PROFESSORES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO
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- Jonathan Matheus Coradelli Gabeira
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1 ANDES-SNSN AS REFORMAS DA PREVIDÊNCIA E OS PROFESSORES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO Prof. Almir Menezes Filho Diretor Responsável pela Encarregatura de Assuntos de Aposentadoria do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SNSN 1
2 Preâmbulo O marco inicial da normatização previdenciária do setor público, ocorreu com a Constituição Federal (CF) em 5 de outubro de As regras simples, consideravam am o tempo de serviço ou a idade dos servidores públicos, além de instituir a aposentadoria especial aos professores, profissionais de saúde, por invalidez e a pensão por morte. A CF assegurava aos aposentados e pensionistas, por qualquer uma das regras, a integralidade e a paridade plena com os servidores públicos em atividade. Como veremos, a retiradas de direitos à aposentadoria começaram com a Emenda Constitucional (EC) n 20/1998, quando os requisitos para a aposentadoria tornaram indissociáveis: a idade do trabalhador e o tempo de contribuição. 2
3 Aposentadoria dos Servidores Federais Constituição Federal de 05 de outubro de 1988 Normatização Previdenciária do Setor Público Aposentação por tempo Proporcional ao tempo de serviço de contribuição homem - 35 anos professor 30 anos mulher - 30 anos professora 25 anos Tempo mínimo - mulher 25 anos Tempo mínimo - homem 30 anos Independente da idade com integralidade e paridade plena com os servidores em atividade 3
4 Aposentadoria por invalidez permanente Proventos integrais Revisão dos proventos, na mesma proporção e na mesma data, da revisão da remuneração dos servidores em atividade; id d Extensão aos inativos de quaisquer benefícios posteriormente concedidos aos servidores ativos, até mesmo aqueles decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu na aposentadoria, na forma da lei 4
5 REFORMAS DA PREVIDÊNCIA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20/98 16/12/98 (Governo FHC) EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 41/03 19/12/03 (Governo Lula da Silva) EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 47/05 05/07/05 (Governo Lula da Silva) LEI , 30 DE ABRIL DE 2012 (Governo Dilma) 5
6 EMENDA CONSTITUCIONAL 20/98 Mudanças a partir 16/12/98: 1 10 anos de serviço público, 5 anos no cargo 2 Idade mínima exigida, 60 anos homem e 55 anos mulher (+ 35/30 no serviço público) 3 - Exclui os professores ensino superior da aposentadoria especial 4 Instituiu i Regime de Previdência i Complementar 5 - Regras de transição: 6
7 Contratado antes da emenda Homem 53 anos e 35 de contribuição Mulher 48 anos e 30 de contribuição Acréscimo aos anos de contribuição de 20% do tempo entre a data da emenda e os anos que faltavam para a aposentadoria 5 Direitoit a aposentadoria proporcional Homem 53 anos e 30 de contribuição Mulher 48 anos e 25 de contribuição Acréscimo de 40% do tempo remanescente e proventos 70% do integral + 5% de pedágio 7
8 EMENDA CONSTITUCIONAL 41/03 A chamada reforma da previdência Requisitos: it MULHER 55 anos idade 30 anos contribuição 10 anos na carreira 05 anos no cargo 25 anos no serviço público HOMEM 60 anos idade 35 anos contribuição 10 amos na carreira 05 anos no cargo 25 anos no serviço público Magistério de Ensino Básico (fundamental/médio) contribuição Homem 30 anos e Mulher 25 8
9 MUDANÇAS CONCEITUAIS Fim da Integralidade: d A aposentadoria td é calculada pela média dos 80% melhores salários Fim da Paridade: Sem relação com a carreira, reajuste pelo percentual do RGPS Contribuição aposentados/pensionistas (11% sobre a diferença entre o teto do RGPS e o salário do servidor quando na ativa. Doença incapacitante, contribuição de 11% acima do dobro do RGPS = R$ 8318,00) 9
