Determinação da Fatura de Energia Elétrica de Uma Unidade Consumidora Utilizando o Software Energyplus

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Determinação da Fatura de Energia Elétrica de Uma Unidade Consumidora Utilizando o Software Energyplus"

Transcrição

1 Determinação da Fatura de Energia Elétrica de Uma Unidade Consumidora Utilizando o Software Energyplus 1 Arnulfo Barroso Vasconcellos, Dr.; Fernando Novelo, Acad.; Luciana Oliveira da Silva, Eng.; Antônio Rafael de Melo Buosi, Acad.; Erika Tiemi Anabuki, Acad. Grosso - UFMT Teresa I. R. C. Malheiro, PhD. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso IFMT. 1 Resumo Através de um caso real, este artigo tem como objetivo, realizar um comparativo entre a estimativa da Fatura de Energia Elétrica pelo método Convencional e através da Utilização do Software Energyplus da Rádio e TV Senado, que estão instaladas nas dependências do Campus da Universidade Federal de Mato Grosso. No método Convencional, multiplica-se a Demanda de Potência Ativa média dos diversos tipos de equipamentos presentes na U.C. pelo tempo de utilização para o calculo do consumo de energia elétrica Ativa; Assim como, se soma a potência ativa de todos os equipamentos para a determinação da Demanda de Potência Ativa a ser contratada, sem levar em consideração as características da edificação, tais como, dimensões, espessura e cor da parede, tipo de cobertura, número de ocupantes do ambiente, condições climáticas da região, etc. Diferentemente de quando se utiliza o Energyplus para simulação de carga térmica, consumo de energia elétrica ativa, estimativa de demanda de Potência Ativa, enquadramento tarifário, que considera a condução de calor transiente através dos elementos do prédio como paredes, tetos, pisos, etc, usando funções de transferência; modelo de conforto térmico, baseado na atividade, temperatura de bulbo seco interna, umidade, entre outros. Palavras chaves Demanda, Consumo de Energia Elétrica, Energyplus, Mercado Cativo de Energia, Tarifação Energética, Legislação, Gerenciamento de Faturas Energéticas. O I. INTRODUÇÃO Energyplus é um programa computacional, criado a partir dos programas BLAST e DOE-2 e distribuído pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos, desenvolvido para simulação de carga térmica, consumo de energia elétrica ativa, estimativa de demanda de Potência Ativa e o enquadramento tarifário mais adequado e a análise energética de edificações e seus sistemas. O programa possui capacidade de simulação diferenciada, tais como time-step de cálculo menor que uma hora, sistema modular, possibilidade de cálculo de infiltração de ar diferenciada para cada zona térmica, cálculo de índices de conforto térmico e integração com outros sistemas A. B. de Vasconcellos ( arnulfo@ufmt.br); F. Novelo ( fernando_novelo@hotmail.com); L. O. Silva ( xtialu@yahoo.com.br); A. R. M. Buosi (e;mail: miojo_4queijos@hotmail.com); E.T. Anabuki ( tiemitiemi@hotmail.com) T. I. R. C. Malheiro ( malheiro.teresa@gmail.com) (fotovoltaico, aquecimento solar, etc...). O programa Energyplus apresenta algumas características que o colocam à frente de diversos programas de simulações termo-energéticas, como: a) Solução simultânea e integrada em que a resposta do prédio e o sistema primário e secundário estão acoplados; b) Intervalos de tempos definidos pelo usuário, com fração de hora, para interação entre as zonas térmicas e o ambiente e intervalos de tempo variável para interação entre a zona térmica e o sistema HVAC (automaticamente variável para assegurar uma solução estável); c) Arquivos de entrada, saída e climática que incluem condições ambientais horárias ou sub-horárias (até um quarto de hora) e relatórios padrões reajustáveis pelo usuário; d) Técnica de solução baseada no balanço de energia para as cargas térmicas prediais, que permite o cálculo simultâneo dos efeitos radiante e convectivo na superfície interior e exterior, durante cada intervalo de tempo; e) Condução de calor transiente através dos elementos do prédio como paredes, tetos, pisos, etc, usando funções de transferência; modelo de conforto térmico, baseado na atividade, temperatura de bulbo seco interna, umidade; f) Modelo de céu anisotrópico para cálculos mais complexos da radiação difusa sobre superfícies inclinadas; g) Cálculo de balanço de calor de janelas que permite o controle eletrônico de persianas, balanço térmico camada por camada, o que permite a identificação do comprimento de onda da energia solar absorvida pelo vidro da janela; h) Possui uma biblioteca versátil com diversos modelos comerciais de janela; controle da luz do dia, incluindo cálculos da iluminância interior, controle dos brilhos das luminárias e do efeito da iluminação artificial; i) Sistemas de condicionamento de ar configuráveis, que permitem ao usuário simular sistemas típicos comuns e sistemas poucos modificados, sem ter que recompilar o código fonte do programa; entre outras. j) Permite a Simulação para determinar o Consumo de energia elétrica e a Demanda de Potência Ativa de uma Edificação com todos seus equipamentos internos e características construtivas. Além disso, o programa Energyplus integra vários módulos que trabalham juntos para calcular a energia requerida para

2 2 aquecer ou resfriar um edifício usando uma variedade de sistemas e fontes de energia. Ele faz isso simulando o edifício e os sistemas associados em diferentes condições ambientais e operacionais. A essência da simulação está no modelo do edifício que utiliza princípios fundamentais de balanço energético. Nesse contexto, o presente artigo apresenta os resultados obtidos através de simulações de faturamento de uma Edificação na qual estão instaladas a estação retransmissora da Rádio e TV Senado, dentro do Campus da Universidade Federal de Mato Grosso, através do método convencional e utilizando o Software Energyplus e analisando o valor da Fatura da Energia Elétrica da edificação obtidas da utilização de ambos os métodos. II. ESTIMATIVA DA FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA DA RÁDIO E TV SENADO ATRAVÉS DE EQUAÇÕES MATEMÁTICAS RELATIVAS À TARIFA HORO-SAZONAL VERDE Para fazer a estimativa de Consumo de Energia Elétrica Ativa e Demanda de Potência Ativa da Edificação onde estão instalados a Rádio e TV Senado foi realizado o levantamento das cargas instaladas mais significativas presentes no local e que estão descritas abaixo. 1. Cálculo do Consumo de Energia Elétrica de um Condicionador O sistema de refrigeração da edificação é composto por três condicionadores de ar Split de BTU da marca Hitachi, modelo RAA 04B5S, série RAA que possui uma Demanda de Potência Ativa de 4,08 kw conforme dados de placa do fabricante Considerando que o Condicionador de ar funciona durante 30 dias, 21 horas por dia no horário fora de ponta e 22 dias, 3 horas por dia no horário de ponta (19:00 horas às 22:00 horas que é o horário de ponta da Unidade Consumidora onde está localizada a edificação da Rádio e TV Senado), que são característica da tarifa horo-sazonal verde da U. C. tem-se: 1.1. Consumo de energia elétrica ativa no horário de ponta O consumo de energia elétrica ativa no horário de ponta foi calculado através da equação (1). CAP = Potência Ativa x N horas da Ponta x 22 Dias (1) CAP = 4,08 kw x 3 horas x 22 Dias CAP = 269,28 kwh/mês. Considerando que nas dependências onde estão instalados a Rádio e TV Senado existem três Condicionadores de mesma Potência, portanto o consumo total de energia elétrica ativa mensal no horário de ponta será obtido através da equação 2: CAP = 3 x 269,28 kwh = 807,84 kwh/mês (2) 1.2. Consumo de energia elétrica ativa no horário Fora de ponta O Consumo de energia elétrica ativa no horário fora de ponta é obtido pela equação (3). CAFP = Potência Ativa x N horas fora de Ponta x 30 Dias (3) CAFP = 4,08 kw x 21 horas X 30 Dias CAFP = 2570,40 kwh/mês. Considerando que nas dependências onde estão instalados a Rádio e TV Senado existem três Condicionadores de mesma Potência, o consumo total de energia elétrica ativa mensal no horário fora de ponta será obtido através da equação (4): CAFP = 3 x 2570,40 kwh = 7711,20kWh/Mês (4) 2. Cálculo do Consumo de Energia Elétrica Ativa de um transmissor de Rádio. O transmissor da rádio é da marca Teclar, modelo Tec 112, 3com potencia ativa de 5 kw, conforme dados de placa do fabricante. Considerando que o transmissor de Rádio funciona durante 30 dias, 21 horas por dia no horário fora de ponta e 22 dias, 3 horas por dia no horário de ponta (19:00 horas às 22:00 horas), o consumo de energia elétrica ativa no horário de ponta é dado pela equação (5) e o consumo de energia elétrica ativa no horário fora de ponta por (6) Consumo de energia elétrica ativa no horário de ponta CAP = Potência Ativa x N horas da Ponta x 22 Dias (5) CAP = 5 kw x 3 horas x 22 Dias CAP = 330 kwh/mês Consumo de energia elétrica ativa no horário Fora de ponta CAFP = Pot. Ativa x N horas fora de Ponta x 30 Dias (6) CAFP = 5,0 kw x 21 horas x 30 Dias CAFP = 3150 kwh/mês. 3. Cálculo do Consumo de Energia Elétrica Ativa de um transmissor de TV da marca Telavo, do modelo RTV 10000T, de Potência Ativa de 10 kw conforme dados de placa do fabricante. Considerando que o transmissor de TV funciona durante 30 dias, 21 horas por dia no horário fora de ponta e 22 dias, 3 horas por dia no horário de ponta (19:00 horas às 22:00 horas) característica da tarifa horo-sazonal verde, o consumo na ponta e fora de ponta serão fornecidos através das equações 7 e 8 respectivamente: 3.1. Consumo de energia elétrica ativa no horário de ponta CAP = Potência Ativa x N horas da Ponta x 22 Dias (7) CAP = 10 kw x 3 horas x 22 Dias CAP = 660 kwh/mês.

