XIV CONFERÊNCIA DOS MINISTROS DA JUSTIÇA DOS PAÍSES DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA MANUAL SOBRE TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "XIV CONFERÊNCIA DOS MINISTROS DA JUSTIÇA DOS PAÍSES DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA MANUAL SOBRE TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS"

Transcrição

1 MANUAL SOBRE TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS Junho/2015

2 MANUAL SOBRE TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS I INTRODUÇÃO I. Da Convenção Sobre Transferência de Pessoas Condenadas A Convenção sonbsobre Transferência de Pessoas Condenadas entre os Estados-membros da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (doravante, Convenção) foi assinada em 23 de novembro de 2005, na Cidade da Praia, na República de Cabo-Verde, pelos representantes dos oito Estados membros da CPLP. Nos termos do seu artigo 19., n.º 1, a Convenção substitui os tratados bilaterais em vigor entre os Estados membros que a ratificaram, encontrando-se, por conseguinte, em vigor entre os seguintes Estados: República de Moçambique, desde 1 de agosto de 2009; República Democrática de São Tomé e Príncipe, desde 1 de agosto de 2009; República Federativa do Brasil, desde 1 de agosto de 2009; República Portuguesa, desde 1 de março de 2010; República de Angola, desde 1 de janeiro de 2011; República Democrática de Timor Leste, desde 1 de Maio de República de Cabo Verde, desde 22 de Fevereiro de 2014 República da Guiné-Bissau 1 No quadro da Convenção, os Estados-Parte devem efetuar a transferência de condenados entre si com base no preceituado neste instrumento normativo, sendo que apenas os pedidos de transferência de nacionais que não tenham ainda ratificado a Convenção devem ser tramitados nos termos de tratados bilaterais existentes. Cabe à lei interna de cada Estado reger a tramitação interna do pedido perante as respetivas autoridades judiciárias ou administrativas. A Convenção prevê a cooperação entre as autoridades centrais dos diversos Estados-parte, as quais têm como função a receção e a emissão dos pedidos de transferência, promovendo e conferindo a maior celeridade possível ao processo correspondente, que permite aos condenados que o requeiram, o cumprimento da pena no seu país de origem e junto dos seus familiares. 1 Não existem dados disponíveis relativos à República da Guiné Bissau 2

3 Não obstante as primeiras ratificações desta Convenção e, por conseguinte, o seu início de vigência já remontarem aos anos de 2009 e 2010, na realidade as suas disposições não têm sido convenientemente rentabilizadas, face ao número inexpressivo de transferências de pessoas condenadas entre Estados-Parte. II. Da necessidade de um guia harmonizado para todos os Estados-parte da CPLP que ratificaram a Convenção Constatando-se a necessidade de conferir um maior impulso à aplicação da Convenção, o Gabinete de Documentação e Direito Comparado (GDDC) da Procuradoria-Geral da República (PGR) da República Portuguesa, (agindo na sua qualidade de Autoridade Central designada nos termos do artigo 21º da Lei n.º 144/99, de 31 de Agosto), desenvolveu e disponibilizou no seu sítio internet, em 2013, um manual, destinado a assistir os profissionais nacionais, na implementação da Convenção. Este manual procede à exposição sistemática do conjunto de procedimentos e fases do processo de transferência de pessoas condenadas que resultam da Lei portuguesa e que aplicam a Convenção, além de identificar as boas práticas em vigor para facilitar a cooperação. Tendo sido apresentado à Conferência de Ministros da Justiça dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CMJPLOP), realizada em Lisboa, a 29 e 30 de maio de 2013, foi reconhecido por parte dos Senhores Ministros da Justiça dos Estados membros da CMJPLOP, como uma boa prática e um modelo a seguir, a fim de se alcançar um guia harmonizado para todos os Estados que ratificaram a Convenção, bem como a grande mais-valia para a máxima rentabilização no espaço privilegiado de cooperação dos países da CMJPLOP, tendo sempre como horizonte a progressiva construção de um espaço jurídico comum entre os nossos países. 3

