Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho

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1 Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho

2 Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho Autor Rui Bocchino Macedo 1.ª edição

3 2008 IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. M141 Macedo, Rui Bocchino. / Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho. / Rui Bocchino Macedo. Curitiba : IESDE Brasil S.A., p. ISBN: Segurança do Trabalho. 2. Higiene do Trabalho. 3. Medicina do Trabalho. 4. Regulamentos de Segurança. I. Título. CDD Todos os direitos reservados. IESDE Brasil S.A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, Batel Curitiba PR

4 Sumário Introdução à Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho 7 Saúde do trabalhador 7 Anamnese ocupacional 8 Problemas crônicos de origem ocupacional 10 Medicina do Trabalho e Toxicologia 17 Toxicologia 18 Toxicologia ocupacional 27 Princípios gerais de Toxicologia 27 Metais pesados 35 Chumbo 36 Mercúrio 38 Níquel 40 Cromo 40 Arsênio 40 Legislação de Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho 47 Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) 47 Organização dos Serviços de Medicina do Trabalho 48 Normas regulamentadoras 61 Riscos ambientais 77 Riscos ambientais 77 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (cipa) 79

5 Acidentes de trabalho e riscos físicos 87 Riscos físicos 88 Radiações 92 Epidemiologia fatores de risco de natureza ocupacional conhecidos 93 Doenças ocupacionais 99 Conceito 100 Epidemiologia 101 LER/DORT 102 Previdência Social 109 A diferença entre inss e sus 110 Seguro social 111 Regime geral da Previdência Social 111 Gabarito 121 Referências 123 Anotações 125

6 Ao longo da história do mundo, o homem sempre enfrentou os mais diversos tipos de risco. O trabalho é, talvez, a maior fonte desses riscos, até porque o homem passa a maior parte de sua vida dentro de seu ambiente laboral, afastando-se de sua família. Desde o caçador mais primitivo, passando pelo artesão da Idade Média, com escala nos primeiros trabalhadores fabris da Revolução Industrial, até chegar no trabalhador moderno, o homem constantemente passou por diversos riscos de acidentes, de aquisição de doenças e, mesmo, de perder seu maior bem: a própria vida. Concomitante a esse processo, o homem foi, também, aprendendo a se cuidar de uma maneira mais adequada, prevenindose, ainda que de maneira empírica, contra os males que pudessem afetar seu bem-estar. Não é exagero, portanto, afirmar que os Serviços de Saúde e Segurança do Trabalho tiveram origem nos primórdios da humanidade, junto com os processos de trabalho mais remotos, e foram se adaptando às novas descobertas e aquisições de conhecimentos na busca eterna de se atingir uma excelência na arte da prevenção e promoção da saúde, especificamente no ambiente laboral. A presente obra busca introduzir o leitor nesta viagem apaixonante pelo mundo da Medicina do Trabalho, através de seus capítulos. Inicialmente, o leitor é apresentado ao tema, além de ser apresentado aos mais relevantes assuntos: saúde do trabalhador e o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Após, apresentam-se as principais leis que regem o mundo da Segurança e Medicina do Trabalho: as normas regulamentadoras, apresentadas uma a uma. Abordaremos os Riscos Ambientais e a Toxicologia. Este tema é abordado com mais profundidade nos dois capítulos seguintes, para, logo após, fazer a introdução do leitor no assunto que envolve as doenças do trabalho, LER/DORT, que mereceram um capítulo a parte, tamanha a sua incidência no mundo laboral moderno.

7 Noções fundamentais sobre o funcionamento da Previdência Social também são apresentadas, ficando por conta dos Acidentes de Trabalhos, seus riscos e prevenções o encerramento desta obra. Espera-se que a presente obra estimule o leitor a criar uma mentalidade prevencionista no que tange aos assuntos relacionados à Saúde e Segurança do Trabalho. A partir do momento em que esta idéia se sobressair em relação às medidas paliativas e curativas, os ambientes laborais, certamente, serão mais prazerosos e menos propensos a aquisição de doenças laborais.

