ISSN Comunicação contemporânea

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1 ISSN Comunicação contemporânea v. 5, 2006 Publicação do Departamento de Ciências Sociais, Comunicação e Arte

2 Campus Vila Maria (VM) R. Guaranésia, 425 Vila Maria, São Paulo SP CEP Campus Memorial (MM) Av. Dr. Adolfo Pinto, 109 Barra Funda, São Paulo SP CEP Campus Vergueiro (VG) R. Vergueiro, 235/249 Liberdade, São Paulo SP CEP Centro de Pós-Graduação (PG) Av. Francisco Matarazzo, 612 Água Branca, São Paulo SP CEP Cenários da Comunicação é uma publicação científica que se propõe a ser um veículo de divulgação da produção de Ciências da Sociais. Busca contribuir para a inovação do conhecimento nessa área. Intercambio deseó Échange désiré Exchange desired Cenários da Comunicação Centro Universitário Nove de Julho (Uninove). Departamento de Ciências Sociais, Comunicação e Arte São Paulo: Uninove, v. 1 (set. 2002) Anual ISSN Jornalismo. 2. Publicidade e Propaganda. 3. Ciências Sociais. CDU cenariosdacomunicacao@uninove.br

3 Reitoria Eduardo Storópoli Pró-Reitoria Acadêmica Maria Cristina B. Storópoli Pró-Reitorias Acadêmicas Adjuntas Ângelo Palmisano (VG) José Augusto Peres (MM) José Rubens de Lima Jardilino (VM) Pró-Reitoria Administrativa Jean Anastase Tzortzis Cenários da Comunicação Pró-Reitoria Administrativa Adjunta Marco Antônio Malva Diretoria de Pesquisa Isabel Cristina Petraglia Diretoria do Departamento de Ciências Sociais, Comunicação e Arte Marta Fanchin Coordenação do curso de Comunicação Social - Jornalismo Gabriela P. Sardinha Rissoni Coordenação do curso de Comunicação Social Publicidade e Propaganda Juliana Porto Chacon Coordenação do curso de Tradutor Intérprete Márcia do Carmo Felismino Fusaro Organizadores: Gabriela P. Sardinha Rissoni José Farias dos Santos Laércio Fidélis Márcia do Carmo F. Fusaro Patrícia Kay Ricardo Fortunato Silvia Carbone Wilson Pereira Dourado Coordenadoria Editorial Coordenação editorial: Sérgio Simões Assistência editorial: Dórica Krajan Revisão lingüística: Antonio Marcos Rudolf Projeto gráfico e diagramação: João Ricardo M. Oliveira Secretaria: Maria Edileusa de V. N. Garcia

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5 Sumário 7 Editorial 11 Artigos 13 Ganhos e perdas de uma renovada linguagem radiofônica jornalística, via podcast Renato Vaisbih Cenários da Comunicação 27 Imagens da mídia: uma abordagem _ semiótica da sua produção Fábio Caim 49 O descaminho do feminismo nos Simpsons Daniela Sacuchi Amereno 65 A retradução em português de Neuromancer, _ o livro que inspirou a trilogia Matrix Márcia do Carmo Felismino Fusaro 85 O Estado brasileiro e a interferência _ na criação musical: a atuação do Departamento _ de Imprensa e Propaganda (DIP) José Farias dos Santos 99 Instruções para _ os autores

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7 Editorial Cenários da Comunicação Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p. 7-9, 2006.

8 A Revista Cenários da Comunicação, em seu quinto volume, tem por objetivo apresentar elementos que reflitam sobre o impacto que as transformações tecnológicas contemporâneas estabelecem na prática da comunicação e no cotidiano das relações sociais. A comunicação é uma área, por excelência, suscetível e instigada a estabelecer diálogo profícuo e analisar, sob o olhar crítico e observador, as constantes evoluções propiciadas pela tecnologia. Com o propósito de investigar o fenômeno das transformações midiáticas e suas diversas matizes, foram selecionados cinco artigos que possibilitam contribuir, em conjunto com outras áreas de conhecimento, para estimular o debate sobre a comunicação contemporânea e suas variáveis. No primeiro texto, Renato Vaisbih apresenta um retrospecto histórico da linguagem radiofônica jornalística e do surgimento dos aparelhos de podcast. O autor ressalta a necessidade de aprimoramento dessa inovação. Identifica que não houve a ampliação das possibilidades de desenvolvimento do rádio-jornalismo, pois, além de apresentar a notícia (anteriormente veiculada em outros meios), é necessário maior embasamento analítico e crítico das mensagens. O texto de Fábio Caim, fundamentado nos referencias da Semiótica, apresenta uma análise das origens do movimento e da produção das imagens tecnológicas contemporâneas. Segundo o autor, as imagens tecnológicas, entendidas como signos democráticos e contrários à padronização dos meios de comunicação, constituem o resultado da interação estabelecida entre cultura de massa, midiática e digital. Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p. 7-9, 2006.

9 Em continuidade aos diálogos contemporâneos, Daniela Sacuchi analisa os principais aspectos da montagem de um episódio do desenho animado norte-americano, Os Simpsons. A autora apresenta ao leitor um ensaio que estabelece uma relação comparativa entre os estereótipos femininos, manifestados no desenho animado, e os conceitos da teoria feminista veiculados no cinema norte-americano. A linguagem cinematográfica também está presente no artigo de Márcia Fusaro. A partir de uma análise comparativa entre as duas traduções para a língua portuguesa do romance de ficção científica Neuromancer, uma das obras que inspirou a trilogia cinematográfica The Matrix (1999), Matrix Reloaded (2002) e Matrix Revolutions (2003), a autora apresenta um texto que permite a compreensão dos motivos que determinaram as diferentes opções conceituais na tradução do gênero literário. Para aprofundar a relação entre Comunicação e Política, José Farias apresenta uma análise da interferência do Estado brasileiro na produção musical. Às vésperas de completar os 70 anos de implantação do Estado Novo ( ) percebe-se a necessidade de analisar os reflexos dos projetos políticos empreendidos pelo governo de Getúlio Vargas, no debate contemporâneo da Política e da Comunicação no Brasil. Que a leitura dos textos de Cenários da Comunicação possa contribuir para a pesquisa e para ampliação do olhar crítico sobre a atuação e o exercício dos meios de comunicação. A todos, desejamos uma boa leitura! Cenários da Comunicação José Farias dos Santos Editor-científico Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p. 7-9, 2006.