4 III. Da Comissão de Trabalho constituída para a elaboração de um Manual prático integrado sobre a Convenção sobre Transferência de Pessoas Condenadas no âmbito da CPLP Neste contexto, a XIII CMJPLOP deliberou criar uma Comissão de Trabalho composta pelas autoridades competentes em cada Estado para desenvolver um manual comum para aplicação da Convenção sobre Transferência de Pessoas Condenadas no âmbito da CPLP que albergue as boas práticas dos diferentes Estados-membros nesta matéria. Esta Comissão de Trabalho veio a reunir, pela primeira vez, nos dias 2 e 3 de abril de 2014, a convite do Secretariado Permanente da CMJPLOP e sob o patrocínio do Ministério da Justiça de Portugal, para analisar a informação fornecida por todos os Estados signatários da Convenção, tendo sido identificadas e posteriormente reportadas ao Secretário-Geral da Conferência, sob a forma de manual, as melhores práticas instituídas em cada um dos países que falam Português, na convicção de que o conhecimento destas boas práticas auxiliará cada uma das autoridades na aplicação da Convenção e que a troca de experiências facilitará a agilização dos procedimentos, com ganhos significativos para os cidadãos e para os Estados. A República da Guiné-Bissau não pôde participar plenamente neste exercício, esperando-se que, muito em breve, a informação ora disponibilizada possa integrar os elementos referentes a este Estado. IV. Do âmbito e conteúdo do Manual O Manual percorre de forma sistemática as fases administrativa/política e judicial do processo de transferência e procura identificar o quadro de intervenção dos diversos atores, sejam eles autoridades judiciárias, policiais ou diplomáticas. Em conformidade com o artigo 6.º da Convenção, consagra-se a necessidade de designação de autoridades centrais para efeitos da sua aplicação, tendo todos os Estados-parte procedido a tal designação, com exceção de S. Tomé e Príncipe. Não há informação disponível sobre a Guiné Bissau. No âmbito do processo de transferência de condenados têm intervenção o Estado de condenação e o Estado de execução, ou seja, o Estado no qual foi condenada a pessoa que pode ser ou já foi 4

5 transferida e o Estado para o qual o condenado pode ser ou já foi transferido, a fim de cumprir a condenação. Nestes termos, a pessoa condenada numa pena privativa de liberdade por decisão judicial transitada em julgado no Estado de condenação, poderá requerer a sua transferência para cumprimento da pena que lhe foi imposta noutro Estado - o Estado de execução -, desde que se encontrem reunidas as seguintes condições, previstas no artigo 3.º da Convenção: - O condenado deve ser nacional ou residente legal e permanente no Estado de execução, sendo a nacionalidade ou residência aferidas pela lei interna do mesmo Estado; - A transferência de condenados assenta no pressuposto de que a sentença condenatória já alcançou efeito definitivo por via do trânsito em julgado da decisão de condenação, podendo assim, ser executada (o momento em que tal acontece pode divergir de Estado para Estado); - Na data da receção do pedido, a duração da pena de prisão por cumprir deve ser superior a um ano ou indeterminada, podendo, no entanto, esta regra ser afastada, excecionalmente, se os Estados de condenação e de execução assim acordarem; - O condenado ou, nos casos determinados pela Lei interna de cada Estado, o seu representante legal, deve consentir na transferência. V. Conclusão Cabe, por fim, lembrar que este Manual nasce das dificuldades sentidas pelos Estados-membros, destinando-se a colmatar muitas das lacunas que se verificavam no domínio da aplicação prática da Convenção, em concreto no que respeita à transferência de pessoas condenadas. Além disso, como já se referiu, compila e divulga as melhores práticas instituídas em cada um dos países da Conferência. Espera-se que esta cooperação venha a servir os interesses de uma boa administração da justiça e a favorecer a reinserção social das pessoas condenadas, tendo presente que uma das formas de prosseguir tal desiderato consiste em proporcionar às pessoas que se encontrem privadas da sua liberdade em virtude de uma decisão judicial, a possibilidade de cumprirem a condenação no seu próprio meio social e familiar de origem, garantindo, desta forma, a plena observância dos direitos humanos decorrentes das normas e princípios universalmente reconhecidos. 5

