AULA 00. Prontos para o SEU salário MARAVILHOSO e para uma qualidade de vida nunca antes imaginada?

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1 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: princípios fundamentais. 2 Aplicabilidade das normas constitucionais: normas de eficácia plena, contida e limitada; normas programáticas. Poder constituinte. I. INTRODUÇÃO II. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS III. PODER CONSTITUINTE IV. EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS V. QUESTÕES DA AULA VI. GABARITO VII. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Olá futuros Servidores Públicos! Prontos para o SEU salário MARAVILHOSO e para uma qualidade de vida nunca antes imaginada? A ideia desse curso regular é te preparar para QUALQUER PROVA DE DIREITO CONSTITUCIONAL DE QUALQUER BANCA, trazendo os assuntos mais cobrados nas provas de concursos Assim, vou pegar bem pesado com vocês, mas sempre utilizando uma linguagem clara e acessível! Primeiramente, vou fazer uma rápida apresentação para que vocês me conheçam um pouco melhor. Meu nome é Roberto Troncoso e sou Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados na área de Direito Constitucional. Já fui Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, onde exerci a função de Pregoeiro Oficial e Gerente de Processos. Sou também pósgraduado em Auditoria e Controle da Gestão Governamental, professor de Direito Constitucional em cursos preparatórios para concursos e palestrante de técnicas de aprendizagem acelerada aplicadas a concursos públicos. Antes de trabalhar na Câmara dos Deputados, fui também Agente da Polícia Federal e Técnico Judiciário do TJDFT. Durante essa caminhada pelo mundo dos concursos, também fui aprovado dentro das vagas para outros cargos, porém, sem assumi-los: Agente de Polícia Federal Regional 2004, Agente de Polícia Civil do DF 2004, 1

2 Ministério das Relações Exteriores Oficial de Chancelaria 2004 e Escriturário do BRB Meu querido aluno, eu vou te fazer um pedido agora: se você estiver com pressa e tiver que pular alguma parte desse material, pule a parte relativa à matéria. Mas por favor, LEIA E REFLITA SOBRE AS PRÓXIMAS PÁGINAS. Elas economizarão um tempo precioso de suas vidas e podem ser o diferencial entre o tão sonhado cargo de Servidor Público ou mais uma reprovação. "Se eu tivesse oito horas para derrubar uma árvore, passaria seis afiando meu machado." (Abraham Lincoln) Afiar o machado. É exatamente isso que faremos AGORA. O PROCESSO DE ESTUDO PARA CONCURSOS Uma vez apresentados, gostaria de dizer para vocês que o processo de estudo para concursos públicos pode ser dividido em três etapas: aprendizado do conteúdo, revisão da matéria por meio de esquemas e mapas mentais e, por fim, a aplicação do conhecimento e mensuração do nível de aprendizagem por meio de resolução de exercícios e provas anteriores. Nosso curso se dedica aos três passos: Exposição teórica do conteúdo completo da matéria de forma simples e objetiva, com a linguagem mais acessível possível. Esquemas com a matéria abordada para facilitar o estudo e a revisão. Mais de exercícios resolvidos e comentados! Utilizaremos exercícios das principais bancas organizadoras de concursos públicos: Cespe e FCC. Não há exigência de conhecimentos prévios. O curso é voltado tanto para o estudante que nunca estudou Direito Constitucional 2

3 quanto para o aluno mais avançado, que quer adquirir conhecimentos profundos sobre o tema. METODOLOGIA Meu caro aluno e futuro Servidor Público, no desenvolvimento desse material, para que você entenda melhor os conceitos, utilizarei a linguagem mais fácil e acessível possível, sem me prender ao juridiquês. No entanto, tenha em mente que a linguagem jurídica é muito importante e é ela que provavelmente cairá em sua prova. Primeiramente, farei a exposição do conteúdo. Logo em seguida, sempre que necessário, trarei um esquema para que você possa revisar a matéria com mais rapidez. Por último, trarei uma bateria de exercícios comentados relacionados ao tema. Em um primeiro momento, você poderá ficar apreensivo em relação ao número de páginas de algumas das nossas aulas. No entanto, esse material foi desenvolvido para que a sua leitura flua tranquilamente e seja bastante rápida. Para você ter uma ideia, na aula de hoje, teremos APENAS 15 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre MUITOS exercícios comentados, MUITOS esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e agradável! COMO FAZER EXERCÍCIOS? 1- Faça as questões uma a uma e confira o gabarito IMEDIATAMENTE. Caso tenha alguma dúvida, procure saná-la de pronto. Evite fazer um bloco inteiro para somente depois conferir. Você acaba sem sanar todas as suas dúvidas e perdendo informações valiosas. 2- Ao terminar a bateria, calcule quantos itens você acertou, quantos errou e qual foi sua porcentagem de acertos (uma errada anula uma certa, estilo Cespe, ok?, ainda que a prova seja de outra banca). Mas por que, Roberto? Resposta: para saber a efetividade do seu estudo e para ter um parâmetro de autoavaliação. 3

4 3- Faça e refaça várias vezes a mesma lista de exercícios. Dois fatores são responsáveis pela memória solidificada. O primeiro é a associação do conhecimento a uma forte emoção. É por isso que sempre nos lembramos do primeiro beijo, do primeiro carro, ou da primeira vez que nós...você entendeu... Como é difícil associar o Direito a uma forte emoção, devemos recorrer ao próximo fator. O segundo fator é a repetição. Quando repetimos tanto alguma ação que ela se torna automática, aí sim, nosso conhecimento estará solidificado. E é exatamente por isso que você deve revisar a matéria várias vezes, fazer muitos exercícios e fazer as mesmas listas várias vezes! 4- Quando atingir entre 80% e 90% (líquido), PARABÉNS! E VÁ ESTUDAR OUTRA MATÉRIA! Não tente chegar aos 100%, pois o custo benefício desse conhecimento é baixo. Lembre-se: seu objetivo é passar na prova e não virar doutor em Direito Constitucional. Como esse é um curso regular, treinaremos tanto com questões de múltipla escolha quanto com questões de certo/errado. Além disso, cuidado, pois quando estamos fazendo exercícios de múltipla escolha, ao marcarmos uma assertiva que temos certeza de estar certa, tendemos a descartar automaticamente os demais itens da questão, ou, no mínimo, analisamo-los de forma tendenciosa. Dessa forma, não fazemos o juízo de valor mais adequado e, consequentemente, aprendemos menos. COMO TORNAR SEU ESTUDO MAIS EFICIENTE A grande maioria das pessoas não busca maneiras de se melhorar ou de melhorar seu método de estudo. Assim, elas se esquecem de que, se continuamos a ter sempre as mesmas ações, vamos obter sempre os mesmos resultados... Insanidade é fazer sempre as mesmas coisas esperando obter resultados diferentes (Albert Einstein) 4

5 Eu sei que é difícil sair da nossa zona de conforto. Mas é necessário que façamos isso! Antes de continuar, assista a esse vídeo. Dura 6 minutos. Gostaram do vídeo? Muitas pessoas estudam para concursos públicos por dois, três, quatro anos e não passam. Você sabe por quê? Será que essas pessoas não são inteligentes? Eu garanto que elas são inteligentes sim! E muito! Mas talvez o método de estudo dessas pessoas não esteja sendo tão eficiente quanto poderia. Vou dar algumas dicas para melhorar a qualidade do seu estudo. Esse método funcionou até agora para mim e para TODOS os meus alunos que estudaram dessa forma, sem exceções. Espero que ajude você também. 1. Coloque todo o seu conhecimento em apenas um lugar: no seu caderno (ou mapa mental). Tudo o que você aprender nas aulas presenciais, coloque no caderno. Tudo o que você ler nos livros e for importante, coloque no caderno. Todos os exercícios que você fizer e que a informação não esteja no caderno, coloque lá. Até mesmo as aulas on-line, coloque tudo no seu caderno (ou mapa mental). Com o tempo, seu caderno vai ficar bastante completo e a informação estará do seu jeito, com as suas palavras e com a sua cara. 2. Se for estudar pelo livro, leia-o apenas UMA vez e coloque a informação no seu caderno. É muito pouco produtivo ficar lendo ou revisando em livros. 100 páginas de livro correspondem, em média a 10 de caderno. E é muito mais rápido ler 10 páginas escritas do seu jeito do que 100 páginas de linguagem rebuscada. 3. REVISE todo o seu caderno periodicamente (no mínimo três vezes por mês, ou seja, a cada 10 dias). 5

6 O conhecimento é como um objeto colocado na superfície da água: ele vai caindo devagar em direção ao fundo. Se aprendermos alguma coisa nova e nunca mais usarmos esse conhecimento, nosso cérebro entende que aquilo não é importante e descarta a informação. Dessa forma, devemos então mesclar o estudo de novas matérias com as revisões do que já foi estudado de forma a sempre deixar nosso conhecimento na superfície e não deixarmos que ele afunde. Por isso, a revisão periódica é FUNDAMENTAL! É aqui que você realmente aprende e fortalece sua rede neural, fixando o conhecimento no cérebro. Se você deixar para revisar na última hora, não vai adiantar nada. É exatamente assim que eu estudo: Aprendendo coisas novas, fazendo muitos exercícios das mais variadas bancas e SEMPRE revisando o que eu já aprendi. E, para que o estudo seja eficiente, devemos ter uma forma ágil de resgatar e revisar a informação: o caderno ou o mapa mental. Revisar a matéria direto nos livros, mesmo com o realce / marca-texto / sublinhados etc. não é a forma mais eficiente de resgatar a informação. Vocês perceberão nas aulas (inclusive nessa), que eu uso esquemas em três cores para sistematizar o conteúdo. O meu caderno é EXATAMENTE desse jeito. Esses esquemas são praticamente a digitalização das minhas anotações. CADERNO, ESQUEMAS E RESUMOS EFICIENTES A "arte de fazer bons resumos" deve ser treinada e é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Muitas pessoas me perguntam sobre como fazer um bom caderno; se é melhor fazê-lo em meio físico ou digital, sobre o tamanho ideal... Se os resumos no computador funcionam para você, não há problema algum. Se o formato vai ser eletrônico ou físico, vai depender de pessoa para pessoa. Os meus, por exemplo, eram físicos. Mas volto a dizer que não há problema algum em ser eletrônico. Quanto ao tamanho do seu caderno, acredito que um resumo de aproximadamente 120 páginas para TODA a matéria de Direito Constitucional 6

7 está de bom tamanho. Mas lembre-se que DCO é uma matéria ENORME! Na grande maioria das outras matérias, o seu resumo será bem menor que isso. O grande segredo dos resumos e esquemas é o seguinte: 1) Sempre coloque as palavras-chave. Retire todos (ou quase todos) os conectores. Deixe somente a essência das informações; 2) Sempre use frases curtas; 3) Divida a informação: coloque uma ideia em cada frase e cada frase em uma linha separada (na medida do possível). Assim, elas sempre ficarão curtas e bem distribuídas; A memória é composta por fragmentos. Se memorizarmos os fragmentos mais importantes, teremos uma melhor compreensão do todo; 4) Faça uma diagramação visual. Jamais escreva em seu caderno de forma linear, fica muito mais difícil resgatar a informação; 5) Use cores (sem exageros!). Cada cor deve ter um significado. Os esquemas que trarei para vocês funcionam assim: Preto = estrutura Azul = informação Vermelho = realce (não necessariamente importante) Se os seus esquemas contemplarem esses cinco passos, você já terá um excelente resumo. Assim, um caderno eficaz é aquele que te permite: a) Acessar a informação de maneira rápida (bateu o olho, viu preto, já sabe que é estrutura!). É por isso que o tamanho não é tãããããão importante assim. Se você revisa rápido 100 páginas, está tudo certo. Claro que também não pode ficar grande demais... b) Anotar de maneira rápida (por isso as frases curtas com a essência da ideia). Lembre-se de que ter um caderno muito bom e não revisá-lo, não adianta NADA. 7