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11 Artigos Cenários da Comunicação Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 4, p ,

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13 Ganhos e perdas de uma renovada linguagem radiofônica jornalística, _ via podcast Cenários da Comunicação Renato Vaisbih Mestre em Comunicação e Semiótica PUC-SP; Bacharel em Comunicação com habilitação em Jornalismo Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero (SP). Professor da disciplina radiojornalismo; Coordenador de produtos jornalísticos Uninove. São Paulo SP [Brasil] renatov@uninove.br Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p ,

14 Muito já se falou sobre como os avanços tecnológicos nas mais variadas áreas do conhecimento humano viabilizaram a existência do rádio, mesmo após o surgimento de outros veículos de comunicação mais modernos e com o suporte da imagem, como a televisão e a internet. A constante adaptação da linguagem, da produção da informação e da maneira como o público recebe a programação foi fundamental para a que o rádio continuasse existindo. Nesse cenário, o radiojornalismo se destaca como uma das principais opções para manter os ouvintes e ainda conquistar as novas gerações, graças ao dinamismo e agilidade para transmitir os últimos acontecimentos de interesse público nos grandes centros urbanos, como São Paulo ou Nova York. Isso apenas se tornou possível por causa de duas características adquiridas pelo rádio com os avanços tecnológicos: a possibilidade de transmissão ao vivo, no momento em que os fatos acontecem, e a portabilidade, como enfatiza Meditsch (2001, p. 244): O aspecto que primeiro chama a atenção na especificidade da situação comunicativa criada pelo rádio é a portabilidade de sua recepção. Esta característica, que foi melhor realizada com a incorporação da tecnologia do transistor aos aparelhos receptores, é no entanto anterior a ela e remonta à origem da concepção da telefonia sem fio. Os receptores à galena eram de pequeno porte, e mesmo os primeiros que utilizaram válvulas, embora de dimensões avantajadas, funcionavam à bateria, o que permitia alguma Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p , 2006.

15 mobilidade (ainda que nas costas de um burro ou numa carroça), e com ela o seu uso na guerra, em navios e aviões civis, ou simplesmente em atividades de lazer ao ar livre. No início da década de 1960, o rádio começa a enfrentar a concorrência da televisão, mas é salvo pela possibilidade de renovação da linguagem com a fabricação dos aparelhos portáteis pequenos, como explica Ortriwano (1985, p. 22): Mas é na área da eletrônica que o rádio encontra seu mais forte aliado, que vai permitir que ele explore plenamente seu potencial: o transistor começa a revolucionar o mercado. Com o radinho de pilha, o ouvinte passa a ter condições de acompanhar a programação fora de casa. A produção do conteúdo da programação jornalística se transforma, abrindo espaço, por exemplo, para a transmissão de informações sobre as condições do trânsito e auxiliando os motoristas a escapar de congestionamentos. Além de dirigir acompanhando as notícias, o ouvinte passou a ter a possibilidade de se dedicar a outras tarefas rotineiras com o rádio ao lado, como trabalhar, praticar exercícios físicos, tomar banho, fazer a barba, cozinhar e arrumar a casa. Outra característica do rádio desde os primórdios é a transmissão ao vivo, em tempo real. Isso ocorreu desde o primeiro momento, já que os gravadores de áudio sequer existiam à época em que o rádio começou a funcionar no Brasil, na década de Com o passar dos anos, porém, alguns programas começaram a ser gravados simplesmente por uma questão da estética sonora, para evitar erros e seduzir os ouvintes com uma produção mais elaborada. No radiojornalismo, porém, as transmissões ao vivo continu- Cenários da Comunicação Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p ,

16 am, até hoje, sendo o grande diferencial do veículo, como ressalta Jung (2004, p ): No rádio, ao contrário do jornal e da televisão, não existe deadline. Não se sai à rua com o objetivo de entregar material pronto ao fim do expediente. O prazo para o fechamento é determinado pela importância da notícia. Esperar o fim da entrevista coletiva para divulgar a informação que pode ser reproduzida ao vivo é um desserviço ao público. O repórter deve publicar o fato conforme este for apurado, ressaltando que outras fontes serão ouvidas no decorrer da programação. Ao concluir a reportagem, entrega o material consolidado para o editor. A agilidade que se espera do repórter de rádio foi potencializada, na década de 1990, pela crescente utilização dos telefones celulares e da internet. Essas duas novidades tecnológicas fizeram com que a linguagem passasse por diversas transformações na produção e na recepção da informação, apesar de a adaptação ser lenta e gradual, como indica Prado (2006, p ): Aparentemente, o mais comum deveria ser as emissoras tradicionais colocarem o áudio ao vivo, para possibilitar a audição para ouvintes fora do alcance da sintonia do dial, e acompanharem a evolução da era da informação. No entanto, muitas delas ainda não possuem essa forma de comunicação. Mas é notória a possibilidade que a digitalização proporcio Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p , 2006.

