Breve análise económico-financeira do Município de Portimão Janeiro de 2014
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- Leonardo Belmonte Chaplin
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1 Breve análise económico-financeira do Município de Portimão Janeiro de 2014
2 Introdução O presente relatório sintetiza a situação económico-financeira do Município de Portimão relativamente ao mês de Janeiro de 2014, subdividido em vários capítulos de indicadores. 1
3 Do ponto de vista orçamental: No mês de Janeiro, foram efetuados cabimentos no montante de ,42, os quais, representam cerca de 91,9% do valor total do orçamento da despesa para 2014 ( ), valor do orçamento aprovado pela Assembleia Municipal. Os cabimentos representaram um decréscimo na ordem dos 8,6% (menos ) relativamente ao mesmo período de Quanto ao montante de compromissos, em Janeiro de 2014 ascenderam a ,87, representando cerca de 89,8% do total do orçamento da despesa para Face ao período homólogo de 2013, registou-se um decréscimo na ordem dos 8,2% (menos ). Por outro lado, o montante de compromissos assumidos e não pagos, atingiram no fim de Janeiro de 2014, os , menos 14,2 mil euros que o verificado em igual período de Verifica-se uma tendência decrescente relativamente aos compromissos assumidos e não pagos. Não deixando ainda de ser preocupante a situação de tesouraria do Município. Ressalva-se mais uma vez que a operacionalização dos empréstimos no âmbito do PAEL e reequilíbrio Financeiro permitirá ajustar este indicador à realidade orçamental e de tesouraria do Município de Portimão. Importa contudo reforçar, que os cabimentos e os compromissos assumidos registado até Janeiro de 2014, foram em grande parte, resultado de compromissos assumidos em anos anteriores, com reflexos extremamente fortes no Orçamento das Despesas de 2014, bem como no cálculo dos Fundos Disponíveis para assunção de novos compromissos. 2
4 De facto, os cabimentos transitados, representam cerca de 87,6% do total cabimentado em Janeiro de 2014 ( ), enquanto os compromissos transitados representam cerca de 89,4% do total dos compromissos registados em Janeiro de 2014 ( ). Por força das medidas de contenção da despesa estipuladas pelo Plano de Ajustamento Financeiro (PAEL e Reequilíbrio Financeiro) e a Lei n.º 8/2012 de 21 de Fevereiro que aprovou as regras aplicáveis à assunção de compromissos e aos pagamentos em atraso das entidades públicas, a qual condiciona à assunção de compromissos pelo registo dos fundos disponíveis. Neste sentido face ao ano de 2013 constata-se um aumento dos cabimentos e compromissos assumidos nos anos anteriores e uma redução dos mesmos assumidos no ano corrente, confirmando-se assim o efeito e cumprimento das regras estabelecidas nos normativos. EVOLUÇÃO DA RECEITA O orçamento da receita, registou uma execução na ordem dos 1,2% ( ,39 ) do orçamentado, correspondendo a: 50,2% de Impostos Diretos, 22,1% de Transferências Correntes, 12,5% de Outras Receitas Correntes e 6,9% de Transferências de Capital, conforme ilustrado no gráfico seguinte: 3
5 Importa referir que as receitas totais do Município de Portimão, continuam a depender principalmente da arrecadação de Impostos Diretos, nomeadamente do IMI Imposto Municipal sobre Imóveis o qual representa cerca de 26,03% do total das receitas arrecadadas. No período em análise, verificou-se uma redução da receita global em cerca de 434,2 mil euros (menos 16,67%) face ao período homólogo de Apesar das Receitas Correntes terem um comportamento favorável quer na sua execução, quer no acréscimo de receita com um valor superior em 197,7 mil euros (+ 11,3%), face ao ano anterior, a Receitas de Capitais em especial a rubrica Transferências de Capital tiveram uma quebra de 460 mil euros (-74,8%) e uma execução muito reduzida face ao ano de
