MICROESTRUTURA E TENACIDADE DO AÇO API 5LX GRAU 70 SOLDADO COM ARAME TUBULAR AWS E-81T1-Ni1 E ELETRODO REVESTIDO AWS E-8010-G

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "MICROESTRUTURA E TENACIDADE DO AÇO API 5LX GRAU 70 SOLDADO COM ARAME TUBULAR AWS E-81T1-Ni1 E ELETRODO REVESTIDO AWS E-8010-G"

Transcrição

1 MICROESTRUTURA E TENACIDADE DO AÇO API 5LX GRAU 70 SOLDADO COM ARAME TUBULAR AWS E-81T1-Ni1 E ELETRODO REVESTIDO AWS E-8010-G Vicente Afonso Ventrella ventrella@dem.feis.unesp.br Prof. Assistente Doutor do DEM / UNESP. Av. Brasil Centro 56, CEP: Ilha Solteira SP. RESUMO Neste trabalho estudou-se a microestrutura e a tenacidade ao impacto do metal de solda do aço API 5LX Grau 70 (limite de escoamento mínimo de 480 MPa), soldado pelos processos Arame Tubular e Eletrodo Revestido, utilizando-se arame AWS E-81T1-Ni1 e eletrodo AWS E-8010-G, respectivamente. Suas microestruturas foram caracterizadas via microscopia ótica, para análise qualitativa e quantitativa dos constituintes microestruturais, em corpos de prova transversais ao cordão de solda. Foram realizados ensaios de impacto Charpy V para a obtenção de uma correlação entre microestrutura e propriedades mecânicas, no caso a tenacidade ao impacto. Os resultados mostraram que a taxa de resfriamento da junta soldada de aços API X-70 influi na microestrutura final do metal de solda e, a melhoria da tenacidade está relacionada à fração volumétrica de ferrita acicular presente no metal de solda. Espera-se que a conclusão deste trabalho forneça contribuições científicas e tecnológicas de grande valor, pois a soldagem do aço API X-70 é de suma importância, visto que o aço API X-70 é amplamente utilizado na indústria petrolífera, como por exemplo, o Gasoduto Bolívia-Brasil, apresentando características de elevada resistência, aliada a boa soldabilidade e baixo nível de inclusões. Palavras-chave: soldagem, aço API, microestrutura, eletrodo revestido e arame tubular. INTRODUÇÃO Na fabricação de tubos de grande espessura, há necessidade de uso de aços de alta resistência mecânica à tração, como por exemplo, os aços da série API 5L X70 ( limite de escoamento mínimo de 480 MPa ). Especificações internacionais requerem elevadas propriedades de impacto para este aço e, naturalmente, também para as suas juntas soldadas ( o metal de solda deve absorver 56 J a 20 C e 40 J a 25 C ). Estas exigências refletem não apenas a necessidade dos aços e das juntas soldadas possuírem uma temperatura de transição a mais baixa possível (característica essencial para usos em regiões frias), mas também um elevado patamar superior de energia de impacto, particularmente em gasodutos, cujas elevadas tensões de serviço podem contribuir para a ocorrência de falha no modo dúctil de propagação de trincas (Kirkwood, 1996). Os aços API, com características de elevada resistência, aliada a boa soldabilidade, baixo nível de inclusões e boa qualidade superficial, são especificados pela Americam Petroleum Institute

2 (API), no caso a API 5L (API, 1995). De acordo com as exigências dos tubos, as qualidades API-5L-A e B são usadas em tubulações de baixa pressão, enquanto que as API-5L-X42, X46, X52, X60 e X-70 são utilizadas em tubulações de alta pressão. O principal guia para a soldagem de tubulações é a norma API 1104, a qual fornece dados necessários à obtenção de juntas soldadas com boas qualidades. As juntas em tubulações são soldadas no campo e somente do lado externo. Como o tubo é fixo, a soldagem deve ser realizada em todas as posições. O tipo de eletrodo revestido geralmente utilizado na soldagem de tubulações é o AWS EXX10, pois possui elevada penetração e pode ser utilizado em todas as posições. Nos dias atuais o eletrodo revestido celulósico começa a ser substituído pelo processo automático com arame tubular. Isso vem acontecendo muito lentamente, pois a indústria de soldagem de tubulações é muito conservadora (Widgery, 1995; AWS, 1992). Até hoje a terminologia dos diversos constituintes presentes em metais de solda dos aços baixa liga, no caso os aços API, não está totalmente padronizada. A terminologia adotada pelo Instituto Internacional de Soldagem (IIW / IIS), baseada fundamentalmente em observações feitas com microscopia ótica e na relação constituinte-tenacidade ainda é a mais utilizada, onde os microconstituintes são definido como segue (Dolby,1996): a) Ferrita Primária de Contorno de Grão - PF(G) b) Ferrita Poligonal Intragranular - PF (I) c) Ferrita Acicular - AF d) Ferrita com Segunda Fase Alinhada - FS (A) e) Ferrita com Segunda Fase Não Alinhada - FS (NA) f) Agregado Ferrita-Carboneto - FC g) Martensita - M Enquanto as vantagens do uso do arame tubular vêm se disseminando rapidamente em vários segmentos da indústria, a soldagem, de aços API para tubulações, tem se mostrado uma indústria conservadora, adaptando-se muito lentamente ao uso do arame tubular. Parece que esta situação está começando a mudar. Uma razão pela qual a soldagem semi-automática com arames sólidos não substituiu a soldagem por eletrodos revestidos na indústria de tubulações foi em função do receio do aparecimento de defeitos como a falta de fusão. A principal razão porque o arame tubular vem substituindo o eletrodo revestido na indústria naval, é justamente em função de sua baixa susceptibilidade à falta de fusão. Até recentemente não se considerava viável a troca do arame sólido por arame tubular em soldagem de tubulações automatizadas, entretanto essa troca começa a ser vista como lógica. Por exemplo, pode-se trocar um arame sólido de 1,0 mm por um arame tubular de 1,2 mm, pois o arame tubular apresenta menor densidade. Com isso é possível aumentar a produtividade em até 20% e reduzir a incidência de defeitos. Nos locais onde o gás de proteção não é disponível, pode-se utilizar o processo arame tubular auto-protegido, isto é, sem gás de proteção. Infelizmente, tem-se uma queda na produtividade quando comparado ao processo com gás. Entretanto, essa situação pode mudar à medida que os gasodutos na Ásia Central comecem a ser construídos (Widgery, 1995).

3 MATERIAIS E MÉTODOS Como metal de base foram utilizadas chapas de aços API 5L X Grau 70, com 10,8 mm de espessura. A designação do aço é realizada pela Americam Petroleum Institute (API), especificamente a API 5L. Sua aplicação está voltada para as condições onde resistência mecânica, tenacidade e peso são requisitos principais. Dentre estas cita-se tubulações para gás natural, tubulações para petróleo, estruturas off-shore, etc. A composição química analisada e o carbono equivalente (CE), bem como as propriedades mecânicas do aço API X-70 estão apresentadas na Tabela 1 e 2, respectivamente. Tabela 1: Composição química analisada (% em peso) e carbono equivalente (CE) do aço API 5L X-70. Elem. C Mn Si P S Ni Mo V Nb Al CE Teor % 0,117 1,49-0,018 0, ,020 0,017 0,014 0,37 Tabela 2: Propriedades Mecânicas do aço API 5L-X70. Limite de escoamento (MPa) 524 Limite de resistência à tração (MPa) 660 Energia Charpy V a 0 C (J) 96 (Dimensão do corpo de prova: 10mm x 10mmx 55mm) Dados fornecidos pela USIMINAS Como consumíveis de soldagem foram utilizados eletrodos revestidos celulósicos AWS E8010G com 3,25 mm de diâmetro, e arame tubular AWS E81T1-Ni1 com 1,6 mm de diâmetro, protegido com 75% Argônio e 25 % CO 2, todos designados sob a norma Americam Welding Society (AWS), respectivamente AWS A5.5 e AWS A5.29. A composição química dos consumíveis está representada na tabelas 3. Tabela 3: Composição química analisada (% em peso) dos consumíveis. Eletrodo AWS E8010G Elem. C Mn Si P S Ni Mo V Nb Al Teor % 0,055 O,46 0, ,006 0,018 0, Arame AWS E81T1Ni1 Elem. C Mn Si P S Ni Mo V Nb Al Teor % 0,085 1,92 0,68-0,023 0, O procedimento e parâmetros de soldagem adotados para a obtenção dos diversos corpos de prova foram através de combinações entre corrente / tensão de soldagem e temperatura do metal de base para os processos eletrodo revestido (série ER) e arame tubular (série AT).

4 i) processo eletrodo revestido - posição de soldagem plana - eletrodo AWS E8010G com 3,25 mm de diâmetro - corrente contínua com eletrodo positivo ( polaridade inversa, CC + ) - soldagem de juntas de topo, chanfro X 60 - Corrente ( 80 a 120 A ) - Velocidade de soldagem ( 150 mm/min ) - Temperatura do metal base ( 0, 25 e 300 C ) ii) processo por arame tubular - posição de soldagem plana - arame AWS E81T1-Ni1 com 1,6 mm de diâmetro - corrente contínua com eletrodo positivo ( polaridade inversa, CC + ) - soldagem de juntas de topo, chanfro X 60 - Tensão do arco elétrico ( 26 a 32 V ) - Stick-out ( 19 mm ) - Velocidade de soldagem ( 400 mm/min ) - Temperatura do metal base ( 0, 25 e 300 C ) Foram realizados ensaios de impacto Charpy V, segundo normas da ASTM E-23, a 3 (três) diferentes temperaturas (-20 o C, 0 o C e 25 o C), sendo que a cada temperatura foram ensaiados 3 (três) corpos de prova com seção de 10 X 10 X 55 mm com entalhe central em V 45 º. Ver Figura 1. Figura 1: Corpo de prova Charpy.