17 na na distribuição da programação radiofônica pela Web. E o retorno positivo do público traz a necessidade de maior discussão a respeito da expansão do conteúdo de rádio, disponível para um número cada vez maior de internautas-ouvintes. A influência dos telefones celulares na transmissão radiofônica também foi percebida rapidamente. A Rádio Eldorado, de São Paulo, foi a pioneira, como publicou o jornal O Estado de São Paulo, no dia 6 de agosto de 1993: Cenários da Comunicação Começa a funcionar hoje em São Paulo o sistema de telefonia celular. Serão distribuídas pela Telesp, que recebeu mais de cem mil inscrições, as primeiras 21 mil linhas. A Rádio Eldorado, do Grupo Estado, foi uma das primeiras usuárias do sistema: o repórter Nélson Laginestra usou um desses aparelhos, ontem, para transmissão direta de noticiário, em ruas da cidade. A chegada da telefonia móvel tornou a comunicação do repórter com a sede da emissora mais ágil. Assim, nas entrevistas coletivas com políticos ou jogadores e técnicos de futebol, o antigo gravador de fitas magnéticas foi substituído pelos celulares, com a transmissão das declarações ao vivo sem a necessidade de um emaranhado de cabos e fios, como acontecia anteriormente nas sessões do Poder Legislativo ou nos gramados dos estádios de futebol. As transmissões dos jogos do esporte mais popular do Brasil, aliás, na análise de Tota (1990, p. 113), já dependia da telefonia há muito tempo: Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p ,

18 Em 1931, Nicolau Tuma foi chamado pela direção da Educadora para irradiar uma partida de futebol. Antes dele, as partidas eram feitas através de telefones e depois as informações do jogo eram passadas pelos alto-falantes, que muitas vezes estavam localizados em lugares públicos, como, por exemplo, na confeitaria Mimi situada no Vale do Anhangabaú. A recepção da programação radiofônica também sofreu influência, ainda que discreta, com a evolução da tecnologia aplicada na fabricação dos aparelhos de telefones celulares, uma vez que diversos modelos oferecem, dentre os mais variados recursos, a recepção do sinal de rádio, principalmente na banda FM. Com isso, o ouvinte pode sair de casa somente com o celular e ainda assim acompanhar a programação jornalística, mantendo a característica da portabilidade. Nos telefones celulares que oferecem mais recursos também já é possível ter acesso à internet, inclusive com a programação de áudio e imagem de diversas empresas de rádio e televisão. O maior empecilho, porém, é o preço destes aparatos para os consumidores. Com relação ao rádio, a internet foi muito festejada pelo fato de uma emissora poder ser ouvida em qualquer lugar do mundo, além de interagir com outras formas de linguagem, como apontam Barbeiro e Lima (2001, p ): Caminha-se para o fim da irradiação e sua substituição pela navegação na rede. A concorrência vai se desenvolver entre as rádios individuais, do bairro, da cidade, do país, do continente ou do mundo. A nova tecnologia iguala todas as emissoras, não im Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p , 2006.

19 porta onde estejam, uma vez que tecnicamente estão todas igualmente preparadas. Caem as fronteiras nacionais e globaliza-se o rádio. Com o simples clicar do mouse, é possível ouvir uma rádio de Nova York, Manila, Zagreb ou da Rocinha. É um mundo novo que se escancara diante do ouvinte-internauta, sem barreiras, sem possibilidade de cerceamento. O problema, no entanto, é que, ainda hoje, o acesso à internet móvel é restrito, às vezes por conta do elevado custo financeiro; outras, pelas restrições tecnológicas. Assim, o radiojornalismo perde a portabilidade. Um turista que estiver passando férias no Japão, por exemplo, e quiser acompanhar a transmissão de uma partida de futebol do seu time por uma emissora brasileira terá de ficar dentro do quarto de hotel, diante do monitor do computador. Se por um lado, o rádio teve a característica da portabilidade reduzida com a chegada da internet, por outro, potencializou a agilidade do veículo e a transmissão da informação em real time, ou em tempo real, não apenas na forma escrita, como foi festejado pelos principais portais, mas também no rádio, com as emissoras transmitindo sua programação on-line ou mesmo utilizando-se das ferramentas da rede mundial de computadores para fazer inovações. Em 1998, durante a realização da Copa do Mundo da França, o autor do presente artigo teve a oportunidade de produzir o extinto Jornal do Meio Dia, na Rádio Bandeirantes de São Paulo. Na ocasião, a maior parte do material era produzida na sede da emissora, no bairro paulistano do Morumbi, mas o programa era apresentado direto da França, Cenários da Comunicação Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p ,

20 pelo jornalista Eduardo Castro. Os textos, edições e indicações técnicas eram transmitidos em real time, pela internet. A internet também viabiliza o avanço tecnológico mais recente que apresenta uma renovação da linguagem radiofônica jornalística: o podcast, que começou a se tornar conhecido entre os usuários da internet no Brasil em 2005, também chamado de podcasting. Trata-se de um programa de rádio que pode ser ouvido diretamente no computador ou baixado para tocadores de MP3 player. O MP3 é um formato de áudio digital disponível, inicialmente, para ser ouvido apenas nos computadores e que pode ser transmitido via internet, o que continua sendo uma fonte de preocupação para a indústria fonográfica por causa das cópias ilegais de produções artísticas, violando os direitos autorais. A vantagem do formato é que as gravações ocupam um espaço digital menor, com o arquivo comprimido, armazenando uma quantidade maior de informação, sem perder a qualidade do áudio. Pouco depois, surgiram os aparelhos de MP3 player portáteis, possibilitando que os usuários façam download das músicas do computador para pequenos aparelhos. Diversos modelos foram lançados pelos fabricantes nos últimos anos, sendo que o mais vendido e conhecido internacionalmente, inclusive com versões mais sofisticadas que armazenam até vídeos (no formato MP4, que reproduzem os chamados videocasts), é o Ipod, da empresa norte-americana Apple. Com o desenvolvimento de diversos softwares, também se tornou possível gravar programas de rádio e fazer download para estes aparelhos, os chamados podcasts. O nome, de acordo com o site < php>, nasceu da junção de Ipod, o aparelho de MP3 da Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p , 2006.

