Professor. Flávio Magno

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1 APOSTILA PARA A DISCIPLINA Desenho Técnico CURSO Técnico em Automação e Mecânica Industrial Professor Flávio Magno 1ª edição 2º semestre de 2011

2 Índice 1. INTRODUÇÃO FIGURAS PLANAS LINHAS ÂNGULOS BISSETRIZ MEDIATRIZ POLÍGONOS TRIÂNGULOS QUADRILÁTEROS POLÍGONOS REGULARES CÍRCULOS CIRCUNFERÊNCIAS DIAGONAIS ALTURAS DE FIGURAS PLANAS SÓLIDOS GEOMÉTRICOS USO DOS INSTRUMENTOS CALIGRAFIA TÉCNICA NORMA NBR SEQÜÊNCIA DE OPERAÇÕES FORMATOS NORMA NBR DIMENSÕES DA LEGENDA MARGEM E QUADRO DOBRAMENTO DE FOLHAS LEGENDAS LINHAS CONVENCIONAIS NORMA NBR LARGURA DAS LINHAS ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS TIPOS DE LINHAS TERMINAÇÃO DAS LINHAS DE CHAMADAS TIPOS E EMPREGOS LINHAS PARA ARESTAS E CONTORNOS VISÍVEIS LINHAS PARA ARESTAS E CONTORNOS NÃO VISÍVEIS Automação e Mecânica Industrial [2]

3 LINHAS DE CENTRO E EIXO DE SIMETRIA LINHAS DE COTA LINHAS DE CHAMADA OU EXTENSÃO LINHAS DE CORTE LINHAS PARA HACHURAS LINHAS DE RUPTURAS LINHAS PARA REPRESENTAÇÕES SIMPLIFICADAS GEOMETRIA DESCRITIVA PONTO DE VISTA PROJEÇÃO ORTOGONAL EM TRÊS PLANOS PROJEÇÃO DE UM PONTO PROJEÇÃO DE UM SEGMENTO DE RETA PROJEÇÃO DE UMA FIGURA PLANA PROJEÇÃO DE UM SÓLIDO DIEDROS PROJEÇÃO ORTOGONAL NO 1 O DIEDRO PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA DO PRISMA RETANGULAR VISTA FRONTAL VISTA SUPERIOR VISTA LATERAL REBATIMENTO DOS PLANOS DE PROJEÇÃO PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA DE MODELOS PROJEÇÃO ORTOGONAL NO 3º DIEDRO CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS ESBOÇO DESENHO DE CONJUNTO DESENHO DE COMPONENTE PERSPECTIVA PERSPECTIVA ISOMÉTRICA PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE CIRCUNFERÊNCIAS E DE ARCOS DE CIRCUNFERÊNCIA LINHAS NÃO ISOMÉTRICAS PERSPECTIVA CAVALEIRA ESCALAS TIPOS E EMPREGOS ESCALAS USUAIS Automação e Mecânica Industrial [3]

4 16. SUPRESSÃO DE VISTAS SINAIS CONVENCIONAIS SINAL INDICATIVO DE DIÂMETRO - φ SINAL INDICATIVO DE QUADRADO DIAGONAIS CRUZADAS SINAIS CONVENCIONAIS INDICATIVOS DE PERFILADOS COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO NORMA NBR APLICAÇÃO MÉTODO DE EXECUÇÃO LIMITE DA LINHA DE COTA APRESENTAÇÃO DA COTAGEM DISPOSIÇÃO E APRESENTAÇÃO DA COTAGEM INDICAÇÕES ESPECIAIS ELEMENTOS REPETIDOS CHANFROS E ESCAREADOS OUTRAS INDICAÇÕES CORTES INTERPRETAÇÃO DO CORTE NORMA NBR ALGUMAS REGRAS SOBRE OS CORTES CORTE TOTAL CORTE TOTAL LONGITUDINAL CORTE TOTAL HORIZONTAL CORTE TOTAL TRANSVERSAL CORTE EM DESVIO MEIO CORTE CORTE PARCIAL CORTE REBATIDO SUPERFÍCIES FINAS EM CORTE OMISSÃO DE CORTE SEÇÕES SEÇÃO TRAÇADA SOBRE A PRÓPRIA VISTA SEÇÕES TRAÇADAS FORA DAS VISTAS RUPTURAS ROTAÇÃO DE DETALHES OBLÍQUOS VISTAS AUXILIARES VISTA AUXILIAR SIMPLIFICADA Automação e Mecânica Industrial [4]

5 21. VISTAS PARCIAIS CONJUNTOS MECÂNICOS INTERPRETAÇÃO DA LEGENDA DESENHO DE COMPONENTE INTERPRETAÇÃO DO DESENHO DE COMPONENTE BIBLIOGRAFIA Automação e Mecânica Industrial [5]

6 1-INTRODUÇÃOO Quando vamos executar uma determinada peça na oficina de nossa escola ou na indústria, necessitamos receber todas informações e dados sobre a mesma. Estas informações poderiam ser apresentadas de várias formas, tais como: 1. Descrição verbal da peça 2. Fotografia da peça 3. Modelo da peça 4. Desenho técnico da peça Se analisarmos cada uma destas formas, veremos que nem todas proporcionam as informações indispensáveis para a execução da peça, senão, vejamos: 1. Uma Descrição Verbal não é bastante para transmitir as idéias de forma e dimensões de uma peça, mesmo que ela não seja muito complicada. Se experimentarmos descrever, usando somente o recurso da palavra, um objeto, de maneiraa que outra pessoa o execute, concluiremos que isto é praticamente impossível. 2. A Fotografia transmite relativamente bem a idéia da parte exterior da peça, mas não mostra seus detalhes internos e nem suas dimensões. Logo, a fotografia também não resolve o nosso problema. 3. O Modelo resolve, até certo ponto, alguns problemas. Nem todos, porém. Por exemplo, se tivéssemos que transportar uma peça de grande tamanho, para reproduzi-la pelo modelo... Além disso, a peça pode estar sendo projetada, não existindo ainda um modelo da mesma. 4. Desenho Técnico pode transmitir, com clareza, precisão e de maneira simples, todas as idéias de forma e dimensões de uma peça. Além disso, há uma série de outras informações necessárias que somente o desenho pode dar, tais como: o material de que é feita a peça, os acabamentos de sua superfície, as tolerâncias de suas medidas etc. Portanto, o conhecimento de Desenho Técnico é indispensável a todos aqueles que necessitam executar tarefas que sejam de ajustagem, tornearia, marcenaria, eletricidade etc. O Desenho Técnico é usado na indústria pelos engenheiros, projetistas, desenhistas, mestres e operários qualificados, como uma linguagem técnica universal, pela qual Automação e Mecânica Industrial [6]

7 se expressam e registram idéias e dados para a construção de móveis, máquinas e estruturas. Sendo uma linguagem gráfica universal, o Desenho Técnico possui normas específicas para o seu traçado e interpretação. Estas normas são elaboradas por entidades especializadas que padronizam e normalizam o seu emprego. No Brasil, a ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas padronizou as normas, que fixam as condições gerais que devem ser observadas na execução dos desenhos técnicos e representações convencionais. Para que o emprego do desenho técnico se torne fácil e preciso, recorre-se ao uso de instrumentos apropriados, chamando-se, neste caso, Desenho com Instrumentos. Quando executado à mão, sem o auxílio de instrumentos, denominase Desenho à Mão Livre ou Esboço. Segundo a norma NBR que regulariza os termos utilizados no desenho técnico um esboço é Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais de elaboração de um projeto, podendo, entretanto, servir ainda à representação de elementos existentes ou à execução de obras. Já um croqui é definido como sendo Desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado normalmente à mão livre e contendo todas as informações necessárias à sua finalidade. O nosso objetivo é estudar e exercitar a linguagem universal do desenho técnico, a fim de expressá-la e escrevê-la com clareza, bem como interpretá-la quando escrita por outrem. Automação e Mecânica Industrial [7]

8 2. Figuras Planas 2.1. Linhas reta curva quebrada mista horizontal vertical inclinada paralelas B oblíqua perpendicular A segmento de reta - AB linha poligonal 2.2. Ângulos α < 90 α > 90 α = 90 α > 180 agudo obtuso reto raso α α α α α ângulo de 360 ângulo central β α + β = 90 α α α + β = 180 β α α + β = 360 complementares suplementares β replementares Automação e Mecânica Industrial [8]

9 2.3. Bissetriz B A α r D Bissetriz - AD β α = β C 2.4. Mediatriz C Mediatriz C-D A O B AO = OB D 2.5. Polígonos lados e ângulos iguais lados e ângulos diferentes polígono regular polígono irregular 2.6. Triângulos equilátero isósceles escaleno retângulo Automação e Mecânica Industrial [9]

10 2.7. Quadriláteros quadrado retângulo trapézio paralelogramo losango 2.8. Polígonos regulares pentágono sextavado octógono heptágono 2.9. Círculos A B O círculo Circunferências setor circular segmento circular coroa circular setor de coroa circular Circunferência Circunf. Concêntricas Circunf. Excêntricas Circunf. Exteriores Circunferêcias Secantes Circunf. Tangentes Interiores Circunf. Tangentes Exteriores Automação e Mecânica Industrial [10]

11 cun Linhas das Cirncunferências Circunferêcias Circunscrita Circunferêcias Inscrita Diagonais Quadrado Retângulo Losango Trapézio Alturas de Figuras Planas OBS. : A altura é sempre perpendicular à base. Automação e Mecânica Industrial [11]

12 3. Sólidos geométricos cubo (barra quadrada) paralelepípedo (barra chata) barra triangular cilindro (barra redonda) tronco de cilindro barra pentagonal barra sextavada Barra Oitavada * Pirâmide (base sextavada) Tronco de pirâmide Cone Tronco de Cilindro Esfera Anel Alongado cone oco (elo oblongo) (tubos) *Nota: A pirâmide pode ser classificada segundo sua base, então teremos pirâmide de base triangular, quadrangular, pentagonal,sextavada, etc. Automação e Mecânica Industrial [12]

13 4. Uso dos instrumentos Automação e Mecânica Industrial [13]

14 5. Caligrafia técnica 5.1. Norma NBR 8402 Esta norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e documentos semelhantes. As principais exigências na escrita em desenhos técnicos são: a) legibilidade; b) uniformidade; c) adequação à microfilmagem e a outros processos de reprodução. Para preencher os requisitos acima devem ser observadas as seguintes regras: Os caracteres devem ser claramente distinguíveis entre si, para evitar qualquer troca ou algum desvio mínimo da forma ideal. Para a microfilmagem e outros processos de reproduçãoo é necessário que a distância entre caracteres (a) corresponda, no mínimo, à duas vezes a largura da linha (d), conforme Figura e Tabela abaixo. Para facilitar a escrita, deve ser aplicada a mesma largura de linha para letras maiúsculas e minúsculas. Os caracteres devem ser escritos de forma que as linhas se cruzem ou se toquem, aproximadamente, em ângulo reto. Automação e Mecânica Industrial [14]

