ECOLOGIA MICROBIANA DA CAVIDADE BUCAL BIOFILMES E PLACA DENTAL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ECOLOGIA MICROBIANA DA CAVIDADE BUCAL BIOFILMES E PLACA DENTAL"

Transcrição

1 ECOLOGIA MICROBIANA DA CAVIDADE BUCAL BIOFILMES E PLACA DENTAL Prof. Dr. Cláudio Galuppo Diniz Um ecossistema bacteriano consiste de uma comunidade composta de uma ou mais espécies de bactérias vivendo em um ambiente físico definido. O desenvolvimento de uma comunidade de bactérias usualmente envolve uma sucessão de populações. Este processo tem início com a colonização de um hábitat por uma população pioneira que ocupa um nicho e modifica esse hábitat permitindo que novas populações possam se estabelecer e se desenvolver. À medida que o processo continua, a diversidade e a complexidade da comunidade microbiana aumenta. A sucessão termina quando não há nenhum nicho disponível para novas populações. Neste estágio, uma situação relativamente estável é alcançada: a comunidade clímax. O conceito de comunidade estável ou clímax não significa condições estáticas. Comunidades bacterianas estáveis são entidades dinâmicas. Prof. Cláudio 1

2 POPULAÇÕES BACTERIANAS NAS SUPERFÍCIES DOS ANIMAIS As membranas mucosas de animais são normalmente colonizadas por uma ampla e diversa microbiota, formadas principalmente por bactérias e fungos. Interagem constantemente com o hospedeiro e umas com as outras na competição pela sobrevivência. Bactérias na boca??? Bowden et al espécies Loesche espécies Debelian et al espécies Siqueira e Rôças 2005 ~ 800 espécies Prof. Cláudio 2

3 Cavidade Bucal: Sistema de crescimento microbiano aberto as bactérias são continuamente introduzidas e removidas do sistema. Se estabelece aquele microrganismo que possui capacidade de aderência às superfícies da cavidade bucal, ou que fiquem retidos Principais ecossistemas bucais: Superfície dos dentes (biofilme placa bacteriana) Sulco gengival Dorso da língua Mucosas jugal e palatal Colonização da cavidade bucal: O ambiente bucal é estéril ao nascimento e é imediatamente colonizado por microrganismos do trato genital da mãe; Poucas horas após o parto já existem microrganismos colonizando a cavidade bucal; Nosegundodiadevida,emtornode15%dascriançasaindaapresentama cavidade bucal isenta de microrganismos No3ª mês devida todas as crianças já possuemmicrobiota bucal que vai ser modificada, sobretudo após a erupção dentária; Naidadeescolaramicrobiotabucaldascriançaséigualàdosadultos Prof. Cláudio 3

4 Bacilos G- Bacilos G+ Cocos G+ Espiroquetas Fungos Cocos G- Vírus MICROBIOTA RESIDENTE OU INDÍGENA Microrganismos relativamente fixos, regulares em determinados sítios Quase sempre presentes em altos números (maiores do que 1%) São compatíveis com o hospedeiro, não comprometendo a sua sobrevivência Diversificada habilidade metabólica: - Colonização em sítios específicos e coexistência Funções dos microrganismos residentes quando em equilíbrio em relação ao seu hospedeiro Barreira contra instalação de microrganismos patogênicos Modulação do sistema imunológico Produção de substâncias utilizáveis pelo hospedeiro Degradação de substâncias tóxicas Prof. Cláudio 4

5 Microbiota dominante Espécies que estão presentes quase sempre em altos números ( > 1%) em um sítio particular, como a placa supragengival e a superfície da língua. Microbiota suplementar Espécies que estão quase sempre presentes, mas em números reduzidos ( < 1%). Estes microrganismos podem tornar-se indígenas dominantes durante alterações ambientais na cavidade bucal. - Lactobacillus: a 0.001% da placa visível em condições normais. Na lesão cariosa, devido à diminuição do ph da placa bacteriana, tornam-se dominantes; - Doença periodontal: níveis aumentados de espiroquetas, Porphyromonas gingivalis e Actinobacillus actinomycetencomitans na placa subgengival estão associados à inlamação e perda do suporte ósseo. MICROBIOTA TRANSIENTE OU TRANSITÓRIA Microrganismos não patogênicos ou potencialmente patogênicos Passam temporariamente pelo hospedeiro Alguns microrganismos transitórios têm pouca importância, desde que a microbiota residente esteja em equilíbrio: Havendo alteração nesse equilíbrio, os microrganismos transitórios podem proliferar-se e causar doença Na cavidade oral microrganismos temporários em qualquer intervalo de tempo podem ser adquiridos por: Bebidas; Alimentos; Objetos levados à cavidade oral; Poeira; Aerossóis; Perdigotos Estes microrganismos, se patógenos obrigatórios, podem se instalar nas mucosas e frequentemente são isolados de abscessos pericoronários, periapicais e periodontais. Prof. Cláudio 5

6 INTER-RELAÇÕES BACTÉRIA-HOSPEDEIRO Simbiose Quando tanto o hospedeiro quanto a bactéria se beneficiam de sua inter-relação, ela é denominada simbiótica. Esta relação é extremamente estável, visto que a sobrevivência de ambos os membros depende dela. Antibiose Quando bactérias e hospedeiro são antagonistas, se estabelece uma relação antibiótica. Essa relação é bastante instável tanto para hospedeiro quanto para as bactérias, pois caso haja a morte do hospedeiro, este também morre, a menos que seja transmitido para outro hospedeiro. Anfibiose (Caréter Anfibiôntico) Estado intermediário no qual o hospedeiro e a microbiota coexistem sob a forma de equilíbrio estável. Se o equilíbrio é modificado, causa assim a patologia. ECOSSISTEMA ORAL A composição da microbiota da cavidade bucal varia entre indivíduos: Saúde X Doença Microbiota residente Microbiota suplementar Microbiota transitória Idade Dieta Hormônios Fluxo salivar Imunologia Higiene Hábitos Prof. Cláudio 6

7 ECOSSISTEMA ORAL A colonização da cavidade oral por microrganismos tem início de seis a dez horas após o nascimento. As espécies pioneiras são as do gênero Streptococcus e provêm principalmente da mãe. Muitas dessas bactérias estão associadas à formação da placa sobre a superfície dos dentes com conseqüente formação de cáries e doenças periodontais. A língua abriga uma população bacteriana mais densa e mais diversa com predomínio de S. salivarius e S. mitis e Veillonella spp. Supõe-se que a língua atue como um reservatório de bactérias associadas a doenças periodontais uma vez que Porphyromonas spp e Prevotella spp podem ser isoladas em pequenos números. INTER-RELAÇÕES NA CAVIDADE ORAL As patologias orais podem estar associadas a uma transição de microrganismos, de uma associação comensal para uma relação oportunística com o hospedeiro. As bactérias da microbiota oral podem sobreviver na boca por serem menos susceptíveis aos mecanismos imunológicos ou por serem capazes de sobrepujá-los. Desequilíbrio no ecossistema oral pode acarretar a emergência de bactérias potencialmente patogênicas. Prof. Cláudio 7

8 Compreensão da evolução da cariogênese, das doenças periodontais e infecções endodônticas: Entendimento da ecologia da cavidade oral; Identificação dos fatores responsáveis pela transição da microbiota oral de uma associação comensal para uma relação patogênica com o hospedeiro. Os microrganismos da microbiota da orofaringe são importantes fontes de infecções, especialmente entre pessoas cujas defesas das vias aéreas estão prejudicadas por deformações anatômicas, idade e debilidade imunológica, uso de álcool, drogas, tabaco, etc. Nestes indivíduos existe uma predominância significativa da presença de enterobactérias e gêneros anaeróbicos como Bacteroides, Prevotella, Veilonella, Peptostreptococcus, Propionibacterium, Bifidobacterium e Clostridium. PRESSÕES SELETIVAS OPERANTES NA MICROBIOTA ORAL Forças seletivas ambientais servem para modelar a microbiota oral em ecossistemas distintos. ANAEROBIOSE Embora a cavidade bucal pareça um ambiente extremamente oxigenado, ela pode conter nichos onde os anaeróbios podem habitar. I Tensões de Oxigênio na Cavidade Oral A tensão de oxigênio é considerada um determinante ecológico. Na atmosfera, a tensão de O 2 está em torno de 21%. Na cavidade bucal, esta tensão é reduzida para 12 a 14%. No interior de uma bolsa periodontal, a tensão permanece em torno de 1 a 2 %. => A tensão de O 2 sobre as superfícies dentogengivais é principalmente anaeróbia, particularmente nas placas subgengivais (predominam anaeróbios), enquanto que nas placas supragengivais predominam facultativos e microaerófilos. Prof. Cláudio 8