10 Exemplos: 1. Valor bruto da aposentadoria R$ 9.000, Teto do RGPS = R$ 4.159, Contribuição para a Seguridade Social: 11% de ( ) = 532,51. Provento = R$ 8.467,69 2. Doença incapacitante, corte no dobro do teto 11% de ( ) = 682. Provento = R$ 8925,00 3. As pensões terão o valor correspondente ao teto do RGPS mais 70% do que o exceder. Valor bruto da Pensão = ,7 = R$ 7547,7 11% de 7547,77 = 830,25. Provento = R$ 6717,45 10
11 DOIS GRANDES GRUPOS: Grupo I - APOSENTADOS/ELEGÍVEIS ANTES DA EC 41/03 (até 31/12/2003) Grupo II - APOSENTADOS/ ELEGÍVES APÓS A EC 41/03 (depois de 1º/1/2004) 11
12 Grupo I APOSENTADOS/ELEGÍVEIS ANTES DA REFORMA 19/12/03 APOSENTADORIA INTEGRAL E PARIDADE ABONO DE PERMANÊNCIA PARA OS ELEGÍVEIS (valor igual da sua contribuição previdenciária) e CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA INATIVOS 12
13 Grupo II APOSENTADOS/ELEGÍVES APÓS A EC41/03 DOIS SUBGRUPOS: SG 1. INGRESSARAM ANTES DE 31/12/2003 SG 2. INGRESSO ENTRE 1º/01/2004 e 01/3/
14 SG 1. Ingressaram até 31/12/2003 Mesmo com os requisitos alcançados APÓS essa data, a PEC Paralela recuperou a integralidade d e a paridade d e a EC 70/2012 a integralidade por invalidez Aposentadoria compulsória, sem completar os requisitos, será pela regra nova, proporcional ao tempo de contribuição. Aposentadoria com menos idade, se tiver maior tempo de contribuição 14
15 SG 2. Ingresso entre 1º/01/2004 e 01/3/2013 Fim da integralidade e da paridade Aposentadoria calculada pela média das 80% maiores remunerações (atualizadas), consideradas desde julho de 1994 e limitada pela última remuneração O valor da aposentadoria será reajustado, pelo mesmo percentual do RGPS sem qualquer relação com a carreira Obs.: Para proventos maiores que o SM o percentual Obs.: Para proventos maiores que o SM o percentual acumulado entre 2009 a 2013 foi de 21,59% 15
16 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR-RPC Prevista na EC nº 20/98, a regulamentação desta matéria foi enviado por Lula ao Congresso Nacional na forma do PL 1992/2007. Aprovado, por maioria simples, no governo Dilma em 29 de abril de 2012, transformado na Lei nº , vigência a partir de 1º de março de 2013 A lei instituiu o Regime de Previdência Complementar para os Servidores Públicos Federais e autorizou a criação de uma entidade fechada de previdência complementar (Fundo de Pensão), a fundação Funpresp-exe, empresa privada, para administrar e executar planos de benefício previdenciário. 16
17 Características do RPC 1 Limite igual ao teto do RGPS (4159,00) 2 Contribuição definida 3 É optativo para novos e antigos servidores 4 Prazo de 24 meses (até 31/03/2015) para opção 5 - Feita a opção, esta é irretratável e irrevogável 6 - Renúncia automática dos direitos advindos de regras anteriores 7 valor da aposentadoria reajustado por um valor nominal, desconectado da carreira 17
18 Isca: Servidor contratado antes de 2013 e optar pelo Funpresp ao se aposentar terá direito a um Benefício Especial = BE, relativo aos anos em que a contribuição para RPPS era calculado sobre o salário integral. Fórmula para cálculo do BE: BE = D x FC, onde D = diferença entre a média dos maiores salários e o teto do RGPS FC = Fator de Conversão = Cm/TC Cm = nº de contribuições feitas mensalmente ao RPPS até a data da opção TC = 13 x Pi 18
19 Onde 13 é o nº de contribuições anuais, incluindo a natalina, Pi = nº mínimo da anos de contribuição para a obtenção do benefício pleno do RPPS, i = 1, 2 ou 3, a depender do sexo e da categoria do servidor P1 = 35 homem P2 = 30 mulher ou professor do ensino básico P3 = 25 professor do ensino básico ou trabalho penoso EXEMPLO: supor servidor, com a média dos 80 Melhores salários de R$ e que no dia 1 de março de 2013 completou 15 anos de contrato 19
20 Supor ainda que o teto do RGPS tenha ficado fixo durante esses anos em R$ TC = 15xP1 = 15x35 = 455 FC = Cm/TC = 15x13/455 = 0,4285 Portanto, BE = D x FC = ( ) x 0,4285 = 2502,87 Obs.: neste caso, o valor da aposentadoria pelo RPPS = R$ R$ 2.502,87 = R$ 6.661,87. A complementação para o salário integral é de R$ R$ 6.661,87 = R$ 3.338,13 e dependerá dos rendimentos das aplicações no mercado. Caso o servidor não opte pelo RPC, sua aposentadoria será de R$ e mantém a paridade. 20
