DIREITO TRIBUTÁRIO PROFESSOR FLÁVIO
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- Maria de Begonha Borja Avelar
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1 FACULDADE CEARENSE CURSO: DIREITO DIREITO TRIBUTÁRIO PROFESSOR FLÁVIO 1
2 ASSUNTOS AULA 7 1) Responsabilidade Tributária 2) Solidariedade 3) Capacidade Tributária Passiva 4) Domicílio Tributário 5) Suspensão do Crédito Tributário 2
3 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA Art.128, CTN. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. Ex: o transportador de mercadoria possui um vínculo com o fato gerador do ICMS (saída da mercadoria do estabelecimento comercial) é responsável tributário. (ALEXANDRE, 2016) 3
4 MODALIDADES DE RESPONSABILIDADE Por substituição RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA Por transferência (ALEXANDRE, 2016) 4
5 RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO Desde a ocorrência do fato gerador, a sujeição passiva é transferida do contribuinte para o responsável. O contribuinte é o devedor do tributo, mas quem têm a obrigação de pagar é o responsável. Ex: IRRF em que por força legal, a fonte pagadora é obrigada a reter e recolher aos cofres públicos o montante descontado do indivíduo que prestou serviços com ou sem vínculo. (SABBAG, 2016) 5
6 RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA Por sucessão Por transferência De terceiros Por infrações (ALEXANDRE, 2016) 6
7 TRANSFERÊNCIA POR SUCESSÃO Adquirente de bens imóveis Por sucessão Adquirente de bens móveis Causa Mortis Empresarial (ALEXANDRE, 2016) 7
8 SUCESSÃO DO ADQUIRENTE DE BENS IMÓVEIS Art.130, CTN. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuição de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes... SUB-ROGAÇÃO PESSOAL (ALEXANDRE, 2016) 8
9 SUCESSÃO DO ADQUIRENTE DE BENS IMÓVEIS - EXCEÇÕES Exceções a sub-rogação pessoal: 1. Quando conste do título prova de quitação de tributos (art.130, fine,ctn); 2. Na arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o preço (art.130, único,ctn). (IVES GRANDA, 2006) 9
10 SUCESSÃO DO ADQUIRENTE DE BENS MÓVEIS p1 A transferência da propriedade de bens móveis ocorre com a tradição, que é a entrega do bem. Art.131, I, CTN. São pessoalmente responsáveis: I o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos. Neste artigo o que ocorre é a remição e não remissão (perdão). A remição ocorre quando cônjuge, ascendente ou descente exercer a preferência de adjudicação de bem do devedor expropriado num processo de execução (876,CPC). (ALEXANDRE, 2016) 10
11 SUCESSÃO DO ADQUIRENTE DE BENS MÓVEIS p2 Remição Suponha um familiar que tenha uma dívida acobertada pelo um bem. O terceiro vai e resgata o bem mediante pagamento. A partir deste momento, o terceiro passa a ser remitente e passa a responder pessoalmente por todos os impostos. Adjudicação = dar posse e propriedade de determinados bens. (ALEXANDRE, 2016) 11
12 SUCESSÃO CAUSA MORTIS - espólio Art.131, CTN. São pessoalmente responsáveis: III o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão. ABERTURA DA SUCESSÃO (morte) PARTILHA OU ADJUDICAÇÃO De cujus Espólio Contribuinte Responsável Contribuinte Espólio é o conjunto de bens e direitos deixados pelo de cujus. (ALEXANDRE, 2016) 12
13 SUCESSÃO CAUSA MORTIS sucessor e meeiro Art.131, CTN. São pessoalmente responsáveis: II o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão (parcela), do legado (bem) ou da meação. ABERTURA DA SUCESSÃO (morte) PARTILHA OU ADJUDICAÇÃO De cujus Contribuinte Espólio Responsável Contribuinte Sucessores e meeiro Responsável Responsável Contribuinte (ALEXANDRE, 2016) 13
14 SUCESSÃO EMPRESARIAL Fusão, transformação, incorporação, cisão Sucessão empresarial Adquirente do fundo de comércio ou estabelecimento Recuperação ou falência (ALEXANDRE, 2016) 14
15 SUCESSÃO EMPRESARIAL FUSÃO, TRANSFORMAÇÃO,INCORPORAÇÃO E CISÃO Art.132, CTN. A pessoa jurídica de direito privado que resultar da fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. Fusão A B C Incorporação A B B Transformação A ltda A S/A Cisão B A R.Solidária C Art.233 da lei 6404/76. 15
