CAPÍTULO 2 ANIMAIS DE PRODUÇÃO

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1 CAPÍTULO 2 ANIMAIS DE PRODUÇÃO ÍNDICE 1. Histórico 2. Criação intensiva a) Suínos b) Frangos c) Galinhas poedeiras d) Gado de corte e) Vacas leiteiras f) Perus g) Patos e gansos h) Mutilações 3. Indústria de peles 4. Piscicultura/Pesca industrial 5. Comidas exóticas ou cruéis 6. Transporte de animais, abate e mercados 7. Engenharia genética e clonagem 8. Estratégias para o bem-estar animal a) Campanhas Legislativas e para o consumidor b) Educação do consumidor c) Educação formal 9. Perguntas e respostas 10. Recursos adicionais 53

2 1 HISTÓRICO 2 Hoje em dia, a criação industrial é a área que gera maior preocupação com o bem-estar no mundo. Bilhões de animais de produção em todo o planeta são criados atrás das portas fechadas dos centros de produção. Aprisionados, amontoados e confinados em pequenas gaiolas, são forçados a crescer em ritmo superacelerado e ao seu limite físico para produzir mais carne, leite e ovos. O rápido crescimento dos sistemas de produção industrial nos EUA e na Europa começou na segunda metade do século passado. Esses sistemas se caracterizam pela manutenção de grandes quantidades de animais engaiolados ou encaixotados e amontoados dentro de compartimentos sem janelas. Dentre eles, quatro métodos de produção industrial representam a epítome desse sistema: baias para novilhos são usados para restringir o movimento de bezerros, gaiolas com coleira para porcas na gestação e maternidade, criação intensiva de frangos e pequenas gaiolas para galinhas poedeiras. Esses sistemas continuam em plena atividade nos EUA. Três desses sistemas clássicos dos anos sessenta baias para novilhos, gaiolas para porcas e para galinhas poedeiras estão sujeitos a reformas na União Européia (UE). Embora a reforma esteja chegando à Europa, esses sistemas estão se espalhando rapidamente por outras partes do mundo, mesmo em países em desenvolvimento. O consumo de carne nos países em desenvolvimento está em constante crescimento. A pressão para se produzir e vender carne barata estimula a criação intensiva em todo o mundo. As pessoas, tanto nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento, deveriam pensar na quantidade de carne que comem e na sua origem para assim evitar apoiar a criação intensiva. A criação intensiva não é prejudicial só para o bem-estar e a saúde dos animais; está provado que tem impacto em várias outras áreas. No meio ambiente: gera grandes concentrações de dejetos e gases-efeito estufa. Na diversidade genética: leva à reprodução seletiva de raças produtivas. Na saúde humana: aumenta o risco de doenças nas comunidades locais e gera resistência antibiótica. Na redução da pobreza: fazendas industriais tiram emprego de fazendeiros locais, gerando desemprego, principalmente nos países em desenvolvimento. Garantia de alimento: confiança na tecnologia e enormes suprimentos de alimento e água não acabam com a fome de forma tão eficaz como produções locais em menor escala. Já os riscos de perda de animais devido a doenças se espalham nas grandes colônias de animais de produção. CRIAÇÃO INTENSIVA NÚMERO TOTAL DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO EM 2004: SUÍNOS- 1,4 bilhão; AVES- 35,7 bilhões; GADO- 1,3 bilhão; OVINOS- 1,1 bilhão. (Fonte: Turner, J Crescimento Global da Agricultura Industrial) 54

3 Os dados acima mostram o número aproximado de animais de produção no mundo em A maioria foi criada em sistemas intensivos de produção que podem causar sérios problemas ao bem-estar animal. A seguir, uma breve introdução a esses sistemas intensivos. Ao longo deste capítulo, serão feitas várias citações do European Union s Scientific Committee on Animal Health and Welfare (Comitê Científico da União Européia para o Bem-estar e a Saúde dos Animais) e seu antecessor, European Commission s Expert Scientific and Veterinary Committee (Comitê Veterinário e Científico da Comissão Européia). a) Suínos Em sistemas intensivos de criação, porcas gestantes são freqüentemente aprisionadas em fileiras de engradados pequenos e estreitos, conhecidas como gaiolas de gestação, durante as 16 semanas de prenhes. São compartimentos tão pequenos que as porcas não podem nem mesmo se virar. Em algumas granjas, são ainda contidas por coleiras. Isso impede a forma de agir natural desses animais inteligentes, provocando comportamentos anormais, como morder repetidamente as grades das gaiolas. Pesquisas científicas mostram que o confinamento prolongado pode afetar a saúde desses animais, assim como o seu bem-estar, fazendo-os mancar, enfraquecendo os ossos e gerando problemas no trato urinário e ferimentos nos pés. Devido ao seu alto grau de crueldade, essas gaiolas de gestação e coleiras foram proibidas nas Filipinas, na Flórida e na União Européia. Em 2006 a UE proibiu as coleiras e a partir de 2013 irá banir a utilização das gaiolas. O RELATÓRIO OFICIAL DO COMITÊ VETERINÁRIO E CIENTÍFICO DA COMISSÃO EUROPÉIA CONCLUIU: GAIOLAS DURANTE A GESTAÇÃO GERAM GRANDES DESVANTAGENS PARA O BEM-ESTAR. A MAIOR DESVANTAGEM DE SE CONFINAR PORCAS EM GAIOLAS É GERAR ALTO NÍVEL DE COMPORTAMENTOS ESTEREOTIPADOS, DE AGRESSÕES E DE INATIVIDADE, ASSOCIADOS AO ENFRAQUECIMENTO DOS OSSOS E MÚSCULOS E COMPROMETIMENTO CLÍNICO. Quando estão perto do parto, as porcas gestantes são transferidas para gaiolas de parição, que são usadas para evitar que as mães esmaguem os leitões na hora da amamentação. As porcas são confinadas, mas os leitões têm livre acesso. Essas gaiolas de parição impedem o forte instinto que as fêmeas têm de fazer ninhos para seus leitões. Estudos comportamentais mostram que, nas 24 horas antes de parir, porcas gestantes preferem ter acesso a palha para fazer seus ninhos do que a comida. No entanto, há outras maneiras de se evitar que leitões sejam esmagados. Esse problema é causado pela reprodução seletiva que gera animais enormes e desastrados. Algumas raças não sofrem desse problema; assim, a solução duradoura é selecionar fêmeas que tenham essa habilidade materna. Porém, mesmo para o caso das atuais raças pesadas há soluções alternativas. Por exemplo, parir em espaço aberto por meio do sistema de ark housing. AS PORCAS DEVERIAM SER MANTIDAS EM GRUPOS, PORQUE O BEM-ESTAR GERAL PARECE SER MELHOR QUANDO ELAS NÃO FICAM CONFINADAS DURANTE TODA A GESTAÇÃO. Comitê Veterinário e Científico da Comissão Européia 55

