UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ. Luciano Marcelo de Oliveira

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Luciano Marcelo de Oliveira CONTRATOS DE CONCESSÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS: PECULIARIDADES E POSSIBILIDADES DE PRORROGAÇÃO CURITIBA 2010

2 CONTRATOS DE CONCESSÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS: PECULIARIDADES E POSSIBILIDADES DE PRORROGAÇÃO CURITIBA 2010

3 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Luciano Marcelo de Oliveira CONTRATOS DE CONCESSÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS: PECULIARIDADES E POSSIBILIDADES DE PRORROGAÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Curso de Direito, da Faculdade de Ciências Jurídicas, da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientador: Profº Luciano Elias Reis CURITIBA 2010

4 TERMO DE APROVAÇÃO Luciano Marcelo de Oliveira CONTRATOS DE CONCESSÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS: PECULIARIDADES E POSSIBILIDADES DE PRORROGAÇÃO Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do grau de bacharel em Direito do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, 19 de Agosto de Curso de Direito Universidade Tuiuti do Paraná Orientador: Professor Luciano Elias Reis Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná Professor Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná Professor Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná

5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, presente em cada momento desta caminhada... Aos meus familiares, que sempre me encorajaram na busca por este sonho; Aos meus pais, pois deles recebi o dom mais precioso do universo: a vida; Aos meus dois grandes tesouros presentes em minha vida, dádiva de Deus, minha querida esposa Marcelle, e minha linda filha Marielle, vocês que entenderam minha ausência ao longo destes cinco anos, compartilharam minhas lágrimas e sorrisos, dividimos agora, o mérito desta conquista. As alegrias de hoje também são de vocês, pois o amor, o estímulo e carinho foram as armas desta vitória; Aos Professores da Universidade Tuiuti do Paraná, especialmente aos Professores Luciano Elias Reis e Rodrigo Pironti Aguirre de Castro, pela paciência, destreza e dedicação com que sempre me orientaram, contribuindo efetivamente à execução deste trabalho de graduação Agora me resta seguir em frente, buscar meus objetivos, no desconhecido futuro. Seguirei com a certeza e a convicção de que obstáculos virão, mas tenho Deus sempre ao meu lado. Valeu a pena os dias de angústia, de cansaço, de tédio e exaustão, cada momento vivido nesta louca correria em busca de um sonho, e que hoje se torna real, e se concretiza...

6 EPÍGRAFE Teu dever é lutar pelo Direito, mas se um dia encontrares o Direito em conflito com a Justiça, luta pela Justiça! Eduardo Juan Couture

7 RESUMO O objetivo deste trabalho é permitir a análise e reflexão das regras atuais que permeiam os contratos de concessão de usinas hidrelétricas, de forma a analisar a possibilidade de prorrogação das concessões que terão seu termo final a partir de 2015, tendo em vista que já usufruíram de uma primeira prorrogação. No Setor Elétrico Brasileiro, o assunto renovação das concessões, tem causado grande receio aos agentes concessionários de geração de energia, gerando um ambiente de incertezas. O estudo é relevante em que pese a Lei nº /04 implementar uma nova sistemática de gestão do setor elétrico, formando um paradigma quanto aos critérios de estabelecimento dos prazos de concessão, critérios estes que são objeto de preocupação entre os concessionários. Palavras-chaves: Contrato Administrativo; Energia Elétrica; Concessão;

8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ASPECTOS HISTÓRICOS DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO ASPECTOS HISTÓRICOS: A CONTRIBUIÇÃO DA REGULAMENTAÇÃO PARA O DIREITO POSITIVO BRASILEIRO O MODELO INSTITUCIONAL DO SETOR ELÉTRICO O SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO ESTRUTURA INSTITUCIONAL DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO E O ORDENAMENTO JURÍDICO OS AGENTES INSTITUCIONAIS DO SETOR ELÉTRICO O Ministério de Minas e Energia A Empresa de Pesquisa Energética O Conselho Nacional de Política Energética - CNPE A Agência Nacional de Energia Elétrica O Operador Nacional do Sistema Elétrico Lei n 9.648/ A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CONCESSÕES DO SETOR ELÉTRICO NA ATIVIDADE DE GERAÇÃO DE ENERGIA O CONTRATO ADMINISTRATIVO Considerações iniciais Definições doutrinárias Peculiaridades do contrato administrativo no direito brasileiro Principais contratos administrativos Cláusulas essenciais nos contratos administrativos SERVIÇO PÚBLICO Considerações Iniciais Princípios Gerais dos Serviços Públicos Critérios para a definição do serviço público...52

9 8 3.3 FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS NO SETOR ELÉTRICO: O CONTRATO DE CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO Considerações Iniciais Conceituação Doutrinária O prazo no contrato de concessão O serviço público de energia elétrica e a legislação aplicável Formas de extinção do contrato de concessão definidos na Lei nº / A reversão dos bens A aplicabilidade das concessões de serviço público de energia elétrica no Brasil A licitação como critério para outorga das concessões em aproveitamentos hidrelétricos no Brasil A parceria público-privada O instituto da concessão no direito comparado A PRORROGAÇÃO E A RENOVAÇÃO DAS CONCESSÕES NA ATUAL LEGISLAÇÃO CONSIDERAÇÕES INICIAIS ASPECTOS PROCESSUAIS DA PRORROGAÇÃO O PAPEL DO PODER CONCEDENTE E DA ANEEL AS PROPOSTAS APRESENTADAS NO CONGRESSO NACIONAL...97 CONSIDERAÇÕES FINAIS BIBLIOGRAFIA ANEXO...110

10 9 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - POTÊNCIA POR CONCESSIONÁRIO DAS CONCESSÕES VINCENDAS / Tabela 2 - CAPACIDADE INSTALADA POR TIPO DE EMPREENDIMENTO DE GERAÇÃO...27 Tabela 3 - MARCO LEGISLATIVO...28 Tabela 4 - PRINCIPAIS MUDANÇAS ENTRE OS MODELOS...32 Tabela 5 - EXEMPLO DE NÃO CONFORMIDADE DOS CONCESSIONÁRIOS..70 Tabela 6 - CRITÉRIOS DE PRAZO NAS CONCESSÕES DE ENERGIA...75 Tabela 7 - A APLICABILIDADE DOS INSTITUTOS NO ORDENAMENTO JURÍDICO...78 Tabela 8 - PANORAMA INTERNACIONAL DO INSTITUTO DA CONCESSÃO 87 Tabela 9 - PRAZOS DE CONCESSÃO E PRORROGAÇÃO DAS OUTORGAS...95