3 Consumo de energia elétrica ativa no horário Fora de ponta CAFP = Pot. Ativa X N horas fora de Ponta X 30 Dias (8) CAFP = 10 kw x 21 horas x 30 Dias CAFP = 6300 kwh/mês. 4. Cálculo do Consumo de Energia Elétrica Ativa de 6 luminárias, sendo que cada luminária possui duas lâmpadas de 32W com reator eletrônico, funcionando em média 8 horas por dia no horário fora de ponta, utilizando a equação (9) 4.1. Consumo de Energia Elétrica Ativa no horário Fora de Ponta. CAFP = Potência Ativa x N horas fora de Ponta x 30 Dias (9) CAFP = 0,384 kw x 8 horas x 30 Dias CAFP = 92,12 kwh/mês. 5. Cálculo do Consumo de Energia Elétrica Ativa Total nos horários de ponta e fora de ponta devido a todos os equipamentos relacionados acima: 5.1. Consumo de energia elétrica Ativa TOTAL no horário de ponta CATP = 807,84 kwh/mês kwh/mês kwh/mês CATP = 1.797,84 kwh/mês 5.2. Consumo de energia elétrica Ativa TOTAL no horário Fora de Ponta CATFP = 7711,20 kwh/mês kwh/mês kwh/mês + 92,12 kwh/mês. CATFP = ,32 kwh/mês 6. Demanda de Potência Ativa de um Condicionador de ar Split de BTU da marca Hitachi, modelo RAA 04B5S, série RAA , com uma Potência Ativa de 4,08 kw conforme dados de placa do fabricante Demanda de Potência Ativa D = 4,08kW Considerando que nas dependências onde estão instalados a Rádio e TV Senado existem três Condicionadores de Ar de mesma Potência, então a demanda total de potência ativa será: D1 = 3 x 4,08 = 12,24kW 7. Demanda de potência ativa de um transmissor de Rádio da marca Teclar, modelo Tec 112, de Potência Ativa de 5 kw, conforme dados de placa do fabricante Demanda de Potência Ativa D2 = 5kW 8. Demanda de potência ativa de um transmissor de TV da marca Telavo, do modelo RTV 10000T, de Potência Ativa de 10kW conforme dados de placa do fabricante Demanda de Potência Ativa. D3 = 10 kw 9. Demanda de potência ativa de 6 luminárias, sendo que cada luminária possui duas lâmpadas de 32W com reator eletrônico. D4 = 0,384kW 10. Cálculo da demanda de potência Ativa total devido a todos os equipamentos relacionados acima: Demanda de Potência Ativa TOTAL: DT = D1 + D2 + D3 + D4 DT = 27,624 kw 11. Cálculo do valor do faturamento da edificação utilizando a modalidade tarifária horo-sazonal verde, tendo como base o consumo de energia elétrica ativa e a demanda de potência ativa solicitada pelos equipamentos utilizados pela Rádio e TV Senado. Os valores em Reais da energia em kwh e da demanda de potência ativa em kw, foram obtidos na RESOLUÇÃO HOMOLOGATÓRIA DA ANEEL, Nº 1.131, DE 5 DE ABRIL DE 2011 EM VIGOR DE 8 DE ABRIL DE 2011 A 7 DE ABRIL DE 2012, referentes a tarifa horo-sazonal verde. VF = [( CAP.TCP) + ( CAFP.TCFP) + ( DF.TD)].I (10) Onde: VF = Valor do faturamento CA P : Consumo de Energia Ativa no horário de Ponta CA FP : Consumo de Energia Ativa no horário Fora de Ponta DF: Demanda Faturável TC P : Tarifa de Consumo de Energia Elétrica Ativa no horário de Ponta: TC FP : Tarifa de Consumo de Energia Elétrica Ativa no horário Fora de Ponta T D : Tarifa de Demanda I: Imposto (ICMS + COFINS + PIS) Considerando o valor da Demanda Faturável de 27,64kW e os consumos nas ponta e fora de ponta, respectivamente, 1.797,84 kwh/mês e ,32 kwh/mês e o valor dos Impostos (ICMS + COFINS + PIS) equivalente a aproximadamente 63% do valor faturado da Demanda de Potência Ativa e Consumo de Energia Elétrica Ativa na Ponta e Fora de Ponta, obtêm-se a partir da equação (10) os valores totais da fatura mensal e anual de energia elétrica da U.C, respectivamente:

4 4 Total da fatura Mensal de energia elétrica com os impostos: VF = 9.328,47 R$ / Mês Total da fatura Anual de energia elétrica com os impostos: VF = ,64 R$ / Ano III. ESTIMATIVA DA FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA DA RÁDIO E TV SENADO ATRAVÉS DA MODELAGEM DA EDIFICAÇÃO COM SEUS RESPECTIVOS EQUIPAMENTOS NO SOFTWARE ENERGYPLUS. Para fins de simulação computacional da edificação da rádio e TV ilustrada na Figura 1, analisou-se a edificação com funcionamento o mais próximo do real, considerando uma ocupação média de 3 pessoas, carga de iluminação de 0,384 kw, carga de equipamentos de refrigeração 12,24 kw, carga de equipamentos da rádio senado 5,0kW, carga de equipamentos da TV senado 10,0 kw e um horário de funcionamento de 24 horas por dia durante 30 dias. As características físicas da edificação foram preservadas. O termostato do sistema de refrigeração foi configurado para a temperatura de 25 C. Utilizou-se o arquivo de dados climáticos de Cuiabá-MT, cidade que apresenta condições climáticas caracterizadas por duas estações bem definidas, sendo uma seca e outra chuvosa, ventilação fraca, sendo predominantemente quente durante o ano todo. Figura 1 Edificação da Rádio e TV Senado simulada no programa Energyplus com uma área de 31m 2 Analisando os resultados da simulação da edificação no Energyplus onde estão instalados os equipamentos da Rádio e TV Senado, observa-se que temperatura ambiente da edificação sofre variações ao decorrer do dia e de acordo com as estações do ano conforme ilustrados através das figuras 1, 2 e 3. Figura 3 Temperatura Interna e Externa da Edificação da Ràdio e TV Senado no mês julho/2011 Figura 4 Temperatura Interna e Externa da Edificação da Ràdio e TV Senado no mês outubro/2011 Através da análise mais detalhada das figuras 2, 3 e 4 esta alteração da temperatura interna em relação à externa influencia no consumo de energia elétrica ativa e consequentemente na Demanda de Potência Ativa solicitada pela edificação. Isto pode ser observado na figura 5 que mostra o comportamento do consumo de energia elétrica Ativa nos horários de ponta e fora de ponta no decorrer dos meses durante o período de um ano. Da mesma maneira a figura 6 ilustra o comportamento da demanda de potência ativa durante os meses. Figura 2 Temperatura Interna e Externa da Edificação da Ràdio e TV Senado no mês janeiro/2011 Figura 5 Consumo Anual de Energia Elétrica Ativa da Edificação da Ràdio e TV Senado