8 Legislação de Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) A preocupação com a segurança e a saúde do trabalhador é tema que vem sendo discutido há muito tempo. Em a.c., Hipócrates, em suas observações sobre o saturnismo em seu clássico Ar, Água e Lugares, e Plínio (23-79 d.c.), ao tratar dos aspectos relacionados aos trabalhadores mineiros nas minas de chumbo e de mercúrio, já faziam sérias referências ao tema. Data do ano de 1959 a Recomendação 112 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) a qual constitui-se no primeiro documento internacional que descreve, de modo concreto, os princípios e as condições de atividade da medicina social. Esse documento versou, principalmente, sobre a organização e os objetivos dos serviços médicos das empresas. No Brasil, por meio da Lei 3.724, de 15 de janeiro de 1919, foram instituídas as primeiras diretrizes da legislação sobre acidentes do trabalho. Tal lei foi substituída pela Lei , de 10 de julho de 1934, a qual estabeleceu as sociedades de seguro e cooperativas de sindicatos. Com o Decreto-Lei 7.036, de 10 de novembro de 1944, ficou estabelecido o infortúnio do trabalho, cujo seguro era realizado nas Carteiras de Acidentes do Trabalho, as quais vinculavam-se a diversos institutos de Previdência Social, dentre eles o Instituto de Aposentadorias e Pensões dos industriários- (IAPI) e o Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários (IAPC).

9 48 Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho Somente em 1968 tais institutos de previdência foram unificados, nascendo, por meio da Lei 5.316, de 14 de novembro de 1967, o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), vinculado ao Ministério do Trabalho. Em 1977, foi alterado o texto da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), determinando ser da competência do Ministério do Trabalho as questões sobre Segurança e Medicina do Trabalho. Como conseqüência, nasciam as Normas Regulamentadoras (NRs) até hoje existentes, as quais traçam as diretrizes para a organização e manutenção dos SESMT obrigatório em todas as empresas. Especificamente para os SESMT foi criada a NR 4 (redação dada pela Portaria 33, de 27 de outubro de 1983). Organização dos Serviços de Medicina do Trabalho Os Serviços de Medicina do Trabalho muitas vezes envolvem ações urgentes da empresa, casos em que há necessidade de uma rápida tomada de decisão para eficácia de procedimentos. Principalmente por esse motivo é recomendado que no organograma da empresa esse serviço esteja ligado diretamente ao setor capaz de executar as medidas recomendadas sem que haja necessidade de passar por outros setores para avaliação. É preciso um livre e fácil trânsito do Serviço de Medicina do Trabalho dentro da empresa para que as medidas sejam avaliadas e implantadas dentro de um prazo razoável, que possibilite a solução dos problemas detectados. Observe-se que o Serviço de Medicina do Trabalho é parte integrante do SESMT. Na maioria das empresas, verifica-se o posicionamento do SESMT com vinculação ao Departamento de Recursos Humanos. Se assim for, resta a esse departamento dar agilidade aos encaminhamentos a quem possui poder de decisão dentro da empresa. Certo é que cabe ao médico do Trabalho chefiar o Serviço de Medicina do Trabalho, e ao engenheiro de Segurança dirigir o Serviço de Engenharia de Segurança do Trabalho. Funcionamento do Serviço de Medicina do Trabalho na empresa Cabe ao Serviço de Medicina do Trabalho aplicar os diversos instrumentos e mecanismos de que tem conhecimento e que estão ao seu alcance, com o objetivo de proteger a saúde dos trabalhadores, quer solucionando problemas existentes, quer na prevenção de futuros. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como um perfeito estado de bem-estar físico, psíquico e social. Ainda que a saúde seja objetivo de todos, pode o trabalhador em seu ambiente de trabalho estar sujeito a condições que a prejudiquem. Como o trabalho também é essencial à sociedade e à própria pessoa, tem-se a perda da saúde como um fator que diminui a capacidade laborativa e, ao longo do tempo, pode levar à redução da qualidade de vida.

10 Legislação de Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho 49 Assim sendo, é primordial que a atividade desenvolvida pelo Serviço de Medicina do Trabalho tenha também o seu trabalho baseado nos Códigos de Ética Médica e de Conduta do Médico do Trabalho. Observa-se, ainda, que muitos dos serviços de Medicina Ocupacional restringem-se à atuação relacionada a atendimento a acidentes de trabalho e, eventualmente, consultas médicas admissionais, periódicas e demissionais. O Serviço de Medicina do Trabalho deve ir além de tais serviços, com funções de prevenção, protegendo a saúde do trabalhador e, por conseqüência, a manutenção da força produtiva de trabalho. É claro que muitos dos serviços devem respeitar a região em que as empresas estão situadas, muitas delas em locais de difícil acesso, onde sequer existem médicos ou materiais e serviços de saúde. É possível citar algumas das muitas atribuições que podem ser delegadas ao Serviço de Medicina do Trabalho: exames médicos admissionais; exames médicos demissionais; exames médicos periódicos; exames médicos especiais; produção de educação sanitária; informação, divulgação e educação; programas de nutrição; programas de vacinação; estatísticas epidemiológicas; controle de absenteísmo por entidade nosológica; controle estatístico dos acidentes de trabalho; participação nas reuniões da CIPA; organização de cursos de socorros básicos de emergência para os trabalhadores; cursos técnicos de reciclagem para o pessoal paramédico, quando houver; exames e controles biométricos; programas de controles especiais relacionados à conservação auditiva, estresse, alcoolismo, doenças sexualmente transmissíveis, aids, pré-natal, drogas, dentre outras; visitas e inspeções periódicas; auditorias e assessorias; programas de reabilitação, adaptação e serviços compatíveis. Considerando a gama dos serviços realizados no ambiente da empresa, é necessário uma total integração do médico do Trabalho com todos os setores da empresa, o que se estabelece por meio de contatos e visitas regulares, elaborando anotações específicas para acompanhamento.