4 ANIMAIS DE COMPANHIA CAPÍTULO 1 Separados de suas mães com menos de um mês de idade, os leitões freqüentemente são criados em baias com piso ripado ou de concreto. A ausência de forragem compromete seriamente seu bem-estar, pois a palha, por exemplo, dá conforto físico e térmico aos animais, além de possibilitar que mastiguem, fucem e usem-na como fibra para sua dieta. Outro fator de preocupação a respeito do bem-estar de leitões criados em sistema de criação intensiva é a prática do corte de seus dentes e caudas. Em condições naturais, o desmame é gradual, só terminando por completo depois de cerca de 13 a 17 semanas. O desmame precoce pode causar estresse e problemas comportamentais. Esse processo é repetido gestação após gestação. b) Frangos de corte Frangos de corte são criados para obter sua carne. Nos sistemas de criação intensiva, eles são superlotados em galpões. Foram seletivamente gerados para crescer em ritmo acelerado e atingir o peso ideal para abate com apenas cinco ou seis semanas de idade. O crescimento é tão rápido que os animais desenvolvem sérios problemas locomotores, já que seus corpos crescem rápido demais para que suas pernas fracas os sustentem. Sofrem também paradas cardíacas e respiratórias, com altos percentuais de morte súbita, uma vez que seus órgãos não conseguem acompanhar o ritmo do crescimento corporal. À medida que crescem, as aves passam a ocupar todo o espaço dos galpões, onde não têm espaço para se movimentar. Muitas vezes, a fraqueza de suas pernas os impede de chegar até o alimento ou a água e, conseqüentemente, morrem. Outros sofrem com calos, queimaduras e doenças de pele, que aparecem devido ao contato com as fezes na cama sobre a qual dormem. DA MESMA FORMA QUE CONDENA A SUPERLOTAÇÃO DOS GALPÕES DE FRANGOS, O COMITÊ CIENTÍFICO DA UNIÃO EUROPÉIA PARA O BEM-ESTAR E A SAÚDE DOS ANIMAIS AFIRMA: 1. AS TAXAS DE CRESCIMENTO ACELERADO QUE PROVOCAM PARADAS CARDÍACAS E DISTÚRBIOS DOLOROSOS NAS PERNAS SÃO A MAIOR CAUSA DO COMPROMETIMENTO DO BEM-ESTAR ANIMAL DOS FRANGOS. 2. A SEVERA RESTRIÇÃO ALIMENTAR IMPOSTA AOS REPRODUTORES, COM O ARGUMENTO DE QUE ESTAS AVES SÃO MUITO FAMINTAS RESULTA EM PROBLEMAS INACEITÁVEIS DE BEM ESTAR. Uma vez que foram selecionadas e criadas para crescer rapidamente, as aves necessitam de quantidades absurdas de alimento. Elas podem se alimentar à vontade e se tornam obesas, com comprometimentos na estrutura óssea e falência cardíaca nas primeiras semanas de vida. Isso constitui um problema para os produtores, uma vez que essas aves precisam crescer até atingir a maturidade sexual e assim se reproduzir. Para isso, a indústria impõelhes uma dieta bastante reduzida; cerca de 25% a 50% do que naturalmente comeriam. Isso os torna cronicamente famintos, frustrados e estressados. 56

5 Acima, galinhas poedeiras em gaiolas Abaixo, frangos criados em sistema de criação intensiva 57

6 Imagens em sentido horário a partir de cima, à esquerda: porcas em gaiolas; uma novilha em uma baia, gado em campo de engorda, uma porca e seus filhotes em uma gaiola parideira 58

