Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa CURSO DE MESTRADO EM DIREITO E SEGURANÇA. Sofia Santos:

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1 Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa CURSO DE MESTRADO EM DIREITO E SEGURANÇA Sofia Santos: sofiasantos@ymail.com 1

2 Tópicos da sessão: I. Primeiros passos rumo a uma política europeia de segurança e defesa 1. A Comunidade Europeia de Defesa (1952) 2. Tratado de Maastricht (1992) 3. Tratado de Amesterdão (1997) II. Tratado de Nice (2001): A consolidação jurídica da PESD III. Tratado de Lisboa (2007): A Política Comum de Segurança e Defesa - a gestão civil de crises 2

3 Tratado de Maastricht 3

4 Estrutura de Pilares 4

5 Título V do TUE - Disposições relativas à política externa e de segurança comum Art. J.1 nº 1: A União e os seus Estados-membros definirão e executarão uma política externa e de segurança comum ( ) Objetivos: preservar a paz, reforçar a segurança internacional, promover a cooperação internacional e desenvolver e consolidar a democracia, o Estado de Direito, o respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais (Art. J.1, nº 2) Art. J.4, nº 1: definição, a prazo, de uma política de defesa comum que poderá conduzir, no momento próprio, a uma defesa comum Art. J. 4, nº 4: UEO é parte integrante do desenvolvimento da UE na área da defesa 5

6 Tratado de Amesterdão 6

7 Art. J.7/17º, nº 1 do TUE: A política externa e de segurança comum abrange todas as questões relativas à segurança da União, incluindo a definição gradual de uma política de defesa comum, nos termos do disposto no segundo parágrafo que poderá conduzir a uma defesa comum, se o Conselho Europeu assim decidir ( ) UEO braço armado da União: UEO faz parte integrante do desenvolvimento da União, proporcionando à União o acesso a uma capacidade operacional, nomeadamente no âmbito do n.º 2. A UEO apoia a União na definição dos aspetos da política externa e de segurança comum relativos à defesa, tal como definidos no presente artigo. Assim, a União incentivará o estabelecimento de relações institucionais mais estreitas com a UEO, na perspetiva da eventualidade de integração da UEO na União, se o Conselho Europeu assim o decidir 7

8 - Art. J.7/17º, nº 2 incorpora as missões de Petersberg: As questões a que se refere o presente artigo incluem missões humanitárias e de evacuação, missões de manutenção da paz e missões de forças de combate para a gestão de crises, incluindo missões de restabelecimento da paz. o Alto Representante da União (Art. J.6/Art. 16º) o célula de planificação da PESC ou unidade de planeamento da política e de alerta precoce (Declaração nº 6) 8

9 o Cimeira Franco-Britânica de Saint-Malo (1998) o Conselho Europeu de Colónia (1999) o Conselho Europeu de Helsínquia (1999) o Conselho Europeu de Santa Maria da Feira (2000) 9

10 Tratado de Nice 10

11 A consolidação jurídica da PESD 1) Política Europeia de Segurança e Defesa 2) Comité Político e de Segurança (COPS) 3) estabelecimento de estruturas militares permanentes: o Comité Militar da União Europeia (CMUE) o Estado-Maior da União Europeia (EMUE) 4) Comité para os Aspetos Civis da Gestão de Crises (Committee for Civilian Aspects of Crisis Management) (CIVCOM) 11

12 o Estratégia Europeia de Segurança Uma Europa segura num mundo melhor (2003) - diretrizes no sentido da União europeia ser capaz de cumprir a sua função como ator político-securitário - identifica as principais ameaças à segurança comum: terrorismo, proliferação de armas de destruição maciça, conflitos regionais, colapso de estados e criminalidade organizada. - objetivos: implementação de medidas/políticas que permitam face a essas ameaças, fortalecimento da segurança nos estados vizinhos e o desenvolvimento de uma ordem internacional assente no multilateralismo eficaz ( o Relatório sobre a Execução de Estratégia Europeia de Segurança Garantir a Segurança num Mundo em Mudança (2008) - avaliação da implementação da estratégia com uma proposta de atualização dos objetivos e ambições da UE para a próxima década - conteúdos e objetivos da estratégia reforçados, inclusão da cibersegurança e questões climáticas ( 12