21 Como fica a contribuição? Salário de R$ Contratado Antes de 2013 e optou pelo RPC Antes de 2003 e não optou Contratado entre 2003 e 2013 Contribuição 11% de = 457,49 do servidor 8,5% de 5.841=467,28 Total = 924,77 11% de % de = R$ = R$ Contribuição 22% de = 914, % de % de do governo 8,5% de = 467,28 = R$ = R$ Total=1382=26 Valor da Aposentadoria 15 anos de serviço 01/3/13 Teto do RGPS + BE + C = ,4 + C = R$ 6.233,4 + C R$ % > salários = ± R$
22 FUNPRESP-EXE O Funpresp p é uma entidade privada que atuará com verba pública e dinheiro dos trabalhadores no mercado financeiro. É um grande passo dado pelo governo na privatização da previdência. Rompe com o pacto das gerações, cada servidor terá sua conta separada, quebra da paridade d com os atuais aposentados e quebra o vínculo com a carreira (valor do provento não será reajustado na mesma época e com os mesmos índices dos servidores da ativa 22
23 O governo afirma que o déficit da previdência é incontrolável. È falso, A previdência faz parte da Seguridade Social e trabalho da ANFIP (auditores fiscais da RF) demonstrou que a SS obteve superavit, em 2011, de R$ 72 bilhões. Haverá queda na arrecadação da Previdência Pública, pois os servidores não contribuirão mas com 11% do salário bruto. Os depósitos na Previdência Pública vão diminuir, o que implica perda de recursos e isso significa que, no futuro, mais direitos serão retirados por meio de novas reformas. 23
24 O Funpresp não é uma poupança, é investimento no mercado financeiro. Você irá contribui todos os meses, durante toda sua vida laboral, com valores pré- determinados e quando estiver aposentado, em todo final de mês, conviverá com a incerteza de quanto vai receber. É um pulo no escuro. 24
25 Conclusão: CUIDADO COM A PROPAGANDA, A OPÇÃO PELO FUNPRESP É IRREVOGÁVEL E IRRETRATÁVEL, IMPLICA EM PERDAS DE DIREITOS E PODERÁ TRAZER PREJUÍZOS IRRECUPERÁVEIS PARA OS SERVIDORES! 25
26 SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR PÚBLICO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS Apresentação: Leandro Madureira Silva, advogado da Assessoria Jurídica Nacional do ANDES Alino & Roberto e Advogados Associados Contatos: leandrom@aer.adv.br Teresina, 23 de agosto de 2013.
27 SEGURIDADE SOCIAL Previdência Social SEGURIDADE SOCIAL Assistência Social Saúde
28 ESTRUTURA DOS REGIMES DE PREVIDÊNCIA NO BRASIL RGPS REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL TRABALHADORES DO SETOR PRIVADO E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS NÃO ESTATUTÁRIOS Obrigatório, nacional, público, teto de R$ 4.159,00. Admite Fundo de Previdência Complementar Administrado pelo INSS RPPS REGIMES PRÓPRIOS DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS ESTATUTÁRIOS Obrigatório, público, níveis federal, estadual e municipal. Admite Fundo de Previdência Complementar Administrado pelos respectivos governos MILITARES FEDERAIS Obrigatório, público, nível federal,última remuneração Administrado pelo governo federal PREVIDÊNCIA PRIVADA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR Optativa, administrada por fundos de pensão abertos ou fechados Fiscalizado pelo PREVIC (fundos fechados) e pelo MF (fundos abertos)
29 REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS - Antecedentes Históricos (tratamento da previdência como prêmio ); - Sistema não-contributivo por 107 anos; - EC 03/ EC 20/ EC 41/ EC 47/2005
30 BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS CONSTITUCIONAIS ART. 40, CF. - APOSENTADORIA POR INVALIDEZ PERMANENTE; - APOSENTADORIA COMPULSÓRIA; - APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO; - APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA POR IDADE; - APOSENTADORIA DOS PROFESSORES; - PENSÃO POR MORTE; e - APOSENTADORIA ESPECIAL.