15 Exemplo de letra: Automação e Mecânica Industrial [15]

16 5.2. Seqüência de operações Verticais Automação e Mecânica Industrial [16]

17 Inclinadas Normas para o traçado de Letras e Algarismos: 1 As letras e algarismos usados em legendas ou anotações podem ser verticais ou inclinadas para a direita, adotando neste caso, um ângulo de inclinação com a linha de base de aproximadamente de 75 o. 2 Para o traçado rápido e execução perfeita das letras e algarismos a mão livre, devemos fazer pautas a lápis com linhas quase invisíveis, e seguir as seqüências de operações para a execução das mesmas. Automação e Mecânica Industrial [17]

18 6. Formatos 6.1. Norma NBR Esta Norma padroniza as características dimensionais das folhas em branco e préhorizontal (ver Figura impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos. As folhas de desenhos podem ser utilizadas tanto na posição 1) como na vertical (ver Figura 2). Figura 1: Folha na horizontal Figura 2: Folha na vertical O formato da folha recortada da série "A" é considerado principal (ver Tabela abaixo). Designação A0 A1 A2 A3 A4 Dimensões 841 X X X X X 297 O formato básico para desenhos técnicos é o retângulo de área igual a 1 m 2 e de lados medindo 841 mm x 1189 mm, isto é, guardando entre si a mesma relação que x 1 existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal = y Dimensões da legenda A posição da legenda deve estar dentro do quadro para desenho de tal forma que contenha a identificação do desenho (número de registro, título, origem, etc.); deve estar situado no canto inferior direito, tanto nas folhas posicionadas horizontalmente (ver Figura 1) como verticalmente (ver Figura 2). A direção da leitura da legenda deve corresponder à do desenho. Por conveniência, o número de registro do desenho pode estar repetido em lugar de destaque, conforme a necessidadee do usuário. A legenda deve ter 178 nos formatos A1 e A0. mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, e 175 mm Automação e Mecânica Industrial [18]

19 Margem e quadro Margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O quadro limita o espaço para o desenho (ver Figura 6). As margens esquerda e direita, bem como as larguras das linhas, devem ter as dimensões constantes na Tabela 2. A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento. Automação e Mecânica Industrial [19]

20 Dobramento de folhas Automação e Mecânica Industrial [20]

21 7. Legendas Toda folha (formato 2AO, AO, A1, A2, A3) desenhada deve levar no canto inferior direito um quadrado destinado à legenda. Na folha formato A4, a legenda fica na parte inferior, ao longo da largura. As legendas nos desenhos industriais, de um modo geral, não são normalizadas, pois variam de acordo com as necessidades internas da firma, mas todas elas devem ter obrigatoriamente os seguintes itens: a) Nome da firma ou empresa; b) Título do desenho; c) Escala em que foi desenhado; d) Número da folha ou desenho; e) Número do desenho de conjunto ou referência; f) Datas e assinatura dos responsáveis pela execução, verificação e aprovação; g) Lista de materiais que é composta de: Posição das peças dentro do conjunto; Quantidade para fabricação; Tipo de material de cada peça; Dimensão real ou em bruto; Nome das peças; Pesos reais e totais. Exemplos de legenda POS QUANT MATERIAL DIMENSÕES DENOMINAÇÃO PESO KG Desenhista Projetista NOME DA EMPRESA Escalas Des. Referência Controle De. Conjunto n TÍTULO DO DESENHO Aprovação Desenho n Automação e Mecânica Industrial [21]

22 Obs. n 01 - A lista de materiais normalmente fica sobre a legenda e as posições são colocadas em ordem crescente de baixo para cima, mas em casos especiais, a lista de materiais poderá estar ao lado esquerdo das legendas em forma de faixas. Obs. n 02 Recomenda-se colocar o ângulo de projeções. No exemplo acima temos o símbolo do 1 diedro. Automação e Mecânica Industrial [22]

23 8. Linhas Convencionais Os tipos de linhas e suas respectivas larguras são definidas pela norma NBR Norma NBR 8403 Esta Norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes Largura das linhas A relação entre as larguras de linhas largas e estreita não deve ser inferior a 2. As larguras das linhas devem ser escolhidas, conforme o tipo, dimensão, escala e densidade de linhas no desenho, de acordo com o seguinte escalonamento: 0,13(1);0,18(1); 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00 mm. Para diferentes vistas de uma peça, desenhadas na mesma escala, as larguras das linhas devem ser conservadas Espaçamento entre linhas O espaçamento mínimo entre linhas paralelas (inclusive a representação de hachuras) não deve ser menor do que duas vezes a largura da linha mais larga, entretanto recomenda-se que esta distância não seja menor do que 0,70 mm. Ordem de prioridade de linhas coincidentes Se ocorrer coincidência de duas ou mais linhas de diferentes tipos, devem ser observados os seguintes aspectos, em ordem de prioridade (ver Figura 2): 1)arestas e contornos visíveis (linha contínua larga, tipo de linha A); 2)arestas e contornos não visíveis (linha tracejada, tipo de linha E ou F); 3)superfícies de cortes e seções (traço e ponto estreitos, larga nas extremidades e na mudança de direção; tipo de linha H); 4)linhas de centro (traço e ponto estreita, tipo de linha G); 5)linhas de centro de gravidade (traço e dois pontos, tipo de linha K); 6)linhas de cota e auxiliar (linha contínua estreita, tipo de linha B). Automação e Mecânica Industrial [23]

24 Tipos de linhas Automação e Mecânica Industrial [24]

25 Terminação das linhas de chamadas As linhas de chamadas devem terminar: a) sem símbolo, se elas conduzem a uma linha de cota; b) com um ponto, se termina dentro do objeto representado; c) com uma seta, se ela conduz e ou contorna a aresta do objeto representado Tipos e empregos Quando à espessura, as linhas devem ser: Grossas Médias Finas A espessura da linha média deve ser a metade da linha grossa e a espessura da linha fina, metade da linha média Linhas para arestas e contornos visíveis São de espessura grossa e de traço contínuo. Figura Linhas para arestas e contornos não visíveis São de espessura fina e tracejadas Figura 10 Automação e Mecânica Industrial [25]

26 Linhas de centro e eixo de simetria São de espessura fina e formadas por traços e pontos. Figura Linhas de Cota São de espessura fina, traço contínuo, limitadas por setas nas extremidades. Figura Linhas de chamada ou extensão São de espessura fina e traço contínuo. Não devem tocar o contorno do desenho e prolongam-se além da última linha de cota que limitam. Figura 13 Automação e Mecânica Industrial [26]

27 Linhas de corte São de espessura fina, formada por traços e pontos e grossas no inicio e fim e nas mudanças de direção. Servem para indicar cortes e seções Linhas para hachuras São de espessura fina, traço contínuo, geralmente inclinadas a 45º e mostram as partes cortadas da peça. Servem também para indicar o material de que a peça é feita, de acordo com as convenções recomendadas pela ABNT NBR12298 Figura 15 Figura Linhas de rupturas São de espessura estreita, traço contínuo e sinuoso e servem para indicar pequenas rupturas e cortes parciais. Figura Figura Automação e Mecânica Industrial [27]

28 Linhas para representações simplificadas São de espessura e, traço contínuo e servem para indicar o fundo de filetes de roscas e de dentes de engrenagens. Figura 19 Figura 20 Automação e Mecânica Industrial [28]

29 9. Geometria descritiva A relação estabelecida entre o objeto no espaço (tridimensional) no plano (bidimensional) é uma operação geométrica PROJEÇÃO Ponto de vista e sua representação que denominamos Quando um observador vê uma figura, seus olhos vêem uma única imagem. Sem discrepância, então o órgão visual fica reduzido a um ponto geométrico designado por P.V., cujo projeção no geometral é um ponto P.V Projeção ortogonal em três planos Projeção de um ponto Automação e Mecânica Industrial [29]

30 Projeção de um segmento de reta Projeção de uma figura plana Projeção de um sólido Automação e Mecânica Industrial [30]

31 Na projeção cilíndrica ortogonal, as projetantes são paralelas entre si e perpendiculares ao plano de projeção. Automação e Mecânica Industrial [31]

32 Na projeção de um sólido em três planos, consideram-se três planos principais: P.V. (Plano Vertical) Vista frontal ou elevação. P.H. (Plano Horizontal) Vista superior ou planta. P.L. (Plano Lateral) Vista lateral ou perfil. Automação e Mecânica Industrial [32]

33 10. Diedros Cada diedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si. Os diedros são numerados no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário ao do movimento dos ponteiros do relógio. Figura 21 Atualmente, a maioria dos países que utilizam o método de projeção ortográfica no 1º diedro diedro. No Brasil, a ABNT recomenda a representação no 1º diedro diedro. Entretanto, alguns países, como por exemplo os Estados Unidos e o Canadá, representam seus desenhos técnicos no 3º diedro. Ao ler e interpretar desenhos técnicos, o primeiro cuidado que se deve ter é identificar em que diedro está representado o modelo. Esse cuidade é importante para evitar o risco de interpretar errado as características do objeto. No desenho não se representam as linhas de referências, nem se escrevem os nomes das vistas. Deve-se, porém, indicar o diedro em que é feita a representação, de modo a permitir a identificação das vistas pelas suas posições relativas. Essa indicação se faz, seja escrevendo 1º DIEDRO ou 3º DIEDRO, seja utilizando os símbolos na legenda. O símbolo ao lado indica que o desenho técnico está representado no 1º diedro diedro. Este símbolo aparece no canto inferior direito da folha de papel dos desenhos técnicos, dentro da legenda. Quando o desenho técnico estiver representado no 3º diedro diedro, você verá este outro símbolo: Automação e Mecânica Industrial [33]

34 11. Projeção ortogonal no 1 o diedro Uma peça que estamos observando ou mesmo imaginando, pode ser desenhada (representada) num plano. A essa representação gráfica dá-se o nome de projeção. O plano é denominado plano de projeção e a representação da peça recebe o nome de projeção. Figura 22 Podemos obter as projeções através de observações feitas em posições determinadas. Podemos, então, ter várias vistas da peça. A projeção ortográfica de um modelo em um único plano algumas vezes não representa o modelo ou partes dele em verdadeira grandeza. Mas, para produzir um objeto, é necessário conhecer todos os seus elementos em verdadeira grandeza. Por essa razão, em desenho técnico, quando tomamos sólidos geométricos ou objetos tridimensionais como modelos, costumamos representar sua projeção ortográfica em mais de um plano de projeção. No Brasil, onde se adota a representação no 1º diedro, além do plano vertical e do plano horizontal, utiliza-se um terceiro plano de projeção: o plano lateral. Esse plano é, ao mesmo tempo, perpendicular ao plano vertical e ao plano horizontal. Figura 23 Automação e Mecânica Industrial [34]