5 RESULTADOS Toda identificação e caracterização microestrutural do metal de solda, foi realizada na região colunar do segundo passe, onde se observou com freqüência a presença de veios finos de ferrita primária delineando o contorno de grão da austenita prévia. O resultado da avaliação microestrutural dos cordões de solda apresentou basicamente Ferrita de Contorno de Grão - PF(G), Ferrita Poligonal Intragranular - PF (I), Ferrita Acicular - AF, e Ferrita com Segunda Fase FS. Os resultados das medidas quantitativas das microestruturas das amostras das séries AT e ER estão mostrados nas tabelas 4 e 5, respectivamente. Tabela 4: Resultados da metalografia quantitativa da série AT. Amostras Tensão (V) Temp. ( C) AF PF (I) PF (G) FS (A) FS (NA) AT AT AT AT AT AT AT AT AT Tabela 5: Resultados da metalografia quantitativa da série ER. Amostras Tensão (V) Temp. ( C) AF PF (I) PF (G) FS (A) FS (NA) ER ER ER ER ER ER ER ER ER No caso das amostras soldadas por arame tubular, por exemplo, a amostra AT01, a qual foi soldada com tensão de 26 volts e metal de base na temperatura de 0 C, sendo, portanto a amostra que sofreu a maior taxa de resfriamento, em função do baixo aporte térmico, apresentou uma microestrutura com menor fração volumétrica de ferrita acicular ( 59 % ), sendo sua microestrutura composta basicamente de ferrita com segunda fase alinhada (20%), além de 15% de ferrita primária

6 de contorno de grão PF(G), 1% de ferrita primária poligonal intergranular PF(I) e 5% de ferrita com segunda fase não alinhada FS(NA). A figura 2a mostra uma microestrutura representativa do metal de solda da amostra AT01 obtida por microscopia ótica, onde é possível observar uma considerável fração volumétrica de ferrita com segunda fase alinhada FS (A), um constituinte microestrutural que reduz a tenacidade da junta soldada. Por outro lado, a amostra AT09 a qual foi soldada com tensão de 32 volts e metal de base pré-aquecido a 300 C, sendo, portanto a amostra que sofreu o maior aporte térmico, e conseqüentemente a menor taxa de resfriamento, apresentou uma microestrutura com elevada fração volumétrica de ferrita primária (27%), sendo 25% de ferrita primária de contorno de grão e 2% de ferrita primária poligonal intergranular, além de 69% de ferrita acicular e 4 % de ferrita com segunda fase. A figura 2c mostra a microestrutura representativa do metal de solda da amostra AT09. A amostra AT05 foi soldada com uma tensão de 29 volts e metal de base a temperatura de 25 C, sendo, portanto uma condição média de taxa de resfriamento. Observando a tabela 4 podemos ver que a amostra AT05 apresentou 75% de ferrita acicular, 5% de ferrita com segunda fase alinhada, 15% de ferrita primária de contorno de grão, 1% de ferrita primária poligonal intergranular e 4% de ferrita com segunda fase não alinhada. PF(G) Ferrita Prim. (Cont. Grão) PF(I) Ferrita Prim. (Polig. Intrag) AF Ferrita Acicular FS(A) Ferrita Seg. Fase Alinhada FS(NA) Fer. Seg. Fase ñ Alinhada FC Agregado Ferr. Carboneto M Martensita 10 m Figura 2: Microestruturas das amostras: a) AT-01, b) bat-05, c) AT-09. Microscopia ótica. Aumento 500 X. Ataque nital 2%.

7 No caso das amostras soldadas pelo processo eletrodo revestido, por exemplo, a amostra ER01, a qual foi soldada com corrente de 80 amperes e metal de base na temperatura de 0 C, sendo, portanto a amostra da série ER que sofreu a maior taxa de resfriamento, em função do baixo aporte térmico, apresentou uma microestrutura com pequena fração volumétrica de ferrita acicular (16 %), sendo sua microestrutura composta basicamente de ferrita com segunda fase alinhada (46%), além de 18% de ferrita primária de contorno de grão PF(G), 9% de ferrita primária poligonal intergranular PF(I) e 11% de ferrita com segunda fase não alinhada FS(NA). A figura 3a mostra uma microestrutura representativa do metal de solda da amostra ER01 obtida por microscopia ótica, onde é possível observar uma grande fração volumétrica de ferrita com segunda fase alinhada FS(A), um constituinte microestrutural que reduz a tenacidade da junta soldada. Por outro lado, a amostra ER09 a qual foi soldada com corrente de 120 amperes e metal de base pré-aquecido a 300 C, sendo, portanto a amostra que sofreu o maior aporte térmico, conseqüentemente a menor taxa de resfriamento, apresentou uma microestrutura com elevada fração volumétrica de ferrita primária (48%), sendo 33% de ferrita primária de contorno de grão e 15% de ferrita primária poligonal intergranular, além de 42% de ferrita acicular e 10 % de ferrita com segunda fase. A figura 3c mostra a microestrutura representativa do metal de solda da amostra ER-09. PF(G) Ferrita Prim. (Cont. Grão) PF(I) Ferrita Prim. (Polig. Intrag) AF Ferrita Acicular FS(A) Ferrita Seg. Fase Alinhada FS(NA) Fer. Seg. Fase ñ Alinhada FC Agregado Ferr. Carboneto M Martensita 10 m Figura 3: Microestruturas das amostras: a) ER-01, b) ER-05, c) ER-09. Microscopia ótica. Aumento 500 X. Ataque nital 2%.

8 A amostra ER-05 foi soldada com uma corrente de 100 amperes e metal de base a temperatura de 25 C, sendo, portanto uma condição média de taxa de resfriamento. Observando a tabela 5 podemos ver que amostra ER-05 apresentou 48% de ferrita acicular, 22% de ferrita com segunda fase alinhada, 12% de ferrita primária de contorno de grão, 6% de ferrita primária poligonal intergranular e 12% de ferrita com segunda fase não alinhada. Observou-se que a utilização de corrente de soldagem ou tensão do arco elétrico baixas, além de favorecer a formação da ferrita com segunda fase alinhada, resultou em juntas soldadas com presença de descontinuidades do tipo falta de fusão, falta de penetração e escória no interior do cordão, o que também reduz a tenacidade da junta soldada. Dessa forma, podemos observar que na soldagem do aço API X-70 com o eletrodo revestido AWS E-8010G e com o arame tubular AWS E-81T1-Ni1, a taxa de resfriamento do metal de solda é um fator determinante da microestrutura resultante, isto é, o aumento da taxa de resfriamento favoreceu o aparecimento de constituintes do tipo ferrita com segunda fase alinhada, reduzindo a fração volumétrica de ferrita acicular. Por outro lado, com baixas taxas de resfriamento favoreceu-se o aparecimento de constituintes do tipo ferrita primária de contorno de grão e ferrita primária poligonal intergranular, reduzindo a fração volumétrica de ferrita acicular. Analisando ainda as tabelas 4 e 5, podemos observar que os constituintes microestruturais, do metal de solda do aço API, que sofreram maior variação em função da taxa de resfriamento foi a ferrita acicular AF, a ferrita com segunda fase alinhada FS (NA) e a ferrita primária de contorno de grão PF(G), sendo os dois últimos, constituintes que reduzem a tenacidade da junta soldada, principalmente a ferrita com segunda fase alinhada. Podemos observar que, na soldagem de chapas de aço API X-70 tanto com eletrodos revestidos quanto com arame tubular, no caso o AWS E-8010G e o AWS E81T1-Ni1, a temperatura do metal de base deve ser controlada, principalmente em regiões frias, o que poderia favorecer o aparecimento de constituintes do tipo ferrita com segunda fase alinhada. Outro ponto a ser controlado é a temperatura entre-passes, isto no caso da soldagem multi-passe, onde o metal de solda sofre aquecimento entre um passe e outro. Nesse caso ocorreria o aparecimento de constituintes do tipo ferrita primária de contorno de grão e, conseqüentemente, redução da fração volumétrica de ferrita acicular. Podemos dizer também que o efeito isolado, tanto da temperatura do metal de base quanto da corrente/tensão de soldagem, alteram a microestrutura final do metal de solda, sendo o efeito da temperatura mais significativo do que o efeito da corrente/tensão de soldagem. Os resultados da energia de impacto Charpy V absorvida (médias aritméticas dos valores obtidos) estão mostrados nas tabelas 6 e 7 (ensaios realizados nas temperaturas de -20 C, 0 C e 25 C). Além disso, as tabelas mostram os valores de corrente, tensão, temperatura do metal de base e a quantidade de ferrita acicular (AF) presente em cada corpo de prova.

9 Tabela 6: Valores médios da energia de impacto Charpy V nas temperaturas -20 C, 0 C e 25 C, tensão de soldagem, temperatura do metal de base e teor de ferrita acicular (AF) presente no segundo cordão de solda. Série AT. Energia Charpy (J) Tensão Temp. AF Amostras -20 C 0 C 25 C (V) ( C) (%) AT AT AT AT AT AT AT AT AT Tabela 7: Valores médios da energia de impacto Charpy V nas temperaturas -20 C, 0 C e 25 C, corrente de soldagem, temperatura do metal de base e teor de ferrita acicular (AF) presente no segundo cordão de solda. Série ER. Energia Charpy (J) Corrente Temp. AF Amostras -20 C 0 C 25 C (A) ( C) (%) ER ER ER ER ER ER ER ER ER