8 FOCO NO ESTUDO CURSO REGULAR Um dos maiores conselhos que você pode receber de mim e da grande maioria das pessoas que já passaram em um concurso público é o seguinte: O FOCO É ESSENCIAL! Não adianta nada ficar correndo atrás de edital. Foque em apenas um concurso. É claro que você vai também fazer as outras provas que forem aparecendo, mas o estudo deve sempre ser focado para apenas um concurso. Quando digo foco, não quero dizer que temos que estudar 2, 3, 4 anos para passar em um concurso. Uma pessoa pode estudar extremamente focada por 2 meses e passar em um excelente concurso. O que não costuma dar muito certo é ficar correndo atrás de edital... Para quem não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve (Lewis Carroll) ESTUDE SEMPRE PARA ESSE CONCURSO Outra coisa: eu ouço muita gente dizendo assim: estou estudando para o próximo concurso...é muita matéria...para esse não vai dar...mas já vou adiantando o estudo né?...ahhh você sabe como é... é difícil né?... Jamais estude para o próximo concurso. Estude SEMPRE para ESSE concurso! Se você fala para você mesmo que está estudando para o próximo, seu cérebro recebe o seguinte comando: não preciso aprender agora, pois esse conhecimento não me será útil. Por outro lado, se você estudar para ESSE concurso, você dá o comando para que o seu cérebro aprenda AGORA e não deixe nada para depois. Além disso, se você diz para você mesmo que está estudando para ESSE concurso, as suas atitudes são de alguém que vai passar NESSE concurso: Quando eu tiver alguma dúvida, eu vou saná-la imediatamente, porque eu sei que não tenho mais tempo. Eu preciso dessa informação AGORA: eu vou passar NESSE concurso; 8

9 Quando bater aqueeeeeela preguiça, eu vou resistir, porque eu sei que não tenho mais tempo. Eu preciso estudar AGORA: eu vou passar NESSE concurso; Quando eu for convidado para aquele churrasco ou aquela festa, eu vou resistir, porque eu sei que não tenho mais tempo: eu vou passar NESSE concurso; Quando os meus olhos estiverem ardendo e a minha cabeça, as costas, o bumbum e até os fios de cabelo estiverem doendo, eu vou resistir, porque eu sei que não tenho mais tempo: eu vou passar NESSE concurso; Se você estuda para ESSE concurso, as chances de tomar atitudes como essas são infinitamente maiores. Estudar para o próximo concurso é o mesmo que se enganar. NÃO ACREDITE NO QUE VOCÊ ACABOU DE LER Não acredite e nem duvide nessas e em outras técnicas repassadas por mim ou por qualquer outro professor. TESTE você mesmo e veja se funciona ou não. Faço agora o meu segundo pedido a você: Teste direito! Faça bem feito! RESPONDA AGORA ESSAS PERGUNTAS MÁGICAS: Se eu fosse fazer bem feito, como eu faria? Se eu fosse estudar PARA PASSAR, como é que eu estudaria? Se eu fosse estudar direito e para ESSE concurso, como é que eu estudaria? Se eu fosse morrer se eu não passasse nesse concurso, como é que eu agiria? Quais as atitudes que eu teria? Se você testar direito, do jeito que eu expliquei e mesmo assim tiver alguma dúvida, critica ou sugestão, fique à vontade para me mandar um 9

10 Tenho certeza de que essa troca de experiências será muito enriquecedora para todos nós. É justamente a atitude de se melhorar constantemente que te fará um vencedor! É como disse o vídeo: O que faz alguém ser bom em algo? Dedicação. Trabalho duro. E fazer isso com a direção e metodologia corretas. Se você fizer isso, de qualquer jeito, você será bom. Mas o que faz alguém ser profissional em alguma coisa? É pegar aquela pequena decisão que você tomou e executá-la, levando isso mais longe do que a sua imaginação pode levar. É dedicar cada respiração do seu corpo, cada pensamento, cada momento, para aquela causa. É dar absolutamente o seu MELHOR e não se acomodar por nenhum motivo. Não é talento, não é inteligência, é simplesmente, o tamanho do seu apetite pelo sucesso. SUCESSO!! Roberto Troncoso 10

11 FALANDO SOBRE A SUA PROVA CURSO REGULAR A matéria de Direito Constitucional é de importância fundamental para a sua aprovação. Ela cai na esmagadora maioria dos concursos e, muitas vezes, está na parte de conhecimentos específicos. Dessa forma, você deve dar muita atenção a essa disciplina! O conteúdo do nosso curso se baseia na maioria dos editais de concursos públicos. Vejam só o conteúdo que será visto em nossas aulas: CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL Aula 00 Aula 01 Aula 02 Aula 03 Aula 04 Aula 05 Aula 06 Aula 07 Aula 08 Aula 09 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: princípios fundamentais. 2 Aplicabilidade das normas constitucionais: normas de eficácia plena, contida e limitada; normas programáticas. Poder constituinte. Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deveres individuais e coletivos. Direitos e garantias fundamentais: direitos sociais; direitos de nacionalidade; direitos políticos; partidos políticos. Direitos e garantias fundamentais: remédios constitucionais Organização político-administrativa do Estado: Estado federal brasileiro, União, estados, Distrito Federal, municípios e territórios. Administração Pública Poder Executivo Poder Legislativo Poder Judiciário Funções essenciais à Justiça Aula 10 Controle de constitucionalidade Parte 1 Aula 11 Controle de constitucionalidade Parte 2 Aula 12 Da Ordem Social A programação será seguida com a maior fidelidade possível ao calendário e ao conteúdo programático. No entanto, ela não será rígida e poderá haver alterações no decorrer do curso. Abordaremos os pontos mais importantes e que, a nosso ver, têm maior possibilidade de cair na sua prova. 11

12 Caso necessário, enviem suas dúvidas, sugestões, pedidos especiais, comentários sobre o material etc. para o Fórum. Confira os cursos de Direito Constitucional em mapas mentais no site do Ponto dos Concursos e a nova coleção de MAPAS MENTAIS da editora PONTO DOS CONCURSOS ( Seja meu amigo no Facebook: Finalizada a parte introdutória, vamos ao estudo! 12

13 I. INTRODUÇÃO CURSO REGULAR Para melhor entendermos o que estamos estudando, é necessário que coloquemos o conhecimento na gaveta correta do nosso cérebro. Assim, sempre que estiver estudando algum conteúdo, é necessário saber em qual parte do todo ele se encaixa. É como se, primeiramente, sobrevoássemos de avião para ver o terreno em que vamos pisar. Uma vez visto o terreno de cima, aí sim, pousamos e vamos ver as peculiaridades de cada pedacinho dele. Essa é uma das possíveis estruturas do Direito Constitucional, observe-a bem e sempre a utilize para se orientar em seus estudos. 13

14 II. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS CURSO REGULAR Meu caro aluno e futuro Servidor Público, quando se fala em princípio, no que você pensa? Se você pensou: início, acertou em cheio! Os princípios são o início / de onde começam as coisas / as bases / os fundamentos. Da mesma forma, os princípios fundamentais são as bases, os pressupostos, os valores máximos, as diretrizes da República Federativa do Brasil. Os princípios podem estar escritos na Constituição (princípios explícitos), ou podem ser interpretados a partir da leitura do texto constitucional (princípios implícitos). É nessa parte que a Constituição traça os esquemas gerais de organização do Estado brasileiro. Além disso, ela nos fala: Quais são os princípios que devem ser seguidos quando o Brasil for se relacionar com outros Estados? Quando o Brasil for elaborar alguma política pública, quais devem ser seus objetivos? Quais as bases/os fundamentos da República Federativa do Brasil? Vamos começar então: 1. FORMA DE ESTADO (FEDERAÇÃO) E A FORMA DE GOVERNO (REPÚBLICA) Os princípios fundamentais foram trazidos pela Constituição logo no início de seu texto: nos artigos 1 ao 4. No art. 1, a CF estabelece a forma de Estado (Federação) e a forma de Governo (República), além de enunciar nosso regime político como sendo um Estado democrático de Direito. Adicionalmente, o Brasil possui, como Sistema de Governo, o presidencialismo. Vamos devagar: 14

15 Forma de Estado é como ele se divide / se reparte. A federação pressupõe uma unidade central, chamada União e outras unidades autônomas descentralizadas (no caso do Brasil, estados e municípios). O oposto da federação é o Estado Unitário. Forma de Governo é como os governantes se relacionam com seus governados: res publica (coisa pública) significa que o governo é feito para o povo e a coisa é do povo. O oposto da república é a monarquia. Sistema de Governo e a forma como se relacionam os poderes Legislativo e Executivo na governança. O presidencialismo é o sistema onde o Poder Executivo possui maior independência, governando com mais liberdade e com menos interferência do Legislativo. O oposto do presidencialismo é o parlamentarismo. 2. FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Observe o art. 1º da Constituição: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos (...) Federação I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Pronto! Você já acabou de aprender os FUNDAMENTOS da República Federativa do Brasil (RFB). Para facilitar o seu estudo, existe um mnemônico para os fundamentos (sílabas em vermelho no seu esquema): SO-CI-DI-VA-PLU No entanto, para que você não confunda se o mnemônico é dos fundamentos ou dos objetivos (estudaremos daqui a pouco) ou dos princípios nas relações internacionais (também estudaremos daqui a pouco), basta colocar mais uma sílaba no seu mnemônico. E ainda vai rimar! 15

16 (leia as 3 primeiras sílabas e depois as 3 últimas, acentuando a letra U ) SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ Fundamentos 3. TITULARIDADE DO PODER E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO Observe agora o parágrafo único do art. 1º da CF88: Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Nesse dispositivo, são trazidos mais dois princípios muito importantes: a titularidade do poder (do povo) e o da democracia. O Brasil é um Estado democrático de Direito: significa que o Estado brasileiro é governado pelo povo (democrático) e também tem que obedecer às leis (de direito). O governo democrático é aquele em que o destinatário das políticas públicas (o povo) participa de sua elaboração. A democracia se divide ainda em: a) Democracia Direta: onde o povo participa diretamente, ou seja, o próprio povo elabora as políticas públicas. Esse tipo de democracia é típica da Grécia antiga e é inviável nos dias de hoje (imagine só 200 milhões de brasileiros mandando s para se discutir como será a atuação do governo na saúde, por exemplo). b) Indireta: onde o povo elege os representantes e estes elaboram as políticas públicas. c) Semidireta ou participativa: é um misto da democracia direta e da indireta. Nela, o povo elege os representantes e estes elaboram as políticas públicas. Complementarmente, existem mecanismos para que o povo também participe dessa elaboração. Assim, a regra é participação indireta, combinada com alguns meios de exercício direto do povo. Esse é o modelo adotado pelo Brasil. 16

17 No art. 14, a CF diz como é que o povo exercerá diretamente o poder: Sufrágio universal Voto direto, secreto e igualitário Plebiscito Referendo Iniciativa popular de lei Lembre-se: Forma de Estado: FEDERAÇÃO Forma de Governo: República Sistema de Governo: Presidencialismo Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia. 4. SEPARAÇÃO DOS PODERES Em seu artigo 2º, a Constituição nos traz um importante princípio: o da separação dos poderes. Observe o referido artigo: Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Esse princípio, cuja origem remonta à Revolução Francesa e a Montesquieu, é importantíssimo porque evita que o poder fique todo nas mãos de uma só pessoa, evitando, assim, arbitrariedades e excessos. Observe que os poderes são INDEPENDENTES e HARMÔNICOS entre si. Assim, não pode haver prevalência, subordinação ou hierarquia de um poder sobre os outros sendo que eles devem operar de forma conjunta. No entanto, não existe uma separação rígida e absoluta entre os poderes, sendo que a própria Constituição prevê algumas interferências de uns nos outros. Assim, a separação dos poderes no Brasil é flexível e cada um exerce, além de suas funções típicas, funções atípicas: 17

18 Poder Executivo: sua função típica é administrar e executar as leis, mas exerce, como funções atípicas, a jurisdição (ex: quando profere decisões nos processos administrativos) e a legislação (ex: quando elabora Medidas Provisórias ou Leis Delegadas). Poder Legislativo: sua função típica é legislar e fiscalizar, mas exerce, como funções atípicas, a jurisdição (ex: quando o Senado Federal julga autoridades por crime de responsabilidade - CF, art. 52, I e II e parágrafo único) e a administração (ex: quando atua enquanto administração pública, realiza licitações etc.). Poder Judiciário: sua função típica é a jurisdição, ou seja, dizer o direito. No entanto, esse Poder exerce, como funções atípicas, a legislação (ex: quando elabora os Regimentos Internos dos Tribunais) e a administração (ex: quando atua enquanto administração pública, realiza licitações etc.). Vale ressaltar que, em regra, as funções típicas de cada Poder não podem ser delegadas para os outros poderes (princípio da indelegabilidade). No entanto, excepcionalmente, existem casos onde a delegação pode ser feita, como na elaboração de Leis Delegadas, onde o Poder Legislativo delega ao Poder Executivo a elaboração de uma lei. Do princípio da separação dos poderes, surge um sistema chamado de SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS, também conhecido como checks and balances. Segundo ele, os poderes, apesar de serem independentes entre si, devem se contrabalancear para evitar excessos. Assim, cada poder deve exercer suas funções e, ao mesmo tempo fiscalizar e controlar os outros poderes, justamente para evitar abusos e excessos. Assim, a Constituição brasileira prevê mecanismos para que os três poderes interfiram na atuação uns dos outros, para evitar os desvios de conduta. ATENÇÃO: o sistema de freios e contrapesos não retira a independência (relativa) dos poderes. Ex. 1: o Legislativo não pode elaborar leis livremente: existe o veto do Executivo e o controle de constitucionalidade das leis pelo Judiciário. Ex. 2: o Executivo não administra livremente: existe o controle dos seus atos pelo controle externo Congresso Nacional e pelo Poder Judiciário. 18