9 PRESSÕES SELETIVAS OPERANTES NA MICROBIOTA ORAL II Potencial de Óxido-redução (Eh) Tendência de um meio ou componente em oxidar ou reduzir uma molécula introduzida através da remoção ou adição de elétrons. Microrganismos que necessitam de Eh positivo para sua viabilidade são aeróbios, enquanto que microrganismos que necessitam de um Eh negativo são anaeróbios. Em uma comunidade microbiana oral densamente povoada que desenvolve metabolismo fermentativo, é de se esperar um Eh negativo. TEMPERATURA E PH A manutenção da temperatura corporal (36 a 37ºC) favorece o desenvolvimento de mesófilos, permitindo atividade enzimática, solubilidade de compostos e crescimento A variação do ph na cavidade bucal (superfície dentária com biofilme acidogênico, sulcos subgengival, bolsas periodontais e saliva) limita e/ou favorece o desenvolvimento de certos grupos microbianos. FONTES DE NUTRIENTES NA CAVIDADE ORAL O hospedeiro contribui para a relação simbiótica fornecendo suprimento de nutrientes utilizáveis pela microbiota da cavidade bucal. Os nutrientes devem fornecer uma fonte de energia, tal como carboidratos fermentáveis ou aminoácidos, necessários para o crescimento. Os nutrientes são derivados de cinco fontes: Alimento ingerido Saliva Fluido gengival Células epiteliais descamativas As próprias bactérias. Prof. Cláudio 9

10 Dieta como fonte de nutrientes Nutrientes macromoleculares (amido, proteínas e lipídios) não estão normalmente disponíveis para a microbiota oral, devido ao rápido trânsito através da cavidade bucal. A consistência física dos alimentos é importante pois permite a sua retenção e consequentemente a utilização do amido ou proteínas, e sua degradação em nutrientes utilizáveis. Carboidratos solúveis de baixo peso molecular (sacarose ou lactose) são rapidamente metabolizados pela microbiota oral => Importante no processo de cariogênese. Quanto maior a disponibilidade de nutrientes, maior o crescimento bacteriano e produção de ácido => maior será o biofilme placa bacteriana acumulado. Saliva como fonte de nutrientes Fluido homeostático que tampona a placa e fornece nutrientes para a microbiota que reside na superfície lavada por ela. Contém 1% de glicoproteínas, sais inorgânicos, aminoácidos e glicose e vitaminas. Essas quantidades são suficientes para sustentar o crescimento bacteriano nos períodos de jejum do hospedeiro. Células Descamativas As células epiteliais da cavidade oral são repostas a partir da descamação das células mais superficiais. Tais células podem ser lisadas pela hipotonicidade da saliva, e seus constituintes podem tornar-se disponíveis para a nutrição microbiana. Fluido Gengival O sulco gengival é banhado por pequenas quantidades de transudato sérico, que contém proteínas tissulares e séricas, assim como aminoácidos livres, vitaminas e glicose. Sob boas condições de saúde gengival, esse fluido gengival é protetor, carreando a placa não aderida ao sulco e trazendo células fagocíticas e anticorpos. Bactérias As próprias bactérias podem fornecer nutrientes umas às outras. Em uma comunidade microbiana tal como na placa dentária, ocorrem interações microbianas consideráveis. Essas interações microbianas indicam que algumas das relações da microbiota oral são microrganismo-dependentes, ou seja, não ocorrerá o crescimento bacteriano na ausência do microrganismo produtor do requerimento nuctricional. Prof. Cláudio 10

11 1 Atividade funcional: Regulação e controle da microbiota bucal Acidogênicos produzem ácidos a partir de carboidratos (ex. Lactobacillus, alguns estreptococos) frequentemente associados à cárie dental; Acidúricos microrganismos que sobrevivem em ambiente ácido. Toleram ph inferior a 5,5 próprio do ecossistema da cárie (ex. Lactobacillus, alguns estreptococos); Proteolíticos utilizam proteínas no metabolismo, podendo resultar em destruição tecidual. Geralmente estão associados a doenças peiodontais (ex alguns anaeróbios produtores de pigmento negro). 2 Ptencial patogênico: Microrganismos podem se proliferar em áreas restritas e causar dano confinado ao local da infecção (ex. cárie); Microrganismos podem disserminar a infecção aos tecidos vizinhos (ex. gengivites, periodontites, infecções endidônticas) Microrganismos podem causa lesões à distância por bacteremia ou produtos lançados na circulação linfática ou sanguínea (ex. endocardite bacteriana subaguda). Regulação e controle da microbiota bucal 3 Fatores endógenos de regulação e controle da microbiota bucal: Presença ou não de dentes (aparecimento de nichos anaeróbios) Alterações nos dentes e na mucosa (lesões cavitárias, formação de bolsa periodontal) Descamação epitelial Fluido gengival Leucócitos polimorfonucleares - atuam como fagócitos no sulcpo gengival. Anticorpos IgA-S é a predominante na saliva, mas também podem ser encontradas pequenas quantidades de IgG, IgD, IgM e IgE (chegam à cavidade bucal via fluido gengival) Saliva Relações inter-microbianas comensalismo, competição, antibiose e sinergismo Prof. Cláudio 11

12 Regulação e controle da microbiota bucal 4 Fatores exógenos de regulação e controle da microbiota bucal: Dieta, Higiene bucal Substâncias químicas: antibióticos, enzimas, anti-sépticos, fluoretos, etc. Podem ser aplicadas por profissionais da área odontológica, uso de colutórios, dentifrícios, chicletes, etc. FONTE DE NUTRIENTE ECOSSISTEMAS MICROBIANOS Dieta Saliva Fluido gengival Produtos microbianos Produtos do hospedeiro Língua Tecidos moles Placa supragengival Língua Tecidos moles Placa supragengival Placa subgengival Placa supragengival Língua Tecidos moles Placa supragengival Placa subgengival Língua Tecidos moles Placa supragengival Placa subgengival Prof. Cláudio 12

13 BIOFILMES BACTERIANOS Nossa percepção de bactérias como organismos unicelulares baseia-se essencialmente no conceito de culturas, nas quais as células podem ser diluídas e estudadas a partir de culturas líquidas. Na realidade, a maioria das bactérias se encontra na natureza vivendo em comunidades, de maior ou menor estruturação. Quando em seus habitats naturais, via de regra as bactérias são encontradas em comunidades de diferentes graus de complexidade, associadas a superfícies diversas, geralmente compondo um ecossistema estruturado altamente dinâmico, que atua de maneira coordenada. Biofilmes - complexos ecossistemas microbianos, podem ser formados por populações desenvolvidas a partir de uma única, ou de múltiplas espécies, podendo ser encontrados em uma variedade de superfícies bióticas e/ou abióticas. Adesão bacteriana Adesão Célula-superfície Adesão bacteriana Adesão Célula-célula Adesão bacteriana Adesão Célula-célula Prof. Cláudio 13

14 Dinâmica de formação de um biofilme: 1. Colonizadores primários - se aderem a uma superfície, geralmente contendo proteínas ou outros compostos orgânicos; 2. As células aderidas passam a se desenvolver, originando microcolônias que sintetizam uma matriz exopolissacarídica (EPS), que passam a atuar como substrato para a aderência de microrganismos denominados colonizadores secundários. 3. Colonizadores secundários podem se aderir diretamente aos primários, ou promoverem a formação de coagregados com outros microrganismos e então se aderirem aos primários. O biofilme corresponde a uma "entidade" dinâmica pois, de acordo com os microrganismos que o compõem, teremos consições físicas, químicas e biológicas distintas. Estas alterações fazem com que cada biofilme seja único, de acordo com os microrganismos presentes. Neste sentido, ao longo do tempo a composição microbiana dos biofilmes geralmente sofre alterações significativas. Prof. Cláudio 14