16 SUCESSÃO EMPRESARIAL ADQUIRENTE DO FUNDO DE COMÉRCIO OU ESTABELECIMENTO Art.133, CTN. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato: I integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; II subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6 meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo do comércio, indústria ou profissão. 16
17 EXCEÇÃO SUCESSÃO EMPRESARIAL - RECUPERAÇÃO OU FALÊNCIA Art.133, CTN. 1º. O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial (não há responsabilidade do adquirente): I em processo de falência; II de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial; Exceção da Exceção: Art.133, CTN. 2º Sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial Sociedade contralada pelo devedor falido ou em recuperação jud Parente do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios. 17
18 RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS De atuação regular Responsabilidade de Terceiros De atuação irregular (ALEXANDRE, 2016) 18
19 RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS DE ATUAÇÃO REGULAR Art.134, CTN. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: Filhos menores Pais Bens de terceiros Administrador Tutelados e Curatelados Massa falida Concordata Tutores Curadores Síndico Comissário Espólio Liquidação de sociedade de pessoas Atos praticados por e perante eles Inventariante Sócios Tabeliães 19
20 RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS DE ATUAÇÃO IRREGULAR p1 Art.135, CTN. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I as pessoas referidas no artigo anterior; II os mandatários, prepostos e empregados; III os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. RESPONSABILIDADE PESSOAL = O TERCEIRO RESPONDE SOZINHO, DE FORMA EXCLUSIVA, COM TODO O SEU PATRIMÔNIO (ALEXANDRE, 2016) 20
21 RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS DE ATUAÇÃO IRREGULAR p2 Excesso de poderes exemplo: Administrador que deixa débitos tributários pendentes e nenhum patrimônio para garantir seu pagamento gastando de forma irresoluta. Infração de lei ou contrato social:diretor de sociedade que adquire bem imóvel sabendo que, pelo estatuto social, estava impedido de fazê-lo sem anuência dos sócios. A dívida de ITBI recairá sobre ele. (SABBAG, 2016) 21
22 RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES 136 e 137 do CTN Art.137, CTN. A responsabilidade é pessoal ao agente, quanto às infrações (multas): Conceituadas como crimes ou contravenções (ilícitos penais) *** Cuja definição o dolo específico do agente seja elementar (obj,sub,nor) Que decorram direta e exclusivamente de dolo específico: (desejo de prejudicar pessoas em nome das quais praticam atos) a) Das pessoas do art.134 contra aquelas por quem respondem; b) Dos mandatários, prepostos ou empregados contra seus mandantes, preponentes ou empregadores; c) Dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de pessoas privadas, contra estas. *** Salvo se no exercício regular de suas atribuições. 22
23 RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES CRIME Se a infração é crime ou contravenção, afasta-se a responsabilização da pessoa jurídica, atingindo-se as pessoas físicas dos dirigentes, até mesmo com a aplicação de pena privativa de liberdade (Lei 8.137/90). (SABBAG, 2016) 23
24 RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES exercício regular 1. Regular exercício da administração: o agente comete ilícito na condição de mero portador da vontade da empresa. 2. Prova pelo agente, que teria cumprido ordem por quem de direito. (SABBAG, 2016) 24
25 RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES inciso II Vale também para infrações administrativas. O dolo é elementar do ilicito. Extravio de documento fiscal com o fim de ocultar do Fisco uma situação tributável. (SABBAG, 2016) 25
26 RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES inciso III Decorre de dolo específico. Possibilidade cometida pelos gestores de interesses dos representados na deliberada intenção de prejudicá-los e com isso, colherem vantagem indevida. (SABBAG, 2016) 26
27 RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES DENÚNCIA ESPONTÂNEA DE INFRAÇÕES Art.138, CTN. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. NÃO é espontânea a denúncia apresentada Após o início de qualquer procedimento administrativo Após medida de fiscalização relacionada com a infração. 27