7 A MAIORIA DOS PROBLEMAS DE BEM-ESTAR INFLIGIDOS AOS FRANGOS É CAUSADA PELA DETERMINAÇÃO DA INDÚSTRIA EM ELEVAR PRINCIPALMENTE POR MEIO DE REPRODUÇÃO SELETIVA AS TAXAS DE CRESCIMENTO DAS AVES A NÍVEIS CADA VEZ MAIS RÁPIDOS. Comitê Científico da União Européia para o Bem-estar e a Saúde dos Animais c) Galinhas poedeiras A maioria das galinhas poedeiras é criada em gaiolas apertadas durante toda sua vida produtiva. Aproximadamente 90 mil aves (ou até mais) são mantidas em um único galpão e as gaiolas são empilhadas em até nove fileiras de altura. Uma quantidade de galinhas é amontoada em pequenas gaiolas de arame, sobrando para cada uma espaço menor do que uma folha de papel A4. Nessas condições de superlotação, as aves não podem abrir suas asas. Elas também sofrem de problemas nos pés e nas pernas. O constante atrito com as gaiolas de arame provoca calos e severas perdas de penas, além de hematomas e escoriações O COMITÊ VETERINÁRIO E CIENTÍFICO DA COMISSÃO EUROPÉIA CONCLUIU QUE: OS SISTEMAS DE GAIOLAS INDUSTRIAIS PROPORCIONAM AMBIENTE IMPRODUTIVO PARA AS AVES... É ÓBVIO QUE DEVIDO AO SEU PEQUENO TAMANHO E A SUA IMPRODUTIVIDADE, A GAIOLA INDUSTRIAL, COMO USADA HOJE, TRAZ SEVERAS E INERENTES DESVANTAGENS PARA O BEM-ESTAR DAS AVES. Uma galinha satisfeita é uma ave livre para se alimentar, se exercitar, se alisar com o bico, se arrastar no chão, se refugiar no poleiro sempre que se sentir vulnerável, assim como para fazer um ninho no qual vai pôr seus ovos. Essas coisas são negadas às aves quando mantidas no sistema de gaiolas industriais. O BEM-ESTAR DAS GALINHAS POEDEIRAS ESTÁ DIRETAMENTE LIGADO À SUA HABILIDADE DE EXPRESSAR SEU COMPORTAMENTO NATURAL. Para reduzir os ferimentos resultantes das sucessivas bicadas que ocorrem quando as galinhas confinadas estão entediadas e frustradas, praticamente todas as galinhas poedeiras têm parte de seus bicos cortados. O procedimento de corte dos bicos é doloroso e envolve lesão de ossos, cartilagens e tecido. Esse procedimento será totalmente proibido no Reino Unido a partir de 1º de janeiro de Outro sério problema de bem-estar é a muda forçada. Em condições comerciais, as galinhas começam a botar menos ovos após um ano de produção. Na natureza, normalmente elas passariam por uma troca de penas anual. O processo forçado de troca de penas, por meio do qual as galinhas são privadas de comida por até 18 dias, provoca 59

8 um choque nos seus sistemas fisiológicos, induzindo a rápida perda de penas e de forma severa. Isso força essas aves a começar um outro ciclo, pondo ovos muito mais rapidamente do que naturalmente fariam. Essa prática atualmente é ilegal no Reino Unido e rara na Europa. No entanto, continua a vigorar em algumas partes da Ásia e dos Estados Unidos. TRÊS QUARTOS DOS QUATRO BILHÕES DE GALINHAS POEDEIRAS NO MUNDO ESTÃO CONFINADOS EM GAIOLAS INDUSTRIAIS, CONTENDO DE TRÊS A 25 AVES CADA. Dados Estatísticos da FAO d) Gado de corte BOIS E VACAS TÊM SENTIDOS BEM DESENVOLVIDOS E HABILIDADES DE APRENDIZAGEM. APESAR DOS SINAIS DE DOR SEREM MENOS EVIDENTES NOS BOVINOS GADO DO QUE NAS OUTRAS ESPÉCIES, ELES SÃO SENSÍVEIS À DOR, E OS MECANISMOS NEURAIS DE RECEPÇÃO DA DOR PARECEM SER SEMELHANTES A OUTROS ANIMAIS E A HUMANOS. Comitê Científico da União Européia para o Bem-estar e a Saúde dos Animais A maioria das pessoas pensa que gado é criado em pastagens. Na realidade, muitos países (incluindo os EUA) utilizam currais de engorda feedlots para dar o acabamento final antes do abate. De acordo com um estudo coordenado pela Food and Agriculture Organisation of the United Nations FAO (Organização de Agricultura e Alimento das Nações Unidas), a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional e o Banco Mundial, 43% de todo o gado criado para corte no mundo vem de feedlots (Livestock and the Environment: Finding a Balance 1997). Nos currais de engorda os bovinos são confinados e alimentados com uma dieta não natural à base de grãos. Isto estimula o rápido ganho de peso, mas impede o ato de pasterjar, inibe comportamentos alimentares e a ruminação, assim como funções fisiológicas normais. Os currais são desprovidos de pasto e o gado fica sobre lama endurecida e fezes, o que provoca problemas nas patas exacerbados pelas alterações em sua fisiologia. Nessas condições de insalubridade e superlotação, a saúde dos animais só é mantida pela constante administração de antibióticos para prevenir a disseminação de doenças. O uso regular de antibióticos em animais de produção é agora amplamente reconhecido como risco crescente para a saúde humana por estimular o desenvolvimento de bactérias resistentes a antibióticos, que podem infectar os humanos tanto quanto o gado. Em muitos países, como os EUA, o crescimento também é obtido pela administração de hormônios artificiais (anabolizantes) que exercem influência tanto na fisiologia como no comportamento dos animais. Por se tratarem de hormônios sexuais, provavelmente levam a problemas de comportamento social. A média de vida de um bovino é de 20 a 25 anos. No entanto, o gado de corte em currais de engorda é normalmente desmamado entre 6 a 10 meses, vive em média de três a cinco anos, e passa de quatro a cinco meses sendo engordado e é abatido entre 15 a 20 meses. 60

