MODERNIZAÇÃO DE MODELO DE NEGÓCIOS:
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- Luiz Gustavo Castilho de Almada
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1 III Congresso Consad de Gestão Pública MODERNIZAÇÃO DE MODELO DE NEGÓCIOS: LOCAÇÃO DE VEÍCULOS E GERENCIAMENTO DE COMBUSTÍVEL Horácio José Ferragino Valéria D Amico
2 Painel 16/061 O modelo de terceirização com foco em governança e sustentabilidade MODERNIZAÇÃO DE MODELO DE NEGÓCIOS: LOCAÇÃO DE VEÍCULOS E GERENCIAMENTO DE COMBUSTÍVEL Horácio José Ferragino Valéria D Amico RESUMO O Grupo de Apoio Técnico à Inovação (GATI) da Secretaria de Gestão Pública do Governo do Estado de São Paulo é órgão responsável pelo desenvolvimento e atualização dos estudos técnicos dos principais Serviços Terceirizados contratados pelo Governo e também daqueles serviços considerados específicos, mas de significativa relevância para os órgãos contratantes. Esses estudos técnicos estabelecem as orientações gerais para a contratação, as especificações técnicas, composição de custos e preços referenciais de cada item de serviço. Incorpora ainda o levantamento e análise da legislação geral e específica referente ao serviço terceirizado objeto do estudo. Atualmente todas as informações do Cadastro de Serviços Terceirizados, bem como a íntegra dos 17 estudos elaborados e também dos 17 estudos de usos específicos, encontram-se disponíveis na Internet, no endereço: O aspecto principal desta apresentação objeta a demonstração de como estruturar um modelo de estudo técnico de serviço terceirizado, considerando as diretrizes estabelecidas em decorrência da inserção dos aspectos socio-ambientais nos processos de licitação e contratação, por meio do Decreto /05 que impõe a revisão e adequação dos padrões de contratações. Com base nessa premissa, e com a implantação das normas e diretrizes constantes dos estudos técnicos de Prestação de Serviços de Locação de Veículos e de Gerenciamento do Abastecimento de Combustíveis de Veículos na Administração Pública Estadual, espera-se que, além dos benefícios em saúde pública, o Governo obtenha os seguintes benefícios, por meio da obrigatoriedade de abastecimento com combustível álcool da frota de veículos estaduais com motores bicombustíveis: Redução da produção de Gases de Efeito Estufa objetivando contribuir para minimizar os fatores geradores do fenômeno de Mudanças Climáticas ; Estímulo ao desenvolvimento econômico do Estado, maior produtor nacional de etanol; Diminuição do consumo de combustível gasolina da frota flex fuel do Estado de São Paulo que foi, em 2007, de 4,4 milhões de litros de álcool e 8,5 milhões de litros de gasolina, totalizando 12,9 milhões de litros de combustível, para 15,1 milhões de litros de álcool, mediante obrigatoriedade de utilização de álcool; Estabelecimento de meta de economia de R$ 6,4 milhões/ano com a substituição do combustível gasolina por álcool no abastecimento da frota flex fuel, representando uma economia de 25% no custo de combustível destes veículos; Substituição, de imediato e de forma automática, dos atuais veículos por zero quilômetro, ano/modelo de fabricação do exercício corrente, nas mesmas condições da entrega inicial quando completarem oitenta mil quilômetros ou 24 meses a contar da emissão da nota fiscal respectiva; Obrigatoriedade de observação de que os veículos flex utilizarão, exclusivamente, combustível álcool (etanol), propiciando
3 vantagens ambientais e econômicas; Redução de despesas com a frota, através de controles dinâmicos e eficazes; Redução de despesas administrativas relativas à frota (coleta de dados, digitação, emissão de faturas, controles, espaço físico, pessoal); Flexibilização do sistema de abastecimento, por acesso facilitado a uma rede de serviços com qualidade e preços adequados; Possibilidade de utilização do parâmetro de preço limite nos cartões magnéticos, adotando-se, para tanto, os preços médios estabelecidos pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para os diversos tipos de combustíveis, por município, disponíveis no endereço eletrônico: Evolução dos controles, veracidade das informações e redução do tempo de compilação e análise de dados; Obtenção de informações sobre o abastecimento, em tempo hábil para tomada de decisões corretivas; Melhoria do gerenciamento da manutenção preventiva e corretiva através do controle de quilometragem e consumo por veículo; Redução de gastos inadequados através da utilização de relatórios de exceção; Eliminação de adiantamentos para o pagamento de combustíveis; Taxa de Administração com deságio. No Governo do Estado de São Paulo a terceirização passou a ser um instrumento utilizado para reduzir ou suprimir a participação do Estado em atividades não essenciais, buscando diminuição dos gastos públicos, aumento da qualidade e maior eficiência da máquina administrativa.