10 Os resultados mostrados nas tabelas 6 e 7 para os diferentes corpos de prova mostraram que a energia absorvida aumenta, em geral, com a temperatura de ensaio, independentemente da condição de soldagem. Existem algumas exceções a este comportamento, isto provavelmente ocorreu devido a descontinuidades no metal de solda, por exemplo, uma condição de baixo aporte térmico poderia gerar uma junta soldada com falta de fusão e/ou falta de penetração. Observou-se também que quanto maiores foram as tensões e correntes de soldagem, em geral, maior é a energia absorvida. Observou-se também que quanto maior for o teor de ferrita acicular (AF), no metal de solda, maior será a energia absorvida na junta soldada. Dessa forma, pode-se dizer que a qualquer das três temperaturas, a energia absorvida aumenta com a quantidade de ferrita acicular. Essa redução de ferrita acicular é explicada em função das condições com baixa taxa de resfriamento favorecerem a formação de constituintes como ferrita primária de contorno de grão PF( G ) e ferrita primária poligonal intragranular PF( I ), reduzindo portanto a ferrita acicular. As figuras 4a, 4b e 4c que representam as amostras obtidas por eletrodo revestido e, as figuras 5a, 5b e 5c que representam as amostras obtidas por arame tubular, mostram na forma de equações de regressão que quanto maior for a fração volumétrica de ferrita acicular (AF), no metal de solda, maior será a energia absorvida na junta soldada. Observa-se no caso do processo por eletrodo revestido, uma boa correlação linear entre a energia de impacto às três temperaturas do ensaio e os teores de ferrita acicular. Dessa forma, pode-se dizer que a qualquer das três temperaturas, a energia absorvida aumenta quase que linearmente com a quantidade de ferrita acicular. Já no caso do processo arame tubular observa-se um comportamento não linear entre a fração volumétrica de ferrita acicular e a energia absorvida. Essas equações fornecem a energia de impacto absorvida em função da fração volumétrica de AF presente no metal de solda. As tabelas 8 e 9 mostram as equações de regressão linear, para as séries ER e AT, com seus respectivos coeficientes de correlação para as três temperaturas de ensaio. O comportamento diferenciado dos gráficos [% AF x Energia Absorvida] para os processos de soldagem eletrodo revestido (linear) e arame tubular (não linear) pode ser explicado pela presença de microconstituintes do tipo AM presentes no interior das colônias de ferrita acicular. Por exemplo, no caso da soldagem por eletrodo revestido o aumento da fração volumétrica de AF está acompanhado de um aumento da fração de microconstituintes AM maior do que no caso da soldagem por arame tubular, fato que explica um menor ganho de tenacidade das juntas soldadas por eletrodo revestido (comportamento linear) do que aquelas obtidas por arame tubular. Os microconstituintes não foram identificados nesse trabalho, pois para uma boa caracterização deve-se utilizar um microscópio eletrônico de varredura (MEV). Do ponto de vista tecnológico, essa constatação mostraria que a indústria de tubulações poderia substituir o processo de soldagem dos tubos API X-70 de eletrodo revestido (AWS E-8010-G) por arame tubular (AWS E-81T1-Ni1), pois as juntas soldadas com arame tubular resultariam em um maior ganho de tenacidade com menor fração volumétrica de ferrita acicular, do que no caso das juntas soldadas por eletrodo revestido. Hoje o processo de soldagem mais utilizado na indústria de tubulações ainda é o processo por eletrodo revestido, pois essa indústria é extremamente conservadora.

11 Tabela 8: Correlação entre a energia de impacto Charpy V e o teor de ferrita acicular (AF) no metal de solda (série ER). Equação de regressão Coeficiente de correlação, r 2 E(-20) ER = 39, ,2277 * (AF) 0,8226 E( 0 ) ER = 46, ,3159 * (AF) 0,8433 E(25) ER = 51, ,3192 * (AF) 0,7825 Tabela 9: Correlação entre a energia de impacto Charpy V e o teor de ferrita Equação de regressão acicular (AF) no metal de solda (série AT). Coeficiente de correlação, r² E(-20) AT = 586,571-18,925*AF + 0,1595*AF² 0,81413 E(0) AT = 463,143-15,185*AF + 0,1331*AF² 0,85063 E(20) AT = 532,158-16,845*AF + 0,1428*AF² 0,74832 As tabelas 6 e 7 mostram claramente o fato, de que a melhoria da tenacidade da junta soldada está relacionada à fração volumétrica de ferrita acicular presente no metal de solda. No caso dos corpos de prova soldados pelo processo eletrodo revestido, observa-se que o corpo de prova ER08, o qual apresentou 78% de ferrita acicular no metal de solda, absorveu os maiores níveis de energia de impacto às temperaturas estudadas, isto é, 61J a 20ºC, 69J a 0ºC e 74J a 25ºC. Por outro lado, o corpo de prova com menor fração volumétrica de ferrita acicular, 16%, no caso o corpo ER01, apresentou os menores níveis de energia, isto é, 43J a 20ºC, 48J a 0ºC e 47J a 25ºC. Aliás, este fato confirma o que foi observado nas figuras 4a, 4b e 4c. No caso dos corpos de prova obtidos pelo processo arame tubular, o corpo de prova AT-06, o qual apresentou 80% de ferrita acicular no metal de solda, absorveu os maiores níveis de energia de impacto às temperaturas estudadas, isto é, 99J a 20ºC, 107J a 0ºC e 100J a 25ºC. Por outro lado, o corpo de prova com menor fração volumétrica de ferrita acicular, 59%, no caso o corpo AT01, apresentou os menores níveis de energia, isto é, 45J a -20ºC, 50J a 0ºC e 52J a 25ºC, confirmando o que foi observado nas figuras 5a, 5b e 5c.

12 Energia absorvida, J E(-20) = 39, ,2277 * (AF) r 2 = 0, Ferrita acicular, % Figura 4a: Variação da energia de impacto Charpy V em função do teor de ferrita acicular (%) para ensaio de tenacidade a 20 C. Série ER. Energia absorvida, J E(0) = 46, ,31597 * (AF) r 2 = 0, Ferrita acicular, % Figura 4b: Variação da energia de impacto Charpy V em função do teor de ferrita acicular (%) para ensaio de tenacidade a 0 C. Série ER. Energia absorvida, J E(25) = 51, ,31925 * (AF) r 2 = 0, Ferrita acicular, % Figura 4c: Variação da energia de impacto Charpy V em função do teor de ferrita acicular (%) para ensaio de tenacidade a 25 C. Série ER.

13 E(-20)=586,571-18,925 *AF+0,1595 *AF² r²=0, Energia absorvida J Ferrita Acicular % Figura 5a: Variação da energia de impacto Charpy V em função do teor de ferrita acicular para ensaio de tenacidade a 20 C. Série AT. 110 E(0)=463,143-15,185 *AF+0,1331 *AF² r²=0, Energia absorvida J Ferrita Acicular % Figura 5b: Variação da energia de impacto Charpy V em função do teor de ferrita acicular para ensaio de tenacidade a 0 C. Série AT. 100 E(25)=532,158-16,845 *AF+0,1428 *AF² r²=0, Energia absorvida J Ferrita Acicular % Figura 5c: Variação da energia de impacto Charpy V em função do teor de ferrita acicular para ensaio de tenacidade a 25 C. Série AT.

14 CONCLUSÕES O aumento da corrente de soldagem e da tensão do arco elétrico para corpos de prova a 0ºC, aumenta a fração volumétrica de ferrita acicular (AF). O aumento da temperatura do metal de base, quando a corrente de soldagem está na faixa de 80 a 100A (processo eletrodo revestido) e a tensão do arco elétrico está na faixa de 26 a 29V (processo arame tubular), resulta em um aumento da fração volumétrica de ferrita acicular (AF). Observou-se uma interação mais significativa da temperatura do metal de base do que da corrente de soldagem ou tensão do arco elétrico em relação à fração volumétrica de ferrita acicular-af. A tenacidade do metal de solda varia em função dos parâmetros corrente de soldagem, tensão do arco elétrico e temperatura do metal de base, comportamento este devido, fundamentalmente, ao aumento da fração volumétrico do ferrita acicular. As juntas soldadas pelo processo arame tubular apresentaram melhor tenacidade do que as juntas soldadas pelo processo eletrodo revestido. A condição de melhor tenacidade para o processo eletrodo revestido foi obtida a 120A e 25 C (74 J) e, no processo arame tubular a 29V e 300 C (107 J). O aumento de tenacidade apresenta uma relação linear com o aumento da fração volumétrica de ferrita acicular no caso de corpos de prova soldados pelo processo eletrodo revestido e uma relação não linear no caso de corpos de prova soldados pelo processo arame tubular. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem à USIMINAS e FAPESP pelo apoio ao desenvolvimento deste trabalho. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICASS 1. American Petroleum Institute Specification for Line Pipe 5L. API, Washington, April, 25p, American Welding Society Welding Handbook., vol. 4, 8 ed., Miami, USA, Dolby,R.E. Guidelines for classification of ferritic steel weld metal microstructural constituents using the light microscope. Welding in the World, Kirkwood, P.R.; Tait, W.P. Developments in welding consumables for the seam welding of high strength X70 line pipe. Paper 33 IIW, pp , Widgery, D. Linepipe welding beyond Svetsaren, vol. 54, 1999, pp

15 API 5LX GRADE 70 STEEL MICROSTRUCTURE AND THOUGHNESS WELDED BY AWS E-81T1-Ni1 AND AWS E-8010-G CONSUMABLES ABSTRACT The present work has been studied the API X-70 (Minimum Yield Strength 480 MPa) steel weld metal microstructure and toughness welded by Flux Cored Arc Welding and Shielded Metal Arc Welding, in different cooling rates, using AWS E-81T1-Ni1 and AWS E8010G stick. The microstructures were characterized by optical microscopy, to qualitative and quantitative analysis of the micro structural constituents, present in transversal welded samples. Impact Charpy V tests showed that API X-70 steel weld metal cooling rate is related with weld metal microstructure obtained and, good toughness is related to high volume fraction of acicular ferrite. Important scientific and technologic contributions were obtained with this work since API X-70 steel is largely used in petroleum industry, like Bolivia- Brazil pipeline, showing high tensile strength with good weldability and low inclusions level. Key-words: welding; API steel, microstructure, SMAW and FCAW.

SOLDAGEM DO AÇO API 5LX - GRAU 70 COM ARAME TUBULAR AWS E-81T1-Ni1 E ELETRODO REVESTIDO AWS E-8010-G.