9 Os problemas começam quando se misturam animais estranhos e torna-se pior por causa do estresse da superlotação que promove alterações comportamentais entre os lotes. Um dos piores problemas é a agressividade, quando alguns animais montam sobre outros, repetidamente, ao ponto de causar lesões e até algumas vezes sua morte ou fraturas nas pernas. Nesse caso, precisam ser separados dos demais. Outros comprometimentos de bem-estar surgem por causa das condições de exposição dos animais, sem abrigo do sol ou da chuva. Devido às condições climáticas extremas de muitas regiões de currais de engorda, o gado sofre demasiadamente com o calor, o confinamento ou com o solo constantemente úmido. Depois das chuvas intensas, a lama que se acumula sob o gado chega a um nível tão profundo que os animais relutam em deitar-se e assim sofrem também com a falta de descanso. RAÇAS PARA CORTE FORAM SELECIONADAS PARA UMA ALTA PRODUÇÃO DE CARNE. FREQÜENTEMENTE SOFREM COM O EXCESSO DE MUSCULATURA, O QUE CAUSA PROBLEMAS NAS PERNAS, AUMENTA A DIFICULDADE DE PROCRIAÇÃO E DIMINUI SUA LONGEVIDADE. Comitê Científico da União Européia para o Bem-estar e a Saúde dos Animais e) Vacas leiteiras Por meio de reprodução seletiva e dietas não naturais à base de cereais, as vacas leiteiras são forçadas ao limite a produzir quantidades enormes de leite, cerca de dez vezes mais do que normalmente fariam. Elas são forçadas a se reproduzir em idade jovem e seus bezerros são tirados às vezes apenas um dia após o nascimento. A vaca leiteira sofre por ter seu bezerro afastado e vocaliza durante dias. Depois disso, é ordenhada ao máximo por um período de oito meses, depois do qual é emprenhada novamente. O ciclo é geralmente repetido duas ou três vezes, antes de a vaca deixar de ser saudável e passar a ser antieconômica. Nesse estágio, está fisiologicamente exausta e não acompanha mais as demandas econômicas. O gado leiteiro é freqüentemente abatido entre quatro a cinco anos de idade, apesar de sua expectativa de vida estar acima de 20 anos. QUANDO PODEM, AS VACAS CRIAM LAÇOS DURADOUROS COM SEUS BEZERROS. EM CONDIÇÕES NATURAIS, O DESMAME É UM PROCESSO GRADUAL E LENTO E PODE DURAR MUITOS MESES. Comitê Científico da União Européia para o Bem-estar e a Saúde dos Animais Outras preocupações com o bem-estar incluem: Reprodução seletiva para desenvolver úberes excessivamente grandes que provocam manqueira nas patas traseiras. Superalimentação com alimentos altamente protéicos ou à base de amido, que podem causar problemas digestivos e levar a uma inflamação dolorosa nas lâminas dos cascos chamada laminite. Acomodação precária em galpões minúsculos. 61

10 Níveis inaceitáveis de mastite: infecção dolorosa nos úberes. Altos índices de manqueira. Uso de BST, hormônio de crescimento da vaca, resultante de engenharia genética, para aumento da produção de leite. Ainda em prática em alguns países, mas já banido na União Européia. f) Perus Perus criados no sistema intensivo são geralmente mantidos em galpões, onde são superlotados com até 25 mil aves. Os perus são selecionados para ganho rápido de peso, o que causa problemas de saúde semelhantes aos dos frangos e, pior, faz com que não se reproduzam naturalmente. Desta forma, a inseminação artificial faz-se necessária e rotineira. O corte do bico é comumente executado, assim como a remoção de dedos dos machos reprodutores. Um peru criado no sistema intensivo é geralmente abatido entre a 12 a e a 26 a semanas. Na natureza, um peru pode viver até dez anos. Nos abatedouros, são pendurados de cabeça para baixo pelos pés por até seis minutos antes de perderem a consciência (DEFRA, 2001). Por serem bastante pesados, isso lhes causa grande desconforto e sofrimento. g) Patos e gansos Patos e gansos podem ser comercializados pelos ovos, a carne, as plumas e as penas. São seletivamente reproduzidos para rápido ganho de peso, o que lhes causa problemas de saúde e outros distúrbios. O confinamento em gaiolas pode causar também lesões no esterno e fraturas ósseas, assim como calosidades nos pés causadas pelo piso das gaiolas. Patos mantidos em gaiolas mal conseguem se mexer, se virar ou bater as asas. Não conseguem bicar as penas, se movimentar ou interagir de maneira natural. Mais grave ainda, não dispõem de meio aquático no qual possam nadar ou limpar sua plumagem. Por causa das condições estressantes, muitos patos e gansos arrancam nervosamente as penas. Para evitar isto, partes sensíveis de seus bicos às vezes são cortadas, o que leva muitos gansos a morrer de fome ou de infecções decorrentes desse processo. Outro grande problema que compromete o bem-estar é a alimentação forçada de patos e gansos para a produção de foie gras (por favor, veja a seção Comidas Exóticas, abaixo). h) Mutilações Mutilação é o termo usado para alterações físicas executadas por veterinários e zootecnistas dentre uma variedade de operações. A cada ano, milhões de animais de produção são mutilados. A maioria dessas dolorosas operações é executada sem qualquer tipo de anestesia. AS MUTILAÇÕES SÃO TENTATIVAS PARA AJUSTAR O ANIMAL A UM SISTEMA IMPRÓPRIO, EM VEZ DA ADOÇÃO DE UM SISTEMA ADEQUADO ÀS NECESSIDADES DO ANIMAL. As mutilações incluem: Castração de bezerros, leitões e cordeiros. 62

11 3 Corte e redução das caudas de leitões e vacas. Corte do bico e do dedo em galinhas e perus. Remoção de cristas nas aves. Corte dos dentes de leitões. Marcação a ferro em bezerros e potros. Comitê Veterinário e Científico da Comissão Européia insiste que a castração causa dor extrema e distúrbios nos suínos, o que deve ser evitado sempre que possível. INDÚSTRIA DE PELES Animais usados na produção de peles são criados em gaiolas dispostas em longas fileiras em galpão aberto. Cada fazenda possui muitos galpões. Fazendas menores podem ter até 100 animais, enquanto fazendas maiores na Escandinávia possuem mais de 100 mil animais. As gaiolas, e seu piso, inclusive, são feitas de aramados, o que torna difícil para os animais se manter em pé, principalmente os mais jovens. Muitos dos animais criados por suas peles são essencialmente silvestres e não se comportam bem em cativeiro. O animal mais usado para este fim é o visom/visão (mustela vison), seguido pela raposa. Os visons/visões são criaturas ágeis, muito parecidas com os furões, exceto pelo fato de que são silvestres e semi-aquáticos. Adoram correr, nadar, brincar, subir em árvores e são muito curiosos. No cativeiro, suas possibilidades de comportar-se naturalmente são totalmente frustradas, gerando comportamentos psicológicos e físicos anormais. O território típico de uma raposa na natureza varia entre cinco e dez quilômetros quadrados. Raposas criadas para produção de peles são muito propensas ao estresse. Essas criaturas, normalmente calmas e solitárias, reagem sensivelmente à presença humana. A sensibilidade ao estresse, em particular, provoca alta taxa de mortalidade entre os filhotes, causado geralmente por infanticídio (canibalismo materno). Coelhos, chinchilas, linces e até mesmo hamsters são criados por suas peles. A maioria das fazendas de peles fica no Norte da Europa e na China, embora um número menor também seja encontrado em muitos países do mundo. Existem sérios problemas de bem-estar relacionados à criação e à matança desses animais em fazendas industriais. Entre eles: Superlotação e confinamento em pequenas gaiolas, o que gera frustração e leva à automutilação e a comportamentos tipicamente anormais. Aumento da susceptibilidade a doenças e parasitas, devido à má nutrição crônica, resultado de dietas inadequadas e mal balanceadas, condições de superlotação e baixa resistência causada por estresse. Ambiente inadequado, desprovido de recursos, com pouco abrigo e nenhuma proteção contra condições climáticas adversas. Alto índice de mortalidade entre filhotes, causado por estresse e infanticídio. 63