6 EVOLUÇÃO DA DESPESA No que se refere ao Orçamento da Despesa, em Janeiro 2014, foram pagos aproximadamente ( no período homologo de 2013), os quais representaram cerca de 1,2% do orçamentado para o ano de Estes pagamentos foram essencialmente referentes a Despesas com o Pessoal, a Despesas com Aquisição de Bens e Serviços, a Transferências/Subsídios, a Passivos Financeiros, a Juros e Outros Encargos, que representaram respetivamente cerca de 56,3%, 8,5%, 27,8%, 1,8% e 4,3% das despesas pagas, conforme consta do gráfico seguinte. Relativamente ao mesmo período de 2013, verificou-se um decréscimo de cerca de 17,2% (menos 446,8 mil euros) nos pagamentos efetuados. Por último, e mais uma vez verificou-se uma forte correlação entre a receita arrecadada e a despesa paga. 5
7 ANÁLISE DOS DESVIOS DA RECEITA E DA DESPESA Tendo em conta que o Município de Portimão, tem em curso a aprovação dos empréstimos do PAEL e Reequilíbrio Financeiro (em fase de visto do Tribunal de Contas), e que estes empréstimos suportam um conjunto de obrigações que estão refletidas nos montantes de dotação orçamental, de cabimentos e de compromissos, procedeu-se também ao ajustamento (diminuição) daqueles montantes constantes no Plano de Ajustamento Financeiro, de forma a demonstrar a realidade da execução orçamental até Janeiro de
8 Nesta análise foi utilizado o critério orçamental anual e a repartição duodecimal (mensal) para se aferir o grau de execução das várias rubricas, pois no início do ano é difícil obter uma perceção sobre a evolução e comportamento das receitas e despesas. DESVIOS DA RECEITA A primeira nota a referir, é que a execução do Orçamento da Receita, em Janeiro de 2014, registou um grau de execução, na ordem dos 1,18%, com um diferencial face ao orçamentado de 181,9 milhões de euros, ficou por executar 43,9% referente ao total da receita mensal expectável. A Receita Corrente registou uma execução na ordem dos 4,47%, 1,9 milhões de euros ficando por cobrar 45,16% relativamente à receita corrente mensal esperada, no entanto este desvio ocorre, porque se considerou a repartição dos Impostos Diretos em duodécimos quando o IMI é liquidado voluntariamente em 3 períodos distintos do ano (Maio, Agosto e Dezembro), no entanto em todos os meses são registados nesta rubrica movimentos quer por liquidações em atraso (coercivas) quer por reembolsos. Inserido nos Impostos Diretos também consta a Derrama com a particularidade de assentar sobre a base tributável do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), assim a liquidação deste imposto autónomo está fortemente correlacionado com a coleta do IRC e na altura em que é declarado o mesmo à Administração Central. Assim como já referido pelos mesmos motivos a Derrama sofre um enviesamento quando é comparável com o orçamentado mensal para cálculo da taxa de execução, apresentado assim um valor reduzido, atingindo um valor aceitável no período em que se deve voluntariamente o imposto. Na rubrica de Rendimentos de Propriedade o desvio também foi considerável devido à periodicidade de liquidação, sendo esta trimestral. Contribuíram para execução da Receita Corrente as rubricas de Impostos Indiretos, Venda de Bens e Serviços Correntes e Outras Receitas Correntes, atingindo as duas primeiras aproximadamente o esperado da dotação mensal, enquanto que a ultima rubrica referida superou em mais de o dobro do esperado na