31 - Para os servidores que ingressaram até 2003, e que tenham se aposentado ou venham a se aposentar por invalidez permanente, os proventos serão correspondentes à remuneração do cargo efetivo em que se der a aposentadoria. (EC 70/2012) revisão automática desde 2004 com efeitos financeiros a partir de APOSENTADORIA POR INVALIDEZ PERMANENTE - Proventos proporcionais ao tempo de contribuição no momento da aposentadoria; - Exceções Se a invalidez for decorrente de: acidente em serviço, de moléstia profissional ou de doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei. - Logo, proventos integrais (pela média aritmética) * Doenças graves, contagiosas ou incuráveis: art. 186, 1º, Lei 8.112/90; * Acidente em serviço: art. 212, Lei 8.112/90.
32 APOSENTADORIA COMPULSÓRIA - Independe da vontade do servidor: uma vez implementada a idade de 70 (setenta) anos, o servidor será compelido a deixar, obrigatoriamente, o serviço público. - Justificativa: rotatividade no serviço público, de modo a torná-lo acessível a outras pessoas. - Proventos: PROPORCIONAIS ao tempo de contribuição.
33 - tempo mínimo de CINCO ANOS NO CARGO EM QUE SE DER A APOSENTADORIA (efetivo exercício no cargo efetivo). - DUAS MODALIDADES: APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA - POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO; - POR IDADE. - Requisitos para requerer, INDEPENDENTE DA MODALIDADE: - tempo mínimo de DEZ ANOS DE EFETIVO EXERCÍCIO NO SERVIÇO PÚBLICO (podem ser descontínuos e em unidades federativas distintas);
34 APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO - HOMEM: 35 anos de contribuição + 60 anos de idade + 10 anos de serviço público + 5 anos no cargo; - MULHER: 30 anos de contribuição + 55 anos de idade + 10 anos de serviço público + 5 anos no cargo. PROVENTOS: INTEGRAIS calculados a partir dos valores dos 3º e 17 do art. 40 da Constituição Federal. (será tratado posteriormente)
35 APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA POR IDADE - HOMEM: 65 anos de idade + 10 anos de serviço público + 5 anos no cargo; - MULHER: 60 anos de idade + 10 anos de serviço público + 5 anos no cargo. PROVENTOS: PROPORCIONAIS AO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. (pela média aritmética)
36 APOSENTADORIA DOS PROFESSORES - ESPÉCIE DE APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO CRITÉRIOS DIFERENCIADOS A TÍTULO DE INCENTIVO À DOCÊNCIA - HOMEM: 55 anos de idade + 30 anos de contribuição + 10 anos de serviço público + 5 anos no cargo; - MULHER: 50 anos de idade + 25 anos de contribuição + 10 anos de serviço público + 5 anos no cargo. - ATIVIDADE DE DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO atividades de direção de unidade, coordenação e assessoramento pedagógico só se professores exercerem
37 PENSÃO POR MORTE - Benefício previdenciário pago aos dependentes do segurado em razão de seu falecimento. - Servidor ativo: totalidade da remuneração até o limite máximo do RGPS (R$ 4.159,00) + 70% da parcela superior a este limite; - Servidor inativo: totalidade dos proventos até o limite máximo do RGPS (R$ 4.159,00) + 70% da parcela superior a este limite. - O valor da pensão para os dependentes dos servidores falecidos antes de (MP 167/04, convertida na Lei /2004) será integral e correspondente à totalidade dos proventos servidores ativos ou inativos. ( 7º, art. 40, após EC 41/2003 Lei disporá sobre a concessão de pensão por morte ).