11 50 Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho Dependendo do tamanho da empresa e do número de empregados é essencial ao Serviço de Medicina do Trabalho traçar prioridades de atendimento, com critério predeterminado de acordo com o tipo de empresa, região e outros fatores que possam ser importantes a considerar. Em empresas pequenas, ao contrário do que possa aparecer, o Serviço de Medicina do Trabalho possui diversas dificuldades, mormente pelo número reduzido de trabalhadores em contraposição à gama de atividades variadas a serem desenvolvidas por cada um. Instalações necessárias para o Serviço de Medicina do Trabalho É de fundamental importância a escolha do local onde serão desenvolvidas as atividades do Serviço. O local deve ser de fácil acesso, livre da ação freqüente de agentes físicos, químicos e biológicos, que não possuam degraus ou escadas e, de preferência, próximo às vias públicas para facilitar a movimentação rápida e livre de ambulâncias. Também, em relação às instalações elétricas e hidráulicas, as quais devem ser adequadas e de preferência com gerador autônomo de energia elétrica, deve existir sistema de comunicação interna e externa, sem falar da importância de um sistema de ventilação adequado. Especificamente, na sala de atendimento, independentemente do tamanho, deve existir no mínimo sala de espera, recepção, arquivo, consultório, posto de enfermagem, sanitários, farmácia, sala de repouso, espaço para pequenas cirurgias. Organização Para regular o início das atividades a serem desenvolvidas pelo Serviço de Medicina do Trabalho, é preciso elaborar normas de procedimentos destinadas ao pessoal médico, paramédico e administrativo, visando uniformizar procedimentos. Tais normas devem ser escritas e ficar à disposição para consulta. É preciso criar um banco de dados, de preferência na forma informatizada, de fácil acesso, para inclusão de dados e controle para manutenção de dados estatísticos pelo pessoal do setor. Nesse banco de dados devem constar o número de consultas diárias, afastamentos, acidentes de trabalho, medicamentos administrados, dentre outros. Vários são os formulários a serem preenchidos, os quais irão compor o banco de dados mencionado e formarão o arquivo do serviço. Nesse arquivo deverão ser mantidos os prontuários médicos, devidamente envelopados e constituídos pelos exames admissional, periódico, de seguimento médico e demissional, se for o caso, formulário de exame biométrico, dentre outros. Segundo a Portaria 3.214, de junho de 1978, do Ministério do Trabalho, pela NR 4 há previsão de efetivo médico e paramédico para compor o Serviço de Medicina em tela. Recomenda-se que sejam elaborado, com freqüência regular, cálculo de custos das atividades realizadas pelo Serviço de Medicina do Trabalho.

12 Legislação de Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho 51 Serviços de emergência no Serviço de Medicina do Trabalho Independentemente do tamanho da empresa ou do serviço médico instalado, é indispensável a existência de um serviço de emergência, com o objetivo de dar pronto atendimento às ocorrências graves, muitas vezes envolvendo risco de vida. Para tanto, é imprescindível a existência de equipamentos e instrumental adequados, dentre os quais, um carrinho de emergência contendo: cardioscópio; desfibrilador; eletrocardiógrafo; e medicamentos. Seria importante para o serviço de emergência a existência de uma ambulância dotada minimanente de: um sistema de radiocomunicação; macas; colar cervical; ambu e cânula de Guedel; talas de madeira; sistema de aspiração e oxigenação; bandagens, torniquetes; e colete de imobilização. Em havendo remoção, é necessário o preenchimento do respectivo relatório e guia para autorização de remoção, expedida pelo médico socorrista. Importante trazer à colação a NR 4 que versa sobre os SESMT do Trabalho, aprovada pela Portaria 33, de 27 de outubro de 1983, alterada pela Portaria/MTE 17, de 1.º de agosto de 2007: 4.1. As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da Administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. ( /I2) 4.2. O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho vinculase à gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento, constantes dos Quadros I e II anexos, observadas as exceções previstas nesta NR. ( /I1) Para fins de dimensionamento, os canteiros de obras e as frentes de trabalho com menos de 1 (um) mil empregados e situados no mesmo estado, território ou Distrito Federal não serão considerados como estabelecimentos, mas como integrantes da empresa de engenharia principal responsável, a quem caberá organizar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. ( /I2) Neste caso, os engenheiros de Segurança do Trabalho, os médicos do Trabalho e os enfermeiros do Trabalho poderão ficar centralizados.