13 A Cooperação UE-NATO o Cimeira da NATO em 1999 e o Conselho Europeu de Nice em 2000 criaram as bases para a cooperação o parceria estratégica foi formalizada em 2002 através da European Union-NATO Declaration on European Security and Defence Policy o Acordos de Berlim Plus (2003) - no decoupling, no duplication, no discrimination (Madeleine Albright) - acesso garantido às capacidades de planeamento da NATO para as operações lideradas pela UE - disponibilização dos recursos e capacidades da NATO para as operações civis e militares lideradas pela UE - acordos para consulta - desde 2005: NATO Permanent Liason Team no Comité Militar da UE - desde 2006: Célula da UE no SHAPE 13

14 A cooperação UE - Nações Unidas o Tratado de Maastricht - objetivo: manutenção da paz e o reforço da segurança internacional, de acordo com os princípios da Carta das Nações Unidas o Estratégia Europeia de Segurança (2003) o Declaração Conjunta (2003) o Relatório sobre a Execução da Estratégia Europeia de Segurança (2008) 14

15 As operações e missões da União Europeia terminadas 15

16 DISPOSIÇÕES RELATIVAS À POLÍTICA COMUM DE SEGURANÇA E DEFESA (Arts. 42º-46º do TUE) o substitui a Política Europeia de Segurança e Defesa o Art. 42º, nº 1: política comum de segurança e defesa garante à União uma capacidade operacional apoiada em meios civis e militares. A União pode empregá-los em missões no exterior a fim de assegurar a manutenção da paz, a prevenção de conflitos e o reforço da segurança internacional ( ) e Art. 43º, nº 1 o Art. 42º, nº 3: com vista à execução da política comum de segurança e defesa, os Estados-Membros colocam à disposição da União capacidades civis e militares de modo a contribuir para os objetivos definidos o Art. 42º, nº 5 - delegação da execução de uma missão a um grupo de Estados por parte do Conselho que disponha de meios civis e militares 16

17 Atores relevantes na gestão civil de crises: 1) COPS 2) Comité para os Aspetos Civis da Gestão de Crises 3) Civilian Planning and Conduct Capability (CPCC) 4) Crisis Management and Planning Directorate (CMPD) 5) Agência Europeia de Defesa 17

18 As operações e missões da União Europeia (Outubro 2014): a gestão civil de crises 18

19 Missões civis: Objetivos da missão: EUMM Georgia desde 2008 EUPOL Afghanistan desde 2007 contribuir para a estabilidade na Geórgia e na região contribuir para o estabelecimento de policiamento sustentável e eficaz por parte das autoridades afegãs e de acordo com os padrões internacionais, através de monitorização, orientação, aconselhamento e treino das forças EUCAP Nestor desde 2012 missão de treino a nível regional com o objetivo de fortalecer as capacidades marítimas de oito Estados no Corno de África e no Oceano Índico EUSEC RD Congo desde 2005 proporciona aconselhamento e assistência relativo à reforma da defesa com o objetivo de assistir as autoridades congolesas no estabelecimento de um mecanismo de defesa capaz de garantir a segurança da população 19

20 Missões civis: Objetivos da missão: EUCAP Sahel Niger desde 2012 EUBAM Rafah desde 2005 EUPOL COPPS desde 2006 missão de treino, orientação e assistência para contribuir para o fortalecimento das capacidades do Niger monitorizar, verificar e avaliar as ações da Autoridade Palestiniana relativamente à implementação dos princípios acordados relativamente ao Ponto de Passagem de Rafah e desenvolvimento da capacidade de controlo fronteiriço proporciona apoio à Autoridade Palestiniana no estabelecimento sustentável e eficaz de policiamento e no setor da justiça 20

21 Missões civis: Objetivos da missão: EULEX Kosovo desde 2008 EUAM Ukraine desde 2014 EUBAM Libya desde 2013 EUCAP Sahel Mali desde 2014 apoiar as autoridades Kosovares na área do estabelecimento de um estado de direito com um enfoque especial na área do poder judiciário apoio na reforma do setor de segurança pedido das autoridades ucranianas. A missão focará inicialmente no apoio à elaboração de novas estratégias de segurança e implementação célere das reformas apoio à melhoria e ao desenvolvimento do controlo fronteiriço aconselhamento estratégico e treino das forças de segurança interna do Mali 21