4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO CONTEXTO: COMPRAS PÚBLICAS NO ESTADO DE SÃO PAULO Serviços terceirizados Contratações públicas sustentáveis ESTRATÉGIAS PARA DESENVOLVIMENTO DO PROJETO Volume 16 Prestação de serviços de transporte mediante locação de veículos Volume 17 Prestação de serviços de gerenciamento do abastecimento de veículos CONSUMO COMBUSTÍVEL ANUAL DA FROTA FLEX FUEL POSSIBILIDADE DE MULTIPLICAÇÃO PROMOÇÃO DA TRANSPARÊNCIA CUSTO-BENEFÍCIO... 27
5 4 Tema: Construindo um modelo para terceirização de um serviço 1 INTRODUÇÃO Nos últimos anos, o Governo do Estado de São Paulo vem construindo metodologias que tem permitido a utilização da terceirização como alternativa eficaz para a melhoria do desempenho governamental. Desde 1995, quando o Governo iniciou um conjunto de esforços voltados à modernização da gestão pública e à obtenção de equilibro fiscal, um dos focos de atenção foi o aprimoramento dos métodos de gerenciamento dos serviços terceirizados. Iniciou-se com uma preocupação centrada no controle dos gastos públicos, para em seguida investir também no desenvolvimento de novas ferramentas de gestão. A partir do uso mais intensivo da tecnologia da informação, criaram-se bases de dados e informações capazes de orientar as novas práticas e formas de gestão. Nessa crescente linha de aprimoramento o governo do Estado de São Paulo tem implementado ações concretas em Compras Públicas Sustentáveis, utilizando-se de seu poder de compras que envolvem, no exercício de 2009, R$ 20 bilhões anuais para a contratação de serviços, aquisição de materiais e obras e serviços de engenharia, como instrumento de promoção do desenvolvimento sustentável, e instituindo o Selo de Responsabilidade Socioambiental em seus programas e ações. O Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis, coordenado pela Secretaria de Gestão Pública, estabelece a inserção de critérios socioambientais nas especificações técnicas dos serviços, bens e obras, tais como: fomento às políticas sociais; valorização da transparência da gestão; economia no consumo de água e energia; minimização na geração de resíduos; racionalização do uso de matérias-primas; redução da emissão de poluentes. No Catálogo de Materiais e Serviços os itens sustentáveis, que contemplam os referidos critérios são identificados com a inserção do selo socioambiental.
6 5 O Governo do Estado, desde 2005, está trabalhando no tema de Compras Públicas Sustentáveis com instituição de políticas que focaram inicialmente diretrizes abrangentes que resultaram em macro ações para a criação do Selo Socioambiental (Decreto n o /05) e a inserção dos critérios socioambientais na contratação de serviços terceirizados, catálogo eletrônico de materiais e a capacitação de servidores. Recentemente, com a instituição do Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis (Decreto /08), inaugura uma nova fase na implantação desse processo, estendendo as ações em cada um dos órgãos do governo para a aderência às especificidades do perfil de compra local. Para tanto foi criada a Comissão Interna de Contratações Públicas Sustentáveis. Complementa essa ação um programa de capacitação dos servidores das comissões e envolvidos em compras com oferta de vagas em 2009 para a efetiva consolidação do programa. Nesta dimensão, além dos Cadernos que estabelecem as diretrizes e preços de referência comuns para toda a Administração Estadual, também foram desenvolvidos e implementados procedimentos para o acompanhamento de gastos, controle das contratações, gestão sócio-ambiental, e gestão do conhecimento. O Governo do Estado delega ao Grupo de Apoio Técnico à Inovação GATI, órgão vinculado à Secretaria de Gestão Pública, a responsabilidade de liderar o processo de contínuo aprimoramento do modelo. Assim, especificamente no que tange à terceirização e gestão da frota da Administração Estadual que é formada por cerca de veículos, destacam-se como objetivos estratégicos nos processos de contratação as prestações de serviços de Transporte Mediante Locação de Veículos e do Gerenciamento do Abastecimento de Veículos, a obrigatoriedade, de veículos flex, utilizarem o combustível álcool etílico (etanol). Apesar das evidências das vantagens da utilização do etanol e das medidas para estimular o consumo interno do etanol, Decretos n o de 1998 e n o de 2003, que estimulam a compra e locação de veículos a etanol e excepcionalmente bi-combustível, pode-se afirmar que a Administração nos últimos anos efetivamente não optou pelo etanol na gestão do abastecimento de combustível da frota de veículos flexíveis. A instauração da definição de diretrizes e
7 6 padronização das referidas contratações resultou em uma significativa ferramenta política que objetivou promover benefícios ambientais e econômicos. Ainda, em decorrência da caracterização dos veículos flex, os estudos objetivam, entre outros, o estabelecimento da exclusividade no abastecimento da frota com combustível álcool (etanol) a ser considerado como parâmetro na efetiva execução dos serviços.
8 7 2 CONTEXTO: COMPRAS PÚBLICAS NO ESTADO DE SÃO PAULO As licitações e contratações são processadas em conformidade com as determinações legais que estabelecem, na realização de despesas relativas a aquisições de bens e serviços, a adoção, basicamente, dos seguintes procedimentos: Sistema Bolsa Eletrônica de Compras do Governo do Estado de São Paulo (BEC/SP), dentro do limite de dispensa de licitação, da modalidade de convite e pregão eletrônico, vinculando o processamento ao catálogo de materiais e de fornecedores. Modalidade de licitação denominada Pregão, no âmbito da Administração Pública Estadual, destinada às aquisições de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor estimado da contratação. Ainda, as informações referentes ao Pregão deverão ser registradas no respectivo aplicativo disponibilizado no sítio Na contratação de Serviços Terceirizados, a observância da obrigatoriedade de registro no Cadastro de Serviços Terceirizados e os procedimentos e parâmetros referenciais divulgados pela Secretaria de Gestão Pública. Nas contratações de obras e serviços de engenharia mais complexos são aplicadas as modalidades de licitações tradicionais da Lei federal n o 8.666/93. Adoção de estudos detalhados dos serviços terceirizados mais significativos e de características comuns aos diversos órgãos da administração pública, visando estabelecer orientações gerais sobre especificação técnica, composição de custos para determinação de preços referenciais, disponibilizados no sítio Sítio onde está devidamente registrada a divulgação das sanções aplicadas pelas unidades de compras de toda a administração pública estadual, de forma a concretizar o impedimento de participação de fornecedores apenados pela Administração Pública, isto é, ao iniciar a sessão pública, o pregoeiro consulta no cadastro a situação de cada um dos interessados em participar da licitação, concretizando um avanço na transparência das informações para a sociedade e para uso da administração.