21 Apple, e casting, que é transmissão em inglês. Apesar de fazer referência direta ao aparelho de um único fabricante, os podcasts podem ser ouvidos em qualquer MP3 player ou até mesmo no desktop. Para o ouvinte, basta fazer um cadastro para, cada vez que estiver disponível um novo programa, ter as atualizações no seu computador pessoal e, após a transferência de dados, também no seu MP3 player. Como qualquer pessoa com um microfone e softwares adequados instalados em seu computador pode gravar um programa de rádio, existem podcasts sobre os mais variados temas, muitas vezes se caracterizando como um diário falado de alguns dos internautas. Por conta disso, o suplemento Link, do jornal O Estado de São Paulo, no endereço eletrônico < secao=183>, explica que foi criado um diretório para agrupar esses programas de rádio caseiros, que estão para o rádio tradicional assim como os blogs estão para os jornais. Portanto, assim como ocorreu com os blogs, pessoas anônimas e até personalidades internacionais passaram a gravar seus podcasts e deixá-los disponíveis na internet. E também existem os programas temáticos, cada vez mais segmentados, elaborados por grupos de pessoas com interesses em comum e, como não podia deixar de ser, os podcasts produzidos por agências de publicidade para promover produtos de seus clientes e por grandes grupos de comunicação. Nesta última categoria, estão os programas de rádio, não apenas das emissoras tradicionais, mas programas jornalísticos, com notícias atualizadas periodicamente, produzidos pelos principais portais de informação na internet, jornais impressos, emissoras de televisão e editoras de revistas. Com isso, tornaram-se muito mais amplas as opções Cenários da Comunicação Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p ,

22 para o ouvinte que busca informação sobre os fatos que se destacam no noticiário. A segmentação é a marca dos podcasts jornalísticos, uma vez que o ouvinte pode escolher qual tipo de informação vai baixar para o seu aparelho: política nacional, política internacional, macroeconomia, agronegócios, basquete, vôlei, futebol, cinema, teatro, música clássica, dança, violência urbana ou o que mais estiver ao alcance da imaginação dos responsáveis pela produção de conteúdo. O que se conclui, portanto, é que o MP3 player e os podcasts recuperam a portabilidade do rádio que havia sido reduzida com a veiculação de programas pela internet, já que é possível gravar (fazer o download) os programas no aparelho portátil e escutá-los em qualquer lugar. Tal constatação é feita pela jornalista e radiomaker Magaly Prado, em uma gravação disponibilizada em seu blog < blog.uol.com.br>: O podcast, como tem a questão da portabilidade, da mobilidade, você pode ouvir aonde quiser. Então, vamos supor, eu vou baixar todos os meus programas preferidos de podcast ou audiocast, como vocês preferirem chamar, e vou viajar, seja lá para aonde eu for. Ou então eu já estou viajando, eu estou fora do país e recebo pelo meu computador, pelo meu laptop ou meu palmtop eu recebo os podcasts dos meus amigos do Brasil, baixo no meu playerzinho, seja ele qual for, não precisa ser o Ipod, pode ser qualquer player, e ouço este programinha em qualquer lugar Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p , 2006.

23 Por outro lado, a transmissão ao vivo, no momento em que os fatos acontecem, não é possível via podcast. Para acompanhar as últimas notícias, o ouvinte ainda vai precisar de um rádio convencional ou ter condições financeiras para adquirir e manter aparelhos que disponibilizam a internet móvel. O podcast, enfim, força uma renovação na linguagem radiofônica jornalística, uma vez que as informações mais recentes e importantes já foram vistas na própria internet, na televisão ou no rádio convencional. O podcast precisa ir além, precisa apresentar análises e comentários, assim como Noblat, responsável por um dos principais blogs jornalísticos no Brasil, defende para o jornal impresso: Cenários da Comunicação A tendência geral é de as pessoas procurarem cada vez mais na internet notícias em tempo real, quase sempre servidas em estado bruto. Mais tarde poderão vê-las na televisão. Ou na mesma hora caso sintonizem a CNN ou as acessem via internet. Por que pagarão caro para ler nos jornais o que já escutaram na véspera no rádio, leram na internet ou viram na televisão? (NOBLAT, 2003, p. 99). Se não for analítico, o podcast jornalístico não tem razão de existir. A portabilidade é o seu grande trunfo, já que não pode ser ao vivo. Caso contrário, é melhor deixar a nova ferramenta apenas para os jovens que gostam de contar as suas aventuras para o mundo nos blogs e, agora, também nos podcasts. Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p ,

24 Referências BARBEIRO, H.; LIMA, P. R. Manual de radiojornalismo. 1. ed. Rio de Janeiro: Campus, JUNG, M. Jornalismo de rádio. 1. ed. São Paulo: Contexto, MEDITSCH, E. O rádio na era da informação: teoria e técnica do novo radiojornalismo. 1. ed. Florianópolis: Insular; Ed. da UFSC, NOBLAT, R. A arte de fazer um jornal diário. 1. ed. São Paulo: Contexto, ORTRIWANO, G. S. A informação no rádio: os grupos de poder e determinação dos conteúdos. 4. ed. São Paulo: Summus, PRADO, M. Produção de rádio: um manual prático. 1. ed. Rio de Janeiro: Campus, TOTA, A. P. A locomotiva no ar: rádio e modernidade em São Paulo, ed. São Paulo: Secretaria de Estado da Cultura/PW, Sites consultados Disponível em: < Acessado em: 19 maio Disponível em: < conteudo=2888>. Acessado em: 19 maio Disponível em: < Acessado em: 19 maio Disponível em: < Acessado em: 19 maio Disponível em: < informatica/ult124u19678.shtml>. Acessado em: 19 maio Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p , 2006.

25 Disponível em: < Acessado em: 19 maio Disponível em: < Acessado em: 19 maio Disponível em: < Acessado em: 19 maio Disponível em: < Acessado em: 19 maio Disponível em: < Acessado em: 19 maio Disponível em: < Acessado em: 16 set Cenários da Comunicação Para referenciar este texto: VAISBIH, R. dos. Ganhos e perdas de uma renovada linguagem radiofônica jornalística, via podcast. Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p , Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p ,

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27 Imagens da mídia: _ uma abordagem semiótica _ da sua produção Cenários da Comunicação Fábio Caim Pós-graduado em Teorias e Técnicas de Comunicação Social e Mestre em Comunicação e Mercado Cásper Líbero; Doutorando em Comunicação e Semiótica da PUC/SP; Professor do Departamento de Ciências Sociais Uninove. fabiocaim@uol.com.br Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p ,

