Clíticos, sujeitos pré-verbais e gramáticas do português no Brasil dos séculos 19 e 20

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1 MARTINS, Marco Antonio. Clíticos e sujeitos pré-verbais: gramáticas do português no Brasil dos séculos 19 e 20. Cadernos de Pesquisas em Linguística (PUCRS), v. 3, p , Clíticos, sujeitos pré-verbais e gramáticas do português no Brasil dos séculos 19 e 20 Marco Antonio Martins (PG Universidade Federal de Santa Catarina/Universidade Nova de Lisboa) Resumo. Descrevo e analiso neste texto os padrões de colocação dos pronomes clíticos em orações finitas nãodependentes com sujeitos pré-verbais não focalizados extraídas de 21 peças de teatro escritas por brasileiros nascidos entre 1829 a A hipótese defendida é a de que os padrões empíricos atestados nos textos refletem propriedades de diferentes gramáticas do português. A análise dos dados diacrônicos mapeia a evolução na ordem relativa clítico/verbo/clítico, aparentemente relacionada à natureza do sujeito pré-verbal. 1. Introdução: gramáticas do português O fenômeno de colocação dos pronomes clíticos tem sido um campo profícuo de estudos em lingüística, sobretudo em busca de hipóteses teóricas acerca das propriedades estruturais que identifiquem diferentes gramáticas do português ao longo dos séculos (cf. MARTINS, 1994; GALVES, 2001; PAIXÃO DE SOUSA, 2004; GALVES, BRITTO & PAIXÃO DE SOUSA 2005, entre outros). Retomemos brevemente alguns destes estudos 1. Paixão de Sousa (2004) descreve e analisa os padrões de alternância na colocação dos clíticos em textos escritos por autores nascidos entre os séculos 16 e 19 nas gramáticas do português. A análise proposta se centra no português que a autora denomina Médio (PM) e que corresponde, na verdade, ao período entre os séculos 14 e 17. Neste período, em que convivem, aparentemente, duas gramáticas, a do português Antigo (PA) e a do português Clássico (PCl), contextos XV com sujeitos ou advérbios (de tempo, lugar) pré-verbais são, entre outros, ambientes de variação diacrônica nos quais Paixão de Sousa atesta variação na colocação (enclítica/proclítica) dos pronomes átonos. Segundo Paixão de Sousa, com base na descrição empírica dos dados nos textos do português Médio, contextos XVcl (enclíticos) correspondem necessariamente a uma estrutura de adjunção, em que X está externo à fronteira da sentença (X#V); no entanto, contextos XclV (proclíticos) no PM podem ou não corresponder a uma estrutura de adjunção. O estudo de Paixão de Sousa pressupõe uma análise estrutural para as derivações das ênclises e das próclises em textos dos diferentes séculos, proposta pela autora em conjunto com C. Galves e H. Brito e retomada num texto posterior (GALVES, BRITTO & PAIXÃO DE SOUSA 2005; GBPS, doravante). Na proposta das autoras, ancorada na generalização Tobler-Musafia em relação à restrição ao clítico em primeira posição, na gramática do PCl a ênclise é derivada em contextos X#[Vcl, em que X é um constituinte externo à estrutura, e a próclise, em contextos #[XclV, em que X é interno. No advento da gramática do PE, no entanto, em contextos em que X é um sujeito lexical, há uma mudança estrutural na posição dos sujeitos pré-verbais com ênclise, na configuração XV, correlacionada a uma mudança no domínio em que a restrição contra a primeira posição do clítico se aplica. Por conseguinte, o padrão anteriormente estabelecido para derivação da ênclise é válido para a gramática do português Clássico e não mais para a gramática do PE, em que a ênclise passa a ser também derivada em contextos #[SVcl, com sujeitos internos, portanto. Sumarizando, a ênclise no PCl é derivada exclusivamente por estruturas em que o verbo está na primeira posição em CP e a próclise é derivada pelas demais estruturas, conforme ilustra (1), a seguir. 1 Faremos aqui uma breve retomada de alguns desses estudos, sobretudo no que diz respeito à relação entre o fenômeno de colocação dos clíticos correlacionado aos sujeitos (e demais constituintes) pré-verbais e as gramáticas do português. Para mais detalhes, remeto aos textos já citados.