6 II QUESTÕES GERAIS 1. Hierarquia das normas aplicáveis em cooperação judiciária internacional. Os Estados podem internamente definir a hierarquia das normas aplicáveis a procedimentos de cooperação internacional, de forma a identificar que instrumentos serão aplicáveis no caso concreto. Procura apurar-se esta hierarquização, Estado por Estado. Dispõe o artigo 13º da Constituição da República de Angola, que: 1. O direito internacional geral ou comum, recebido nos termos da presente Constituição, faz parte integrante da ordem jurídica angolana. 2. Os tratados e acordos internacionais regularmente aprovados ou ratificados vigoram na ordem jurídica angolana após a sua publicação oficial e entrada em vigor na ordem jurídica internacional e enquanto vincularem internacionalmente o Estado angolano. O que pressupõe aquilatar que, a Constituição da República de Angola está acima de qualquer outra norma. Todos os tratados internalizados no ordenamento jurídico brasileiro possuem hierarquia de lei, sendo que todos têm a mesma hierarquia. Dessa forma, a escolha de utilização de um tratado bilateral ou multilateral é escolha do país que encaminha a solicitação. A Autoridade Central Brasileira pode estabelecer procedimentos para execução dos tratados, mas sempre em observância aos mesmos. Em resultado de cooperação internacional, as normas decorrentes dos tratados, das convenções ou dos acordos internacionais, de que Cabo Verde seja parte, uma vez validamente aprovadas ou ratificadas pelas Instituições Jurídicoconstitucionais, cabo-verdianas, diretamente passam a integrar a ordem jurídica cabo-verdiana e por tal são aplicáveis na dita ordem jurídica, situando-se, hierarquicamente, logo abaixo de todos os atos legislativos e normativos internos de cariz constitucional, seguro que têm prevalência sobre todos os atos 6

7 legislativos e normativos internos de valor infraconstitucional (vide: os artigos 12º/1, 3 e 4 da CRCV e; 4º/1 e 2 da Lei nº 6/VIII/201, de 29 de Agosto). Tendo em atenção o que resulta do artigo 18 da Constituição da República de Moçambique: nº.2. As normas de direito internacional têm na ordem jurídica interna o mesmo valor que assumem os actos normativos infraconstitucionais emanados da Assembleia da República e do Governo, consoante a sua respectiva forma de recepção. Em Portugal o artigo 3º da Lei 144/99, de 31 de Agosto (lei interna em matéria de cooperação internacional) dispõe que as formas de cooperação a que se refere o artigo 1.º regem-se pelas normas dos tratados, convenções e acordos internacionais que vinculem o Estado Português e, na sua falta ou insuficiência, pelas disposições desse diploma. Por seu lado, o nº 2 do artigo 8º da Constituição da República Portuguesa estabelece que as normas constantes de convenções internacionais regularmente ratificadas ou aprovadas vigoram na ordem interna após a sua publicação oficial e enquanto vincularem internacionalmente o Estado Português. Sobre todos imperará a Constituição da República portuguesa. As normas aplicáveis a procedimentos de cooperação internacional, definindo hierarquicamente são primeiramente: - Decreto nº 550-M/76, de Julho de 1976 (Acordo Judiciário em matéria Penal; - A Constituição da República, estatuído no seu artigo 12º referente à Relações Internacionais; -Código do Processo Penal Vigente; -A Convenção de Auxilio Judiciário em matéria Penal entre os Estados membros da CPLP, etc. O Estado de Timor Leste recorre em primeiro lugar à convenção sobre a transferência de pessoas condenadas entre os estados membros da CPLP. No caso de a convenção apresentar alguma falha o estado de timor recorre à lei de Cooperação Judiciária Internacional Penal, Lei n.º 15/2011, de 26 de Outubro (Lei de Cooperação Judiciária 7

8 Internacional Penal) e ao Código do Processo Penal, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 13/2005, de 22 de Novembro como podemos verificar no artigo 3º da referida lei Prevalência dos tratados: 1. As formas de cooperação a que se refere o artigo 1.º regem-se pelas normas dos tratados que vinculem Timor-Leste e na sua falta, pelas disposições deste diploma; 2 São subsidiariamente aplicáveis as disposições do Código de Processo Penal. 2. Reciprocidade. O princípio da reciprocidade, regra basilar de direito internacional público, radica no princípio de que um pedido deve mostrar-se enformado da vontade de garantir a execução de pedido de contornos idêntico que viesse a ser dirigido pelo Estado a quem se pede ao Estado que solicita a cooperação. Questiona-se se a aplicação da regra da reciprocidade, per se, é base suficiente para permitir o estabelecimento de uma relação de cooperação internacional que vise possibilitar a transferência de um condenado. Sim, na doutrina jurídica angolana, o princípio da reciprocidade consiste em permitir a aplicação de efeitos jurídicos em determinadas relações de Direito, (vide al. g) do artigo 12º da Constituição da República de Angola) quando esses mesmos efeitos são aceites igualmente por países estrangeiros. Segundo o Direito Internacional, a reciprocidade implica o direito de igualdade e de respeito mútuo entre os Estados. O mesmo tem servido de base para atenuar a aplicação do princípio de territorialidade das leis. Não. É necessário que haja autorização legal para reciprocidade no ordenamento legal brasileiro e a mesma ainda não existe. Ressalta-se que há empenhos no Parlamento para alteração da lei sobre o estrangeiro no Brasil, para que exista reciprocidade para transferência de pessoas condenadas. Na ordem jurídica cabo-verdiana é aceite a aplicação do princípio da reciprocidade, princípio esse que se materializa no facto de Cabo Verde, no 8

