COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2011

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1 COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE

2 Método indireto de produção Queijo Vinho Local 1 h / kg 2 hs /l Resto do Mundo 6 hs / kg 3 hs / l Se P Q /P L = 1 Local => produz 1 Kg de queijo (1 h) e troca por 1 l de vinho (se fosse produzir, gastaria 2 hs) RM => produz 1 l de vinho (3 hs) e troca por 1 kg de queijo (se fosse produzir, gastaria o dobro do tempo) 2

3 Ampliação das possibilidades de consumo Quantidade de vinho, Q V Quantidade de vinho, Q * V 80 T 80 F * 60 P F Quantidade 120 de queijo, Q * Q P * T * 40 Quantidade 120 de queijo, Q * Q (a) Local L = 120 horas (b) Estrangeiro L* = 240 horas 3

4 Como há diferenças tecnológicas entre os dois países, o comércio em bens não torna os salários iguais entre eles. Um país com vantagem absoluta nos dois produtos obterá um salário mais alto após o comércio. 4

5 Queijo Vinho Local 1 h / kg 2 hs /l Resto do Mundo 6 hs / kg 3 hs / l Com especialização, w = 1kg queijo e w* = 1/3 l de vinho Sendo P Q /P L = 1 1 kg Queijo = $ 12 = 1 l vinho w = $ 12 / hora ; w* = $ 4 /hora w /w* = 3 5

6 Salário relativo se situa entre as razões das produtividades dos dois países : - Local: 6 x melhor no queijo e 1,5 x melhor vinho Vantagem de custo no queijo maior produtividade compensa maior salário - RM: Vantagem de custo no vinho menor salário compensa menor produtividade 6

7 Produtividade e competitividade Mito 1: O livre comércio é benéfico somente se um país é suficientemente forte para resistir à concorrência estrangeira. Esse argumento não reconhece que o comércio se baseia em vantagens comparativas, não absolutas. O argumento do trabalho miserável Mito 2: A concorrência estrangeira é injusta e prejudica outros países quando se baseia em salários baixos. O que importa ao Local é que é mais barato em termos de seu próprio trabalho produzir queijo e comercializá-lo por vinho. 7

8 Exploração Mito 3: O comércio prejudica os trabalhadores em países com salários mais baixos. Na ausência de comércio, esses trabalhadores estariam em situação ainda pior. Negar a oportunidade de exportar é condenar os pobres a continuarem pobres. 8

9 NICs elevadas taxas de crescimento nos anos 60 / : Produto/trabalhador Coreia (20% dos EUA) - Com crescimento (e aumento produtividade) => aumento salarial - Se crescimento da produtividade > aumento salarial (custos do trabalho cairiam, comparados com EUA) => Aumentos de produtividade se refletem em aumentos salariais 9

10 Estabelecimento do modelo Os dois países consomem e podem produzir um grande número, N, de bens diferentes. a L1 / a* L1 < a L2 / a* L2 < a L3 / a* L3 <... < a Ln / a* Ln Salários relativos e especialização O padrão do comércio depende da taxa de salários do Local em relação ao Estrangeiro (Resto do Mundo). Os bens sempre serão produzidos onde isso for mais barato. Por exemplo, será mais barato produzir bens no Local se wa Li < w * a * Li ou, rearranjando-se, se a * Li/a Li > w/w *. 10

11 Tabela 2-4: Necessidades unitárias de trabalho do Local e do Estrangeiro Local terá vantagem de custo para qualquer bem que sua produtividade relativa seja maior que seu salário relativo. Estrangeiro terá vantagem na produção dos demais Se, por exemplo, w/w * = 3, o Local produzirá maçãs, bananas e caviar, enquanto o Estrangeiro produzirá apenas tâmaras e enchiladas (tortilhas mexicanas). 11

12 GANHOS COM COMÉRCIO Se, por exemplo, w/w * = 3, o Local produzirá maçãs, bananas e caviar, enquanto o Estrangeiro produzirá apenas tâmaras e enchiladas (tortilhas mexicanas). Uma unidade de tâmaras requer 12 hs de trabalho Estrangeiro, mas seu custo (em termos de trabalho local) é de apenas 4 homens-hora => CUSTO MENOR DO QUE PRODUZIR NO LOCAL (6 horas) Uma unidade de maçãs requer 10 hs de trabalho Estrangeiro, mas se importar com apenas 3 hs de trabalho pode adquirir uma maçã. 12