SOLDAGEM DO AÇO API 5LX - GRAU 70 COM ARAME TUBULAR AWS E-81T1-Ni1 E ELETRODO REVESTIDO AWS E-8010-G. SOLDAGEM DO AÇO API 5LX - GRAU 70 COM ARAME TUBULAR AWS E-81T1-Ni1 E ELETRODO REVESTIDO AWS E-8010-G. Vicente Afonso Ventrella RESUMO Neste trabalho estudou-se a microestrutura e a tenacidade ao impacto

Leia mais

TENACIDADE AO IMPACTO DO METAL DE SOLDA DO AÇO API X70 SOLDADO COM ARAME TUBULAR AWS E-81T1-Ni1

TENACIDADE AO IMPACTO DO METAL DE SOLDA DO AÇO API X70 SOLDADO COM ARAME TUBULAR AWS E-81T1-Ni1 TENACIDADE AO IMPACTO DO METAL DE SOLDA DO AÇO API X70 SOLDADO COM ARAME TUBULAR AWS E-81T1-Ni1 Vicente Afonso Ventrella RESUMO Neste trabalho estudou-se a tenacidade ao impacto do metal de solda do aço

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE MICROESTRUTURA / TENACIDADE AO IMPACTO DO METAL DE SOLDA DO AÇO API X-70 SOLDADO POR ELETRODO REVESTIDO AWS E8010-G

RELAÇÃO ENTRE MICROESTRUTURA / TENACIDADE AO IMPACTO DO METAL DE SOLDA DO AÇO API X-70 SOLDADO POR ELETRODO REVESTIDO AWS E8010-G RELAÇÃO ENTRE MICROESTRUTURA / TENACIDADE AO IMPACTO DO METAL DE SOLDA DO AÇO API X-70 SOLDADO POR ELETRODO REVESTIDO AWS E8010-G * D. V. Bubnoff, ** V. A. Ventrella * Aluno do Programa de Pós-Graduação

Leia mais

ANÁLISE COMPARATIVA DOS PROCESSOS DE SOLDAGEM ARAME TUBULAR E ELETRODO REVESTIDO NA SOLDAGEM DO AÇO API 5LX - GRAU 70

ANÁLISE COMPARATIVA DOS PROCESSOS DE SOLDAGEM ARAME TUBULAR E ELETRODO REVESTIDO NA SOLDAGEM DO AÇO API 5LX - GRAU 70 ANÁLISE COMPARATIVA DOS PROCESSOS DE SOLDAGEM ARAME TUBULAR E ELETRODO REVESTIDO NA SOLDAGEM DO AÇO API 5LX - GRAU 70 Vicente Afonso Ventrella Prof. Dr. UNESP / Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira

Leia mais

MICROESTRUTURAS DO METAL DE SOLDA DO AÇO API X-70 SOLDADO COM ARAME TUBULAR AWS E81T1-Ni1

MICROESTRUTURAS DO METAL DE SOLDA DO AÇO API X-70 SOLDADO COM ARAME TUBULAR AWS E81T1-Ni1 MICROESTRUTURAS DO METAL DE SOLDA DO AÇO API X-70 SOLDADO COM ARAME TUBULAR AWS E81T1-Ni1 (1) Maria Helena M. Ferreira (2) Nelson Guedes de Alcântara (3) Vicente Afonso Ventrella RESUMO O presente trabalho

Leia mais

3 Material e Procedimento Experimental

3 Material e Procedimento Experimental 3 Material e Procedimento Experimental 3.1. Material Para este estudo foi utilizado um tubo API 5L X80 fabricado pelo processo UOE. A chapa para a confecção do tubo foi fabricada através do processo de

Leia mais

4 Resultados. 4.1.Perfil do cordão de solda

4 Resultados. 4.1.Perfil do cordão de solda 4 Resultados 4.1.Perfil do cordão de solda A figura 27 mostra quatro macrografias das amostras retiradas dos quatro quadrantes do perímetro como mostrado na tabela 8. Elas apresentam as distintas regiões

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DO METAL DE SOLDA DO AÇO API 5LX GRAU70 SOLDADO COM LASER PULSADO Nd:YAG

CARACTERIZAÇÃO DO METAL DE SOLDA DO AÇO API 5LX GRAU70 SOLDADO COM LASER PULSADO Nd:YAG 6º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 6 th BRAZILIAN CONFERENCE ON MANUFACTURING ENGINEERING 11 a 15 de abril de 2011 Caxias do Sul RS - Brasil April 11 th to 15 th, 2011 Caxias do Sul RS

Leia mais

5 Discussão Desempenho da soldagem

5 Discussão Desempenho da soldagem 5 Discussão 5.1. Desempenho da soldagem Na etapa experimental foram realizados testes para treinamento dos soldadores antes de executar a junta soldada com a finalidade de se adequar melhor ao material

Leia mais

ANÁLISE MICROESTRUTURAL DO METAL DE SOLDA DE PERFIS SOLDADOS DE UM LADO SÓ UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

ANÁLISE MICROESTRUTURAL DO METAL DE SOLDA DE PERFIS SOLDADOS DE UM LADO SÓ UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ANÁLISE MICROESTRUTURAL DO METAL DE SOLDA DE PERFIS SOLDADOS DE UM LADO SÓ UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Ailton Fernando da Silva ailton@dem.feis.unesp.br Daniel Yvan Martim Delforge delforge@dem.feis.unesp.br

Leia mais

A Tabela 2 apresenta a composição química do depósito do eletrodo puro fornecida pelo fabricante CONARCO. ELETRODO P S C Si Ni Cr Mo Mn

A Tabela 2 apresenta a composição química do depósito do eletrodo puro fornecida pelo fabricante CONARCO. ELETRODO P S C Si Ni Cr Mo Mn 3 Materiais e Procedimentos Experimentais 3.1 Materiais Utilizados Com o objetivo de se avaliar o efeito do Mn no comportamento do metal de solda depositado, foram produzidos experimentalmente pela CONARCO

Leia mais

ANÁLISE MICROESTRUTURAL DO METAL DE SOLDA DE PERFIS SOLDADOS DE UM LADO SÓ UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

ANÁLISE MICROESTRUTURAL DO METAL DE SOLDA DE PERFIS SOLDADOS DE UM LADO SÓ UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ANÁLISE MICROESTRUTURAL DO METAL DE SOLDA DE PERFIS SOLDADOS DE UM LADO SÓ UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Ailton Fernando da Silva Solteira-SP, e-mail: ailton@dem.feis.unesp.br Vicente Afonso Ventrella

Leia mais

I CONGRESSO PAN-AMERICANO DE SOLDAGEM XL CONSOLDA CONGRESSO NACIONAL DE SOLDAGEM SÃO PAULO BRASIL 20 23, Outubro, 2014

I CONGRESSO PAN-AMERICANO DE SOLDAGEM XL CONSOLDA CONGRESSO NACIONAL DE SOLDAGEM SÃO PAULO BRASIL 20 23, Outubro, 2014 I CONGRESSO PAN-AMERICANO DE SOLDAGEM XL CONSOLDA CONGRESSO NACIONAL DE SOLDAGEM SÃO PAULO BRASIL 20 23, Outubro, 2014 CT-80 Determinação da resistência ao impacto da região de grão grosseiro da ZTA do

Leia mais

ESPECIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM (EPS) - 34

ESPECIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM (EPS) - 34 FACULDADE SENAI DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS METALÚRGICOS PÓS-GRADUAÇÃO INSPEÇÃO E AUTOMAÇÃO EM SOLDAGEM Eng. Oreste Guerra Neto ESPECIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM (EPS) - 34 Osasco SP 2012 RESUMO

Leia mais

EFEITO DA TENSÃO DO ARCO ELÉTRICO EM SOLDAGEM POR ARAME TUBULAR COM ELETRODO AWS E-81T1-Ni1 NA MICROESTRUTURA DO METAL DE SOLDA

EFEITO DA TENSÃO DO ARCO ELÉTRICO EM SOLDAGEM POR ARAME TUBULAR COM ELETRODO AWS E-81T1-Ni1 NA MICROESTRUTURA DO METAL DE SOLDA EFEITO DA TENSÃO DO ARCO ELÉTRICO EM SOLDAGEM POR ARAME TUBULAR COM ELETRODO AWS E-81T1-Ni1 NA MICROESTRUTURA DO METAL DE SOLDA * D. V. Bubnoff, ** V. A. Ventrella * Aluno do Programa de Pós-Graduação

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE A ENERGIA CHARPY E A DUTILIDADE ATRAVÉS DA ESPESSURA DO AÇO API 5L X80

RELAÇÃO ENTRE A ENERGIA CHARPY E A DUTILIDADE ATRAVÉS DA ESPESSURA DO AÇO API 5L X80 RELAÇÃO ENTRE A ENERGIA CHARPY E A DUTILIDADE ATRAVÉS DA ESPESSURA DO AÇO API 5L X80 Aluno: José Carlos Benatti Neto Orientadora: Ivani de S. Bott Co Orientadora: Adriana F. Ballesteros Introdução Aços

Leia mais

4 Resultados e Discussão

4 Resultados e Discussão 4 Resultados e Discussão Neste capítulo são apresentados e analisados os resultados obtidos do processo de curvamento e dos ensaios mecânicos e metalográficos realizados. 4.1. Análise Dimensional Como

Leia mais

12, foram calculados a partir das equações mostradas seguir, com base nas análises químicas apresentadas na Tabela 8.

12, foram calculados a partir das equações mostradas seguir, com base nas análises químicas apresentadas na Tabela 8. 5 Discussão O estudo da fragilização ao revenido com base nos fenômenos de segregação tem como ponto de partida os resultados obtidos de experiências com pares de elementos liga e/ou impurezas, correspondendo

Leia mais

O tipo de Metal de Base (MB) escolhido é um aço ASTM A 36, de espessura 3/8 e

O tipo de Metal de Base (MB) escolhido é um aço ASTM A 36, de espessura 3/8 e A INFLUÊNCIA DAS VELOCIDADES DE VENTO NO CORDÃO DE SOLDA NO PROCESSO DE SOLDAGEM ARAME TUBULAR AUTO PROTEGIDO Autores : Cristiano José TURRA¹; Mario Wolfart JUNIOR². Identificação autores: 1 Graduando,

Leia mais

NOÇÕES DE SOLDAGEM. aula 2 soldabilidade. Curso Debret / 2007 Annelise Zeemann. procedimento de soldagem LIGAS NÃO FERROSAS AÇOS.