13 52 Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho Para os técnicos de Segurança do Trabalho e auxiliares de Enfermagem do Trabalho, o dimensionamento será feito por canteiro de obra ou frente de trabalho, conforme o Quadro II, anexo. ( /I1) As empresas que possuam mais de 50 (cinqüenta) por cento de seus empregados em estabelecimentos ou setores com atividade cuja gradação de risco seja de grau superior ao da atividade principal deverão dimensionar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, em função do maior grau de risco, obedecido o disposto no Quadro II desta NR. ( /I1) A empresa poderá constituir Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho centralizado para atender a um conjunto de estabelecimentos pertencentes a ela, desde que a distância a ser percorrida entre aquele em que se situa o serviço e cada um dos demais não ultrapasse a 5 (cinco) mil metros, dimensionando-o em função do total de empregados e do risco, de acordo com o Quadro II, anexo, e o subitem Havendo, na empresa, estabelecimento(s) que se enquadre(m) no Quadro II, desta NR, e outro(s) que não se enquadre(m), a assistência a este(s) será feita pelos serviços especializados daquele(s), dimensionados conforme os subitens e e desde que localizados no mesmo estado, território ou Distrito Federal. ( /I2) Havendo, na mesma empresa, apenas estabelecimentos que, isoladamente, não se enquadrem no Quadro II, anexo, o cumprimento desta NR será feito através de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho centralizados em cada estado, território ou Distrito Federal, desde que o total de empregados dos estabelecimentos no estado, território ou Distrito Federal alcance os limites previstos no Quadro II, anexo, aplicado o disposto no subitem ( /I1) Para as empresas enquadradas no grau de risco 1 o dimensionamento dos serviços referidos no subitem obedecerá ao Quadro II, anexo, considerando-se como número de empregados o somatório dos empregados existentes no estabelecimento que possua o maior número e a média aritmética do número de empregados dos demais estabelecimentos, devendo todos os profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, assim constituídos, cumprirem tempo integral. ( /I1) Para as empresas enquadradas nos graus de risco 2, 3 e 4, o dimensionamento dos serviços referidos no subitem obedecerá o Quadro II, anexo, considerando-se como número de empregados o somatório dos empregados de todos os estabelecimentos. ( /I1) 4.3. As empresas enquadradas no grau de risco 1 obrigadas a constituir Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e que possuam outros serviços de medicina e engenharia poderão integrar estes serviços com os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho constituindo um serviço único de engenharia e medicina As empresas que optarem pelo serviço único de engenharia e medicina ficam obrigadas a elaborar e submeter à aprovação da Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho, até o dia 30 de março, um programa bienal de segurança e medicina do trabalho a ser desenvolvido As empresas novas que se instalarem após o dia 30 de março de cada exercício poderão constituir o serviço único de que trata o subitem e elaborar o programa respectivo a ser submetido à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho, no prazo de 90 (noventa) dias a contar de sua instalação As empresas novas, integrantes de grupos empresariais que já possuam serviço único, poderão ser assistidas pelo referido serviço, após comunicação à DRT À Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho fica reservado o direito de controlar a execução do programa e aferir a sua eficácia O serviço único de engenharia e medicina deverá possuir os profissionais especializados previstos no Quadro II, anexo, sendo permitido aos demais engenheiros e médicos exercerem Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, desde que habilitados e registrados conforme estabelece a NR 27. ( /I1) O dimensionamento do serviço único de engenharia e medicina deverá obedecer ao disposto no Quadro II desta NR, no tocante aos profissionais especializados. ( /I1) 4.4. Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser integrados por médico do Trabalho, engenheiro de Segurança do Trabalho, enfermeiro do Trabalho, técnico de Segurança do Trabalho