12 4 Alto índice de mortalidade entre visons adultos, causado por excesso de calor, principalmente durante o verão quando os animais não conseguem se refrescar. Métodos de matança cruéis, resultado da ganância dos fazendeiros para preservar a qualidade das peles. Os métodos desumanos incluem eletrocussão, envenenamento, câmaras de descompressão e deslocamento de pescoço. PISCICULTURA/PESCA INDUSTRIAL Cerca de 55 milhões de toneladas de peixes foram produzidas em No Reino Unido, por exemplo, cerca de 70 milhões de peixes, na sua maioria salmões e trutas, mas, também, bacalhaus e halibut, são cultivados e abatidos todos os anos. Depois da criação de frangos, a piscicultura representa a segunda maior área de produção animal industrial. A piscicultura intensiva/industrial causa grandes problemas de bem-estar. Cerca de até 50 mil salmões podem ser confinados em uma única gaiola. Apinhados em compartimentos minúsculos, os peixes ficam nadando em círculos e manifestam comportamentos anormais. A superlotação e o confinamento podem causar estresse e tornar os peixes mais suscetíveis a doenças. Epidemias já causaram a morte de milhões de salmões em cativeiro. Dados oficiais mostram que a mortalidade chega a atingir níveis entre 10% e 30%. Além do mais, os salmões geralmente sofrem de cegueira decorrente de problemas de catarata, ferimentos nas barbatanas e caudas e deformidades corporais. A criação intensiva leva também à séria infestação de piolhos e parasitas marítimos. Parasitas desse tipo podem ser transmitidos a peixes não-cultivados, o que tem sido associado ao declínio de populações de peixes não-cultivados. O SALMÃO, A TRUTA, O BACALHAU E O HALIBUT SÃO CARNÍVOROS E O PRINCIPAL ALIMENTO QUE RECEBEM NO CATIVEIRO É PEIXE. ESTIMA-SE QUE, PARA ALIMENTAR MEIO QUILO DE SALMÃO CRIADO EM CATIVEIRO, É NECESSÁRIO 1.5 KG DE OUTROS PEIXES NÃO-CULTIVADOS. ISTO SIGNIFICA QUE A PISCICULTURA CONTRIBUI PARA A DIMINUIÇÃO DA VIDA MARINHA POR MEIO DA PESCA EXCESSIVA, EXATAMENTE O PROBLEMA QUE SE PROCURAVA RESOLVER. Outras práticas dessa indústria, tais como a inanição antes do abate, tratamentos com produtos químicos prejudiciais, engenharia genética e técnicas biotecnológicas, envolvem manipulação de cromossoma e também resultam em sofrimento. Além do mais, inaceitáveis e desumanos métodos de abate são ainda aceitos para peixes, tais como sufocação, sangramento sem sedação e matança com dióxido de carbono. Da mesma forma que para outras espécies criadas em sistema intensivo, apenas métodos de abate que causam morte instantânea ou permitem insensibilidade à dor até o momento da morte deveriam ser permitidos. Grande parte destas informações foi adaptada a partir de In Too Deep The Welfare of Intensively Farmed Fish. O relatório completo pode ser encontrado em 64

13 5 COMIDAS EXÓTICAS OU CRUÉIS Foie gras: o pâté de foie gras é uma pasta de fígado produzida a partir da alimentação forçada de gansos e patos. Este procedimento envolve a introdução forçada de um tubo dentro do esôfago da ave e o conseqüente despejo de enormes quantidades de ração concentrada dentro de seu estômago. Geralmente os patos são alimentados à força duas vezes por dia, durante 12 a 15 dias, e os gansos, três vezes ao dia, por até 21 dias. Essa superalimentação forçada causa degeneração nas células gordurosas, seguida por morte das células hepáticas, assim como aumento extremado do fígado até dez vezes seu tamanho normal. A alimentação forçada causa sérios distúrbios e as aves às vezes mal conseguem andar, pois têm dificuldade para respirar. O Comitê Científico da União Européia para o Bem-Estar e a Saúde dos Animais publicou relatório em 1988 que concluiu: Alimentação forçada como praticada atualmente é prejudicial ao bem-estar das aves. Defende ainda que as técnicas que causam sofrimento evitável devem ser banidas. Os objetivos são, por ordem de prioridade: reduzir as taxas de mortalidade e morbidade; diminuir a dor e os infortúnios resultantes do processo e permitir que os animais voltem a ter atividades comportamentais normais. A proibição da alimentação forçada de patos e gansos para a produção de foie gras entrou em vigor no dia 1º de abril de 2005 em Israel. A execução dessa lei, após um ano e meio de tramitação, resultou da decisão da Suprema Corte de Israel, em agosto de 2003, que a produção de foie gras causa sofrimento inaceitável e viola a Lei de Crueldade contra os Animais e que as regulamentações que a permitiam não tinham validade. Alguns países, incluindo Dinamarca, Noruega, Alemanha e Polônia, também possuem legislações que proíbem especificamente a alimentação forçada. Outros países, entre eles Reino Unido, Suécia, Finlândia e Suíça, não possuem legislação específica, mas a legislação de proteção animal é interpretada de tal forma que fica subentendido que alimentação forçada não é permissível. Vitela: na maioria das vezes, a carne de vitela vem de bezerros confinados em currais mínimos e inóspitos, desprovidos de qualquer interação com outros animais. Esses minúsculos compartimentos restringem, quase totalmente, qualquer movimentação dentro deles: somente alguns poucos passos para a frente ou para trás. Os bezerros não podem fazer nada a não ser ficar deitados ou de pé. Sem fazer qualquer exercício, alguns bezerros mal conseguem andar até o peso de abate, com 4 a 6 meses de idade. Bezerros normalmente mamam e começam a comer alimentos sólidos com duas semanas de idade. Os bezerros confinados não podem comer alimentos sólidos e não têm acesso à água. Sua dieta consiste somente de um substituto do leite materno, que bebem diretamente de um balde. A privação do alimento sólido altera seu sistema digestivo e frustra sua necessidade natural de mastigação. O confinamento, a privação da sucção e a ausência de alimentos sólidos geram comportamentos. 65