15 Comunidades associadas às superfícies Bactérias são onipresentes devido à sua plasticidade fenotípica. Um importante aspecto associado a esta ubiqüidade está relacionado à capacidade destes organismos migrarem para diferentes nichos, onde podem se propagar. As comunidades bacterianas têm importantes papéis na natureza, seja na produção e degradação de matéria orgânica, na degradação de poluentes, ou na reciclagem de nitrogênio, enxofre e vários metais - esforço coletivo de organismos com diferentes capacidades metabólicas: Metabolismo de esgotos e águas contaminadas - biorremediação; Separação de metais na natureza biolixiviação Oxidação de tubos, brocas de perfuração, encanamentos, rotores e pás de máquinas... Reciclagem de substratos na superfície dentária na cavidade oral de seres humanos e outros animais. Prof. Cláudio 15

16 Estrutura dos Biofilmes A maioria dos biofilmes exibe uma certa heterogeneidade, existindo conjuntos de agregados celulares distribuídos ao longo da matriz exopolissacarídica, que exibem densidades variáveis, originando aberturas e canais por onde a água pode trafegar. As microcolônias que compõem um biofilme podem ser de uma ou várias espécies, dependendo das condições ambientais. Ex. - locais de grande stress mecânico, tais como a superfície dental, o biofilme é bastante compactado e estratificado. Os espaços intersticiais (canais) também são parte importante dos biofilmes, pois permitem a circulação de nutrientes e a troca de metabólitos. A tensão de oxigênio varia dentro de um biofilme. Prof. Cláudio 16

17 ICB/UFJF - Microbiologia Aplicada à Por que formar um biofilme? Acredita-se que a formação de biofilmes esteja associada, por exemplo, à proteção contra o ambiente, ou seja, bactérias em um biofilme encontram-se abrigadas e em relativa homeostase, graças à presença da matriz exopolissacarídica. A matriz contém vários componentes: exopolissacarídeo (secretado para o meio externo), proteínas, ácidos nucléicos, entre outros. O EPS tem diferentes estruturas e funções, dependendo das comunidades e/ou condições ambientais: - impedir fisicamente a penetração de agentes antimicrobianos; - sequestrar cátions, metais e toxinas; - proteção contra radiações UV; - alterações de ph; - dessecação; - choques osmóticos. Lopes e Siqueira Jr., 2004 Prof. Cláudio 17

18 Papel dos biofilmes nas doenças Estudos atuais mostram que a formação de biofilmes pode ser considerado um fator de falha da antibioticoterapia no tratamento de doenças infecciosas. Em um biofilme, as bactérias podem ser 1000 vezes mais resistente a um antibiótico, quando comparadas às mesmas células planctônicas, embora os mecanismos envolvidos nesta resistência sejam ainda pouco conhecidos. acredita-se que possa haver a inativação da droga por polímeros ou enzimas extracelulares, ou a ineficiência da droga em decorrência de baixas taxas de crescimento nos biofilmes. Infecções associadas a biofilmes geralmente são de natureza recorrente, visto que as terapias antimicrobianas convencionais eliminam predominantemente as formas planctônicas, deixando as células sésseis livres para se reproduzir e propagar no biofilme após o tratamento. As bactérias presentes nos biofilmes estão protegidas contra o sistema imune do hospedeiro. Exemplos típicos de doenças associadas a biofilmes incluem as infecções de implantes tais como válvulas cardíacas, catéteres, lentes de contato, etc. Os biofilmes podem ainda promover doenças se formados em tecidos. => Microrganismos associados a doenças que são decorrente da formação de biofilmes em tecidos como as superfícies bucais são, por conseqüência capazes de invadir as células das mucosas e liberar toxinas. Prof. Cláudio 18

19 Dispersão de biofilmes Em determinados momentos, os biofilmes sofrem dispersão, liberando microrganismos que podem vir a colonizar novos ambientes. Existem três tipos de processos de dispersão: Expansiva => parte das células de uma microcolônia sofrem lise e outras retomam a motilidade, sendo então liberadas da estrutura; Fragmentação do biofilme => porções de matriz extracelular associadas a microrganismos são liberadas; Superficial => ocorre pelo crescimento do próprio biofilme como um todo. BIOFILME PLACA DENTAL 1963 Socransky e colaboradores: importância das bactérias na placa dental e seu papel na etiologia da cárie dental e doenças periodontais => 1,7x1011 organismos/grama de peso seco Após a erupção dentária, vários depósitos orgânicos podem ser formados sobre as superfícies dos dentes. Placa dental biofilme bacteriano aderido aos dentes e outras superfícies sólidas da cavidade oral. Matéria alba agregados bacterianos, leucócitos e células epiteliais descamativas que se acumulam na superfície do dente. Principal diferença entre placa dental e matéria alba => força de aderência Película filme orgânico derivado principalmente de saliva. É depositado na superfície do dente e não contém bactérias. Após sua colonização, passa a ser considerado placa dental em formação. Cálculo placa dental calcificada. Está sempre recoberto por uma camada de placa não calcificada. Prof. Cláudio 19

20 RELAÇÃO ENTRE A PLACA DENTAL E A MARGEM GENGIVAL A placa pode crescer sobre outras superfícies da cavidade bucal como sulcos e fissuras das superfícies oclusivas, restaurações e coroas artificiais, bandas e aparelhos ortodônticos removíveis, implantes dentais, e dentaduras. A taxa de formação da placa depende de variáveis como: dieta, idade, fatores salivares, higiene oral, alinhamento dos dentes, doenças sistêmicas e fatores do hospedeiro. Quantidades mensuráveis após higiene oral 1h Acúmulo máximo de placa 30 dias Prof. Cláudio 20

21 Placa supragengival Torna-se clinicamente detectável após atingir uma boa espessura. À medida que o biofilme cresce e se acumula uma massa globular visível com superfície nodular e cor brancoamarelada é detectada. Pode ser diferenciada em: - Placa coronária: contato apenas com a superfície dentária. - Placa marginal: associação com a superfície e margem gengival. Placa subgengival Normalmente fina, está contida no interior do sulco gengival ou da bolsa periodontal e não pode ser detectada pela observação direta. => Detecção por sondagem ao redor da margem gengival. Prof. Cláudio 21

22 PLACA SUPRAGENGIVAL FORMAÇÃO E BIOQUÍMICA Estrutura inicial: película. Após a colonização bacteriana a película passa a ser considerada parte da placa dental Biofilme placa dental = película + bactérias + matriz intercelular 1. Adsorção de proteínas salivares às superfícies de apatita => interação iônica eletrostática entre os íons Ca ++ e os grupamentos fosfato na superfície do esmalte e dos grupos carregados opostamente nas macromoléculas salivares. 2. Adsorção de glicoproteínas salivares 3. Transição - película => placa: cocos + pequeno no. de células epiteliais e PMNs. As bactérias aderem-se inicialmente a pequenas irregularidades, fissuras ou áreas com imperfeição na superfície dentária que estejam protegidas da limpeza oral. 4. Subsequentemente outros grupos microbianos se agregam gerando microcolônias Matriz Intermicrobiana: material entre as bactérias na placa 25% do volume Complexo protéico-polissacarídico microbiano Material salivar Exudato gengival Prof. Cláudio 22

23 Durante a aderência inicial ocorrem interações entre as bactérias e a película, posteriormente estão envolvidas relações entre as bactérias, produtos bacterianos, matriz intermicrobiana, fatores do hospedeiro e dieta. Prof. Cláudio 23