14 Legislação de Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho 53 e auxiliar de Enfermagem do Trabalho, obedecendo o Quadro II, anexo.(*) Subitem 4.4 com redação dada p/ Port. 11 ( /I1) Para fins desta NR, as empresas obrigadas a constituir Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão exigir dos profissionais que os integram comprovação de que satisfazem os seguintes requisitos: a) engenheiro de Segurança do Trabalho engenheiro ou arquiteto portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, em nível de pós-graduação; b) médico do Trabalho médico portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Medicina do Trabalho, em nível de pós-graduação, ou portador de certificado de residência médica em área de concentração em saúde do trabalhador ou denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica, do Ministério da Educação, ambos ministrados por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em Medicina; c) enfermeiro do Trabalho enfermeiro portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Enfermagem do Trabalho, em nível de pós-graduação, ministrado por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em Enfermagem; d) auxiliar de Enfermagem do Trabalho auxiliar de Enfermagem ou técnico de Enfermagem portador de certificado de conclusão de curso de qualificação de auxiliar de Enfermagem do Trabalho, ministrado por instituição especializada reconhecida e autorizada pelo Ministério da Educação; e) técnico de Segurança do Trabalho: técnico portador de comprovação de registro profissional expedido pelo Ministério do Trabalho Em relação às Categorias mencionadas nas alíneas a e c, observar-se-à o disposto na Lei 7.410, de 27 de novembro de Os profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser empregados da empresa, salvo os casos previstos nos itens 4.14 e ( /I1) 4.5. A empresa que contratar outra(s) para prestar serviços em estabelecimentos enquadrados no Quadro II, anexo, deverá estender a assistência de seus Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho aos empregados da(s) contratada(s), sempre que o número de empregados desta(s), exercendo atividade naqueles estabelecimentos, não alcançar os limites previstos no Quadro II, devendo, ainda, a contratada cumprir o disposto no subitem ( /I1) Quando a empresa contratante e as outras por ela contratadas não se enquadrarem no Quadro II, anexo, mas que pelo número total de empregados de ambos, no estabelecimento, atingirem os limites dispostos no referido quadro, deverá ser constituído um serviço especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho comum, nos moldes do item ( / I2) Quando a empresa contratada não se enquadrar no Quadro II, anexo, mesmo considerando-se o total de empregados nos estabelecimentos, a contratante deve estender aos empregados da contratada a assistência de seus Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, sejam estes centralizados ou por estabelecimento. ( /I1) A empresa que contratar outras para prestar serviços em seu estabelecimento pode constituir SESMT comum para assistência aos empregados das contratadas, sob gestão própria, desde que previsto em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho O dimensionamento do SESMT organizado na forma prevista no subitem deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos e a atividade econômica do estabelecimento da contratante No caso previsto no item 4.5.3, o número de empregados da empresa contratada no estabelecimento da contratante, assistidos pelo SESMT comum, não integra a base de cálculo para dimensionamento do SESMT da empresa contratada O SESMT organizado conforme o subitem deve ter seu funcionamento avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes da empresa contratante, do sindicato de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho, ou na forma e periodicidade previstas na Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho.

15 54 Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho 4.6. Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho das empresas que operem em regime sazonal deverão ser dimensionados, tomando-se por base a média aritmética do número de trabalhadores do ano civil anterior e obedecidos os Quadros I e II anexos. ( / I1) 4.7. Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser chefiados por profissional qualificado, segundo os requisitos especificados no subitem desta NR. ( /I1) 4.8. O técnico de Segurança do Trabalho e o auxiliar de Enfermagem do Trabalho deverão dedicar 8 (oito) horas por dia para as atividades dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo com o estabelecido no Quadro II, anexo. ( /I1) 4.9. O engenheiro de Segurança do Trabalho, o médico do Trabalho e o enfermeiro do Trabalho deverão dedicar, no mínimo, 3 (três) horas (tempo parcial) ou 6 (seis) horas (tempo integral) por dia para as atividades dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo com o estabelecido no Quadro II, anexo, respeitada a legislação pertinente em vigor. ( /I1) Ao profissional especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho é vedado o exercício de outras atividades na empresa, durante o horário de sua atuação nos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. ( /I2) Ficará por conta exclusiva do empregador todo o ônus decorrente da instalação e manutenção dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. ( /I2) Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: a) aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança e de Medicina do Trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador; b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), de acordo com o que determina a NR 6, desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente assim o exija; c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência disposta na alínea a ; d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus estabelecimentos; e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5; f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas de duração permanente; g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção; h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s); i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI, devendo a empresa encaminhar um mapa contendo avaliação anual dos mesmos dados à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho até o dia 31 de janeiro, através do órgão regional do MTb; j) manter os registros de que tratam as alíneas h e i na sede dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o método