13 COMO DETERMINAR O SALÁRIO RELATIVO? Para determinar os salários relativos em uma economia multibens, devemos olhar por trás da demanda relativa por bens (i.e., a demanda derivada relativa). A demanda relativa pelo trabalho do Local é inversamente proporcional à taxa de salário do Local em relação ao Estrangeiro. Quanto maior w / w* => Bens locais se tornam relativamente mais caros (queda da demanda mundial por esses bens) => Redução do número de bens produzidos no local 13

14 Se w/w* = 3,5 Local (w.a Li ) Estrangeiro (w*.a* Li ) Local de Produção Maçã 3,5 10 LOCAL Banana 17,5 40 LOCAL Caviar 10,5 12 LOCAL Tâmara 21,0 12 ESTRANGEIRO Enchilada 42 9 ESTRANGEIRO EMBORA NÃO ALTERE O PADRÃO DE ESPECIALIZAÇÃO, AUMENTO SALARIAL => REDUÇÃO DA DEMANDA RELATIVA MUNDIAL E, POR ISSO, DEMANDA TRABALHO LOCAL DIMINUIRIA Se w/w* = 3,99 Local (w.a Li ) Estrangeiro (w*.a* Li ) Local de Produção Maçã 3,99 10 LOCAL Banana 19,95 40 LOCAL Caviar 11,97 12 LOCAL Tâmara 23,94 12 ESTRANGEIRO Enchilada 47,88 9 ESTRANGEIRO 14

15 Se w/w* = 4,01 Local (w.a Li ) Estrangeiro (w*.a* Li ) Local de Produção Maçã 4,01 10 LOCAL Banana 20,04 40 LOCAL Caviar 12,03 12 ESTRANGEIRO Tâmara 24,06 12 ESTRANGEIRO Enchilada 48,12 9 ESTRANGEIRO SE O SALÁRIO DO PAÍS LOCAL CONTINUAR A AUMENTAR EM RELAÇÃO AO ESTRANGEIRO, MUDA O PADRÃO DE ESPECIALIZAÇÃO!! 15

16 Figura 2-5: Determinação dos salários relativos Salário relativo, w / w * 10 Maçãs Bananas 8 OR ,75 Caviar Tâmaras Enchiladas DR Quantidade relativa de trabalho, L / L * 16

17 Há três motivos principais pelos quais a especialização na economia internacional do mundo real não chega a extremos: A existência de mais de um fator de produção. Os países algumas vezes protegem suas indústrias da concorrência estrangeira. É caro transportar bens e serviços. A inclusão de custos de transporte faz com que alguns produtos se tornem bens não comercializáveis. Em alguns casos, o transporte é praticamente impossível. Exemplo: Serviços como corte de cabelo e conserto de automóveis não podem ser comercializados internacionalmente. 17

18 Exemplo anterior, se w/w* = 3, Local exportará maçã, banana e caviar (NA AUSÊNCIA DE CUSTOS DE TRANSPORTE). Porém, se custo de transporte = 100% Local (w.a Li ) Estrangeiro (w.a Li ) Quem Produz? Com custo de Transporte Quem Produz? Maçã 3 10 Local 6 Local Banana Local 30 Local Caviar 9 12 Local 18 Loc / Est Tâmaras Estrangeiro 24 Loc / Est Enchilada 36 9 Estrangeiro 18 Estrangeiro 18

19 Modelo é adequado ao mundo real? Faz projeções precisas sobre os fluxos reais do comércio internacional? SIM, FORTEMENTE QUALIFICADO Especialização extrema não se observa: bens não comercializáveis Ganhos generalizados. Porém, comércio internacional => efeitos distributivos => PROTEÇÃO Não considera diferenças de recursos entre países como uma causa do comércio Ignora papel das economias de escala (não adequado para explicar comércio entre países semelhantes em termos de produtividade) 19

20 PORÉM, diversos estudos confirmaram prognóstico de que os países tenderiam a exportar bens cuja produtividade é relativamente alta. Figura 2-6: Produtividade e exportações (Estudo de Balassa, 1963 dados de 1951) 20

21 Evidências empíricas em estudos mais recentes são menos contundentes (países não produzem bens nos quais detêm desvantagens comparativas não há como calcular produtividade), porém, algumas evidências: a) comércio automóveis e autopeças: Japão (vantagens absolutas) b) têxteis (vantagens relativas dos PEDs) 21

22 DIFERENÇAS DE PRODUTIVIDADE desempenham um papel importante no comércio internacional; VANTAGENS COMPARATIVAS, em vez de absolutas, é que importam 22

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