2 Derivação da ênclise e da próclise no PCl (1) # [V Vcl #[XV XclV Na proposta das autoras, a ênclise no PE passa a ser derivada em contextos em que I- linha é o primeiro constituinte X-barra de uma estrutura. Essa configuração pode aparecer em dois casos: em orações com o verbo na primeira posição e em orações com sujeitos préverbais, cf. estruturas em (2) e (3), respectivamente. A próclise, por sua vez, é derivada nessa gramática por estruturas em que um núcleo X-barra mais alto é projetado, cf. estruturas em (4). Derivação da ênclise e da próclise no PE (2) [CP [IP [I Vcl (3) [CP [IP sujeito [I Vcl (4) [CP XP [C [IP [I clv [CP [que [IP [I clv [ΣP [Σ XP [IP [I clv É importante ressaltar que a evolução dos padrões de colocação dos pronomes clíticos na história do português, conforme análise de Paixão de Sousa (2004) e GBPS (2005), apresenta propriedades de diferentes gramáticas, relacionadas ao PCl e ao PE. Nos voltaremos com mais vagar, na seção 3, à descrição dos padrões de colocação dos pronomes clíticos na gramática do português do Brasil (PB), atestados em textos escritos entre os séculos 19 e 20. Com o propósito de, minimamente, contribuir com essa discussão, qual seja a colocação dos clíticos e o advento da gramática do PB, o objetivo específico deste texto 2 é, pois, apresentar uma análise dos padrões de ênclise (Vcl) e de próclise (clv) em orações finitas não-dependentes com sujeitos pré-verbais (SV) em uma amostra extraída de peças de teatro escritas por brasileiros nascidos entre os anos de 1829 e Metodologia Neste trabalho, assumo a análise de Paixão de Sousa (2004) e de GBPS (2005) e, ainda, juntamente com as autoras (cf., também, TORRES MORAIS 1993), que a mudança hoje atestada na gramática do PB não seria fruto de uma mudança ocorrida na variante brasileira em relação à gramática do PE, mas sim que ambas as gramáticas teriam origem numa mesma base comum, o português Clássico. A amostra para análise neste artigo é parte da amostra do meu trabalho de tese e se constitui de orações finitas não-dependentes com sujeitos pré-verbais não focalizados que apresentam alternância na ordem relativa clítico/verbo/clítico, cf. exemplificam os dados em (5)-(11), a seguir. Os contextos de alternância clv/vcl para análise foram extraídos de um corpus constituído por 21 peças de teatro escritas por brasileiros, nascidos no estado de Santa Catarina, no sul do Brasil, no curso dos séculos 19 e Este estudo foi realizado durante meu estágio de doutoramento no Centro de Lingüística da Universidade Nova de Lisboa CLUNL entre maio de 2007 a abril de 2008, financiado pela CAPES (processo BEX 4773/06-3). Agradeço os comentários e as sugestões das professoras Doutora Izete Lehmkuhl Coelho (UFSC) e Doutora Maria Lobo (CLUNL) em relação às idéias aqui discutidas. As incoerências que a análise apresente, no entanto, são de minha inteira responsabilidade. 3 Fazem parte da amostra orações extraídas dos seguintes textos e respectivos autores: Brinquedos de Cupido (1859) de Antero Reis Dutra ( ); Quem desdenha quer comprar (1868) de José Cândido de Lacerda 2

3 (5) Eu sentia-me mais segura estando com ele... [Coutinho, 1868] 4 (6) E nós retiramo-nos. [Carvalho, 1868] (7) O senhor pediu-me em casamento, não é verdade? [Nunes, 1892] (8) As ondas beijam-me os pés. [Nahas, 1928] (9) Eu te amo e por ti, abjeto toda a riqueza e todos os falsos prazeres que a riqueza pode dar. [Juvenal, 1942] (10) A noite me protege. Não gosto do dia. [Cunha, 1992b] (11) Eu me senti ainda pior. [Bavaresco, 1994] O corpus é oriundo de um projeto em curso vinculado ao Projeto Variação Lingüística Urbana da Região Sul (VARSUL) desenvolvido na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O projeto visa à elaboração de um banco de dados para estudos diacrônicos, formado em sua maioria por peças de