9 âmbito de um determinado processo de cooperação internacional, poder fazer uso da essência do princípio da reciprocidade para solicitar garantias de reciprocidade ao Estado estrangeiro/requerente, na dita cooperação, se as circunstâncias assim exigirem, certo que na mesma linha de cooperação, de contrário por exigências dos Estados estrangeiros, também Cabo Verde, enquanto Estado requerente pode se ver obrigada a prestar as aludidas garantias (vide: os artigos 3º da Lei nº 6/VIII/2011 de 29 de Agosto e; 11º/1 in fine da CRCV). Igualmente é possível no contexto de Acordo Bilateral ou Multilateral que determine tal cooperação e mediante a ratificação de tal Acordo pela Assembleia da República. De acordo com o disposto no artigo 4º da Lei 144/99, de 31 de Agosto, a cooperação internacional releva do princípio da reciprocidade pelo que Portugal poderá autorizar um pedido de cooperação para transferência de condenados, na ausência de instrumento internacional que o preveja e regulamente, solicitando ou oferecendo reciprocidade para pedidos em casos análogos. De acordo com o ordenamento jurídico interno e, mediante as disposições estabelecidas no Capítulo IV do Titulo II do Livro II do Código de Processo Penal, especificamente os artigos e 190.º e 194.º dispõem sobre as Relações com autoridades estrangeiras e entidades Judiciárias Internacionais. Particularmente, o art. 190.º permite que as relações com as autoridades estrangeiras relativas à administração da justiça penal são reguladas pelos tratados e convenções internacionais, na sua falta ou insuficiência, pelo disposto em lei especial e ainda pelas disposições deste capítulo. Sim. No artigo 4º da Lei de Cooperação Judiciária Internacional Penal é referido que 1 A cooperação regulada no presente diploma releva do princípio da reciprocidade. 2 - O Ministério da Justiça solicita uma garantia de reciprocidade se as circunstâncias o exigirem e pode prestá-la a outros Estados, nos limites deste diploma. 3 A falta de reciprocidade não impede a satisfação de um pedido de cooperação (...). 9

10 3. Vigência da Convenção sobre a Transferência de Pessoas Condenadas entre os Estados Membros da CPLP. Embora todos os Estados da CPLP tenham assinado este Instrumento a sua entrada em vigor tem sido alcançada em diferentes datas. Pretende recolher-se informação organizada e facilmente acessível sobre a data da entrada em vigor da Convenção nos seus diversos Estados signatários. Sim, de lembrar que foi rubricado a respectiva Convenção pelo então Ministro da Justiça de Angola, Dr. Manuel Aragão, aos 23 de Novembro de 2005, na cidade da Praia, conjuntamente com os seus homólogos como atesta a Resolução nº 27/10 de 6 de Setembro. Cujo depósito foi efectuado no Secretariado da CPLP no dia 16 de Dezembro de Sim, por meio do Decreto nº 8.049, de A Convenção sobre a Transferência de Pessoas Condenadas entre os Estados Membros da CPLP, encontra-se em vigor na ordem jurídica cabo-verdiana desde o dia 22 de Fevereiro de 2014, já que foi validamente aprovada, ratificada pela resolução nº 96/VIII/2014 de 21 de Fevereiro e publicada no B.O Nº 12, Iª Série, da última data indicada (vide: também o artigo 12º/2 da CRCV). GUINÉ-BISSAU Sim, encontra-se em vigor e foi ratificada pela Resolução nº. 2/2007, de 28 de Junho, da Assembleia da República. A Convenção sobre Transferência de Pessoas Condenadas entre os Estados Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa foi aprovada pela Resolução da Assembleia da República n.º 48/2008, foi ratificada pelo Decreto do Presidente da República n.º 66/2008 e foi publicada em Diário da República I, n.º 178, de 15 de Setembro de 2008, data a partir da qual se encontra em vigor. 10