35 11.1. Projeção ortográfica do prisma retangular Para entender melhor a projeção ortográfica de um modelo em três planos de projeção você vai acompanhar, primeiro, a demonstração de um sólido geométrico - o prisma retangular em cada um dos planos, separadamente Vista frontal Imagine um prisma retangular paralelo a um plano de projeção vertical visto de frente por um observador, na direção indicada pela seta, como mostra a figura seguinte. Este prisma é limitado externamente por seis faces retangulares: duas são paralelas ao plano de projeção (ABCD e EFGH); quatro são perpendiculares ao plano de projeção (ADEH, BCFG, CDEF e ABGH). Traçando linhas projetantes a partir de todos os vértices do prisma, obteremos a projeção ortográfica do prisma no plano vertical. Essa projeção é um retângulo idêntico às faces paralelas ao plano de projeção. Figura 24 Imagine que o modelo foi retirado e você verá, no plano vertical, apenas a projeção ortográfica do prisma visto de frente. Figura 25 A projeção ortográfica do prisma visto de frente no plano vertical dá origem à vista ortográfica chamada vista frontal. Automação e Mecânica Industrial [35]

36 Vista superior A vista frontal não nos dá a idéia exata das formas do prisma. Para isso necessitamos de outras vistas, que podem ser obtidas por meio da projeção do prisma em outros planos do 1º diedro. Imagine, então, a projeção ortográfica do mesmo prisma visto de cima por um observador na direção indicada pela seta, como aparece na próxima figura. Figura 26 A projeção do prisma, visto de cima no plano horizontal, é um retângulo idêntico às faces ABGH e CDEF, que são paralelas ao plano de projeção horizontal. Removendo o modelo, você verá no plano horizontal apenas a projeção ortográfica do prisma, visto de cima. Figura 27 A projeção do prisma, visto de cima no plano horizontal, determina a vista ortográfica chamada vista superior. Automação e Mecânica Industrial [36]

37 Vista lateral Para completar a idéia do modelo, além das vistas frontal e superior uma terceira vista é importante: a vista lateral esquerda. Imagine, agora, um observador vendo o mesmo modelo de lado lado, na direção indicada pela seta, como mostra a ilustração a próxima figura. Figura 28 Como o prisma está em posição paralela ao plano lateral, sua projeção ortográfica resulta num retângulo idêntico às faces ADEH e BCFG, paralelas ao plano lateral. Retirando o modelo, você verá no plano lateral a projeção ortográfica do prisma visto de lado, isto é, a vista lateral esquerda. Figura 29 Você acabou de analisar os resultados das projeções de um mesmo modelo em três planos de projeção. Ficou sabendo que cada projeção recebe um nome diferente, conforme o plano em que aparece representada: projeção do modelo no plano vertical dá origem à vista frontal; projeção do modelo no plano horizontal dá origem à vista superior; projeção do modelo no plano lateral dá origem à vista lateral esquerda. Automação e Mecânica Industrial [37]

38 11.2. Rebatimento dos planos de projeção Agora, que você já sabe como se determina a projeção do prisma retangular separadamente em cada plano, fica mais fácil entender as projeções do prisma em três planos simultaneamente, como mostra a figura seguinte. Figura 30 As linhas estreitas que partem perpendicularmente dos vértices do modelo até os planos de projeção são as linhas projetantes. As demais linhas estreitas que ligam as projeções nos três planos são chamadas linhas projetantes auxiliares. Estas linhas ajudam a relacionar os elementos do modelo nas diferentes vistas. Imagine que o modelo tenha sido retirado e veja como ficam apenas as suas projeções nos três planos: Figura 31 Mas, em desenho técnico, as vistas devem ser mostradas em um único plano. Para tanto, usamos um recurso que consiste no rebatimento dos planos de projeção Automação e Mecânica Industrial [38]

39 horizontal e lateral. Veja como isso é feito no 1º diedro: E o plano vertical, onde se projeta a vista frontal, deve ser imaginado sempre numa posição fixa; E para rebater o plano horizontal, imaginamos que ele sofre uma rotação de 90º para baixo, em torno do eixo de interseção com o plano vertical (Figura 32 e Figura 33). O eixo de interseção é a aresta comum aos dois semiplanos. Figura 32 Figura 33 Para rebater o plano de projeção lateral imaginamos que ele sofre uma rotação de 90º, para a direita, em torno do eixo de interseção com o plano vertical (Figura 34 e Figura 35). Figura 34 Figura 35 Automação e Mecânica Industrial [39]

40 Agora, você tem os três planos de projeção: vertical, horizontal e lateral, representados num único plano, em perspectiva isométrica, como mostra a Figura 35. Observe agora como ficam os planos rebatidos vistos de frente. Figura 36 Em desenho técnico, não se representam as linhas de interseção dos planos. Apenas os contornos das projeções são mostrados. As linhas projetantes auxiliares também são apagadas. Finalmente, veja como fica a representação, em projeção ortográfica, do prisma retangular que tomamos como modelo: Figura 37 A projeção A, representada no plano vertical, chama-se projeção vertical ou vista frontal; E a projeção B, representada no plano horizontal, chama-se projeção horizontal ou vista superior; E a projeção C, que se encontra no plano lateral, chama-se projeção lateral ou vista lateral esquerda. As posições relativas das vistas, no 1º diedro, não mudam: a vista frontal, que é a vista principal da peça, determina as posições das demais vistas; a vista superior aparece sempre representada abaixo da vista frontal; a vista lateral esquerda aparece sempre representada à direita da vista frontal. O rebatimento dos planos de projeção permitiu representar, com precisão o modelo de três dimensões (o prisma retangular) numa superfície de duas dimensões. Além disso, o conjunto das vistas representa o modelo em verdadeira grandeza, possibilitando interpretar suas formas com exatidão. Automação e Mecânica Industrial [40]

41 11.3. Projeção ortográfica de modelos Acompanhe, agora, a demonstração da projeção ortográfica de outro modelo com elementos paralelos (figura38). Este modelo prismático tem dois rebaixos laterais localizados na mesma altura e um rasgo central mais profundo. Observe a projeção da vista frontal. O rasgo central e os rebaixos estão representados pela linha para arestas e contornos visíveis: Figura 38 Figura 39 Veja, agora, a vista superior. Figura 40 Automação e Mecânica Industrial [41]

42 Todas as arestas que definem os elementos do modelo são visíveis de cima e estão representadas na vista superior pela linha para arestas e contornos visíveis. Por último, analise a projeçãoo da vista lateral esquerda. Figura 41 As projeções das arestass que formam os rebaixos são coincidentes. Essas arestas são representadas na vista lateral esquerda pela linha para arestas e contornos visíveis. As arestas que formam o rasgo central não são visíveis de lado, por isso estão representadas pela linha tracejada estreita. Analise as três vistas projetadas ao mesmo tempo nos três planos de projeção, comoo mostra a figura ao lado. Figura 42 Automação e Mecânica Industrial [42]

43 Observe as vistas ortográficas do modelo após o rebatimento dos planos de projeção. Você pode identificar, na figura abaixo, a linha para arestas e contornos visíveis e a linha para arestas e contornos não visíveis. Automação e Mecânica Industrial [43]

44 12. Projeção ortogonal no 3º diedro Nos Estados Unidos e Canadá, convencionou-se usar as projeções com disposição diferente das vistas, sendo esse sistema chamado de projeção no 3º diedro. É importante o conhecimento desse tipo de representação, visto existir no Brasil grande número de indústrias de ordem norte-americana e canadense. Figura 44 Observa-se que a vista de cima fica acima da vista de frente, enquanto que as laterais direta e esquerda ficam, respectivamente, à direita e à esquerda da vista de frente. Comparações entre as Projeções Ortogonais do 1º e 3º Diedro Figura 45 Automação e Mecânica Industrial [44]

45 Figura 46 Figura 47 Figura 48 Automação e Mecânica Industrial [45]

46 13. Classificação dos desenhos Segundo a norma NBR os desenhos podem ser classificados como: Esboço Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais de elaboração de um projeto, podendo, entretanto, servir ainda à representação de elementos existentes ou à execução de obras. Algumas definições estão presentes no cotidiano e não são abordados pela norma. Automação e Mecânica Industrial [46]

47 13.2. Desenho de conjunto Segundo a norma NBR é o desenho mostrando reunidos componentes, que se associam para formarr um todo Desenho de componente É o desenho de um ou vários componentes representados separadamente, também chamado de detalhamento. Automação e Mecânica Industrial [47]

48 14. Perspectiva O desenho em perspectiva mostra o objeto como ele aparece aos olhos do observador. Dá a idéia clara por apresentar diversas faces do objeto. Sendo um desenho ilustrativo, a perspectiva é facilmente compreensível aos leigos, o que não acontece com o desenho técnico. Compare as figuras abaixo Perspectiva isométrica A perspectiva isométrica (medidas iguais) é das mais simples e eficientes. Parte de três eixos a 120, sobre os quais se marcam as medidas reais da peça. Automação e Mecânica Industrial [48]

49 Automação e Mecânica Industrial [49]

50 Perspectiva isométrica de circunferências e de arcos de circunferência São geralmente representados pela elipse isométrica, cujo traçado oferece exatidão suficiente para trabalhos comuns. Automação e Mecânica Industrial [50]

51 Linhas não isométricas As linhas não paralelas aos eixos isométricos são chamadas linhas não isométricas. Estas linhas não se apresentam em perspectiva nas suas verdadeiras grandezas e devem ser traçadas através de linhas isométricas auxiliares, como mostra o exemplo abaixo: Perspectiva cavaleira Outro tipo de perspectiva empregado em desenho técnico, para auxiliar a representação e visualização das peças, é a perspectiva cavaleira. Esta perspectiva caracteriza-se por sempre representar a peça como vista de frente. As medidas horizontais e verticais, na perspectiva cavaleira, não sofrem redução. Automação e Mecânica Industrial [51]

52 O ângulo a, na perspectiva cavaleira, pode ser de 30º, 45º ou 60º º. A medida marcada nesta linha inclinada sofrerá redução de 1/3 quando o ângulo for de 30º, 1/2 quando o ângulo for de 45º e 2/3 quando for de 60º. Este tipo de perspectiva é empregado com vantagem quando a peça apresenta superfícies curvas. Vejamos o exemplo do cilindro abaixo pelos dois tipos de perspectiva. Na isométrica, o círculo é representado por uma oval e na cavaleira, por um círculo. Automação e Mecânica Industrial [52]