9 8 2.1 Serviços terceirizados A Secretaria de Gestão Pública, por meio do Grupo de Apoio Técnico à Inovação (GATI) (Resolução SGP 14, de 10/10/2007), é a responsável pelo desenvolvimento, manutenção e atualização de um conjunto de instrumentos na área de suprimentos e compras públicas do Governo do Estado de São Paulo, entre os quais se destacam: Desenvolvimento e atualização dos Estudos de Serviços Terceirizados; Manutenção do sítio Manutenção do sítio Manutenção do sítio Manutenção do sítio Dentre os volumes publicados, o foco desse trabalho é o destaque aos dois estudos técnicos abaixo: Volume 16: Transporte mediante Locação de Veículos Volume 17: Gerenciamento de Combustível Estes dois volumes fazem parte do Sistema de Cadastro de Serviços Terceirizados do Governo do Estado de São Paulo, que tem como objetivos: Consolidar as informações de todos os contratos de serviços prestados por terceiros para a Administração Pública Estadual, (englobando a administração direta, autarquias, fundações, universidades e empresas públicas); Desenvolver e disponibilizar estudos técnicos, valores referenciais, diretrizes e procedimentos para contratação e gestão dos principais serviços terceirizados. O gerenciamento das informações relativas ao Cadastro de Serviços Terceirizados está sob a responsabilidade da parceria entre o GATI e a Corregedoria Geral da Administração (CGA). O aplicativo que concentra o registro das informações de todos os contratos de terceirização, versão Web, está disponível para acesso interno (somente servidores públicos) no endereço implantado na Rede Executiva e se constitui de Banco de Dados com as informações essenciais de cada contrato existente nos diversos
10 9 órgãos da administração pública estadual: objeto, preços, fornecedor, condições de contratação, data de referência, gastos mensais etc. A manutenção deste banco, por meio de coleta periódica de informações, possibilita ao Governo uma visão geral e atualizada da terceirização no Estado e fornece, ainda, um instrumento gerencial eficaz para melhor administração dos contratos. Através de relatórios sintéticos e analíticos, o sistema permite o acompanhamento de todas as despesas mensais com terceirização, a identificação de dispersões de preços existentes na contratação de um mesmo tipo de serviço por diferentes órgãos, bem como fornece referenciais de preços para gestão de contratos em andamento e parâmetros para novas licitações. O sistema conta com mais de 50 mil contratos cadastrados, dos quais 8,9 mil são ativos e alcançam um valor total de R$ 14,62 bilhões. O principal resultado apresentado nesta atualização é a economia obtida no período de jan/95 a jan/09, que atingiu o valor de R$ 17,07 bilhões no total de gastos mensais com Serviços Terceirizados. Esta redução representa uma economia média mensal de 29,26% dos gastos. Além da dispersão de preços, o Sistema de Gestão de Contratos Terceirizados permitiu também verificar uma grande diversidade nas formas de contratação. Para padronizar os procedimentos em toda a administração, estão sendo definidos normas e critérios mais adequados para contratação dos serviços mais comuns. Para tanto, foram desenvolvidos diversos estudos específicos por Grupos de Trabalho, com representantes de vários órgãos da administração pública, abrangendo orientações gerais para contratação, especificações técnicas, composição de custos e preços referenciais de um determinado serviço. Estes estudos consideram também o levantamento e análise da legislação geral e específica referente ao serviço terceirizado objeto do estudo. Atualmente, todas as informações do Cadastro de Serviços Terceirizados, bem como a íntegra dos estudos acima relacionados, encontram-se disponíveis na Internet: As composições de custos apresentadas nos estudos de serviços terceirizados estabelecem preços referenciais que são utilizados pelos órgãos da
11 10 administração pública estadual como parâmetro de preços na gestão e nas licitações de serviços terceirizados, em conformidade com o estabelecido no Decreto n o , de 12 de dezembro de Anualmente estes estudos são revisados e atualizados com base em pesquisa de preços dos insumos que fazem parte da composição de preços de cada um dos serviços. 2.2 Contratações públicas sustentáveis Em caráter de aperfeiçoamento a esse Sistema, a Secretaria de Gestão Pública lançou o novo site de Compras Sustentáveis ( desenvolvido com ferramentas livres da internet, que propiciarão a participação ativa das Comissões no desenvolvimento do Programa. Objetivando institucionalizar e reforçar os compromissos da Administração Publica Estadual, foi editado o Decreto /08, que Institui o Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis. Esse texto legal inaugura uma nova fase na implantação desse processo, facilitando e possibilitando que as macroações já desenvolvidas na administração estadual, em cada um dos órgãos do governo, tenham mais efetividade, em conformidade com o seu respectivo perfil de compra. As referidas Comissões internas podem ser consultadas por meio de aplicativo disponível no endereço ( Para internalizar esse conceito na Administração a Secretaria de Gestão Pública capacitou em 2009 cerca de servidores públicos por meio curso de Licitações Sustentáveis (e-learning), acesso disponível no site O Decreto n o , de 20 de agosto de 2008, que instituiu o Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis, estabeleceu à Secretaria de Gestão Pública a coordenação do Programa com as atribuições de: Propor diretrizes, normas e procedimentos voltados a fomentar a adoção de critérios socioambientais nas contratações a serem efetivadas no âmbito a que se refere o artigo 1 o deste decreto, que tenham por objeto a aquisição de bens, a prestação de serviços comuns e a execução de obras e serviços de engenharia;
12 11 Articular os diversos órgãos e entidades da Administração Pública, buscando a plena harmonização dos critérios socioambientais adotados. Coube à Secretaria do Meio Ambiente a elaboração de estudos e assessoria técnica na área ambiental, visando à introdução de critérios socioambientais nas contratações a serem efetivadas. Considerando que os recursos naturais são finitos, o Governo do Estado de São Paulo tem buscado elaborar políticas para regular a necessária e equilibrada interação do homem com a natureza. Desta forma, as considerações sobre o tipo de combustível utilizado na execução dos serviços contratados pelo Governo tornam-se parâmetro relevante na definição das regras da contratação. Assim, o Governo do Estado de São Paulo inova na padronização e regulamentação das contratações das prestações de serviços de Transporte Mediante Locação de Veículos e do Gerenciamento do Abastecimento de Veículos, lançando os estudos técnicos que estabelecem a obrigatoriedade, sempre que possível, de veículos movidos a álcool etílico combustível (etanol). Para tanto, na contratação do objeto Prestação de Gerenciamento do Abastecimento de Veículos, recomenda-se observar, como parâmetro relevante das regras da contratação, as considerações sobre o tipo de combustível utilizado na execução dos serviços.