11 Nos termos do n.º 2 e 3 do artigo 18.º desta convenção a mesma está em vigor para a República de São Tomé e Príncipe desde 1 de Agosto de Porém, conforme os procedimentos internos, assegurados pela Constituição da República, nos termos do art. 13.º, especificamente o n.º2, as normas de convenções, tratados e acordos internacionais vigoram na ordem jurídica sãotomense após a sua publicação oficial. Neste sentido, esforços têm sido feitos pelo Governo no sentido de publicar e implementar efectivamente a presente Convenção. Sim. Timor-Leste ratificou a Convenção sobre a Transferência de Pessoas Condenadas entre os Estados membros da CPLP. 4. Existência de outros instrumentos, bilaterais ou multilaterais. É consabido que os Estados podem vincular-se a instrumentos internacionais temáticos, nomeadamente em relação a esta forma de cooperação, que se torna, assim, possível ao abrigo de outro Tratado ou Convenção Internacional.Pretende obter-se informação global sobre o universo destes instrumentos. Sim, é possível, no âmbito dos acordos bilaterais entre os Estados sobre a Transferência de Pessoas condenadas a penas privativas de Liberdade. A título de exemplo são os Acordos Bilaterais celebrados com a Rússia, Zâmbia e a Namíbia. Sim, como exemplo podemos citar a Convenção Interamericana sobre o Cumprimento de Sentenças Penais no Exterior (Decreto nº 5.919, de ) e o Tratado entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa sobre a Transferência de Pessoas Condenadas ( Decreto nº 5.767, de ). Existe e, ou vigora na ordem jurídica cabo-verdiana, outros instrumentos bilaterais ou multilaterais, que tornam possível a cooperação judiciária internacional, nomeadamente ao abrigo da/o: 11

12 Acordo de Cooperação Jurídica e judiciária entre a República de Cabo Verde e a República de Portugal; Acordo sobre Extradição entre a República de Cabo Verde e o Reino da Espanha; Acordo de Cooperação Judiciária entre a República de Cabo Verde e a República do Senegal; Convenção sobre Extradição entre os Governos dos Estados Membros da CEDEAO; Convenção de Extradição entre os Estados Membros da CPLP; Declaração de Rabat e Convenção de Auxílio Judiciário Mútuo e de Extradição contra o Terrorismo; Convenção das Nações Unidas contra o Tráfico Ilícito de estupefacientes e Substâncias Psico-trópicas, Convenção das Nações Unidas contra a Criminalidade Organizada Transnacional e; Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção. É possível desde que haja Acordo de Cooperação nesse sentido e mediante ratificação de tal Acordo pela Assembleia da República, como acontece com os Países Membros da SADC, a nível da Região da África Austral. Portugal é Estado Parte nos seguintes Instrumentos internacionais em matéria de transferência de condenados: Convenção Europeia sobre Transferência de Pessoas Condenadas, publicada no Diário da República I-A, n.º 92, de 20/04/1993, Acordo de Cooperação Jurídica e Judiciária, celebrado entre as Repúblicas de Portugal e de Cabo Verde, Acordo de Cooperação Jurídica, celebrado entre as Repúblicas de Portugal e da Guiné Bissau, Convenção Relativa à Assistência às Pessoas Detidas e à Transferência das Pessoas Condenadas, entre a República Portuguesa e o Reino de Marrocos, Acordo entre a República Portuguesa e a República Argentina sobre a Transferência de Pessoas Condenadas, Tratado sobre a Transferência das Pessoas Condenadas entre a República Portuguesa e a República do Peru, Tratado entre a República 12