24 PLACA SUBGENGIVAL FORMAÇÃO E BIOQUÍMICA Com a maturação da placa supragengival, alterações inflamatórias modificam as relações anatômicas da margem gengival em relação à superfície dental. Edema e aumento gengival => aumento da área para colonização bacteriana. Este espaço dilatado protege as bactérias dos mecanismos naturais de limpeza oral. Ao mesmo tempo ocorre renovação do epitélio e aumento do fluxo gengival e uma renovação celular do epitélio da bolsa periodontal. Novo ambiente protegido do meio supragengival e banhado pelo fluido gengival contendo células epiteliais descamativas, bactérias e seus produtos metabólicos. Interrelações e estabelecimento de microrganismos subgengivais CÁLCULO DENTAL Depósito aderente em vias de calcificação ou calcificado sobre os dentes ou estruturas sólidas presente na cavidade oral => placa bacteriana mineralizada. Cálculo supragengival: Cálculo coronário à margem gengival e visível na cavidade oral. Higiene deficiente, falta de função mastigatória e na posição dentária podem contribuir para aumento na taxa e quantidade do cálculo. Cálculo subgengival: Se forma abaixo da margem gengival, usualmente nas bolsas periodontais, não é visto no exame oral. É denso, duro, de coloração escura, consistência petrificada e fortemente aderido à superfície dental. Prof. Cláudio 24

25 COMPOSIÇÃO DO CÁLCULO DENTAL: - Depósito mineralizado com conteúdo inorgânico similar ao osso, dentina ou cemento. - O componente orgânico consiste em uma mistura de complexos proteícos-polissacarídicos, células epiteliais descamadas, leucócitos e diversos tipos de microrganismos como na placa dental. => O cálculo supra e subgengival difere na proporção dos seus constituintes. O acúmulo de placa serve como matriz orgânica para mineralização do cálculo. A precipitação de minerais ocorre usualmente 1 a 14 dias após a formação da placa. A mineralização começa pela ligação de cálcio aos complexos carboidratos-proteína na matriz orgânica e subseqüente precipitação de sais cristalinos de fosfato de cálcio. Hábitos de higiene oral Acesso à assistência profissional Dieta Idade Etnia Doença sistêmica Cálculo Prof. Cláudio 25

Cárie Dental Conceitos Etiologia Profa Me. Gilcele Berber

Cárie Dental Conceitos Etiologia Profa Me. Gilcele Berber Cárie Dental Conceitos Etiologia Profa Me. Gilcele Berber Perda localizada dos tecidos calcificados dos dentes, decorrentes da fermentação de carboidratos da dieta por microrganismos do biofilme Princípios

Leia mais

Aspectos microbiológicos da Cárie Dental

Aspectos microbiológicos da Cárie Dental Curso Técnico em Saúde Bucal Aula disponível: www.portaldoaluno.bdodonto.com.br Aspectos microbiológicos da Cárie Dental Prof: Bruno Aleixo Venturi 1 O que é a doença cárie? 2 CÁRIE DENTAL Do#La&m# Carious

Leia mais

ECOLOGIA MICROBIANA DA

ECOLOGIA MICROBIANA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Instituto de Ciências Biomédicas Departamento de Microbiologia ECOLOGIA MICROBIANA DA CAVIDADE BUCAL Prof. Dr. Mario Julio Avila-Campos http://www.icb.usp.br/bmm/mariojac Ecologia

Leia mais

MICROBIOTA OU FLORA NORMAL DO CORPO HUMANO

MICROBIOTA OU FLORA NORMAL DO CORPO HUMANO MICROBIOTA OU FLORA NORMAL DO CORPO HUMANO Disciplina: Microbiia e Parasitia Patrícia de Lima Martins INTRODUÇÃO O que é Microbiota? MICROBIOTA São os microrganismos (bactérias, fungos, vírus e protozoários)

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE BOM DESPACHO-MG PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO - EDITAL 001/2009 CARGO: ODONTÓLOGO CADERNO DE PROVAS

PREFEITURA MUNICIPAL DE BOM DESPACHO-MG PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO - EDITAL 001/2009 CARGO: ODONTÓLOGO CADERNO DE PROVAS CADERNO DE PROVAS 1 A prova terá a duração de duas horas, incluindo o tempo necessário para o preenchimento do gabarito. 2 Marque as respostas no caderno de provas, deixe para preencher o gabarito depois

Leia mais

MEIOS DE CULTURA DESENVOLVIMENTO OU PRODUÇÃO DE MEIOS DE CULTURA. Necessidade Bactérias Leveduras

MEIOS DE CULTURA DESENVOLVIMENTO OU PRODUÇÃO DE MEIOS DE CULTURA. Necessidade Bactérias Leveduras MEIOS DE CULTURA Associação equilibrada de agentes químicos (nutrientes, ph, etc.) e físicos (temperatura, viscosidade, atmosfera, etc) que permitem o cultivo de microorganismos fora de seu habitat natural.

Leia mais

O corpo humano está organizado desde o mais simples até o mais complexo, ou seja, do átomo microscópico ao complexo organismo humano macroscópico.

O corpo humano está organizado desde o mais simples até o mais complexo, ou seja, do átomo microscópico ao complexo organismo humano macroscópico. 1 O corpo humano está organizado desde o mais simples até o mais complexo, ou seja, do átomo microscópico ao complexo organismo humano macroscópico. Note essa organização na figura abaixo. - Átomos formam

Leia mais

FÁTIMA BARK BRUNERI LORAINE MERONY PINHEIRO UNIVERSIDADE POSITIVO

FÁTIMA BARK BRUNERI LORAINE MERONY PINHEIRO UNIVERSIDADE POSITIVO Preparo de uma região para cirurgia FÁTIMA BARK BRUNERI LORAINE MERONY PINHEIRO UNIVERSIDADE POSITIVO Clinica Integrada II 3º Período Diurno Professores: Carmen Lucia Mueller Storrer Eli Luis Namba Fernando

Leia mais

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS O fluxo de energia em um ecossistema é unidirecional e necessita de uma constante renovação de energia, que é garantida pelo Sol. Com a matéria inorgânica que participa dos ecossistemas

Leia mais

Placa bacteriana espessa

Placa bacteriana espessa A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE BUCAL A saúde bucal é importante porque a maioria das doenças e a própria saúde começam pela boca. Por exemplo, se você não se alimenta bem, não conseguirá ter uma boa saúde bucal,

Leia mais

Etiologia. cárie dentária

Etiologia. cárie dentária Etiologia da cárie dentária Cárie Latim destruição, coisa podre A cárie dental é reconhecida como uma doença, resultante de uma perda mineral localizada, cuja causa são os ácidos orgânicos provenientes

Leia mais

Água e Solução Tampão

Água e Solução Tampão União de Ensino Superior de Campina Grande Faculdade de Campina Grande FAC-CG Curso de Fisioterapia Água e Solução Tampão Prof. Dra. Narlize Silva Lira Cavalcante Fevereiro /2015 Água A água é a substância

Leia mais

QUÍMICA CELULAR NUTRIÇÃO TIPOS DE NUTRIENTES NUTRIENTES ENERGÉTICOS 4/3/2011 FUNDAMENTOS QUÍMICOS DA VIDA

QUÍMICA CELULAR NUTRIÇÃO TIPOS DE NUTRIENTES NUTRIENTES ENERGÉTICOS 4/3/2011 FUNDAMENTOS QUÍMICOS DA VIDA NUTRIÇÃO QUÍMICA CELULAR PROFESSOR CLERSON CLERSONC@HOTMAIL.COM CIESC MADRE CLÉLIA CONCEITO CONJUNTO DE PROCESSOS INGESTÃO, DIGESTÃO E ABSORÇÃO SUBSTÂNCIAS ÚTEIS AO ORGANISMO ESPÉCIE HUMANA: DIGESTÃO ONÍVORA

Leia mais

Princ ipa is funç õe s dos mic rorga nis mos na na tureza

Princ ipa is funç õe s dos mic rorga nis mos na na tureza PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL MICROBIOLOGIA APLICADA Princ ipa is funç õe s dos mic rorga nis mos na na tureza Profa.Ana Maria Curado

Leia mais

CÁRIE DENTAL ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS

CÁRIE DENTAL ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS CÁRIE DENTAL ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS Prof. Dr. Cláudio Galuppo Diniz Cárie => decomposição lenta do dente resultante da perda de cristais de hidroxiapatita. Essa dissolução da matriz mineralizada reduz

Leia mais

Ecologia. 1) Níveis de organização da vida

Ecologia. 1) Níveis de organização da vida Introdução A ciência que estuda como os seres vivos se relacionam entre si e com o ambiente em que vivem e quais as conseqüências dessas relações é a Ecologia (oikos = casa e, por extensão, ambiente; logos

