A Experimentação Investigativa no Ensino de Química: Reflexões. partir do PIBID FRANCIELLE DA SILVA BORGES ISIS LIDIANE NORATO DE SOUZA CURITIBA 2013
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1 A Experimentação Investigativa no Ensino de Química: Reflexões de práticas experimentais a partir do PIBID FRANCIELLE DA SILVA BORGES ISIS LIDIANE NORATO DE SOUZA CURITIBA 2013
2 PIBID- Programa Institucional de Iniciação à Docência Relato de Experiência de Práticas docentes no PIBID, subprojeto de Química 2009 da UFPR. Experimentação investigativa no Ensino de Química. 2
3 Introdução Aplicação de aulas experimentais investigativas, a qual leva o indivíduo a refletir criticamente sobre uma situação problema no sentido de solucioná-la. As aulas experimentais foram: Interações Intermoleculares e Acidez Estomacal em duas turmas do 1º ano, período diurno. E Cinética Química foi realizado em uma turma do 2º ano do Ensino Médio, período noturno. Participaram destas atividades aproximadamente 90 alunos em um colégio público da região central de Curitiba, Paraná. 3
4 Como se define Experimentação Investigativa? O ensino por investigação, de acordo com Guedes (2010), objetiva-se em levar os alunos a pensar, debater, justificar ideias e também, aplicar seus conhecimentos em diversas situações. A atividade para ser considerada investigativa precisa suscitar ao aluno a tomada de atitudes, tais como, curiosidade, iniciativa, criticidade e habilidades como raciocínio, astúcia, flexibilidade e argumentação. Desse modo, através da abordagem investigativa, o aluno mobiliza-se para buscar soluções para o problema proposto, de maneira a pensar, agir, interferir e questionar, tornando assim, autônomo e ativo, e não apenas um mero observador (GUEDES, 2010). 4
5 A experimentação Investigativa Conforme Francisco Jr. (2008), a observação sistematizada, por meio da experimentação, seguida por uma sequência lógica de procedimentos, constitui o método científico, utilizado para confirmar ou refutar uma hipótese inicial. Apesar da ampla utilização do método científico, ele mostra-se insuficiente para a melhora do processo ensino-aprendizagem em ciências, pois a utilização do método científico como única ferramenta de ensino desvaloriza quaisquer conhecimentos prévios dos alunos, focando apenas em seguir roteiros e observar experimentos (FRANCISCO Jr, 2008). Dessa forma, fica em segundo plano o desenvolvimento de habilidades científicas como refletir, formular hipóteses e desenvolver a cooperação e a comunicação entre os alunos (FRANCISCO Jr, 2008). 5
6 Como realizar a Experimentação Problematizadora? Delizoicov(apud. JESUS, 2011), propõem três momentos pedagógicos para a experimentação, nos quais dão suporte para a construção do conhecimento do aluno.são eles: Problematização inicial; organização do conhecimento e aplicação do conhecimento. No Primeiro momento = sugere-se a emersão de um problema a partir da realidade do aluno, além de estímulos de questionamentos por parte do professor com o intuito de analisar conceitos iniciais dos alunos, bem como suas explicações sobre os fenômenos em estudo. Segundo Momento = organização do conhecimento, na qual o professor interage com o aluno através do experimento. O objetivo é alcançar a compreensão científica do fenômeno investigado. Nesse momento valoriza-se a construção do pensamento que estão sendo desenvolvidas pelos alunos, através da escrita. Terceiro momento= aplicação do conhecimento com o intuito de analisar se os alunos possuem capacidade para mobilizar os saberes de novos contextos em investigação (JESUS, 2011). 6
7 Desenvolvimento EXPERIMENTAÇÃO INVESTIGATIVA: INTERAÇÕES INTERMOLECULARES Primeiro Momento: Em sua opinião, por que o O 2 e o CO 2 são gases a temperatura ambiente, enquanto a água e a gasolina são líquidas? A indagação acima citada visou valorizar o pensamento reflexivo dos estudantes acerca dos conceitos químicos aprendidos na sala de aula, como também os fazer refletir sobre suas experiências vividas do cotidiano (FRANCISCO JR, 2008). Duração: 10 minutos. Segundo Momento: levantamentos das respostas, diálogo e a mediação do conhecimento. Colocadas as fórmulas moleculares e estruturais do gás oxigênio, do gás carbônico, da água e da gasolina e iniciaram-se explicações como interações, polaridades, solubilidade, entre outros. Foram construídas também, moléculas a partir do modelo atômico de plástico, para haver maior entendimento das estruturas tridimensionais. Realização do Experimento. 7
8 Desenvolvimento EXPERIMENTAÇÃO INVESTIGATIVA: INTERAÇÕES INTERMOLECULARES Tabela 1 Interações Intermoleculares Experimentos Misturas Observação 1 Água+ óleo Sistema Heterogêneo 2 3 Água + açúcar Sistema Homogêneo Gasolina+ água Sistema Heterogêneo 4 Gasolina + isopor Sistema Homogêneo 5 Água+ álcool Sistema Homogêneo Fonte: FRANCISCO JR. W, Química Nova na Escola, nº 29, agosto, Duração: 30 minutos 8
9 Desenvolvimento EXPERIMENTAÇÃO INVESTIGATIVA: INTERAÇÕES INTERMOLECULARES Terceiro Momento: Momento de extrapolação Os alunos preencheram a questão colocada inicialmente e levantaram outros questionamentos de polaridades, associando como exemplo, o fato de graxas e tintas não saírem da mão com água e de assuntos como adulteração da gasolina. Duração: 10 minutos. 9
10 Considerações Finais O professor pode observar e corrigir erros conceituais que os alunos possuíam sobre os conteúdos já estudados. Dessa maneira, a experimentação investigativa serviu como uma ferramenta de avaliação de aprendizagem. Através dos três momentos pedagógicos, os alunos e alunas conseguiram realizar a sua construção do conhecimento científico em estudo. Assim foi possível às associações dos conceitos químicos com fatos do cotidiano (exemplo, as extrapolações pertencentes ao terceiro momento das atividades experimentais investigativas). 10
11 Referências Bibliográficas FRANCISCO JR, W. E. Uma abordagem problematizadora para o ensino de interações intermoleculares e conceitos afins. Revista Química Nova na Escola, nº 29, agosto, Disponível em: < Acesso em: 16 de maio de FRANCISCO JR, W. E.; F., L. H.; H. R. Experimentação Problematizadora: Fundamentos Teóricos e Práticos para a aplicação em salas de aula de ciências. Revista Química Nova na Escola, nº 30, novembro, Disponível através do site: < pdf>.Acessoem:16demaiode2013. GUEDES, S. S. Experimentação no ensino de ciências: atividades problematizadas e interações dialógicas. Dissertação (Mestrado Profissional) Universidade de Brasília, Brasília, Disponível em: < o/02suzana_souza_guedes.pdf>. Acesso em: 16 de maio de JESUS, E. M.; VELOSO, L. A.; MACENO, N. G.; GUIMARÃES, O. M. A experimentação problematizadora na perspectiva do aluno: um relato sobre o método. Ciência em Tela, volume 4, número 1, Disponível em: < >. Acesso em: demaiode2013.
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