NOÇÕES DE SOLDAGEM. aula 2 soldabilidade. Curso Debret / 2007 Annelise Zeemann. procedimento de soldagem LIGAS NÃO FERROSAS AÇOS. NOÇÕES DE SOLDAGEM aula 2 soldabilidade Curso Debret / 2007 Annelise Zeemann LIGAS NÃO FERROSAS Niquel Aluminio Titânio Cobre aço ao carbono aço C-Mn aço Cr-Mo aço inox AÇOS composição química processamento

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL DE JUNTA SOLDADA DE AÇO ASTM A 131M EH-36 UTILIZADO EM TUBULAÇÕES DE PETRÓLEO E GÁS

CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL DE JUNTA SOLDADA DE AÇO ASTM A 131M EH-36 UTILIZADO EM TUBULAÇÕES DE PETRÓLEO E GÁS NOTA TÉCNICA 311 CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL DE JUNTA SOLDADA DE AÇO ASTM A 131M EH-36 UTILIZADO EM TUBULAÇÕES DE PETRÓLEO E GÁS SILVA, Helio Batista 1 Recebido em: 2016.10.26 Aprovado em: 2016.10.28

Leia mais

Título do projeto: SOLDABILIDADE DE UM AÇO ACLIMÁVEL DE ALTO SILÍCIO PARA CONSTRUÇÃO METÁLICA COM RESISTENCIA EXTRA A CORROSÃO MARINHA

Título do projeto: SOLDABILIDADE DE UM AÇO ACLIMÁVEL DE ALTO SILÍCIO PARA CONSTRUÇÃO METÁLICA COM RESISTENCIA EXTRA A CORROSÃO MARINHA Título do projeto: SOLDAILIDADE DE UM AÇO ACLIMÁVEL DE ALTO SILÍCIO PARA CONSTRUÇÃO METÁLICA COM RESISTENCIA EXTRA A CORROSÃO MARINHA Linha de Pesquisa: Metalurgia da Transformação. Soldagem e Processos

Leia mais

Características. Fundamentos. Histórico SOLDAGEM COM ARAME TUBULAR

Características. Fundamentos. Histórico SOLDAGEM COM ARAME TUBULAR Histórico SOLDAGEM COM ARAME TUBULAR FLUX CORED ARC WELDING (FCAW) Década de 20: Surgimento dos Processos de Soldagem com Proteção Gasosa. Década de 40: Surgimento da Soldagem GTAW Década de 50: Surgimento

Leia mais

4 Resultados (Parte 01)

4 Resultados (Parte 01) 4 Resultados (Parte 01) Os resultados foram divididos em oito partes que se correlacionam direta ou indiretamente entre si. A parte 01 mostra a caracterização do trecho reto (tubo na condição de como recebido,

Leia mais

A composição química das amostras de metal solda, soldadas a 10 m de profundidade, está listada na Tabela 2.

A composição química das amostras de metal solda, soldadas a 10 m de profundidade, está listada na Tabela 2. 52 4 Resultados 4.1. Análise Química A composição química das amostras de metal solda, soldadas a 10 m de profundidade, está listada na Tabela 2. Tabela 2: Composição química do metal de solda (porcentagem

Leia mais

7 Resultados (Parte 04)

7 Resultados (Parte 04) 7 Resultados (Parte 04) A parte 04 se refere aos tratamentos térmicos com transformações de resfriamento contínuo sem a aplicação de patamar isotérmico. 7.1. Tratamentos térmicos I Com o objetivo de simular

Leia mais

Caracterização microestrutural do aço ASTM-A soldado por GMAW.

Caracterização microestrutural do aço ASTM-A soldado por GMAW. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO USP ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA Caracterização microestrutural do aço ASTM-A516-10-60 soldado por GMAW. Alunos: Alexandre Dutra Golanda Guilherme Souza Leite Paulo Ricardo

Leia mais

C R E E M SOLDAGEM DOS MATERIAIS. UNESP Campus de Ilha Solteira. Prof. Dr. Vicente A. Ventrella

C R E E M SOLDAGEM DOS MATERIAIS. UNESP Campus de Ilha Solteira. Prof. Dr. Vicente A. Ventrella C R E E M 2 0 0 5 SOLDAGEM DOS MATERIAIS Prof. Dr. Vicente A. Ventrella UNESP Campus de Ilha Solteira C R E E M 2 0 0 5 SOLDAGEM DOS MATERIAIS 1. Introdução 2. Terminologia de Soldagem 3. Simbologia de

Leia mais

AVALIAÇÃO DA SOLDABILIDADE DO AÇO SINCRON-WHS-800T QUANDO SOLDADO PELO PROCESSO FCAW

AVALIAÇÃO DA SOLDABILIDADE DO AÇO SINCRON-WHS-800T QUANDO SOLDADO PELO PROCESSO FCAW Título do projeto: AVALIAÇÃO DA SOLDABILIDADE DO AÇO SINCRON-WHS-800T QUANDO SOLDADO PELO PROCESSO FCAW Linha de Pesquisa: Metalurgia da Transformação. Soldagem Justificativa/Motivação para realização

Leia mais

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE SOLDAGEM SOBRE UM EIXO RECUPERADO

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE SOLDAGEM SOBRE UM EIXO RECUPERADO ESTUDO DA INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE SOLDAGEM SOBRE UM EIXO RECUPERADO COF-2015-0480 Resumo: A soldagem de manutenção é um meio ainda muito utilizado para prolongar a vida útil das peças de máquinas

Leia mais

9.1 Medição do hidrogênio difusível pela técnica de cromatografia gasosa

9.1 Medição do hidrogênio difusível pela técnica de cromatografia gasosa 95 9 Resultados 9.1 Medição do hidrogênio difusível pela técnica de cromatografia gasosa As análises realizadas pela UFMG para cada tipo de consumível resultaram nas seguintes quantidades de hidrogênio

Leia mais

AVALIAÇÃO DA SUSCEPTIBILIDADE À FORMAÇÃO DE TRINCAS A FRIO EM JUNTAS SOLDADAS DE AÇOS ARBL RESUMO INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO DA SUSCEPTIBILIDADE À FORMAÇÃO DE TRINCAS A FRIO EM JUNTAS SOLDADAS DE AÇOS ARBL RESUMO INTRODUÇÃO AVALIAÇÃO DA SUSCEPTIBILIDADE À FORMAÇÃO DE TRINCAS A FRIO EM JUNTAS SOLDADAS DE AÇOS ARBL RAIMUNDO CARLOS SILVERIO FREIRE JÚNIOR, THEOPHILO M. MACIEL, PAULO GUEDES DA SILVA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

Leia mais

Material conforme recebido (CR) e/ou metal base (MB)

Material conforme recebido (CR) e/ou metal base (MB) 85 5.5 ANÁLISES MICROESTRUTURAIS As micrografias obtidas na seção transversal do material nas condições: como recebido e pós-soldagem com tratamentos de revenido e niretação estão apresentadas nas Figuras

Leia mais

(Comparative Study of High Strength Steel Weld Metals Obtained by the SMAW and FCAW Processes for Offshore Applications and Mooring Chains)

(Comparative Study of High Strength Steel Weld Metals Obtained by the SMAW and FCAW Processes for Offshore Applications and Mooring Chains) Estudo Comparativo de Metais de Solda de Aço de Alta Resistência Obtidos pelos Processos Eletrodo Revestido e Arame Tubular para Aplicação em Equipamentos de Amarração Offshore (Comparative Study of High

Leia mais

5 Discussão dos Resultados

5 Discussão dos Resultados 79 5 Discussão dos Resultados É possível comparar visualmente o ponto de solda nas macrografias mostradas da Figura 21 a Figura 26. Na comparação entre as diferentes velocidades de rotação da ferramenta,

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS E MICROESTRUTURAIS E ANÁLISE DAS TENSÕES RESIDUAIS EM TUBOS SOLDADOS DE AÇO P110 E N80Q

CARACTERIZAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS E MICROESTRUTURAIS E ANÁLISE DAS TENSÕES RESIDUAIS EM TUBOS SOLDADOS DE AÇO P110 E N80Q CARACTERIZAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS E MICROESTRUTURAIS E ANÁLISE DAS TENSÕES RESIDUAIS EM TUBOS SOLDADOS DE AÇO P110 E N80Q Gabriel Vianna de Macedo, Raphael José Elino da Silveira, Mateus Campos

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DO MICROCONSTITUINTE MARTENSITA- AUSTENITA EM JUNTAS SOLDADAS POR ATRITO COM PINO NÃO CONSUMÍVEL NO AÇO X80-API-5L

CARACTERIZAÇÃO DO MICROCONSTITUINTE MARTENSITA- AUSTENITA EM JUNTAS SOLDADAS POR ATRITO COM PINO NÃO CONSUMÍVEL NO AÇO X80-API-5L CARACTERIZAÇÃO DO MICROCONSTITUINTE MARTENSITA- AUSTENITA EM JUNTAS SOLDADAS POR ATRITO COM PINO NÃO CONSUMÍVEL NO AÇO X80-API-5L Pesquisador responsável: Johnnatan Rodríguez F. Unidade: Grupo de Caracterização

Leia mais

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO IMPACTO DE JUNTAS SOLDADAS POR PROCESSO ROBOTIZADO DO AÇO API 5L X80, UTILIZADO EM DUTOS PARA TRANSPORTE DE PETRÓLEO*

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO IMPACTO DE JUNTAS SOLDADAS POR PROCESSO ROBOTIZADO DO AÇO API 5L X80, UTILIZADO EM DUTOS PARA TRANSPORTE DE PETRÓLEO* AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO IMPACTO DE JUNTAS SOLDADAS POR PROCESSO ROBOTIZADO DO AÇO API 5L X80, UTILIZADO EM DUTOS PARA TRANSPORTE DE PETRÓLEO* Siderley Fernandes Albuquerque 1 Theophilo Moura Maciel

Leia mais

Revestimento de Aço Carbono com Aço Inoxidável Austenítico

Revestimento de Aço Carbono com Aço Inoxidável Austenítico Ronaldo Paranhos Esta é uma aplicação muito comum na indústria. Os motivos para esta grande utilização incluem, do lado dos aços carbono e C-Mn de grau estrutural, o seu menor custo em relação aos aços

Leia mais

Trabalho de solidificação. Soldagem. João Carlos Pedro Henrique Gomes Carritá Tainá Itacy Zanin de Souza

Trabalho de solidificação. Soldagem. João Carlos Pedro Henrique Gomes Carritá Tainá Itacy Zanin de Souza Trabalho de solidificação Soldagem João Carlos Pedro Henrique Gomes Carritá Tainá Itacy Zanin de Souza Introdução A soldagem é um processo de fabricação, do grupo dos processos de união, que visa o revestimento,

Leia mais

ESTUDO COMPARATIVO DA SOLDABILIDADE DO AÇO PARA GASODUTOS API 5L X80 COM AÇOS TEMPERADOS E REVENIDOS

ESTUDO COMPARATIVO DA SOLDABILIDADE DO AÇO PARA GASODUTOS API 5L X80 COM AÇOS TEMPERADOS E REVENIDOS XXXVIII CONSOLDA Congresso Nacional de Soldagem 15 a 18 de Outubro de 2012 Ouro Preto, MG, Brasil ESTUDO COMPARATIVO DA SOLDABILIDADE DO AÇO PARA GASODUTOS API 5L X80 COM AÇOS TEMPERADOS E REVENIDOS Angel

Leia mais

SOLDAGEM. Engenharia Mecânica Prof. Luis Fernando Maffeis Martins

SOLDAGEM. Engenharia Mecânica Prof. Luis Fernando Maffeis Martins 07 SOLDAGEM Engenharia Mecânica Prof. Luis Fernando Maffeis Martins Processo de soldagem por arco elétrico Este é mais um processo de soldagem que utiliza como fonte de calor a formação de um arco elétrico

Leia mais

Elaboração de Especificação de Procedimento de Soldagem EPS N 13.