38 APOSENTADORIA ESPECIAL - Concedida a certas categorias em razão da especialidade e peculiaridade das atividades desenvolvidas. - Texto original da CF de 88 - exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas. - EC 20/ atividades exercidas exclusivamente sob condições especiais - EC 47/ servidores cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. - EXIGÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR PARA REGULAR A MATÉRIA!
39 APOSENTADORIA ESPECIAL - Em razão da inexistência da lei complementar sobre as aposentadorias especiais, diversos Mandados de Injunção foram impetrados junto ao STF para que o mesmo se pronunciasse quanto à omissão constitucional. (MI 880/STF). - STF entendeu pela garantia do direito dos impetrantes à contagem diferenciada do tempo de serviço em decorrência de atividade em trabalho insalubre em seu regime estatutário, para fins de aposentadoria. - A lacuna da legislação deve ser suprida com as normas do RGPS (Lei 8.213/91, art. 57). - Tratativas da AJN e do ANDES junto ao Ministério do Planejamento.
40 APOSENTADORIA ESPECIAL - Posição do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG): uniformização dos procedimentos administrativos relativos à concessão de aposentadoria especial e contagem diferenciada do tempo de serviço dos servidores; - ON SRH/MP nº 6, de : (revogada em ) - reconheceu o direito do servidor à aposentadoria especial e disciplinou que o mesmo possui direito à conversão do tempo de serviço especial em tempo comum, para aposentadoria comum; - cálculo dos proventos com base na média aritmética simples de 80% das maiores contribuições, sem direito à paridade (críticas: se cumpriu os requisitos antes da EC 41/2003, faz jus à integralidade e à paridade);
41 APOSENTADORIA ESPECIAL - ON SRH/MP nº 6, de (continuação): - vedada a percepção de abono de permanência para aqueles que cumpriram os requisitos para se aposentar pela especial e permaneceram exercendo suas atividades; - o reconhecimento do direito de se obter a conversão do tempo especial em comum poderá: instituir o abono de permanência; melhorar o benefício previdenciário (de proporcional para integral, por exemplo); garantir a aposentadoria no padrão da classe superior ou, se já ocupante da última classe, com a percepção do diferença entre a classe ocupada e a anterior (art. 192 da Lei 8.112/90);
42 APOSENTADORIA ESPECIAL - ON SRH/MP nº 10, de : - reconhece o direito dos servidores em tela perceberem abono de permanência no caso da aposentadoria especial, desde que atendidas as condições da CF e da EC 41/2003; (críticas: impõe condição questionável); - o reconhecimento do direito de se obter a conversão do tempo especial em comum poderá: instituir o abono de permanência; melhorar o benefício previdenciário (de proporcional para integral, por exemplo); garantir a aposentadoria no padrão da classe superior ou, se já ocupante da última classe, com a percepção do diferença entre a classe ocupada e a anterior (art. 192 da Lei 8.112/90); PLP 554/2010 e 555/2010
43 REFORMAS CONSTITUCIONAIS PREVIDENCIÁRIAS Principais alterações EC 20/1998: - Limite de idade para aposentadoria voluntária; - Aposentadoria limitada à remuneração do cargo efetivo; - Exclusiva para servidor titular de cargo efetivo; - Vedação de contagem de tempo fictício; - Vedação de acumulação de aposentadoria, salvo cargo acumulável; - Vedação de acumulação de aposentadoria com remuneração de cargo efetivo, salvo cargo acumulável; - Vinculação da aposentadoria dos magistrados, promotores, tribunal de contas às regras de aposentadoria do servidor público. - Vinculação do cargo em comissão exclusivamente, cargo temporário ao RGPS
44 REFORMAS CONSTITUCIONAIS PREVIDENCIÁRIAS Principais alterações EC 41/2003: - Estabelecimento de teto remuneratório nas 3 esferas de governo; - Contribuição do inativo e pensionista base de cálculo excedente ao teto do RGPS caráter solidário; - Extinção da regra de última remuneração como base para cálculo da aposentadoria, com a inserção da média das 80% maiores remunerações de todo período contributivo, a partir de julho/1994; - Atualização das remunerações utilizadas no cálculo da aposentadoria; - Extinção de regra de reajuste pela paridade com alteração para preservação do valor real do benefício; - Valor da pensão com redutor de 30% na parcela que exceder o teto do RGPS; - Inclusão do abono de permanência no caso de opção de permanecer em atividade até a compulsória; - Inclusão da unidade gestora única de RPPS; - Limite mínimo de contribuição do servidor em 11 % da remuneração.
