caralho e estávamos em guerra como já deves ter estudado, um combatente inimigo veio ter comigo muito ferido a pedir ajuda porque tinha frio e dores e precisava de ajuda então fiquei assustado e levei-o para minha casa os meu pais ficaram chateados como é obvio mas ajudaram no... " O autocarro ia bazar agora e o rapaz teve de deixar o mendigo e ficou a pensar o porquê de ele lhe ter contado essa história. Passado horas... O rapaz chegou ao Porto sem saber para onde ir sem quase ninguém na rua, estava perdido, voltou para trás e perguntou onde era a pousada da juventude ao motorista do autocarro. Eram 7 da manha o rapaz tinha chegado á pousada e pediu um quarto para uma noite e mal chegou ao quarto aterrou na cama cheio de sono. Acordou muito confuso, com muitas perguntas na cabeça e triste, só pensava nos seus pais mesmo terem discutido, ele os amava e sabia que estavam preocupas com ele. No twitter, no facebook, no insta em todas as redes socias tinha montes de mensagem a perguntar por ele, dos seus pais ele tinhas montes de chamadas n atendidas. Sentado na ponta da cama levou as mãos á cabeça perguntando o que ele teria feito, logo no seu dia de aniversário, mas ele era um rapaz casmurro e bloqueou o telemóvel e saiu, tomou o pequeno-almoço na pousada e foi dar uma volta pela cidade que ele queria tanto visitar e fotografar. Certa parte do dia foi ao centro comercial do porto e trocou olhares com uma grande amiga dele de lá mas seguiu em frente porque n queria ser visto por ninguém conhecido mas ela seguiu durante 5 minutos fora do centro comercial. Encontraram-se ela muito preocupada com fez lhe montes de perguntas e chamou lhe nomes por ter fugido de casa até que no final da conversa lhe abraçou e deu lhe os parabéns. O rapaz sorriu e deitou duas pequenas lágrimas de cada olho e seguiram os seus caminhos.

2 Comprou um pequeno bolo, duas velas e foi para a ponte sozinho, já de noite, cantar os seus próprios parabéns. Enquanto cantava chorava e a sua cabeça era um tornado de várias merdas dos últimos dias. Antes de bazar para a pousada escreveu na ponte A história de um rapaz infeliz no dia mais feliz da sua vida assinou, meteu a data e bazou de mochila ás costas. Já no quarto não pregou olho a noite inteira então como ele gostava de escrever escreveu uma carta a pedir desculpas aos pais aos poucos amigos verdadeiros que tinha e a todas as pessoas que lhe odiavam e não gostavam dele. De manha tomou o pequeno-almoço e bazou porque já não poderia ficar na pousada. Segui pelas ruas a cima e pelas ruas abaixo do Porto perdido e ainda com a sua máquina na mão, até que passou pela ponte e parou num café. Nas notícias já aparecia a cara dele de desaparecido com mensagens dos pais preocupados, ele apavorado saiu a correr, passou a correr na ponte a chorar até que quando passou pelo sitio que tinha escrito, quase n vendo por onde ia por causa dos oceanos que tinha a sair dos olhos, tropeçou bateu com a cabeça nesse mesmo sitio e ficou ali estendido. Estava tudo preto e n conseguia se mexer e só ouvia vozes, as vozes dos seus pais e a chorarem Estava no hospital, em coma, em risco de nunca mais acordar. Deixou de ouvir vozes e começou a ver memórias da sua vida até que morreu...

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