Leia mais

5ª SÉRIE/6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL UM MUNDO MELHOR PARA TODOS

5ª SÉRIE/6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL UM MUNDO MELHOR PARA TODOS 5ª SÉRIE/6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL UM MUNDO MELHOR PARA TODOS Auno(a) N 0 6º Ano Turma: Data: / / 2013 Disciplina: Ciências UNIDADE I Professora Martha Pitanga ATIVIDADE 01 CIÊNCIAS REVISÃO GERAL De

Leia mais

Os constituintes do solo

Os constituintes do solo Os constituintes do solo Os componentes do solo Constituintes minerais Materiais orgânicos Água Ar Fase sólida partículas minerais e materiais orgânicos Vazios ocupados por água e/ou ar Os componentes

Leia mais

NECESSIDADE BÁSICAS DOS SERES VIVOS. Estágio docência: Camila Macêdo Medeiros

NECESSIDADE BÁSICAS DOS SERES VIVOS. Estágio docência: Camila Macêdo Medeiros NECESSIDADE BÁSICAS DOS SERES VIVOS Estágio docência: Camila Macêdo Medeiros Necessidades básicas O planeta oferece meios que satisfaçam as necessidades básicas dos seres vivos. Necessidades básicas dos

Leia mais

DICAS DE SAÚDE Proteja sua família

DICAS DE SAÚDE Proteja sua família DICAS DE SAÚDE Proteja sua família Elaborado: Apoio: Saúde e o Sistema Imunológico Saber como o organismo combate os agressores e se protege, assim como conhecer os fatores que o levam a um funcionamento

Leia mais

ECOLOGIA GERAL FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA ATRAVÉS DE ECOSSISTEMAS

ECOLOGIA GERAL FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA ATRAVÉS DE ECOSSISTEMAS ECOLOGIA GERAL Aula 05 Aula de hoje: FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA ATRAVÉS DE ECOSSISTEMAS Sabemos que todos os organismos necessitam de energia para se manterem vivos, crescerem, se reproduzirem e, no caso

Leia mais

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MICRORGANISMOS

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MICRORGANISMOS CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MICRORGANISMOS Características fisiológicas das bactérias Oxigênio Temperatura Água Concentração hidrogênionica do meio (ph) Oxigênio Temperatura ambiental Grupo Temp. Temp.

Leia mais

Doenças gengivais induzidas por placa

Doenças gengivais induzidas por placa Doenças gengivais induzidas por placa Definição Inflamação dos tecidos gengivais sem afetar irreversivelmente o aparato de inserção Classificação (AAP 1999) Doenças Gengivais Induzidas por placa Não

Leia mais

Níveis de organização do corpo humano - TECIDOS. HISTOLOGIA = estudo dos tecidos

Níveis de organização do corpo humano - TECIDOS. HISTOLOGIA = estudo dos tecidos Níveis de organização do corpo humano - TECIDOS HISTOLOGIA = estudo dos tecidos TECIDOS Grupos de células especializadas, semelhantes ou diferentes entre si, e que desempenham funções específicas. Num

Leia mais

INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA. Profª. Juliana Delatim Simonato Rocha Lab. de Ecofisiologia Animal LEFA - CIF/CCB

INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA. Profª. Juliana Delatim Simonato Rocha Lab. de Ecofisiologia Animal LEFA - CIF/CCB INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA Profª. Juliana Delatim Simonato Rocha Lab. de Ecofisiologia Animal LEFA - CIF/CCB 1 Fisiologia é... Literalmente... Conhecimento da natureza O estudo do funcionamento dos organismos

Leia mais

Nematóides. Número aproximado de solo) Biomassa (libras/acre) Animais. mais numerosos no solo. 100 mil 50 milhões. Auxiliam

Nematóides. Número aproximado de solo) Biomassa (libras/acre) Animais. mais numerosos no solo. 100 mil 50 milhões. Auxiliam Nematóides Animais mais numerosos no solo Auxiliam outros microrganismos na decomposição da matéria orgânica Número aproximado (porção de solo) 100 mil 50 milhões Biomassa (libras/acre) 50-100 Macro e

Leia mais

FLUXO DE ENERGIA E CICLOS DE MATÉRIA

FLUXO DE ENERGIA E CICLOS DE MATÉRIA FLUXO DE ENERGIA E CICLOS DE MATÉRIA Todos os organismos necessitam de energia para realizar as suas funções vitais. A energia necessária para a vida na Terra provém praticamente toda do sol. Contudo,

Leia mais

substância intercelular sólida, dura e resistente.

substância intercelular sólida, dura e resistente. Tecido ósseo É um dos tecidos que formam o esqueleto de nosso corpo, tendo como função principal a sustentação. Além disso: serve de suporte para partes moles; protege órgão vitais; aloja e protege a medula

Leia mais

Como controlar a mastite por Prototheca spp.?

Como controlar a mastite por Prototheca spp.? novembro 2013 QUALIDADE DO LEITE marcos veiga dos santos Professor Associado Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP www.marcosveiga.net O diagnóstico da mastite causada por Prototheca spp.

Leia mais

O papel da Nutrição na Saúde dos Peixes. João Manoel Cordeiro Alves Gerente de Produtos Aquacultura Guabi Nutrição Animal

O papel da Nutrição na Saúde dos Peixes. João Manoel Cordeiro Alves Gerente de Produtos Aquacultura Guabi Nutrição Animal O papel da Nutrição na Saúde dos Peixes João Manoel Cordeiro Alves Gerente de Produtos Aquacultura Guabi Nutrição Animal Você éo que você come(u)! Esta éuma visão do passado Vamos prever o futuro? Você

Leia mais

Ecologia: interações ecológicas

Ecologia: interações ecológicas FACULDADES OSWALDO CRUZ Curso: Engenharia Ambiental Disciplina: Microbiologia Aplicada Prof a MsC. Vanessa Garcia Aula 12 (2º semestre): Ecologia: interações ecológicas Objetivos: analisar os principais

Leia mais

PROTEÇÃO AMBIENTAL. Professor André Pereira Rosa

PROTEÇÃO AMBIENTAL. Professor André Pereira Rosa PROTEÇÃO AMBIENTAL Professor André Pereira Rosa ALTERAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS CARACTERÍSTICAS DAS IMPUREZAS 99,9 % 0,1 % Esgotos Sólidos Poluição tratamento Impurezas justificam a instalação de ETE

Leia mais

TECIDOS. 1º ano Pró Madá

TECIDOS. 1º ano Pró Madá TECIDOS 1º ano Pró Madá CARACTERÍSTICAS GERAIS Nos animais vertebrados há quatro grandes grupos de tecidos: o muscular, o nervoso, o conjuntivo(abrangendo também os tecidos ósseo, cartilaginoso e sanguíneo)

Leia mais

EXERCÄCIOS DE HISTOLOGIA. 1- (PUC-2006) Associe o tipo de tecido animal Å sua correlaçéo:

EXERCÄCIOS DE HISTOLOGIA. 1- (PUC-2006) Associe o tipo de tecido animal Å sua correlaçéo: EXERCÄCIOS DE HISTOLOGIA 1- (PUC-2006) Associe o tipo de tecido animal Å sua correlaçéo: 1) Tecido Ñsseo compacto 2) Tecido Ñsseo esponjoso 3) Cartilagem hialina 4) Cartilagem elöstica 5) Cartilagem fibrosa

Leia mais

Tema 06: Proteínas de Membrana

Tema 06: Proteínas de Membrana Universidade Federal do Amazonas ICB Dep. Morfologia Disciplina: Biologia Celular Aulas Teóricas Tema 06: Proteínas de Membrana Prof: Dr. Cleverson Agner Ramos Proteínas de Membrana Visão Geral das Proteínas

Leia mais

TABELA DE EQUIVALÊNCIA Curso de Odontologia

TABELA DE EQUIVALÊNCIA Curso de Odontologia TABELA DE EQUIVALÊNCIA Curso de Odontologia Disciplina A Disciplina B Código Disciplina C/H Curso Disciplina C/H Código Curso Ano do Currículo 64823 MICROBIOLOGIA GERAL 17/34 ODONTOLOGIA MICROBIOLOGIA

Leia mais

Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular

Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular DISCIPLINA DE PATOLOGIA Prof. Renato Rossi Jr Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular Objetivo da Unidade: Identificar e compreender os mecanismos envolvidos nas lesões celulares reversíveis e irreversíveis.