dotação orçamental mensal. Tendo em conta o quadro seguinte, podemos então identificar como grandes desvios do Orçamento da Receita, os registados nas rubricas de Receitas de Capital onde consta a Venda de Bens de Investimento, Ativos Financeiros, Outras Receitas de Capital e Passivos Financeiros, esta ultima a principal responsável pelo desvio global pois não se verificou qualquer execução, correspondendo 133 milhões de euros para dotação orçamental, esta é a verba inscrita referente aos créditos a que o Município se propôs no âmbito do PAEL e Reequilíbrio Financeiro, os quais ainda não cedidos aguardando parecer favorável pelo Tribunal de Contas. Salienta-se que as receitas derivadas da 7
9 rubrica de Passivos Financeiros corresponde a cerca de 72% do valor total das receitas orçamentadas (184 milhões de euros). Apesar disto o comportamento da rubrica Reposições Não Abatidas Nos Pagamentos superou a dotação orçamental anual em 267%, efetuando-se uma anulação por conta da contabilização no ano anterior de custos de juros de mora. ANALISE DOS DESVIOS DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DA RECEITA ATÉ AO MÊS DE JANEIRO 2014 RECEITAS RECEITAS CORRENTES 01 IMPOSTOS DIRECTOS* , , ,63 3,68% ,37-96,32% ,37-55,81% 02 IMPOSTOS INDIRECTOS , , ,47 6,07% ,53-93,93% ,53-27,10% 04 TAXAS, MULTAS E OUTRAS PENALIDADES** , , ,02 1,22% ,98-98,78% ,98-37,72% 05 RENDIMENTOS DE PROPRIEDADE , , ,34 0,06% ,66-99,94% ,49-99,30% 06 TRANSFERÊNCIAS CORRENTES , , ,58 6,05% ,42-93,95% ,00-27,38% 07 VENDA DE BENS E SERVIÇOS CORRENTES , , ,39 5,87% ,61-94,13% ,61-29,62% 08 OUTRAS RECEITAS CORRENTES , , ,57 18,15% ,43-81,85% ,57 117,77% TOTAL RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL DOTAÇÃO ORÇAMENTAL ANUAL MENSAL EXECUÇÃO GRAU DE ORÇAMENTAL EXECUÇÃO A 31/01/2014 A 31/01/2014 VALOR FACE AO ANUAL DESVIO DE EXECUÇÃO % FACE VALOR FACE AO AO ANUAL MÊS JANEIRO Un:euros % FACE AO MÊS JANEIRO , , ,00 4,47% ,00-95,53% ,42-45,16% 09 VENDAS DE BENS DE INVESTIMENTO , ,67 0,00 0,00% ,00-100,00% ,67-100,00% 10 TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL , , ,25 11,81% ,75-88,19% ,92 41,68% 11 ACTIVOS FINANCEIROS*** , , ,10 0,09% ,90-99,91% ,82-97,26% 12 PASSIVOS FINANCEIROS ,00 0,00 0,00 0,00% ,00-100,00% 0,00 0,00% 13 OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL , ,67 0,00 0,00% ,00-100,00% ,67-100,00% 15 REPOSIÇÕES NÃO ABATIDAS NOS PAGAMENTOS , , ,04 276,12% ,04 176,12% , ,49% TOTAL RECEITAS DE CAPITAL , , ,39 0,16% ,61-99,84% ,53-30,27% TOTAL DAS RECEITAS , , ,39 1,18% ,61-98,82% ,94-43,92% * Na repartição do orçamento da receita, considerou-se para esta rubrica a repartição em duodecimos no entanto o IMI terá um fluxo financeiro acrescido em Maio, Agosto e Dezembro. **Na repartição do orçamento da receita, considerou-se para esta rubrica, a repartição mensal deduzida de 1 milhão de euros repartido em duodecimos, referente à Taxa de Proteção Civil, receita prevista no PAF e que será aplicada no 3º trimestre de ***Na repartição do orçamento da receita, considerou-se para esta rubrica, a dedução de 3,3 milhões de euros que correspondem à redução do Capital Social da EMARP prevista no PAF e ainda em visto do Tribunal de Contas. Para as restantes rubricas da Receita, a repartição do orçamento da receita anual foi mensuallizada. DESVIOS DA DESPESA Do ponto de vista da execução orçamental da Despesa, há em primeiro lugar, que salientar que esta registou uma taxa de execução inferior a uma décima da taxa de execução da receita utilizando o critério anual (1,17%). A taxa de execução por parte das despesas correntes aproximou-se perto dos 1,7%, contribuindo para isso a Despesa com Pessoal e Outras Despesas Correntes (8,34% e 6,27%). Analisando na optica da orçamentação mensal a execução foi atingida nas rubricas, Despesas com Pessoal e Transferências Correntes. 8