11 10 INTRODUÇÃO A elaboração deste trabalho foi motivada pelas mudanças ocorridas no setor elétrico brasileiro, principalmente entre a metade e o final da década passada, cuja finalidade era garantir um ambiente competitivo para a geração de eletricidade no país. Para este fim, as concessionárias de energia foram desverticalizadas - separação das atividades de geração, transmissão e distribuição e abertas à participação da iniciativa privada - com vistas a atrair capital e aumentar o número de competidores no setor, aumentando a oferta de geração ao sistema elétrico nacional. Para regular este novo ambiente, novas leis foram criadas, dentre elas, destacam-se a Lei de Concessões Lei n 8.987/95 - a Lei de Outorga e Prorrogações das Concessões e Permissões Lei n 9.074/95, a Lei de criação da Agência Nacional de Energia Elétrica Lei n 9.427/96 e a Lei que institui o Novo Modelo do Setor Elétrico Brasileiro Lei /2004. No Setor Elétrico Brasileiro, o assunto renovação das concessões tem causado grande receio aos agentes de geração, transmissão e distribuição de energia, uma vez que um cenário de incertezas tem sido gerado em relação ao tema. Em 1995, algumas concessões de geração foram prorrogadas com prazo definido em 35 anos, as quais, com a implantação do Novo Modelo de Setor Elétrico Lei nº /04 teve seu prazo final reduzido de 35 anos para 20 anos. Diante disso, em 2015 cerca de 20% dos contratos de concessões das usinas hidrelétricas do país 1, estarão com prazo de vencimento chegando ao final, o que preocupa os agentes 1 Dados retirados do sítio da ANEEL Banco de Informações da Geração - Referentes até o mês de janeiro de Disponível em: Acesso em: 25 jan. 2010

12 11 do setor elétrico. Nos bastidores um grande movimento vem acontecendo, desde 2008, associações, especialistas do setor, concessionários e governo estudam propostas para a solução do impasse, que podem ser em uma possível prorrogação dessas concessões ou ainda, por uma nova licitação, e conseqüentemente novos contratos. Assim, o estudo procurou analisar à possibilidade de uma nova prorrogação das concessões delegadas pelo Poder Concedente em relação aos contratos de concessões de geração hidráulica, que terão a partir de 2015 o seu termo final, sendo afetadas no total 18 usinas, perfazendo um montante de 20% da capacidade de produção instalada no país, ou seja, cerca de 21,5 GW de potência. Portanto, o presente trabalho é objeto de reflexão e análise sobre as regras atuais de mercado, sua respectiva base legal e a necessidade de uma atuação estatal coerente e permanente no tempo, com vistas a trazer segurança jurídica aos investidores e assim atrair novos investimentos privados no setor de geração de energia.

13 12 1 ASPECTOS HISTÓRICOS DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO O Setor Elétrico Brasileiro SEP passou por inúmeras transformações até chegar ao modelo atual, e o acompanhamento de sua evolução, justifica a motivação para entender o percurso adotado à utilização da energia elétrica no país, sobretudo a energia hidráulica. Nossa sociedade há mais de um século, tem entendido e constatado a importância do uso da eletricidade para o desenvolvimento do país, e sobremaneira, a mantenabilidade do emprego, uma vez que se utiliza em larga escala em toda a atividade econômica, é o que nos aponta Ildo Luis Sauer ( et al.): A energia elétrica pode ser encarada como fator de promoção da qualidade de vida, de produção, desenvolvimento econômico e de geração de emprego e renda. A exclusão social também se dá por falta de acesso a energia. (SAUER, et al., 2003, p. 39). A Revolução Industrial propiciou a disseminação e a consolidação do uso da energia elétrica A grande maioria das invenções práticas surgidas na Segunda Revolução Industrial resultou não somente da aplicação do conhecimento científico à indústria, mas também do emprego de novos materiais e de novas fontes de energia. (PANORAMA, 1988, p. 10). A utilização da eletricidade como fonte de energia, está associada a duas características fundamentais: sua transmissibilidade 2 e sua flexibilidade 3. A aplicação dessas duas características corroborou para que as instalações industriais se 2 Possibilidade da eletricidade ser transportada através do espaço 3 Possibilidade de conversão da eletricidade em outras formas de energia, como o calor e a luz

14 13 localizassem em pontos distantes das suas respectivas fontes de energia, e assim, possibilitando a todos a aplicabilidade em larga escala e o seu uso. ( id., 1988). No Brasil, o primeiro contato com o uso da energia elétrica foi na época do império em 1879, quando D. Pedro II convida Thomas Edison, o inventor da lâmpada, a introduzir aparelhos e equipamentos inventados para a utilização da luz elétrica, na Estação Central da Estrada de Ferro D. Pedro II - atual Central do Brasil ( id., 1988). O primeiro uso da energia hidrelétrica no Brasil foi em 1883 na cidade de Diamantina, Minas Gerais, o rio Ribeirão do Inferno, afluente do rio Jequitinhonha foi utilizado para movimentar duas bombas de desmonte hidráulico, com objetivo de revolver a terra em busca de diamantes. Na cidade de Campos, Rio de Janeiro, em 1883, foi criado o primeiro serviço de iluminação pública municipal do Brasil e da América do Sul, tendo um total de 39 lâmpadas alimentadas por três dínamos que eram alimentados por uma máquina a vapor. A primeira capital brasileira a ter um serviço público de iluminação foi Porto Alegre, em 1887, que tinha como fonte de energia uma usina térmica da Companhia Fiat Lux. ( id., 1988). A eletricidade começou a tomar corpo em 1887, quando foi criada no Rio de Janeiro, a Companhia Força e Luz, que tinha por objetivo fornecer iluminação a 100 pontos de luz na capital do império. Basicamente entre esses anos, o aparecimento de pequenas usinas geradoras, tinha como objetivo principal, o uso para serviço público de iluminação, atividades de mineração, fábricas de tecidos e serrarias. ( id., 1988). Assim, com o crescimento da demanda, novas formas de geração foram utilizadas, e a hidroeletricidade começa a tomar corpo em substituição às térmicas, é o que nos aponta Ildo Luis Sauer ( et al.):