14 6 EM 1995, O COMITÊ VETERINÁRIO E CIENTÍFICO DA COMISSÃO EUROPÉIA PUBLICOU IMPORTANTE RELATÓRIO SOBRE O BEM-ESTAR DE BEZERROS E CHEGOU A SÉRIAS CONCLUSÕES: As melhores condições para a criação de bezerros envolvem contato com a mãe em circunstâncias onde possam mamar e subseqüentemente pastar e interagir com outros bezerros. O bem-estar dos bezerros fica muito comprometido quando são mantidos em pequenos currais individuais, sem espaço suficiente para se deitarem confortavelmente, sem contato social direto e sem forragem ou outro material para distrair. Para criar um ambiente adequado a exercícios, exploração e livre interação social, os bezerros devem ser mantidos em grupos. Bezerros submetidos a dieta unicamente líquida e deficiente em ferro podem vir a ter sérios problemas de saúde, alteração do comportamento do trato digestivo. Baias para bezerros foram proibidas no Reino Unido em 1990 e serão proibidas em toda a União Européia a partir de A consistência das conclusões do Comitê Veterinário e Científico foi de extrema importância para persuadir a União Européia a proibir o sistema de confinamento de bezerros em baias. TRANSPORTE DE ANIMAIS, ABATE E MERCADOS Transporte de animais vivos: a cada ano, em todo o mundo, bilhões de animais de produção são transportados para engorda ou abate. Alguns, particularmente bois, suínos, ovelhas, cabras e cavalos, são deslocados para lugares muito distantes. Em geral, percorrem longo caminho até serem abatidos, muitas vezes passando por abatedouros mais próximos apenas para cumprir contratos financeiros. Por exemplo: 80% da carne dos EUA é processada em menos de 50 fábricas, a maioria no Centro-Oeste, apesar da existência de cerca de mil fábricas inspecionadas pelo governo federal em todo o país. Por questões de biossegurança e bem-estar, os animais deveriam obviamente ser abatidos o mais perto possível de seu local de origem; o número de batedouros em países mais desenvolvidos tem diminuído consideravelmente nos últimos anos. Isso já é ruim no âmbito doméstico, mas alguns dos piores problemas são causados pela exportação de animais vivos de um país para outro um comércio desnecessário. Milhares de suínos e bovinos são transportados em caminhões entre Canadá, EUA e México. Centenas de milhares de vacas são transportadas entre países europeus e outras são exportadas da Europa para o Oriente Médio. E milhões de ovelhas e carneiros são transportados de navio de Austrália e Nova Zelândia para o Oriente Médio, em condições que, algumas vezes, se revelam aterradoras, com alta taxa de mortalidade. Esses animais poderiam ser abatidos primeiro e depois suas carcaças transportadas. 66

15 O COMITÊ CIENTÍFICO DA UNIÃO EUROPÉIA PARA O BEM-ESTAR E A SAÚDE DOS ANIMAIS CONCLUIU QUE: Para a maioria dos animais transportados, o carregamento e o conseqüente manuseio e transporte por caminhões são a parte mais estressante. Os distúrbios prováveis são medo, dor causada pela ação humana, exercícios físicos forçados principalmente em rampas íngremes e o estresse provocado por procedimentos incorretos na hora do carregamento, pelas condições dos veículos e pelo contato social. Algumas pessoas que carregam, descarregam ou dirigem veículos que transportam animais não os tratam como seres sencientes, cujo bem-estar deveria ser garantido... Por isso, o bem-estar dos animais freqüentemente é comprometido durante o carregamento, o transporte (principalmente por estradas sinuosas) e o descarregamento. Problemas de bem-estar ocorrem por muitas razões: Os animais são colocados em veículos superlotados e muitas vezes não têm alimentação adequada, água ou descanso durante suas longas jornadas. Os animais ficam exaustos, desidratados e estressados. Os animais freqüentemente sofrem com o excesso de calor. O Comitê Científico da União Européia para o Bem-estar e a Saúde dos Animais afirma que altas temperaturas em veículos de transporte freqüentemente comprometem o bem-estar e causam mortalidade. Alguns animais ficam feridos. Alguns desmaiam, caem no chão e são pisoteados até a morte por seus companheiros. Abate humanitário é um conjunto de procedimentos que visa diminuir a dor e o sofrimento dos animais no momento do abate. Todos os animais devem ser imobilizados para no segundo momento ser insensibilizados ou atordoados. A insensibilização promove a perda da consciência, que impede que os animais sintam a dor durante o corte para promover a perda do sangue. Podem ser utilizados os seguintes métodos de insensibilização: pistola de dardo cativo, descarga elétrica (eletronarcose) ou gás. A morte dos animais é promovida através do corte no pescoço (veia jugular e artéria carótida) que promove perda de sangue, ocorrendo a morte cerebral. Se esses procedimentos não forem executados de forma correta, ou por pessoa especialmente treinada, podem causar muito sofrimento aos animais. O MÉTODO DE INSENSIBILIZAÇÃO DURANTE O ABATE É OBRIGATÓRIO APENAS NA EUROPA, NO CANADÁ, NA AUSTRÁLIA, NA NOVA ZELÂNDIA, EM ALGUNS PAÍSES ASIÁTICOS E PARA OS MAMÍFEROS NOS EUA. No entanto, muitos dos animais de produção em todo o mundo são abatidos em estado de total consciência, talvez por causa do pouco conhecimento das implicações que o abate proporciona ou, em algumas partes do mundo, por questões religiosas. Pesquisas científicas comprovam que pode haver um longo intervalo de tempo entre o corte no pescoço promovendo a perda de sangue e a morte cerebral (mais de 1 minuto), 67