13 12 3 ESTRATÉGIAS PARA DESENVOLVIMENTO DO PROJETO O desenvolvimento dos novos estudos técnicos de Transporte Mediante Locação de Veículos e do Gerenciamento do Abastecimento de Veículos compreendeu várias atividades: Levantamento das especificações técnicas e suas variantes para o processo de contratação dos serviços terceirizados em análise; Levantamento do modelo de contratação do serviço em questão utilizada pela iniciativa privada de modo a identificar boas práticas; Identificação do perfil do mercado fornecedor dos serviços; Identificação da legislação específica relacionada aos serviços em análise, considerando normas e padrões de qualidade fixados, aspectos tributários específicos e regulamentos socioambientais; Orientação sobre o procedimento de contratação; Identificação dos diversos insumos que integram o processo de prestação de serviço, de forma a estabelecer o método e os critérios a serem utilizados para elaboração dos preços e fórmulas de cálculo dos serviços com especificação dos principais insumos; Realização das pesquisas de campo necessárias ao estabelecimento dos preços de referência do novo estudo; Determinação dos preços de referência para todos os serviços especificados; Elaboração do novo estudo; Indicadores de resultado, orientando o processo de recebimento dos serviços. Com os resultados das atividades acima desenvolvidas e ainda com a experiência da equipe do GATI, que desenvolve estudos técnicos para terceirização de serviços, desde 1995, foi possível em curto espaço de tempo definir a estrutura básica para o desenvolvimento dos novos estudos técnicos, assim caracterizada:
14 13 INSTRUÇÕES GERAIS INSTRUÇÕES SOCIOAMBIENTAIS ESPECÍFICAS CAPÍTULO I ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS Objeto da Prestação dos Serviços Descrição dos Serviços Obrigações e Responsabilidades da Contratada Obrigações e Responsabilidades da Contratante Fiscalização/ Controle da Execução dos Serviços Horários de Execução dos Serviços CAPÍTULO II VALORES REFERENCIAIS Resumo Valores referenciais Resumo de Composição de Preços Unitários Demonstrativo de Cálculos dos Custos e Preços Unitários Planilha de Orçamento Exemplo de utilização dos valores referenciais CAPÍTULO III EDITAIS Elaboração do Edital Objeto Mês de Referência dos Preços Julgamento por Agrupamento em um Único Item Especificações Técnicas Planilha de Proposta de Preços Da Contratação Minuta de Termo de Contrato CAPÍTULO IV CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DOS PREÇOS Custo dos Serviços Encargos Sociais e Trabalhistas Benefício e Despesas Indiretas Cada item da estrutura básica definida teve que ser cuidadosamente estudado e detalhado de forma a não deixar dúvidas quanto à execução das atividades de prestação dos serviços pelos terceiros, bem como ao servidor público, responsável pelo processo licitatório e pela gestão dos serviços.
15 14 Abaixo demonstramos algumas especificidades sobre os dois estudos. 3.1 Volume 16 Prestação de serviços de transporte mediante locação de veículos 1 O presente trabalho refere-se à Prestação de Serviços de Transporte mediante Locação de Veículos, em caráter não eventual, destinados a usuários definidos, para apoio às suas atividades técnico-administrativas. 1.1 Considera-se locação em caráter não eventual a locação de veículos para utilização em serviço público de natureza permanente ou de longa duração. 2 O estudo disponibiliza 3 (três) soluções para o desenvolvimento dos serviços: A Prestação de serviços de transporte mediante locação de veículos; B Prestação de serviços de transporte mediante locação de veículos com condutores; e C Prestação de serviços de transporte mediante locação de veículos com condutores e combustível As composições de preços, constantes do Capítulo II, para a situação de Prestação de serviços de transporte mediante locação de veículos com condutores e combustível, contemplam os regimes de prestação de serviços a seguir: segunda a sexta-feira 44 horas semanais; segunda a sexta-feira 12 horas diárias; segunda a sexta-feira 16 horas diárias; segunda a domingo 44 horas semanais; segunda a domingo 12 horas diárias; segunda a domingo 16 horas diárias. 3 Previamente à adoção da contratação dos serviços de locação de veículos com condutor, a unidade Contratante deverá certificar a inexistência, em seu quadro de pessoal, de vagas de cargos/funções-atividades de motoristas, visto que não poderão ser objeto de terceirização as atividades inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos do órgão ou entidade, salvo expressa disposição legal em contrário. 3.1 As Especificações Técnicas, os Critérios para Composição de Preços, os Encargos Sociais, o Benefício e Despesas Indiretas (BDI) e os Critérios de Reajuste de Preços foram desenvolvidos, levando-se em consideração a experiência, dados históricos do Estado de São Paulo e legislação vigente.