15 14 Nesse período, a grande maioria das unidades era de pequena potencia, registrando-se, em 1900, a existência de 10 usinas geradoras para uma capacidade instalada total de apenas kw. O predomínio da energia de origem térmica durou até a virada do século, quando a entrada em funcionamento da primeira usina da Ligth reverteu a situação em favor da hidroeletricidade. (id., 1988, p. 30). O grupo Ligth no Brasil começou suas atividades em 1897, quando o capitão da marinha italiana, e homem de negócios, Francesco Antonio Gualco, e o comendador Antonio Augusto de Souza obtiveram da Câmara Municipal de São Paulo a concessão para operar o serviço de transporte urbano de passageiros e cargas em bondes elétricos por um prazo de 40 anos, conseguiram também a concessão para atuar no campo da geração e distribuição de energia. A Ligth trouxe ao país o advogado Alexander Mackenzie para estudar os problemas jurídicos referentes aos decretos das concessões. (id., 1988). A preferência da companhia canadense pela cidade de São Paulo não foi fortuita. Na passagem do século, a capital paulista concentrava, em seu espaço, os principais resultados da notável expansão do complexo exportador cafeeiro: grande crescimento populacional, acentuada diversificação das atividades comerciais, fortalecimento dos estabelecimentos bancários e o aumento acelerado do número de fábricas. [...] São Paulo oferecia oportunidades de investimento extremamente interessantes às duas principais atividades da Ligth [...] (id., 1988, p. 30). Na época os serviços de transporte público e distribuição de energia em São Paulo eram geridos pelo capital nacional, de forma precária, a Companhia Viação Paulista prestava o serviço com bondes de tração animal, e a Companhia Água e Luz do Estado de São Paulo geravam energia numa pequena usina a vapor. Com o passar do tempo a Concessionária Light comprou a Viação Paulista, e tinha o controle acionário da Força e Luz, dessa forma garantiu o monopólio dos serviços de bonde e

16 15 de fornecimento de energia, tendo, portanto vantagens em razão do elevado e acelerado crescimento urbano de São Paulo. ( id., 1988). O Decreto n de 27 de dezembro de 1904, aprovado pelo então Presidente Rodrigues Alves, traçava as diretrizes para os contratos de concessão de aproveitamento hidrelétrico a nível federal, tinha por fundamento a concessão sem exclusividade, definia o prazo máximo de concessão de 90 anos, a reversão para a União sem indenização do patrimônio constituído pelo concessionário e a revisão a cada cinco anos das tarifas. ( id., 1988). A expansão da Light para outros centros começou em 1905, atuando no Rio de Janeiro, então capital da República e maior centro urbano do país, vindo ampliar toda capacidade de geração hidráulica na região. O tempo passa, e o crescente desenvolvimento econômico decorrente da expansão da produção de café, aliada, sobretudo a interiorização de alguns ramos industriais, fazem com que algumas concessionárias se aglutinem, criando dessa forma grupos para controlar determinadas regiões, esses grupos foram responsáveis pelas primeiras tentativas de criação de um sistema integrado de produção, transmissão e distribuição de energia elétrica no interior de São Paulo. (id., 1988). Esse desenvolvimento da economia cafeeira foi primordial para o crescimento da geração de energia no Brasil, pois em decorrência desse avanço, tornam-se fundamental uma série de atividades de apoio, a exemplo, ferrovias, atividades comerciais, industriais, contribuindo dessa forma para o desenvolvimento urbano. ( id., 1988).

17 16 Em 1920, o principal consumidor da energia elétrica eram os bondes elétricos substituídos aos de tração animal, e a iluminação pública gerada pela eletricidade, em substituição as lâmpadas a gás. A seca ocorrida nos anos de 1924 e 1925 agravou em São Paulo, uma crise de suprimento de energia, nesses anos ocorreu uma das maiores estiagens da história de São Paulo, reduzindo em 40% as vazões de seus principais rios utilizados na produção de energia, ocorrendo posteriormente à decisão da prefeitura de racionar o consumo de energia, como as demais prefeituras do Estado não tomaram medidas semelhantes, o governo estadual obrigou-se a temporariamente centralizar as decisões e atuar como coordenador dessa contingência. Com o déficit de energia em alta, ocorreu a redução da produção na industria decorrente do racionamento, iniciando um processo de dispensa dos trabalhadores de diversos segmentos produtivos. (id., 1988). A American & Foreign Power Company Amforp, empresa do grupo americano Eletric Bond & Share Corporation entrou no país no ano de 1927, em setembro desse ano criou a Companhia Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras CAEEB, que tinha por objetivo, montar uma estrutura capaz de viabilizar suas operações em nosso território, nesse momento a Amforp já tinha realizado um estudo das áreas que lhe pareciam mais atrativas. ( id., 1988). Esbarrando no monopólio do grupo Light sobre o eixo Rio-São Paulo, a Empresas Elétricas Brasileiras concentrou sua atuação no interior paulista e em certo número de capitais estaduais, do nordeste ao sul do país, incorporando diversas concessionárias entre 1927 e (id., 1988, p. 63). O perfil do setor elétrico brasileiro foi caracterizado na década de 20 pela maciça presença do capital estrangeiro, sobremaneira pela presença dos grupos Light e