16 principalmente no caso de mamíferos de grande porte, como vacas e bois. Durante esse período, muitos animais vivenciam grande sofrimento e angústia. 7 Animais feridos ou fatigados sofrem particularmente na hora do abate. São muitas vezes chutados, espancados, pisoteados, arrastados por cordas ou correntes e privados de alimentos, água, abrigo ou cuidados veterinários até a morte ou até serem transportados para o abatedouro. Não são abatidos nas fazendas de origem porque são mais valiosos se chegarem vivos ao abatedouro. Mercados: podem existir sérios problemas de bem-estar animal, incluindo casos de superlotação, falta de água, falta de preparo dos comerciantes, tratamento desumano dos animais e falta de cuidados veterinários. ENGENHARIA GENÉTICA E CLONAGEM A engenharia genética de animais de produção pode ser considerada como violação da integridade biológica das espécies e, por causa disso, muitos a consideram intrinsecamente errada. Permite a manipulação de genes entre as espécies, por exemplo, entre humanos e vacas ou galinhas e suínos. Quando usada para gerar maior produtividade é indefensável, uma vez que a maioria dos animais de produção já é forçada aos seus limites metabólicos. A engenharia genética ainda está em fase experimental. Muitos experimentos resultaram no nascimento de animais transgênicos, que enfrentam sérios problemas de saúde e muitas vezes têm que ser eliminados de forma humanitária. Empresas e instituições acadêmicas que operam no campo da biotecnologia mal podem esperar para conseguir as patentes dos animais que produzem pela manipulação genética. A obtenção de uma patente permite que seu portador lucre com sua invenção, uma vez que, por certo tempo, ninguém mais poderá produzir a invenção sem a permissão do dono da patente. A crescente viabilidade de patentes está incentivando comercialmente a engenharia genética de animais, um processo que, muitas vezes, lhes causa grande sofrimento. Além do quê, patentear animais significa vê-los como invenções ou coisas, o que eticamente representa um passo na contramão do crescente reconhecimento público de que animais devem ser tratados como criaturas sencientes. 8 Clonagem: assim como na engenharia genética, inúmeras fêmeas são submetidas a intervenções cirúrgicas para remover ou implantar óvulos ou embriões nos procedimentos da clonagem e muitas são mortas depois de servirem a esse propósito. Grande parte dos animais clonados que sobrevivem está fatalmente condenada. A clonagem também pode reproduzir doenças potenciais e é uma ameaça à biodiversidade. ESTRATÉGIAS PARA O BEM-ESTAR ANIMAL O movimento pelo bem-estar animal já adotou diferentes estratégias para melhorar as condições dos animais de produção. Abaixo seguem exemplos do que já foi e pode ser feito. 68

17 a) Campanhas Legislativas e para o consumidor Campanhas de grande visibilidade (eventos na mídia, manifestações, atos, ações etc.), principalmente a favor da proibição dos piores sistemas ou processos e pela conscientização do consumidor. Investigações e exposição na mídia, por exemplo, por meio de documentários televisivos, para aumentar o impacto da campanha. Implantação e cumprimento de legislação de proteção animal para proibir certas práticas/sistemas, como, por exemplo, confinamentos e mutilações. Implantação e execução de legislação de proteção animal para melhorar situações que não podem ser proibidas; por exemplo, proporcionar maior espaço e forragem. Lobby junto a políticos e autoridades governamentais. Levar casos aos tribunais para testar as leis existentes; por exemplo, se gaiolas minúsculas infringem a lei de proteção animal. Campanhas conjuntas de grupos ambientais, defensores dos animais de produção e antivivissecção. Campanhas visando a empresas causadoras das maiores danos. Campanhas visando a empresas que fazem negócios com os piores transgressores, como fornecedores, compradores etc. b) Educação do consumidor Introdução e apoio a projetos que classifiquem produtos orgânicos ou que contribuam para um melhor bem-estar. Comparação e divulgação dos critérios de bem-estar dos diferentes esquemas de classificação. Comparação e divulgação da realidade por trás dos sistemas e produtos que comprometem o bem-estar. Comparação e divulgação dos critérios de bem-estar de diferentes estabelecimentos de fast food, restaurantes ou outras empresas alimentícias. PESQUISA DA CIWF EM SUPERMERCADOS: A COMPASSION IN WORLD FARMING (CIWF) TRUST REALIZA ANUALMENTE UMA PESQUISA ACERCA DOS CRITÉRIOS DE BEM-ESTAR DAS MAIORES CADEIAS DE SUPERMERCADOS DO REINO UNIDO. A PESQUISA INVESTIGA UMA GRANDE VARIEDADE DE MEDIDAS EM PROL DO BEM-ESTAR E QUE SÃO REVISTAS A CADA ANO. A CIWF ESPERA MELHORAR OS PADRÕES DE BEM- ESTAR DOS ANIMAIS DE PRODUÇÃO POR MEIO DA AVALIAÇÃO E DA COMPARAÇÃO DO PROGRESSO REALIZADO PELOS FORNECEDORES PRIMÁRIOS DO PAÍS, GERANDO COMPETIÇÃO E FAZENDO COM QUE AÇÕES EM PROL DO BEM-ESTAR SEJAM FATORES POSITIVOS PARA SUA MARCA E REPUTAÇÃO. MARKS AND SPENCER GANHOU A PRIMEIRA RODADA DA PESQUISA EM WAITROSE, QUE TEM PROGREDIDO MUITO EM TERMOS DE BEM-ESTAR ANIMAL, GANHOU A PESQUISA DE 2003, JÁ COMO RESULTADO DIRETO DA AUDITORIA DA CIWF TRUST. EM COLABORAÇÃO COM OS SUPERMERCADOS, A CIWF CONTINUARÁ A ACOMPANHAR SEUS DESEMPENHOS ANUALMENTE. TAMBÉM ACOMPANHARÁ SUPERMERCADOS QUE OPERAM EM ESCALA INTERNACIONAL, NO SENTIDO DE ESTENDER A PESQUISA DE BEM-ESTAR A PATAMARES MUNDIAIS. 69