10 Já nas despesas de Capital, esta teve uma execução residual contribuindo para isso somente a rubrica Passivos Financeiros com uma taxa de 0,42%, nas restantes a execução foi praticamente nula. Este forte desvio alcançado pelo critério anual, não pode ser desassociado da não operacionalização do Plano de Ajustamento Financeiro (PAEL e Reequilíbrio), nomeadamente no que se refere à não contratação dos empréstimos de médio e longo prazos que substituiriam as dívidas de curto prazo, em dívidas de médio e longo prazo, implicando ao nível orçamental que se registasse uma elevada taxa de concretização/execução, limpando os cabimentos e os compromissos relativos a anos anteriores, e que ainda se encontram para visto do Tribunal de Contas. ANALISE DOS DESVIOS DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DA DESPESA ATÉ AO MÊS DE JANEIRO 2014 DESPESA DESPESAS CORRENTES 01 DESPESAS COM O PESSOAL* , , ,42 8,34% ,58-91,66% ,42 2,82% 02 AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS** , , ,42 0,48% ,58-99,52% ,50-75,16% 03 JUROS E OUTROS ENCARGOS*** , , ,99 0,95% ,01-99,05% ,76-87,07% 04 TRANSFERÊNCIAS CORRENTES**** , , ,69 4,58% ,31-95,42% 1.385,86 0,51% 05 SUBSÍDIOS***** , , ,38 0,58% ,62-99,42% ,54-36,74% 06 OUTRAS DESPESAS CORRENTES , , ,59 6,27% ,41-93,73% ,74-24,80% Un: euros TOTAL DESPESAS CORRENTES , , ,49 1,68% ,51-98,32% ,26-38,84% DESPESAS DE CAPITAL 07 AQUISIÇÃO DE BENS DE CAPITAL****** , , ,48 0,01% ,52-99,99% ,52-97,89% 08 TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL******* , ,92 0,00 0,00% ,00-100,00% ,92-100,00% 09 ACTIVOS FINANCEIROS******** , ,67 0,00 0,00% ,00-100,00% ,67-100,00% 10 PASSIVOS FINANCEIROS********* , , ,88 0,42% ,12-99,58% ,62-91,44% 11 OUTRAS DESPESAS DE CAPITAL , ,00 0,00 0,00% ,00-100,00% ,00-100,00% TOTAL DESPESAS DE CAPITAL DOTAÇÃO ORÇAMENTAL ANUAL MENSAL EXECUÇÃO GRAU DE ORÇAMENTAL EXECUÇÃO A A VALOR FACE AO ANUAL DESVIO DE EXECUÇÃO % FACE VALOR FACE AO AO ANUAL MÊS JANEIRO % FACE AO MÊS JANEIRO , , ,36 0,07% ,64-99,93% ,72-94,80% TOTAL DAS DESPESAS , , ,85 1,17% ,15-98,83% ,98-49,47% * Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (1/12), deduzida de 395 mil euros que se encontram no PAEL e Requilibrio Financeiro, os quais se encontra no Tribunal de Contas para visto. ** Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (1/12), deduzida de 29,6 milhões de euros que se encontram no PAEL e Requilibrio Financeiro, os quais se encontra no Tribunal de Contas para visto. *** Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (1/12), deduzida de 1,2 milhões de euros que se encontram no PAEL e Requilibrio Financeiro, os quais se encontra no Tribunal de Contas para visto. **** Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (1/12), deduzida de 2,7 milhões de euros que se encontram no PAEL e Requilibrio Financeiro, os quais se encontra no Tribunal de Contas para visto. ***** Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (1/12), deduzida de 50,6 milhões de euros que se encontram no PAEL e Requilibrio Financeiro, os quais se encontra no Tribunal de Contas para visto. ****** Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (1/12), deduzida de 26,8 milhões de euros que se encontram no PAEL e Requilibrio Financeiro, os quais se encontra no Tribunal de Contas para visto. ******* Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (1/12), deduzida de 8,1 milhões de euros