5 5 Figura 6 Demanda Anual de Potência Ativa da Edificação da Ràdio e TV Senado. As figuras 7 e 8 mostram respectivamente os perfis de consumo de energia elétrica ativa e demanda de potência anual nos horários de ponta e fora de ponta para edificação de rádio e TV Senado obtidos através da simulação no Software Energyplus. Figura 7 Relação entre o consumo de energia elétrica ativa anual na ponta e fora de ponta da Edificação da Ràdio e TV Senado para o cálculo do enquadramento tarifário de uma Unidade Consumidora na tarifa horo-sazonal verde, sendo esta equação a mesma utilizada para cálculo do faturamento no método Convencional. Assim sendo, o valor total da fatura anual de energia elétrica da U.C, considerando os impostos será de VF= ,86R$ / Ano. Analisando os resultados obtidos da fatura de energia elétrica da edificação rádio e TV Senado através do método convencional e da simulação da edificação no Software Energyplus, pode-se concluir que utilizando o método convencional foram considerados que a maioria dos equipamentos instalados na edificação funcionam 24 horas por dia, em virtude da dissipação de calor proporcionada pelos transmissores de 5kW da Rádio e de 10kW da TV, que estão em atividade 24 horas por dia, durante 30 dias mensais. Portanto no método convencional, esta estimativa foi baseada na carga instalada da edificação, que é a soma das potências nominais dos equipamentos elétricos instalados na unidade consumidora, em condições de entrar em funcionamento, pela análise do histórico dos consumos de energia elétrica e demanda de potência ativa, expressa em quilowatts (kw); conforme Artigo 115 da Resolução nº 414 da ANEEL, de 09 de setembro de Já no segundo método foi realizada a modelagem da edificação e seus equipamentos no Software Energyplus, que simula o consumo de energia elétrica e demanda de potência ativa da edificação em relação às estações do ano, considerando as características climáticas da região, portanto a refrigeração do ambiente é realizada em função da temperatura interna do mesmo. Considerando que no programa Energyplus os resultados obtidos são mais próximos de um resultado real que pode ser obtido através da instalação de medidores de energia elétrica, recomenda-se que a estimativa de consumo de energia elétrica e de demanda de potência ativa a ser faturada da edificação utilizada pela Rádio e TV Senado dentro do Campus da UFMT, seja considerado os valores obtidos através da simulação no Software Energyplus. IV. CONCLUSÃO Figura 8 Relação entre demanda média na ponta e fora de ponta da Edificação da Ràdio e TV Senado. 12. Cálculo da Fatura de Energia Elétrica da Edificação da Rádio e TV Senado utilizando os dados da média do consumo de Energia Elétrica Ativa anual e da Demanda de Potência Ativa obtidos através da simulação no programa Energyplus. Utilizando a média do consumo de energia elétrica ativa mensal e a demanda média de potência ativa obtidas através da simulação da edificação no Software Energyplus ilustrados nas figuras 7 e 8, respectivamente, e utilizando a equação (10) usada O presente artigo apresenta a estimativa da fatura de energia elétrica referente a uma edificação onde se encontra instalados uma rádio e uma TV do Senado dentro do Campus da UFMT, usando o método convencional e através do Software Energyplus que representa a mesma levando em consideração as características físicas e climáticas da região onde está localizada. Durante a elaboração da estimativa da fatura de energia elétrica, utilizando o método convencional, foram considerados que a maioria dos equipamentos instalados na edificação funcionam constantemente durante todo o ano. No segundo método foi realizada a modelagem da edificação e seus equipamentos no programa Energyplus, que simula o consumo de energia elétrica e demanda de potência ativa da edificação em relação às estações do ano, considerando as características climáticas da região, portanto a refrigeração do ambiente é realizada em função da temperatura interna do mesmo. Durante a realização do estudo verificou-se a grande vantagem da

6 6 utilização do programa em relação ao método Convencional, uma vez que, o Energyplus leva em consideração as propriedades térmicas, geométricas e elétricas dos materiais utilizados na edificação, apresentando resultados mais próximos do real obtidos através da instalação de medidores de energia elétrica. Portanto, considerando que o Energyplus é de acesso gratuito, representa uma ferramenta eficaz tanto cálculo de carga térmica, quanto para estimativa de fatura de energia elétrica. V. REFERÊNCIAS [1] BRASIL. Lei Nº 8.631, de 04 de março de [2] BRASIL. Lei Nº 9.074, de 07 de julho de [3] ANEEL. Resolução N 414 de 09 de setembro de [4] ANEEL. Resolução Nº 281, de 1º de outubro de [5] ANEEL. Resolução Normativa Nº 219, de 11 de abril de [6] ANEEL. Resolução N 77, de 18 de agosto de Teresa Irene Ribeiro de Carvalho Malbeiro nasceu em Portugal. Obteve o título de Bacharel em engenharia elétrica em 1981 na Universidade de Mato Grosso Federal, e o título de PhD na University Newcastle, em Tyne - Reino Unido em Atualmente é professora e pesquisadora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso-IFMT - Brasil. Sua principal área de interesse é a qualidade da energia. Erika Tiemi Anabuki nasceu em Goiânia-GO, Brasil. É acadêmica do curso de Engenharia Elétrica da Grosso-UFMT. Atualmente é bolsista do programa de pesquisa acadêmica. Arnulfo Barroso de Vasconcellos nasceu em Corumbá-MT, Brasil. Obteve o título de Bacharel em engenharia elétrica em 1980 na UFMT, e os títulos de Mestre e Doutor, respectivamente em 1987 e 2004, na UFU. Atualmente é professor e pesquisador na Grasso - UFMT. Luciana Oliveira da Silva nasceu em Cuiabá-MT, Brasil. Obteve o título de Engenheira Eletricista em 2012 pela Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT. Atualmente é mestranda do Programa de Pós- Graduação em Engenharia de Edificações e Ambiental, pela Grosso. Seus especiais campos de interesse estão ligados à eficiência energética, automação e simulação computacional. Fernando Novelo nasceu em Cuiabá MT, Brasil. É acadêmico do curso de Engenharia Elétrica da Grosso-UFMT. Atualmente é bolsista CNPq em iniciação tecnológica na área de Qualidade de Energia Elétrica Engenharia Elétrica. Antonio Rafael Melo Buosi, nascido em Rondonópolis-MT, Brasil. Ele atualmente cursa a faculdade de Engenharia Elétrica Grosso Brasil.

Análise da Migração de uma Unidade Consumidora para o Mercado Livre de Energia

Análise da Migração de uma Unidade Consumidora para o Mercado Livre de Energia 1 Análise da Migração de uma Unidade Consumidora para o Mercado Livre de Energia Arnulfo Barroso de Vasconcellos, Dr.; Sthefany Campos Camolesi, Acad.; Luciana Oliveira da Silva, Eng.; Erika Tiemi Anabuki,

Leia mais

CURSOS DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL CALENDÁRIO 2013

CURSOS DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL CALENDÁRIO 2013 S DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL CALENDÁRIO 2013 1 - Curso de Simulação de Edificações com o EnergyPlus (Edição 1) 8 e 9 de março 15 e 16 de março 5 e 6 de abril 19 e 20 de abril 2 - Curso de Psicrometria

Leia mais

Acumuladores de Calor

Acumuladores de Calor Acumuladores de Calor Em virtude da atividade de muitas pessoas se desenvolver, diariamente, no interior de edifícios, tal obriga a que as condições de conforto, principalmente as relacionadas com a qualidade

Leia mais

6 Simulação de tarifas de energia elétrica

6 Simulação de tarifas de energia elétrica 6 Simulação de tarifas de energia elétrica Concluída a construção da ferramenta computacional, foi possível realizar as simulações utilizando as funcionalidades para a qual esta foi desenhada. Os estágios

