Palavra-chave: Modelo Substitutivo, Anatomo-Fisiologia, Animal.

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1 PREPARO DE MATERIAIS DIDÁTICOS ALTERNATIVOS PARA A APLICABILIDADE NA RELAÇÃO ENSINO APRENDIZAGEM EM MEDICINA VETERINÁRIA Valeska Regina Reque Ruiz 1 João Luiz Androucovicth ² Raimundo Jorge Teles Araújo Pereira 3 Resumo: Com a ascensão da preocupação com o bem estar animal, tendo como um dos temas de maior importância a utilização inadequada de animais vivos em aulas práticas que usam procedimentos invasivos nos mesmos, muitas escolas tem buscado meios didáticos alternativos ao uso de animais vivos para o ensino superior. O Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais CESCAGE atento, sobretudo ao tema em questão tem utilizado nas disciplinas de Anatomia e Fisiologia do curso de Medicina Veterinária a prática da construção de modelos substitutivos funcionais para complementar o ensino destas disciplinas. Esta atividade teve início no ano de 2006 e hoje é tida como uma das formas de avaliação da aprendizagem. Para a realização dos trabalhos inicialmente é distribuído diferentes temas das referidas disciplinas para grupos de acadêmicos constituídos entre 4 e 6 alunos. Os acadêmicos devem produzir um trabalho escrito sobre o modelo substitutivo que lhes competem. Após a aprovação do docente é posto em prática a construção do respectivo modelo substitutivo funcional. Este modelo deve ser o mais próximo da realidade anatomo-fisiológica do animal estudado, utilizando-se desta forma materiais alternativos como isopor, massa de modelar, materiais elétricos entre outros. Ao final do semestre letivo cada grupo apresenta detalhadamente a anatomia e fisiologia dos sistemas estudados para os acadêmicos de sua turma e demais convidados do curso e sendo neste momento avaliados pelo docente da respectiva disciplina. Palavra-chave: Modelo Substitutivo, Anatomo-Fisiologia, Animal. Abstract: With the rise of the concern about animal welfare, one of the major issues involved is the improper use of live animals in practical classes by using invasive procedures on them. Many schools are seeking other teaching alternatives to using live animals for teaching in higher education. The Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais - CESCAGE is aware, especially with the issue in question and has used in the subjects of Anatomy and Physiology Course of Veterinary Medicine the practice of building functional substitute models to complete the teaching of these subjects. This activity began in 2006 and today is considered one of the methods of evaluating learning. In order to carry out the work various topics of these courses are distributed to groups of students consisting of 4 to 6 students. The students must produce a written paper on the replacement model they compete. Upon approval by the teacher the functional replacement model is built and put into place. This model should be as close to reality of the anatomical-physiological study of the animal, thus Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais CESCAGE. Ponta Grossa PR, Brasil. valeska@cescage.edu.br. 33

2 using alternative materials such as Styrofoam, clay, electrical materials etc. At the end of the semester each group presents in detail the anatomy and physiology of the systems studied to the students in their class and other invited guests of the course and will be graded by the teacher of their class. Keywords: Substitutive Model, Anatomy and Physiology, Animal. 1 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo analisar o uso de materiais didáticos alternativos aplicados pelos docentes nas disciplinas do curso de Medicina Veterinária do CESCAGE e analisar a aplicabilidade da utilização de materiais didáticos alternativos na relação ensino-aprendizagem. Atualmente a preocupação com o bem estar animal vem sugerindo mudanças na ética e moral para o uso de animais em ensino e pesquisa nas escolas de Medicina Veterinária. O uso de animais em aulas práticas para os cursos das áreas de ciências biológicas e da saúde, sempre foi alvo de discussão entre a comunidade científica. Os conflitos em torno do que é certo ou errado ao longo dos tempos e das sociedades, bem como as questões morais envolvidas nessa avaliação, revelam que o uso de animais em práticas experimentais precisa ser discutido e avaliado. Seguindo as orientações sugeridas por comitês de bioética e bem estar animal para pesquisa e ensino, já foi iniciado o uso de modelos substitutivos previamente preparados para o ensino de Anatomia Veterinária e fisiologia para alunos do 2. e 3. períodos de medicina veterinária na faculdade de medicina veterinária do CESCAGE, porém o uso de meios didáticos alternativos para o ensino superior deve ter uma aplicabilidade com a relação ao ensino-aprendizagem, para tanto o presente trabalho vem para responder a questão o uso de materiais didáticos alternativos tem contribuído para a relação ensino-aprendizagem dos acadêmicos do curso de Medicina Veterinária do CESCAGE?. O trabalho foi realizado por pesquisa descritiva e bibliográfica. O artigo contará com a seguinte estrutura: resumo, abstract, introdução, metodologia, resultados e discussão, considerações finais, e referências. 34