28 1 Introdução O foco deste estudo é a imagem, mais especificamente a imagem tecnológica, de cuja definição nos apropriamos, conforme segue abaixo: Nessa medida, a imagem pode ser chamada de tecnológica quando ela é produzida através da mediação de dispositivos maquínicos, dispositivos estes que materializam um conhecimento científico, isto é, que já têm uma certa inteligência corporificada neles mesmos. (...) Sem deixar de ser máquinas (os equipamentos tecnológicos), elas dão corpo a um saber técnico introjetado nos seus próprios dispositivos materiais. (SANTAELLA, 2006b, p. 178). É possível considerar como imagens tecnológicas aquelas que fazem uso de dispositivos, os quais têm incorporado em seu interior a maneira técnica de produzi-las. Por exemplo, a pintura rupestre apenas faz uso de técnicas, mas não de dispositivos pelos quais possa ser produzida, assim como a escultura. Assim, não são consideradas como imagens tecnológicas. Já a fotografia, o cinema, a televisão e as imagens que circulam pela internet são tecnológicas. A respeito da diferença entre técnica e tecnologia, a própria autora nos esclarece com seu ponto de vista: Enquanto as ferramentas técnicas, utilizadas para a produção artesanal, de desenhos ou pinturas, por Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p , 2006.

29 exemplo, são meros prolongamentos do gesto hábil, concentrado nas extremidades das mãos, como é o caso do lápis, do pincel ou do cinzel, os equipamentos tecnológicos são máquinas de linguagem, máquinas mais propriamente semióticas. (SANTAELLA, 2006 [2006a OU 2006b?], p. 178). O que percebemos com tais citações é que a imagem tecnológica se encontra no exato momento em que surgem os dispositivos de captação, reprodução e armazenamento de imagens, como, por exemplo, a fotografia, o cinema, a televisão e os processos digitais atuais. Dessa maneira, podemos concluir que tais imagens começam a fazer parte da sociedade com mais força, a partir da cultura de massa, e também convivem na interface com a cultura midiática e digital. Essa divisão é fruto da compreensão da cultura como níveis de complexidade e é categorizada da seguinte forma: cultura oral, escrita, impressa, de massa, midiática e digital (SANTAELLA, 2000b). Ao entendermos estas camadas culturais como níveis de complexidade, podemos pressupor certas características, como o fato de que a complexidade cultural tende a aumentar, à medida que adentramos e convivemos com as últimas categorias (midiática e digital). Além disso, cada tipo de cultura traz consigo sua maneira de atuar e sua lógica. Cenários da Comunicação (...) toda forma de transporte não apenas conduz, mas traduz e transforma o transmissor, o receptor e a mensagem. O uso de qualquer meio ou extensão do homem altera as estruturas de interdependência Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p ,

30 entre os homens, assim como altera as ratios entre os nossos sentidos. (McLUHAN, 1971, p. 68). As afirmações do pesquisador canadense McLuhan a respeito das transmissões possibilita que façamos a leitura delas como mídias, ou seja, cada uma com sua linguagem, que altera o código, ou a informação, quando transmitida por ela. O interessante é que essa transformação não é apenas sofrida pela linguagem, mas o é também pelo próprio receptor dela. Portanto, há uma nítida relação entre os tipos de mídias existentes, suas produções e as culturas dominantes: de massa, midiática e digital. É certo que elas formatam maneiras de pensar, formas de se associar, organizar e produzir. As mídias oferecem regimes sociais. Dessa maneira, as imagens tecnológicas não podem ser pensadas isoladamente, mas apenas em relação ao seu contexto, ou seja, como signos só podem ser compreendidos por meio de outros signos. Produto excessivo dessas culturas midiáticas e digitais é a imagem tecnológica, que circula de maneira fluídica por todos os meandros da sociedade e coloca em linguagem certo tipo de semiose. Compreendê-la é uma forma de adquirir a consciência de linguagem que permite ler e significar as manifestações que formam os sistemas da cultura (MACHADO, 2001, p. 287). Portanto, ao compreender as imagens tecnológicas, também entenderemos melhor a própria cultura e seus mecanismos semiósicos. No entanto, para ler este tipo de imagem, primeiro é preciso pensar na sua forma de produção, ou seja, nos tipos de máquinas que foram e são capazes de produzi-las Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p , 2006.

31 2 As imagens tecnológicas e suas máquinas produtoras Ao discutirmos as imagens tecnológicas, devemos refletir a respeito do seu tipo e da sua configuração. Para tanto, teremos que adentrar o caminho da produção, investigando suas origens. Partimos do pressuposto que há uma evolução histórica e tecnológica no desenvolvimento das máquinas que as produzem: Cenários da Comunicação Enquanto as primeiras máquinas, engendradas no cerne da industrialização, as musculares, foram máquinas puramente imitativas e grosseiramente físicas, as segundas máquinas, as sensórias, por serem menos rudes e mais sutis, já começaram a perder a natureza de máquinas para se converterem em aparelhos produtores de signos, extensores dos órgãos dos sentidos. Já no terceiro nível da relação entre homem e máquina que está sendo definitivamente substituída por um agenciamento instável e complicado de circuitos, órgãos, aparelhos diversos, camadas de programas, interfaces, cada parte podendo, por sua vez, decompor-se em redes de interfaces. (SANTAELLA, 2000b, p ). A citação apresenta a existência de três níveis intrincados de máquinas: musculares, sensórias e cerebrais. A relação daí apreendida é que toda mídia é, em si mesma, uma máquina e um aparelho sígnico. Essas máquinas musculares, principalmente, a partir dos séculos XVIII e XIX, com a Revolução Industrial, introduzi- Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p ,

32 ram no seio do convívio humano produtos manufaturados. O que antes era única e exclusivamente artesanato, tornarase industrializado. Elas eram movidas por forças eletromecânicas e ainda rudimentares e se caracterizavam como imitativas, pois reproduziam mecanicamente posturas, gestos e habilidades humanas. Trata-se de máquinas servis, tarefeiras, que trabalham para o homem, ou melhor, substituem o trabalho humano naquilo que este tem de puramente físico e mecânico. Além disso, tal substituição não se dá em igualdade de condições, pois a máquina é capaz de acelerar os movimentos, intensificando a realização das tarefas. (SANTAELLA, 2000b, p. 197). As máquinas musculares preenchem nossa sociedade com sua força e propriedade. São utilizadas nas mais diferentes tarefas, como a locomoção proporcionada pelos barcos e trens a vapor, bondes elétricos, carros mecânicos, bicicletas e outros utensílios banais à primeira vista, mas cumpridores de rotinas essenciais. As musculares, exatamente por sua força bruta, conquistaram rapidamente o interesse e a cobiça de seus usuários. Suas inovações melhoraram em muito o dia-a-dia das classes trabalhadoras e, principalmente, das mais abastadas, oferecendo grande conforto e a possibilidade da manutenção do ócio, pela escravização do seu trabalho muscular. Por sua natureza mais física e imitativa, elas apresentam uma capacidade limitada de produção sígnica. Temos como exemplo as máquinas a vapor e as primeiras prensas de jor Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p , 2006.