53 15. Escalas Tipos e empregos Os desenhos que utilizamos em oficinas, para orientar a construção de uma peça, nem sempre podem ser executados com os valores reais das medidas da peça. Por exemplo: é impossível representar no desenho uma mesa de três metros de comprimento em seu tamanho real, como é também difícil ou quase impossível representar em seu tamanho natural uma peça para relógio, com três milímetros de diâmetro. O recurso será, então, reduzir ou ampliar o desenho, conservando a proporção da peça a ser executada. Em todos estes casos, isto é, desenhando na mesma medida, reduzindo ou ampliando, estaremos empregando escalas. Escala é, portando, a relação entre as medidas do desenho e a da peça Escalas usuais Quando o desenho for do mesmo tamanho da peça ou quando tiver as mesmas dimensões indicadas nas cotas, teremos a escala natural. A escala natural é indicada da seguinte forma: Escala 1:1, que se lê Escala um por um. Figura 49 O exemplo acima mostra o desenho de um punção de bico com todas as indicações necessárias à sua execução na oficina. Note que, devido ao seu tamanho, foi possível desenhar em escala natural. Quando o desenho de uma peça for efetuado em tamanho menor do que o tamanho da própria peça, estaremos usando escala de redução. Note que, embora reduzindo o tamanho, as cotas conservaram as medidas reais da peça. A escala de redução é indicada da seguinte forma: Automação e Mecânica Industrial [53]

54 Escala 1:2, que se lê Escala um por dois. No exemplo abaixo, o desenho está duas vezes menor que os valores das cotas. Figura 50 As escalas de Redução recomendadas pela ABNT são as seguintes: 1:2 1:5-1: :100 Quando o desenho de uma peça for efetuado no tamanho maior do que esta, estaremos usando escala de ampliação. Note que as cotas conservaram, também, os valores reais da peça. A escala de ampliação é indicada da seguinte forma: Escala 2:1, que se lê escala dois por um, significando que o desenho é duas vezes maior que a peça. Figura 51 As escalas de ampliações recomendadas pela ABNT são as seguintes: 2:1 5:1 10: :1 A interpretação de uma escala em relação à razão numérica é feita da seguinte forma: Usam-se dois números; o primeiro refere-se ao desenho e o segundo, à peça. Automação e Mecânica Industrial [54]

55 O exemplo ao lado significa que 2 mm na peça, corresponde a 1 mm no desenho. A redução ou ampliação só terá efeito para o traçado do desenho, pois na cotagem colocaremos as medidas reais da peça. Em escalas, as medidas angulares não sofrem redução ou ampliação como as lineares, por exemplo. Seja qual for a escala empregada, um ângulo de 60º será representado com o mesmo valor. Figura 52 Figura 53 NOTAS: 1) A escala do desenho deve obrigatoriamente ser indicada na legenda. 2) Constando na mesma folha desenhos em escalas diferentes, estas devem ser indicadas tanto na legenda como junto aos desenhos a que correspondem. 3) Sempre que possível devemos desenhar em escala natural. Automação e Mecânica Industrial [55]

56 16. Supressão de vistas Quando representamos uma peça pelas suas projeções, usamos as vistas que melhor identificam suas formas e dimensões. Podemos usar três ou mais vistas, como também podemos usar duas vistas e, em alguns casos, até uma única vista. Nos exemplos abaixo estão representadas peças com duas vistas. Continuará havendo uma vista principal - vista de frente -, sendo escolhida como segunda vista aquela que melhor complete a representação da peça. Figura 54 Figura 55 Nos exemplos abaixo estão representadas peças por uma única vista. Nesse tipo de projeção, é indispensável o uso de símbolos. Figura 56 Figura 57 Agora você vai aprender a ler e interpretar desenhos técnicos de peças representadas em vista única. Automação e Mecânica Industrial [56]

57 As três vistas: frontal, superior e lateral esquerda transmitem a idéia de como o modelo é na realidade. Veja agora o mesmo modelo, representado em duas vistas. Mas, este mesmo modelo pode ser representado com apenas uma vista, sem qualquer prejuízo para sua interpretação. Veja. Desta vez o modelo foi epresentado em vista única. Apenas a vista frontal foi representada. Todas as cotas da peça foram indicadas. A largura da peça foi indicada pela palavra espessura abreviadaa (ESP), seguida do valor numérico correspondente. Acompanhe a interpretação da cotagem do modelo. AS cotas básicas são: comprimento = 60, alturaa = 35 e largura = 15 (que corresponde à cota indicada por: ESP 15). Uma vez que o modeloo é simétrico no sentido longitudinal, você já sabe que os elementos são centralizados. Assim, para definir os elementos, bastam as cotas de tamanho. O tamanho do rasgo passante fica determinado pelas cotas 10 e 15. Como o rasgo é passante, sua profundidade coincide com a largura da peça, ou seja, 15 mm. As cotas que definem os elementos oblíquos são: 16, 48, 8 e 15. Automação e Mecânica Industrial [57]

58 Analise outro desenho técnico em vista única. Como não é possível concluir, pela analise da vista frontal, se os furos são passantes ou não, esta informação deve vir escrita, em lugar que não atrapalhe a interpretação do desenho. Você notou que a indicação da espessura da peça foi representada fora da vista frontal? Isto porque a indicação da espessura da peça dentro da vista prejudicaria a interpretação do desenho. Com essas informações é possível interpretar corretamente o peça. desenho técnico da Sinais convencionais Sinais convencionais são usados nos desenhos com a finalidade de simplificar e facilitar sua leitura Sinal indicativo de diâmetro - φ Usado na indicação de partes cilíndricas e nas vistas onde a secção circular das mesmas não estejam bem caracterizadas. O sinal é colocado sempre antes dos algarismos. Automação e Mecânica Industrial [58]

59 Sinal indicativo de quadrado - Usado na indicação de elementos de forma quadrada. Exemplo: Diagonais cruzadas Duas diagonais cruzadas, traçadas com linha fina-cheia, são usadas na: Representação de espiga de secção quadrada: Representação de superfícies planas de peças cilíndricas: Automação e Mecânica Industrial [59]

60 Sinais convencionais indicativos de perfilados Estes sinais são empregados sempre antes da designação de bitola nos materiais perfilados. Automação e Mecânica Industrial [60]

61 17. Cotagem em desenho técnico Os desenhos devem conter todas as cotas necessárias de maneira a permitir a completa execução da peça sem que para isso seja necessário recorrer à medição no desenho, o que não seria cômodo e nem adequado. A norma NBR10126 fixa os princípios gerais que devem ser usados na cotagem em todos os desenho técnicos Norma NBR Aplicação A aplicação das cotas deve ser conforme especificado a seguir: Toda cotagem necessária para descrever uma peça ou componente, clara e completamente, deve ser representada diretamente no desenho. A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais claramente o elemento. Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade (por exemplo, milímetro) para todas as cotas sem o emprego do símbolo. Se for necessário, para evitar mau entendimento, o símbolo da unidade predominante para um determinado desenho deve ser incluído na legenda. Onde outras unidades devem ser empregadas como parte na especificação do desenho (por exemplo, N.m. para torque ou kpa para pressão), o símbolo da unidade apropriada deve ser indicado com o valor. Cotar somente o necessário para descrever o objeto ou produto acabado. Nenhum elemento do objeto ou produto acabado deve ser definido por mais de uma cota. Exceções podem ser feitas: a) onde for necessário a cotagem de um estágio intermediário da produção (por exemplo: o tamanho do elemento antes da cementação e acabamento); b) onde a adição de uma cota auxiliar for vantajosa. Não especificar os processos de fabricação ou os métodos de inspeção, exceto quando forem indispensáveis para assegurar o bom funcionamento ou intercambiabilidade. A cotagem funcional deve ser escrita diretamente no desenho (ver Figura 18.1) Ocasionalmente a cotagem funcional escrita indiretamente é justificada ou necessária. A Figura 18.2 mostra o efeito da cotagem funcional escrita indiretamente, aceitável, mantendo os requisitos dimensionais estabelecidos na Figura A cotagem não funcional deve ser localizada de forma mais conveniente para a produção e inspeção. Automação e Mecânica Industrial [61]

62 Figura 18.1 Figura Método de execução Incluem a linha auxiliar, linha de cota (NBR 8403) limite da linha de cota e a cota. Os vários elementos da cotagem são mostrados nas Figuras 18.3 e Linhas auxiliares e cotas São desenhadas como nas Figuras 18.3 e linhas estreitas contínuas, conforme NBR 8403, mostrado Linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota (ver Figuras 18.3 e 18.4). Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha de contorno e linha auxiliar. Figura 18.3 a Automação e Mecânica Industrial [62]

63 Figura b Figura 18.4 Linhas auxiliares devem ser perpendiculares ao elemento dimensionado, entretanto se necessário, pode ser desenhado obliquamente a este, (aproximadamente 60 ), porém paralelas entre si (ver Figura 18.5). Figura 18.5 A construção da intersecção de linhas auxiliares deve ser feita com o prolongamento desta além do ponto de intersecção (ver Figura 18.6). Figura 18.6 Linhas auxiliares e cota, sempre que possível, não devem cruzar com outras linhas (ver Figura 18.7). Automação e Mecânica Industrial [63]

64 Figura 18.7 A linha de cota não devee ser interrompida, mesmo que o elemento o seja (ver Figura 18.8). Figura 18.8 O cruzamento das linhas de cota e auxiliares devem ser evitados, porém, se isso ocorrer, as linhas não devem ser interrompidas no ponto de cruzamento. A linha de centro e a linha de contorno, não devem ser usadas como linha de cota, porém, podem ser usadas como linha auxiliar (ver Figura 18.9) ). A linha de centro, quando usada como linha auxiliar, deve continuar como linha de centro até a linha de contorno do objeto. Figura Limite da linha de cota A indicação dos limites da linha de cota é feita por meio de setas ou traços oblíquos. As indicações são especificadas como segue: Automação e Mecânica Industrial [64]

65 a) a seta é desenhada com linhas curtas formando ângulos de 15. A seta pode ser aberta, ou fechada preenchida (ver Figura 18.10); b) o traço oblíquo é desenhado com uma linha curta e inclinado a 45 (ver Figura 18.11); Figura Figura A indicação dos limites desenho. da linha de cota deve ter o mesmo tamanho num mesmo Somente uma forma da indicação dos limites da linha de cota deve ser usada num mesmo desenho. Entretanto, quando o espaço for mito pequeno, outra forma de indicação de limites pode ser utilizada (ver Figura 18.23). Quando houver espaço disponível, as setas de limitação da linha de cota devem ser apresentadas entre os limites da linha de cota (ver Figura 18.12). Quando o espaço for limitado as setas de limitação da linha de cota, podem ser apresentadas externamente no prolongamento da linha de cota, desenhado com esta finalidade (ver Figura 18.13). Figura Figura Automação e Mecânica Industrial [65]