16 Legislação de Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho 55 de arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas condições de acesso aos registros e entendimento de seu conteúdo, devendo ser guardados somente os mapas anuais dos dados correspondentes às alíneas h e i por um período não-inferior a 5 (cinco) anos; l) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são essencialmente prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência, quando se tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente estão incluídos em suas atividades Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão manter entrosamento permanente com a CIPA, dela valendo-se como agente multiplicador, e deverão estudar suas observações e solicitações, propondo soluções corretivas e preventivas, conforme o disposto no subitem da NR As empresas cujos estabelecimentos não se enquadrem no Quadro II, anexo a esta NR, poderão dar assistência na área de Segurança e Medicina do Trabalho a seus empregados através de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho comuns, organizados pelo sindicato ou associação da categoria econômica correspondente ou pelas próprias empresas interessadas A manutenção desses Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverá ser feita pelas empresas usuárias, que participarão das despesas em proporção ao número de empregados de cada uma Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho previstos no item 4.14 deverão ser dimensionados em função do somatório dos empregados das empresas participantes, obedecendo ao disposto nos Quadros I e II e no subitem , desta NR As empresas de mesma atividade econômica, localizadas em um mesmo município, ou em municípios limítrofes, cujos estabelecimentos se enquadrem no Quadro II, podem constituir SESMT comum, organizado pelo sindicato patronal correspondente ou pelas próprias empresas interessadas, desde que previsto em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho O SESMT comum pode ser estendido a empresas cujos estabelecimentos não se enquadrem no Quadro II, desde que atendidos os demais requisitos do subitem O dimensionamento do SESMT organizado na forma do subitem deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos No caso previsto no item , o número de empregados assistidos pelo SESMT comum não integra a base de cálculo para dimensionamento do SESMT das empresas O SESMT organizado conforme o subitem deve ter seu funcionamento avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes das empresas, do sindicato de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho, ou na forma e periodicidade previstas na Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho As empresas que desenvolvem suas atividades em um mesmo pólo industrial ou comercial podem constituir SESMT comum, organizado pelas próprias empresas interessadas, desde que previsto nas Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho das categorias envolvidas O dimensionamento do SESMT comum organizado na forma do subitem deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos e a atividade econômica que empregue o maior número entre os trabalhadores assistidos No caso previsto no item , o número de empregados assistidos pelo SESMT comum não integra a base de cálculo para dimensionamento do SESMT das empresas O SESMT organizado conforme o subitem deve ter seu funcionamento avaliado semestralmente por Comissão composta de representantes das empresas, dos sindicatos de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho, ou na forma e periodicidade previstas nas Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho As empresas referidas no item 4.14 poderão optar pelos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho de instituição oficial ou instituição privada de utilidade pública, cabendo às empresas o custeio das despesas, na forma prevista no subitem

17 56 Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho As empresas cujos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho não possuam médico do trabalho e/ou engenheiro de segurança do trabalho, de acordo com o Quadro II desta NR, poderão se utilizar dos serviços destes profissionais existentes nos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho mencionados no item 4.14 e subitem ou no item 4.15, para atendimento do disposto nas NR O ônus decorrente dessa utilização caberá à empresa solicitante Os serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho de que trata esta NR deverão ser registrados no órgão regional do MTb. ( /I1) O registro referido no item 4.17 deverá ser requerido ao órgão regional do MTb e o requerimento deverá conter os seguintes dados: a) nome dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho; b) número de registro dos profissionais na Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho do MTb; c) número de empregados da requerente e grau de risco das atividades, por estabelecimento; d) especificação dos turnos de trabalho, por estabelecimento; e) horário de trabalho dos profissionais dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, já constituídos, deverão ser redimensionados nos termos desta NR e a empresa terá 90 (noventa) dias de prazo, a partir da publicação desta Norma, para efetuar o redimensionamento e o registro referido no item ( /I1) A empresa é responsável pelo cumprimento da NR, devendo assegurar, como um dos meios para concretizar tal responsabilidade, o exercício profissional dos componentes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. O impedimento do referido exercício profissional, mesmo que parcial e o desvirtuamento ou desvio de funções constituem, em conjunto ou separadamente, infrações classificadas no grau I4, se devidamente comprovadas, para os fins de aplicação das penalidades previstas na NR 28. ( /I4) Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, considera-se estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que os seus empregados estiverem exercendo suas atividades. Texto complementar Terceirizações (Macohin, 2008) A terceirização trata-se de um processo já há muito tempo presente em nosso país, que consiste na execução, por terceiro, de atividades não integrantes dos objetivos sociais da empresa contratante. A expressão ganhou força e notoriedade nos últimos anos, fazendo parte das discussões que impliquem na remodelagem de gestão das empresas.