19 Ex. 3: o Congresso Nacional pode sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (art. 48, V). Quem elabora o decreto regulamentar ou a lei delegada é o poder Executivo. Mas o Legislativo pode sustar esses dois atos (se extrapolarem os limites). Ex. 4: art. 101, parágrafo único: Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. Estão vendo? O STF é o mais alto Tribunal do Poder Judiciário, mas quem escolhe seus ministros é o Executivo (e o Legislativo ainda tem que aprovar). Assim como essas, existem uma série de interferências de um poder nos outros. É o sistema de freios e contrapesos agindo. Por fim, lembre-se de que o DF não tem judiciário próprio, sendo o poder judiciário do DF organizado e mantido pela União. 5. OBJETIVOS FUNDAMENTAIS Continuando a leitura da Constituição, encontramos no artigo 3º os objetivos fundamentais. Eles visam a assegurar a igualdade material (aquela de verdade ) aos brasileiros, possibilitando iguais oportunidades a fim de concretizar a democracia econômica, social e cultural e tornar efetivo o fundamento da dignidade da pessoa humana. Os objetivos fundamentais são metas que o Estado brasileiro deve perseguir e alcançar. Observe: Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Fique atento! São 4 os objetivos e todos eles começam com um verbo! 19

20 6. PRINCÍPIOS QUE REGEM O BRASIL EM SUAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS No artigo 4º, a Constituição nos traz como o Brasil deve atuar quando for se relacionar com outros Estados. Esses princípios podem ser divididos, para fins didáticos, em 3 grupos: 1 Princípios ligados à independência nacional - Independência nacional - Autodeterminação dos povos - Não-Intervenção - Igualdade entre os Estados - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade 2 Princípios ligados à pessoa humana - Prevalência dos direitos humanos - Concessão de asilo político 3 Princípios ligados à paz - Defesa da paz - Solução pacífica dos conflitos - Repúdio ao terrorismo e ao racismo 7. INTEGRAÇÃO DOS POVOS DA AMÉRICA LATINA Finalmente, o parágrafo único do art. 4 nos diz que o Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Observe que o Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América LATINA! Não é América do Sul, não é do MERCOSUL e não é da América! Essa questão cai bastante em provas! ESQUEMATIZANDO: 20

21 Forma de Estado: FEDERAÇÃO Forma de Governo: República Sistema de Governo: Presidencialismo Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia. CURSO REGULAR Fundamentos - soberania; - cidadania - dignidade da pessoa humana; - valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; - pluralismo político. SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ Titularidade do Poder: POVO Democracia no Brasil: Semidireta ou participativa: - o poder é exercido - Pelos representantes (indiretamente) E - Pelo povo (diretamente) Sufrágio universal Voto direto, secreto e igualitário Plebiscito Referendo Iniciativa popular de lei Separação - Os poderes são dos poderes - independentes - harmônicos entre si - Os poderes possuem funções típicas e atípicas - Funções TÍPICAS - Executivo: Administração - Judiciário: Jurisdição - Legislativo - Legislar - Fiscalizar - Sistema de freios e contrapesos - O judiciário do DF é organizado e mantido pela União (o DF não possui judiciário próprio) Objetivos fundamentais - construir uma sociedade livre, justa e solidária; - garantir o desenvolvimento nacional; - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 21

22 Princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais CURSO REGULAR 1 Princípios ligados à independência nacional 2 Princípios ligados à pessoa humana - Independência nacional - Autodeterminação dos povos - Não-Intervenção - Igualdade entre os Estados - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade - Prevalência dos direitos humanos - Concessão de asilo político 3 Princípios ligados à paz - Defesa da paz - Solução pacífica dos conflitos - Repúdio ao terrorismo e ao racismo 22

23 EXERCÍCIOS CURSO REGULAR 1. (CESPE FUB) O regime político adotado na CF caracteriza a República Federativa do Brasil como um estado democrático de direito em que se conjuga o princípio representativo com a participação direta do povo por meio do voto, do plebiscito, do referendo e da iniciativa popular. Isso mesmo. A CF estabelece nosso regime político como sendo um Estado democrático de Direito, isso significa que o Estado deve obedecer às normas por ele criadas. Além disso, a CF diz que todo poder emana do povo e que os seus representantes devem ser eleitos (sistema representativo). Gabarito: Certo. 2. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Não poderá ser objeto de deliberação a proposta de emenda constitucional tendente a abolir a forma federativa de governo, por se tratar de cláusula pétrea. Meus alunos, a questão copia a letra da CF, utilizando-se, com o intuito de te confundir, a expressão forma federativa de governo, ao invés da maneira correta: forma federativa de Estado. Gabarito: Errado. 3. (CESPE SUFRAMA - Agente Administrativo) O Poder Executivo federal é exercido pelo presidente da República e tem como um de seus fundamentos a soberania Aí passou longe! Quem tem a soberania como um de seus fundamentos é a República Federativa do Brasil e não o Poder Executivo! Fundamentos - soberania; - cidadania - dignidade da pessoa humana; - valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; - pluralismo político. Gabarito: Errado. 4. (CESPE TJ-CE - Analista Judiciário) Os fundamentos da República Federativa do Brasil incluem, entre outros, a dignidade da pessoa humana, o pluralismo político e a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. 23

24 A questão mistura, entre os fundamentos da República, um de seus objetivos. Dessa forma, vamos analisar os fundamentos da RFB, de acordo com a Constituição Federal, em seu artigo 1º: I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Já quanto aos objetivos fundamentais, vamos ao art. 3º da CF: Gabarito: Errado. I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 5. (CESPE ANTAQ) A concessão de asilo político é princípio norteador das relações internacionais brasileiras, conforme expressa disposição do texto constitucional. Vamos relembrar os princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais: 24

25 1 Princípios ligados à independência nacional 2 Princípios ligados à pessoa humana - Independência nacional - Autodeterminação dos povos - Não-Intervenção - Igualdade entre os Estados - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade - Prevalência dos direitos humanos - Concessão de asilo político CURSO REGULAR 3 Princípios ligados à paz Gabarito: Certo. - Defesa da paz - Solução pacífica dos conflitos - Repúdio ao terrorismo e ao racismo 6. (CESPE TJ-SE - Analista Judiciário) O pluralismo político traduz a liberdade de convicção filosófica e política, assegurando aos indivíduos, além do engajamento pluripartidário, o direito de manifestação de forma apartidária. O pluralismo político é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, inserido na CF em seu art.1º, V. Além disso, como a questão trouxe, os cidadãos podem manifestar suas idéias, crenças e filosofias também de forma de apartidária. Uma observação sobre um peguinha dessa questão: a questão não disse que uma pessoa pode se filiar a dois partidos, ok? O uso do termo engajamento é mais amplo e foi muito bem utilizado na questão. Gabarito: Certo. 7. (CESPE TC-DF - Técnico de Administração Pública) Ao implementar ações que visem reduzir as desigualdades sociais e regionais e garantir o desenvolvimento nacional, os governos põem em prática objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil A redução das desigualdades sociais e regionais e a garantia do desenvolvimento social estão inseridas nos objetivos fundamentais da RFB. Vamos relembrar todos os objetivos fundamentais estudados: 25

26 Objetivos fundamentais Gabarito: Certo. CURSO REGULAR - construir uma sociedade livre, justa e solidária; - garantir o desenvolvimento nacional; - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 8. (CESPE Câmara dos Deputados Consultor Legislativo) A democracia brasileira é indireta, ou representativa, haja vista que o poder popular se expressa por meio de representantes eleitos, que recebem mandato para a elaboração das leis e a fiscalização dos atos estatais. A democracia brasileira é, na verdade, semidireta ou participativa. Isso significa que os representantes são eleitos pelo povo e elaboram as políticas públicas. O PODER, dessa forma, é exercido diretamente pelo povo e indiretamente pelos seus representantes. Relembrando: Democracia no Brasil: Semidireta ou participativa: - o poder é exercido - Pelos representantes (indiretamente) E - Pelo povo (diretamente) Sufrágio universal Voto direto, secreto e igualitário Plebiscito Referendo Iniciativa popular de lei Gabarito: Errado. 9. (CESPE Câmara dos Deputados Consultor Legislativo) A República Federativa do Brasil, constituída como Estado democrático de direito, visa garantir o pleno exercício dos direitos e garantias fundamentais, incluindo-se, entre seus fundamentos, a cidadania e a dignidade da pessoa humana. É exatamente isso! A cidadania e a dignidade da pessoa humana estão entre os fundamentos da RFB. Além deles, encontramos também a soberania, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político. Todos estão localizados no art. 1º, I ao V da CF88. Gabarito: Certo. 26

27 10. (CESPE SUFRAMA - Agente Administrativo) A CF propugna, de forma específica, a integração econômica, política, social e cultural do Brasil com os povos da América Latina. A RFB rege-se, nas suas relações internacionais, por princípios previstos no art. 4º da CF. Assim, no parágrafo único do mesmo artigo, o texto constitucional nos traz a informação de que o Brasil buscará, de fato, a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, objetivando formar uma comunidade latino-americana de nações. Atenção! O Brasil buscará essa integração com os povos da América LATINA e não da América do Sul, nem do MERCOSUL ou América. Gabarito: Certo. 11. (CESPE CADE) Os valores sociais da livre iniciativa e a livre iniciativa são princípios da República Federativa do Brasil; o primeiro é um fundamento, e o segundo, um princípio geral da atividade econômica. É isso aí! Encontramos o primeiro como um fundamento da RFB no art. 1º, IV da CF. Já a livre iniciativa, como princípio geral da atividade econômica, está localizado no art. 170 da CF88. Gabarito: Certo. 12. (CESPE Polícia Federal Nível Superior) A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos estados, municípios e Distrito Federal (DF), adota a federação como forma de Estado. A federação é a forma de Estado adotada no Brasil. Dessa forma, a federação se baseia na descentralização de unidades autônomas, os estados e municípios e uma unidade central, a União. O texto é quase a cópia do art. Art. 1º: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...). Gabarito: Certo. 13. (CESPE Polícia Federal Nível Superior) O estabelecimento pela CF de que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos seus termos, evidencia a adoção da democracia semidireta ou participativa. 27

28 É esse o conceito de democracia semidireta ou participativa. Os representantes são eleitos pelo povo e, através dos seus mandatos, elaboram as leis e demais políticas públicas. O art. 14 da CF nos diz como o povo exercerá diretamente o poder: Gabarito: Certo. Sufrágio universal Voto direto, secreto e igualitário Plebiscito Referendo Iniciativa popular de lei 14. (FCC MANAUSPREV - Analista Previdenciário) Nas suas relações internacionais, conforme dispõe a Constituição Federal, a República Federativa do Brasil rege-se, dentre outros, pelos princípios da: a) concessão de asilo político, não intervenção e pluralismo político. b) garantia do desenvolvimento nacional, autodeterminação dos povos e igualdade entre os gêneros. c) defesa da paz, prevalência dos direitos humanos e pluralismo político. d) solução pacífica dos conflitos, igualdade entre os gêneros e erradicação da pobreza. e) autodeterminação dos povos, defesa da paz e não intervenção. Questão beeeem tranquila, pessoal! Vamos revisar: Princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais 1 Princípios ligados à independência nacional 2 Princípios ligados à pessoa humana - Independência nacional - Autodeterminação dos povos - Não-Intervenção - Igualdade entre os Estados - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade - Prevalência dos direitos humanos - Concessão de asilo político 3 Princípios ligados à paz - Defesa da paz - Solução pacífica dos conflitos - Repúdio ao terrorismo e ao racismo Gabarito: E. 28