13 Portuguesa e a República Popular da China sobre a Transferência de Pessoas Condenadas, Acordo Relativo à Transferência de Pessoas Condenadas entre a República de Portugal e o Governo da Região Administrativa Especial Hong Kong, Acordo de Transferência de Pessoas Condenadas, celebrado entre a República de Portugal e o Governador de Macau, Tratado de Cooperação na Execução de Sentenças Penais, celebrado entre a República de Portugal e o Reino da Tailândia. É, ainda, Estado parte na Convenção das Nações Unidas contra o Tráfico Ilícito de Estupefacientes e Substâncias Psicotrópicas, na Convenção das Nações Unidas contra a Criminalidade Organizada Transnacional e na Convenção contra a Corrupção, Convenções que contém dispositivos relativos à transferência de pessoas condenadas. É possível a transferência de condenados ao abrigo de Convenção que São Tomé e Príncipe faça parte e que especificamente contém recomendação neste sentido, como por exemplo, a Convenção Contra a Criminalidade Organizada Transnacional, de 15 de Novembro de 2003, e a Convenção contra a Corrupção, de 31 Outubro de Sim. Timor-Leste ratificou também a Convenção de Auxílio Judiciário em Matéria Penal entre os Estados membros da CPLP, que refere no artigo 13º a entrega temporária de detidos ou presos. Também tem a finalidade de reforçar a cooperação judiciária em matéria penal e de garantir que o auxílio judiciário mútuo decorra com rapidez e eficácia. 5. Legislação interna em matéria de cooperação judiciária internacional em matéria penal. Alguns Estados fizeram a opção de legislar internamente sobre cooperação judiciária internacional em matéria penal. Estes instrumentos legislativos permitem obter manifestação interna dos compromissos assumidos aquando da ratificação de instrumentos internacionais. Não existe uma legislação específica aplicável aos tratados de cooperação judiciária em matéria penal a excepção da Lei 4/11 de 14 de Janeiro (Lei dos 13

14 Tratados Internacionais). Por conseguinte, estes Tratados têm sido negociados com base no princípio da liberdade contratual e da autonomia da vontade. Entretanto, convém salientar que existe uma proposta de Lei de cooperação judiciária internacional em matéria penal, que se encontra em fase de discussão. Não há legislação específica. A cooperação jurídica é exercida pelos Estados com base em acordos bilaterais, tratados regionais e multilaterais e, para alguns países, com base na promessa de reciprocidade. Existe e, ou vigora na ordem jurídica cabo-verdiana, legislação relativa à cooperação judiciária internacional, consagrada na Lei nº 6/VIII/2011 de 29 de Agosto, publicada no B.O nº 29, Iª Série, da mencionada data. A legislação existente no ordenamento jurídico interno do Estado Moçambicano sobre cooperação judiciária internacional em matéria penal, é a resultante das Convenções Internacionais sobre a matéria acolhida através de ratificação do nosso Estado, pela Assembleia da República, nos termos das alíneas; t) e u), do artigo179, conjugado com o artigo 18, ambos da Constituição da República de Moçambique, nomeadamente: a Convenção sobre a Transferência de Pessoas Condenadas entre os Estados Membros da CPLP, ratificada pela Resolução nº. 2/2007, de 28 de Junho; Convenção de Extradição entre os Estados Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, ratificada pela Resolução nº.3/2007, de 28 de Junho e a Convenção de Auxílio Judiciário em Matéria Penal entre os Estados Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, ratificada pela Resolução nº. 4/2007, de 28 de Junho, todas da Assembleia da República, entre outros instrumentos legais no contexto das Nações Unidas. Em Portugal encontra-se em vigor, desde o dia 1 de outubro de 1999, a Lei 144/99, de 31 de Agosto, que regulamenta as seguintes formas de cooperação internacional em matéria penal: extradição, transmissão de procedimento criminal, execução de sentenças penais estrangeiras, transferência de pessoas 14

15 condenadas, vigilância de pessoas condenadas e libertadas condicionalmente e auxílio judiciário mútuo. Esta Lei foi já alterada pelas leis n.º 104/2001, de 25 de Agosto, n.º 48/2003, de 22 de Agosto, n.º 48/2007, de 29 de Agosto e n.º 115/2009, de 12 de Outubro. O ordenamento jurídico nacional garante de uma forma geral a possibilidade para a cooperação judiciária internacional em matéria penal, primeiramente desde a Constituição da República que nos n.º 1 e 2 do artigo 41.º, estatui o princípio de extradição e veda a possibilidade de aplicação deste procedimento aos nacionais e permite a sua aplicação aos estrangeiros residentes no país com excepção de extradição para responder pelos crimes políticos, ou ser condenado a penas de morte ou prisão perpétua. Especificamente o Código de Processo Penal, Lei n.º 19/2009, de 17 de Dezembro, publicado no Diário da República n.º 54, dispõe no Capítulo IV do Titulo II do Livro II sobre as relações com autoridades estrangeiras e entidades judiciárias internacionais em matéria penal. Por outro lado, a República Democrática de São Tomé e Príncipe aderiu a convenção sobre a transferência de pessoas condenadas entre o Estados Membros da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa desde Novembro de 2005, e este diploma tem sido considerado para todos os efeitos como vigente no país, porém ainda sem a efectiva aplicação. Nos termos do art. 190.º do CPP as relações com as autoridades estrangeiras relativas à administração da justiça penal efectiva-se pelas convenções, Leis e as disposições deste Capítulo, assim, existe sim a possibilidade de se facultar a transferência internacional de condenados. Sim. O Parlamento de Timor-Leste aprovou em 2011 a Lei no 15/2011, de 26 de Outubro, Lei de Cooperação Judiciária Internacional Penal, que prevê a assistência mútua entre Estados, com vista a salvaguardar a segurança e a estabilidade nas relações internacionais. 15