Leia mais

Soluções Schneider Electric voltadas à Eficiência Energética

Soluções Schneider Electric voltadas à Eficiência Energética Soluções Schneider Electric voltadas à Eficiência Energética Sistemas para Gerenciamento de Energia Fundação Santo André 25/03/08 Por: Eng. André F. Obst Depto. de Eficiência Energética Objetivo Entender

Leia mais

Energia Elétrica - Tarifação

Energia Elétrica - Tarifação Autores: Prof. José Márcio Costa - DEA/UFV Prof. Luís César Silva - CCA/UFES Energia Elétrica - Tarifação Fundamentação Para a adoção de estratégias para a otimização do uso de energia elétrica faz-se

Leia mais

3 Modelo Evolucionário para Sustentabilidade Inteligente

3 Modelo Evolucionário para Sustentabilidade Inteligente 3 Modelo Evolucionário para Sustentabilidade Inteligente Este capítulo introduz um modelo evolucionário para a otimização dos parâmetros de uma construção de modo a minimizar o impacto da mesma sobre os

Leia mais

Cap. 14 Medição de Demanda

Cap. 14 Medição de Demanda Universidade Federal de Itajubá UNIFEI Cap. 14 Medição de Demanda Prof. Dr. Fernando Nunes Belchior fnbelchior@hotmail.com fnbelchior@unifei.edu.br CONDIÇÕES GERAIS DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

Leia mais

4 Fator de carga e fator de demanda: conceituação

4 Fator de carga e fator de demanda: conceituação 4 Fator de carga e fator de demanda: conceituação 4.1. Fator de carga (FC) Segundo a resolução a normativa nº 414 de 9 de setembro de 2010 da ANEEL, o fator de carga é definido como sendo a razão entre

Leia mais

CONCEITOS INICIAIS PARA DIMENSIONAMENTO SISTEMA FOTOVOLTAICO EM RESIDÊNCIAS

CONCEITOS INICIAIS PARA DIMENSIONAMENTO SISTEMA FOTOVOLTAICO EM RESIDÊNCIAS CONCEITOS INICIAIS PARA DIMENSIONAMENTO SISTEMA FOTOVOLTAICO EM RESIDÊNCIAS Introdução a Engenharia Professores: Márcio Zamboti Fortes e Vitor Hugo Ferreira (UFF) Bruno Henriques Dias e Flávio Gomes (UFJF)

Leia mais

(1ª versão) Elaborado por: TechnoBuild Engenharia e Consultoria Ltda. Para: ABRALISO Associação Brasileira dos Fabricantes de Lãs Isolantes

(1ª versão) Elaborado por: TechnoBuild Engenharia e Consultoria Ltda. Para: ABRALISO Associação Brasileira dos Fabricantes de Lãs Isolantes AVALIAÇÃO DO IMPACTO DO USO DE ISOLAMENTO TÉRMICO EM COBERTURAS E FACHADAS DE EDIFICIOS COMERCIAIS E DE ESCRITÓRIOS (1ª versão) Elaborado por: TechnoBuild Engenharia e Consultoria Ltda. Para: ABRALISO

Leia mais

A metodologia proposta pela WEG para realizar este tipo de ação será apresentada a seguir.

A metodologia proposta pela WEG para realizar este tipo de ação será apresentada a seguir. Eficiência Energética Buaiz Alimentos 1 CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA Nome fantasia: Buaiz Alimentos Ramo de atividade: Alimentício Localização: Vitória / ES Estrutura tarifária: Horo-sazonal Azul A4 Demanda

Leia mais

Analisando graficamente o exemplo das lâmpadas coloridas de 100 W no período de três horas temos: Demanda (W) a 100 1 100 100.

Analisando graficamente o exemplo das lâmpadas coloridas de 100 W no período de três horas temos: Demanda (W) a 100 1 100 100. Consumo Consumo refere-se à energia consumida num intervalo de tempo, ou seja, o produto da potência (kw) da carga pelo número de horas (h) em que a mesma esteve ligada. Analisando graficamente o exemplo

Leia mais

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA E COGERAÇÃO COM GÁS NATURAL: BARREIRAS TECNOLÓGICAS E INSTITUCIONAIS

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA E COGERAÇÃO COM GÁS NATURAL: BARREIRAS TECNOLÓGICAS E INSTITUCIONAIS GERAÇÃO DISTRIBUÍDA E COGERAÇÃO COM GÁS NATURAL: BARREIRAS TECNOLÓGICAS E INSTITUCIONAIS AGENDA O Projeto P124 Geração Distribuída (GD) Estudo de caso: Porto de Santos AGENDA O Projeto P124 Geração Distribuída

Leia mais

6. EXECUÇÃO DO PROJETO ELÉTRICO EM MÉDIA TENSÃO 6.1 DIMENSIONAMENTO DO TRANSFORMADOR

6. EXECUÇÃO DO PROJETO ELÉTRICO EM MÉDIA TENSÃO 6.1 DIMENSIONAMENTO DO TRANSFORMADOR 6. EXECUÇÃO DO PROJETO ELÉTRICO EM MÉDIA TENSÃO 6.1 DIMENSIONAMENTO DO TRANSFORMADOR Basicamente o transformador da subestação é dimensionado pela demanda da empresa no qual será instalado, porém este

Leia mais

Comparando a eficiência dos sistemas centralizados com a dos sistemas VRV por Luis Roriz e Pedro Alves da Silva

Comparando a eficiência dos sistemas centralizados com a dos sistemas VRV por Luis Roriz e Pedro Alves da Silva Comparando a eficiência dos sistemas centralizados com a dos sistemas VRV por Luis Roriz e Pedro Alves da Silva Resumo: No presente artigo é feita a comparação dos consumos devidos à climatização dum edifício

Leia mais

METODOLOGIA DE DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO. Oportunidades de redução de custos e maior eficiência energética

METODOLOGIA DE DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO. Oportunidades de redução de custos e maior eficiência energética METODOLOGIA DE DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO Oportunidades de redução de custos e maior eficiência energética A realização de diagnóstico energético envolve um conjunto bastante diversificado de atividades,

Leia mais

- Para se aumentar a quantidade de líquido (W), para o mesmo copo de chopp, deve-se reduzir a quantidade de espuma (VAr). Desta forma, melhora-se a

- Para se aumentar a quantidade de líquido (W), para o mesmo copo de chopp, deve-se reduzir a quantidade de espuma (VAr). Desta forma, melhora-se a 6. FATOR DE POTÊNCIA O fator de potência é uma relação entre potência ativa e potência reativa, conseqüentemente energia ativa e reativa. Ele indica a eficiência com a qual a energia está sendo usada.

Leia mais

PERGUNTAS FREQUENTES (FAQS) Como posso entrar com dados geométricos da edificação?

PERGUNTAS FREQUENTES (FAQS) Como posso entrar com dados geométricos da edificação? PERGUNTAS FREQUENTES (FAQS) Data de Revisão: 8/3/2013 Como posso entrar com dados geométricos da edificação? O Domus possui atualmente duas interfaces gráficas para entrada de dados geométricos. A segunda

Leia mais

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DA QUADRA MULTIFUNCIONAL DO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ, BRASIL.

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DA QUADRA MULTIFUNCIONAL DO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ, BRASIL. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DA QUADRA MULTIFUNCIONAL DO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ, BRASIL. Adeildo Cabral da Silva, Professor-Pesquisador, Construção Civil, Centro Federal de

Leia mais

Inversores de Freqüência na Refrigeração Industrial

Inversores de Freqüência na Refrigeração Industrial ersores de Freqüência na Refrigeração Industrial Os inversores de freqüência possuem um vasto campo de aplicações dentro da área de refrigeração industrial. São utilizados nas bombas de pressurização,

Leia mais

Condicionamento de Ar

Condicionamento de Ar Condicionamento de Ar Instituto Federal de Brasília Sumário Introdução Tipos de Condicionadores de ar Vantagens e desvantagens Introdução Refrigeração por Compressão de Vapor Introdução Refrigeração por

Leia mais

Processos de medição das grandezas elétricas e térmicas em prédios comerciais e públicos

Processos de medição das grandezas elétricas e térmicas em prédios comerciais e públicos Processos de medição das grandezas elétricas e térmicas em prédios comerciais e públicos 1.0 Apresentação Este Relatório Preliminar apresenta uma sugestão de processos de medição dos resultados da aplicação

Leia mais

Eficiência energética de edificações e sua contribuição para a redução dos gases de efeito estufa

Eficiência energética de edificações e sua contribuição para a redução dos gases de efeito estufa Eficiência energética de edificações e sua contribuição para a redução dos gases de efeito estufa Contexto Perfil de emissões MCTI Ministério do Meio Ambiente Objetivos Ampliar e aprimorar a participação

Leia mais

PRÉ - DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO JULHO 2006

PRÉ - DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO JULHO 2006 PRÉ - DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO JULHO 2006 Participantes: Gerente do Projeto: João Carlos R. Aguiar Aquecimento de água: Evandro Camelo e Eduardo Souza Ar Condicionado: Sérgio M.