28 SOLIEDARIEDADE Art.124, CTN. São solidariamente obrigadas: I as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal; II as pessoas expressamente designadas em lei. único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem. SOLIDARIEDADE ATIVA Mais de 1 credor SOLIDARIEDADE PASSIVA Mais de 1 devedor 28
29 IMPLICAÇÕES DA SOLIEDARIEDADE Art.125, CTN. São os efeitos da solidariedade: I o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; II a isenção ou a remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, susbsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; III a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. 29
30 CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA Art.126, CTN. A capacidade tributária passiva independe: I da capacidade civil das pessoas naturais; II de achar-se a pessoa natural sujeitas a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; III de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. 30
31 DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO Art.127, CTN. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável de domicílio tributário, considera-se como tal: Sua residência habitual Pessoas Naturais Pessoas Jurídicas de Direito Privado ou Firmas Individuais O centro habitual de sua atividade O lugar de sua sede O lugar de cada estabelecimento Pessoas Jurídicas de Direito Público Qualquer de suas repartições no território da entidade tributante 31
32 DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO - exceção Art.127, CTN. 1º. Quando não couber a aplicação das regras anteriores, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.
33 Suspensão do Crédito Tributário 33
34 CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO O crédito tributário torna a obrigação LÍQUIDA, CERTA E EXIGÍVEL. Existem casos em que os atos de HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA cobrança são suspensos. FATO GERADOR OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA LANÇAMENTO (ALEXANDRE, 2016) CRÉDITO TRIBUTÁRIO 34
35 CAUSA SUSPENSIVA As causas suspensivas podem ser verificadas antes ou depois do procedimento do lançamento. CAUSA SUSPENSIVA PRÉVIA POSTERIOR NÃO IMPEDE O LANÇAMENTO MAS IMPEDE A COBRANÇA LANÇAMENTO JÁ REALIZADO E SUSPENDE A COBRANÇA (ALEXANDRE, 2016) IMPEDEM A PROPOSITURA DA EXECUÇÃO FISCAL 35
36 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Art.151, CTN. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I - moratória; II - o depósito do seu montante integral; III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. V a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; VI o parcelamento. 36
37 RECLAMAÇÕES E RECURSOS CRÉDITO TRIBUTÁRIO reclamação impugna INSTAURAÇÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL suspen são Não é possível ao Fisco qualquer ato de cobrança (inclusive CADIN) enquanto não encerrar o processo administrativo (PAF). DECISÃO DE 1ª INSTÂNCIA recurso ÓRGÃO DE 2ª INSTÂNCIA suspen são 37
38 DEPÓSITO DE SEU MONTANTE INTEGRAL CRÉDITO TRIBUTÁRIO impugna INSTAURAÇÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL impede suspen são DEPÓSITO INTEGRAL juros DEPÓSITO INTEGRAL impede EXECUÇÃO FISCAL Depósito em $ (sum 112 STJ)= montante exigido pelo Fisco (incluíndo juros e multas). 38
39 DESTINAÇÃO DO DEPÓSITO RAZÃO DEPOSITANTE OU PROCEDÊNCIA DO LANÇAMENTO SUJEITO PASSIVO LEVANTARÁ O DEPÓSITO COM ACRÉSCIMOS LEGAIS O DEPÓSITO SERÁ CONVERTIDO EM RENDA (DESTINADO AOS COFRES PÚBLICOS) 39
40 CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA Lei de 2009 disciplina a ação constitucional do MS. MS é ação para resguardar direito líquido e certo, utilizado para suspender os atos de cobrança do Fisco. A liminar prescinde do fumus boni juris (plausibilidade da alegação) e do periculum in mora. Ao ajuizar a ação, o sujeito passivo alega que a demora no provimento judicial lhe traria prejuízos (negativa de certidões, não participar em licitações, não acesso a crédito do governo, inscrição em cadastro de inadimplentes). Na relevância dos argumentos (fumus boni juris), tenta demonstrar irregularidade na cobrança. (ALEXANDRE, 2016) 40