29 15. (FCC TRE-RR - Técnico Judiciário) Nos termos da Constituição de 1988, são fundamentos da República Federativa do Brasil, dentre outros: a) soberania, cidadania e pluralismo político. b) cidadania, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e inafastabilidade da jurisdição. c) dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e função social da propriedade. d) soberania, igualdade e liberdade. e) dignidade da pessoa humana, direito à vida e à saúde e fraternidade. Mais uma bem tranquila: Fundamentos - soberania; - cidadania - dignidade da pessoa humana; - valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; - pluralismo político. SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ Os demais direitos citados na questão são direitos fundamentais e não fundamentos da RFB. Gabarito: A. 16. (FCC SEFAZ-PI - Analista do Tesouro Estadual) Na Constituição brasileira de 1988, o pluralismo político é um dos: a) fundamentos da República Federativa do Brasil. b) objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil. c) princípios da República Federativa do Brasil. d) direitos fundamentais dela constantes. e) direitos políticos dela constantes. De acordo com o art. 1º, V, o pluralismo político é um dos fundamentos da RFB. Gabarito: A. 17. (FCC SEFAZ-PE - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual) A República Federativa do Brasil rege-se, nas suas relações internacionais, pelos seguintes princípios: 29

30 a) concessão de refúgio e asilo político. CURSO REGULAR b) observância das decisões dos organismos internacionais e defesa da paz. c) repúdio ao terrorismo, ao racismo e à discriminação de gênero. d) cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e autodeterminação dos povos. e) solução pacífica dos conflitos e respeito à neutralidade. Podemos responder à questão apenas observando o art. 4º da CF88, onde estão explicitados os princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais. Vamos relembrar: 1 Princípios ligados à independência nacional - Independência nacional - Autodeterminação dos povos - Não-Intervenção - Igualdade entre os Estados - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade 2 Princípios ligados à pessoa humana - Prevalência dos direitos humanos - Concessão de asilo político 3 Princípios ligados à paz - Defesa da paz - Solução pacífica dos conflitos - Repúdio ao terrorismo e ao racismo Gabarito: D. 18. (FCC TCE-PI - Auditor Fiscal de Controle Externo) O art. 1º da Constituição Federal, ao afirmar que a (I) República (II) Federativa do Brasil (...) constitui-se em (III) Estado Democrático de Direito, definiu, respectivamente, os seguintes aspectos do Estado brasileiro: a) sistema político, forma de Estado e forma de governo. b) forma de governo, sistema político e sistema jurídico. c) forma de governo, forma de Estado e regime de governo. d) sistema político, forma de Estado e sistema jurídico. e) forma de governo, sistema jurídico e sistema político. A República é a nossa forma de Governo, ou seja, a forma como se relacionam os governantes e governados quanto à administração, por aqueles, da coisa pública (ou res publica). 30

31 Por outro lado, quando falamos em federação, estamos falando da forma de estado onde existe uma unidade central, ou seja, a União, integrada com as unidades autônomas e descentralizadas, que são os estados e municípios. Já o Estado democrático de direito é o nosso regime de governo (a democracia). Também podemos responder a questão somente olhando o seguinte esquema: Forma de Estado: FEDERAÇÃO Forma de Governo: República Sistema de Governo: Presidencialismo Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia. Gabarito: C. 19. (FCC AL-PE - Agente Legislativo)... Quando, na mesma pessoa ou no mesmo corpo de magistratura, o poder legislativo está reunido ao poder executivo, não existe liberdade; porque se pode temer que o mesmo monarca ou o mesmo senado crie leis tirânicas para executá-las tiranicamente. Tampouco existe liberdade se o poder de julgar não for separado do poder legislativo e do executivo. Se estivesse unido ao poder legislativo, o poder sobre a vida e a liberdade dos cidadãos seria arbitrário, pois o juiz seria legislador. Se estivesse unido ao poder executivo, o juiz poderia ter a força de um opressor. Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as querelas entre os particulares... (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Capítulo VI) No texto acima transcrito, o autor defende a ideia contida no princípio da: a) dignidade da pessoa humana. b) separação de poderes. c) prevalência dos direitos humanos. d) igualdade. e) soberania do Estado. Pessoal, essa questão fala sobre a separação dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, impedindo que um prevaleça sobre outro e também que mais de um deles seja desempenhado pela mesma pessoa. Dessa forma, é possível manter a independência e harmonia entre esses poderes, evitando abusos e excessos por parte do Estado. 31

32 Gabarito: B. CURSO REGULAR 20. (FCC TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa) A dignidade da pessoa humana, no âmbito da Constituição Brasileira de 1988, deve ser entendida como: a) uma exemplificação do princípio de cooperação entre os povos para o progresso da humanidade reconhecida pela Constituição. b) um direito individual garantido somente aos brasileiros natos. c) uma decorrência do princípio constitucional da soberania do Estado Brasileiro. d) um direito social decorrente de convenção internacional ratificada pelo Estado Brasileiro. e) um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito da República Federativa do Brasil. A dignidade da pessoa humana, que está no art. 3º, III da CF88 é um dos fundamentos da nossa República. Lembra-se do mnemônico dos fundamentos? Vamos aproveitar a questão para revisá-lo: Fundamentos - soberania; - cidadania - dignidade da pessoa humana; - valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; - pluralismo político. SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ Gabarito: E. 21. (FCC Prefeitura de Recife - PE Procurador) Entre os princípios que regem, segundo a Constituição Federal, a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais, encontram-se os seguintes: a) defesa da paz, soberania nacional, não-intervenção e repúdio a todas as formas de tratamento desumano ou degradante. b) autodeterminação dos povos, cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e promoção do bem-estar e da justiça social. c) defesa da paz, solução pacífica dos conflitos, não-intervenção e repúdio ao terrorismo e ao racismo. d) soberania nacional, proteção do meio ambiente ecologicamente equilibrado, não intervenção e solução pacífica dos conflitos. 32

33 e) cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, proteção do meio ambiente ecologicamente equilibrado, promoção do bem-estar e da justiça social. Mais uma questão decoreba da FCC. Para respondê-la, basta relembrarmos o conteúdo do art. 4º da CF. Princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais 1 Princípios ligados à independência nacional 2 Princípios ligados à pessoa humana - Independência nacional - Autodeterminação dos povos - Não-Intervenção - Igualdade entre os Estados - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade - Prevalência dos direitos humanos - Concessão de asilo político 3 Princípios ligados à paz - Defesa da paz - Solução pacífica dos conflitos - Repúdio ao terrorismo e ao racismo Gabarito: C. 22. (FCC Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul DPE - Técnico - Área Administrativa) O caput do artigo 1º da Constituição Federal prescreve que A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:... Dentre as possíveis conclusões que se podem extrair do caput do artigo 1º da Constituição Federal, está aquela segundo a qual os Estados, Municípios e Distrito Federal são Estados Nacionais soberanos e regem-se pelo princípio democrático. A soberania é atributo do Estado de não dever obediência a nenhuma outra unidade, tanto no âmbito externo como no interno. A única figura que possui soberania é a República Federativa do Brasil. Os Estados, Municípios e o Distrito Federal possuem autonomia, que é uma liberdade limitada em relação à administração, governo e legislação. Gabarito: Errado. 23. (FCC Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul DPE - Técnico - Área Administrativa) Dentre as possíveis conclusões que se podem extrair do caput do artigo 1º da Constituição Federal, está aquela segundo a qual o Brasil é um Estado Federal, do qual são membros os Estados, Municípios e o Distrito Federal. 33

34 O Brasil tem como forma de Estado a Federação, que é a maneira como o Estado se divide/reparte. A federação pressupõe uma unidade central, chamada União e outras unidades autônomas descentralizadas (no caso do Brasil, estados e municípios). O oposto da federação é o Estado Unitário. Gabarito: Certo. 24. (FCC Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul DPE - Técnico - Área Administrativa) Dentre as possíveis conclusões que se podem extrair do caput do artigo 1º da Constituição Federal, está aquela segundo a qual são Poderes independentes e harmônicos entre si o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Questão bastante maldosa. O seu erro consiste em dizer que a conclusão pode ser extraída do caput do artigo 1º da Constituição Federal. Tal afirmação consta da literalidade do artigo 2º da Carta Magna. Vamos esquematizar tal dispositivo: Separação - Sistema de freios e contrapesos dos poderes - Os poderes são - independentes - harmônicos entre si - O judiciário do DF é organizado e mantido pela União (o DF não possui judiciário próprio) - Os poderes possuem funções típicas e atípicas - Funções TÍPICAS - Executivo: Administração - Judiciário: Jurisdição - Legislativo - Legislar - Fiscalizar Gabarito: Errado. 34

35 III. PODER CONSTITUINTE CURSO REGULAR O Poder Constituinte é o Poder de criar e de modificar uma Constituição. No Brasil, a sua titularidade é sempre do POVO. Ou seja, o poder de criar e de modificar a Constituição brasileira é sempre do povo. Está previsto no art. 1 o, parágrafo único da CF: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Assim, o dono do poder constituinte é sempre o povo, mas esse poder pode ser exercido de duas formas: Indiretamente, ou seja, o povo elege os representantes e estes exercem o poder (em nome do povo); ou diretamente, através de institutos como sufrágio universal; o voto direto, secreto e com valor igual para todos; o plebiscito; o referendo e a iniciativa popular de lei. Esquematizando: PODER CONSTITUINTE É o poder de criar e modificar uma Constituição Titularidade: Povo Exercício do poder - Representantes do Povo (indiretamente) - Povo (diretamente) - Sufrágio universal - Voto direto, secreto e igualitário - Plebiscito - Referendo - Iniciativa popular de lei O Poder constituinte pode ser dividido ainda em Originário, ou seja, aquele que cria uma nova Constituição, e Derivado, ou seja, aquele que modifica a atual Constituição. 35

36 1. O PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO CURSO REGULAR i. Instaura uma nova ordem jurídica rompendo por total com a anterior ii. Tem natureza PRÉ JURÍDICA (pré=antes; jurídica=direito). Assim, o poder constituinte originário, segundo a corrente positivista, vem antes mesmo da ordem jurídica do Estado. É ele quem cria o Direito de um determinado Estado. Existe uma outra corrente, chamada de jus naturalismo e que não é adotada no Brasil, que defende que o poder constituinte originário deve obedecer a algumas normas do chamado direito natural (um direito que vem antes do próprio Estado). iii. Não tem forma pré-definida: pode ser exercido por uma Assembleia Nacional Constituinte, revolução, ou qualquer outro meio que crie uma Constituição. iv. NÃO cabe alegar - direito adquirido frente à nova CF. - ato jurídico perfeito (ao constituinte originário) - coisa julgada De forma bem resumida: o Ato jurídico perfeito: é aquele que cumpriu todos os requisitos para seu aperfeiçoamento, segundo a lei vigente à época que se realizou; o Coisa julgada: é aquela ação que o poder judiciário já julgou e contra a qual não cabe mais recurso; o Direito adquirido: é aquele direito que já foi incorporado ao patrimônio jurídico de uma pessoa, independentemente de já ter sido exercido ou não. Exemplo: se uma pessoa já cumpriu todos os requisitos para se aposentar, mesmo que ela não tenha efetivamente se aposentado, ela já tem o direito adquirido à aposentadoria. v. Outros nomes do Poder - De 1º grau Constituinte Originário - Constituinte - Primário 36

37 - Inicial - é a base do ordenamento jurídico; - Autônomo - não se submete a nenhum outro poder; Características do Poder Constituinte Originário - Ilimitado - Não sofre nenhuma limitação imposta por norma de direito positivo anterior. Lembre-se de que este poder não precisa nem mesmo respeitar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito ou a coisa julgada; - Incondicionado inexiste qualquer procedimento formal pré-estabelecido para que ele se manifeste; - Permanente não se esgota no momento de seu exercício. Dessa forma, ele continua a existir, mesmo depois de elaborada a Constituição. O Poder Constituinte Originário ainda se subdivide em dois: a) Histórico: aquele que cria uma Constituição pela primeira vez. Ex: CF de O Brasil era uma colônia de Portugal e não tinha soberania. Assim, o Brasil não era um Estado e não tinha Constituição própria. Quando ocorreu a independência do Brasil em 1822, nosso país passou a possuir, pela primeira vez, os três requisitos para se tornar um Estado: povo, soberania e território. Dessa forma, a CF de 1824 organizou pela primeira vez o Estado brasileiro, sendo a única constituição brasileira que utilizou o poder constituinte originário histórico. b) Revolucionário: aquele que cria todas as demais constituições. Ex: 1891, 1934, 1937, 1946, 1967,