teatro escritas por brasileiros nascidos em Santa Catarina, e conta com a minha colaboração, das doutorandas Isabel de Oliveira e Silva Monguilhott e Sueli Costa e demais pesquisadores vinculados ao projeto VARSUL, sob a coordenação da professora Doutora Izete Lehmhuhl Coelho. É importante ressaltar que dentre os dados analisados não foram incluídas (i) orações com negação, (ii) orações interrogativas com constituintes qu-, cf. dados em (12)-(14) e (iii) construções com grupos verbais. Em estudos sobre o fenômeno de colocação dos clíticos na história do português, operadores de negação e constituintes qu- são elementos proclisadores, de modo que nesses contextos a próclise é categórica. Em relação às orações com complexos verbais, a sintaxe de colocação dos clíticos apresenta certas particularidades que aqui não serão discutidas, de modo que não incluímos na análise. (12) E quem te entregou a carta? [Carvalho, 1868] (13) Quem lhe disse que sou contraditório? [Rosa, 1970] (14) O que me diz do Roger? [Bavaresco, 1994] Expressões cristalizadas com sujeitos pré-verbais, tais como exemplificam as orações em (15)-(19) e construções com sujeitos morfologicamente focalizados 5, cf. (20), a seguir, não foram contabilizadas na análise. Como já atestado em estudos anteriores, cf., por exemplo, Paixão de Sousa (2004) e GBPS (2005), são esses ambientes de próclise categórica. (15) Deus me livre! [Coutinho, 1867] Coutinho ( ); Raimundo (1868) de Álvaro Augusto de Carvalho ( ); Um cacho de mortes (1881), Dolores (1889), O idiota (1890), Fatos Diversos (1892) de Horácio Nunes ( ); Hilda, a filha do suposto traidor e Waltrudes, o nauta veneziano (1918) e A filha do operário (1942) de Ildefonso Juvenal ( ); Ilha dos casos raros (1928) de Nicolau Nagib Nahas ( ); A engeitada (1930) de Joaquim Antonio de S. Thiago ( ); A morte de Damião (1954) de Ody Fraga ( ); A Estória (1970) e Os Lobos (1980) de Ademir Rosa ( ); O dia do Javali (1982) de Mário Júlio Amorim (1939-); As quatro estações e Flores de Inverno (1992a e b, respectivamente) de Antonio Cunha (1961-); Agnus Dei (1994) de Sulanger Bavaresco (1969-). 4 As orações que compõem a amostra quando citadas serão acompanhadas pelo sobrenome do autor e ano de publicação/apresentação do texto ao qual se referem. 5 Galves, Britto e Paixão de Sousa (2005) apresentam uma análise dos padrões de colocação dos pronomes clíticos na história do Português, mais especificamente no período correspondente entre os séculos 16 e 19. Com base no banco de dados Tycho Brahe Parsed Corpus of Historical Portuguese, as autoras apresentam uma análise de orações afirmativas não-dependentes extraídas de textos escritos por autores nascidos entre os anos de 1542 e As autoras não consideram na análise construções cujo complexo (cl)v(-cl) é precedido por sujeitos não focalizados (ou seja, sujeitos não morfo-fonologicamente marcados, como em só + sujeito ou o mesmo + sujeito, GBPS, p.42. Na história do português, estes são contextos de próclise categórica. 3

4 (16) Deus te ajude sempre, meu filho! [Carvalho, 1829] (17) Deus me livre! [Nunes, 1892] (18) Que Deus te abençoe e proteja! [Thiago, 1930] (19) Que a Virgem Santa te proteja e te guarde [Thiago, 1930] (20) Só um recurso me resta: é morrer também.! [Nunes, 1881] A análise contempla, pois, apenas orações com sujeitos pré-verbais não focalizados em que se atesta a alternância entre a anteposição e a posposição do clítico em relação ao verbo. 