16 6. Previsão legal e natureza do processo de transferência de condenados. No caso dos Estados que possuem legislação interna sobre esta temática é objecto de regulação legislativa a tramitação e natureza do processo de transferência de condenados, cujos cambiantes são variados. Tendo em consideração a resposta anterior, a tramitação política, Administrativa e Judicial é feita mediante os acordos entre os Estados. Sim, mediante os acordos entre os Estados, mas não há legislação genérica sobre o assunto. Visivelmente, não existem previsões legais, quer seja no seio da Lei nº 6/VIII/2011 de 29 de Agosto, quer no âmbito da Convenção sobre a Transferência de Pessoas Condenadas entre os Estados membros da CPLP, que classifica o processo de Transferência de Pessoas Condenadas, quanto à sua natureza processual. Mas, do estabelecido nalgumas disposições legais, firmes na primeira das citadas bases legais, pode-se deduzir que quanto à sua natureza, o processo de Transferência de Pessoas Condenadas é um processo especial, com carácter urgente. (vide: o artigo 11º/1, 1ª parte da CRCV e os artigos 46º; 73º; 104º/1 e; 114º/2, todos da Lei nº 6/VIII/2011 de 29 de Agosto). Sim, de acordo com o instrumento legal que determina tal acto no contexto da matéria ratificada pela Resolução da Assembleia da República. A forma de cooperação relativa à transferência de condenados encontra-se regulamentada nos artigos 114º a 125º da Lei 144/99 de 31 de Agosto, que define os procedimentos em que Portugal seja Estado de condenação ou Estado de execução. Em ambas as situações o procedimento tem duas fases, político administrativa e judicial. Nos termos do art. 190.º do CPP as relações com as autoridades estrangeiras relativas à administração da justiça penal efectiva-se pelas Convenções, Leis e as disposições deste Capítulo, assim, existe sim a possibilidade de se facultar a 16

17 transferência internacional de condenados. Sim. O artigo 1º da Lei de Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal refere que o objecto da lei é regular, entre outras, a extradição e a transferência de pessoas condenadas a penas e medidas de segurança privativas da liberdade. 7. Identificação da autoridade central. A Convenção impõe a designação de autoridades centrais para efeitos da sua aplicação. Tal designação será realizada através de declarações cuja consulta poderá ser complementada através da informação que se recolhe desta forma. Convenção: Artigo 6º da Convenção Os Estados contratantes designarão as autoridades centrais respectivas para efeitos de aplicação da presente Convenção, no momento em que procederem, em conformidade com o disposto no artigo 18º, ao depósito do seu instrumento de ratificação, aceitação ou aprovação Sim, no caso de Angola, é o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos. Sim. Ministério da Justiça, por meio do seu Departamento de Estrangeiros (órgão da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça). A Procuradoria-Geral da República de Cabo Verde é identificada como sendo a Autoridade Central para efeito de receção e de transmissão dos pedidos, no âmbito de todas as formas de cooperação judiciária internacional (vide: os artigos 21º/1; 79º/1; 95º/1; 113º/1; 114º/1; 118º/1, todos da Lei nº 6/VIII/2011 de 29 de Agosto, publicada no B.O Nº 29, Iª Série, da mesma data). A autoridade resulta das funções institucionais e funcionais, que neste caso é o Ministro da Justiça, sendo o órgão do Governo que tutela o Serviço Nacional Penitenciário que por sua vez é responsável pela execução de penas. A Procuradoria-Geral da República é definida como autoridade central, para esta e outras formas de cooperação internacional, pelo artigo 21º da já citada 17