38 2. O PODER CONSTITUINTE DERIVADO CURSO REGULAR Já o poder constituinte derivado é o poder de se modificar uma constituição. Ao contrário do originário, este poder é limitado e condicionado aos procedimentos impostos pela própria CF. Outros nomes do Poder Constituinte Derivado - De 2º grau - Constituído - Secundário - Instituído A CF pode ser modificada através de dois procedimentos: a Emenda Constitucional e a Revisão Constitucional. a) Emenda Constitucional: é a modificação do texto da CF através do procedimento previsto no art. 60, 2º, ou seja, 2 turnos de votação e aprovação por 3/5 dos votos em cada Casa do Congresso Nacional. Este tipo de reforma pode ser feita a qualquer tempo e pode ser proposta por: - 1/3 da Câmara dos Deputados - 1/3 do Senado Federal - Presidente da República - Mais da metade das assembleias legislativas, manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de seus membros. b) Revisão Constitucional: é a modificação do texto da CF através do procedimento previsto no art. 3º do ADCT (Ato Das Disposições Constitucionais Transitórias). A Revisão Constitucional é um procedimento mais simplificado de alteração da CF e só pode ser feito uma ÚNICA vez: 5 anos após a promulgação da CF. Dessa forma, este tipo de reforma não pode mais ser feito. A título de curiosidade, apenas 6 emendas de revisão foram feitas. Confira aqui: O procedimento a ser seguido é a aprovação por maioria absoluta e sessão unicameral. 38

39 Por fim, vale lembrar que os estados não podem ter esse tipo de reforma constitucional. Existe ainda um outro tipo de Poder Constituinte Derivado: o Decorrente. Este é o poder de os Estados-Membros se auto-organizarem, ou seja, de elaborarem as suas respectivas constituições estaduais. O poder constituinte derivado decorrente está previsto no art. 11 do ADCT e, além disso, duas observações são importantes: a) O DF não tem constituição estadual (com esse nome). Ele possui uma Lei Orgânica, que tem status de constituição estadual e é fruto do poder constituinte derivado decorrente. b) Os municípios não possuem o Poder Constituinte Derivado Decorrente. Assim, as Leis Orgânicas Municipais não possuem status de constituição do município. Essa classificação do poder constituinte é a mais utilizada pelas bancas. No entanto, existe outra classificação parecidíssima e que vira e mexe cai em prova. Na verdade, os conceitos permanecem os mesmos e as informações também. Apenas a nomenclatura muda um pouco. Observe o esquema abaixo. Esquematizando: 39

40 - Originário - Histórico - Que estrutura o Estado pela 1ª vez - O verdadeiro originário CURSO REGULAR - Revolucionário - Todos os demais , 1934, 1937, 1946, 1967, 1988 Poder Constituinte - - Reformador - Modificar a CF pela EC - Procedimento mais difícil - EC (2T e 3/5) - Único meio possível de modificar formalmente a CF atualmente - Reprodução obrigatória nos Estados - Promulgada pelas Mesas da CD + SF - Legitimados - 1/3 CD ou SF para propor - Presidente da República PEC - + da 1/2 das assembleias legislativas, manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de seus membros. - Derivado - Revisão Constitucional - Também modifica o texto da CF - Procedimento + simples - Maioria Absoluta - 5 anos após a promulgação da CF88 - Revisor - Não pode mais ser feito - Sessão unicameral - art. 3º ADCT - Tinha limites formais e materiais - Estados NÃO podem ter esse tipo de reforma const - Promulgadas pela MesaCN - Decorrente - Auto-organização - Elaborar as CEs o Outra classificação importante: Poder - Originário Histórico Constituinte Revolucionário - Derivado Reformador De Emenda Decorrente De Revisão 40

41 3. O PODER CONSTITUINTE DIFUSO CURSO REGULAR Essa é uma classificação bastante incomum do poder constituinte, mas, às vezes, é cobrada nas provas. Antes de vê-la, devemos ter em mente dois conceitos importantíssimos e que SEMPRE são cobrados: Reforma e mutação constitucional A Constituição pode ser alterada de duas formas. A primeira delas é a modificação do texto da Carta Magna, ou seja, há um procedimento formal que atinge o texto da CF por meio de uma Emenda Constitucional ou pela Emenda de Revisão. Esse tipo de modificação é chamado de reforma constitucional. A segunda forma de se modificar a Constituição é através da mudança do sentido do seu texto, sem atingir a letra da Lei Maior. Assim, ocorrem atualizações não formais da CF derivadas da evolução dos costumes e valores da sociedade, não atingindo o seu texto. Esse tipo de modificação da Constituição é chamado de mutação constitucional. Exemplo de reforma constitucional: o texto original do artigo 16 da CF era o seguinte: A lei que alterar o processo eleitoral só entrará em vigor um ano após sua promulgação. Após a Emenda Constitucional nº 4, de 1993, o texto passou a ser o seguinte: Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. Estão vendo? Há uma alteração no próprio texto da CF. Ela é reescrita. Já um exemplo de mutação constitucional foi a nova interpretação dada ao art. 226, 3º da CF88. Observe o texto daquele dispositivo: Art. 226, 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. Antigamente, para fins deste artigo, somente se considerava a união estável entre um homem e uma mulher. No entanto, o Supremo Tribunal 41

42 Federal deu novo entendimento a esse dispositivo para incluir os casais homossexuais (ADI 4277/DF e ADPF 132/RJ). Perceberam? O texto da Constituição não foi modificado, mas o seu sentido mudou completamente. Ocorreu uma mutação constitucional. Agora que você já sabe o que é a mutação constitucional, saiba que o poder constituinte difuso é o poder que os agentes políticos possuem para promover a mutação constitucional, ou seja, de dar uma nova interpretação a um termo da Constituição, sem alterar seu texto. 4. LIMITES AO PODER DE REFORMA As emendas constitucionais devem obedecer a alguns limites impostos pelo Poder Constituinte Originário. Esses limites podem estar expressos, ou seja, escritos na própria Constituição, ou ainda implícitos, ou seja, não estão escritos na CF, mas decorrem de sua leitura e interpretação. 4.1 OS LIMITES EXPRESSOS Os limites ao poder de reforma que estão expressos no texto constitucional podem ser de quatro tipos: circunstanciais, temporais, formais ou materiais. I. Limites circunstanciais: são determinados contextos onde a Constituição não pode ser alterada. A CF prevê que não poderá haver alterações em seu texto na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Essa limitação se justifica porque esses são contextos de grave comoção nacional, onde se pode, facilmente, fazer modificações oportunistas na CF (que estão em desacordo com os direitos fundamentais, por exemplo). II. Limites temporais: os limites temporais se relacionam a períodos de tempo nos quais a Constituição não pode ser emendada. Exemplo: durante xyz anos, a Constituição não poderá ser emendada. Observe que NÃO EXISTEM limitações temporais na CF

43 Muito cuidado para não confundir a limitação temporal com o prazo de cinco anos para a revisão constitucional (que não é uma limitação temporal). Explicando: o artigo 3º do ADCT trouxe a possibilidade de se fazer, após 5 anos da promulgação da CF88, uma modificação simplificada da CF. Ao invés do procedimento normal, ou seja, 2 turnos de votação e aprovação de 3/5 dos votos em cada Casa do Congresso Nacional, as emendas de revisão poderiam ser aprovadas por maioria absoluta e sessão unicameral. Mas Roberto, se eu devo esperar 5 anos para fazer a revisão constitucional, isso não seria uma limitação temporal? NÃO! Isso porque, durante os cinco primeiros anos, a Constituição poderia ser emendada normalmente, desde que fosse seguido o procedimento da emendas constitucionais comuns: 2 turnos de votação e aprovação de 3/5 dos votos em cada Casa do CN. III. Limites materiais: os limites materiais são conteúdos que possuem regras especiais. Observe o artigo 60, 4º: Art. 60, 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; IV - os direitos e garantias individuais. II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; Essas são as famosas CLÁUSULAS PÉTREAS: a forma federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, a separação dos Poderes e os direitos e garantias INDIVIDUAIS (os direitos sociais, políticos e dos partidos políticos não são cláusulas pétreas). Um mnemônico bastante útil para saber quais são as cláusulas pétreas é o FO-DI-VO-SE. A expressão não será objeto de deliberação significa que não poderá sequer tramitar em qualquer das Casas do CN uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que desrespeite esse dispositivo. 43

44 Já a expressão tendente a abolir significa que não pode haver PEC que tenda a suprimir, restringir indevidamente ou que viole a essência dessas matérias. Observe que uma cláusula pétrea pode sim ser modificada, desde que seja protegido o seu núcleo essencial. Pode-se, por exemplo, aumentar o número de direitos individuais, ou fortalecer a forma federativa de Estado. Pode-se até enfraquecer uma cláusula pétrea, DESDE QUE DEVIDAMENTE. Exemplo: se for adicionado um direito individual que entre em confronto com outro direito individual (ex: direito à intimidade e à liberdade de expressão), deve-se interpretar a Constituição de forma que os dois direitos se equilibrem, podendo, desde que devidamente e obedecendo o princípio da razoabilidade, diminuir o alcance de um deles em prol do outro. IV. Limites formais: Os limites formais se referem ao procedimento pelo qual as emendas constitucionais devem passar para que tenham formação regular. Eles podem ser em relação aos legitimados para propor uma EC, ao quórum de votação, à promulgação e à irrepetibilidade. Vamos estudar cada uma delas: a) Legitimados para propor PEC: são apenas quatro os legitimados para propor uma Emenda Constitucional (IMPORTANTÍSSIMO!): o Presidente da República; o 1/3 da Câmara dos Deputados o 1/3 do Senado Federal; o Mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. b) Quórum de votação: para ser válida, a PEC deve ser votada em 2 turnos de votação e aprovada por 3/5 dos membros em cada uma das Casas do Congresso Nacional. Observe ainda que o quórum de 3/5 é de repetição obrigatória nos estados, mas não o é no DF e nos municípios. Isso ocorre porque estes não possuem Constituição e sim uma Lei Orgânica, que deve ser votada em dois turnos, com o interstício mínimo de 44

45 dez dias, e aprovada por 2/3 dos membros da Câmara Municipal ou da Câmara Legislativa do DF. c) Promulgação: as emendas constitucionais serão promulgadas pelas Mesas da Câmara e do Senado. Lembre-se de que NÃO HÁ SANÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA EM PEC (essa informação é muito cobrada em provas!). d) Irrepetibilidade em PEC: a CF estabelece que a PEC rejeitada ou prejudicada não pode ser objeto de nova PEC na mesma sessão legislativa. 4.2 OS LIMITES IMPLÍCITOS Os limites implícitos são aqueles que, embora não estejam escritos na Constituição, podem ser depreendidos de sua leitura, tais como: A titularidade do poder constituinte originário e derivado, que será sempre do povo. O processo de modificação da Constituição não pode ser alterado. Dessa forma, não pode haver uma Emenda Constitucional mudando o procedimento de alteração da CF para 3 turnos (ao invés de 2) ou aprovação por maioria absoluta (ao invés dos 3/5). Não pode ser criada uma nova Revisão Constitucional. Assim, a única hipótese deste tipo de revisão já foi exaurida e não se pode criar outra por Emenda Constitucional. Vedação à dupla revisão: como vimos, não pode haver uma PEC tendente a abolir as cláusulas pétreas. Uma parte da doutrina defendia que esse dispositivo poderia ser contornado se fosse feita uma Emenda Constitucional revogando o artigo que fala das cláusulas pétreas e depois fosse feita outra Emenda Constitucional abolindo aquelas matérias. Essa seria a dupla revisão: primeiro se faz uma EC revogando o artigo 60, 4º; segundo, se faz uma outra EC restringindo aquelas matérias que eram protegidas e não são mais (pois o artigo estaria revogado). Atenção porque a dupla revisão não pode ser feita no Brasil! 45

46 EXERCÍCIOS CURSO REGULAR 25. (CESPE TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária) As constituições estaduais promulgadas pelos estados-membros da Federação são expressões do poder constituinte derivado decorrente, cujo exercício foi atribuído pelo poder constituinte originário às assembleias legislativas. O poder constituinte derivado se divide em três: poder reformador, revisor (estes dois destinados a reformar o texto da Constituição Federal) e o poder decorrente, que é a capacidade de os estados elaborarem as suas constituições estaduais. Além disso, quem elabora as constituições estaduais é o Poder Legislativo estadual, materializado nas Assembleias Legislativas Estaduais. Gabarito: Certo. 26. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Não poderá ser objeto de deliberação a proposta de emenda constitucional tendente a abolir a forma federativa de governo, por se tratar de cláusula pétrea. Meus alunos, a questão copia a letra da CF, utilizando-se, com o intuito de te confundir, a expressão forma federativa de governo, ao invés da maneira correta: forma federativa de Estado. Gabarito: Errado. 27. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Segundo a doutrina, os procedimentos de reforma constitucional classificam-se em emenda e revisão, não tendo este último sido aceito pela Constituição Federal de 1988(CF). Diferentemente da afirmativa, existem dois procedimentos aplicáveis às modificações do texto constitucional. O primeiro deles é a emenda constitucional, que se caracteriza pela modificação do texto da CF através de dois turnos de votação no CN, com aprovação de 3/5 dos votos em cada casa (a Emenda Constitucional normal, que usamos até hoje). Já a segunda possibilidade é a revisão constitucional, que só pode ser feita uma única vez, em até 5 anos após a promulgação da CF e foi prevista no art. 3º do ADCT: A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto 46

