O ESTUDO DAS RELAÇÕES TRÓFICAS

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Manuella Correia Camarinho
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1 O ESTUDO DAS RELAÇÕES TRÓFICAS Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva 10 de Janeiro de 2009 O ESTUDO DAS RELAÇÕES TRÓFICAS 2 /

2 São vários os tipos de associação que se podem estabelecer entre organismos vivos Exploração Cooperação Amensalismo Predação Competição Mutualismo Neutralismo Comensalismo Parasitismo Simbiose 3 / São vários os tipos de associação que se podem estabelecer entre organismos vivos Da mesma espécie De espécies diferentes Obrigatórias Facultativas Positivas Neutras Negativas 4 /

3 Essas associações estabelecem-se motivadas por alguns aspectos básicos da vida dos organismos Espaço vital Protecção Alimentação Reprodução Dispersão e por algumas características do ambiente Disponibilidade de espaço Disponibilidade de recursos 5 / A alimentação é uma necessidade vital dos animais e encontra-se entre os pricipais motores de associações bióticas Cooperação Mutualismo Predação Comensalismo Competição Parasitismo Exploração 6 /

4 A alimentação é uma das mais importantes funções vitais dos animais Através da alimentação obtêm: Compostos orgânicos Energia Materiais Ontogenia Crescimento Reprodução Homeostasia Procura de alimento Fuga aos predadores Movimentação Etc. 7 / APLICAÇÕES DO ESTUDO DAS RELAÇÕES TRÓFICAS 8 /

5 Caracterização das relações tróficas entre espécies Em relação a cada uma das espécies da comunidade, pretende-se obter resposta para as seguintes questões: O que come cada uma? Quando come cada uma? Quanto come cada uma? Onde come cada uma? Em que condições come cada uma? Com que frequência come cada uma? O que prefere comer cada uma? Como varia a alimentação de cada uma em função: do dia do ano da idade do crescimento do sexo do estado fisiológico 9 / Caracterização das relações tróficas entre espécies Em relação a cada uma das espécies da comunidade, pretende-se obter resposta para as seguintes questões: Qual o grau de especialização alimentar das espécies? Qual o grau de sobreposição das dietas? Qual a capacidade que o ambiente tem para as suportar? 10 /

6 MÉTODOS DE ESTUDO DAS RELAÇÕES TRÓFICAS 11 / O estudo da ecologia alimentar dos animais pode ser abordado através de: Métodos directos Pouco atractivos Difíceis de concretizar Morosos Pouco práticos Métodos indirectos 12 /

7 Métodos indirectos Observação a posteriori do alimento consumido, ou do que resta dele: Análise do conteúdo do tubo digestivo (ou apenas do estômago) Análise de dejectos Análise de regurgitações Métodos cómodos Métodos simples Métodos precisos Métodos quase universais 13 / A ECOLOGIA ALIMENTAR DOS ORGANISMOS 14 /

8 Os métodos de análise da ecologia alimentar podem ser grosseiramente divididos em dois grandes grupos, de acordo com a natureza dos resultados que produzem: Métodos Qualitativos Listagem dos grupos taxonómicos representados na dieta da população em estudo Métodos Quantitativos Quantificação da informação necessária para analisar a dieta e as relações entre indivíduos 15 / INTENSIDADE ALIMENTAR E SUA VARIAÇÃO 16 /

9 Índice de replecção Medida percentual do peso do estômago em relação ao peso (total ou eviscerado) de cada indivíduo IR i = Peso do conteúdo estomacal do exemplar i 100 Peso total, ou eviscerado, do exemplar i i =n IR = n = efectivo da amostra =1 n / 26 IR i i Variação do índice de replecção: Períodos de alimentação de seis espécies residentes nos campos de fanerogâmicas do Estuário de Bot África do Sul. Atherina breviceps Psammogobius knysnaensis Clinus spatulatus Gilchristiella aestuaria Syngnathus acus Caffrogobius multifasciatus 18 /

10 CARACTERIZAÇÃO DA DIETA E IMPORTÂNCIA DAS PRESAS 19 / A expressão importância das presas não pode ser definida de uma forma universalmente aceite As presas mais importantes podem ser: As mais numerosas As mais frequentes As maiores As consumidas em maior quantidade (sensu lato) As que fornecem ao predador maior quantidade de energia 20 /

11 Métodos de Ocorrência Avaliam a importância das presas com base na frequência com que elas são consumidas pelo predador FO = N º de estômagos em que ocorre a presa i 100 i N º de estômagos amostrados N º de estômagos vazios Métodos Numéricos, etc. Avaliam a importância das presas com base no número de indivíduos ingeridos pelo predador N º de indivíduos da presa i nos estômagos da amostra N = 100 i N º total de presas em todos os estômagos amostrados 21 / OUTROS ASPECTOS DA ECOLOGIA ALIMENTAR 22 /

12 Especialização alimentar (amplitude da dieta) Selectividade alimentar Sobreposição de dietas Consumo 23 / Selectividade alimentar Antroporfização do conceito de selectividade (gosto) O que é (na realidade) selectividade alimentar A relação custo/benefício na selectividade alimentar Como se avalia a selectividade alimentar Adaptações relacionadas com a alimentação 24 /

13 Adaptações relacionadas com alimentação Capacidade para apanhar Por filtração Por perseguição Por emboscada Capacidade para capturar Branquispinhas Dentes Ilícios Capacidade para deglutir Dimensão da boca Calibre e extensibilidade da faringe Capacidade para ingerir Capacidade e extensibilidade do estômago 25 / FIM 26 /

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