45 REFORMAS CONSTITUCIONAIS PREVIDENCIÁRIAS
46 NOVAS REFORMAS?
47 Muito obrigado!
48 SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR PÚBLICO REGIME COMPLEMENTAR DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS Apresentação: Leandro Madureira Silva Alino & Roberto e Advogados Associados Contatos: leandrom@aer.adv.br Teresina, 23 de agosto de 2013.
49 PONTOS DE REFERÊNCIA Ponto 1 - Histórico do Regime Próprio dos Servidores Públicos; Ponto 2 Mudança de Paradigma; Ponto 3 Sistema Contributivo dos Servidores; Ponto 4 Inovações da EC 20/98; Ponto 5 Regime de Previdência Complementar; Ponto 6 FUNPRESP
50 Histórico do Regime Próprio - Ausência de política de pessoal para os servidores ativos levou o Estado a promover um alargamento da previdência para os servidores aposentadoria vista como prêmio. - Criou-se uma política compensatória pela qual o Estado empreendia políticas previdenciárias como forma de compensar a inexistência de políticas salariais ou de carreira. - Ou seja, o Estado postergou o amparo ao servidor ativo prometendo uma política compensatória na inatividade.
51 Histórico do Regime Próprio - O sistema previdenciário dos servidores nunca teve uma preocupação com a sua própria sustentabilidade porque os benefícios eram arcados pelo Tesouro Nacional. - Essa despreocupação com a manutenção orçamentária do próprio sistema perdurou por mais de 107 anos.
52 MUDANÇA DE PARADIGMA - Somente com a Constituição Federal de 1988 é que a questão previdenciária passou a assumir maior importância em sua estruturação. - A existência constitucional de princípios norteadores da previdência guiou o legislador e o Executivo na edição de normas que garantissem a efetiva proteção social do segurado com a real possibilidade de se manter um sistema previdenciário, sem que esse fosse percebido como uma benesse governamental, mas sim como um sistema solidário construído e mantido pela sociedade. - Essa mudança de paradigma para os servidores ocorreu somente com a edição da Emenda Constitucional nº 20/1998, que instituiu a efetiva contribuição previdenciária do servidor com o intuito de responsabilizá-lo pelo custeio das aposentadorias.
53 SISTEMA CONTRIBUTIVO DOS SERVIDORES - Em 1998 a CF previu expressamente que aos servidores seria assegurado um regime de previdência de caráter contributivo, que observasse critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. - A efetivação de um sistema previdenciário contributivo para os servidores públicos rompeu com o paradigma que instituía a sua previdência como mero agente especulador de uma política ausente de preocupações salariais, custeada pelo Tesouro Nacional, para dar ao servidor a participação compulsória em sua própria aposentadoria, preceito básico de um sistema previdenciário.
54 INOVAÇÕES DA EC nº 20/ Criação de um sistema previdenciário autossustentável, com critérios de custeio pelo próprio servidor. - O legislador busca uma aproximação entre o regime próprio de previdência dos servidores públicos e o regime geral de previdência dos trabalhadores da iniciativa privada. - o 12 do art. 40 da CF passa a reger que o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social.
55 INOVAÇÕES DA EC nº 20/ o 14 prevê que os ENTES FEDERATIVOS poderão fixar para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas aos servidores, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral (teto do INSS), desde que instituam um REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR para os titulares de cargo efetivo. - Em 1998 surgiu, então, a ideia de criação de um REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR para os servidores públicos, que só foi efetivado com a edição da Lei nº , de 30 de abril de 2012.