66 Somente uma seta de limitação da linha de cota é utilizada na cotagem de raio (ver Figura 18.14). Pode ser dentro ou fora do contorno, (ou linha auxiliar) dependendo do elemento apresentado. Figura Apresentação da cotagem As cotas devem ser apresentadas em desenho em caracteres com tamanho suficiente para garantir completa legibilidade, tanto no original como nas reproduções efetuadas no microfilmes (conforme NBR 8402). As cotas devem ser localizadas de tal modo que elas não sejam cortadas ou separadas por qualquer outra linha. Existem dois métodos de cotagem mas somente um deles deve ser utilizado num mesmo desenho: a) método 1: - as cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas de cotas e preferivelmente no centro (ver Figura 18.15). Figura Exceção pode ser feita onde a cotagem sobreposta é utilizada (ver Figura 18.33). As cotas devem ser escritass de modo que possam ser lidas da base e/ou lado direito do desenho. Cotas em linhas de cotas inclinadas devem ser seguidas como mostra a Figura Automação e Mecânica Industrial [66]

67 Figura Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas nas Figuras e Figura Figura b) Método 2: - as cotas devem ser lidas da base da folha de papel. As linhas de cotas devem ser interrompidas, preferivelmente no meio, para inscrição da cota (ver Figuras e 18.20). Automação e Mecânica Industrial [67]

68 Figura Figura Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas nas Figuras e Figura A localização das cotas freqüentemente necessita ser adaptada às várias situações. Portanto, por exemplo, as cotas podem estar: a) no centro submetido da linha de cota, quando a peça é desenhada em meia peça (ver Figura 18.22). Figura b) sobre o prolongamento da linha de cota, quando o espaço for limitado (ver Figura 18.23); Automação e Mecânica Industrial [68]

69 Figura c) sobre o prolongamento horizontal da linha de cota, quando o espaço não permitir a localização com a interrupção da linha de cota não horizontal (ver Figura 18.24). Figura Cotas fora de escala (exceto onde a linha de interrupção for utilizada) deve ser sublinhada com linha reta com a mesma largura da linha do algarismo (ver Figura 18.25). Figura Os símbolos seguintes são usados com cotas para mostrar a identificação das formas e melhorar a interpretação de desenho. Os símboloss de diâmetro e de quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente indicada. Os símbolos devem preceder à cota (ver Figuras a 18.30). Automação e Mecânica Industrial [69]

70 Figura Figura Figura Figura Figura Disposiçãoo e apresentação da cotagem A disposição da cota no desenho deve indicar claramente a finalidade do uso. Geralmente é resultado da combinação de várias finalidades. Cotagem em cadeia Deve ser utilizada somente quando o possível acúmulo de tolerâncias não comprometer a necessidade funcional das partes. (Figura 18.31). Figura Automação e Mecânica Industrial [70]

71 Cotagem por elemento de referência Este método de cotagem é usado onde o número de cotas da mesma direção se relacionar a um elemento de referência. Cotagem por elemento de referência pode ser executada como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva. Cotagem em paralelo é a localização de várias cotas simples paralelas uma às outras e espaçadas suficientemente para escrever a cota (ver Figuras e 18.33). Figura Figura Cotagem aditiva é uma simplificação da cotagem em paralelo e pode ser utilizada onde há limitação de espaço e não haja problema de interpretação. A origem é localizada num elemento de referência e as cotas são localizadas na extremidade da linha auxiliar (ver Figura 18.33). Cotagem aditiva em duas direções pode ser utilizada quando for vantajoso. Neste caso, a origem deve ser como mostra a Figura Figura Quando os elementos estiverem próximos, quebramos as linhas auxiliares para permitir a inscrição da cota no lugar apropriado, como mostra a Figura Automação e Mecânica Industrial [71]

72 Figura Cotagem por coordenadas Pode ser mais prático reduzir-se a Tabela, como mostra a Figura do que a Figura Figura Coordenadas para pontos de intersecção em malhas nos desenhos de localização são indicadas como mostra a Figura Figura Coordenadas para pontos arbitrários sem a malha, devem aparecer adjacentes a cada ponto (ver Figura 18.38) ou na forma de tabela (ver Figura 18.39). Automação e Mecânica Industrial [72]

73 Figura Figura Cotagem combinada Cotagem simples, cotagem aditiva e cotarem por elemento combinadas no desenho (ver Figuras e 18.41). comum podem ser Figura Figura Indicações especiais Cordas, arcos, ângulos e raios As cotas de cordas, arcos e ângulos, devem ser como mostra a Figura Figura Quando o centro do arco cair fora dos limites do espaço disponível, a linha de cota do raio deve ser quebrada ou interrompida, conforme a necessidade de localizar ou não o centro do arco (ver Figura 18.14). Quando o tamanho do raio for definido por outras cotas, ele deve ser indicado pela linha de cota do raio com o símbolo R sem cota (ver Figura 18.43). Automação e Mecânica Industrial [73]

74 Figura Elementos eqüidistantess Onde os elementos equidistantes ou elementos uniformemente distribuídos são parte da especificação do desenho a cotagem pode ser simplificada. Espaçamento linear pode ser cotado como mostra a Figura Se houver alguma possibilidade de confusão, entre o comprimento do espaço e o número de espaçamentos, um espaço deve ser cotado como mostra a Figura Figura Figura Espaçamentos angulares de furos e outros elementos podem ser cotados como mostra a Figura Espaçamentos dos ângulos podem ser omitidos se não causarem dúvidas ou confusão (ver Figura 18.47). Automação e Mecânica Industrial [74]

75 Figura Figura Espaçamentos circulares podem ser cotados indiretamente, dando o número de elementos, como mostra a Figura Figura Elementos repetidos Se for possível definir a quantidade de elementos de mesmo tamanho e assim, evitar de repetir a mesma cota, eles podem ser cotados como mostram as Figuras e Figura Figura Automação e Mecânica Industrial [75]

76 Chanfros e escareados Chanfros devem ser cotados como mostra a Figura Nos chanfros de 45 a cotagem pode ser simplificada, como mostram as Figuras e Escareados são cotados conforme mostra a Figura Figura Figura 18.52Figura Figura Outras indicações Para evitar a repetição da mesma cota ou evitar chamadas utilizadas letras de referências, em conjunto com uma legenda 18.55). longas, podem ser ou nota (ver Figura Figura Em objetos simétricos epresentados em meio corte (ver Figura a)) ou meia vista (ver Figura b)) (ver NBR 10067), a linha de cota deve cruzar e se estender ligeiramente além do eixo de simetria. Automação e Mecânica Industrial [76]

77 Figura a Figura b Normalmente não se cota em conjunto, porém, quando for cotado, o grupo de cotas específico para cada objeto deve permanecer, tanto quanto possível, separados (ver Figura 18.57). Figura Algumas vezes, é necessário cotar uma área ou comprimento limitado de uma superfície, para indicar uma situação especial. Neste caso, a área ou o comprimento e sua localização, são indicados por meio de linha, traço e ponto larga, desenhada adjacente e paralela à face correspondente. Quando esta exigência especial se referir a um elemento de revolução, a indicação deve ser mostrada somente num lado (ver Figura 18.58). Automação e Mecânica Industrial [77]

78 Figura Quando a localização e a extensão da exigência especial necessitar de identificação, deve-se cotar aproximadamente, porém, quando o desenho mostrar claramente a sua extensão, a cotagem não é necessária (ver Figura 18.59). Figura Automação e Mecânica Industrial [78]

79 18. Cortes Os cortes são utilizados para representar de um modo claro os detalhes internos de uma peça, fazendo ressaltar ainda em um conjunto a posição de cada peça ou órgão que o constitui. A aplicação do corte em desenhos de peças e conjuntos tem três vantagens: 1. Facilitar a interpretação interna das peças ou do conjunto de peças. 2. Facilitar a colocação de cotas, evitando, assim, cotação em linhas tracejadas. 3. Identificar, por meio de hachuras, de que material é feita a peça (desenho de detalhes) ou as peças (desenho de conjunto) Interpretação do corte Para representarmos melhor o corte, observemos a figura n 53 abaixo, pois quando executamos um corte, o executamos imaginariamente. Na figura n 54, as partes atingidas pelo corte estão representadas com linhas finas nclinadas, chamadas linhas de hachuras. Figura 58 (Cotação desaconselhável) Observações Figura 59 Figura O corte é imaginário. 2. O sombreado, na projeção, corresponde à parte da peça que foi atingida pelo corte. A região não sombreada indica a não atingida. Automação e Mecânica Industrial [79]

80 Hachuras São traços eqüidistantess e paralelos que produzem em desenhoss e gravuras o efeito do sombreado. No desenho técnico, representamos as hachuras por meio de linhas finas inclinadas a 45 em relação à base da peça ou em relação ao seu eixo. Para cada material existee uma hachura convencional, conforme exemplos abaixo. No desenho abaixo, temos duas vistas de uma peça da qual só conseguimos interpretar a parte externa. Figura 61 Com apenas esses detalhes externos apresentados, é impossível a identificação correta da peça. Portanto, precisamos de mais detalhes. Automação e Mecânica Industrial [80]

81 Na figura abaixo, temos os detalhes externos representados por meio de contornos visíveis e os detalhes internos por contornos invisíveis (linhas tracejadas). Com tudo isso, ainda existe uma dificuldade para interpretar a forma de todas as peças. Portanto, temos de lançar mão de um outro recurso que possibilite mostrá-las com maior clareza e facilidade de interpretação. Figura 62 Esse recurso, chamado de corte total, usado nestas vistas, possibilitar uma perfeita interpretação e algumas vantagens, como: 1. maior clareza dos detalhes internos das peças; 2. quais os tipos de material de que constituem as peças; 3. melhor interpretação do funcionamento do conjunto; 4. número de peças que constituem o conjunto. Figura CORTE - AA Automação e Mecânica Industrial [81]

82 18.2. Norma NBR As hachuras, em uma mesma peça, são feitas sempre numa mesma direção. (ver Figura abaixo) As hachuras, nos desenhos de conjunto, em peças adjacentes, devem ser feitas em direções opostas ou espaçamentos diferentes. (ver Figura abaixo) As hachuras devem ser espaçadas em função da superfície a ser hachurada. O espaçamento mínimo para as hachuras é de 0,7 mm, conforme a NBR As hachuras, em área de corte muito grande. Podem ser limitadas à vizinhança do contorno, deixando a parte central em branco (ver Figura abaixo) As hachuras têm sempree a mesma direção, mesmo quando o corte de uma peça é executada por vários planos de corte paralelos (ver Figura abaixo). Automação e Mecânica Industrial [82]