3. Resultados: padrões de variação e gramáticas do português no Brasil nos séculos 19 e 20 Considerando o recorte da variável dependente analisada neste artigo delineada na metodologia, qual seja a alternância na ordem relativa clítico/verbo/clítico em orações finitas não-dependentes com sujeitos pré-verbais não-focalizados, a análise, na esteira dos pressupostos da sociolingüística variacionista (cf. WEINREICH; LABOV & HERZOG, 1968; LABOV, 1982; 1994), contempla a correlação entre os padrões de clv e Vcl e as seguintes variáveis independentes: natureza do sujeito pré-verbal; tipo de clítico, século de publicação dos textos, ano e século de nascimento dos autores dos textos. Na amostra, somam 334 orações que foram categorizadas e submetidas ao programa estatístico GoldVarb 2001 (cf. Robinson, Lawerence e Tagliamonte, 2001). Para os fins propostos neste artigo, apresentamos apenas a análise unidimensional oferecida pelo programa que disponibiliza as frequências de distribuição das variantes em relação aos contextos observados. A distribuição de clv correlacionada ao século de publicação/apresentação dos textos dramáticos pode ser observada na tabela 1, a seguir. Há 51 ocorrências (o que equivale a 26%), das 196 orações com sujeitos pré-verbais em textos do século 19 e 109 ocorrências das 138 (78%) em textos do século 20. Século Aplicação/Total Percentual (%) 19 51/196 26% /138 78% Total 160/334 47% Tabela 1: Próclise correlacionada ao século de apresentação/publicação dos textos, em percentuais É sabido já que a próclise é a opção (quase) generalizada na gramática do PB, independentemente do contexto sintático, cf. Lobo (1993), Pagotto (1992), Abaurre e Galves (1996) e Galves (2001), entre outros. Nesse sentido, nossos resultados vêm corroborar essa asserção. No entanto, e considerando que o objetivo deste texto é mapear a distribuição da ordem linear clítico/verbo em textos dramáticos escritos por brasileiros no curso os séculos 19 e 20 em orações finitas não-dependentes com sujeitos pré-verbais, uma análise particularizada da correlação entre a alternância clv/vcl, a natureza do sujeito em posição pré-verbal e o ano/século de nascimento dos autores revela que a evolução da próclise no curso dos séculos apresenta certos (e interessantes) pormenores. A tabela 2, a seguir, sistematiza resultados do cruzamento entre a ocorrência de próclise associada à natureza do sujeito pré-verbal e ao ano de nascimento dos autores das peças de teatro. 4

5 Natureza de S 1800 a a a a 1999 DP 7/75 9% 25/97 26% 10/10 100% 15/15 100% Pronominal 19/34 56% 41/50 82% 6/6 100% 26/26 100% Demonstrativos 0/1 0% 3/4 75% 2/2 100% 3/3 100% Complexos 1/6 17% 1/4 25% 0 1/1 100% Total 27/116 23% 70/155 45% 18/18 100% 45/45 100% Tabela 2: Freqüência de próclise, segundo o cruzamento entre as variáveis natureza do sujeito pré-verbal e ano de nascimento dos autores Dentre os resultados gerais apresentados na tabela, dois em específico nos chamam a atenção. Em primeiro lugar, a categoricidade de ocorrência de próclise em orações finitas nãodependentes com sujeitos pré-verbais em textos escritos por brasileiros nascidos no século 20. Observe-se que em todos os contextos, a ordem clv é a única opção utilizada pelos autores nascidos entre 1900 a Em outras palavras, na gramática de brasileiros nascidos no século 20, a próclise parece ser já o (único) padrão em orações com sujeitos pré-verbais. É importante ressaltar que a amostra tem por base textos escritos e que, assim como em outros contextos, como em construções com verbo em primeira posição absoluta, por exemplo, há a pressão da norma escrita que toma por base, na maioria das vezes, a gramática do Português Europeu. Em segundo lugar, a evolução de clv em orações com sujeitos pré-verbais realizados como DP, cf. orações em (21)-(24), se contrasta àquela encontrada em orações com sujeitos pré-verbais realizados por pronomes pessoais, cf. orações em (25)-(30), a seguir. Em textos de autores nascidos no século 19, em orações com sujeitos pré-verbais pronominais encontramos já uma elevada freqüência de clv (56% e 82%) se comparada à ocorrência de clv em orações com sujeitos pré-verbais DPs (9% e 26%). Os resultados