33 nais e livros. Essas eram apenas impressas pela força física gerada pelo combustível mineral. Já as máquinas sensórias deram um salto em relação às anteriores, pois não apenas amplificaram uma capacidade humana muscular (sua força ou agilidade), mas também algum sentido, como a visão e a audição. Elas ultrapassaram o caráter da mera repetição para se enquadrar na captação, reprodução e armazenagem dos perceptos 1 que atingem os sentidos humanos. Podemos exemplificar esta ampliação dos sentidos com o surgimento de certas linguagens, como a fotografia, o cinema, o rádio e a televisão. Cenários da Comunicação Enquanto as máquinas musculares foram feitas para trabalhar, os aparelhos foram feitos para simular o funcionamento de um órgão sensório. São, de fato, conforme os caracterizou McLuhan (1972), prolongamentos ou extensões dos órgãos dos sentidos, simulando seu funcionamento. Mas, ao simular esse funcionamento, os aparelhos extensores se tornaram capazes de produzir e reproduzir entidades inauditas que viriam provocar modificações profundas na própria paisagem do mundo. (SANTAELLA, 2000b, p. 200). Com o advento destas incríveis máquinas, o mundo torna-se mais colorido e mais amplo, os sons adquirem diferentes amplitudes e podem ser registrados; momentos inesquecíveis, agora, de fato, permanecem plasmados em películas preparadas quimicamente e podem ser revisitados constantemente, a própria semiosfera se amplia nesse processo. Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p ,

34 Portanto, além de ampliar os sentidos, as máquinas sensórias trouxeram novas formas de sentir o mundo e experimentá-lo, o que por sua vez traduziu-se em outras linguagens. As máquinas sensórias parecem embasar seu funcionamento nas próprias linguagens existentes, formadas por semelhança, indicações e convenções na experiência dos sentidos humanos e, portanto, capazes de uma consistente exteriorização de signos. Por exemplo, temos a fotografia como simulação da capacidade ocular humana, ou seja, de uma forma de linguagem bastante sensível na sua capacidade de entender o mundo. Algo, portanto, preexiste à intervenção do fotógrafo quando forma uma imagem. Preexiste à sua intervenção o fato de que a fotografia fixa é uma herdeira da câmera escura e do olho centralizado da tradição perspectiva da pintura, isto é, de um certo sistema de representação, de codificação do visível. (SANTAELLA, 2006, p. 180). Enquanto as máquinas musculares apenas imitam por sua força determinadas habilidades humanas, as sensíveis produzem signos por causa de um sistema de representação interno, que faz parte da sua maneira de ser. As máquinas cerebrais, por realizarem funções cognitivas, não apenas povoam o mundo com signos, mas também revelam novos tipos de linguagens, ou seja, a complexidade destes signos é maior em relação aos anteriores. Além disso, são capazes de proporcionar um grau de interface e interatividade que não está na base das outras máquinas Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p , 2006.

35 Em relação às máquinas sensíveis, bastava ao homem manipulá-las, direcioná-las para que indicializassem, ou mesmo simbolizassem a realidade. Em contrapartida, as cerebrais movimentam ambientes de imersão, sejam parciais ou totais (realidade virtual, por exemplo), em que a interatividade é um fator-chave na sua composição. Enfim, após as máquinas reproduzirem a força, a agilidade e simularem os sentidos humanos, houve um salto em direção a torná-las inteligentes. Assim, finalmente, surgem as máquinas cerebrais, das quais o computador, com certeza, é o filho mais ilustre. Cenários da Comunicação (...) o próprio computador, no seu processo evolutivo, foi gradativamente humanizando-se, perdendo suas feições de máquina, ganhando novas camadas técnicas para as interfaces fluidas e complementares com os sentidos e o cérebro humano até o ponto de podermos hoje falar num processo de coevolução entre o homem e os agenciamentos informáticos, capazes de criar um novo tipo de coletividade não mais estritamente humana, mas híbrida, pós-humana, cujas fronteiras estão em permanente redefinição. (SANTAELLA, 2000b, p. 204). Notamos que cada tipo de máquina especializou-se na simulação de uma ou várias características humanas, desde as mais sutis até as mais grosseiras, e elas chegaram a tal grau de simulação que são capazes de reproduzir com bastante propriedade algumas capacidades cognitivas do ser humano. Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p ,

36 As máquinas cerebrais estão em todos os cantos da sociedade, elas se inserem nos afazeres domésticos, profissionais, no lazer e em qualquer outra atividade que possamos imaginar. Elas se espalham com rapidez e multiplicam-se com muita facilidade. Por isto, pressupomos que a própria inteligência, como uma qualidade, também esteja crescendo e se disseminando pelo globo. O processo de introduzir inteligência em todos os aspectos de nossas vidas continua em ritmo acelerado. A substituição da matéria pela mente na economia, por si só o evento econômico mais poderoso da história apenas agora transparecendo nos dados econômicos sequer dá sinal de que começou a acabar. (GILDER, 2001, p. 8). Esse crescimento só foi possível por que o computador, em pouco mais de trinta anos, transformou-se em uma mídia inteligente, adaptou-se para além da mera habilidade de calcular, realizando processos cognitivos mais refinados e se espalhando como redes neurais. Embora a história da tecnologia não seja o único elemento na história da mídia da segunda metade do século XX, os computadores devem vir em primeiro lugar em qualquer análise histórica, pois logo que deixaram de ser considerados simples máquinas de calcular e isso só aconteceu no começo da década de 1970, eles passaram a fazer com que todos os tipos de serviços, e não somente os de comunicações, tomassem novas formas. (BRIGGS; BURKE, 2004, p. 283) Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p , 2006.