16 15 4 Foi pesquisada e aplicada toda a legislação para a prestação de serviços objeto do presente trabalho: específica, referente a licitações e contratos, encargos trabalhistas, previdenciários, tributário / fiscal, bem como acordo / convenção / dissídio coletivo da categoria profissional As classificações dos veículos utilizadas seguem as nomenclaturas definidas pelo Grupo Central de Transportes Internos GCTI, por meio da Portaria GCTI-01, de e eventuais atualizações: Grupo Especial: veículos de representação, preferencialmente, de fabricação nacional e com as seguintes características: tipo sedã, 4 portas, cor escura, de preferência preta, versão mais luxuosa da linha e capacidade para 5 ou mais pessoas, para uso exclusivo do Governador e Vice-Governador; Grupo A: veículos de representação, preferencialmente, de fabricação nacional e com as seguintes características: tipo sedã, 4 portas, cor escura, de preferência preta, versão intermediária de luxo da linha e capacidade para 5 ou mais pessoas, para uso exclusivo de Secretários de Estado e do Procurador Geral do Estado; Grupo B: veículos de representação, preferencialmente, de fabricação nacional e com as seguintes características: tipo sedã, 4 portas, cor escura, de preferência preta, versão básica da linha e capacidade para 5 ou mais pessoas, para uso exclusivo de: Secretários Adjuntos, Chefes de Gabinete, Delegado Geral de Polícia, Comandante Geral da Polícia Militar, Superintendentes de Autarquias, Presidentes de Fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público Estadual e Presidentes de Empresas em cujo capital o Estado tenha participação majoritária; Grupo S-1: veículos de Prestação de Serviços, preferencialmente, de fabricação nacional e com as seguintes características: tipo sedã ou "hatchback", 2, 3, 4 ou 5 portas, versão básica da linha e capacidade para 4 ou mais pessoas, destinados ao transporte exclusivo de passageiros. Para efeito de distinção, os veículos que compõem o grupo de que trata este artigo, foram agrupados por potência (cv), sendo de 0 a 70 cv e de 71 a 115cv; Grupo S-2: veículos de Prestação de Serviços, preferencialmente, de fabricação nacional, versão básica da linha e adequada ao transporte misto de cargas leves e de passageiros. Para efeito de distinção entre os tipos que compõem o grupo de que trata este artigo, os veículos foram reagrupados conforme segue: I peruas; II vans (para efeito de formação de preço referencial foram constituídos dois itens: vans 9 lugares e vans acima de 9 lugares);
17 16 III minivans; IV camionetas/caminhonetes; V utilitários esportivos. 4.2 Não se encontram contemplados no presente estudo os veículos classificados como Especial, Grupos S-3 e S Os veículos dos Grupos B, S-1 e S-2 devem contemplar a versão básica de linha de produção, portanto, sem equipamentos opcionais. Excepcionalmente, poderão ser contratados com equipamentos opcionais, desde que devidamente justificados no pedido de autorização. 5 A decisão na escolha do tipo de veículo a ser utilizado deverá estar embasada em análise criteriosa das reais necessidades da CONTRATANTE. Essa análise é fundamental para atender às necessidades da CONTRATANTE, havendo, na utilização da opção eleita, reflexos significativos nas despesas decorrentes. Exemplos de tabelas de preços referenciais: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE MEDIANTE LOCAÇÃO DE VEÍCULOS CLASSIFICAÇÃO DO VEÍCULO VALOR FIXO R$/mensal Grupo A 2.970,67 Grupo B 2.345,83 Grupo S-1 até 70cv 1.259,31 Grupo S-1 71 a 115cv 1.523,98 Grupo S-2 Peruas 2.090,88 Grupo S-2 Vans acima de 9 lugares 3.243,21 Grupo S-2 Vans 9 lugares 1.735,82 Grupo S-2 Minivans 2.138,25 Grupo S-2 Camionetas / Caminhonetes até 2 Toneladas 2.415,74 Grupos S-2 Utilitários/Esportivos 2.435,68
18 17 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE MEDIANTE LOCAÇÃO DE VEÍCULOS COM CONDUTOR E SEM COMBUSTÍVEL LOCAÇÃO DE VEICULOS COM CONDUTOR SEGUNDA A SEXTA-FEIRA Classificação do Veículo Valor do Km variável (R$/Km) Valor Fixo Mensal R$ 44 horas 12 horas 16 horas semanais diárias diárias Grupo A 0, , , ,24 Grupo B 0, , , ,62 Grupo S-1 até 70cv 0, , , ,56 Grupo S-1 71 a 115cv 0, , , ,33 Grupo S-2 Peruas 0, , , ,18 Grupo S-2 Vans acima de 9 lugares 0, , , ,02 Grupo S-2 Vans 9 lugares 0, , , ,57 Grupo S-2 Minivans 0, , , ,97 Grupo S-2 Camionetas / Caminhonetes até 2 Toneladas 0, , , ,28 Grupos S-2 Utilitários Esportivos 0, , , ,41 Horas Adicionais 14,44 14,44 19,80
19 18 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE MEDIANTE LOCAÇÃO DE VEÍCULOS COM CONDUTOR E COMBUSTIVEL LOCAÇÃO DE VEICULOS COM CONDUTOR E COMBUSTÍVEL SEGUNDA A SEXTA-FEIRA Classificação do Veículo Valor do Km variável (R$/Km) Valor Fixo Mensal R$ 44 horas 12 horas 16 horas semanais diárias diárias Grupo A 0, , , ,24 Grupo B 0, , , ,62 Grupo S-1 até 70cv 0, , , ,56 Grupo S-1 71 a 115cv 0, , , ,33 Grupo S-2 Peruas 0, , , ,18 Grupo S-2 Vans acima de 9 lugares 0, , , ,02 Grupo S-2 Vans 9 lugares 0, , , ,57 Grupo S-2 Minivans 0, , , ,97 Grupo S-2 Camionetas / Caminhonetes até 2 Toneladas 0, , , ,28 Grupos S-2 Utilitários Esportivos 0, , , ,41 Horas Adicionais Dias Normais 14,44 14,44 19,80