47 da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral. Gabarito: Errado. 28. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) O titular do poder constituinte é o povo, que, no Brasil, engloba tanto os brasileiros natos quanto os naturalizados. O artigo 12 da CF, 2º, garante que a lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. Além disso, a CF não traz qualquer diferenciação entre brasileiros quanto à titularidade do poder constituinte. Veja o art. 1º, Parágrafo único: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Gabarito: Certo. 29. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) O poder constituinte originário tem o condão de instaurar uma nova ordem jurídica por meio de uma nova constituição ou mesmo de um ato institucional. O poder constituinte originário, de fato, tem o poder de estabelecer uma nova ordem jurídica. Além disso, ele não possui uma forma prédefinida, podendo-se criar uma nova CF por meio de uma Assembleia Nacional Constituinte, revolução, ato institucional ou qualquer outra forma. Gabarito: Certo. 30. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Considere que, por emenda constitucional, tenha sido expressamente revogada a previsão do voto direto, secreto, universal e periódico como cláusula pétrea e que, em seguida, nova emenda tenha estabelecido o voto censitário e aberto. Nessa situação, as mudanças efetivadas, apesar de questionáveis socialmente, estão de acordo com o ordenamento constitucional brasileiro vigente. A questão trata da vedação à dupla revisão. Como sabemos, não pode haver uma PEC tendente a abolir as cláusulas pétreas. Uma parte da doutrina defendia que esse dispositivo poderia ser contornado se fosse feita uma Emenda Constitucional revogando o artigo que fala das 47

48 cláusulas pétreas e depois fosse feita outra Emenda Constitucional abolindo aquelas matérias. Essa seria a dupla revisão: primeiro se faz uma EC revogando o artigo 60, 4º; segundo, se faz uma outra EC restringindo aquelas matérias que eram protegidas e não são mais (pois o artigo estaria revogado). Atenção porque a dupla revisão não pode ser feita no Brasil! Gabarito: Errado. 31. (CESPE TJ-SE - Técnico Judiciário) O poder constituinte dos estados, dada a sua condição de ente federativo autônomo, é soberano e ilimitado. Negativo! Os estados possuem o poder de se organizar, criando sua própria Constituição estadual. Este é o poder constituinte derivado decorrente. No entanto, tal poder é limitado e deve obedecer a uma série de regras e limites impostos pelo poder constituinte originário. Gabarito: Errado. 32. (CESPE TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros) No Brasil, somente será possível alterar a forma federativa do Estado se houver aprovação de três quintos dos votos dos membros de cada casa do Congresso Nacional. A forma federativa de Estado é uma cláusula pétrea e não pode ser modificada, nem por Emenda à Constituição. Vamos revisar as demais cláusulas pétreas: I - a forma federativa de Estado; IV - os direitos e garantias individuais. II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; Gabarito: Errado. 33. (CESPE TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros) A CF possui cláusulas pétreas implícitas, existindo limitações ao poder de reforma constitucional que não estão expressamente indicadas em seu texto. Isso mesmo. Os limites implícitos são aqueles que, embora não estejam escritos na Constituição, podem ser depreendidos de sua leitura, tais como a inalterabilidade da titularidade do poder constituinte, o processo de modificação da Constituição, a proibição de 48

49 ser criada uma nova Revisão Constitucional e a vedação à dupla revisão. Gabarito: Certo. 34. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) De acordo com a corrente doutrinária majoritária, o município é titular, nos limites estabelecidos pela CF, do poder constituinte derivado decorrente. Aí não! O poder constituinte derivado decorrente é o poder de os estados da federação elaborarem suas próprias constituições estaduais. Assim, o titular são os estados e não os municípios. Lembre-se de que os Municípios possuem lei orgânica, que não têm status de Constituição municipal. Gabarito: Errado. 35. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) O poder constituinte reformador é implícita e explicitamente limitado, ao passo que o poder constituinte originário é ilimitado, não devendo reverência ao direito anterior ou aos valores sociais. O gabarito original da questão é errado, uma vez que a banca tentou adotar a doutrina minoritária sem dar indícios disso na questão. Assim, apesar de haver doutrina contrária, o item está correto, conforme a doutrina majoritária. Vamos relembrar: - Inicial - é a base do ordenamento jurídico; - Autônomo - não se submete a nenhum outro poder; Características do Poder Constituinte Originário - Ilimitado - Não sofre nenhuma limitação imposta por norma de direito positivo anterior. Lembre-se de que este poder não precisa nem mesmo respeitar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito ou a coisa julgada; - Incondicionado inexiste qualquer procedimento formal pré-estabelecido para que ele se manifeste; - Permanente não se esgota no momento de seu exercício. Dessa forma, ele continua a existir, mesmo depois de elaborada a Constituição. 49

50 Gabarito: Certo. (gab. do professor) CURSO REGULAR 36. (CESPE TCE-PB Procurador) A vedação à emenda da CF durante os estados de defesa e de sítio constitui uma limitação temporal ao poder constituinte derivado reformador. Esse é um peguinha clássico! Não existem limitações temporais na CF88! Essa é uma limitação circunstancial! Gabarito: Errado. 37. (CESPE PGE-BA - Procurador do Estado) O procedimento de emenda constitucional previsto no texto da Constituição baiana obedece ao princípio da simetria. Com certeza! Todas as normas do processo legislativo são de reprodução obrigatórias nos estados e nos municípios, no que for cabível. Assim, o procedimento de alteração das constituições estaduais deve ser também 2 turnos e 3/5 dos votos da Assembleia Legislativa. Gabarito: Certo. 38. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) As cláusulas pétreas existentes na CF estão dispostas apenas em seu artigo quinto, referente aos direitos e às garantias fundamentais. Excelente questão! Você deve se lembrar de que os direitos e garantias fundamentais não estão dispostos apenas no art. 5º da Constituição Federal, mas sim em todo o seu texto. Dessa forma, não é apenas o art. 5º que é uma cláusula pétrea. Como exemplo, temos o princípio da anterioridade eleitoral (art. 16) e o da anterioridade tributaria (art. 150, III, b). Gabarito: Errado. 39. (CESPE PGE-PI - Procurador do Estado Substituto) Emenda constitucional pode determinar que o poder constituinte de revisão se realize a cada cinco anos. Essa é outra limitação implícita: se o constituinte originário quisesse a possibilidade da revisão constitucional a cada 5 anos, ele o teria previsto desde o início. Assim, o processo de modificação da Constituição não pode ser alterado. 50

51 Gabarito: Errado. CURSO REGULAR 40. (CESPE PGE-PI - Procurador do Estado Substituto) A CF não poderá ser emendada na constância do emprego da Força Nacional de Segurança. Cuidado para não confundir! A CF não poderá ser emendada na vigência de estado de defesa ou de sítio! Gabarito: Errado. 41. (CESPE PM-CE - Oficial da Polícia Militar) Segundo a doutrina majoritária, o poder constituinte é permanente, uma vez que, ao contrário da assembleia constituinte, cuja atuação se exaure com a promulgação da Constituição, não desaparece com a entrada em vigor da carta constitucional. Isso aí! O poder constituinte não se esgota quando a Constituição é promulgada, continuando a existir mesmo após a criação da Constituição. Vamos revisar: - Inicial - é a base do ordenamento jurídico; - Autônomo - não se submete a nenhum outro poder; Características do Poder Constituinte Originário - Ilimitado - Não sofre nenhuma limitação imposta por norma de direito positivo anterior. Lembre-se de que este poder não precisa nem mesmo respeitar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito ou a coisa julgada; - Incondicionado inexiste qualquer procedimento formal pré-estabelecido para que ele se manifeste; - Permanente não se esgota no momento de seu exercício. Dessa forma, ele continua a existir, mesmo depois de elaborada a Constituição. Gabarito: Certo. 42. (FCC TCM-GO - Auditor Conselheiro Substituto) Proposta de Emenda à Constituição - PEC subscrita por 27 Senadores, visando à inclusão dos direitos à acessibilidade e mobilidade entre os direitos individuais e coletivos não poderá ser objeto de deliberação, por versar sobre matéria em relação à qual é vedada a atuação do poder de reforma constitucional. 51

52 Não pode haver emenda à Constituição que tenda a abolir uma cláusula pétrea. Mas pode haver uma EC que tenda a fortalecê-las. Gabarito: Errado. 43. (FCC TCM-GO - Procurador do Ministério Público de Contas) O poder de emenda da Constituição Federal não pode ser exercido durante o estado de sítio, o estado de defesa e as intervenções federais e estaduais. Os limites circunstanciais são determinados contextos onde a Constituição não pode ser alterada. A CF prevê que não poderá haver alterações em seu texto na vigência de intervenção FEDERAL, de estado de defesa ou de estado de sítio. Assim, a CF pode ser emendada durante a intervenção estadual. Gabarito: Errado. 44. (FCC TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do trabalho) O filósofo norteamericano John Elster, no seu clássico livro "Ulisses e as sereias" defende a ideia da Constituição como um instrumento de pré-compromisso ou de autolimitação, de acordo com o qual retira-se do alcance das maiorias eventuais direitos que constituem condições de possibilidade para a própria democracia. Servindo-se dessa ideia, a Constituição brasileira de 1988 também se protegeu das paixões partidarizadas e resguardou os seus valores fundamentais das maiorias de ocasião. Nesse sentido, dentre os apresentados, NÃO possui uma proteção jurídica reforçada (superrigidez) em face do poder constitucional de reforma: a) o voto direito, secreto, universal e periódico. b) os direitos e garantias individuais. c) a separação de poderes. d) a forma federativa de Estado. e) a forma e sistema de governo. Questão bem tranquila sobre as cláusulas pétreas (apesar de não haver consenso sobre esse conceito de superrigidez da Constituição de 88). Vamos revisar: I - a forma federativa de Estado; 52

53 IV - os direitos e garantias individuais. CURSO REGULAR II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; Gabarito: E. 45. (FCC TCM-GO - Procurador do Ministério Público de Contas) O poder de emenda da Constituição Federal não pode alterar o regime constitucional da federação brasileira e a extensão dos direitos fundamentais constitucionalmente consagrados. A federação e os direitos individuais são cláusulas pétreas. Além disso, não é que as cláusulas pétreas não podem ser alteradas. Elas podem sim ser alteradas, desde que não se viole o núcleo essencial. Além disso, pode haver alteração para fortalecê-las ou ampliá-las, por exemplo... Além do mais, a questão falou em direitos fundamentais (gênero) e não direitos individuais (espécie de direitos fundamentais) Gabarito: Errado. 46. (FCC TCM-GO - Auditor Conselheiro Substituto) Proposta de Emenda à Constituição - PEC subscrita por 27 Senadores, visando à inclusão dos direitos à acessibilidade e mobilidade entre os direitos individuais e coletivos deverá ser apresentada à Câmara dos Deputados, Casa legislativa em que inicia a tramitação de proposições dessa natureza. As PECs de autoria dos senadores têm início no Senado Federal e não na Câmara dos Deputados. Gabarito: Errado. 47. (FCC TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do trabalho) Thomas Paine afirmou "A vaidade e a presunção de governar para além do túmulo é a mais ridícula e insolente das tiranias". Partindo-se das premissas de que a Constituição é feita para durar (estabilidade), mas que a imutabilidade absoluta é um risco à sua legitimidade, especialmente perante as gerações futuras (adaptabilidade), tem-se que o mecanismo institucional que, de maneira informal, permite a modificação do sentido e do alcance do texto constitucional positivado é a a) Revisão constitucional. b) Mutação constitucional. 53