18 9 Trabalhará com a mídia, especialmente por meio de documentários, expondo as questões e as práticas de diferentes empresas. Disponibilizará informações por meio de publicações específicas, como, por exemplo, artigos em revistas sobre gastronomia e estilo de vida. Ressaltará o fato de que produtos animais não podem ser baratos, uma vez que os animais pagam o preço adicional com sofrimento, desgaste de saúde e forte comprometimento de suas necessidades naturais. c) Educação formal Inclusão de questões relativas à criação de animais de produção nos materiais e programas educativos das escolas. Inclusão de questões de bem-estar animal nos currículos das Universidades Agrícolas e Veterinárias, fornecendo recursos como os Conceitos de Bem-Estar Animal da WSPA. Inclusão de educação para o bem-estar animal em todos os programas vocacionais, englobando cuidados, transporte e abate de animais de produção. PERGUNTAS E RESPOSTAS P: Existem formas alternativas humanitárias para sistemas de criação intensiva? R: Sim, existem alternativas testadas e comprovadas. Por exemplo, já existem sistemas orgânicos e de criação em espaços abertos que não dependem de sistemas de confinamento rigorosos. Esses podem ser encontrados nos sites indicados abaixo. A afiliada da WSPA Compassion in World Farming (CIWF) está preparando um programa educacional para universidades agrícolas explicando em detalhes Aspectos de Bem-Estar Animal da Boa Prática Agrícola. P: Por que esses sistemas mais cruéis estão sendo proibidos em alguns países mas empregados em outros? R: Porque alguns países ainda não reconhecem as crueldades inerentes a esses sistemas, ou o fato de que animais são seres sencientes que sofrem e sentem dor. Algumas nações e empresas podem até ter consciência desses fatores, mas sentem que a necessidade de produzir alimentos baratos é mais importante. No entanto, essa é a visão de curto prazo, uma vez que os impactos de longo prazo são significantes e o alimento definitivamente não sai barato. P: Pode-se alimentar o mundo sem sistemas de criação intensiva? R: Sim. Na realidade, para que as próximas gerações sobrevivam, não há outra opção a não ser adotar métodos sustentáveis e humanitários de criação. Sem dúvida, as pessoas terão que comer menos carne e isso beneficiará tanto o planeta quanto a sua saúde, até um possível estágio futuro de veganismo. Para mais informações, veja o website da CIWF, Coma Menos Carne. 70

19 10 RECURSOS ADICIONAIS Websites AgriWorld Direct Animal Welfare Institute (Instituto de Bem-estar Animal) Compassion in World Farming (Compaixão na Criação Mundial) A CIWF possui vasta seleção de relatórios de referência, factsheets, briefings, materiais educativos e vídeos de alta qualidade, cobrindo todos os aspectos do bem-estar dos animais de produção. Muitos desses recursos estão disponíveis on-line e podem ser pedidos gratuitamente. CIWF s Eat Less Meat (Coma Menos Carne) Website do Dr. Temple Grandin EUREPGAP Farm Sanctuary Farm Animal Welfare Council (FAWC) Inclui relatórios sobre questões de bem-estar de animais de produção Food Animal Initiative Inclui uma série de relatórios de projetos e dados técnicos. Farmed Animal Net (Rede dos Animais de Produção) Farm Animal Reform Movement (Movimento para Reforma dos Animais de Produção) Food and Agriculture Organisation of the United Nations (Organização para Agricultura e Alimentos das Nações Unidas) Humane Farming Association (Associação para Criação Humanitária) 71

20 Humane Society of the United States (Sociedade Humanitária dos Estados Unidos) Humane Slaughter Association (Associação para o Abate Humantinário) Organic Research (Pesquisa orgânica) Outlawed in Europe: Three Decades of Progress (Banidos na Europa: Três décadas de progresso) A Report for Animal Rights International by Clare Druce and Philip Lymbery (Um relatório sobre direitos animais internacionais de Clare Druce and Philip Lymbery) Pighealth.com Farm animal welfare the power struggle (Bem-estar dos animais de produção a luta pelo poder) Soil Association (Associação do solo) Livros Animal Factories Jim Mason, Peter Singer Editora: Harmony Books ISBN: Animal Machines Ruth Harrison Editora: Stuart & W ISBN: Animal Welfare and Meat Science N.G. Gregory, T. Grandin Editora: CAB International ISBN: Assault and Battery What Factory Farming Means for Humans and Animals Mark Gold Editora: Pluto Press ISBN: Factory Farming Andrew Johnson Editora: Blackwell Publishers ISBN:

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