37 As mídias surgidas por causa do advento das máquinas cerebrais tomam os espaços comunicacionais e informacionais na sociedade atual, povoando-os de imagens tecnológicas. Fenomenologicamente, segundo Charles Sanders Peirce (1995), a inteligência não é uma capacidade meramente humana, mas sim um estado ou característica da terceiridade, assim como o é o pensamento, o reconhecimento do hábito, a concepção de hábitos, formação ou aprendizagem etc. (QUEIROZ, 2004, p. 45). Desta maneira, parece-nos lícito discorrer não apenas sobre máquinas cerebrais, mas também a respeito de imagens tecnológicas complexas, produzidas por equações matemáticas, recheadas de um grau de abstracionismo muito grande, visto que são predominantemente simbólicas em sua concepção. Cenários da Comunicação Se as máquinas musculares amplificam a força e o movimento físico humano e as máquinas sensórias dilatam o poder dos sentidos, as máquinas cerebrais amplificam habilidades mentais, notadamente as processadoras e as da memória. (SANTAELLA, 2000b, p. 205). Essas mudanças também são percebidas em forma de ondas de transformação, que em determinados momentos históricos são capazes de reestruturar a maneira como o indivíduo lida com as linguagens, em especial com as imagens, por fim, as imagens tecnológicas. As atuais mudanças são a terceira grande transformação nas tecnologias da mídia de massa nos tempos Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p ,

38 modernos. A primeira aconteceu no século XIX, com a introdução das impressoras a vapor e do papel de jornal barato. O resultado foi a primeira mídia de massa verdadeira os jornais baratos e as editoras de livros e revistas em grande escala. A segunda transformação ocorreu com a introdução da transmissão por ondas eletromagnéticas o rádio em 1920 e a televisão em A terceira transformação na mídia de massa que estamos presenciando agora envolve uma transição para a produção, armazenagem e distribuição de informação e entretenimento estruturadas em computadores. (DIZARD JUNIOR, 2000, p ). Essa citação nos mostra o ponto de vista do autor a respeito do movimento tecnológico das mídias, portanto das máquinas, tendo como foco a comunicação de massa e sua transformação. No entanto, parece-nos que escapa à sua visão o fato de que a comunicação massiva convive com outros tipos, como a midiática e a digital (vide introdução). Dessa maneira, não podem ser consideradas como iguais. A conceituação proposta para as três transformações casa com as definições de máquinas musculares, sensórias e cerebrais como produtoras das imagens tecnológicas. 3 Imagens tecnológicas em rede Há uma geração, Marshall McLuhan, estudioso canadense das comunicações, sugeriu que a tecnologia de mídia dominante em qualquer época é uma Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p , 2006.

39 força poderosa na modelagem da estrutura social, ao impor um regime mental específico, que permite às pessoas processarem a informação codificada na tecnologia. (DIZARD JUNIOR, 2000, p. 93). É fato que a subjetividade humana é formada sempre em relação ao outro, em agenciamentos contínuos. Por isso, não seria incorreto pensar que a constância das tecnologias de comunicação existente em nossa sociedade é um fator preponderante de agenciamento (mediação entre uma subjetividade e outra, ou entre subjetividades e outros fluxos: instituições, máquinas, publicidade, comunicações etc.), conformando no processo maneiras de ser e de se pensar. Uma dessas maneiras pode ser a relação que estabelecemos com as imagens tecnológicas, que povoam a sociedade, por causa do aumento da capacidade produtiva das máquinas sensíveis e cerebrais, crescimento este que gerou, por sua vez, uma avalanche de novos signos. Estas máquinas cerebrais e as mídias que surgem por causa delas apresentam-se em rede, suas configurações espalham-se por diversos níveis na sociedade, nos aspectos sociais, políticos, econômicos, institucionais ou individuais, abrindo espaço para semioses imagéticas, disseminando fluxos de imagens que se replicam continuamente. Sistemicamente, atingimos um padrão evolutivo interessante e de forte conexão, em que as mídias anteriormente isoladas, no caso os meios de comunicação de massa, alcançam, atualmente, novos patamares devido à possibilidade de ligação em rede. A semiose parece transcorrer com maior facilidade de uma mídia à outra. Cenários da Comunicação Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p ,

40 Os meios de comunicação de massa eram isolados em certo sentido, suas características e linguagens nos mostram que eram separados por um alto grau de incompatibilidade, isto quer dizer que a produção do cinema não era transmitida na televisão, que os programas de rádio não poderiam ser captados de outra forma, que não pelo aparelho radiofônico dentro de casa, o jornal impresso não recebia suas informações de outras fontes que não os repórteres e testemunhas. Cada linguagem com sua especificidade e no seu lugar, sem que pudessem convergir, ou mesmo conversar entre si de maneira mais próxima. Eram somente máquinas musculares e sensórias que não compartilhavam códigos; porém, com o surgimento das máquinas cerebrais, foi possível a conversão dos códigos para um código em comum: o binário. O código binário possibilitou a manipulação flexível da imagem tecnológica, tornando-a um objeto de consumo e entretenimento como nunca se viu antes. Além disso, as máquinas cerebrais desestabilizaram a lógica massiva de um pólo emissor para diversos receptores, pois possibilitaram a captação, produção, alteração, controle e distribuição das imagens tecnológicas por indivíduos, como se fossem signos do cotidiano. O caráter aurático destas imagens, que já havia se diluído com a comunicação de massa, parece, simplesmente, desaparecer com as imagens tecnológicas, em especial com as informatizadas (cerebrais). Estes sistemas surgidos das máquinas cerebrais tomaram uma configuração em rede, propícia à disseminação de um conteúdo tão maleável e transformável quanto as imagens tecnológicas, já que são apenas símbolos em sua concepção Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p , 2006.