83 Quando houver necessidade de representar dois elementos alinhados, manter a mesma direção das hachuras, porém com linhas desencontradass (ver Figura abaixo). As hachuras devem ser interrompidas quando da necessidadee de se inscrever na área hachurada (ver Figura abaixo). Automação e Mecânica Industrial [83]

84 18.3. Algumas regras sobre os cortes 1. O corte, de um modo geral, é sempre indicado em uma vista por meio de uma linha de corte acompanhada pelas letras AA, BB, CC... e representado em outra vista (figura acima). 2. Sempre que indicarmos em uma vista a linha de corte seguida das letras AA, BB, CC... embaixo da vista na qual é representada o corte, será escrita a expressão CORTE-AA, CORTE-BB, CORTE-CC, etc. 3. Em um mesmo formato, quando houver mais de uma peça cortada, as letras indicativas de corte AA, BB, CC, etc., não poderão se repetir. Cada vista cortada terá um tipo de indicação. 4. As letras indicativas de corte deverão seguir a mesma seqüência alfabética, começando de AA, BB, CC, DD, EE, FF, GG, HH, II, JJ... ZZ. 5. Quando cortamos ume peça, mostramos apenas o que vemos. Portanto, não mostramos nenhum detalhe oculto por meio de linhas tracejadas. 6. Quanto às hachuras, devem ficar inclinadas para a direita tratando-se de peças isoladas. Mas em se tratando de conjuntos, mesmo que sejam de mesmo material, o hachurado deve ser disposto em sentindo divergente, ou seja, para a direita e para a esquerda, conforme a Figura 63. Automação e Mecânica Industrial [84]

85 18.4. Corte total O corte total é aquele que corta toda a extensão de uma peça em uma só direção e sua direção pode ser no sentido vertical ou horizontal. Os cortes podem ser representados em qualquer das vistas do desenho técnico mecânico. A escolha da vista onde o corte é representado depende dos elementos que se quer destacar e da posição de onde o observador imagina o corte Corte Total Longitudinal Considere o modelo abaixo, visto de frente por um observador. Figura 64 Nesta posição, o observador não vê os furos redondos nem o furo quadrado da base. Para que estes elementos sejam visíveis, é necessário imaginar o corte. Imagine o modelo secionado, isto é, atravessado por um plano de corte, como mostra a ilustração. Figura 65 O plano de corte paralelo ao plano de projeção vertical é chamado plano longitudinal vertical. Este plano de corte divide o modelo ao meio, em toda sua extensão, atingindo todos os elementos da peça. Veja as partes em que ficou dividido o modelo atingido pelo plano de corte longitudinal vertical. Figura 66 Automação e Mecânica Industrial [85]

86 Observe novamente o modelo secionado e, ao lado, suas vistas ortográficas. Figura Corte Total Horizontal Como o corte pode ser imaginado em qualquer das vistas do desenho técnico, agora você vai aprender a interpretar cortes aplicados na vista superior. Imagine o mesmo modelo anterior visto de cima por um observador. Figura 68 Para que os furos redondos fiquem visíveis, o observador deverá imaginar um corte. Veja, a seguir, o modelo secionado por um plano de corte horizontal. Figura 69 Este plano de corte, que é paralelo ao plano de projeção horizontal, é chamado plano longitudinal horizontal. Ele divide a peça em duas partes. Com o corte, os furos redondos, que antes estavam ocultos, ficaram visíveis. Imagine que o modelo foi removido. Veja como fica a projeção do modelo no plano horizontal. Observe novamente o modelo secionado e, ao lado, suas vistas ortográficas. Automação e Mecânica Industrial [86]

87 Figura Corte Total Transversal Observe mais uma vez o modelo com dois furos redondos e um furo quadrado na base. Imagine um observador vendo o modelo de lado e um plano de corte vertical atingindo o modelo, conforme a figura a seguir. Figura 71 Observe na figura seguinte, que a parte anterior ao plano de corte foi retirada, deixando visível o furo quadrado. Figura 72 Finalmente, veja na próxima ilustração, como ficam as projeções ortográficas deste modelo em corte. Automação e Mecânica Industrial [87]

88 Figura 73 O plano de corte, que é paralelo ao plano de projeção lateral, recebe o nome de plano transversal. Na vista lateral, o furo quadrado, atingido pelo corte, aparece representado pela linha para arestas e contornos visíveis. As partes maciças, atingidas pelo corte, são representadas hachuradas Corte em desvio Toda peça tem um eixo principal que pode ser horizontal ou vertical e, normalmente, a direção do corte passaa por um desses eixos, mas pode também, quando isso se fizer necessário, mudar de direção (corte em desvio) para passar por detalhes situados fora do eixo e que devem ser mostrados também em corte. OBS: A mudança de direção do corte é feita mediante dois ângulos (observe as figuras abaixo). traços grossos em Figura 74 Em determinadas situações, para mostrar todos os detalhes internos de uma peça, é necessário aplicar mais de um plano de cotre em desvio, como se observa no exemplo abaixo. Figura Automação e Mecânica Industrial [88]

89 18.6. Meio corte Tratando-se de uma peça ou de um conjunto simétrico, é sempre vantajoso representá-los em meio corte. O meio corte tem a vantagem de indicar em uma só vista a parte interna e externa da peça ou conjunto mas tem o inconveniente de não se poderem cotar com clareza alguns detalhes internos. Este corte se faz imaginariamente, eliminando ¼ da peça ou conjunto de peças e representando em uma outra vista os ¾ que restaram. Figura 76 Figura Corte parcial É o corte que se representa sobre parte de uma vista para indicar algum detalhe interno da peça, evitando, às vezes, o corte total ou meio corte. OBS: Quando aplicamos o corte parcial em uma vista, as partes internas não atingidas pelo corte deverão ser mostradas em linhas tracejadas e o contorno da parte cortada é feito por uma linha de ruptura de grossura média. Figura 78 Automação e Mecânica Industrial [89]

90 18.8. Corte rebatido A projeção normal de peças que tenham partes ou detalhes situados fora dos eixos horizontais e verticais, além de deformar os elementos, torna difícil a interpretação. Para evitar tais dificuldades, criou-se o corte rebatido, que consiste no deslocamento em rotação dessas partes para o eixo principal (horizontal ou vertical). Quando aplicamos o corte rebatido, imaginariamente fazemos com que os detalhes desloquem para o eixo horizontal ou vertical e aplicamos o corte como se fosse total longitudinal ou total transversal Superfícies finas em corte Vistas em corte de peças muito estreitas, tais como juntas, guarnições gaxetas, tubulações ou perfis de estruturas metálicas quando em escalas reduzidas, em vez de hachuradas serão enegrecidas por completo. Se coincidirem várias superfícies enegrecidas, uma com a outra, a separação será feita por uma junta chamada linha de luz. Figura 93 Automação e Mecânica Industrial [90]

91 Omissão de corte Para melhor interpretação de certos elementos de máquinas, e de alguns detalhes de peças mecânicas, foi criada uma regra no desenho técnico mecânico, que se chama omissão de corte. Assim, veja como ficou o desenho abaixo. Figura 79 Portanto, pinos, contra pinos, eixos, rebites, parafusos, porcas, contra porcas, arruelas, esferas e roletes de rolamento, chavetas, nervuras, braços de polias, volantes e rodas dentadas, não devem ser desenhadas em corte no sentido longitudinal, mesmo situadas no plano de corte. Figura 80 Figura 82 Automação e Mecânica Industrial [91]

92 Figura 81 Figura 84 Figura 83 Figura 86 Figura 85 Automação e Mecânica Industrial [92]

93 Seções Teoricamente podemos imaginar que a secção e o corte tem a mesma finalidade, mas isto não é verdade pois cada um possui regras próprias; enquanto o corte é usado para representar detalhes internos de uma peça, a secção é usada para mostrar o perfil da mesma ou de uma de suas partes. Em alguns casos é aconselhável fazer o uso da secção, pois na sua representação, mostramos apenas a parte seccionada (cortada), enquanto que o corte, mostramos além da parte cortada todos os detalhes externos não atingidos pelo plano de corte, mas que são visíveis na projeção. Compare as vistas ortográficas desta peça em corte e em seção. Figura Seção traçada sobre a própria vista A seção pode ser representada rebatida dentro da vista, desde que não prejudique a interpretação do desenho. Observe a próxima perspectiva em corte e, ao lado, sua representação em vista ortográfica, com a seção representada dentro da vista. Figura 88 Para representar o contorno da seção dentro da vista, usa-se a linha contínua estreita. A parte maciça é representada hachurada. Quando a seção aparece rebatida dentro das vistas do desenho técnico, ela não vem identificada pela palavra seção, seguida de letras do alfabeto. Na seção dentro das vistas também não aparece a indicação do plano de corte. Automação e Mecânica Industrial [93]

94 Seções traçadas fora das vistas No desenho técnico, as seções sucessivas também podem ser representadas: próximas da vista e ligadas por linha traço e ponto; em posições diferentes mas, neste caso, identificadas pelo nome. Figura Rupturas Automação e Mecânica Industrial [94]

95 Peças de perfis simples e uniforme porém longas, como chapas, barra chatas, barra redonda, tubos e perfilados de um modo geral, não precisam ser desnhados em formatos alongados e nem em escalas muito reduzidas, dificultando à interpretação e até mesmo a execução dos mesmos. O desenhos destas peças se faz aplicando uma representação convencional chamada ruptura. O desenho de peças usando rupturas, consiste em representar as peças numa escala maior, para isso quebra-se imaginariamente a peça nos dois extremos, removendo a parte quebrada e aproximando as extremidades. A sua verdadeira grandeza será dada por uma cota de preferência quebrada. OBS.: A parte removida da peça, não poderá ter nenhum detalhe importante para sua construção. Figura 90 As linhas de ruptura são contínuas de grossuras médias, desenhadas à mão-livre. Nos desenhos técnicos confeccionados à máquina, pode-se optar pela linha contínua estreita em ziguezague para representar os encurtamentos. Figura 91 Automação e Mecânica Industrial [95]

96 19. Rotação de detalhes oblíquos Rotação é um movimento giratório, um giro em torno de um eixo. A seguir, começaremos nosso estudo exercitando esse tipo de representação. A peça em perspectiva abaixo, um tipo de braço de comando, apresenta uma parte oblíqua. Observe, na próxima ilustração, a projeção ortográfica dessa peça em dois planos de projeção. Figura 94 Figura 95 Agora, analise a projeçãoo ortográfica nos planos rebatidos. Observe que o segmento AB, que determina a distância entre dois furos da peça, é maior na vista frontal do que na vista superior. Isso ocorre porque, na vista frontal, a parte oblíqua aparece epresentada em verdadeira grandeza. Figura 96 Figura 97 Automação e Mecânica Industrial [96]