Elaboração de Especificação de Procedimento de Soldagem EPS N 13. FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO Elaboração de Especificação de Procedimento de Soldagem EPS N 13. Aluno: Flavio Martins Pereira Da Silva Curso: Pós-Graduação em Inspeção e Automação

Leia mais

EFEITO DE DIFERENTES PROCESSOS DE SOLDAGEM SOBRE A MICROESTRUTURA DO AÇO API X52*

EFEITO DE DIFERENTES PROCESSOS DE SOLDAGEM SOBRE A MICROESTRUTURA DO AÇO API X52* 3022 EFEITO DE DIFERENTES PROCESSOS DE SOLDAGEM SOBRE A MICROESTRUTURA DO AÇO API X52* Rômulo Mendes de Barros 1 Maurício dos Santos Vasconcellos 2 Monique Osório 3 Leonardo Bruno da Fonseca 4 Wilma CLemente

Leia mais

Avaliação da Influência de Tratamentos Térmicos Pós-Soldagem Sobre a Microestrutura e Propriedades Mecânicas de Juntas de um Aço API 5L X70Q

Avaliação da Influência de Tratamentos Térmicos Pós-Soldagem Sobre a Microestrutura e Propriedades Mecânicas de Juntas de um Aço API 5L X70Q Soldagem & Inspeção. 2015;20(2):171-179 http://dx.doi.org/10.1590/0104-9224/si2002.05 Artigos Técnicos Avaliação da Influência de Tratamentos Térmicos Pós-Soldagem Sobre a Microestrutura e Propriedades

Leia mais

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM METALURGIA DA SOLDAGEM

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM METALURGIA DA SOLDAGEM PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM METALURGIA DA SOLDAGEM Professor: Moisés Luiz Lagares Júnior 1 METALURGIA DA SOLDAGEM A JUNTA SOLDADA Consiste: Metal de Solda, Zona Afetada pelo Calor (ZAC), Metal

Leia mais

Eletrodos Revestidos Impermeáveis do Tipo Baixo Hidrogênio (Low hydrogen impermeable covered electrodes)

Eletrodos Revestidos Impermeáveis do Tipo Baixo Hidrogênio (Low hydrogen impermeable covered electrodes) Eletrodos Revestidos Impermeáveis do Tipo Baixo Hidrogênio (Low hydrogen impermeable covered electrodes) Claudio Turani Vaz 1, Ivanilza Felizardo, Aurecyl Dalla Bernardina 2, Alexandre Queiroz Bracarense

Leia mais

Processos de Soldagem Soldagem a Arco com Arame Tubular

Processos de Soldagem Soldagem a Arco com Arame Tubular Processos Soldagem a Arco com Arame Tubular A soldagem a arco com arame tubular - Flux Cored Arc Welding (FCAW), foi desenvolvida visando unir as vantagens do processo MIG/MAG (semiautomático ou automático)

Leia mais

4. Resultados Mapeamento de descontinuidades não aceitáveis.

4. Resultados Mapeamento de descontinuidades não aceitáveis. 83 4. Resultados 4.1. Mapeamento de descontinuidades não aceitáveis. Mediante a avaliação dos ensaios não destrutivos de radiografia e de ultrasom determinou-se que só duas de seis juntas soldadas atenderam

Leia mais

FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO. Pós- Graduação Especialização em Soldagem. Disciplina- Engenharia de Soldagem. Prof.

FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO. Pós- Graduação Especialização em Soldagem. Disciplina- Engenharia de Soldagem. Prof. FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO. Pós- Graduação Especialização em Soldagem. Disciplina- Engenharia de Soldagem. Prof. Gimenez Aluno ANDRÉ LUIZ VENTURELLI ESTUDO PARA DEFINIR A ESPECIFICAÇÃO

Leia mais

Processo de Soldagem Eletrodo Revestido

Processo de Soldagem Eletrodo Revestido Processos de Fabricação I Processo de Soldagem Eletrodo Revestido Prof.: João Carlos Segatto Simões Características gerais O Processo Manual Taxa de deposição: 1 a 5 kg/h Fator de ocupação do soldador

Leia mais

SOLDABILIDADE DOS AÇOS INOXIDÁVEIS RESUMO DA SOLDABILIDADE DOS AÇOS INOXIDÁVEIS

SOLDABILIDADE DOS AÇOS INOXIDÁVEIS RESUMO DA SOLDABILIDADE DOS AÇOS INOXIDÁVEIS SOLDABILIDADE DOS AÇOS INOXIDÁVEIS RESUMO DA SOLDABILIDADE DOS AÇOS INOXIDÁVEIS Ramón S. Cortés Paredes, Dr. Eng. LABATS DEMEC UFPR 1 Diagrama de Schaeffler (1) Formação de trincas de solidificação ou

Leia mais

UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS PROCESSOS DE SOLDAGEM SMAW E FCAW-S EM TUBULAÇÕES API 5L GRAU B SOLDADAS EM CAMPO

UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS PROCESSOS DE SOLDAGEM SMAW E FCAW-S EM TUBULAÇÕES API 5L GRAU B SOLDADAS EM CAMPO Revista SODEBRAS Volume 10 N 110 FEVEREIRO/ 2015 UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS PROCESSOS DE SOLDAGEM SMAW E FCAW-S EM TUBULAÇÕES API 5L GRAU B SOLDADAS EM CAMPO ALEXANDRE AMARAL SGOBBI¹; MAURÍCIO DAVID MARTINS

Leia mais

Análise do perfil de microdureza e do refino de grão em juntas soldadas multipasse do aço API 5L X65

Análise do perfil de microdureza e do refino de grão em juntas soldadas multipasse do aço API 5L X65 Análise do perfil de microdureza e do refino de grão em juntas soldadas multipasse do aço API 5L X65 Pacheco, I. C. P. (1) ; Neto, R. Q. C. (2) ; Maciel, T. M. (1) ; Silva, W. A. (1) ; Duarte, R. N. C.

Leia mais

Processo d e soldagem

Processo d e soldagem Processo de soldagem Conteúdo Descrição do processo Equipamento e consumíveis Técnica de soldagem Principais defeitos e descontinuidades Aplicações Processo MMA ou SMAW Definição: soldagem a arco elétrico

Leia mais

AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DA JUNTA SOLDADA COM AÇO INOXIDÁVEL MARTENSÍTICO DE BAIXA TEMPERATURA DE TRANSFORMAÇÃO

AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DA JUNTA SOLDADA COM AÇO INOXIDÁVEL MARTENSÍTICO DE BAIXA TEMPERATURA DE TRANSFORMAÇÃO AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DA JUNTA SOLDADA COM AÇO INOXIDÁVEL MARTENSÍTICO DE BAIXA TEMPERATURA DE TRANSFORMAÇÃO F. J. S. Oliveira 1, L. R. R Ribeiro 1, H. F. G. de Abreu 2, R. T. de Oliveira

Leia mais

Universidade Estadual de Ponta Grossa/Departamento de Engenharia de Materiais/Ponta Grossa, PR. Engenharias, Engenharia de Materiais e Metalúrgica

Universidade Estadual de Ponta Grossa/Departamento de Engenharia de Materiais/Ponta Grossa, PR. Engenharias, Engenharia de Materiais e Metalúrgica ESTUDO DA CARACTERÍSTICA MORFOLÓGICA DO AÇO API 5L X-70 PROCESSADO POR LAMINAÇÃO CONTROLADA Igor Fabian de Goes Lopes (outros/uepg), André Luís Moreira de Carvalho (Orientador), e-mail: andrelmc@uepg.br.

Leia mais

3 Materiais e Métodos

3 Materiais e Métodos 41 3 Materiais e Métodos Serão apresentados neste capitulo os materiais e os métodos que foram utilizados no desenvolvimento deste trabalho. Durante a experiência foram utilizados cinco eletrodos oxi-rutílicos

Leia mais

INSPEÇÃO DE SOLDAGEM. Qualificação de Procedimentos de Soldagem e de Soldadores

INSPEÇÃO DE SOLDAGEM. Qualificação de Procedimentos de Soldagem e de Soldadores INSPEÇÃO DE SOLDAGEM Qualificação de Procedimentos de Soldagem e de Soldadores e Soldadores Definições Peça de Teste Chapa ou tubo de teste Chapa ou Tubo de Teste Peça soldada para a qualificação de procedimento

Leia mais

INFLUÊNCIA DO CAMINHO DE AQUECIMENTO NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE UM AÇO 1020 TEMPERADO A PARTIR DE TEMPERATURAS INTERCRÍTICAS

INFLUÊNCIA DO CAMINHO DE AQUECIMENTO NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE UM AÇO 1020 TEMPERADO A PARTIR DE TEMPERATURAS INTERCRÍTICAS INFLUÊNCIA DO CAMINHO DE AQUECIMENTO NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE UM AÇO 1020 TEMPERADO A PARTIR DE TEMPERATURAS INTERCRÍTICAS C.G. Guimarães, C.A.Siqueira, A. L. M. Costa* Faculdade de Engenharia de

Leia mais

Faculdade SENAI De Tecnologia Em Processos Metalúrgicos. Pós-graduação Inspeção e automação em soldagem. Metalurgia da soldagem

Faculdade SENAI De Tecnologia Em Processos Metalúrgicos. Pós-graduação Inspeção e automação em soldagem. Metalurgia da soldagem Faculdade SENAI De Tecnologia Em Processos Metalúrgicos Pós-graduação Inspeção e automação em soldagem Metalurgia da soldagem Elaboração da EPS n 14 Renaldo Augusto Correia Osasco SP 2012 Faculdade SENAI

Leia mais

INFLUÊNCIA DA SOLDA NA VIDA EM FADIGA DO AÇO SAE 1020

INFLUÊNCIA DA SOLDA NA VIDA EM FADIGA DO AÇO SAE 1020 INFLUÊNCIA DA SOLDA NA VIDA EM FADIGA DO AÇO SAE 1020 H. W. L. Silva, M. P. Peres, H. J. C. Woorwald Rua Sebastião Martins, 55 - Lagoa Dourada I - Cruzeiro - SP - CEP: 12711-390 e-mail: hwlsilva@dglnet.com.br