Leia mais

CONTROLE MECÂNICO DO BIOFILME DENTAL

CONTROLE MECÂNICO DO BIOFILME DENTAL CONTROLE MECÂNICO DO BIOFILME DENTAL PLACA DENTAL OU BACTERIANA = BIOFILME DENTAL BIOFILME pode ser definido como uma comunidade bacteriana, em uma matriz composta por polímeros extracelulares, aderidas

Leia mais

Maxillaria silvana Campacci

Maxillaria silvana Campacci Ecologia Aula 1 Habitat É o lugar que reúne as melhores condições de vida para uma espécie. Temperatura, quantidade de água, intensidade da luz solar e tipo de solo determinam se o habitat é adequado ao

Leia mais

Escrito por Administrator Ter, 02 de Fevereiro de 2010 09:14 - Última atualização Qua, 10 de Março de 2010 08:44

Escrito por Administrator Ter, 02 de Fevereiro de 2010 09:14 - Última atualização Qua, 10 de Março de 2010 08:44 Mitos e Verdades da Odontologia Mitos: Quanto maior e colorida for nossa escova dental, melhor! Mentira. A escova dental deve ser pequena ou média para permitir alcançar qualquer região da nossa boca.

Leia mais

ODONTOLOGIA CANINA. Introdução

ODONTOLOGIA CANINA. Introdução ODONTOLOGIA CANINA Juliana Kowalesky Médica Veterinária Mestre pela FMVZ -USP Pós graduada em Odontologia Veterinária - ANCLIVEPA SP Sócia Fundadora da Associação Brasileira de Odontologia Veterinária

Leia mais

Matéria e energia nos ecossistemas

Matéria e energia nos ecossistemas Aula de hoje Matéria e energia nos ecossistemas Matéria e energia nos ecossistemas A forma e funcionamento dos organismos vivos evoluiu parcialmente il em respostas às condições prevalecentes no mundo

Leia mais

Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI

Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS Porção de 100g (1/2 copo) Quantidade por porção g %VD(*) Valor Energético (kcal) 64 3,20 Carboidratos 14,20 4,73 Proteínas 1,30 1,73 Gorduras

Leia mais

Eliane Petean Arena Nutricionista - CRN 3257. Rua Conselheiro Antônio Prado 9-29 Higienópolis Bauru - SP Telefone : (14) 3243-7840

Eliane Petean Arena Nutricionista - CRN 3257. Rua Conselheiro Antônio Prado 9-29 Higienópolis Bauru - SP Telefone : (14) 3243-7840 Músculos Ok Eliane Petean Arena Nutricionista - CRN 3257 Rua Conselheiro Antônio Prado 9-29 Higienópolis Bauru - SP Telefone : (14) 3243-7840 Conhecendo seu corpo e seus músculos Proteínas e o ganho de

Leia mais

ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS DAS DOENÇAS PERIODONTAIS

ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS DAS DOENÇAS PERIODONTAIS ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS DAS DOENÇAS PERIODONTAIS Prof. Dr. Cláudio Galuppo Diniz O termo doença periodontal descreve uma diversidade de entidades clínicas distintas que afetam o periodonto, incluindo

Leia mais

Matéria Orgânica do solo (m.o.s)

Matéria Orgânica do solo (m.o.s) Matéria Orgânica do solo (m.o.s) Objetivos Proporcionar conhecimentos básicos sobre a origem e dinâmica da m.o. do solo; Conhecer suas características e propriedades; Discutir como algumas propriedades

Leia mais

Introdução à Micologia e Características Gerais dos Fungos. Prof. Francis Moreira Borges Dep. De Microbiologia

Introdução à Micologia e Características Gerais dos Fungos. Prof. Francis Moreira Borges Dep. De Microbiologia Introdução à Micologia e Características Gerais dos Fungos Prof. Francis Moreira Borges Dep. De Microbiologia Introdução a Micologia Conceito Características Gerais dos Fungos A partir de 1969 Reino Fungi

Leia mais

DIAGNÓSTICO COLETA DE DADOS RACIOCÍNIO E DEDICAÇÃO

DIAGNÓSTICO COLETA DE DADOS RACIOCÍNIO E DEDICAÇÃO EXAME CLÍNICO DA DOENÇA PERIODONTAL DIAGNÓSTICO PERIODONTAL CONSISTE O DIAGNÓSTICO NA ANÁLISE DO PERIODONTAL HISTÓRICO DO CASO, NA AVALIAÇÃO DOS SINAIS CLÍNICOS E SINTOMAS, COMO TAMBÉM DOS RESULTADOS DE

Leia mais

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 Dr. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br 1 INTRODUÇÃO: A água nunca está em estado puro, livre de

Leia mais

TRATAMENTO DA ÁGUA. Professora: Raquel Malta Química 3ª série - Ensino Médio

TRATAMENTO DA ÁGUA. Professora: Raquel Malta Química 3ª série - Ensino Médio TRATAMENTO DA ÁGUA Professora: Raquel Malta Química 3ª série - Ensino Médio Água poluída: água inadequada para beber ou para fazer nossa higiene. Diversas substâncias naturalmente presentes na água são

Leia mais

Resumo de SAÚDE AMBIENTAL E ECOLOGIA. Parte 01. Nome: Curso:

Resumo de SAÚDE AMBIENTAL E ECOLOGIA. Parte 01. Nome: Curso: Resumo de SAÚDE AMBIENTAL E ECOLOGIA Parte 01 Nome: Curso: Data: / / 1 - Introdução Diversas são as definições que podem ser atribuídas à Ecologia. Segundo diversos autores, Ecologia é: a) O estudo das

Leia mais

ODONTOLOGIA PERIODONTIA I. 5º Período / Carga Horária: 90 horas

ODONTOLOGIA PERIODONTIA I. 5º Período / Carga Horária: 90 horas ODONTOLOGIA PERIODONTIA I 5º Período / Carga Horária: 90 horas 1. PRÉ-REQUISITO: Biossegurança e Orientação Profissional Odontológica; Diagnóstico por Imagem I; Patologia Buço Denta. 2. EMENTA: O aluno

Leia mais

Gerenciamento e Tratamento de Águas Residuárias - GTAR

Gerenciamento e Tratamento de Águas Residuárias - GTAR Gerenciamento e Tratamento de Águas Residuárias - GTAR Segunda 15 às 17h IC III sala 16 Turma: 2015/1 Profª. Larissa Bertoldi larabertoldi@gmail.com Aula de hoje.. Tratamento Primário Coagulação/Floculação

Leia mais

Um conceito inovador em saúde oral

Um conceito inovador em saúde oral Um conceito inovador em saúde oral Cera Bio-adesiva Barras Palatáveis não é ANTIBACTERIANO, mas sim ANTIPLACA O Dental-B contém RF2, um composto antiplaca que aborda a higiene oral de um modo completamente

Leia mais

IMAGENS DAS ALTERAÇÕES DA COROA DENTAL

IMAGENS DAS ALTERAÇÕES DA COROA DENTAL IMAGENS DAS ALTERAÇÕES DA COROA DENTAL Em um dente íntegro, suas imagens são facilmente identificáveis, pois já conhecemos a escala de radiopacidade. Estudamos as imagens das estruturas anatômicas, suas

Leia mais

QUESTÕES DE CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE AMBIENTAL. O 2(g) O 2(aq)

QUESTÕES DE CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE AMBIENTAL. O 2(g) O 2(aq) QUESTÕES DE CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE AMBIENTAL Questão 01 O agente oxidante mais importante em águas naturais é, sem a menor dúvida, o oxigênio molecular dissolvido, O 2. O equilíbrio entre o oxigênio

Leia mais

Crescimento Microbiano

Crescimento Microbiano Crescimento Microbiano Fatores que influem no crescimento Temperatura ph Oxigênio Agitação Pressão osmótica Temperatura Para todos os microrganismos existem três temperaturas cardeais: Temperatura mínima