18 17 Amforp, sendo que, a presença dos demais grupos nacionais e autoprodutores eram inexpressivas. Com objetivo de aumentar o consumo de energia, as empresas do grupo Light e Amforp, começaram a importar equipamentos e materiais elétricos, passando vendê-los a crédito aos consumidores, essa facilidade de importação devia-se ao fato dessas empresas terem acesso privilegiado às fontes de financiamento internacionais. (id., 1988). No período de 1930 a 1945 a aceleração do crescimento ocorrida no país, fez com que a demanda de energia elétrica não acompanhasse o acréscimo da capacidade de geração instalada no país. Em 10 de julho de 1934, Getúlio Vargas promulgou pelo decreto n , o Código de Águas, nesse a União tinha a atribuição de autorizar ou conceder o aproveitamento de energia hidráulica, de acordo com as regras estabelecidas no art.139 do decreto. O código definia a distinção entre a propriedade do solo e a propriedade das quedas d água e outras fontes de energia hidráulica para efeito de exploração ou aproveitamento industrial, vindo a consolidar o regime das autorizações e concessões quanto ao uso da água em aproveitamento hidrelétrico. ( id., 1988). Assim, define também o prazo de 30 anos para as concessões, podendo chegar a 50 anos, no caso do concessionário realizar um alto investimento em obras e instalações, ao término do prazo os aproveitamentos hidráulicos seriam revertidos ao Estado, com ou sem indenização. A constituição de 1937 em seu art vedou a construção de um novo aproveitamento hidráulico por companhias estrangeiras, uma vez que retirou do texto constitucional de 1934 art.119 1, o texto As autorizações ou concessões serão conferidas exclusivamente a brasileiros ou a empresas

19 18 organizadas no Brasil [...] e adotou a seguinte concordância: A autorização só poderá ser concedida a brasileiros, ou empresas constituídas por acionistas brasileiros [...]. (id., 1988). Em 1942, o governo federal foi obrigado a tomar medidas de racionamento para tentar mitigar os impactos da crise de suprimento de energia. Nesse mesmo ano, Getulio Vargas solicitou a um grupo norte-americano, especialistas em planejamento econômico, que viessem ao Brasil com objetivo de ajudar a planejar a mobilização econômica em nosso país, chamada de Missão Cooke, em referência ao Chefe do grupo Morris Cooke, e em seu primeiro diagnóstico, foi apontada a deficiência do setor elétrico nacional, e era este o principal ponto de estrangulamento para o crescimento do setor industrial. No relatório final apontava como meta prioritária a interligação das usinas e o programa de eletrificação ferroviária, destacando também como a opção mais viável para a geração de energia a opção de usinas hidrelétricas no país. (id., 1988). A Constituição Federal de 1946, através de seu artigo 205, institui o Conselho Nacional de Economia, que elaborou um estudo para organizar e desenvolver a atividade de eletricidade no Brasil, a qual somente se consolida no governo do então Presidente Juscelino Kubitschek, entre 1956 e 1961, criando a maioria das empresas estaduais de energia elétrica. O sistema elétrico foi crescendo e se tornando cada vez mais complexo sua operação, de forma a necessitar de um órgão capaz de assegurar e controlar a operação otimizada das unidades geradoras, sendo criado o Grupo Coordenador para a Operação Interligada GCOI. ( id., 1988).

20 19 Com a Lei nº de 20 de maio de 1971, que dispõe sobre a remuneração legal do investimento dos concessionários de serviços públicos de energia elétrica, fixando uma remuneração entre 10 a 12% do capital investido, fez com que o setor passasse a gerar recursos para o financiamento de sua própria expansão. Nessa época o Brasil mostrava uma invejável taxa de crescimento, período que ficou conhecido como o milagre econômico 4. (id., 1988). Esse período começou a ruir com a crise internacional promovida pelo choque do petróleo em 1973, quadruplicando o preço do barril, e pela elevação dos juros no mercado externo, contribuindo dessa forma para a retração do crescimento econômico no país. Na década de 80, com a recessão promovida pelo endividamento externo e o conseqüente aumento inflacionário, ocorreu a interrupção dos financiamentos no setor. A partir de 1990, as empresas estatais se endividaram e, por conseguinte, os investimentos ficaram prejudicados, interferindo no plano de expansão do setor elétrico. A possibilidade de racionamento ficou mais próxima. Sem perspectivas de crescimento, e com enormes problemas financeiros, a privatização passou a ser a luz no fim do túnel, porém, para que obtivesse êxito, era fundamental a sua regulamentação, a reforma, portanto, buscava modificar a forma de intervenção do Estado na economia. A Lei nº 8.987/95 - chamada de Lei das Concessões, estabeleceu 4 O Milagre Econômico é resultado de um conjunto de medidas governamentais que elevaram o crescimento do Brasil durante o período da Ditadura Militar, mais precisamente durante os anos 1969 e 1973, no mandato do general Emílio Médici. Desde 1930, o Brasil começou a avançar economicamente com a política desenvolvimentista de Getúlio Vargas, graças ao investimento maciço em infra-estrutura, que possibilitou a ascensão industrial. Vargas queria livrar-se da dependência do capital estrangeiro, explorando ao máximo os recursos do país com a bandeira do nacionalismo. Disponível em: Acesso em: 28 mar. 2010

21 20 a base para o governo para conceder a terceiros a possibilidade de exploração dos serviços públicos. (id., 1988). No Brasil, a reorganização e reforma do setor elétrico foram iniciados sob o governo Collor, em razão da crise financeira iniciada desde 1980, tendo como conseqüência a limitação dos investimentos no setor. Em 1990 se consolida o Programa Nacional de Desestatização PND, e ainda sob a égide do governo Collor, se desencadeia a intenção da privatização das empresas de serviço público de energia elétrica, Espírito Santo Centrais Elétricas Escelsa, e da Light Serviços de Eletricidade. (CACHAPUZ et al., 2003). Essas mudanças tomaram notável efetivação com a posse do Presidente Fernando Henrique, acarretando em 1995 na extinção de 33 concessões de aproveitamentos hidrelétricos outorgados sem licitação, e sob a égide da Constituição Federal de (id., 2003). Para Paulo Brandi de Barros Cachapuz, as mudanças implementadas no setor: [...] eram de uma tal profundidade que tornavam inaplicável parte da regulamentação vigente, sendo indispensável a elaboração de uma nova estrutura e de um quadro de regulamentação. Entretanto, a necessidade de gerar um fluxo significativo de divisas para sustentar o programa de estabilização econômica levou à decisão de deslanchar o processo de privatização das concessionárias, mesmo sem um arcabouço jurídicoinstitucional que desse formato ao novo mercado de energia elétrica. (2003, p. 244). Com a possibilidade de investimentos estrangeiros, diversas empresas se estabeleceram no país, como a Electricité de France EDF, a AES Corporation, a Enron, a Endesa, a Tractbel empresa belga que adquiriu na região sul as usinas Salto Santiago e Salto Osório, localizado no rio Iguaçu. ( id., 2003).