Leia mais

Contextualizando... 42% do consumo de energia em edificações é destinado a operação e manutenção das edificações + promoção de conforto

Contextualizando... 42% do consumo de energia em edificações é destinado a operação e manutenção das edificações + promoção de conforto CASA EFICIENTE Edificações e consumo total de energia elétrica 42% do consumo de energia em edificações é destinado a operação e manutenção das edificações + promoção de conforto Evolução dos Consumos

Leia mais

Ar Condicionado Central VRF Ar de Confiança

Ar Condicionado Central VRF Ar de Confiança Impression TM Ar Condicionado Central VRF Ar de Confiança Impression Ar condicionado Central VRF Perfil do Produto A linha de produtos Impression é um novo conceito de condicionador de ar inteligente VRF

Leia mais

Como as Novas Tecnologias "Inteligentes" de Controle de Temperatura Reduzem o Consumo de Energia nas Residências

Como as Novas Tecnologias Inteligentes de Controle de Temperatura Reduzem o Consumo de Energia nas Residências Como as Novas Tecnologias "Inteligentes" de Controle de Temperatura Reduzem o Consumo de Energia nas Residências por Eszter Körtvélyesi Sumário executivo Dependendo da localização física de uma residência,

Leia mais

Palavras-chaves Eficiência Energética; Simulação Computacional; Energyplus.

Palavras-chaves Eficiência Energética; Simulação Computacional; Energyplus. 1 Análise da Eficiência Energética em uma Edificação Climatizada Através de um Sistema de Resfriamento Evaporativo Versus Condicionadores de Ar Convencionais Utilizando o Software Energyplus. Arnulfo Barroso

Leia mais

Há clareza no futuro da micro e minigeração fotovoltaica? Bruno Moreno, FGV Energia Rafael Nogueira, FGV Energia

Há clareza no futuro da micro e minigeração fotovoltaica? Bruno Moreno, FGV Energia Rafael Nogueira, FGV Energia Há clareza no futuro da micro e minigeração fotovoltaica? Bruno Moreno, FGV Energia Rafael Nogueira, FGV Energia 1 MOTIVAÇÃO Geração Descentralizada é uma realidade em muitos países; É apontada como o

Leia mais

1.2. Estado da arte.

1.2. Estado da arte. 1. Introdução A história recente do Sistema Elétrico Brasileiro é interessante. Depois de um longo período de monopólio estatal, o setor passou por profundas mudanças legais para tentar aumentar a eficiência

Leia mais

COMPORTAMENTO TÉRMICO DA CONSTRUÇÃO

COMPORTAMENTO TÉRMICO DA CONSTRUÇÃO COMPORTAMENTO TÉRMICO DA CONSTRUÇÃO Capítulo 2 do livro Manual de Conforto Térmico NESTA AULA: Trocas de calor através de paredes opacas Trocas de calor através de paredes translúcidas Elementos de proteção

Leia mais

AR CONDICIONADO. Componentes

AR CONDICIONADO. Componentes AR CONDICIONADO AR CONDICIONADO Basicamente, a exemplo do que ocorre com um refrigerador (geladeira), a finalidade do ar condicionado é extrair o calor de uma fonte quente, transferindo-o para uma fonte

Leia mais

Relatório: Ambientes de permanência prolongada com piscina sobre cobertura

Relatório: Ambientes de permanência prolongada com piscina sobre cobertura Relatório: Ambientes de permanência prolongada com piscina sobre cobertura Equipe Núcleo de Edificações Residenciais CB3E Florianópolis, setembro de 2012 CB3E - Centro Brasileiro de Eficiência Energética

Leia mais

Com expansão do mercado de aquecimento solar, setor vidreiro tem mais um nicho a explorar

Com expansão do mercado de aquecimento solar, setor vidreiro tem mais um nicho a explorar Tecnologia Isto é sustentabilidade! Com expansão do mercado de aquecimento solar, setor vidreiro tem mais um nicho a explorar Divulgação Transsen iminente de que o pro- Dblema se repita, pode-se notar

Leia mais

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E ENERGIAS RENOVÁVEIS EM EDIFÍCIOS

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E ENERGIAS RENOVÁVEIS EM EDIFÍCIOS EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E ENERGIAS RENOVÁVEIS EM EDIFÍCIOS Roberto Lamberts, PhD. Universidade Federal de Santa Catarina- UFSC Laboratório de Eficiência Energética em Edificações LABEEE Conselho Brasileiro

Leia mais

Simulador de Custos de Contratação de Energia para Grandes Consumidores

Simulador de Custos de Contratação de Energia para Grandes Consumidores Simulador de Custos de Contratação de Energia para Grandes Consumidores Aluno: Bruna dos Guaranys Martins Orientador: Delberis Araújo Lima Projeto: 1011 Introdução No Brasil, existem diferentes tipos de

Leia mais

1 Desempenho térmico

1 Desempenho térmico Desempenho térmico 1 2 Desempenho térmico A norma NBR 15575 não trata de condicionamento artificial. Todos os critérios de desempenho foram estabelecidos com base em condições naturais de insolação, ventilação

Leia mais

Relação dos Projetos Aprovados Pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL no Ano de 2013

Relação dos Projetos Aprovados Pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL no Ano de 2013 Relação dos Projetos Aprovados Pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL no Ano de 2013 1. Introdução Este relatório apresenta uma análise físico-financeira dos Projetos de Eficiência Energética

Leia mais

É O COMBATE DO DESPERDÍCIO DE ENERGIA ELÉTRICA. É OBTER O MELHOR RESULTADO, DIMINUINDO O CONSUMO, SEM PREJUÍZO DE SEU CONFORTO E LAZER.

É O COMBATE DO DESPERDÍCIO DE ENERGIA ELÉTRICA. É OBTER O MELHOR RESULTADO, DIMINUINDO O CONSUMO, SEM PREJUÍZO DE SEU CONFORTO E LAZER. É O COMBATE DO DESPERDÍCIO DE ENERGIA ELÉTRICA. É OBTER O MELHOR RESULTADO, DIMINUINDO O CONSUMO, SEM PREJUÍZO DE SEU CONFORTO E LAZER. Na verdade você corre o risco de molhar o medidor e causar Curto-circuito.

Leia mais

Ar Condicionado e Refrigeração Carga Térmica

Ar Condicionado e Refrigeração Carga Térmica CARGA TÉRMICA Representa a quantidade de calor (sensível e/ou latente) a ser extraída do ar de um ambiente (no caso de verão) ou a ser fornecida ao ar de um ambiente (no caso de inverno) para que sejam

Leia mais

Conjunto de indicadores de sustentabilidade de empreendimentos - uma proposta para o Brasil

Conjunto de indicadores de sustentabilidade de empreendimentos - uma proposta para o Brasil Conjunto de indicadores de sustentabilidade de empreendimentos - uma proposta para o Brasil Texto Preliminar Completo - Agosto 2011 INTRODUÇÃO Começam a existir no Brasil um bom número de edifícios com

Leia mais

Armazenamento de energia

Armazenamento de energia Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica 3 º. trimestre, 2015 A energia solar é uma fonte de energia dependente do tempo. As necessidades de energia

Leia mais

Otimização técnico-econômica de sistemas fotovoltaicos com baterias para armazenamento

Otimização técnico-econômica de sistemas fotovoltaicos com baterias para armazenamento Otimização técnico-econômica de sistemas fotovoltaicos com baterias para armazenamento Aluno: Maria Samara Nascimento Amorim Orientador: Álvaro de Lima Veiga Filho 1. Introdução Geral Energia fotovoltaica

Leia mais

CTE EQUIPE DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE PONTA. empreendimentos já certificados LEED NC e CS