56 REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DOS SERVIDORES PÚBLICOS - De acordo com o 15 do art. 40 da CF, o regime de previdência complementar dos servidores será instituído por lei de iniciativa do respectivo poder executivo do ente federativo, por intermédio de ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR, que serão de natureza pública e oferecerão aos participantes PLANOS DE BENEFÍCIOS somente na modalidade de CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA. - Servidores antigos = é garantida a aplicação do regime de previdência complementar somente sob sua prévia e expressa opção. - O ente federativo, pelo RPPS, pagará somente até o teto do benefício do INSS, a partir da instituição do regime complementar.
57 REGIME COMPLEMENTAR DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES - Para os antigos servidores que optarem em aderir à sistemática do regime de previdência complementar, será garantido o pagamento de um BENEFÍCIO ESPECIAL, que será calculado observando-se: => a MÉDIA ARITMÉTICA simples das 80% maiores contribuições do servidor ao regime antigo MENOS o teto do benefício pago pelo INSS VEZES o FATOR DE CONVERSÃO.
58 REGIME COMPLEMENTAR DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES => O FATOR DE CONVERSÃO será a QUANTIDADE DE CONTRIBUIÇÕES pagas pelo servidor ao regime antigo dividida pela ALÍQUOTA TT (tempo de trabalho), variável:. 455 = 60 anos de idade e 35 de contribuição (HOMEM);. 390 = MULHER OU PROFESSOR de ensino fundamental e infantil. 325 = MULHER PROFESSORA de ensino fundamental e infantil => Para os servidores deficientes ou que exerçam atividades especiais, o FATOR DE CONVERSÃO será ajustado pelo órgão competente quando o TT for menor que 325.
59 REGIME COMPLEMENTAR DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES - O BENEFÍCIO ESPECIAL também será pago nas modalidades de aposentadoria por invalidez e na pensão por morte. - O BENEFÍCIO ESPECIAL será reajustado pelo mesmo índice aplicável aos benefícios mantidos pelo INSS. - O servidor vinculado ao antigo regime poderá aderir ao regime de previdência complementar em até 24 meses a contar do início de sua vigência. - A opção de adesão ao regime é irrevogável e irretratável.
60 FUNPRESP - O FUNPRESP é a entidade criada para administrar e executar os PLANOS DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS, no âmbito do Executivo, do Legislativo e do Judiciário (FUNPRESP-EXE, FUNPRESP-LEG, FUNPRESP-JUD = entidades fechadas de previdência complementar. São fundações de natureza pública, com personalidade jurídica de direito privado, que gozarão de autonomia administrativa, financeira e gerencial, com sede no DF). - As entidades instituirão PLANOS DE BENEFÍCIOS, que serão estruturados na modalidade de CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA, sendo que as contribuições dos planos de benefícios e de custeio serão revistas para atender ao equilíbrio permanente do plano.
61 FUNPRESP - As aposentadorias, ou os BENEFÍCIOS PROGRAMADOS, serão calculados de acordo com o saldo acumulado na conta do participante. - Já os BENEFÍCIOS NÃO-PROGRAMADOS serão assegurados, pelo menos, com relação à invalidez e morte, e terão custeio específico para a sua cobertura. - Todo e qualquer benefício de natureza complementar fica condicionado à concessão do benefício pelo regime próprio de previdência. As regras de concessão e cálculo dos benefícios complementares constarão dos REGULAMENTOS DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS.
62 FUNPRESP - O servidor com remuneração abaixo do limite do teto do INSS poderá aderir ao regime de previdência complementar, mas sem contrapartida de contribuição por parte do ente federativo patrocinador. - Sobre a remuneração do servidor incidirá 11% de contribuição sobre o limite do benefício teto do INSS e, sobre o que passar disso, incidirá as contribuições dos participantes do regime complementar, que também servirá de base referencial para o patrocinador. - O ente federativo contribuirá, no máximo, com a alíquota de 8,5% sobre o que passar do teto do INSS, mas sempre em consonância com o que o servidor optar em contribuir, caso opte em percentual menor do que 8,5%.