22 21 Os estudos que viabilizaram a Reestruturação do Setor Elétrico iniciaram em 1996, realizados pela empresa inglesa Coopers & Lybrand, a qual em agosto de 1997 o Ministro de Minas e Energia recebe o relatório final com os apontamentos necessários a balizar a reestruturação do setor. ( id., 2003). Salutar se faz mencionar as considerações de Paulo Brandi de Barros Cachapuz, que aponta: O atraso de obras e a insuficiência de novos investimentos em geração e transmissão acentuaram a tendência ao desequilíbrio entre a oferta e a demanda de energia elétrica, notada desde o momento inicial de implementação das reformas do setor. Esse desequilíbrio resultou na necessidade de utilização excessiva da água armazenada nos reservatórios e na perda progressiva da capacidade de regulação do Sistema Interligado Nacional. (2003, p. 244). Em razão das condições hidrológicas desfavoráveis, em 2001, se apresenta uma das maiores crises energéticas do país, e que, na noite do dia 11 de março de 1999, às 22h16 min., se consolida, com a perturbação no sistema interligado provocando a interrupção do fornecimento de energia elétrica dos principais centros de carga do país. Esse blecaute interrompeu MW de potência do sistema, correspondendo a 72% da carga total do sistema. Em 15 de maio de 2001, o Presidente Fernando Henrique Cardoso cria por Medida Provisória MP nº 2.147, a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, cujo objetivo era propor e implementar medidas de natureza emergencial para compatibilizar a demanda e a oferta de energia elétrica [...]. (id., 2003).

23 ASPECTOS HISTÓRICOS: A CONTRIBUIÇÃO DA REGULAMENTAÇÃO PARA O DIREITO POSITIVO BRASILEIRO Com a crescente demanda, e a necessidade de regulamentação das concessões de eletricidade no Brasil, faz com que no fim de 1903, fosse promulgada a primeira lei que regulamenta a questão, a Lei de 31 de dezembro de , regula as concessões de serviços públicos federais, em específico o apresentado em seu art. 23, autorizando a esfera Federal a promover mediante concessão o aproveitamento hidráulico para os fins federais. Geraldo Pereira Caldas aponta que: O Estado, cuja intervenção na economia se limitava à defesa das atividades ligadas a exportação de produtos primários, notadamente o café, desempenhou um papel muito restrito no desenvolvimento da indústria de energia elétrica no Brasil até a Revolução de A Constituição de 1891 assegurava autonomia aos governos estaduais, restringindo a ação da União. Ao Congresso Nacional competia legislar apenas sobre terras e minas de propriedade do subsolo e das quedas d água e a propriedade das terras circundantes. Assim a intervenção do Estado na indústria de energia elétrica durante as três primeiras décadas do século XX resumiu-se a medidas isoladas na regulamentação do setor. (2008, p. 37). Em 1904, o Decreto nº de 27 de dezembro estabelecia já à época alguns critérios para fiscalização dos concessionários, estabelecendo diretrizes quanto ao prazo máximo das concessões, e do destino dos bens após a vigência deste prazo. Segundo Geraldo Pereira Caldas, o decreto é: [...] considerado o embrião da legislação brasileira sobre energia elétrica, este decreto teve, na prática, um efeito muito reduzido, pois se referia apenas à aplicação da energia elétrica em atividades desenvolvidas pelo governo federal, não tendo, portanto obrigatoriedade para os Estados e Municípios. 5 Regula as concessões de serviços públicos federais. Disponível em: Acesso em: 07 jan

24 23 Por isto, havia grande variedade de contratos de concessão com privilégio de exclusividade [...] (2008, p. 38). Dentro da crescente necessidade para atrair investimentos em infra estrutura, e a definição de critérios claros para a exploração do serviço de aproveitamento hidráulico dos rios, o grande marco legislativo foi a elaboração do Código de Águas, tendo sido iniciado em 1907, porém, somente em 10 de julho de 1934 é que se consolida, pelo Decreto nº /34 6 assinado pelo Presidente Getúlio Vargas. Segundo Walter Álvares: [...] a partir deste último diploma, é que se pode distinguir nitidamente uma formulação jurídica para a eletricidade, já com inteira independência em face dos dispositivos do direito comum [...] (1978, p. 61). Assim, Álvares (1978, citado por CALDAS, 2008, p. 34) conceitua sob o aspecto jurídico a eletricidade fundado em três requisitos básicos: o fenômeno físico da eletricidade, a utilização da corrente elétrica e a repercussão econômica. Para Orlando Gomes (1996, citado por CALDAS, 2008, p. 34), a energia elétrica é um bem incorpóreo, isto é, aquele que mesmo não tendo existência material, pode ser objeto de direito. No direito positivo, o art.83, I do nosso Código Civil, conceitua a energia elétrica como bem móvel, pois tem valor econômico (CALDAS, 2008). Segundo Geraldo Pereira Caldas, a energia é um bem fungível, consumível e divisível, conforme abaixo ilustrado: 6 BRASIL. Decreto nº , DE 10 de julho de Decreta o Código de Águas. Diário Oficial da União de , Rio de Janeiro, V.4, P. 679, 27 jul 1934 Disponível em: Acesso em: 12 jan. 2010

25 24 [...] a energia pode ser considerada como bem fungível, visto que é suscetível de substituição por outra da mesma espécie, qualidade e quantidade, determinável por medição. É bem naturalmente consumível, pois sua existência na forma elétrica termina com o primeiro uso, e bem divisível visto que tem como característica essencial a quantidade. (2008, p. 35). Com uma forte aplicação da eletricidade no mercado de energia do país, a regulação do setor é conditio sine qua non para alicerçar e garantir sua expansão com vistas ao atendimento do interesse público, através da efetiva aplicação do princípio da modicidade tarifária.