mostram que a mudança que envolveu a colocação dos pronomes clíticos em construções com sujeitos pré-verbais na gramática do PB está correlacionada à natureza do sujeito da estrutura oracional. (21) Minha ama finge-se alegre e eu sei que ella está aflicta, pois ate esta hora meu amo não apparece. [Dutra, 1859] (22) O senhor ama-me também?... [Nunes, 1889] (23) A comoção sufoca-me a alma!... [Juvenal, 1942] (24) Um iceberg me trouxe o inverno à alma. [Cunha, 1992b] (25) Eu os verei quando voltar. [Dutra, 1859] (26) Eles se amavam! [Coutinho, 1868] (27) Ela me sorri ao despertar, e abençoa-me à noite... [Carvalho, 1868] (28) Eu me retiro, senhor Barão. [Nunes, 1889] (29) Ele vos contará toda a história de sua vida e vós o abençoareis, como filho. [Juvenal, 1942] (30) Na hora você vai saber. Eu te ajuto. [Cunha, 1992a] Tânia Lobo (1992: 139) em seu estudo acerca da colocação dos clíticos no PB, com base numa amostra extraída do Projeto NURC 6, de língua falada, afirma que quando o verbo está precedido por um pronome pessoal a próclise é categórica na gramática do PB. Os resultados apresentados na tabela 2 mapeiam, no curso dos séculos 19 e 20, o processo dessa mudança. 6 Projeto de Estudo da Norma Lingüística Urbana Culta. 5

6 Ainda, em relação ao mapeamento do processo de mudança que envolveu a colocação dos clíticos na história do português do Brasil, os resultados apresentados por Pagotto (1992), que levam em consideração dados extraídos de textos (de natureza vária) dos séculos 16 ao 20, sustentam a análise aqui proposta. De acordo com os resultados obtidos pelo autor, enquanto em orações com sujeitos pré-verbais realizados por pronomes pessoais a próclise é já categórica em textos do século 17, em orações com sujeitos DPs a alternância clv/vcl é ainda atestada em textos do século 20. Note-se que quando consideramos o ano de nascimento dos autores, cf. resultados da tabela 2, e não apenas o ano de publicação dos textos, a alternância clv/vcl não mais se verifica em textos escritos por brasileiros nascidos no século 20. A próclise é categórica. Com base nos resultados apresentados, uma questão interessante que se coloca é: a que gramática(s) estão associados os padrões de clv e Vcl atestados nos textos escritos por brasileiros nascidos nos diferentes séculos e, ainda, no curso do século 19? Se assumirmos, sob o escopo da teoria gerativa, que uma gramática não deverá gerar estruturas em variação, mas sim que a variação seria o reflexo de diferentes estruturas geradas por sua vez por diferentes gramáticas, a evolução na freqüência de uso de clv/vcl atestada nos textos pode ser entendida como um período em que há competição entre diferentes padrões gerados por diferentes gramáticas, no sentido de Kroch (1989; 2001). Para refinar a análise, apresentamos na tabela 3, a seguir, a freqüência de uso de clv atestada nos textos dramáticos escritos por brasileiros, considerando o ano de nascimento dos autores. Os resultados de clv em orações com sujeitos pronominais e com sujeitos DPs estão projetados nos gráficos 1 e 2, respectivamente. Autor/ano de nascimento Sujeito DP Sujeito Pronominal Álvaro Augusto de Carvalho ( ) José Cândido de Lacerda Coutinho ( ) Arthur Cavalcanti do Livramento ( ) Antero dos Reis Dutra ( ) Horácio Nunes ( ) Joaquim Antonio de S. Thiago ( ) Ildefonso Juvenal ( ) Nicolau Nagib Nahas ( ) Ody Fraga ( ) Mário Júlio Amorim (1939-) Ademir Rosa ( ) Antônio Cunha (1961-) Sulanger Bavaresco (1969-) 7/62 11% 0/13 0% 1/9 11% 1/4 25% 5/41 12% 5/9 56% 6/17 35% 7/17 41% 3/3 100% 2/2 100% 5/5 100% 12/12 100% 3/3 100% 13/21 62% 6/13 46% 4/4 100% 1/2 50% 10/17 59% 3/3 100% 6/6 100% 17/18 94% 1/1 100% 0 5/5 100% 14/14 100% 12/12 100% Tabela 3: Freqüência de próclise com sujeitos DPs e pronominais em textos de brasileiros nascidos entre 1829 a 1969 Observe-se que, em