3 2 JUSTIFICATIVA Com a ascensão da preocupação com o bem estar animal, tendo como um dos temas de maior importância a utilização inadequada de animais vivos em aulas práticas que usam procedimentos invasivos nos mesmos, muitas escolas tem buscado meios didáticos alternativos ao uso de animais vivos para o ensino superior. 3 OBJETIVO O Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais CESCAGE atento, sobretudo com a questão da utilização de animais vivos nas aulas práticas tem admitido nas disciplinas de Anatomia e Fisiologia do curso de Medicina Veterinária a prática da construção de modelos substitutivos funcionais para complementar o ensino destas disciplinas. 4 REFERENCIAL TEÓRICO A definição clássica de experimentação animal é toda e qualquer prática que utiliza animais para fins científicos (pesquisa) ou didáticos, e que envolve testes anatomo-fisiológicos. Neste contexto abrange a Dissecação, que é a ação de seccionar partes do corpo ou órgãos de animais mortos para estudar sua anatomia, e a Vivissecção que, por sua vez, significa a realização de intervenções em animais vivos, anestesiados ou não.(greif, 2003, p. 19). Segundo Claude Bernard apud Moraes (2005, p.28) a única e melhor forma de estudo para a busca de cura seria a vivissecção, definida como método analítico de investigação do ser vivo. Por sua vez, a esposa de Claude Bernard, Marie Françoise Martin fundou uma associação protetora dos animais após romper os laços matrimoniais. 35

4 Contudo este método de estudo tem sido principalmente, na última década, bastante contestado. Muitas universidades como a University of Bristol do Reino Unido e organizações como a World Society for the Protection of Animals - WSPA tem desenvolvido estudos preocupados em manter o bem estar animal, principalmente nos casos de sua utilização em pesquisas, sendo o bem estar animal definido pelo estado físico e psicológico dos animais. Segundo Magalhães e Ortêncio (2006) o estímulo às pesquisas mencionadas se deve em função de muitos discentes e docentes considerarem que estas práticas vão contra seus princípios éticos e morais, haja vista os problemas psicológicos que estas podem ocasionar nos animais não humanos e nos humanos. Portanto, a utilização de métodos substitutivos ao uso inadequado de animais é sobretudo uma questão ética, humana e economicamente viável. 5 MATERIAL E MÉTODOS A utilização de modelos substitutivos no curso de Medicina Veterinária das Faculdades Integradas dos Campos Gerais (CESCAGE) teve seu início no ano de 2006 e hoje é tida como uma das formas de avaliação da aprendizagem nas disciplinas de anatomia I e II e Fisiologia I e II, ministradas nos três primeiros períodos. Para a realização dos trabalhos inicialmente é distribuído diferentes temas das referidas disciplinas para grupos de acadêmicos constituídos entre 4 e 6 alunos. Os acadêmicos devem produzir um trabalho escrito sobre o modelo substitutivo que lhes competem. Após a aprovação do docente é posta em prática a construção do respectivo modelo substitutivo funcional. Este modelo deve ser o mais próximo da realidade anatomo-fisiológica do animal estudado, utilizando-se desta forma materiais alternativos como isopor, massa de modelar, materiais elétricos entre outros. 6 RESULTADOS 36

5 Ao final do semestre letivo cada grupo apresenta detalhadamente a anatomia e fisiologia dos sistemas estudados para os acadêmicos de sua turma e demais convidados do curso e sendo neste momento avaliados pelo docente da respectiva disciplina. Os docentes das disciplinas de Anatomia I e II, e Fisiologia I e II juntamente com a coordenação do curso têm constatado a eficiência e eficácia da aplicação desta atividade, isto em decorrência não apenas as notas alcançadas que é na verdade um resultado do processo, mas fundamentalmente pelo processo de integração que estas atividades promovem entre os mesmos, além do nível de conhecimento apresentado por todos os grupos indicando ser a construção do modelo substitutivo uma prática favorável no processo de ensino aprendizagem. REFERÊNCIAS DARÓ; V.R,; LEVAI, L. F. Experimentação animal: histórico, implicações éticas e caracterização como crime ambiental GREIF, S. Alternativas ao uso de animais vivos na educação pela ciência responsável. São Paulo: Instituto Nina Rosa (Projetos por amor à vida), 2003,175p. MAGALHÃES1, M.; ORTÊNCIO FILHO2, H. Alternativas ao uso de animais como recurso didático. Arq. Ciênc. Vet. Zool.Unipar, Umuarama, v. 9, n. 2, p , 2006 MORAES,G.C., O uso didático de animais vivos e os métodos alternativos em Medicina Veterinária. Dissertação de Mestrado: Universidade Anhembi Morumbi.São Paulo,