18 Legislação de Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho 57 Para evitar problemas de ordem jurídico-trabalhista, o administrador deve se cercar de todos os cuidados para não cometer erros. A empresa poderá terceirizar apenas suas atividades-meio, mas, para o prestador de serviços, a atividade contratada deve ser sua atividade-fim. [...] Etapas do processo de terceirização Diversos processos de terceirização falham devido à falta de planejamento e entendimento sobre as obrigações e relações contratuais. Para isso, é importante a identificação das diversas etapas que deverão ser seguidas, como apresentado a seguir. Planejamento A etapa de planejamento deve ser considerada tão importante quanto a atividade que será objeto da terceirização. A fase inicial é a identificação correta das áreas que deseja terceirizar para o bom andamento de todo plano de trabalho. Nas organizações existem diversas áreas que podem ser terceirizadas, cabendo aos administradores identificar o foco do negócio e optar ou não por essa forma de gestão. Formação do perfil do terceiro Após a identificação das atividades que serão terceirizadas, passa-se para a formação do perfil do terceiro, em relação ao que se deseja. O objetivo é identificar no mercado qual a empresa que realiza tal serviço. Ainda não é o momento de fazer a escolha do fornecedor. Nesse momento estamos na fase de planejamento, para identificar com exatidão aquilo que necessitamos. Cronograma do processo de terceirização A elaboração de um cronograma de atuação é de fundamental importância, para identificar as diversas etapas do processo, complementando todas as variáveis esperadas, a fim de evitar desagradáveis surpresas. Devem ser identificadas todas as etapas previstas. Preparação do público interno O público interno deve ser trabalhado para interagir de forma produtiva. Dessa forma, se o público interno estiver desinformado ou com informações erradas a respeito do processo, isso poderá dar errado.

19 58 Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho A realização de um trabalho de preparação e conscientização do público interno, portanto, passa a ser relevante para que não existam informações desencontradas. É nesse momento que o canal de comunicações da empresa deve-se abrir, transmitindo a todos os funcionários aquilo que se pretende e quais as perspectivas de aproveitamento daqueles que terão suas atividades terceirizadas. A falta de comunicação pode levar à visão errada do processo, deflagrando grandes conflitos internos. Critérios decisórios para terceirização A primeira etapa é identificar todos os dados de uma gestão própria e de uma terceirizada, sem ainda, entrar na discussão de escolha do fornecedor. A comparação de custos é muito relevante. Assim o mercado deve ser pesquisado sobre o preço a ser pago e quanto isso representa hoje para a empresa, a partir daí os custos indiretos devem ser levados em comparação, pois existem custos administrativos indiretos para todas as atividades da empresa. Finalmente deve calcular todos os custos relativos à terceirização, à administração do contrato, ao tempo despendido na gestão e à inspeção. Decisão de terceirizar O fator econômico não deve ser o único quesito a ser analisado e comparado, vários outros quesitos deverão ser pesados na decisão, como agilidade, cultura organizacional, qualidade e eventuais dissabores de uma eventual descentralização. Uma terceirização mal feita é altamente problemática, pois traz prejuízos enormes de ordem financeira e para a imagem da organização. Administração de atividades terceirizadas O acompanhamento dos serviços terceirizados deve ser rigoroso por parte da empresa contratante dos serviços. Todas as tratativas que se referem aos serviços prestados devem ser entre os gestores das empresas, não sendo recomendável, por questões jurídicas trabalhistas, que funcionários da empresa tomadora dos serviços passem ordens diretas aos empregados da contratada. Existem certos pressupostos jurídicos que devem ser respeitados: o tomador de serviços não pode exercer a superioridade hierárquica sobre o funcionário terceirizado, todas as recomendações, ordens deverão ser transmitidas através de seus gestores. a empresa contratada precisa ter total liberdade relativa ao trato com seus empregados.