54 c) Reforma constitucional. CURSO REGULAR d) Assembleia constituinte. e) Emenda constitucional. Uma das formas de se modificar a Constituição é através da mudança do sentido do seu texto, sem atingir a letra da Lei Maior. Assim, ocorrem atualizações não formais da CF derivadas da evolução dos costumes e valores da sociedade, não atingindo o seu texto. Esse tipo de modificação da Constituição é chamado de mutação constitucional. Gabarito: B. 48. (FCC TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário - ADAPTADA) Possui previsão constitucional expressa a regra do processo legislativo segundo a qual a Constituição poderá ser emendada mediante proposta de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. Isso aí! Vamos revisar os legitimados a propor uma Emenda à Constituição: - 1/3 da Câmara dos Deputados - 1/3 do Senado Federal - Presidente da República - Mais da metade das assembleias legislativas, manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de seus membros. Gabarito: Certo. 49. (FCC TCE-CE - Técnico - Administração) Os direitos e garantias fundamentais individuais constituem cláusulas pétreas da Constituição da República Federativa do Brasil. Isso significa dizer que somente podem ser objeto de supressão do Texto Maior pelo legislador constituinte a) originário e pelo derivado, observadas certas condições. b) derivado e, excepcionalmente, pelo originário. c) originário, que deverá respeitar os direitos adquiridos. 54

55 d) originário, apenas. CURSO REGULAR e) originário e, excepcionalmente, pelo derivado. As cláusulas pétreas não podem ser abolidas do texto constitucional. Assim, qualquer alteração que tenda a fazer isso deve ser feita por uma nova Constituição, não podendo ser feita por emenda à Constituição atual. Gabarito: D. 50. (FCC TJ-AP - Juiz) A Assembleia Legislativa do Amapá, ao discutir e promulgar a Constituição do Estado, estava no exercício do poder: a) constituinte derivado reformador, sendo que o texto promulgado, em decorrência do princípio da simetria, submete-se ao controle de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. b) constituinte originário, em razão da autonomia federativa estadual, mas o texto promulgado deve, obrigatoriamente, obedecer aos princípios da Constituição da República. c) legislativo ordinário, sendo que o processo para a aprovação do texto constitucional estadual exige votação, em dois turnos, com interstício mínimo de 10 dias, e aprovação da matéria por 2/3 dos membros da Assembleia Legislativa. d) legislativo extraordinário, sendo que o processo para a aprovação do texto constitucional estadual exige votação, em dois turnos, pela maioria absoluta da Assembleia Legislativa, e posterior ratificação da matéria pelo Congresso Nacional. e) constituinte decorrente, sendo que a Constituição do Estado do Amapá expressamente prevê que poderá ser emendada mediante proposta de mais da metade das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. Item A ERRADO. O Poder Constituinte Derivado Reformador é o utilizado para modificar a Constituição FEDERAL através de Emendas Constitucionais. Dessa forma, não se aplica ao caso de promulgação de uma Constituição, mas apenas para a modificação dela. Item B ERRADO. O Poder Constituinte Originário diz respeito à instauração de uma nova ordem jurídica, possuindo natureza pré jurídica e não possui forma pré-definida. Assim, não se aplica ao caso exposto, uma vez que uma Constituição Estadual já se encontra sob um Estado de Direito e uma Constituição Federal. 55

56 Itens C e D ERRADOS. Não se fala em Poder legislativo Ordinário nem Extraordinário. Além disso, a votação, em dois turnos, com interstício mínimo de 10 dias, e aprovação da matéria por 2/3 dos membros é para a Lei Orgânica do município e não existe ratificação do Congresso Nacional de Constituição Estadual. Item E CERTO. A Assembleia utilizou-se do Poder Constituinte Derivado Decorrente, que é aquele que os Estados-membros possuem para se autoorganizarem e elaborarem suas próprias constituições. Em relação à possibilidade de haver uma EC proposta de mais da metade das Câmaras Municipais do Estado, isso está na Constituição do Amapá (não se preocupe com essa informação para Direito Constitucional, ok?). Gabarito: E. 51. (FCC TCM-GO - Auditor Conselheiro Substituto) Proposta de Emenda à Constituição - PEC subscrita por 27 Senadores, visando à inclusão dos direitos à acessibilidade e mobilidade entre os direitos individuais e coletivos será considerada aprovada se obtiver, em dois turnos, em cada Casa do Congresso Nacional, três quintos dos votos dos respectivos membros. Aí sim! As ECs devem ser aprovadas em dois turnos em cada uma das Casas do Congresso Nacional. Além disso, o quórum é de 3/5 dos votos. Gabarito: Certo. 52. (FCC AL-PE - Agente Legislativo) No Direito Brasileiro, a Constituição Federal pode ser alterada por emenda constitucional, aprovada em dois turnos de votação, por três quintos dos votos dos membros de cada uma das Casas do Congresso Nacional. Esse é o correto procedimento para a proposição de emenda constitucional emanada do Poder Constituinte Derivado (art. 60, 2º). Gabarito: Certo. 53. (FCC AL-PE - Agente Legislativo) No Direito Brasileiro, a Constituição Federal não pode ser alterada, em razão do princípio da supremacia da Constituição. Pelo contrário, poderá ser alterada através de Emendas Constitucionais. A supremacia da Constituição diz respeito à impossibilidade de leis serem formuladas em contradição com o texto constitucional e não sobre a modificação dele. 56

57 Gabarito: Errado. CURSO REGULAR 54. (FCC AL-PE - Agente Legislativo) No Direito Brasileiro, a Constituição Federal não pode ser alterada, em razão do princípio da hierarquia das normas, mas uma nova Constituição pode revogá-la se for decorrente de processo revolucionário legítimo. O fato de a Constituição estar acima de todas as outras leis não cria nenhum impeditivo quanto à sua modificação (a CF pode ser alterada por Emenda à Constituição). Além disso, lembre-se de que o poder constituinte originário não tem forma pré-definida, podendo ser exercido por uma Assembleia Nacional Constituinte, revolução, ou qualquer outro meio que crie uma Constituição. Gabarito: Errado. 55. (FCC AL-PE - Agente Legislativo) No Direito Brasileiro, a Constituição Federal pode ser alterada por leis complementares, aprovadas em dois turnos de votação, por maioria absoluta dos votos dos membros de cada uma das Casas do Congresso Nacional. Esse item forçou a barra! As legislações complementares, como o nome já diz, têm o objetivo de complementar alguns aspectos da própria constituição. No entanto, elas não possuem poder de alterar a Constituição e também devem estar sempre em consonância com ela. Gabarito: Errado. 56. (FCC TCM-GO - Auditor Conselheiro Substituto) Proposta de Emenda à Constituição - PEC subscrita por 27 Senadores, visando à inclusão dos direitos à acessibilidade e mobilidade entre os direitos individuais e coletivos deverá ser arquivada, por vício de iniciativa, pois não foi observado o número mínimo de assinaturas necessárias a essa espécie de proposição. O Senado Federal possui 81 senadores. Assim, 1/3 de 81 é 27. Vamos revisar os legitimados para propor uma PEC: Gabarito: Errado. - Legitimados - 1/3 CD ou SF para propor - Presidente da República PEC - + da 1/2 das assembleias legislativas, manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de seus membros. 57

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59 IV. EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS Nós sabemos que a CF88 é uma constituição do tipo formal, onde só é considerado constituição aquilo que está escrito em seu texto ou o que pode ser depreendido de sua leitura. Assim, todas as normas presentes na constituição possuem a mesma hierarquia e o mesmo status constitucional. No entanto, algumas normas possuem mais eficácia do que outras. ATENÇÃO: isso não significa que elas possuem hierarquia diferente, mas tão somente que possuem mais efeitos!! Todas as normas constitucionais possuem o mesmo status, não havendo normas hierarquicamente superiores às outras. As normas constitucionais podem ser classificadas, quanto à sua eficácia (efeitos) em: a) Normas de Eficácia Plena: possuem efeitos completos desde a edição da CF88, não necessitando de regulamentação por parte de uma lei. Exemplo: Homens e mulheres são iguais nos termos desta CF (art. 5 o,i). Outro exemplo são os remédios constitucionais, como o Habeas Corpus ou o Habeas Data. b) Normas de Eficácia Contida ou Prospectiva: são normas que possuem efeitos completos. No entanto, uma lei posterior pode limitar seus efeitos. Assim, um efeito que antes era amplo, torna-se mais limitado. Exemplo: livre exercício de profissão, nos termos da lei (art. 5 o, XIII). Pode-se exercer qualquer tipo de profissão, independentemente de autorização do governo ou de preenchimento de requisitos. No entanto, uma lei posterior pode vir depois e exigir condições para o exercício da profissão. Nesse caso, o direito que era amplo, passa a ser mais restrito. Como exemplo, desde a promulgação da CF, qualquer um pode exercer a profissão de borracheiro, sem ter que preencher nenhum requisito ou obter autorização. No entanto, se uma lei for promulgada e regulamentar a profissão de borracheiro, em tese, ela pode exigir que, a partir daquele 59

60 momento, essa profissão só poderá ser exercida por profissional com curso em engenharia mecânica. amplo passa a ser mais restrito. Estão vendo? Um direito que era Uma importante e recente observação: Nem todos os ofícios ou profissões podem ser condicionadas ao cumprimento de condições legais para o seu exercício. A regra é a liberdade. Apenas quando houver potencial lesivo na atividade é que pode ser exigida inscrição em conselho de fiscalização profissional (RE /SP). c) Normas de eficácia Limitada ou de Aplicabilidade mediata/reduzida/diferida: Não produz efeitos completos até que norma infraconstitucional a regulamente. Geralmente, ela vem acompanhada das expressões nos termos da lei ou lei disporá sobre. Ex: art. 5 o, VII é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva. A norma só terá efeitos completos quando uma lei efetivamente regulamentar como será essa prestação de assistência religiosa. Uma observação importante é que as normas de eficácia limitada possuem sim efeitos, eles apenas não são completos! Dessa forma, essas normas possuem efeitos como servir de parâmetro para interpretação constitucional, condicionar legislação futura a se adequar a elas, servir de parâmetro para o controle de constitucionalidade e estabelecer um dever para o legislador ordinário. As normas de eficácia limitada ainda são divididas em normas Programáticas e de Princípio Institutivo (ou organizativo). As normas Programáticas são as que estabelecem princípios e programas a serem implementados pelo Estado. Já as de princípio institutivo (ou organizativas) são as que trazem esquemas gerais de estruturação de instituições e órgãos. Cuidado! Aplicabilidade imediata não é o mesmo que norma de eficácia plena. José Afonso da Silva classifica as normas assim: 60

61 1 - Normas de aplicabilidade imediata e eficácia plena CURSO REGULAR 2 - Normas de aplicabilidade imediata e eficácia contida 3 - Normas de aplicabilidade reduzida e eficácia limitada Preâmbulo O Preâmbulo é a parte logo no início da Constituição, que diz assim: Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. O Preâmbulo não possui relevância jurídica e não é norma de reprodução obrigatória nas Constituições Estaduais. ADCT Quando uma nova Constituição é criada, a transição entre a Constituição antiga e a nova é um verdadeiro caos. Assim, para regular essa transição e para garantir que ela seja menos tormentosa, existe o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. O ADCT possui eficácia jurídica e vale como qualquer outro artigo da CF88. Da mesma forma, seu texto somente pode ser alterado através da Emenda Constitucional. As normas que instituem os direitos e garantias fundamentais O 1º do art. 5º diz que as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm APLICAÇÃO IMEDIATA. Atenção: o STF já decidiu que nem todos os direitos fundamentais são normas de eficácia plena. Existem os três tipos de normas de direitos e garantias fundamentais: plena, contida e limitada. Dessa forma, você deverá ter a sensibilidade para saber se a questão está te cobrando o texto da Constituição ou a jurisprudência do STF. Esquematizando: 61

62 CF88 é formal e todas as normas possuem o mesmo status / hierarquia o Porém, existem diferentes tipos de eficácia das normas constitucionais Eficácia CURSO REGULAR - Plena - Contida - LTDA - Normas de Conteúdo programático - Normas de princípio institutivo / organizativo / de conteúdo orgânico OBS: Não há hierarquia entre elas. As diferenças se baseiam nos EFEITOS a) Eficácia plena Produzem todos os seus efeitos no momento em que a nova CF entra em vigor Não necessita de lei que a complete Ex: Homens e mulheres são iguais nos termos desta CF (art. 5 o, I) b) Eficácia contida ou prospectiva Produz todos os efeitos até que a norma infraconstitucional a restrinja Lei pode vir depois e restringir o que era amplo Ex: livre exercício de profissão, nos termos da lei (5º, XIII) Ex: entrada e saída de bens do território nacional, nos termos da lei (5º, XV) c) Eficácia LTDA / Aplicabilidade mediata / reduzida / diferida Não produz efeitos completos* até que norma infraconstitucional a regulamente o Produz alguns poucos efeitos como - Estabelecer um dever para o legislador ordinário - Servir de parâmetro para interpretação - Condicionar legislação futura a se adequar a elas - Controle de constitucionalidade c.1) Conteúdo programático: princípios e programas a serem implementados pelo Estado c.2) Normas de princípio institutivo / organizativo / de conteúdo orgânico: esquemas gerais de estruturação de instituições e órgãos. A regra é a liberdade. Apenas quando houver potencial lesivo na atividade é que pode ser exigida inscrição em conselho de fiscalização profissional (RE /SP). 62