CTE EQUIPE DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE PONTA. empreendimentos já certificados LEED NC e CS CTE EQUIPE DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE PONTA ü Mais de empreendimentos já certificados LEED NC e CS ü Todos com simulação termo-energética realizada por equipe especializada interna ü Atualmente temos

Leia mais

6º Seminário Tecnologia de sistemas prediais

6º Seminário Tecnologia de sistemas prediais 6º Seminário Tecnologia de sistemas prediais Os projetos de sistemas prediais elétricos, de ar condicionado e iluminação com foco para atender requisitos de conservação de energia na etiquetagem do PROCEL/

Leia mais

Desenvolvimento de diretrizes para projeto de edificações para fins didáticos com sistema estrutural construtivo modular em aço

Desenvolvimento de diretrizes para projeto de edificações para fins didáticos com sistema estrutural construtivo modular em aço Desenvolvimento de diretrizes para projeto de edificações para fins didáticos com sistema estrutural construtivo modular em aço Maria Emília Penazzi mepenazzi@yahoo.com.br Prof. Dr. Alex Sander Clemente

Leia mais

LEANDRO FLORES NESS ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE PROTEÇÃO EXTERNA E INTERNA NA CARGA TÉRMICA E CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA EM UMA EDIFICAÇÃO

LEANDRO FLORES NESS ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE PROTEÇÃO EXTERNA E INTERNA NA CARGA TÉRMICA E CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA EM UMA EDIFICAÇÃO LEANDRO FLORES NESS ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE PROTEÇÃO EXTERNA E INTERNA NA CARGA TÉRMICA E CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA EM UMA EDIFICAÇÃO Monografia apresentada ao Departamento de Engenharia Mecânica da

Leia mais

OS REQUISITOS DE DESEMPENHO TÉRMICO DA NBR 15575 E A ETIQUETAGEM ENERGÉTICA DO PROCEL SOB O PONTO DE VISTA DO PROJETO DE ARQUITETURA

OS REQUISITOS DE DESEMPENHO TÉRMICO DA NBR 15575 E A ETIQUETAGEM ENERGÉTICA DO PROCEL SOB O PONTO DE VISTA DO PROJETO DE ARQUITETURA OS REQUISITOS DE DESEMPENHO TÉRMICO DA NBR 15575 E A ETIQUETAGEM ENERGÉTICA DO PROCEL SOB O PONTO DE VISTA DO PROJETO DE ARQUITETURA Prof. ENEDIR GHISI UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Departamento

Leia mais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais LEI DE OHM Conceitos fundamentais Ao adquirir energia cinética suficiente, um elétron se transforma em um elétron livre e se desloca até colidir com um átomo. Com a colisão, ele perde parte ou toda energia

Leia mais

EFICIENTIZAÇÃO ENERGÉTICA: UMA MANEIRA DE REDUZIR OS CUSTOS COM ENERGIA ELÉTRICA

EFICIENTIZAÇÃO ENERGÉTICA: UMA MANEIRA DE REDUZIR OS CUSTOS COM ENERGIA ELÉTRICA EFICIENTIZAÇÃO ENERGÉTICA: UMA MANEIRA DE REDUZIR OS CUSTOS COM ENERGIA ELÉTRICA Vanderlei Rodrigues Schneider 1 Wanderlei José Ghilardi 2 Alexandre Pozzatti Guarienti 3 RESUMO Atualmente, com a grande

Leia mais

2. Produção Arquitetônica e Eficiência Energética

2. Produção Arquitetônica e Eficiência Energética UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL ECO-EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NAS EDIFICAÇÕES - Versão Revisada e Resumida

Leia mais

Eletrotécnica Geral. Lista de Exercícios 2

Eletrotécnica Geral. Lista de Exercícios 2 ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PEA - Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas Eletrotécnica Geral Lista de Exercícios 2 1. Condutores e Dispositivos de Proteção 2. Fornecimento

Leia mais

São Paulo - SP Brasil. Eficiência Elétrica no Campus da Universidade Federal de Mato Grosso

São Paulo - SP Brasil. Eficiência Elétrica no Campus da Universidade Federal de Mato Grosso XIX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI 2010 22 a 26 de novembro São Paulo - SP Brasil Eficiência Elétrica no Campus da Universidade Federal de Bernardo Dias São José Alyne Romeiro

Leia mais

DIFERENÇA ENTRE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA E TÉRMICA DAVANTISOLAR.COM.BR

DIFERENÇA ENTRE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA E TÉRMICA DAVANTISOLAR.COM.BR DIFERENÇA ENTRE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA E TÉRMICA DAVANTISOLAR.COM.BR ÍNDICE 01. Sol 02. Energia Solar 03. Térmica 04. Como funciona? 05. Fotovoltaica 06. Como Funciona? 07. Por que investir em Energia

Leia mais

4 Estudo de casos. Janelas: 1 gene para o percentual da largura total da parede que a janela irá ocupar (número entre 0 e 1);

4 Estudo de casos. Janelas: 1 gene para o percentual da largura total da parede que a janela irá ocupar (número entre 0 e 1); 4 Estudo de casos Este capítulo apresenta estudo de casos para averiguar a eficácia do modelo definido no capítulo 3. Para provar que os conceitos funcionam e que o método é viável, decidiu-se otimizar

Leia mais

Fachadas Bioclimáticas

Fachadas Bioclimáticas Fachadas Bioclimáticas Automatização para maior conforto ambiental e economia de energia Edifício tradicional da rede combate as cargas para garantir o conforto! Natural da rede Interna Cargas Consequências

Leia mais

gl2 plus DESCRIção VANTAGENS

gl2 plus DESCRIção VANTAGENS gl2 PLUS gl2 plus CARACTERÍSTICAS - PROJETOR Estanqueidade: IP 66 (*) Resistência ao impacto (vidro): IK 08 (**) Classe de isolamento elétrico: I (*) Tensão nominal: 127 a 277V, 50-60 Hz Peso: 13.6 kg

Leia mais

Dimensionamento de Solar T. para aquecimento de Piscinas

Dimensionamento de Solar T. para aquecimento de Piscinas Dimensionamento de Solar T. para aquecimento de Piscinas Pedro Miranda Soares Dimensionamento de Sistemas Solares Térmicos para aquecimento de Piscinas No dimensionamento de colectores solares para aquecimento

Leia mais

MERCOFRIO 2000 CONGRESSO DE AR CONDICIONADO, REFRIGERAÇÃO, AQUECIMENTO E VENTILAÇÃO DO MERCOSUL

MERCOFRIO 2000 CONGRESSO DE AR CONDICIONADO, REFRIGERAÇÃO, AQUECIMENTO E VENTILAÇÃO DO MERCOSUL MERCOFRIO 2000 CONGRESSO DE AR CONDICIONADO, REFRIGERAÇÃO, AQUECIMENTO E VENTILAÇÃO DO MERCOSUL ANÁLISE COMPARATIVA DAS TAXAS TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM SISTEMAS DE CLIMATIZAÇÃO DO TIPO VOLUME DE AR CONSTANTE

Leia mais

OS DESAFIOS DA PERFORMANCE DE EDIFICAÇÕES SUSTENTÁVEIS: PREVISTO X REALIZADO

OS DESAFIOS DA PERFORMANCE DE EDIFICAÇÕES SUSTENTÁVEIS: PREVISTO X REALIZADO OS DESAFIOS DA PERFORMANCE DE EDIFICAÇÕES SUSTENTÁVEIS: PREVISTO X REALIZADO Leticia Neves Gerente de Eficiência Energética Wagner Oliveira Coordenador de P&D SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL: CERTIFICAÇÕES

Leia mais

Inserção da Geração Solar na Matriz Elétrica Brasileira. Palestrante: Eng. Marcelo Vinicius

Inserção da Geração Solar na Matriz Elétrica Brasileira. Palestrante: Eng. Marcelo Vinicius Inserção da Geração Solar na Matriz Elétrica Brasileira Palestrante: Eng. Marcelo Vinicius Temas a serem abordados: 1. Matriz de energia elétrica 2. Distintas tecnologias 3. Combustível solar 4. Motivação

Leia mais

Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Coimbra

Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Coimbra Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Coimbra Bolsa de Integração à Investigação Bolseiro: Tiago Pereira da Silva Monteiro Professor Coordenador: Prof. Doutor João António Esteves Ramos

Leia mais

Comportamento Eletromagnético de Transformadores e Fontes UV

Comportamento Eletromagnético de Transformadores e Fontes UV Comportamento Eletromagnético de Transformadores e Fontes UV Márcio Moraes dos Santos 17/05/2006 RESUMO O presente artigo discutirá importantes aspectos relacionados ao comportamento dos campos eletromagnéticos

Leia mais

Análise do comportamento do consumo de água e energia elétrica do Edifício Ouro Negro

Análise do comportamento do consumo de água e energia elétrica do Edifício Ouro Negro Análise do comportamento do consumo de água e energia elétrica do Edifício Ouro Negro dezembro-08 1) População fixa Como parte da análise que será apresentada, considera-se importante também o acompanhamento

Leia mais

DEMANDA Sob Controle. Halten Soluções Técnicas. Elaborado por : Ronaldo Paixão 24-8124-1598 / 24-2245-6401 www.halten.com.br ronaldo@halten.com.