Leia mais

3. Ler atentamente as 3 afirmativas relativas às relações entre os seres vivos,

3. Ler atentamente as 3 afirmativas relativas às relações entre os seres vivos, ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO BIOLOGIA 1º ANO / 3ª etapa Professor: Warley Ferreira 1. Uma população de parasitas e seus hospedeiros estão em interação. Eliminando-se os parasitas, espera-se que a população

Leia mais

ANTICORPOS. CURSO: Farmácia DISCIPLINA: Microbiologia e Imunologia Clínica PROFESSORES: Guilherme Dias Patto Silvia Maria Rodrigues Querido

ANTICORPOS. CURSO: Farmácia DISCIPLINA: Microbiologia e Imunologia Clínica PROFESSORES: Guilherme Dias Patto Silvia Maria Rodrigues Querido CURSO: Farmácia DISCIPLINA: Microbiologia e Imunologia Clínica PROFESSORES: Guilherme Dias Patto Silvia Maria Rodrigues Querido ANTICORPOS Anticorpo é uma globulina sintetizada por linfócitos B e principalmente

Leia mais

Diagnóstico Microbiológico

Diagnóstico Microbiológico Diagnóstico Microbiológico Identificação e Tipagem Bacteriana Prof. Vânia Lúcia Diagnóstico clínico Sinais (mensuráveis) e sintomas (subjetivos) Origem Etiologia Natureza Diagnóstico laboratorial Identificação

Leia mais

Nestas últimas aulas irei abordar acerca das vitaminas. Acompanhe!

Nestas últimas aulas irei abordar acerca das vitaminas. Acompanhe! Aula: 31 Temática: Vitaminas parte I Nestas últimas aulas irei abordar acerca das vitaminas. Acompanhe! Introdução O termo vitamina refere-se a um fator dietético essencial requerido por um organismo em

Leia mais

Introdução à Microbiologia Ambiental

Introdução à Microbiologia Ambiental Departamento de Microbiologia Instituto de Ciências Biológicas Universidade Federal de Minas Gerais http://www.icb.ufmg.br/mic Introdução à Microbiologia Ambiental Introdução A microbiologia ambiental

Leia mais

Exercícios de Monera e Principais Bacterioses

Exercícios de Monera e Principais Bacterioses Exercícios de Monera e Principais Bacterioses 1. (Fuvest) O organismo A é um parasita intracelular constituído por uma cápsula protéica que envolve a molécula de ácido nucléico. O organismo B tem uma membrana

Leia mais

BIOLOGIA Bases da Ecologia

BIOLOGIA Bases da Ecologia Módulo 42 Página 17 à 29 Quantos animais e seres vivos vocês conhecem? Onde eles vivem? Vamos fazer a leitura das páginas 17 e 18 Por dentro da notícia páginas 18 e 19 RESPONDA: 1) Depois de ler o texto

Leia mais

BIOTECNOLOGIA. 2. Conceito de clonagem molecular

BIOTECNOLOGIA. 2. Conceito de clonagem molecular BIOTECNOLOGIA 1. Introdução Até a década de 70, o DNA era o componente celular mais difícil de ser analisado. Sua seqüência de nucleotídeos de enorme tamanho e monotonia química era geralmente analisada

Leia mais

O CITOPLASMA E SUAS ORGANELAS

O CITOPLASMA E SUAS ORGANELAS O CITOPLASMA E SUAS ORGANELAS Citoplasma região entre a membrana plasmática e o núcleo (estão presentes o citosol e as organelas). Citosol material gelatinoso formado por íons e moléculas orgânicas e inorgânicas

Leia mais

AEROTEC SANEAMENTO BÁSICO LTDA.

AEROTEC SANEAMENTO BÁSICO LTDA. INTRODUÇÃO Todo e qualquer sistema de captação e tratamento de efluente doméstico tem como destino final de descarte desse material, direta ou indiretamente, corpos d água como seus receptores. A qualidade

Leia mais

SISTEMA DIGESTÓRIO. Introdução

SISTEMA DIGESTÓRIO. Introdução SISTEMA DIGESTÓRIO Introdução Os animais não encontram no meio, em forma imediatamente utilizável, todos os alimentos ou nutrientes de que necessitam. A absorção direta de nutrientes ocorre, excepcionalmente,

Leia mais

Doença Periodontal Orientações para manter uma boca saudável Anatomia Estrutura saudável Gengivas A A figura mostra as gengivas de uma pessoa que tenha a constituição clara. As pessoas de pele escura têm

Leia mais

Parâmetros de qualidade da água. Variáveis Físicas Variáveis Químicas Variáveis Microbiológicas Variáveis Hidrobiológicas Variáveis Ecotoxicológicas

Parâmetros de qualidade da água. Variáveis Físicas Variáveis Químicas Variáveis Microbiológicas Variáveis Hidrobiológicas Variáveis Ecotoxicológicas Parâmetros de qualidade da água Variáveis Físicas Variáveis Químicas Variáveis Microbiológicas Variáveis Hidrobiológicas Variáveis Ecotoxicológicas Coloração - COR Variáveis Físicas associada à presença

Leia mais

VIROLOGIA HUMANA. Professor: Bruno Aleixo Venturi

VIROLOGIA HUMANA. Professor: Bruno Aleixo Venturi VIROLOGIA HUMANA Professor: Bruno Aleixo Venturi O que são vírus? A palavra vírus tem origem latina e significa "veneno". Provavelmente esse nome foi dado devido às viroses, que são doenças causadas por

Leia mais

Fisiologia e Crescimento Bacteriano

Fisiologia e Crescimento Bacteriano UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA Fisiologia e Crescimento Bacteriano Disciplina: Biologia de Microrganismos Professora: Alessandra Machado

Leia mais

Viajando com o Sr. Mutans

Viajando com o Sr. Mutans Viajando com o Sr. Mutans - o jogo da cárie - Material de Apoio Autoria: Adriana de Sales C. Correa 1 TERMOS USADOS NO JOGO E CONCEITOS BÁSICOS DE ODONTOLOGIA Processo de formação da cárie Aspectos patológicos

Leia mais

As bactérias operárias

As bactérias operárias A U A UL LA As bactérias operárias Na Aula 47 você viu a importância da insulina no nosso corpo e, na Aula 48, aprendeu como as células de nosso organismo produzem insulina e outras proteínas. As pessoas

Leia mais

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE. Profª Sandra Carvalho

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE. Profª Sandra Carvalho COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE Profª Sandra Carvalho A carne magra: 75% de água 21 a 22% de proteína 1 a 2% de gordura 1% de minerais menos de 1% de carboidratos A carne magra dos diferentes animais de abate

Leia mais

São partículas que atravessam o filtro, mas não são dissolvidas

São partículas que atravessam o filtro, mas não são dissolvidas O que existe na água do mar? 1. materiais sólidos ou particulados 2. colóides 3. materiais dissolvidos 1. materiais sólidos ou particulados A definição de particulado é operacional. Todo material com >

Leia mais

MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx DEPA COLÉGIO MILITAR DE BRASÍLIA PLANO DE AULA BIOLOGIA 1º ANO/EM

MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx DEPA COLÉGIO MILITAR DE BRASÍLIA PLANO DE AULA BIOLOGIA 1º ANO/EM MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx DEPA COLÉGIO MILITAR DE BRASÍLIA Prof. Salomão profsalomao@gmail.com PLANO DE AULA BIOLOGIA 1º ANO/EM Sem Mês Início Término CH 1ª FEV 7 11 3 ASSUNTO: ASPECTOS

Leia mais

Conceitos Ecológicos. Prof. Dr. Mauro Parolin

Conceitos Ecológicos. Prof. Dr. Mauro Parolin Conceitos Ecológicos Prof. Dr. Mauro Parolin Hábitat [1] ou habitat (do latim, ele habita) é um conceito usado em ecologia que inclui o espaço físico e os fatores abióticos que condicionam um ecossistema

Leia mais

1º ANO MATRIZ CURRICULAR DE CIÊNCIAS NATURAIS. Eu um ser no ambiente

1º ANO MATRIZ CURRICULAR DE CIÊNCIAS NATURAIS. Eu um ser no ambiente 1º ANO MATRIZ CURRICULAR DE CIÊNCIAS NATURAIS Eu um ser no ambiente Higiene Corporal Os cinco sentidos Corpo humano Perceber a importância do cuidado com o corpo, da vacinação e da prevenção de acidentes.