97 Na vista superior a parte oblíqua aparece encurtada. O mesmo ocorre com o segmento CD (diâmetro da parte cilíndrica), que na vista frontal é representado em verdadeira grandeza e na vista superior aparece menor que na vista frontal. Para que os segmentos AB e CD sejam representados em verdadeira grandeza, também na vista superior, é necessário imaginar a rotação da parte oblíqua. Observe a ilustração a seguir, que mostra a rotação da parte oblíqua. Figura 98 A rotação é imaginada de modo que a parte oblíqua fique sobre o eixo principal da peça e paralela ao plano de projeção, que neste exemplo é o horizontal. Agora veja o que acontece quando a parte oblíqua em rotação é representada na vista superior. Compare o tamanho dos segmentos: AB e CD da parte oblíqua na vista frontal e na vista superior. Após a rotação, a parte oblíqua passou a ser representada em verdadeira grandeza, na vista superior. Note a linha de centro que atravessa a parte oblíqua, na vista frontal. É a existência dessa linha de centro que facilita a rotação da parte oblíqua. No desenho técnico, a vista onde a rotação é imaginada, é representada normalmente. Automação e Mecânica Industrial [97]

98 20. Vistas auxiliares Existem peças que têm uma ou mais faces oblíquas em relação aos planos de projeção. Veja alguns exemplos. Figura 99 A projeção normal (Verical ou Horizontal) de peças que tenham partes ou detalhes inclinados (oblíquos), além de deformarem os elementos, torna-se difícil a interpretação. Para evitar tais dificuldades, criou-se vistas auxiliares, que consiste em projetar paralelamente a parte inclinada, obtendo-se assim a forma real do detalhe. OBS: Uma superfície só se apresenta com sua verdadeira forma, quando projetada sobre um plano que lhe é paralelo. Figura 101 Figura 1000 Automação e Mecânica Industrial [98]

99 20.1. Vista Auxiliar Simplificada A vista auxiliar simplificada, pela facilidade de sua interpretação, é da maior importância no desenho de mecânica. Tem por objetivo, tornar mais fácil a construção dos desenhos, economizando tempo e espaço. Entretanto a sua interpretação nem sempre é tão fácil aos que se uniciam a arte de ler desenho técnico. Consiste em representar a peça em vista única e, por meio de linhas finas, complementar o desenho com os detalhes que não ficaram esclarecidos na vista apresentada. OBS: Só podermos aplicar as vistas auxiliares simplificadas, quando as vistas ou detalhes apresentados forem simétricos. Figura 102 Automação e Mecânica Industrial [99]

100 21. Vistas parciais Certas peças, embora simples, necessitam, devido a pequenos detalhes, mais de uma vista para sua inteira interpretação. A representação dessas peças pode ser simplificada, deixando-se de desenhar a segunda vista por inteiro, mas rebatendo apenas o detalhe no qual não ficou bem interpretado na vista principal. Casos usuais de vistas parciais Figura 103 Figura 104 Figura 105 Automação e Mecânica Industrial [100]

101 22. Conjuntos mecânicos O desenho de conjunto representa um grupo de peças montadas, como: dispositivos, ferramentas, máquinas, motores, equipamentos, etc. A finalidade do desenho de conjunto é mostrar as interligações entre as peças, orientar a montagem e esclarecer o funcionamento. No conjunto, normalmente, não deve ser colocada a cotagem das peças. Cada peça do conjunto deve ser representada em um desenho separado, com todas as vistas, cotagem e símbolos necessários para sua fabricação. O conjunto consiste um desenho e da legenda que deve abaixo do desenho, onde o número das peças aparecem em ordem crescente de baixo para cima. a de vir Os conjuntos mecânicos, geralmente, são desenhados de duas formas: Desenho de detalhe as peças são desenhadas separadamente. Automação e Mecânica Industrial [101]

102 Desenho de conjunto as peças são desenhadas em conjunto, dando uma idéia de montagem. Nos exemplos abaixo, estão desenhados detalhes e conjuntoo de uma chave de fenda de hastes permutáveis (extraídos da CBC de tornearia). Automação e Mecânica Industrial [102]

103 A escolha das vistas para os desenhos de conjuntos obedece aos mesmos princípios usados nas projeções das peças. As peças componentes de um conjunto são identificadas, no desenho, por números colocados dentro de pequenas circunferências. Nos desenhos de conjuntos, existe uma tabela, colocada acima do rótulo, que indica a quantidade, o número, o nome e o material de cada peça, além de outras informações que se fizerem necessárias. O exemplo abaixo e o grampo fixo. da folha seguinte mostram o conjuntoo e os detalhes do Automação e Mecânica Industrial [103]

104 O grampo fixo é uma ferramenta utilizada para fixar peças temporariamente. As peças a serem fixadas ficam no espaço a (ver na figura). Esse espaço pode ser reduzido ou ampliado, de acordo com o movimento rotativo do manípulo (peça nº 4) que aciona o parafuso (peça nº 3) e o encosto móvel (peça nº 2). Quando o espaço a é reduzido, ele fixa a peça e quando aumenta, solta a peça. O desenho de conjunto é representado, normalmente, em vistas ortográficas. Cada uma das peças que compõem o conjunto é identificada por um numeral. O algarismo do número deve ser escrito em tamanho facilmente visível. Observe esse sistema de numeração na representação ortográfica do grampo fixo. Você notou que a numeração das peças segue o sentido horário? Os numerais são ligados a cada peça por linhas de chamada. As linhas de chamada são representadas por uma linha contínua estreita. Sua extremidade termina com um ponto quando toca a superfície do objeto. Quando toca a aresta ou contorno do objeto, termina com seta. Uma vez que as peças são desenhadas da mesma maneira como devem sermontadas no conjunto, fica fácil perceber como elas se relacionam entre si e assim deduzir o funcionamento de cada uma. Geralmente, o desenho de conjunto em vistas ortográficas não aparece cotado. Mas, quando o desenho de conjunto é utilizado para montagem, as cotas básicas podem ser indicadas. Automação e Mecânica Industrial [104]

105 O desenho de conjunto, para montagem, pode ser representado em perspectiva isométrica, como mostra a ilustração seguinte. Por meio dessa perspectiva você tem a idéia de como o conjuntoo será montado. Outra maneira de representar o conjunto é através do desenho de perspectiva não montada. As peças são desenhadas separadas, mas permanecee clara a relação que elas mantêm entre si. Esse tipo de representação é também chamado perspectiva explodida. Veja a seguir. Geralmente, os desenhos em perspectiva são raramente usados para fornecer informações para a construção de peças. O uso da perspectiva é mais comum nas revistas e catálogos técnicos. A partir do próximo capítulo, você aprenderá a interpretar desenhos para execução de conjuntos mecânicos em projeções ortográficas, que é a forma de representação empregada nas indústrias. O conjunto mecânico que será estudado primeiramente é o grampo fixo. Automação e Mecânica Industrial [105]

106 22.1. Interpretação da legenda Veja, a seguir, o conjunto do grampo fixo desenhado numa folha de papel normalizada. No desenho para execução, a legenda é muito importante. A legenda fornece informações indispensáveis para a execução do conjunto mecânico. A legenda é constituída de duas partes: rótulo e lista de peças as. A disposição e o número de informações da legenda podem variar. Geralmente, as empresas criam suas próprias legendas de acordo com suas necessidades. A NBR /1987 normaliza apenas o comprimento da legenda. Automação e Mecânica Industrial [106]

107 É fácil interpretar a legenda do desenho de conjunto. Basta ler as informações que o rótulo e a lista de peças contêm. Automação e Mecânica Industrial [107]

108 Para facilitar a leitura do rótulo e da lista de peças, separadamente. vamos analisá-los Vamos começar pelo rótulo. As informações mais importantes do rótulo são: Nome do conjunto mecânico: grampo fixo. Tipo de desenho: conjunto (a indicação do tipo de desenho é sempre feita entre parênteses). Escala do desenho: 1:11 (natural). Símbolo indicativo de diedro: 1º diedro. Unidade de medida: milímetro. Outras informações que podem ser encontradas no rótulo do desenho de montagem são: Número do desenho (correspondente ao lugar que ele deve ocupar no arquivo). Nome da instituição responsável pelo desenho. Assinaturas dos responsáveis pelo desenho. Data da sua execução. Veja, a seguir, a lista de peças Todas as informações da lista de peças são importantes. A lista de peças informa: A quantidade de peças que formam o conjunto. A identificação numeral de cada peça. A denominação de cada peça. A quantidade de cada peça no conjunto. Os materiais usados na fabricação das peças. As dimensões dos materiais de cada peça. Acompanhe a interpretação da lista de peças do grampo fixo. O grampo fixo é composto de cinco peças. Automação e Mecânica Industrial [108]

109 Os nomes das peças que compõem o grampo fixo são: corpo, encosto móvel, parafuso, manípulo e cabeça. Para montagem do grampo fixo são necessárias duas cabeças e uma unidade de cada uma das outras peças. Todas as peças são fabricadas com aço ABNT Esse tipo de aço é padronizado pela ABNT. Os dois primeiros algarismos dos numerais 1010 e 1020 indicam o material a ser usado, que nesse caso é o aço-carbono. Os dois últimos algarismos dos numerais 1010 e 1020 indicam a porcentagem de carbono existente no aço. Nesse exemplo, a porcentagem de carbono pode variar entre 0,10 e 0,20%. Todas as peças do grampo fixo são fabricadas com o mesmo tipo de aço. Mas, as seções e as medidas do material de fabricação são variáveis. O que indica as variações das seções são os símbolos: Observe, na listas de peças, as indicações das seções: As seção do aço do corpo é retangular ( ). As seções dos aços do parafuso, do manípulo e das cabeças são circulares ( ). Já o símbolo # indica que o material de fabricação é chapa. O símbolo # acompanhado de um numeral indica a bitola da chapa. O encosto móvel é fabricado com aço e bitola 16. A espessura da chapa #16 corresponde a 1,52 mm Desenho de componente Desenho de componente é o desenho de uma peça isolada que compõe um conjunto mecânico. Desenho de detalhe é o desenho de um elemento, de uma parte de um elemento, de uma parte de um componente ou de parte de um conjunto montado. O desenho de componente dá uma descrição completa e exata da forma, dimensões e modo de execução da peça. O desenho de componente deve informar, claramente sobre a forma, o tamanho, o material e o acabamento de cada parte. Deve esclarecer quais as operações de oficina que serão necessárias, que limites de precisão deverão ser observados etc. Cada peça que compõe o conjunto mecânico deve ser representada em desenho de componente. Apenas as peças padronizadas, que não precisam ser executadas pois são compradas de fornecedores externos, não são representadas em desenho de componente. Automação e Mecânica Industrial [109]