DEMANDA Sob Controle. Halten Soluções Técnicas. Elaborado por : Ronaldo Paixão 24-8124-1598 / 24-2245-6401 www.halten.com.br ronaldo@halten.com. DEMANDA Sob Controle Halten Soluções Técnicas Elaborado por : Ronaldo Paixão 24-8124-1598 / 24-2245-6401 www.halten.com.br ronaldo@halten.com.br INTRODUÇÃO Para a adoção de estratégias para a otimização

Leia mais

COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA NO MERCADO LIVRE

COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA NO MERCADO LIVRE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA NO MERCADO LIVRE AGENDA CARACTERISTICAS CONSUMIDOR LIVRE ESPECIAL; CUSTO DE OPORTUNIDADE ENTRE MERCADO LIVRE E MERCADO CATIVO; ESTUDOS DE CASO; HISTÓRICO E VOLATILIDADE DOS PREÇOS

Leia mais

Aquecimento Doméstico

Aquecimento Doméstico Aquecimento Doméstico Grande variedade de escolha Dos cerca de 4.000 kwh de energia consumidos por uma família portuguesa durante o ano, 15% é destinado ao aquecimento ambiente. A zona climática, o tipo

Leia mais

Re9 Instalações e Sistemas. contao@re9instalacoes.com.br

Re9 Instalações e Sistemas. contao@re9instalacoes.com.br Re9 Instalações e Sistemas contao@re9instalacoes.com.br A Empresa A Re9 Instalações e Sistemas, uma empresa especializada no fornecimento de Mão de obra especializada e implantação de sistemas para Condomínios

Leia mais

O chuveiro elétrico. continua. sendo um problema no período de ponta! Demanda de energia é problema para a ANEEL. Prof. Racine T. A.

O chuveiro elétrico. continua. sendo um problema no período de ponta! Demanda de energia é problema para a ANEEL. Prof. Racine T. A. Aquecimento solar de água em habitações de interesse social Prof. Racine T. A. Prado Demanda de energia é problema para a ANEEL O chuveiro elétrico continua O chuveiro elétrico permanece um problema no

Leia mais

PROBEN PROGRAMA DE BOM USO ENERGÉTICO

PROBEN PROGRAMA DE BOM USO ENERGÉTICO PROBEN PROGRAMA DE BOM USO ENERGÉTICO Proben Esplanada ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA ENTRE O MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO E A UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS,

Leia mais

1 Introdução simulação numérica termoacumulação

1 Introdução simulação numérica termoacumulação 22 1 Introdução Atualmente o custo da energia é um dos fatores mais importantes no projeto, administração e manutenção de sistemas energéticos. Sendo assim, a economia de energia está recebendo maior atenção

Leia mais

PROGRAMA DE SIMULAÇÃO HIGROTERMOENERGÉTICA DE EDIFICAÇÕES DOMUS PROCEL EDIFICA

PROGRAMA DE SIMULAÇÃO HIGROTERMOENERGÉTICA DE EDIFICAÇÕES DOMUS PROCEL EDIFICA PROGRAMA DE SIMULAÇÃO HIGROTERMOENERGÉTICA DE EDIFICAÇÕES DOMUS PROCEL EDIFICA ELETROBRAS Av. Presidente Vargas, 409 13 andar Centro Rio de Janeiro 20071-003 Caixa Postal 1639 Tel: 21 2514 5151 www.eletrobras.com

Leia mais

Aquecimento e arrefecimento. Ventilação. Humidificação e desumidificação

Aquecimento e arrefecimento. Ventilação. Humidificação e desumidificação A generalidade das empresas necessitam de controlar o seu ambiente interior, tanto em termos de condições térmicas como de qualidade do ar, por diferentes motivos como bem estar e segurança das pessoas,

Leia mais

O PAPEL DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO BRASIL E NA CIDADE DE SÃO PAULO (Energia solar fotovoltaica)

O PAPEL DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO BRASIL E NA CIDADE DE SÃO PAULO (Energia solar fotovoltaica) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE ENERGIA E AMBIENTE LABORATÓRIO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS Crise do setor, perspectivas de crescimento da demanda: O PAPEL DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO BRASIL E NA CIDADE

Leia mais

Regras de procedimentos para transporte de bens e

Regras de procedimentos para transporte de bens e Regras de procedimentos para transporte de bens e Os Sistemas de Gestão Técnica na nova regulamentação para a eficiência energética mercadorias em edifícios Associação Portuguesa da Indústria de Refrigeração

Leia mais

A Influência do Fluxo de Reativo de Cargas Eletrônicas no Sistema de Tarifação de Energia Elétrica

A Influência do Fluxo de Reativo de Cargas Eletrônicas no Sistema de Tarifação de Energia Elétrica 1 A Influência do Fluxo de Reativo de Cargas Eletrônicas no Sistema de Tarifação de Energia Elétrica A. B. de Vasconcellos, Dr.,UFMT, B.C. Carvalho, Dr.,UFMT, T.I.R.C. Malheiros, PhD, IFMT, C.H. Beuter,

Leia mais

RELAÇÃO DE ITENS - PREGÃO ELETRÔNICO Nº 00008/2015-001 SRP

RELAÇÃO DE ITENS - PREGÃO ELETRÔNICO Nº 00008/2015-001 SRP 26430 - INST.FED.DE EDUC.,CIENC.E TEC.S.PERNAMBUCANO 158149 - INST.FED.EDUC.CIENC.E TEC.SERTãO PERNAMBUCANO RELAÇÃO DE ITENS - PREGÃO ELETRÔNICO Nº 00008/2015-001 SRP 1 - Itens da Licitação 1 - EQUIPAMENTO

Leia mais

AR CONDICIONADO SOLAR

AR CONDICIONADO SOLAR ISO 9001 : 2008 Engenharia do Ar Condicionado De 08/04/2013 a 12/04/2013 Capítulo Especial sobre AR CONDICIONADO SOLAR Local: Hotel Windsor Guanabara Av. Presidente Vargas, 392 Centro Rio de Janeiro RJ

Leia mais

Estratégia de Racionalização de Energia nos Laboratórios de Informática do Curso de Automação Industrial - Campus Ouro Preto - IFMG

Estratégia de Racionalização de Energia nos Laboratórios de Informática do Curso de Automação Industrial - Campus Ouro Preto - IFMG Estratégia de Racionalização de Energia nos Laboratórios de Informática do Curso de Automação Industrial - Campus Ouro Preto - IFMG OLIVEIRA, Diego Damasio M. 1, MONTE, José Eduardo Carvalho 2 1. Dicente

Leia mais

Índice. Aquecimento e Climatização Bombas de Calor Pedra Natural Biomassa Recuperadores Calor Biomassa - Pellets

Índice. Aquecimento e Climatização Bombas de Calor Pedra Natural Biomassa Recuperadores Calor Biomassa - Pellets Climatização 1 Índice e Climatização Bombas de Calor Pedra Natural Biomassa Recuperadores Calor Biomassa - Pellets 3 5 6 7 2 Bomba de calor Central A bomba de calor tem como finalidade produzir água a

Leia mais

MANUAL DO USUÁRIO. Software de Gerenciamento. Controlador de Fator de Potência. Self Control

MANUAL DO USUÁRIO. Software de Gerenciamento. Controlador de Fator de Potência. Self Control MANUAL DO USUÁRIO Software de Gerenciamento Controlador de Fator de Potência Self Control ÍNDICE 1.0 INTRODUÇÃO 4 1.1 Aplicações 4 2.0 CARACTERÍSTICAS 4 2.1 Compatibilidade 4 3.0 INSTALAÇÃO 4 4.0 INICIALIZAÇÃO

Leia mais

Estudo comparativo do comportamento térmico de quatro sistemas de cobertura. Um estudo experimental para a reação frente ao calor.