26 25 2 O MODELO INSTITUCIONAL DO SETOR ELÉTRICO 2.1 O SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO A capacidade instalada do Setor Elétrico Brasileiro ultrapassou em 2010, a marca dos ,00 GW de potência instalada 7, num período de mais de um século de operação, valor considerado alto, visto a grande complexidade de operação do Sistema Interligado Nacional. Seu potencial hidrelétrico é um dos maiores do mundo. Cumpre-nos ressaltar que o desenvolvimento do setor elétrico no Brasil foi influenciado pelas dimensões continentais do País e pelo enorme potencial hidrelétrico de suas bacias pluviais. (WALD, 2004). A crescente necessidade de implantação de novas centrais hidrelétricas, necessárias para atender a demanda, decorrente do crescimento e modernização da economia brasileira nas últimas décadas, principalmente nas áreas industriais e nos grandes centros urbanos, fez com que fosse necessária também a melhoria da rede de transmissão que transportam um enorme fluxo de potência, e como disse numa malha de interligação muito complexa. (SAUER et al., 2003). No sistema elétrico brasileiro o emprego da hidroeletricidade é majoritário, e apenas de forma complementar se utiliza a energia proveniente de usinas termelétricas. O planejamento de operação está condicionado à aleatoriedade das afluências hidrológicas, despachando-se térmicas apenas diante da expectativa de exaustão dos reservatórios (SAUER et al., 2003). Segundo Wald (2004), em razão do predomínio da usinas hidrelétricas, houve a necessidade de criação de um modelo centralizado de despacho de carga. 7 Dados retirados do sítio da ANEEL Banco de Informações da Geração - Referentes até o mês de janeiro de Disponível em: Acesso em: 25 jan

27 26 Essa operação de forma interligada traz inúmeros benefícios ao sistema, dentre eles: a mitigação dos riscos de interrupção do suprimento de energia em função da mantenabilidade dos reservatórios em períodos de baixa hidrologia, ganho em energia firme 8, manutenção da confiabilidade do sistema, possibilidade de utilizar energia hidráulica disponível em qualquer reservatório do sistema interligado, permitindo dessa forma a redução dos custos operacionais aos agentes e conseqüentes reduções dos custos do preço da energia elétrica aos consumidores, segundo informações apresentadas pelo Operador Nacional de Sistema Elétrico 9. Percebe-se na Tabela 1, que os concessionários envolvidos pertencem a empresas estatais tanto na esfera estadual quanto federal, representam grande importância ao sistema nacional, em face de possuírem reservatórios estratégicos para o controle hidráulico, e ainda, por estarem próximas aos grandes centros urbanos. Abaixo, segue tabela indicando a potência em Megawatt (MW) em relação aos os concessionários impactados pelo vencimento das concessões que terão seu termo final a partir do ano de 2015: Tabela 1 - POTÊNCIA POR CONCESSIONÁRIO DAS CONCESSÕES VINCENDAS /2020 ANO FURNAS CHESF CEMIG Contribuição da usina à energia firme do sistema correspondente à sua produção média ao longo do período crítico. Disponível em: Acesso em: 01 mar Dados retirados do sítio do ONS. Disponível em: Acesso em 13 fev. 2010

28 27 CESP COPEL FONTE: Dados obtidos no sítio da Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL A Tabela 2 mostra a capacidade de geração instalada no país, por tipo de empreendimento, especificando o total de instalações e o percentual que representa no total nacional: Tabela 2 - CAPACIDADE INSTALADA POR TIPO DE EMPREENDIMENTO DE GERAÇÃO TIPO CAPACIDADE INSTALADA Nº DE USINAS (Kw) % HIDRELÉTRICAS ,74 73,60 TERMELÉTRICAS ,40 23,91 NUCLEAR ,88 EÓLICA ,880 0,56 SOLAR ,05 TOTAL , FONTE: Dados obtidos no sítio da Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL Dados Atualizados até 07/01/2010. Para a produção de eletricidade, podem-se utilizar diversas fontes, a exemplo: hidráulica objeto de nosso estudo, e outras, como a térmica, nuclear, eólica e solar. Corroborando esse pensamento, Ildo Luís Sauer ( et al.) complementa: O sistema brasileiro é majoritariamente hidráulico, com participação térmica apenas em complementação. O planejamento de operação está condicionado à aleatoriedade das afluências hidrológicas, despachando-se térmicas apenas diante da expectativa de exaustão dos reservatórios. (2003, p. 29).

29 28 Assim temos no país um considerável número de usinas hidroelétricas, correspondendo a mais de 73% do total da geração disponível ao sistema interligado nacional. 2.2 ESTRUTURA INSTITUCIONAL DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO E O ORDENAMENTO JURÍDICO Segundo Geraldo Pereira Caldas: As variadas formas pelas quais a energia se apresenta na natureza, dentre as quais a eletricidade, prescinde do direito para que se manifestem. Mas a partir do momento em que há o envolvimento do aspecto econômico da exploração tecnológica da energia para utilização no meio social, imprescindível se torna sua disciplina no ordenamento jurídico (ALVARES, 1978, p. 2, citado por CALDAS, 2008, p. 37). Na tabela 3, apresentam-se as principais leis que formaram o setor elétrico brasileiro, e as que consolidaram o instituto da concessão de energia, este arcabouço normativo evoluiu de acordo com as necessidades e interesses de cada época. Tabela 3 - MARCO LEGISLATIVO Lei nº Lei 1.145/1903 Abrangência Fixa a despesa geral da República Federativa dos Estados Unidos do Brasil Decreto 5.407/1904 Regulamenta o art. 23 da Lei n.º 1.145/1903 Decreto /1934 Decreto /1957 Lei 3.782/1960 Lei A/1961 Lei 8.666/1993 Lei 8.987/1995 Código de Águas Regulamento dos Serviços de Energia Elétrica Criou o MME Criação da ELETROBRÁS Institui normas para licitações e contratos Lei geral das concessões