Leia mais

INFLUÊNCIA DE PARÂMETROS DE SOLDAGEM COMO TENSÃO E CORRENTE NA TAXA DE DEPOSIÇÃO PARA DIFERENTES ESPESSURAS DE CHAPA

INFLUÊNCIA DE PARÂMETROS DE SOLDAGEM COMO TENSÃO E CORRENTE NA TAXA DE DEPOSIÇÃO PARA DIFERENTES ESPESSURAS DE CHAPA INFLUÊNCIA DE PARÂMETROS DE SOLDAGEM COMO TENSÃO E CORRENTE NA TAXA DE DEPOSIÇÃO PARA DIFERENTES ESPESSURAS DE CHAPA P. H. Ogata; D. Silva; D. Morais; F. Conte; paulo.ogata@fatec.sp.gov.br Faculdade de

Leia mais

Influência da Adição de Níquel na Tenacidade de Metais de Solda de Aços C-Mn Antes e Após Tratamento Térmico de Alívio de Tensões

Influência da Adição de Níquel na Tenacidade de Metais de Solda de Aços C-Mn Antes e Após Tratamento Térmico de Alívio de Tensões Influência da Adição de Níquel na Tenacidade de Metais de Solda de Aços C-Mn Antes e Após Tratamento Térmico de Alívio de Tensões Vicente Braz Trindade 1, Ronaldo Pinheiro da Rocha Paranhos 2, João da

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA CARACTERIZAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS E METALÚRGICAS DE UMA JUNTA DE AÇO ASTM A36 SOLDADO PELO PROCESSO

Leia mais

Soldabilidade de Aços Resistentes à Abrasão da Classe de 450 HB de Dureza

Soldabilidade de Aços Resistentes à Abrasão da Classe de 450 HB de Dureza (Weldability of Abrasion-Resistant Steels of 450 HB Hardness) Gabriel Corrêa Guimarães 1, Ramsés Ferreira da Silva 1, Luiz Carlos da Silva 1 1 Usiminas, Centro de Tecnologia Usiminas Unidade Ipatinga,

Leia mais

SOLDAGEM DO FERRO FUNDIDO CINZENTO FC-200 UTILIZANDO OS ELETRODOS E Ni-Ci e E NiFe-Ci

SOLDAGEM DO FERRO FUNDIDO CINZENTO FC-200 UTILIZANDO OS ELETRODOS E Ni-Ci e E NiFe-Ci SOLDAGEM DO FERRO FUNDDO CNZENTO FC-200 UTLZANDO OS ELETRODOS E Ni-Ci e E NiFe-Ci Autores: Elson Arnaldo N. de Medeiros 1, Carlos Eduardo A. Lima Rodrigues 1, Francisco Antônio Vieira 2, Demmys Kelsen

Leia mais

DETALHAMENTO DOS ITENS PARA ELABORAÇÃO DE EPS EPS 20

DETALHAMENTO DOS ITENS PARA ELABORAÇÃO DE EPS EPS 20 FACULDADE DE TECNOLOGIA - SENAI ESCOLA SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO OSASCO SÃO PAULO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM INSPEÇÃO E AUTOMAÇÃO EM SOLDAGEM VALDEMIR DE OLIVEIRA PRIMO DETALHAMENTO DOS ITENS PARA

Leia mais

Título: SOLDAGEM EM TETO DE TANQUE EM OPERAÇÃO DE FPSO E FSO: Um estudo sobre as temperaturas alcançadas durante um procedimento de soldagem

Título: SOLDAGEM EM TETO DE TANQUE EM OPERAÇÃO DE FPSO E FSO: Um estudo sobre as temperaturas alcançadas durante um procedimento de soldagem Título: SOLDAGEM EM TETO DE TANQUE EM OPERAÇÃO DE FPSO E FSO: Um estudo sobre as temperaturas alcançadas durante um procedimento de soldagem Autores: MSc. Marcus Vinicius Cruz Sampaio¹, MSc. Paulo Faria¹

Leia mais

ESTUDO COMPARATIVO DE JUNTAS SOLDADAS DE AÇO NAVAL ASTM A131 GRAU AH36 PELOS PROCESSOS SMAW E FCAW

ESTUDO COMPARATIVO DE JUNTAS SOLDADAS DE AÇO NAVAL ASTM A131 GRAU AH36 PELOS PROCESSOS SMAW E FCAW ESTUDO COMPARATIVO DE JUNTAS SOLDADAS DE AÇO NAVAL ASTM A131 GRAU AH36 PELOS PROCESSOS SMAW E FCAW K. F. R. C. OMENA / KATYCVRD@HOTMAIL.COM M. M. POSSO / MILLENAPOSSO@YAHOO.COM.BR T. S. NUNES / THYSSASAM@GMAILCOM

Leia mais

EFEITO DO PROCEDIMENTO E TRATAMENTO TÉRMICO PÓS-SOLDAGEM NA RELAÇÃO TENACIDADE / MICROESTRUTURA DE METAL DE SOLDA DE AÇO DE EXTRA ALTA RESISTÊNCIA

EFEITO DO PROCEDIMENTO E TRATAMENTO TÉRMICO PÓS-SOLDAGEM NA RELAÇÃO TENACIDADE / MICROESTRUTURA DE METAL DE SOLDA DE AÇO DE EXTRA ALTA RESISTÊNCIA EFEITO DO PROCEDIMENTO E TRATAMENTO TÉRMICO PÓS-SOLDAGEM NA RELAÇÃO TENACIDADE / MICROESTRUTURA DE METAL DE SOLDA DE AÇO DE EXTRA ALTA RESISTÊNCIA Sergio Maciel Faragasso Dissertação de Mestrado apresentada

Leia mais

SOLDAGEM TIG. Prof. Dr. Hugo Z. Sandim. Marcus Vinicius da Silva Salgado Natália Maia Sesma William Santos Magalhães

SOLDAGEM TIG. Prof. Dr. Hugo Z. Sandim. Marcus Vinicius da Silva Salgado Natália Maia Sesma William Santos Magalhães SOLDAGEM TIG Prof. Dr. Hugo Z. Sandim Marcus Vinicius da Silva Salgado Natália Maia Sesma William Santos Magalhães Soldagem TIG Processo de soldagem TIG Fonte: www.infosolda.com.br e Welding Metallurgy

Leia mais

MODIFICAÇÕES MICROESTRUTURAIS EM DECORRÊNCIA DA SOLDAGEM DE MANUTENÇÃO EM UM AÇO DO TIPO ARBL PELO EMPREGO DO PROCESSO SMAW

MODIFICAÇÕES MICROESTRUTURAIS EM DECORRÊNCIA DA SOLDAGEM DE MANUTENÇÃO EM UM AÇO DO TIPO ARBL PELO EMPREGO DO PROCESSO SMAW MODIFICAÇÕES MICROESTRUTURAIS EM DECORRÊNCIA DA SOLDAGEM DE MANUTENÇÃO EM UM AÇO DO TIPO ARBL PELO EMPREGO DO PROCESSO SMAW Filipe SILVA REGO (1); Wesley MACEDO ROCHA (2); Jorge Luís LAURIANO GAMA (3)

Leia mais

3 - Metodologia Experimental

3 - Metodologia Experimental 3 - Metodologia Experimental Neste capítulo serão apresentados a metodologia experimental, os materiais utilizados e os métodos de análise empregados. 3.1. Descrição do método experimental A norma API

Leia mais

SOLDAGEM Mig/Mag (GMAW) FCAW - Aula 05. Faculdade Pitágoras Núcleo de Engenharias Engenharia Mecânica 8º e 9º Período Barreiro, Setembro 2016

SOLDAGEM Mig/Mag (GMAW) FCAW - Aula 05. Faculdade Pitágoras Núcleo de Engenharias Engenharia Mecânica 8º e 9º Período Barreiro, Setembro 2016 SOLDAGEM Mig/Mag (GMAW) FCAW - Aula 05 Faculdade Pitágoras Núcleo de Engenharias Engenharia Mecânica 8º e 9º Período Barreiro, Setembro 2016 PROCESSO DE SOLDAGEM MIG/MAG - GMAW FUNDAMENTOS E CARACTERÍSTICAS

Leia mais

Palavras-chave: tempo de resfriamento; microestrutura; junta soldada; dureza; aços ARBL

Palavras-chave: tempo de resfriamento; microestrutura; junta soldada; dureza; aços ARBL INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE SOLDAGEM SOBRE A MICROESTRUTURA DE JUNTAS SOLDADAS DE AÇOS ARBL Theophilo Moura Maciel, Cássia Maria Farias Lopes UFPb-CCT- DEM E-mail: theo@dem.ufpb.br RESUMO Neste trabalho

Leia mais

Aços de alta liga resistentes a corrosão II

Aços de alta liga resistentes a corrosão II Aços de alta liga resistentes a corrosão II Aços de alta liga ao cromo ferríticos normalmente contêm 13% ou 17% de cromo e nenhum ou somente baixo teor de níquel. A figura da esquerda apresenta uma parte

Leia mais

DEFEITOS EM SOLDAGEM. Preparado por: Ramón S. C. Paredes, Dr. Engº.