que se encontram no PAEL e Requilibrio Financeiro, os quais se encontra no Tribunal de Contas para visto. ******** Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (1/12), deduzida de 9,9 milhões de euros que se encontram no PAEL e Requilibrio Financeiro, os quais se encontra no Tribunal de Contas para visto. ********* Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (1/12), deduzida de 3 milhões de euros que se encontram no PAEL e Requilibrio Financeiro, os quais se encontra no Tribunal de Contas para visto. Para as restantes rubricas da Despesa, a repartição do orçamento da receita anual foi mensuallizada. 9
11 Cálculo das Capacidades de Endividamento do Município de Portimão De acordo com a metodologia definida na Lei das Finanças Locais e no artigo 97.º, da Lei do Orçamento do Estado para 2014, foi revogada a Lei n.º 2/2007 de 15 de Dezembro, submetendo-se assim não só a uma nova designação de nomenclatura como também a uma nova metodologia para atingir a capacidade de endividamento: LIMITES DE ENDIVIDAMENTO MUNICIPAL 2014 ( ) RECEITAS MUNICIPAIS CORRENTES LIQUIDAS COBRADAS ANO 2011 ANO 2012 ANO 2013 TOTAL DAS RECEITAS CORRENTES LIQUIDAS (ULTIMOS 3 ANOS) MÉDIA DAS RECEITAS CORRENTES LIQUIDAS (ULTIM OS 3 ANOS) TOTAL DE RECEITAS A CONSIDERAR PARA EFEITOS DE CÁLCULO DOS LIM ITES DE ENDIVIDAM ENTO LIM ITE AO ENDIVIDAM ENTO LÍQUIDO DE ACORDO COM O DISPOSTO NA LEI DAS FINANÇAS LOCAIS N.º 1 DO ARTIGO 52.º DA LEI N.º 73/ , , , , , ,69 Indicador de Limite da Divida Total da Câmara Municipal de Portimão: Assim, de acordo com o disposto no n.º1 do artigo 52.º, da Lei n.º 73/2013, de 3 de Setembro, o limite da divida total de operações orçamentais do município, incluindo a das entidades previstas no artigo 54.º (serviços municipalizados e intermunicipalizados, entidades intermunicipais, entidades associativas municipais, empresas locais e participadas, as cooperativas e as fundações e entidades de outra natureza relativamente às quais se verifique.o controlo por parte do município ) não pode ultrapassar, em 31 de Dezembro de cada ano, 1,5 vezes a média da receita corrente líquida cobrada (pelo município e só por este) nos três exercícios anteriores. O n.º 2 do mesmo artigo define que a divida total de operações orçamentais do município engloba os empréstimos, tal como definidos no n.º 1 do artigo 49.º ( incluindo aberturas de crédito junto de quaisquer instituições autorizadas por lei a conceder crédito ), os contratos de locação financeira e quaisquer outras formas de endividamento, por iniciativa dos municípios, junto de instituições financeiras, bem como todos os restantes débitos a terceiros decorrentes de operações orçamentais. Sempre que um município não cumpra o limite no n.º 1 do artigo 52.º, deve reduzir, no exercício subsequente, pelo menos 10% do montante em excesso, até que aquele limite seja cumprido, ou seja quando o município está em excesso deve reduzir o remanescente de endividamento num prazo de 10 anos. 10
12 Desta feita e de acordo com o anteriormente disposto e com a metodologia de cálculo ( saldo credor das contas de terceiros operações orçamentais em 31 de Janeiro de 2014 =< 1,5[(Receita Corrente Liquida N-1 + Receita Corrente Liquida N-2 + Receita Corrente Liquida N-3)/3] ), no mês de Janeiro de 2014 o município de Portimão, excede o limite da divida total municipal em cerca de , no entanto este cálculo será sujeito a esclarecimentos relativamente à metodologia de cálculo por parte da Direção Geral das Autarquias Locais. ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS EM 31 DE JANEIRO DE 2014 CONTAS Saldo devedor Saldo credor ( ) 2 TERCEIROS ,90 22 Fornecedores , Fornecedores, c/c , a 227 (...) 