20 Legislação de Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho 59 deve haver uma sólida relação de equilíbrio entre as partes contratantes. Os tribunais brasileiros não viam com bons olhos as práticas de terceirização, pois algumas empresas se utilizavam de práticas abusivas nas contratações, burlando a legislação. Alguns sindicatos de trabalhadores também não vêem com bons olhos a prática da terceirização, pois acabam perdendo filiados e reduzindo a dimensão da categoria. É fundamental a aplicação dos conceitos apresentados no item III do Enunciado 331 do TST, não permitindo a pessoalidade e a subordinação direta, ou seja, não são as pessoas que estão sendo contratadas, mas o serviço completo, que deverá ser supervisionado e orientado pela empresa contratada. Da mesma forma não é permitido transmitir ordem diretamente aos funcionários terceirizados. Cabe à empresa tomadora dos serviços ficar atenta às ocorrências contrárias ao objeto da contratação, devendo comunicar imediatamente à empresa prestadora de serviços para que as irregularidades sejam corrigidas, sob pena de responder como pólo passivo na justiça trabalhista. Uma fiscalização periódica é recomendável ao contratante, tanto nos aspectos técnicos da prestação de serviços como documental. Devendo observar alguns quesitos, principalmente o registro de trabalho e as verbas trabalhistas e ainda um acompanhamento dos recolhimentos devidos ao INSS, FGTS, PIS, COFINS, IRPJ. Eventualmente, algumas modificações poderão acontecer na prestação de serviços, mas isto deve constar de termos aditivos ao contrato original. Os cuidados com a terceirização de funcionários (ROMANO, 2008) O excesso de encargos trabalhistas exigidos pela CLT, em vez de proteger o trabalhador, acaba por fomentar o desemprego, que em abril de 2004 alcançou o índice recorde de 13,1%. Estima-se que o registro em carteira encareça em 60% a criação de um posto de trabalho. Para fugir dos encargos e continuar crescendo, muitas empresas optaram por terceirizar parte da força de trabalho. A medida é viável, mas exige cuidados para não se descumprir a lei. De acordo com o enunciado 331 do Tribunal Superior do Trabalho, só é permitida a terceirização de funcionários para atividades-meio, não para atividades-fim da empresa. Em uma metalúrgica, por exemplo, é possível terceirizar serviços de limpeza e portaria; o trabalho de metalurgia, jamais. Esse enunciado, adotado pelo TST em 2002, uniformizou as decisões do tribunal nas ações de prestação de serviços, como os de vigilância e limpeza. Recentemente, um banco foi questionado, pelo Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro, por entregar a terceiros o processamento de documentos movimentados nos caixas-automáticos o que é considerado atividade-fim do banco. A visão do MPT é de que isso caracteriza relação de emprego (conforme previsto no artigo 3.º da CLT); portanto, o funcionário não poderia ser tratado e remunerado como terceirizado.

21 60 Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho Não acaba aí. Também são condições para a terceirização não haver pessoalidade nem relações de subordinação e hierarquia entre a empresa tomadora de serviço e o funcionário terceirizado. Por isso, é bom evitar dar ordens diretas a esse trabalhador e sempre pedir, à empresa terceirizada, a constante mudança do profissional que fará o serviço, evitando que se caracterize o vínculo empregatício. Isso será levado em conta pelo juiz em casos de disputas judiciais. Em empresas com muitos funcionários terceirizados, um representante deles deve fazer parte da Cipa (Comissão Interna de Prevenção a Acidentes) da tomadora de serviços. Outra exigência é de que a empresa terceirizada seja notificada (e assine documento que comprove a notificação) sobre riscos de acidentes de trabalho na empresa tomadora de serviço. Essa, por sua vez, deve fiscalizar o pagamento de salários e direitos trabalhistas dos funcionários terceirizados, uma vez que pode ser acionada em caso de litígios trabalhistas, solidariamente ou subsidiariamente. Havendo falhas da empresa no pagamento de FGTS e INSS dos empregados, por exemplo, a tomadora de serviço pode acabar dividindo a responsabilidade judicial do erro. Funcionários que se sentirem lesados pela terceirização indevida de sua força de trabalho podem recorrer à Delegacia Regional do Trabalho, orientar-se sobre o assunto e fazer denúncias formais contra empregadora e tomadora de serviços. Em casos mais graves (de maus-cuidados com higiene, medicina e segurança, por exemplo, por parte das empresas envolvidas), a melhor solução é procurar o Ministério Público do Trabalho. Se o funcionário efetuar uma denúncia por escrito, será aberto um inquérito e a tomadora de serviço será chamada para averiguação. Atividades 1. É importante que dentro de uma empresa se tenha um local para serviço de emergência contendo alguns itens, exceto: a) cardioscópio. b) eletrocardiógrafo. c) sistema de aspiração e oxigenação. d) centro cirúrgico. 2. A norma regulamentadora que determina o funcionamento do SESMT é a: a) NR 17. b) NR 7. c) NR 4. d) NR 32.

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