Leia mais

Matéria e Energia no Ecossistema

Matéria e Energia no Ecossistema Matéria e Energia no Ecossistema Qualquer unidade que inclua a totalidade dos organismos (comunidade) de uma área determinada, interagindo com o ambiente físico, formando uma corrente de energia que conduza

Leia mais

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 20 ECOLOGIA

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 20 ECOLOGIA BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 20 ECOLOGIA Como pode cair no enem (ENEM) Várias estratégias estão sendo consideradas para a recuperação da diversidade biológica de um ambiente degradado, dentre elas, a criação

Leia mais

EXERCÍCIOS PARA O 8 ANO (2015)

EXERCÍCIOS PARA O 8 ANO (2015) EXERCÍCIOS PARA O 8 ANO (2015) 1- A Fábrica Celular Células de bactérias (procarióticas) e células animais (eucarióticas), apresentam semelhanças e diferenças. a) Qual a estrutura presente em ambas que

Leia mais

Propriedades da matéria e mudanças de estado físico

Propriedades da matéria e mudanças de estado físico INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO Campus Valença Propriedades da matéria e mudanças de estado físico Professor: José Tiago Pereira Barbosa 1 Propriedades da Matéria A matéria é

Leia mais

ÁGUA NO SOLO. Geografia das Águas Continentais. Profª Rosângela Leal

ÁGUA NO SOLO. Geografia das Águas Continentais. Profª Rosângela Leal ÁGUA NO SOLO Geografia das Águas Continentais Profª Rosângela Leal A ÁGUA E O SOLO Os solos são constituídos de elementos figurados, água e ar. Os elementos figurados são contituídos partículas minerais

Leia mais

Processamento do Iogurte Gordo Sólido

Processamento do Iogurte Gordo Sólido Escola Superior Agrária De Coimbra Processamento Geral dos Alimentos Processamento do Iogurte Gordo Sólido Trabalho realizado por: Pedro Sá nº20603025 Ana Oliveira nº 20603030 Lénia Belas nº 20603031 Elisabete

Leia mais

Recuperação. Células tecidos órgãos sistemas. - As células são as menores unidades vivas e são formadas por três regiões:

Recuperação. Células tecidos órgãos sistemas. - As células são as menores unidades vivas e são formadas por três regiões: Recuperação Capítulo 01 - Níveis de organização Células tecidos órgãos sistemas - As células são as menores unidades vivas e são formadas por três regiões: A- Membrana Plasmática - Revestimento da célula;

Leia mais

Específicas. I. Harmônicas. II. Desarmônicas. I. Harmônicas 1) SOCIEDADE. Estas relações podem ser

Específicas. I. Harmônicas. II. Desarmônicas. I. Harmônicas 1) SOCIEDADE. Estas relações podem ser Relações Ecológicas Os seres vivos mantém constantes relações entre si, exercendo influências recíprocas em suas populações. INTRA ou INTERESPECÍFICAS Estas relações podem ser HARMÔNICAS OU DESARMÔNICAS

Leia mais

REGULAÇÃO HIDROELETROLÍTICA FUNÇÃO RENAL

REGULAÇÃO HIDROELETROLÍTICA FUNÇÃO RENAL REGULAÇÃO HIDROELETROLÍTICA FUNÇÃO RENAL Bioquímica Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes Referências Bioquímica Clínica M A T Garcia e S Kanaan Bioquímica Mèdica J W Baynes e M H Dominiczack Fundamentos

Leia mais

Sistemas do Corpo Humano

Sistemas do Corpo Humano Sistemas do Corpo Humano Sistema Digestório consegue energia e matéria prima. Cada órgão tem uma função específica no processo de transformação dos alimentos O QUE É UM SISTEMA????? Sistema Digestório

Leia mais

Multi Star Adulto 15kg e 5kg

Multi Star Adulto 15kg e 5kg Multi Star Adulto 15kg e 5kg Proteína Bruta Extrato Etéreo (Mín.) 21% (Mín.) 8% Matéria Mineral Matéria Fibrosa (Máx.) 8% (Máx.) 4% Cálcio (Máx.) 1,8% Fósforo (Mín.) 0,8% Carne de Frango e Arroz Extrato

Leia mais

Ecologia Conceitos Básicos e Relações Ecológicas

Ecologia Conceitos Básicos e Relações Ecológicas Ecologia Conceitos Básicos e Relações Ecológicas MOUZER COSTA O que é Ecologia? É a parte da Biologia que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o ambiente. Conceitos Básicos Espécie População

Leia mais

QUESTÃO 40 PROVA DE BIOLOGIA II. A charge abaixo se refere às conseqüências ou características da inflamação. A esse respeito, é INCORRETO afirmar:

QUESTÃO 40 PROVA DE BIOLOGIA II. A charge abaixo se refere às conseqüências ou características da inflamação. A esse respeito, é INCORRETO afirmar: 22 PROVA DE BIOLOGIA II QUESTÃO 40 A charge abaixo se refere às conseqüências ou características da inflamação. A esse respeito, é INCORRETO afirmar: a) Se não existisse o processo inflamatório, os microorganismos

Leia mais

Histologia animal. Equipe de Biologia

Histologia animal. Equipe de Biologia Histologia animal Equipe de Biologia Tipos de tecidos animais Tecidos epiteliais Tecidos conjuntivos Tecidos musculares http://www.simbiotica.org/tecidosanimal.htm Tecido nervoso Tecidos epiteliais Apresenta

Leia mais

EXERCÍCIOS DE CIÊNCIAS (6 ANO)

EXERCÍCIOS DE CIÊNCIAS (6 ANO) 1- Leia o texto a seguir e responda: EXERCÍCIOS DE CIÊNCIAS (6 ANO) Além de diminuir a poluição ambiental, o tratamento do lixo pode ter retorno econômico e social. a) Cite duas formas de se obterem produtos

Leia mais

Ar de Alta Qualidade, da Geração à Utilização

Ar de Alta Qualidade, da Geração à Utilização Ar de Alta Qualidade, da Geração à Utilização A qualidade do ar em um sistema de ar comprimido tem variações e todas elas estão contempladas no leque de opções de produtos que a hb ar comprimido oferece.

Leia mais

Tratamento Descentralizado de Efluentes HUBER BioMem

Tratamento Descentralizado de Efluentes HUBER BioMem WASTE WATER Solutions Tratamento Descentralizado de Efluentes HUBER BioMem Solução HUBER para Tratamento Decentralizado de Efluentes Unidades móveis e fixas Uma variedade de opções de reutilização de efluentes

Leia mais

02/07/2014. Heider Lopes Rayssa Simão. Osoloéumsistemavivo,dinâmicoenãorenovável; Habitat de diversos organismos;

02/07/2014. Heider Lopes Rayssa Simão. Osoloéumsistemavivo,dinâmicoenãorenovável; Habitat de diversos organismos; Universidade Federal de São Del Rei - Campus Sete Lagoas Engenharia Agronômica Impactos de xenobióticos e metais pesados na microbiota do solo Heider Lopes Rayssa Simão Osoloéumsistemavivo,dinâmicoenãorenovável;

Leia mais

Função orgânica nossa de cada dia. Profa. Kátia Aquino

Função orgânica nossa de cada dia. Profa. Kátia Aquino Função orgânica nossa de cada dia Profa. Kátia Aquino Vamos analisar! Funções Carboidratros (ou Glicídios) Energética: eles são os maiores fornecedores de energia para os seres vivos, principalmente a

Leia mais

A Moda do Bronzeado... Entre as duas grandes Guerras inicia-se a liberação feminina. Coco Chanel lança a moda do bronzeado.

A Moda do Bronzeado... Entre as duas grandes Guerras inicia-se a liberação feminina. Coco Chanel lança a moda do bronzeado. Histórico A Moda do Bronzeado... Entre as duas grandes Guerras inicia-se a liberação feminina. Coco Chanel lança a moda do bronzeado. A pele bronzeada tornou-se moda, sinal de status e saúde. Histórico

Leia mais