textos escritos por brasileiros nascidos entre 1829 e 1898, a média da freqüência de uso de orações com clv com sujeitos DPs é inferior àquela de orações com sujeitos pronominais. Se tomarmos o século 19 para análise, o (diferente) padrão de variação atestado em orações com clv com sujeitos pré-verbais pronominais e com sujeitos DPs nos textos de brasileiros nascidos neste período parece refletir propriedades de diferentes gramáticas do português: (i) propriedades de uma gramática cuja próclise é o padrão independente do contexto sintático, a gramática do PB, como reflete a acentuada preferência pela ordem clv (muitas vezes como opção categórica) em orações com sujeitos pré-verbais pronominais em muitos dos textos escritos por brasileiros nascidos entre 1829 a 1898 (62%, 6

7 46%, 100%, 50%, 59%, 100%, 100% e 94%); e (ii) propriedades de uma gramática cujo padrão parece ser a ênclise em orações com sujeitos pré-verbais DPs, como atesta a baixa freqüência de uso (ou mesmo a ausência) de clv nos textos escritos por brasileiros nascidos nesse período (11%, 0%, 11%, 25%, 12%, 56%, 35% e 41%) Gráfico 1: Freqüência de próclise com sujeitos pronominais em textos de brasileiros nascidos entre 1829 a 1969 O contraste apresentado na freqüência de uso de clv com sujeitos pronominais e com sujeitos DPs em textos de autores nascidos entre 1800 a 1899 apresentado nos gráficos 1 e 2 desenha diferentes percursos. De um lado, uma freqüência elevada e estável de clv com sujeitos pronominais, com clv categórica no texto de Arthur Cavalcanti do Livramento ( ), por exemplo. De outro lado, uma baixa freqüência de clv com sujeitos DPs, com 0% no texto de José Cândido de Lacerda Coutinho ( ). Interpretamos essa variação como um caso de gramáticas em competição, no sentido de Kroch (2001). De modo que, no curso do século 19, há em textos escritos por brasileiros competição entre duas (ou mais) gramáticas do português Gráfico 2: Freqüência de próclise com sujeitos DPs em textos de brasileiros nascidos entre 1829 a 1969 Como observado em muitos trabalhos, Vcl em orações com sujeitos pré-verbais não focalizados é o padrão na gramática do PE. Em especial, a análise de Galves, Britto e Paixão de Sousa (2005), brevemente delineada na introdução deste artigo, defende que, no advento da gramática do PE, em contextos SV há uma mudança estrutural na posição dos sujeitos préverbais com ênclise correlacionada a uma mudança no domínio em que a restrição contra a primeira posição do clítico se aplica. Para explicar a evolução da próclise nos diferentes 7

8 contextos, sobretudo no século 19, aventamos a hipótese de que a variação atestada em textos escritos por brasileiros nascidos entre 1800 e 1899 transparece a competição entre padrões gerados pela gramática do PB e padrões gerados pela gramática do PE. 4. Apontamentos finais (com jeito de conclusão) De acordo com Anthony Kroch (1989), encontramos em estudos diacrônicos, assim como em materiais históricos, um tipo de informação que é necessariamente ausente em dados sincrônicos: informações sobre o curso de tempo de mudanças lingüísticas. O acesso a tal informação pode nos fornecer algumas respostas como, por exemplo, de que maneira as gramáticas das línguas particulares mudam de um estado para outro no curso do tempo. A investigação diacrônica nos possibilita, nesse sentido, compreender mais sobre o processo pelo qual tais gramáticas mudam, assim como aprender mais sobre os princípios de organização da própria gramática das línguas naturais. Os dados de que dispomos para os estudos diacrônicos são, de fato, aqueles oriundos de materiais históricos e, parafraseando Labov (1994), devemos procurar fazer bom uso dos maus dados disponíveis. Devemos, pois, garimpar textos históricos em busca de dados vários, e se em algum momento encontramos determinadas