30 29 Decreto 1.717/1995 Lei 9.074/1995 Decreto 2.003/1996 Lei 9.427/1996 Decreto 5.163/2004 Lei /2004 Lei /2004 Decreto 5.911/2006 Estabelece procedimentos para prorrogação das concessões dos serviços públicos de energia elétrica de que trata a Lei n 9.074, de 7 de julho de 1995, e dá outras providências Estabelece normas para outorga e prorrogações das concessões e permissões de serviços públicos Regulamenta a Produção de Energia Elétrica por Produtor Independente e por Autoprodutor Institui a ANEEL, disciplina o regime de concessões do Serviço Público de Energia Elétrica Regulamenta a comercialização de energia elétrica, o processo de outorga de concessões e de autorizações de geração de energia elétrica, e dá outras providências. Dispõe sobre a comercialização de energia elétrica, altera as Leis nºs 5.655, de 20 de maio de 1971, 8.631, de 4 de março de 1993, 9.074, de 7 de julho de 1995, 9.427, de 26 de dezembro de 1996, 9.478, de 6 de agosto de 1997, 9.648, de 27 de maio de 1998, 9.991, de 24 de julho de 2000, , de 26 de abril de 2002, e dá outras providências Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria públicoprivada no âmbito da administração pública. Estabelece procedimentos para prorrogação das concessões de uso do bem público dos empreendimentos de geração de energia elétrica de que trata o art. 17 da Lei no , de 15 de março de 2004, FONTE: Sítio ANEEL Na década de 90 ocorreram duas grandes mudanças no setor elétrico nacional. A primeira, em relação às privatizações das concessionárias, consubstanciando como marco inicial a Lei n 9.427/96, que instituiu a ANEEL, definindo que a exploração dos potenciais hidráulicos fosse concedida através de leilão ou concorrência, onde o maior valor oferecido pela outorga iria definir qual o vencedor. A segunda decorrente do Novo Modelo do Setor Elétrico, que teve por objetivos: Atender a modicidade tarifária, segurança no fornecimento de energia ao sistema e democratização do uso da energia a todos, em especial, pelo programa Luz para Todos (SAUER et al., 2003).

31 30 A liberalização econômica do sistema elétrico brasileiro, conhecida como reestruturação, desse setor e inserida no contexto do antigo Programa Nacional de Desestatização (PND), foi uma das mais importantes diretrizes da política de reforma institucional e ajuste econômico [...] postas em prática pelo Governo Federal na década de 90. (2003, p. 29). Para Paulo Roberto Ferreira Motta, o elemento primordial no processo desestatizante é a: Concessão de serviço público, constituída por um triângulo de interesses, os econômicos do concessionário, que é um investidor perseguindo lucros, os políticos do poder concedente, que como Estado deve, ao menos em tese, assegurar o interesse público, traduzidos pelas expressões serviço adequados e tarifa módica, e os do usuário, também marcadamente econômicos, e nem sempre levados em consideração [...] (2003, p ). Destarte, temos com o advento da política de liberalização do setor elétrico, concebida e institucionalizada pelo Governo Collor, sendo consolidado pelo Governo Fernando Henrique Cardoso, a instituição efetiva da bandeira da desestatização do setor, consubstanciado na impossibilidade do Estado investir à expansão do sistema, sendo agravadas pela crise institucional e econômica da época. (SAUER et al., 2003). Com o advento do Decreto n 5.163/2004 que Regulamenta a Comercialização de Energia Elétrica, o processo de outorga de concessões de autorizações de geração de energia elétrica, e dá outras providências, vence os leilões de concessões dos novos empreendimentos de produção de energia, o investidor que oferece um menor preço para a venda da energia gerada nas futuras usinas, ou seja, aquela empresa que ofertar uma energia mais barata por MW gerado. Essas mudanças trouxeram também alterações na forma de celebração dos contratos de compra e venda de energia.

32 31 O novo modelo criou dois ambientes para promoção dos respectivos contratos: a) Ambiente de Contratação Regulada 10, também chamado de ACR, de uso exclusivo das geradoras e distribuidoras e; b) Ambiente de Contratação Exclusiva 11, também chamado de ACL, de uso das geradoras, comercializadoras, importadores, exportadores e consumidores livres, ou seja, os contratos são livremente negociados nessa modalidade. Com as mudanças determinadas pelo Novo Modelo do Setor Elétrico Lei n /2004, as empresas que atuavam nos diversos segmentos 12 do Setor Elétrico, em grande parte as estatais, foram por força do art. 4 parágrafos 5, 6 e 7, da referida lei, divididas em: Geração e Distribuição, sendo que por questões estratégicas, a atividade de transmissão, em grande parte das empresas, ficaram com a geração (CALDAS, 2008). Até meados de 1998 as empresas atuavam verticalizadas, ou seja, as distribuidoras dessas empresas atendiam sua carga própria através de seus respectivos parques geradores. O Novo Modelo do Setor Elétrico tem por fundamento a competição, com objetivo de atrair novos investimentos e atingir a modicidade tarifária. 10 Segmento no qual se realizam as operações de compra e venda de energia elétrica entre Agentes Vendedores e Agentes de Distribuição, precedidas de licitação, ressalvados os casos previstos em lei, conforme Regras e Procedimentos de Comercialização específicos, de acordo com o disposto no Decreto nº 5.163, de 30 de julho de Disponível em: D Acesso em: 15 fev No Ambiente de Contratação Livre - ACL - participam Agentes de geração, comercializadores, importadores e exportadores de energia elétrica e consumidores livres. Nesse ambiente há liberdade para se estabelecer volumes de compra e venda de energia e seus respectivos preços, sendo as transações pactuadas através de contratos bilaterais. Disponível em: D Acesso em: 15 fev Empresas que atuavam nas áreas de Geração, Transmissão e Distribuição

33 32 A Resolução n 5/ , do Conselho Nacional de Política Energética CNPE aprovou à época as diretrizes básicas para a implementação do novo modelo do setor elétrico brasileiro, esculpidas no art. 1 da resolução, visando: a) A supremacia do interesse público sobre o interesse privado; b) A universalidade de acesso; c) A modicidade tarifária e; d) A modificação no processo de licitação da concessão do serviço público de geração, de forma a garantir o menor preço da tarifa, revertendo em benefícios à sociedade. Abaixo, tabela comparativa com as principais mudanças, de acordo com a modelagem utilizada para gerir o setor elétrico brasileiro. Tabela 4 - PRINCIPAIS MUDANÇAS ENTRE OS MODELOS Modelo Antigo (até 1995) Financiamento através de recursos públicos Empresas verticalizadas Empresas predominantemente Estatal Monopólios - Competição inexistente Modelo de Livre Mercado (1995 a 2003) Financiamento através de recursos públicos e privados Empresas divididas por atividade: geração, transmissão, distribuição e comercialização Abertura e ênfase na privatização das Empresas Competição na geração e comercialização Novo Modelo (2004) Financiamento através de recursos públicos e privados Empresas divididas por atividade: geração, transmissão, distribuição, comercialização, importação e exportação. Convivência entre Empresas Estatais e Privadas Competição na geração e comercialização Consumidores Cativos 14 Consumidores Livres e Cativos Consumidores Livres e Cativos 13 Disponível em: Acesso: 16 mar. 2010