41 mais básica, que podem ser lidos por qualquer dispositivo que tenha tais regras (aquelas que geram os símbolos) introjetadas. As redes tornaram-se ao mesmo tempo uma espécie de paradigma e o personagem principal das mudanças em curso justo no momento em que as tecnologias de comunicação e de informação passaram a exercer um papel estruturante na nova ordem mundial. A sociedade, o capital, o mercado, o trabalho, a arte, a guerra são, hoje, definidos em termos de rede. Nada parece escapar às redes, nem mesmo o espaço, o tempo e a subjetividade. (PARENTE, 2004, p. 92). Cenários da Comunicação O alto grau de conectividade das redes midiáticas parece expressar um elevado nível de complexidade dos sistemas de comunicação em nossa sociedade. Quanto maior o nível de conectividade, maior será o grau de inteligência do sistema e maior será, também, sua capacidade de adaptação interna e externa, tornando se necessariamente mais apto a sobreviver e permanecer no ambiente. A inteligência como característica se manifesta em todas as novas máquinas da sociedade em rede, desde máquinas reprodutoras de MP3 e MP4, até as novas televisões digitais, ou mesmo os aparelhos domésticos, com conexão direta à internet. A inteligência permeia todo o dia-a-dia do indivíduo das mais diversas maneiras, facilitando seu acesso às imagens tecnológicas, independente da forma que elas assumam. Estes dispositivos inteligentes são criados para captar, receber, enviar e manipular as imagens tecnológicas e a partir Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p ,

42 do instante em que começam a invadir todos os ambientes (familiar, profissional, estudantil, diversão), democratizam o acesso e a capacidade de leitura deste fenômeno (imagens tecnológicas), preenchendo, ou melhor, abarrotando o mundo com mais camadas de mediação. Ao dissecarmos as imagens tecnológicas, identificamos uma miríade de processos semióticos na sua formação, que são camadas mediadoras, ao contrário de outras expressões imagéticas. Não queremos dizer com isto que manifestações imagéticas mais artesanais sejam inferiores, de forma alguma, pois a comparação se faz pelo nível da complexidade tecnológica e não por sua qualidade ou técnica. Desta forma, acreditamos que, quanto maior a quantidade de camadas mediadoras, maior será a complexidade sígnica da imagem e maior será a dificuldade em compreendê-la, também. Por isso, notamos que as mídias, com seus processos inteligentes, modificam as antigas máquinas sensórias a tal ponto que uma rede cognitiva, não apenas mais de habilidades e forças, forma-se no conjunto das sociedades atuais. O trabalho de Latour e de Callo, mais ainda do que o de Lévy, leva-nos a perceber que as tecnologias de informação e comunicação podem ser entendidas como tecnologias da inteligência menos por projetar ou exteriorizar a riqueza e complexidade dos processos cognitivos do que por revelar o quanto sua complexidade deriva não apenas da riqueza de nossos sentidos e faculdades, mas também dos objetos, suportes, dispositivos e tecnologias que nos circundam e compõem uma rede sociotécnica de grande complexidade. O que está em jogo é menos Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p , 2006.

43 a função protética da tecnologia que de fato muitas vezes serve como uma extensão de habilidades cognitivas dadas (uma prótese que prolonga e potencializa nosso pensamento e seus processos de tratamento e transmissão das informações) do que um processo contínuo de delegação e distribuição das atividades cognitivas que forma uma rede com os diversos dispositivos não-humanos. (PARENTE, 2004, p. 103). Cenários da Comunicação Aqui, recorremos à definição de mídia como um ambiente complexo, de inteligências múltiplas, capaz de se adaptar para sobreviver e altamente conectível. Talvez possamos pressupor que a inteligência seja agregadora e coletiva, mesmo quando particularizada em sinsignos 2. Ainda assim, ela, como lei, é e sempre será coletiva. As mídias atuais são máquinas cerebrais que internalizaram este hábito (a própria inteligência). Desta forma, os sinsignos tornam-se réplicas de um legisigno 3, que é a própria inteligência. As imagens tecnológicas em um sentido mais geral são fruto desse ambiente inteligente (conseqüência das máquinas cerebrais); por isso mesmo, são consideradas como réplicas, de uma maneira ou outra, da inteligência que permeia toda nossa sociedade. 4 Considerações finais Como vimos, as imagens tecnológicas são fruto da interação entre cultura de massa, midiática e digital. Estas cultu- Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p ,

44 ras, por sua vez, estão diretamente relacionadas às máquinas musculares, sensórias e cerebrais que povoam a sociedade com diversas possibilidades de semioses. Próprio das imagens tecnológicas é a sua disseminação em rede, conseqüência do código binário, que possibilitou a informatização das linguagens, tornando-as compatíveis, ou no mínimo, transmissíveis de um meio de comunicação para outro. As imagens tecnológicas são signos do cotidiano, signos democratizados que se espalham em rede por diferentes ambientes. A facilidade de aproximação desses signos encontra-se na sua capacidade simbólica, ou seja, no fato de ser uma abstração numérica capaz de ser vetorizada e transformada em signos icônicos, que mantêm certa semelhança com seus objetos. Afinal, um signo só pode significar se for traduzido em outro signo. Assim, discorremos a respeito de como as máquinas musculares, sensórias e cerebrais se tornaram aptas para produzir imagens tecnológicas e, de maneira indireta, quais são as especificidades de cada tipo. As imagens das máquinas musculares ainda são muito imitativas, portanto, razoavelmente técnicas como extensões da habilidade manual do ser humano. Por isso, possuem um valor muito maior como ícones, como aquelas que expressam semelhanças grosseiras. Ao contrário das imagens sensórias que são mais indiciais, pressupõem uma relação direta entre causa e efeito, ou entre o signo e seu objeto. Basta ver, as imagens fotográficas, ou a própria fotografia que institui esse paradigma das imagens predominantemente indiciais e esta lógica se replica pelo cinema e pela televisão Cenários da Comunicação, São Paulo, v. 5, p , 2006.

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