Estudo comparativo do comportamento térmico de quatro sistemas de cobertura. Um estudo experimental para a reação frente ao calor. Estudo comparativo do comportamento térmico de quatro sistemas de cobertura. Um estudo experimental para a reação frente ao calor. Francisco Vecchia Departamento de Hidráulica e Saneamento Escola de Engenharia

Leia mais

ARTIGO TÉCNICO. Os objectivos do Projecto passam por:

ARTIGO TÉCNICO. Os objectivos do Projecto passam por: A metodologia do Projecto SMART MED PARKS ARTIGO TÉCNICO O Projecto SMART MED PARKS teve o seu início em Fevereiro de 2013, com o objetivo de facultar uma ferramenta analítica de confiança para apoiar

Leia mais

Importância da medição de energia para a eficiência energética

Importância da medição de energia para a eficiência energética 64 Importância da medição de energia para a eficiência energética Elaborado por César Lapa, Marco Antonio Saidel e Katia Gregio Di Santo INTRODUÇÃO A eficiência energética destaca-se cada vez mais no cenário

Leia mais

Experiência 06 Resistores e Propriedades dos Semicondutores

Experiência 06 Resistores e Propriedades dos Semicondutores Universidade Federal de Santa Catarina Departamento de Engenharia Elétrica Laboratório de Materiais Elétricos EEL 7051 Professor Clóvis Antônio Petry Experiência 06 Resistores e Propriedades dos Semicondutores

Leia mais

PROJETO ESPLANADA SUSTENTÁVEL. Maio 2012

PROJETO ESPLANADA SUSTENTÁVEL. Maio 2012 PROJETO ESPLANADA SUSTENTÁVEL CAPACITAÇÃO DOS GESTORES PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO MÓDULO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Maio 2012 SISTEMAS DE AR CONDICIONADO Oportunidades de melhoria da eficiência dos

Leia mais

MetrixND. especificações. MetrixND - Ferramenta de previsão de energia elétrica

MetrixND. especificações. MetrixND - Ferramenta de previsão de energia elétrica MetrixND especificações MetrixND - Ferramenta de previsão de energia elétrica Visão geral O MetrixND da Itron é uma ferramenta de modelagem flexível, bastante usada pelos principais serviços de previsão

Leia mais

CLIMATIZAÇÃO. Relação de Entradas e Saídas

CLIMATIZAÇÃO. Relação de Entradas e Saídas CLIMATIZAÇÃO O exemplo apresentado aqui controla um sistema que envolve bombas, torres, chillers e fan-coils para climatização ambiente para conforto térmico. Pode-se montar controles para sistemas dos

Leia mais

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA VENTILAÇÃO NATURAL E DA INÉRCIA TÉRMICA DO ENVELOPE CONSTRUTIVO EM EDIFICAÇÃO VERTICAL MULTIFAMILIAR

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA VENTILAÇÃO NATURAL E DA INÉRCIA TÉRMICA DO ENVELOPE CONSTRUTIVO EM EDIFICAÇÃO VERTICAL MULTIFAMILIAR 1 ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA VENTILAÇÃO NATURAL E DA INÉRCIA TÉRMICA DO ENVELOPE CONSTRUTIVO EM EDIFICAÇÃO VERTICAL MULTIFAMILIAR RESUMO Tiago Arent Longo (1); Luiz César de Castro (2) UNESC Universidade

Leia mais

Demanda e Fator de Potência. Qualidade e Eficiência Energética

Demanda e Fator de Potência. Qualidade e Eficiência Energética Demanda e Fator de Potência Qualidade e Eficiência Energética 4 Agenda Agenda Qualidade e Eficiência Energética 7 Legislação sobre Eficiência Energética Plano Nacional de Energia ISO 51000 Sistemas de

Leia mais

Essa energia pode então ser injectada e vendida na sua totalidade à rede a uma tarifa bonificada.

Essa energia pode então ser injectada e vendida na sua totalidade à rede a uma tarifa bonificada. O que é a geração fotovoltaica? A microgeração fotovoltaica é a produção, pelo próprio consumidor, de energia elétrica através da captação da radiação solar por um conjunto de painéis solares fotovoltaicos.

Leia mais

Uma iniciativa da Coelce com o objetivo de prover ferramentas simples de análise aos gestores de conta de energia de alta tensão.

Uma iniciativa da Coelce com o objetivo de prover ferramentas simples de análise aos gestores de conta de energia de alta tensão. Curso Gestor de Conta Prof. Tomaz Nunes Departamento Engenharia Elétrica - UFC Gerência de Grandes Clientes 1 conta Objetivo Uma iniciativa da Coelce com o objetivo de prover ferramentas simples de análise

Leia mais

Dicas de uso - Render Up

Dicas de uso - Render Up Dicas de uso - Render Up (versão 3.6.7 ou superior) Desenvolvido por: Promob Software Solutions Rua dos Cinamomos - 517 - Cinquentenário CEP 95012-140 - Caxias do Sul - RS Brasil Fone/Fax: 54 3209 9200

Leia mais

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL RESOLUÇÃO HOMOLOGATÓRIA Nº 1.050, DE 19 DE AGOSTO DE 2010.

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL RESOLUÇÃO HOMOLOGATÓRIA Nº 1.050, DE 19 DE AGOSTO DE 2010. AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL RESOLUÇÃO HOMOLOGATÓRIA Nº 1.050, DE 19 DE AGOSTO DE 2010. Homologa as tarifas de fornecimento de energia elétrica, as Tarifas de Uso dos Sistemas de Distribuição

Leia mais

SERVIÇO DE ANÁLISE DE REDES DE TELECOMUNICAÇÕES APLICABILIDADE PARA CALL-CENTERS VISÃO DA EMPRESA

SERVIÇO DE ANÁLISE DE REDES DE TELECOMUNICAÇÕES APLICABILIDADE PARA CALL-CENTERS VISÃO DA EMPRESA SERVIÇO DE ANÁLISE DE REDES DE TELECOMUNICAÇÕES APLICABILIDADE PARA CALL-CENTERS VISÃO DA EMPRESA Muitas organizações terceirizam o transporte das chamadas em seus call-centers, dependendo inteiramente

Leia mais

CATÁLOGO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. Valorizamos a sua energia

CATÁLOGO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. Valorizamos a sua energia CATÁLOGO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Valorizamos a sua energia ÍNDICE AUTOCONSUMO FOTOVOLTAICO AR COMPRIMIDO CORREÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DIAGNÓSTICO E AUDITORIA ENERGÉTICA ILUMINAÇÃO MONITORIZAÇÃO DE ENERGIA

Leia mais

1) MANUAL DO INTEGRADOR Este documento, destinado aos instaladores do sistema, com informações de configuração.

1) MANUAL DO INTEGRADOR Este documento, destinado aos instaladores do sistema, com informações de configuração. O software de tarifação é uma solução destinada a rateio de custos de insumos em sistemas prediais, tais como shopping centers. O manual do sistema é dividido em dois volumes: 1) MANUAL DO INTEGRADOR Este

Leia mais

1 TÍTULO DO PROJETO DE TRABALHO Equipamento para Observação Didática e Análise da Influência da Temperatura de Cor sobre as Cores.

1 TÍTULO DO PROJETO DE TRABALHO Equipamento para Observação Didática e Análise da Influência da Temperatura de Cor sobre as Cores. 1 RELATÓRIO FINAL DE PROJETO DE TRABALHO Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Cultura - ProPPEC Departamento de Pesquisa Programa de Bolsas do Artigo 170 1 TÍTULO DO PROJETO DE TRABALHO

Leia mais

Cenários harmônicos em cargas residenciais

Cenários harmônicos em cargas residenciais 46 provocados por eletroeletrônicos Capítulo VI Cenários harmônicos em cargas residenciais Igor Amariz Pires* Além dos eletrodomésticos apresentados no capítulo anterior, consumidores residenciais e comerciais

Leia mais