63 EXERCÍCIOS CURSO REGULAR 57. (CESPE TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária) Embora a aplicabilidade do direito à educação seja direta e imediata, classifica-se a norma que assegura esse direito como norma de eficácia contida ou prospectiva, uma vez que a incidência de seus efeitos depende da edição de normas infraconstitucionais, como a de implementação de programa social que dê concretude a tal direito. Aí passou longe! O direito à educação é uma norma de eficácia plena, não necessitando de lei para que o Estado assegure esse direito. Além disso, não precisávamos saber dessa informação: as normas cuja incidência de efeitos depende de edição de normas infraconstitucionais são as normas de eficácia limitada e não de eficácia contida, como afirma a questão. Gabarito: Errado. 58. (CESPE ANTAQ) É norma de eficácia contida o dispositivo constitucional segundo o qual é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Isso mesmo. A liberdade profissional é uma norma de eficácia contida. Dessa forma, o direito pode ser exercido livremente até que norma posterior restrinja seus efeitos. Gabarito: Certo. 59. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Quando um estado da Federação deixa de invocar a proteção de Deus no preâmbulo de sua constituição, contraria a CF, pois tal invocação é norma central do direito constitucional positivo brasileiro. O Supremo já decidiu que não se pode falar em relevância jurídica e norma de reprodução obrigatória quanto ao preâmbulo constitucional, já que este é dispensável. Gabarito: Errado. 60. (CESPE TJ-CE - Analista Judiciário) As normas programáticas, que veiculam princípios a serem cumpridos pelo Estado, podem ser exemplificadas, entre outras, pela previsão constitucional de proteção ao mercado de trabalho da mulher mediante incentivos específicos. 63

64 As normas de eficácia limitada são aquelas que não possuem efeitos completos no momento em que a CF é promulgada e necessitam de normas infraconstitucionais para completar seus efeitos. As normas programáticas são espécies de normas de eficácia limitada. Vamos conferir o texto do art. 7º, XX: são direitos do trabalhador: proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei. Quando a CF entrou em vigor, ainda deveriam ser elaboradas essas leis que disciplinam a proteção do mercado da mulher. Dessa forma, essa é uma norma constitucional de eficácia limitada. Gabarito: Certo. 61. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Tem eficácia contida o dispositivo constitucional que estabelece a liberdade de exercício profissional. Isso aí! Esse é o exemplo clássico de normas de eficácia contida, que são as normas que possuem efeitos completos quando da promulgação da CF, mas que podem ser restringidas por normas infraconstitucionais. Por exemplo, uma lei pode restringir o direito de exercício da profissão de pipoqueiro, exigindo curso superior em nutrição ou gastronomia... rsrsrs. Gabarito: Certo. 62. (CESPE Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área I) As normas constitucionais de eficácia limitada não produzem qualquer efeito no momento de sua entrada em vigor, dada a necessidade de serem integradas por meio de emenda constitucional ou de lei infraconstitucional. Claro que não! Elas produzem sim alguns efeitos, apesar de não produzirem efeitos completos. Vamos revisar: Eficácia LTDA / Aplicabilidade mediata / reduzida / diferida Não produz efeitos completos* até que norma infraconstitucional a regulamente o Produz alguns poucos - Estabelecer um dever para o legislador ordinário 64

65 efeitos como Gabarito: Errado.. - Servir de parâmetro para interpretação - Condicionar legislação futura a se adequar a elas - Controle de constitucionalidade CURSO REGULAR 63. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) As normas constitucionais de eficácia contida gozam de eficácia plena enquanto não houver restrição, podendo seus efeitos ser limitados apenas pela atuação do legislador infraconstitucional. A primeira parte da afirmação, apesar de apresentar um conceito não muito convencional, está correta: as normas de eficácia contida valem como se fossem de eficácia plena, até que norma posterior restrinja seus efeitos. O problema foi a segunda parte. Não é só o legislador infraconstitucional que pode fazer a limitação. A própria CF também pode restringir os efeitos de tais normas. Gabarito: Errado. 64. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Conforme entendimento do STF, não é possível o exercício do direito de resposta com o intuito de retificar matéria publicada em jornal impresso, por ser tal direito destituído de eficácia plena, dada a não recepção da Lei de Imprensa pela CF. De maneira contrária ao texto da afirmativa, encontramos na CF, em seu art. 5º, V: é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem. Outrossim, segundo o STF, a norma indicada possui eficácia plena, não necessitando, em vista disso, de uma regulamentação posterior de lei complementar. Gabarito: Errado. 65. (CESPE SUFRAMA) As normas constitucionais de caráter programático têm como destinatário principal o legislador, isto é, têm mais natureza de expectativas do que de verdadeiros direitos subjetivos. Isso mesmo. As normas de eficácia limitada, dentre elas, as de caráter programático estabelecem um dever para que o legislador aja. É claro que elas produzem alguns poucos efeitos, como servir de parâmetro para a interpretação da Constituição. Gabarito: Certo. 65

66 66. (CESPE MDIC - Analista Técnico) Sendo a liberdade profissional norma constitucional programática, não pode a lei infraconstitucional impor condições ao seu exercício. A liberdade profissional é uma norma de eficácia contida, e não limitada programática, como diz a questão. Dessa forma, o direito pode ser exercido livremente até que norma posterior restrinja seus efeitos. Gabarito: Errado. 67. (CESPE Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área VIII) Se o poder público tiver a intenção de condicionar o exercício de determinada profissão a certas exigências, e se tais exigências forem estabelecidas mediante lei formal, elas serão constitucionais, pois o Estado tem discricionariedade para eleger as restrições que entenda cabíveis para todos os ofícios ou profissões, desde que o faça por lei federal. Claro que não! Somente as profissões que trazem um risco para a sociedade podem ser restringidas (ex: medicina, engenharia, nutrição, etc). Não é qualquer profissão que pode sofrer restrições! Gabarito: Errado. 68. (CESPE PM-CE - Oficial da Polícia Militar) A norma programática vincula comportamentos públicos futuros. Ao editar uma norma desse tipo, o constituinte, então, direciona, formalmente, o desdobramento da ação legislativa dos órgãos estatais. Isso mesmo. As normas de eficácia limitada, dentre elas, as de caráter programático estabelecem um dever para que o legislador aja. É claro que elas produzem alguns poucos efeitos, como servir de parâmetro para a interpretação da Constituição. Gabarito: Certo. 69. (FCC TCM-GO - Procurador do Ministério Público de Contas) Considerando a classificação que divide as normas constitucionais quanto à sua eficácia em normas de eficácia plena, de eficácia contida e de eficácia limitada, é exemplo de norma de eficácia contida: a) o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica (art. 37, VII) 66

67 b) Cada Assembleia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta (art. 11 -ADCT). c) A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latinoamericana de nações (art. 4 o, parágrafo único). d) é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer (art. 5 o, XIII) e) Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos (art. 53, caput) Item A ERRADO. No momento em que a Constituição entra em vigor, não existe a lei que tratará do direito de greve. Assim, esse somente pode ser exercido plenamente quando a lei entrar em vigor. Portanto, essa é uma norma de eficácia limitada. Itens B e C ERRADOS. Essas são claramente normas programáticas, pois estabelecem uma diretriz futura de como o Estado agirá. Item D CERTO. Isso mesmo! Qualquer trabalho pode ser livremente exercido até que venha lei posterior e restrinja esse direito (estabeleça condições para o exercício de um determinado trabalho). Exemplo de norma de eficácia contida. Item E ERRADO. No momento em que a CF entrou em vigor, os parlamentares já são considerados invioláveis por suas opiniões, palavras e votos. Essa é uma norma de eficácia plena. Gabarito: D. 70. (FCC TCE-CE - Técnico - Administração) Consideram-se normas constitucionais de eficácia contida aquelas em que o legislador constituinte a) regulou suficientemente os interesses relativos a determinada matéria produzindo a norma desde logo seus efeitos, mas deixou margem à atuação restritiva por parte do Poder Público, nos termos que vierem a ser previstos em lei. b) deixou ao legislador ordinário o poder pleno de disciplinar a matéria, sem delinear os limites de tal atuação. c) regulamentou inteiramente a matéria, a qual não pode ser objeto de nenhum juízo restritivo por parte do Poder Público. 67

68 d) deixou ao legislador ordinário o poder de disciplinar a matéria, dependendo a norma constitucional, para gerar efeitos, da existência de regras restritivas por este traçadas. e) previu os princípios que devem ser observados pelo Poder Público, sem fixar diretriz a ser seguida na elaboração das leis ordinárias posteriores. As normas de eficácia contida ou prospectiva são normas que possuem efeitos completos no momento de sua promulgação. No entanto, uma lei posterior pode limitar seus efeitos. Assim, um efeito que antes era amplo, torna-se mais limitado. Gabarito: A. 71. (FCC TCM-GO - Procurador do Ministério Público de Contas) NÃO integram a Constituição formal brasileira os comandos expressos: a) nas normas isoladas de emendas constitucionais. b) nos tratados de direitos humanos aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros. c) no corpo permanente da Constituição promulgada em 5 de outubro de d) no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e) nas súmulas vinculantes editadas pelo Supremo Tribunal Federal. Item A ERRADO. As emendas à Constituição, após serem promulgadas, entram dentro da CF e possuem mesmo status de CF. Item B ERRADO. Esse item foi bem controverso, uma vez que esse tipo de tratado internacional, apesar de ter status de Constituição, não entra no texto formal da Constituição... portanto, a questão deveria ter sido anulada (mas não foi). Item C ERRADO. As normas constitucionais originárias, certamente, integram a Constituição. Item D ERRADO. O ADCT integra a Constituição e tem valor de norma constitucional. Ele apenas está na parte relativa a disposições transitórias, mas é Constituição do mesmo jeito! Item E CERTO. Com certeza, as súmulas vinculantes não possuem status de Constituição e muito menos integram a CF. Gabarito: E. 68

69 72. (FCC TCE-PI - Assessor Jurídico) O preâmbulo não se situa no âmbito do Direito, mas no domínio da política, refletindo posição ideológica do constituinte e não apresentando, portanto, força normativa, nem criando direitos ou obrigações. Isso mesmo. O Preâmbulo não possui relevância jurídica e não é norma de reprodução obrigatória nas Constituições Estaduais. Gabarito: Certo. 73. (FCC TCE-PI - Assessor Jurídico) O ADCT, ou Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, não tem natureza de norma constitucional, tratando-se de mera regra de transição, interpretativa e paradigmática. Quando uma nova Constituição é criada, a transição entre a Constituição antiga e a nova é um verdadeiro caos. Assim, para regular essa transição e para garantir que ela seja menos tormentosa, existe o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. O ADCT possui eficácia jurídica e vale como qualquer outro artigo da CF88. Da mesma forma, seu texto somente pode ser alterado através da Emenda Constitucional. Gabarito: Errado. 74. (FCC TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados) As normas constitucionais que têm aplicabilidade direta, imediata e integral, mas cujo alcance pode ser reduzido em razão da existência na própria norma de uma cláusula expressa de redutibilidade, são ditas normas a) de princípio institutivo. b) de eficácia contida. c) de eficácia limitada. d) de eficácia plena. e) programáticas. As normas de eficácia contida ou prospectiva são normas que possuem efeitos completos no momento de sua promulgação. No entanto, uma lei posterior pode limitar seus efeitos. Assim, um efeito que antes era amplo, torna-se mais limitado. Gabarito: B. 69

70 70

71 Meus caros Servidores Públicos, chegamos ao final de nossa aula de hoje. Continuem firmes e estudem de maneira simples, procurando entender o espírito das normas e não apenas decorando informações. Lembre-se que A SIMPLICIDADE É O GRAU MÁXIMO DA SOFISTICAÇÃO (Leonardo da Vinci). Espero que todos vocês tenham muito SUCESSO nessa jornada, que é bastante trabalhosa, mas extremamente gratificante! Abraços a todos e até a próxima aula. Roberto Troncoso Se você acha que pode ou se você acha que não pode, de qualquer maneira, você tem razão. (Henry Ford) 71

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