20 19 LOCAÇÃO DE VEICULOS COM CONDUTOR E COMBUSTÍVEL SEGUNDA- FEIRA A DOMINGO Classificação do veículo Valor do Km variável (R$/Km) Valor Fixo Mensal R$ 8 horas 12 horas 16 horas diárias diárias diárias Grupo A 0, , , ,73 Grupo B 0, , , ,11 Grupo S-1 até 70cv 0, , , ,05 Grupo S-1 71 a 115cv 0, , , ,82 Grupo S-2 Peruas 0, , , ,67 Grupo S-2 Vans acima de 9 lugares 0, , , ,51 Grupo S-2 Vans 9 lugares 0, , , ,06 Grupo S-2 Minivans 0, , , ,46 Grupo S-2 Camionetas / Caminhonetes até 2 Toneladas 0, , , ,77 Grupos S-2 Utilitários Esportivos 0, , , ,90 Horas Adicionais Dias Normais 14,44 14,44 19,80 Horas Adicionais Domingos e Feriados 19,25 19,25 25,06 Foi definido, como unidade de medida para contratação desses serviços, o valor mensal do veículo, que é composto por 2 (dois) valores valor fixo + valor variável sendo: Valor fixo: corresponde aos gastos fixos mensais do veículo disponibilizado e quando for o caso, condutor para a condução do veículo. Valor variável: corresponde aos gastos que variam em função da distância percorrida (km rodado) pelo veículo no mês. Este volume pode ser visualizado na integra no sítio do Cadter
21 Volume 17 Prestação de serviços de gerenciamento do abastecimento de veículos 1. O presente trabalho refere-se à Prestação de Serviços de Gerenciamento do Abastecimento de Combustíveis de Veículos e demais serviços, por meio da implantação e operação de um sistema informatizado e integrado com utilização de cartão de pagamento magnético ou microprocessado e disponibilização de Rede Credenciada de Postos de Combustível. 2. A decisão na escolha por este modelo de contratação deverá considerar as vantagens decorrentes da melhoria da gestão das despesas com a frota de veículos, gerando expectativas de redução de custos que envolvam abastecimento de veículos e controle da frota por meio de relatórios gerenciais e da possibilidade de definir parâmetros de utilização e restrições diferenciadas relacionadas aos veículos e usuários. 3. A contratação dos serviços por este modelo é uma alternativa inovadora para a aquisição direta de combustível, óleos e lubrificantes, serviços de lavagem e outros prestados por postos autorizados de venda de combustível e derivados. É possível ainda ser adaptada para a utilização na gestão de combustível por Órgãos e Entidades Públicas que decidam pela manutenção de abastecimento com a utilização de tanques e bombas instaladas em suas próprias dependências. 4. Esse sistema de abastecimento propiciará à Administração a disponibilidade de Postos de Combustíveis credenciados sob várias bandeiras, cabendo ao usuário e gestor da frota a escolha de postos credenciados que possuam o menor preço unitário praticado da venda de combustível, em conformidade com os mecanismos contratuais. 5. Recomenda-se no planejamento da licitação uma análise das demandas do órgão com relação ao consumo, trajetos e freqüências de deslocamentos, objetivando a definição racional e eficiente do número mínimo de postos credenciados a ser exigido da Contratada. O estabelecimento de áreas/raios a serem observados deverá contemplar também a possibilidade de aproveitando das oportunidades e vantagens que possam oferecer as demais regiões da cidade para qual a frota se desloca freqüentemente.
22 21 6. No dimensionamento dos quantitativos por tipo de combustível obrigatoriamente deverá ser observado que os veículos flex utilizarão, exclusivamente, combustível álcool (etanol), propiciando vantagens ambientais e econômicas. Deverá ser previsto ainda uma pequena quantidade de gasolina que suprirá as necessidades da reserva para acionamento de partida do motor. 7. Os relatórios gerenciais e dados da frota resultantes da prestação de serviços fornecerão à Administração as informações necessárias para a tomada de decisão no âmbito da gestão da frota, no que tange ao desempenho e da frequência de manutenção preventiva e corretiva dos veículos. O sistema permite ainda identificar as tentativas de eventuais desvios de combustível e da utilização inadequada dos recursos destinados a este objeto. 8. A adoção do modelo proposto deverá propiciar aperfeiçoamento da gestão operacional e financeira gerando a expectativa de economias direta e indireta, por meio da otimização dos processos. 9. Os resultados da implantação desse sistema de gerenciamento poderá ser otimizado com a utilização da definição do parâmetro de preço limite nos cartões magnéticos, adotando-se, para tanto, os preços médios estabelecidos pela ANP Agência Nacional de Petróleo para os diversos tipos de combustíveis, disponíveis no endereço eletrônico: O presente estudo foi desenvolvido levando-se em consideração as necessidades e experiência de contratações no âmbito do Estado de São Paulo e análise das disponibilidades do mercado para este segmento. 11. Foi definida como unidade de medida para contratação a Taxa de Administração (%) que deverá estar refletida em percentual aplicado sobre o valor em Reais do volume de combustível consumido e dos serviços realizados. Este como os demais estudos técnicos estão disponibilizados na íntegra no sítio e contemplam normas, diretrizes, especificações dos serviços, composição preços referenciais, critérios para elaboração dos preços, obrigações contratuais legislação geral e específica etc.