228 Fornecedores - Facturas em recepção e conferência , Adiantamentos a fornecedores 23 Em préstim os obtidos , Em moeda nacional , De curto prazo , Empréstimos bancários , a (...) 2312 De médio e longo prazo , Empréstimos bancários , Outros empréstimos obtidos ,70 25 Devedores e credores pela execução do orçam ento , Devedores pela execução do orçamento 252 Credores pela execução do orçamento ,26 26 Outros devedores e credores , Fornecedores de imobilizado , Fornecedores de imobilizado, c/c , a 2617 (...) , Facturas em recepção e conferência , Adiantamentos a fornecedores de imobilizado 262 Pessoal 264 Administração autárquica , Associações de municípios , Municípios 2643 Serviços municipalizados 2644 Federações de municípios 2645 Associações de freguesias 2646 Freguesias , Empresas municipais e intermunicipais 2648 e 2649 (...) , e 266 (...) 267 Consultores, assessores e intermediários 268 Devedores e credores diversos , Adiantamentos por conta de vendas TOTAL ,90 TOTAL CONSIDERADO PARA CÁLCULO DO ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO ,90 11
13 APURAMENTO DO ENDIVIDAMENTO DO MUNICIPIO DE PORTIMÃO EM JANEIRO DE 2014 Designação M ontante ( ) TOTAL ENDIVIDAMENTO BANCÁRIO CURTO PRAZO ,00 EM PRÉSTIM OS DE CURTO PRAZO NÃO AM ORTIZADOS ATÉ 31 DE DEZEM BRO DO ANO ANTERIOR CAPITAL EM DÍVIDA DE MÉDIO E LONGO PRAZOS M UNICÍPIO , ,00 TOTAL ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO MUNICÍPIO ,90 CONTRIBUIÇÃO AM, SM E SEL PARA O ENDIVIDAMENTO BANCÁRIO DE M ÉDIO E LONGO PRAZOS 0,00 CONTRIBUIÇÃO AM, SM E SEL PARA O ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO 0,00 CRÉDITOS DO M UNICÍPIO JUNTO DAS ENTIDADES DO SEL (INDEPENDENTEM ENTE DE REVELAREM OU NÃO PARA EFEITOS DE LIM ITES DE ENDIVIDAM EN. - N.º 3, ART.º 36.º DA LEI DAS FINANÇAS LOCAIS) ,81 LEASING 0,00 CAPITAL EM DÍVIDA DE MÉDIO E LONGO PRAZOS A CONSIDERAR ,00 ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO A CONSIDERAR ,90 Limites endividamento municipal (recapitulativo) ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO ,69 SITUAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PORTIMÃO EM JANEIRO DE 2014 FACE AO LIMITES Exce s s o ,22 ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO M arge m Fonte: MAPAS DA DGAL Prazo médio de pagamento De acordo com a fórmula de cálculo do prazo médio de pagamentos (PMP) efetuada pela DGAL Direção Geral das Autarquias Locais, o Prazo Médio de Pagamento (PMP) do Município de Portimão, no 1º semestre de 2013, últimos dados disponibilizados pela DGAL, ascendeu a 801 dias, menos 442 dias que no 1.º semestre de 2012, conforme consta no quadro seguinte. EVOLUÇÃO DO PMP (em dias) CÁLCULADO PELOS CRITÉRIOS DGAL DATA PMP (dias) Fonte: DGAL - Direção-Geral das Autarquias Locais Apesar do indicador (PMP) ainda registar um número de dias muito elevado face ao desejável (90 dias), o resultado do último PMP, registou uma inversão muito significativa na tendência registada nos últimos cinco anos, melhorando o indicador em cerca de 442 dias. 12