34 33 Tarifas reguladas em todos os segmentos Preços livremente negociados na geração e comercialização No ambiente livre: Preços livremente negociados na geração e comercialização. No ambiente regulado: leilão e licitação pela menor tarifa Mercado Regulado Mercado Livre FONTE: Dados obtidos no sítio da Câmara de Comercialização de Energia CCEE Convivência entre Mercados Livre e Regulado Percebe-se na tabela acima, que dentro dessa nova Reestruturação do Setor Elétrico, legitimada em 2004, apresenta-se um novo ente 15 para desempenhar, dentre outras atividades, um papel estratégico nesta estrutura, ou seja, gestionar os contratos de compra e venda de energia, viabilizar e contabilizar o montante dessa comercialização, dentre outras funções. Essa comercialização é se dá mediante os ambientes de contratação livre e regulada. 2.3 OS AGENTES INSTITUCIONAIS DO SETOR ELÉTRICO 16 Com a Reestruturação do Setor Elétrico no Brasil, e a necessidade de suporte técnico administrativo para gerir as questões inerentes as atividades de energia elétrica, foi criado uma estrutura organizacional com órgãos responsáveis para atender as diversas necessidades. (WALD, 2004). Para Wald, como resultado essa nova estrutura da regulamentação sinalizou para a competição, com indicativo de aumento da eficiência (2004, p. 523). 14 Consumidor ao qual só é permitido comprar energia do concessionário, permissionário ou autorizado a cuja rede esteja conectado. Disponível em: Acesso: 16 mar Câmara de Comercialização de Energia - CCEE 16 As informações contidas neste capítulo forma baseadas e retiradas dos sítios do Ministério de Minas e Energia - MME, Operador Nacional do Sistema - ONS, Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, Câmara de Comercialização de Energia - CCEE, Empresa de Pesquisa Energética EPE, Conselho Nacional de Política Energética - CNPE

35 O Ministério de Minas e Energia A Lei n 8.422/92 cria o Ministério de Minas e Energia e o Decreto n de 9 de dezembro de 2004 regulamenta sua estrutura. A competência de atuação do MME está definida no artigo 27, XVI, da Lei n / A Empresa de Pesquisa Energética A Lei n de 15 de março de 2004, autorizou o Poder Executivo a criar a EPE, conforme procedimentos a serem atendidos de acordo com o art. 1 da referida lei, definindo em seu art. 2 a sua finalidade e demais questões administrativas, assim, o Decreto n de 16 de agosto de 2004 cria a Empresa de Pesquisa Energética EPE. A EPE tem por finalidade prestar serviços na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor energético, tais como energia elétrica, petróleo e gás natural e seus derivados, carvão mineral, fontes energéticas renováveis e eficiência energética, dentre outras, conforme estabelece o art.2 da Lei que a instituiu O Conselho Nacional de Política Energética - CNPE O Conselho foi criado pela Lei nº 9.478/97, que tem por escopo assessorar a Presidência da República através da elaboração de políticas energéticas que busquem o aproveitamento racional dos recursos energéticos, a revisão periódica da matriz energética considerando as tecnologias disponíveis, estabelecimento de diretrizes para programas específicos, como os de uso do gás natural, do álcool, de outras biomassas, do carvão e da energia termonuclear dentre outras atividades correlatas.

36 35 Conselho. O Decreto nº 3.520/2000 consolida a estrutura e o funcionamento do A Agência Nacional de Energia Elétrica A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, é uma autarquia de regime especial 17, vinculada ao Ministério de Minas e Energia - MME, criada pela Lei de 26 de Dezembro de A estrutura regimental da ANEEL foi aprovada pelo Decreto n de 06 de outubro de 1997, estabelecendo, portanto suas diretrizes, atribuições e a estrutura básica da instituição. O art.2 e 3 da Lei 9.427/96 definem a finalidade e suas atribuições de forma ampla, tendo por escopo basicamente: a regulação e fiscalização da geração, da transmissão, da distribuição e da comercialização da energia elétrica, mediar os conflitos de interesses entre os agentes do setor elétrico e entre estes e os consumidores; conceder, permitir e autorizar instalações e serviços de energia; garantir tarifas justas; zelar pela qualidade do serviço; exigir investimentos; estimular a competição entre os operadores e assegurar a universalização dos serviços O Operador Nacional do Sistema Elétrico Lei n 9.648/98 O Operador Nacional do Sistema Elétrico ONS, é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, criado pela lei n de 27 de maio de 1998 e, posteriormente revista pela Lei n /04, com a instituição do novo modelo do setor elétrico, teve suas atribuições ratificadas pelo decreto n 5.081/04, é responsável 17 Conjunto de privilégios específicos que a lei outorga à entidade para a consecução de seus fins. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo, 2003, p. 342

37 36 pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN, tendo como órgão fiscalizador e regulador a Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. A constituição do ONS, representou um dos principais marcos das reformas empreendidas no setor de energia elétrica pelo governo federal [...]. (CACHAPUZ et al., 2003). A operação e coordenação do sistema elétrico passaram para o ONS efetivamente em 1º de março de 1999, ao tomar posse do Centro Nacional de Operação do Sistema CNOS. (CACHAPUZ, 2003) A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE, foi criada pela Lei de 15 de março de 2004 Dispõe sobre a comercialização de energia elétrica, é regulamentada pelo Decreto n 5.177, de 12 de agosto de 2004, decorrente de um processo de implantação do novo modelo do setor elétrico, é uma organização civil de direito privado, sem fins lucrativos, sendo composta por membros das diversas áreas de Geração, Distribuição e Comercialização de Energia. Para Wald (2004), a existência desses agentes permitiu a separação do ambiente comercial e físico, sendo uma das principais características dessa nova estrutura do setor, pautada na atividade de comercialização de energia. Essa nova concepção do setor elétrico tinha por fundamento preservar os pilares básicos, que são a competição na geração, a comercialização da energia, o incentivo aos investimentos privados e à qualidade dos serviços.

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