construções numa dada amostra significativa é porque esta era uma construção possível naquele estado de língua. Os resultados apresentados na análise dos dados diacrônicos de textos dramáticos escritos por brasileiros nascidos entre 1829 e 1969 nos ajudam a compreender a evolução nos padrões de colocação dos pronomes clíticos no português do Brasil, nos séculos 19 e 20, sobretudo, em dois aspectos. Por um lado, se observou que em orações finitas nãodependentes com sujeitos pré-verbais, clv é única opção possível na gramática de brasileiros nascidos no século 20. Por outro lado, os resultados mostram que a variação clv/vcl em textos escritos por brasileiros nascidos no século 19 é bastante sensível à natureza do sujeito pré-verbal. Enquanto há preferência pela ordem clítico/verbo em orações com sujeitos pronominais, a ordem clítico/verbo é inibida em orações com sujeitos DPs. Na tentativa de reconstruir gramáticas a partir de dados disponíveis em textos históricos e com base nos resultados obtidos em relação aos padrões de ênclise e próclise, interpretamos a variação atestada em peças de teatro escritas por brasileiros nascidos entre 1829 e 1898 como um caso de competição de gramáticas, no sentido de Kroch (1989; 2001). Os diferentes padrões atestados parecem estar correlacionados a uma mudança no domínio estrutural da posição disponível para a superficialização dos sujeitos pré-verbais nas gramáticas em questão. Referências bibliográficas Abaurre, Mª Bernadete & Charlotte Galves Os clíticos no português brasileiro: elementos para uma abordagem sintático-fonológica. In Gramática do português falado, vol. IV estudos descritivos. Campinas: Editora da UNICAMP, pp Galves, Charlotte Ensaios sobre as gramáticas do português. Campinas, SP: Editora da Unicamp. Galves, Charlotte; Helena Britto & Maria Clara Paixão de Sousa The Change in Clitic placement from Classical to Modern European Portuguese: Results from the Tycho Brahe Corpus. Journal of Portuguese Linguistics, Vol. 4, n.1, Special Issue on variation and change in the Iberian languages: the Peninsula and beyond, pp Kroch, Anthony Reflexes of Grammar in Patterns of Language Change. Language Variations and Change, 1, pp

9 Kroch, Anthony Syntactic Change. In. Baltin & Collins (eds.). The handbook of contemporary syntactic theory. Massachusetts. USA: BlackWell, pp Labov, William Building on empirical foundations. In. Winfred P. Lehmann & Yakov Malkiel (eds.). Perspectives on Historical Linguistics. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, pp Labov, William Principles of linguistic Change: internal Factors. Oxford: Blackwell. Lobo, Tânia (1992) A colocação dos clíticos em Português. Duas sincronias em Confronto. Dissertação de Mestrado. Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras. Martins, Ana Maria (1994) Clíticos na história do português. Tese de doutoramento, Universidade de Lisboa. Pagotto, Emilio Gozze (1992) A posição dos Clíticos em Português. Um estudo Diacrônico. Dissertação de mestrado, Universidade de Campinas. Paixão de Sousa, Maria Clara (2004) Língua Barroco: Sintaxe e História do português nos Tese de doutoramento, Campinas: IEL/UNICAMP. Robinson, J.; Lawerence, H.; Tagliamonte, S. (2001) GoldVarb 2001: a multivariate analysis application for Windows. Disponível em Torres Morais, Maria Aparecida Aspectos diacrônicos do movimento do verbo, estrutura da frase e caso nominativo no português do Brasil. In. Ian Roberts & Mary A. Kato (orgs.) Português Brasileiro: uma viagem diacrônica. Campinas: Unicamp, pp Weinreich, Uriel; William Labov & Marvin Herzog Empirical foundations for a theory of language change. In: Winfred P. Lehmann & Yakov Malkiel (eds.). Directions for Historical Linguistics. Austin: University of Texas, pp

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