14 Contudo, não deixa de ser importante referir que o cálculo do PMP Prazo Médio de Pagamento está negativamente influenciado pela titularização de faturas em operações financeiras, nomeadamente, factoring que, por dificuldades de tesouraria do município de Portimão, têm vindo a serem prorrogadas com o acordo das respetivas instituições financeiras. Por seu lado, a expetativa do Município de Portimão de reconverter, a muito curto prazo, as dívidas de curto prazo em empréstimos de médio e longo prazos, materializada na candidatura ao Programa de Apoio à Economia Local PAEL, em fase de visto do Tribunal de Contas, fará naturalmente com que o PMP Prazo Médio de Pagamento decresça significativamente atingindo seguramente os níveis de junho de Pagamentos em atraso De acordo com o disposto na legislação em vigor, nomeadamente, a Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso e no Orçamento do Estado para o ano de 2014, o Município de Portimão não pode ter Pagamentos em Atraso num mês superiores ao do mês anterior. Na verdade, o Município está obrigado a reportar mensalmente à DGAL Direção-Geral das Autarquias Locais, o resultado dos Pagamentos em Atraso. A evolução do cálculo dos pagamentos em atraso tem sido gradualmente positiva, tendo vindo a registar-se um decréscimo sustentado, conforme quadro seguinte: EVOLUÇÃO DOS PAGAMENTO EM ATRASO DO MUNICÍPIO DE PORTIMÃO Un: euros DATA MONTANTE PA DATA MONTANTE PA Fonte: DGAL - Direção-Geral das Autarquias Locais Com a implementação e operacionalização dos empréstimos do PAEL e Reequilíbrio Financeiro, esperase que este indicador desça muito significativamente, pensando-se inclusivamente, que o Município de Portimão deixará de ter pagamentos em atraso. Fundo disponíveis Este indicador demonstra a capacidade de o Município de Portimão proceder a novos compromissos (processo de despesa). De facto, o indicador tem registado uma tendência de crescimento gradual e negativa, com exceção do período de Setembro e Outubro, motivado pela inclusão no cálculo dos fundos disponíveis nesse 13
15 período, o montante dos empréstimos no âmbito do PAEL e Reequilíbrio Financeiro após as respetivas assinaturas dos contratos. Esta situação só será invertida com a implementação/operacionalização dos empréstimos do PAEL e do Reequilíbrio Financeiro que, se espera sejam visados pelo Tribunal de Contas. EVOLUÇÃO DOS FUNDOS DISPONÍVEIS DO MUNICÍPIO DE PORTIMÃO Un: euros DATA MONTANTE FD DATA MONTANTE FD Fonte: DGAL - Direção-Geral das Autarquias Locais 14
16 Conclusão O ano de 2014 será caracterizado pela continuação do processo de ajustamento da economia portuguesa, enquadrado pelo Programa de Assistência Económica e Financeira. Por seu lado o orçamento da receita e da despesa do Município, está em linha com o Plano de Ajustamento Financeiro aprovado no âmbito do PAEL e Reequilíbrio Financeiro, revelando-se assim desequilíbrios estruturantes: Constata-se uma execução da Receita na ordem dos 1,2% ( ), face ao orçamentado ( ); Constata-se uma execução da Despesa na ordem dos 1,2% ( ), face ao orçamentado; Os cabimentos e os compromissos representam em Janeiro de 2014, cerca de 91,9% (169,2 milhões de euros) e 89,8% (165,2 milhões de euros) do orçamento da despesa; Elevado montante de Compromissos transitados que ascendem a 147,7 milhões de euros e que tem reflexos negativos no orçamento de 2014; Elevado montante de compromissos assumidos e não pagos, que em Janeiro de 2014 ascendem a 169,2 milhões de euros; Elevada expetativa de melhoria de todos os indicadores anteriormente referidos, nomeadamente, com a operacionalização dos empréstimos PAEL e Reequilíbrio Financeiro; Da análise à conta de Fornecedores verificou-se uma redução do prazo médio de pagamentos Fraca disponibilidade de tesouraria (liquidez) para satisfazer os compromissos mais urgentes; Reduzida capacidade do Município recorrer a produtos financeiros, nomeadamente acordos de regularização de dívida e empréstimo de curto, médio e longo prazo; Excesso de endividamento Líquido Municipal em cerca de 100,8 milhões de euros; 15
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