63 FUNPRESP - A inscrição do participante será feita a partir do protocolo, no Departamento de Recursos Humanos ou na própria entidade, do formulário por ele preenchido, caso já esteja em exercício, ou, se servidor novo, na data em que entrar em exercício no cargo. - O servidor cedido a outro órgão ou ente da federação, bem como o servidor afastado ou licenciado temporariamente com direito à remuneração, permanecerá vinculado ao Plano de Benefícios, mantendo-se a responsabilidade do patrocinador pelo recolhimento das contribuições do participante do próprio patrocinador. - Para o servidor afastado sem direito à remuneração é opcional a permanência no plano e, caso queira, deverá promover o seu autopatrocínio, com contribuições do participante e do patrocinador.
64 FUNPRESP - As contribuições do participante para o sistema complementar dos servidores terá como base de contribuição o valor da sua remuneração que exceder ao teto do RGPS. - As alíquotas de contribuição de responsabilidade do participante, que também incidirão sobre o 13º salário, serão de: => 8,5%; => 8,0%; ou => 7,5%. - Essas alíquotas poderão ser redefinidas pelo participante anualmente, no mês de abril, que passará a vigorar no mês de junho subsequente. - Caso o participante decida contribuir com uma alíquota maior do 8,5%, além de não ter o correspondente do excedente pelo patrocinador, deverá fazê-lo de maneira facultativa.
65 FUNPRESP - Para a concessão do benefício de APOSENTADORIA NORMAL pelo FUNPRESP, o participante deverá ser elegível à aposentadoria no seu regime previdenciário (RPPS) e obter uma carência de 60 (sessenta) meses de filiação ao PLANO DE BENEFÍCIOS (exceto nos casos de aposentadoria compulsória). - Para a APOSENTADORIA POR INVALIDEZ, além da concessão de aposentadoria por invalidez pelo RPPS, também deverá obter carência de 12 (doze) meses de vinculação ao PLANO DE BENEFÍCIOS (exceto no caso de acidente de serviço). - Caso reste saldo na Reserva Acumulada Suplementar dos servidores, este terá direito a um benefício suplementar que será pago mensalmente, reajustado anualmente. Todavia, somente será devido para aquele servidor que tenha obtido a concessão de aposentadoria normal ou por invalidez, ou ainda, que tenha sido concedida pensão por morte aos beneficiários.
66 FUNPRESP - A aposentadoria normal do servidor vinculado ao FUNPRESP será concedida de acordo com os valores das contribuições existentes em sua conta individual. Esses valores são oriundos dos aportes que o mesmo fez ao Fundo, bem como os que advierem da contrapartida contributiva da Patrocinadora e daqueles que, eventualmente, tenham sido aportados pela migração de outros fundos de previdência complementar (seja de entidades abertas ou fechadas). - Se, todavia, esse servidor permanecer vivo após o prazo de pagamento da aposentadoria normal, será garantido um Benefício por Sobrevivência do Assistido, que será uma renda mensal vitalícia igual à 80% da última prestação mensal percebida por ele.
67 FUNPRESP Composição dos Conselhos e da Diretoria da Entidade: - Conselho Deliberativo: será integrado por 6 membros, sendo 3 escolhidos pela patrocinadora e 3 eleitos pelos participantes e assistidos. A Presidência será exercida pelo membro indicado pela patrocinadora. - Conselho Fiscal: será integrado por 4 membros, sendo 2 escolhidos pela patrocinadora e 2 eleitos pelos participantes e assistidos. A Presidência será exercida pelo membro indicado pelos participantes e assistidos. - Diretoria Executiva: será integrada por, no máximo, 4 membros nomeados pelo Conselho Deliberativo, dos quais 2 serão eleitos, diretamente, pelos participantes e assistidos.
68 FUNPRESP Acompanhamento e fiscalização do FUNPRESP: Serão exercidos pela PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), pelo Banco Central, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), além dos Conselhos Fiscal e Deliberativo da Entidade. Também deve se submeter ao controle do Ministério Público da União, na apuração de crimes, e do Tribunal de Contas da União, naquilo que compete aos gastos públicos. Ademais, as patrocinadoras são obrigadas a realizar a supervisão das atividades das Entidades de forma permanente, e os participantes receberão relatório anual sobre o fundo. Há previsão de realização de auditorias externas ao final de cada exercício.
69 Muito obrigado!
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