110 Essas peças aparecem representadas apenas no desenho de conjunto e devem ser requisitadas com base nas especificações da lista de peças. Os desenhos de componentes também são representados em folha normalizada. A folha do desenho de componente também é dividida em duas partes: espaço para o desenho e para a legenda. A interpretação do desenho de componente depende da interpretação da legenda e da interpretação do desenho propriamente dito. Veja, a seguir, o desenho de componente da peça 2 do grampo fixo. Automação e Mecânica Industrial [110]

111 A legenda do desenho de componente é bastante parecida desenho de conjunto. com a legenda do Ela também apresenta rótulo e lista de peças. Examine, com atenção, a legenda do desenho de componentee da peça 2. Automação e Mecânica Industrial [111]

112 A interpretação do rótulo do desenho de componente é semelhante à do rótulo do desenho de conjunto. Uma das informações que varia é a indicação do tipo de desenho: componente em vez de conjunto. Podem variar, também, o número do desenho e os responsáveis por sua execução. Os desenhos de componente e de detalhe podem ser representados em escala diferente da escala do desenho de conjunto. Nesse exemplo, a peça 2 foi desenhada em escala de ampliação (2:1), enquanto que o conjunto foi representado em escala natural (1:1) Interpretação do desenho de componente Você já tem todos os conhecimentos necessários para fazer a interpretação completa do desenho de componente. Acompanhe a interpretação do desenho do encosto móvel, para recordar. O encosto móvel está representado com supressão de vistas. Apenas a vista frontal está representada. A vista frontal está representada em corte total. Analisando as cotas, percebemos que o encosto tem a forma de uma calota esférica, com um furo passante. A superfície interna do encosto tem a forma côncava. As cotas básicas do encosto são: diâmetro = 18 mm e altura = 4 mm. Automação e Mecânica Industrial [112]

113 O diâmetro do furo passante é de 6 mm. O raio da superfície esférica é de 12 mm. A espessura do encosto é de 1,52 mm e corresponde à espessura do Aço ABNT , bitola 16. O numeral 2, que aparece na parte superior do desenho, corresponde ao número da peça. O símbolo, ao lado do número 2, é o símbolo de rugosidade, e indica o estado de superfície que a peça deverá ter. O círculo adicionado ao símbolo básico de rugosidade indica que a superfície da chapa para o encosto deve permanecer como foi obtida na fabricação. Isto quer dizer que a remoção de material não é permitida. Não há indicações de tolerâncias específicas, pois trata-se de uma peça que não exige grande precisão. Apenas a tolerância dimensional geral foi indicada: ± 0,1. Acompanhe a interpretação dos desenhos das demais peças que formam o grampo fixo. Vamos analisar, em seguida, o desenho de componente da peça nº 1, que é o corpo. Veja a representação ortográfica do corpo em papel normalizado e siga as explicações, comparando-as sempre com o desenho. Automação e Mecânica Industrial [113]

114 Examinando o rótulo, vemos que o corpo está representado em escala natural (1:1), no 1º diedro. As medidas da peça são dadas em milímetros. Automação e Mecânica Industrial [114]

115 A lista de peças traz as mesmas informações já vistas no desenho de conjunto. O corpo está representado pela vista frontal e duas vistas especiais: vista de A e vista de B. A vista de A e a vista de B foram observadas conforme o sentido das setas A e B, indicadas na vista frontal. A vista frontal apresenta um corte parcial e uma seção rebatida dentro da sta. O corte parcial mostra o furo roscado. O furo roscado tem uma rosca triangular métrica normal. A rosca é de uma entrada. A vista de B mostra a saliência e o furo roscado da peça. A vista de A mostra a representação das estrias. O acabamento que o corpo receberá vem indicado pelo símbolo,que caracteriza uma superfície a ser usada. N9 indica a classe de rugosidade de todas as superfícies da peça. O afastamento geral é de ± 0,1. Agora, vamos interpretar as medidas do corpo: Comprimento, largura e altura - 65 mm, 18 mm e 62 mm. Distância da base do corpo até o centro do furo roscado - 52 mm. Diâmetro da rosca triangular métrica - 10 mm. Diâmetro da saliência - 18 mm. Tamanho da saliência - 2 mm e 18 mm. Largura da seção - 18 mm. Altura da seção - 13 mm. Tamanho do elemento com estrias - 15 mm, 18 mm e 22 mm. Profundidade da estria - 1 mm. Largura da estria - 2,5 mm. Ângulo de inclinação da estria - 45º. Tamanho do chanfro - 9 mm, 15 mm e 18 mm. Raios das partes arredondadas - 5 mm e 12 mm. Agora, acompanhe a interpretação da peça 3, o parafuso. Automação e Mecânica Industrial [115]

116 A legenda nos informa que o parafuso está desenhado em escalaa natural (1:1), no 1º diedro. Automação e Mecânica Industrial [116]

117 As informações da lista de peças são as mesmas do desenho de conjunto. O parafuso está representado por intermédio da vista frontal com aplicação de corte parcial. A vista frontal mostra a cabeça do parafuso, o corpo roscado, o elemento A e o elemento B. O elemento A deverá ser rebitado no encosto móvel. Na cabeça do parafuso há um furo passante. O furo passante está representado parcialmente visível. As medidas do parafuso são: Comprimento total do parafuso - 64 mm. Diâmetro externo da rosca triangular métrica normal - 10 mm. Comprimento do corpo do parafuso - 46 mm. Comprimento da parte roscada - 46 mm. Tamanho do chanfro da cabeça do parafuso - 2 mm e 45º. Altura da cabeça do parafuso - 12 mm. Diâmetro da cabeça do parafuso - 15 mm. Diâmetro do furo da cabeça do parafuso - 6,5 mm. Localização do furo da cabeça do parafuso - 6 mm. Tamanho do elemento A - 4 mm e 6 mm. Tamanho do elemento B - 2 mm e 8 mm. Não há indicação de tolerâncias específicas. O afastamento geral ± 0,1 vale para todas as cotas. O acabamento geral da peça corresponde à classe de rugosidade N9. O acabamento do furo da cabeça corresponde à classe de rugosidade N12. A usinagem será feita com remoção de material. Veja, a seguir, a interpretação da peça 4, o manípulo. Só que, desta vez, você participará mais ativamente, resolvendo os exercícios de interpretação propostos. Automação e Mecânica Industrial [117]

118 O manípulo também está representado em escala natural, no 1º diedro. Essa peça será feita de uma barra de aço com 6,35 mm de diâmetro e 80 mm de comprimento. Automação e Mecânica Industrial [118]

119 O manípulo está representado em vista frontal. A vista frontal mostra o corpo do manípulo e duas espigas nas extremidades. O símbolo indicativo de diâmetro indica que tanto o corpo como as espigas são cilíndricos. O manípulo receberá acabamento geral. Apenas as superfícies cilíndricas das espigas receberão acabamento especial. O afastamento geral a ser observado na execução é de ± 0,1mm. Note que as espigas têm tolerância ISO determinada: e9 no diâmetro. Essas duas espigas serão rebitadas nas cabeças no manípulo (peça 5). Finalmente, participe da interpretação da peça 5, a cabeça: Automação e Mecânica Industrial [119]

120 A cabeça está representada em escala de ampliação (2:1), no 1º diedro. Serão necessárias 2 cabeças para a montagem do manípulo. Automação e Mecânica Industrial [120]

121 Nesse desenho, N12 indica o acabamento especial da superfície interna cilíndrica do furo. A representação em meio-corte permite visualizar tanto o aspecto exterior da cabeça como o furo escareado interno. O afastamento ± 0,1 é geral. Lembre-se de que o diâmetro nominal do furo é igual ao diâmetro nominal da espiga do manípulo, que será rebitada na cabeça. A tolerância do furo da cabeça H8, combinada com a tolerância e9 de diâmetro da espiga do manípulo, resulta num ajuste com folga. Automação e Mecânica Industrial [121]

122 Exercícios Automação e Mecânica Industrial [122]

123 1) Reproduza a caligrafia técnica, maiúscula e minúscula, conforme modelo abaixo: Automação e Mecânica Industrial [123]

124 2) Identifique as vistas das peças abaixo: Automação e Mecânica Industrial [124]

125 Automação e Mecânica Industrial [125]

126 Automação e Mecânica Industrial [126]

127 3) Complete à mão livre, as projeções das peças apresentadas: Automação e Mecânica Industrial [127]

128 4) Desenhe, na forma de croqui em folha milimetrada e mantendo as proporções, as três vistas das peças abaixo: Automação e Mecânica Industrial [128]

129 Automação e Mecânica Industrial [129]

130 Automação e Mecânica Industrial [130]

131 Automação e Mecânica Industrial [131]

132 Automação e Mecânica Industrial [132]

133 5) Analise os modelos representados em desenho técnico. Assinale com X as perspectivas isométricas que correspondem a eles. Automação e Mecânica Industrial [133]

134 Automação e Mecânica Industrial [134]

135 6) Esboce a perspectiva do modelo prismático abaixo obedecendo à seqüência das fases do traçado. Utilize o reticulado da direita. Automação e Mecânica Industrial [135]

136 Automação e Mecânica Industrial [136]

137 7) Desenhe, à mão livre, a perspectiva cavaleira das peças abaixo: Automação e Mecânica Industrial [137]

138 8) Desenhe as peças abaixo nas três vistas essenciais com auxilio de instrumentos e cotando corretamente. Automação e Mecânica Industrial [138]

139 9) Complete as lacunas: Automação e Mecânica Industrial [139]

140 10) Desenhe as projeções das perspectivas abaixo de acordo com as escalas indicadas, cotando corretamente. Automação e Mecânica Industrial [140]

141 11) Desenhe com instrumentos a peça abaixo, empregando supressão de vistas e cotando o convenientemente. Automação e Mecânica Industrial [141]

142 12) Desenhe a projeção da peça abaixo, representando com a ajuda de vista auxiliar, cotandoo convenientemente (coloque todas as cotas). Automação e Mecânica Industrial [142]

143 13) Desenhe a peça abaixo aplicando rotação de detalhe obliquo. Automação e Mecânica Industrial [143]

144 14) Complete a projeção à direita representando-a em CORTE LONGITUDINAL, conforme indica a perspectiva, hachurando-as. Automação e Mecânica Industrial [144]

145 15) As peças na primeira coluna estão em perspectiva. Faça na segunda coluna o sombreamento das partes atingidas pelos planos de corte e hachure os desenhos na ultima coluna. Automação e Mecânica Industrial [145]

146 16) Desenhe as três vistas aplicando corte longitudinal. Automação e Mecânica Industrial [146]

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