DEFEITOS EM SOLDAGEM. Preparado por: Ramón S. C. Paredes, Dr. Engº. DEFEITOS EM SOLDAGEM Preparado por: Ramón S. C. Paredes, Dr. Engº. 1 Trinca longitudinal na ZTA. 2 Trinca longitudinal na ZF 3 Trinca de cratera Defeitos do metal de solda Alguns dos defeitos que podem

Leia mais

8 Resultados (Parte 05)

8 Resultados (Parte 05) 8 Resultados (Parte 05) A parte 05 compara as curvas obtidas nos dois curvamentos a quente realizados a 2500 e 500 Hz, enfatizando as mudanças dimensionais, microestruturais e as correlações entre propriedades

Leia mais

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO TÉRMICO NA TENACIDADE DE UMA JUNTA SOLDADA DE UM AÇO API 5L GRAU B 1

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO TÉRMICO NA TENACIDADE DE UMA JUNTA SOLDADA DE UM AÇO API 5L GRAU B 1 ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO TÉRMICO NA TENACIDADE DE UMA JUNTA SOLDADA DE UM AÇO API 5L GRAU B 1 Patrick Ranzan 2 Vagner Machado Costa 3 Jefferson Haag 3 Bill Paiva dos Santos 3 Gabriel Cogo 3 Pedro

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais, Engenheiro Metalurgista, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, *

Universidade Federal de Minas Gerais, Engenheiro Metalurgista, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, * Comparação do Desempenho Operacional e das Características do Cordão na Soldagem com Diferentes Arames Tubulares em Polaridade Negativa (Comparison of Operational Performance and Bead Characteristics when

Leia mais

Palavras-chave: Aços Microligados, Soldabilidade e Microestruturas. 1. INTRODUÇÃO

Palavras-chave: Aços Microligados, Soldabilidade e Microestruturas. 1. INTRODUÇÃO VI CONGRESSO NACIONAL DE ENGENHARIA MECÂNICA VI NATIONAL CONGRESS OF MECHANICAL ENGINEERING 18 a 21 de agosto de 2010 Campina Grande Paraíba - Brasil August 18 21, 2010 Campina Grande Paraíba Brazil IINFLUÊNCIA

Leia mais

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3 MATERIAIS E MÉTODOS 40 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 MATERIAL O material utilizado para realização dos ensaios necessários para suportar este trabalho foi o aço baixa liga 2.1/4Cr 1Mo temperado e revenido, conforme especificação

Leia mais

INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DO PROCESSO DE SOLDAGEM INNERSHIELD NAS CARACTERÍSTICAS DA SOLDA DE UM AÇO ESTRUTURAL ASTM - A36

INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DO PROCESSO DE SOLDAGEM INNERSHIELD NAS CARACTERÍSTICAS DA SOLDA DE UM AÇO ESTRUTURAL ASTM - A36 INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DO PROCESSO DE SOLDAGEM INNERSHIELD NAS CARACTERÍSTICAS DA SOLDA DE UM AÇO ESTRUTURAL ASTM - A36 W.P. Martins 1, P.C. Caetano 1, J.J. Costa 1, V.S. Leal 1, C.C.F. Nascimento 1

Leia mais

SOLDABILIDADE DO AÇO ESTRUTURAL EN S355M NA FABRICAÇÃO DE TORRES EÓLICAS*

SOLDABILIDADE DO AÇO ESTRUTURAL EN S355M NA FABRICAÇÃO DE TORRES EÓLICAS* Tema: Soldagem SOLDABILIDADE DO AÇO ESTRUTURAL EN 10025-4 S355M NA FABRICAÇÃO DE TORRES EÓLICAS* Leonardo de Oliveira Turani 1 Tadeu Messias Donizete Borba 2 Ronaldo Cardoso Junior 3 Hugo Reis Gama 4 Guaracy

Leia mais

PRECIPITAÇÃO DA AUSTENITA SECUNDÁRIA DURANTE A SOLDAGEM DO AÇO INOXIDÁVEL DUPLEX S. A. Pires, M. Flavio, C. R. Xavier, C. J.

PRECIPITAÇÃO DA AUSTENITA SECUNDÁRIA DURANTE A SOLDAGEM DO AÇO INOXIDÁVEL DUPLEX S. A. Pires, M. Flavio, C. R. Xavier, C. J. PRECIPITAÇÃO DA AUSTENITA SECUNDÁRIA DURANTE A SOLDAGEM DO AÇO INOXIDÁVEL DUPLEX 2205 S. A. Pires, M. Flavio, C. R. Xavier, C. J. Marcelo Av. dos Trabalhadores, n 420, Vila Santa Cecília, Volta Redonda,

Leia mais

11 Resultados (Parte 08)

11 Resultados (Parte 08) Resultados (Parte 8) Os efeitos do revenimento sobre as propriedades mecânicas do tubo curvado e correlações microestruturais serão considerados nesta seção... Efeito sobre a tenacidade Os valores de energia

Leia mais

ANÁLISE DO ENSAIO DE TRAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS DE AÇO API 5L X- 70 COM LSAER Nd: YAG PULSADO

ANÁLISE DO ENSAIO DE TRAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS DE AÇO API 5L X- 70 COM LSAER Nd: YAG PULSADO ANÁLISE DO ENSAIO DE TRAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS DE AÇO API 5L X- 70 COM LSAER Nd: YAG PULSADO W.R.V. Sanitá UNIP-JK-ICT, V.A. Ventrella UNESP-FEIS-DEM, J. Gallego UNESP-FEIS-DEM ventrella@dem.feis.unesp.br

Leia mais

Soldagem arco submerso III

Soldagem arco submerso III Soldagem arco submerso III Péricles Cirillo - E-mail: pericles.cirillo@hotmail.com 1. Aplicação de uniões por soldagem à arco submerso 1.1 Indústria de construção naval Figura 1: mostra tipos de soldas

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO METALOGRÁFICA E MECÂNICA DE TUBO DE AÇO API 5L X70 SOLDADO COM MULTIPASSES PELO PROCESSO SMAW EM CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DE ENERGIA*

CARACTERIZAÇÃO METALOGRÁFICA E MECÂNICA DE TUBO DE AÇO API 5L X70 SOLDADO COM MULTIPASSES PELO PROCESSO SMAW EM CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DE ENERGIA* CARACTERIZAÇÃO METALOGRÁFICA E MECÂNICA DE TUBO DE AÇO API 5L X70 SOLDADO COM MULTIPASSES PELO PROCESSO SMAW EM CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DE ENERGIA* Angel Rafael Arce Chilque 1 Camila Rita de Souzar 2 Wanderson

Leia mais

AVALIAÇÃO DO GRAU DE SENSITIZAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS PELOS PROCESSOS GTAW E FCAW EM AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICO AISI 304 E AISI 304 L

AVALIAÇÃO DO GRAU DE SENSITIZAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS PELOS PROCESSOS GTAW E FCAW EM AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICO AISI 304 E AISI 304 L AVALIAÇÃO DO GRAU DE SENSITIZAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS PELOS PROCESSOS GTAW E FCAW EM AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICO AISI 304 E AISI 304 L Francisco Sartori João Henrique Bagetti fsartori@hotmail.com.br Universidade

Leia mais

Estudo do Comportamento do Aço API 5L X80 quando submetido à Soldagem por Processo Automatizado

Estudo do Comportamento do Aço API 5L X80 quando submetido à Soldagem por Processo Automatizado Estudo do Comportamento do Aço API 5L X80 quando submetido à Soldagem por Processo Automatizado (Study on the Behavior of API 5L X80 steel when subjected to Automated Welding Process) Siderley Fernandes

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL E MECÂNICA DO AÇO API 5L X80 COM DISTINTOS PROJETOS DE LIGA*

CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL E MECÂNICA DO AÇO API 5L X80 COM DISTINTOS PROJETOS DE LIGA* CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL E MECÂNICA DO AÇO API 5L X80 COM DISTINTOS PROJETOS DE LIGA* João Paulo Vilano de Castro 1 Vicente Tadeu Lopes Buono 2 Carmos Antônio Gandra 3 Odair José dos Santos 4 Resumo

Leia mais

CAPÍTULO V CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL E DE MICRODUREZA

CAPÍTULO V CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL E DE MICRODUREZA CAPÍTULO V CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL E DE MICRODUREZA Neste capítulo é apresentada uma caracterização microestrutural e de microdureza dos corpos de prova soldados com os parâmetros descritos nas

Leia mais

Trincas a Frio. Fissuração pelo Hidrogênio. Mecanismo de Formação. Trincas a Frio. Mecanismo de Formação Trincas a Frio

Trincas a Frio. Fissuração pelo Hidrogênio. Mecanismo de Formação. Trincas a Frio. Mecanismo de Formação Trincas a Frio Fissuração pelo Hidrogênio Trincas a Frio Trincas a Frio Mecanismo de Formação Ocorre devido a ação simultânea de 4 fatores: H2 dissolvido no metal fundido. Tensões associadas à soldagem. Microestrutura

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE A ENERGIA CHARPY E A DUCTILIDADE ATRAVÉS A ESPESSURA DE AÇO API 5L X80

RELAÇÃO ENTRE A ENERGIA CHARPY E A DUCTILIDADE ATRAVÉS A ESPESSURA DE AÇO API 5L X80 RELAÇÃO ENTRE A ENERGIA CHARPY E A DUCTILIDADE ATRAVÉS A ESPESSURA DE AÇO API 5L X80 Aluno: Maria Fernanda Nunes Slade Orientador: Ivani de Souza ott Coorientador: Adriana Forero Introdução O rasil vive

Leia mais

5.1.Caracterização microestrutural e de microdureza dos aços estudados

5.1.Caracterização microestrutural e de microdureza dos aços estudados 5- Discussão 5.1.Caracterização microestrutural e de microdureza dos aços estudados Os aços estudados pertencem a dois sistemas onde a principal diferença esta no conteúdo de carbono e de molibdênio, no

Leia mais

Processo Eletrodos Revestidos 2 Tipos de eletrodos A especificação AWS A5.1

Processo Eletrodos Revestidos 2 Tipos de eletrodos A especificação AWS A5.1 Processo Eletrodos Revestidos 2 Tipos de eletrodos A especificação AWS A5.1 Tipos de revestimento Celulósico O revestimento celulósico apresenta as seguintes características: - elevada produção de gases

Leia mais

Faculdade SENAI de Tecnologia Nadir Dias de Figueiredo Pós Graduação Latu Sensu Inspeção e Automação em Soldagem

Faculdade SENAI de Tecnologia Nadir Dias de Figueiredo Pós Graduação Latu Sensu Inspeção e Automação em Soldagem Disciplina: Metalurgia da Soldagem, módulo 3 Prof Dr.: Luiz Gimenes Aluno: Gilberto Tadayuki Nakamura Data: 04 / agosto / 2012 1-Objetivo Elaboração de uma EPS conforme dados abaixo: - Soldagem de Topo

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE JUNTAS SOLDADAS DE AÇO CARBONO E API OBTIDAS PELO PROCESSO ARCO SUBMERSO

DESENVOLVIMENTO DE JUNTAS SOLDADAS DE AÇO CARBONO E API OBTIDAS PELO PROCESSO ARCO SUBMERSO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO ENGENHARIA MECÂNICA DESENVOLVIMENTO DE JUNTAS SOLDADAS DE AÇO CARBONO E API OBTIDAS PELO PROCESSO ARCO SUBMERSO VITÓRIA 2006 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

Leia mais