23 22 4 CONSUMO COMBUSTÍVEL ANUAL DA FROTA FLEX FUEL O decreto atual que regula o uso de combustível recomenda o uso de álcool na frota do Estado de São Paulo. Dada a atual vantagem econômica apresentada no uso do álcool e o peso da sua cadeia produtiva na economia do Estado de São Paulo, o uso obrigatório do álcool em veículos flex fuel deve ser estimulado enquanto a relação entre preço de álcool e gasolina for interessante. Destarte, a atual crise de produção do etanol, que se espera seja de caráter momentâneo, restabelecendo-se o padrão de preços dos últimos anos por si só já justificam a implantação desse novo modelo. Dessa forma, estabelecido a utilização, em caráter obrigatório, de combustível etanol (álcool) para os veículos considerados flex, a Administração assume o seu papel como consumidor e indutor das melhores práticas de mercado, especialmente, nas atribuições decorrentes da normatização e gestão contratual do objeto em questão, coerentes com as políticas ambientais e de saúde pública. Nesse aspecto, nos reportamos ao relatório apresentado pela Fundação Instituto de Administração (FIA), junho 2008, sobre a Definição de Estratégias e Políticas para Gestão dos Transportes Internos, que diz: O estudo concluiu, para o ano de 2007, uma economia de R$ 6,4 milhões caso toda frota flex fuel tivesse se abastecido apenas com álcool. Isto representa uma economia de 25% no custo de combustível destes veículos. Considerando apenas a frota da administração direta esta economia seria de R$ 6,1 milhões. Para isso além da relação de preços divulgada pela ANP foi considerado menor rendimento por quilometro rodado do álcool em relação à gasolina e a maior necessidade de deslocamento para abastecimento. Para estabelecer a relação entre consumo de álcool e gasolina (rendimento por quilometro rodado) foram utilizados os dados da frota do Estado para consumo de combustível de veículos exclusivamente movidos à gasolina e os exclusivamente a álcool disponíveis no sistema SIGEF. Esta é relatada em divulgações da imprensa como sendo de 70%, ou seja, um veículo flex fuel rodaria a mesma distância com 1 litro de álcool ou 0,7 litros de gasolina. Verificando a base de dados esta relação foi, em 2007, de 79% na frota do Estado. O consumo em 2007 no total da frota flex fuel do Estado de São Paulo que foi de 4,4 milhões de litros de álcool e 8,5 milhões de litros de gasolina, totalizando 12,9 milhões de litros de combustível, passaria a ser de 15,1 milhões de litros de álcool caso essa frota fosse abastecida apenas com álcool. Outra consideração da simulação foi a maior necessidade de abastecimento com álcool devido ao seu maior consumo em relação à gasolina. Foi imposta uma penalidade de 20 quilômetros por cada abastecimento a mais que a frota necessitasse devido o uso de álcool. Foi considerado que o ponto de abastecimento médio de um veículo seria quando o mesmo estivesse com 80% do tanque vazio. A capacidade média de um tanque de
24 23 combustível foi considerada de 45l. Isto implicou em um aumento de cerca de 1,5% em relação à quilometragem efetiva rodada por toda a frota flex fuel em Dado o impacto pequeno na quilometragem total rodada foram apenas considerados os custos de combustível, não levando em conta, os demais custos variáveis dos veículos. Dada a falta de controle por parte do Órgão Central no consumo de combustível da Frota, devido à falta de instrumento para o mesmo, a equipe FIA recomendou o uso de cartão combustível com sistema de gestão como melhoria deste controle. Além da motivação do controle e transparência que o sistema traz, casos de sucesso no próprio Estado de São Paulo como a Sabesp motivaram esta recomendação. Este sistema vem sendo estudado também pela SGP e a forma de implementação do mesmo seria feita por cada Secretaria seguindo recomendações especificadas em um Caderno de Terceirização (CadTerc). O percentual de uso de gasolina em relação a álcool em veículos flex fuel vêm aumentando ano a ano. Considerando toda a frota do Estado, incluindo administração direta, fundações e empresas, essa relação era de 35,5% em 2005 e passou para 65,8% em Isto pode ser mais bem observado pelo gráfico e pela tabela abaixo. Variação dos Preços dos Combustíveis (2007) R$ 2,600 R$ 2,400 R$ 2,200 R$ 2,000 R$ 1,800 R$ 1,600 R$ 1,400 R$ 1,200 R$ 1,000 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Gasolina Álcool Relação (%) Preço Álcool x Gasolina Gráfico 1 Fonte: Fundação Instituto de Administração (Fia) Tabela 1 Ano Consumo_alcool (l) Consumo_Gasolina(l) Proporção de Gasolina na Mistura , ,00 35,5% , ,00 42,6% , ,00 65,8% Historicamente os patamares de preços do álcool estão cada vez mais abaixo aos preços da gasolina. No gráfico acima, encontram-se a média de preços
25 24 dos dois combustíveis nas bombas dos postos do Estado de São Paulo para o ano de 2007, levantados via ANP ( Estes foram os mesmos utilizados no estudo da diminuição de custos com uso de álcool. Além dos preços, existe a relação entre preço de álcool e gasolina. Em 2007 o preço do álcool não passou de 60% do preço da gasolina. (vide Gráfico 1) O estudo concluiu, para o ano de 2007, uma economia de R$ 6,4 milhões caso toda frota flex fuel tivesse se abastecido apenas com álcool. Isto representa uma economia de 25% no custo de combustível destes veículos. Considerando apenas a frota da Administração Direta, esta economia seria de R$ 6,1 milhões. O consumo em 2007 no total da frota flex fuel do Estado de São Paulo que foi de 4,4 milhões de litros de álcool e 8,5 milhões de litros de gasolina, totalizando 12,9 milhões de litros de combustível, passaria a ser de 15,1 milhões de litros de álcool caso essa frota fosse abastecida apenas com álcool. Além da imediata expectativa econômica que cada estudo técnico resulta, com a padronização do conjunto de normas que compõem o edital e da determinação de preços referenciais, a mais relevante, sem dúvida, é a de mudança no padrão de consumo pela implementação de medidas e políticas internas, de modo a aprimorar sua performance ambiental, o que inclui a adoção de medidas de licitação, gestão ambiental interna dos órgãos do governo e a integração do tema meio ambiente na adoção de políticas públicas.