41 CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA cont1 Liminar em MS preventivo: não é necessário que exista o crédito tributário para ajuizar a ação de MS, nem que tenha ocorrido o fato gerador. Visa-se resguardar não somente à lesão de direito líquido e certo, mas a ameaça de lesão a direito. (ALEXANDRE, 2016) 41
42 CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA cont2 O juiz não impede o lançamento, mas proíbe a promoção de atos executórios: se o sujeito passivo pagar a menor e for protegido por liminar em MS, o auditor fiscal deve proceder o lançamento da diferença. Mas o auditor não encerra o auto de infração (AI), dando para o SP pagar ou impugnar a autuação. O auditor suspende o AI consignando no documento suspenso por medida judicial. (ALEXANDRE, 2016) 42
43 CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR DE AÇÃO JUDICIAL OU DE TUTELA ANTECIPADA Ás vezes, não é possível ao SP entrar com MS pela perda do prazo decadencial de 120 dias para impetração ou falta de liquidez e certeza do crédito. A liminar visa assegurar a eficácia do provimento judicial final, garantindo o resultado útil do processo. A tutela antecipada visa antecipar o gozo do direito que só seria concedido no (ALEXANDRE, 2016) momento da sentença. 43
44 PARCELAMENTO Aplicável aos contribuintes inadimplentes que querem voltar a regularidade. Art. 155-A, CTN. O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica (lei de cada estado federado). No 1º têm-se que o parcelamento não exclui JUROS e MULTA. È possível também o parcelamento no caso de recuperação judicial, que deve ser também disciplinado por lei específica do ente federado ( 3º). (ALEXANDRE, 2016) 44
45 MORATÓRIA Moratória é a dilação do prazo para pagamento do tributo. MORATÓRIA EM CARÁTER GERAL (152,I,CTN) Concedido genericamente por Lei. Beneficia vários SPs. Não há necessidade de comprovação de característica pessoal. Ex: Lei que dilata o pagamento de COFINS para todos os SPs de COFINS. MORATÓRIA EM CARÁTER INDIVIDUAL (152,II,CTN) (ALEXANDRE, 2016) Lei só beneficia pessoas que atendam determinados requisitos. A pessoa deve requer à Administração e provar o cumprimento dos requisitos. Ato administrativo declaratório. Ex: Produtores de vinho de plantações de serra gaúcha dilação 6 meses. 45
46 MORATÓRIA cont. Art A moratória somente pode ser concedida: I - em caráter geral: a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se refira (moratória autônoma); b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações de direito privado (moratória heterônoma); II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior. 46
47 MORATÓRIA créditos abrangidos Art. 154,CTN. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo. Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele. O benefício da moratória é somente para créditos lançados ou em fase de lançamento e não beneficia em casos de dolo, fraude ou simulação. 47
48 MORATÓRIA direito adquirido Art. 155,CTN. A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora: I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele; II - sem imposição de penalidade, nos demais casos. 48
49 MORATÓRIA direito adquirido cont. Art. 155,CTN. Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido entre a concessão da moratória e sua revogação não se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito (até 5 anos contados do lançamento). PRAZO Concessão Revogação (ALEXANDRE, 2016) 49
50 MORATÓRIA direito adquirido exemplo Ex: Eufrásio é proprietário de um imóvel rural localizado em Itabuna na Bahia, município não localizado no polígono das secas. Escuta no rádio, a notícia: governo aumenta prazo para que pequenos produtores rurais quitem seus débitos de ITR. No transcorrer da reportagem, o jornal detalha as informações relativas à área dos imóveis beneficiados e ressalta que os imóveis deveriam fazer parte do Polígono das Secas. Eufrásio dá entrada e pede moratória ao Fisco. O auditor desatento concede pensando que Itabuna está no Polígono das Secas. PRAZO Concessão Revogação (ALEXANDRE, 2016) 50
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