26 25 5 POSSIBILIDADE DE MULTIPLICAÇÃO Os estudos técnicos amplamente divulgados são utilizados em caráter obrigatório por toda a Administração Pública Estadual mais de 1800 unidades compradoras e em caráter nacional por centenas de entes federativos. Com as mudanças provocadas pela globalização da economia mundial e com o avanço e o barateamento das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), o conhecimento passou a ser um dos fatores de produção mais importante para as organizações públicas e privadas. No setor público em particular, o conhecimento tem fundamental importância na melhoria da capacidade de coordenação e articulação dos governos, na formulação de políticas públicas exitosas e na modernização e aumento da eficiência e efetividade dos serviços públicos. Com este enfoque e com a criação de redes de colaboração lideradas pelo GATI nas quais os servidores e sociedade podem esclarecer suas dúvidas e sugerir aprimoramentos, permitindo que as especificações estejam em contínuo aprimoramento, não há dúvida de que com aplicação desses dois estudos técnicos o GATI estará colaborando não somente com a eficiência e efetividade da gestão pública, mas também com a proteção do homem e do ambiente em que vive, para preservá-lo e, assim, proteger a vida em termos imediatos e a médio e longo prazos.
27 26 6 PROMOÇÃO DA TRANSPARÊNCIA Pelos endereços eletrônicos dos sítios abaixo o Governo do Estado de São Paulo dá um verdadeiro exemplo de seriedade, moralidade e de modelo de transparência, propiciando à sociedade, a ampla transparência de todas as compras do Governo e aos servidores públicos uma importante ferramenta de trabalho, com a utilização de um expressivo banco de informações e de preços por produto, por fornecedor, por contrato etc. Sítios de interesse: A transparência pela divulgação dos estudos técnicos nos respectivos sítios eletrônicos tem despertado grande interesse, tanto nos órgãos do setor público como nas empresas do setor privado. Diversos Estados, já formalizaram termo de cooperação técnica com o Governo do Estado de São Paulo, para implantação do sistema de gerenciamento de contratos de serviços terceirizados e os estudos técnicos tem sido amplamente utilizados em caráter nacional por todos os entes federativos.
28 27 7 CUSTO-BENEFÍCIO Considerando as diretrizes estabelecidas em decorrência da inserção dos aspectos socioambientais nos processos de licitação e contratação por meio do Decreto /05, que impõe a revisão e adequação dos padrões de contratações, com a implantação das normas e diretrizes constantes dos estudos técnicos de Prestação de Serviços de Locação de Veículos e de Gerenciamento do Abastecimento de Combustíveis de Veículos na Administração Pública Estadual, espera-se que, além dos benefícios em saúde pública, o Governo obtenha os seguintes benefícios, por meio da obrigatoriedade de abastecimento com combustível álcool da frota de veículos estaduais com motores bicombustíveis: Redução da produção de Gases de Efeito Estufa objetivando contribuir para minimizar os fatores geradores do fenômeno de Mudanças Climáticas ; Estímulo ao desenvolvimento econômico do Estado maior produtor nacional de etanol; Diminuição do consumo de combustível gasolina da frota flex fuel do Estado de São Paulo que foi, em 2007, de 4,4 milhões de litros de álcool e 8,5 milhões de litros de gasolina, totalizando 12,9 milhões de litros de combustível, para 15,1 milhões de litros de álcool, mediante obrigatoriedade de utilização de álcool; Estabelecimento de meta de economia de R$ 6,4 milhões/ano com a substituição do combustível gasolina por álcool no abastecimento da frota flex fuel, representando uma economia de 25% no custo de combustível destes veículos; Substituição de imediato e de forma automática dos atuais veículos por zero quilômetro, ano/modelo de fabricação do exercício corrente, nas mesmas condições da entrega inicial quando completarem oitenta mil quilômetros ou 24 meses a contar da emissão da nota fiscal respectiva; Obrigatoriedade de observação de que os veículos flex utilizarão, exclusivamente, combustível álcool (etanol), propiciando vantagens ambientais e econômicas;
29 28 Redução de despesas com a frota, através de controles dinâmicos e eficazes; Redução de despesas administrativas relativas à frota (coleta de dados, digitação, emissão de faturas, controles, espaço físico, pessoal); Flexibilização do sistema de abastecimento, por acesso facilitado a uma rede de serviços com qualidade e preços adequados; Possibilidade de utilização do parâmetro de preço limite nos cartões magnéticos, adotando-se, para tanto, os preços médios estabelecidos pela ANP Agência Nacional de Petróleo para os diversos tipos de combustíveis, por município, disponíveis no endereço eletrônico: Evolução dos controles, veracidade das informações e redução do tempo de compilação e análise de dados; Obtenção de informações sobre o abastecimento, em tempo hábil para tomada de decisões corretivas; Melhoria do gerenciamento da manutenção preventiva e corretiva através do controle de quilometragem e consumo por veículo; Redução de gastos inadequados através da utilização de relatórios de exceção; Eliminação de adiantamentos para o pagamento de combustíveis; Taxa de Administração com deságio.
30 29 AUTORIA Horácio José Ferragino Formado em Ciências Contábeis. Coordenador de diversos projetos voltados para a política de contratação de materiais e serviços, incluindo a ampliação dos sistemas eletrônicos de aquisições. Atualmente, na Secretaria de Gestão Pública do Governo do Estado de São Paulo, coordena o Programa de Estudos de Serviços Terceirizados e integra o Grupo responsável pelas Compras Públicas do Governo do Estado de São Paulo. Endereço eletrônico: hferragi@sp.gov.br Valéria D Amico Engenheira Civil especialista em Controle de Poluição Ambiental e em Gestão de Negócios. Atua na Secretaria de Gestão Pública do Governo do Estado de São Paulo, na coordenação do projeto de licitações sustentáveis, integrante de diversos grupos de trabalho, incluindo a ampliação dos sistemas eletrônicos de aquisições e da implantação da modalidade de licitação Pregão no Estado de São Paulo. Endereço eletrônico: vdamico@sp.gov.br
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