18 Lei 144/99 de 31 de Agosto. O país ainda não institucionalizou nenhuma autoridade central para facilitar a tramitação do processo de transferência de condenados, mas caso houvesse necessidade para resolução da referida temática os trâmites seriam efetuados a partir do Ministério da Justiça em consonância com a Procuradora Geral da República. A autoridade central que tem como função a receção de pedidos de transferência é a Procuradoria-Geral da República, tal como podemos ler no artigo 19º do capítulo II da Lei de Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal. 1 - Para a recepção e transmissão dos pedidos de cooperação, bem como para todas as comunicações que aos mesmos digam respeito é designada, como Autoridade Central, a Procuradoria-Geral da República. 8. Mecanismos de coordenação nacional e de acompanhamento de processos de transferência de condenado. Atendendo a que são variadas as instituições nacionais convocadas num processo de transferência podem existir mecanismos de coordenação nacional de acompanhamento dos procedimentos cuja identificação e modus faciendi importa conhecer. Sim, que é procedido conjugadamente entre os Ministérios da Justiça e dos direitos Humanos, Ministério do Interior, Ministério das Relações Exteriores e a Procuradoria Geral da República. Sim. A coordenação entre os órgãos participantes do processo da transferência de pessoas condenadas (Poder Judiciário, Penitenciárias, Departamento de Polícia Federal, Ministério das Relações Exteriores) é realizada através de comunicações oficiais. Existe todo um mecanismo de coordenação nacional e de acompanhamento de processo de Transferência de Pessoas Condenadas, envolvendo o membro do Governo responsável pela área da Justiça, a Procuradoria-Geral da República, o 18

19 Supremo Tribunal de Justiça, a Direção de Gestão Prisional e Reintegração Social, o Ministério das Relações Exteriores, as Embaixadas e Serviços Consulares e o Ministério da Administração Interna (vide: os artigos 21º; 27º/1, 2ª parte; 79º/2; 95º/4; 98º; 99º; 110º a 121º e; 43º, todos da Lei nº 6/VIII/2011 de 29 de Agosto). Sim, pelo conjunto dos órgãos titulares de Administração da Justiça, nomeadamente, Ministério da Justiça, Procuradoria-Geral da República, Tribunal Supremo, Ministério do Interior e entre outros com ligação directa e pertinente no caso em concreto. A Procuradoria-Geral da República, no exercício das suas competências como autoridade central, assegura a instrução do processo administrativo de transferência de condenados e acompanha a sua marcha na fase judicial. Neste quadro mantem estreitos procedimentos de cooperação e colaboração com as demais entidades nacionais intervenientes nos procedimentos (Ministério dos Negócios Estrangeiros, Autoridades Judiciárias, Gabinete Nacional da INTERPOL, etc ). Legalmente institucionalizado, ainda não existe nenhum mecanismo nacional de coordenação e acompanhamento de pedido de transferência de condenado. Porém, o procedimento a nível de relações com as autoridades estrangeiras relativas à administração da justiça penal é feita nos termos dos Tribunais e do Ministério Público quando das suas competências, e administrativamente é assegurado pelo Ministério da Justiça a quando do envio e recepção, nos termos do art. 192.º do CPP. Sim. O artigo 134º da Lei de Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal refere os mecanismos internos a seguir nos pedidos de transferência: é feito um pedido formulado por Timor-Leste e depois a autoridade central dá conhecimento do facto aos serviços competentes, para acompanhamento das medidas impostas na sentença, com vista ao estabelecimento de contactos diretos com os congéneres estrangeiros. 19

20 III ESTADO DA CONDENAÇÃO QUESTÕES MAIS FREQUENTES 9. Trânsito em julgado da decisão de condenação. O pressuposto de uma transferência de condenados é o de que a sentença condenatória já tenha alcançado efeito definitivo e possa ser executada. Este momento pode divergir de Estado para Estado. Convenção: Artigo 3º nº 1 al. b) A sentença ser definitiva. Depois da publicação do Acórdão ou sentença e tenha alcançado efeito definitivo. Ou tenha expirado o prazo para recorrer que são (5) cinco dias, nos termos do artigo 651º do Código de Processo Penal. O trânsito em julgado é declarado pelo Poder Judiciário quando termina o prazo para interposição de recursos estabelecido pela legislação brasileira. Para efeito do vencimento de trânsito em julgado de uma determinada sentença de condenação, acontece que após ser pronunciada pelo Juiz da Causa, resultante da qual ela teve/tem lugar é estabelecido um prazo de 10 dias, a contar da data da notificação da mesma sentença para interposição de recurso por parte da pessoa a quem ela foi/é desfavorável, sob pena de uma vez vencido o dito prazo, sem que a pessoa em causa tenha interposto o aludido recurso tal sentença, de forma definitiva, transitar-se-á em julgado (vide: os artigos 136º; 144º e; 452º, todos do cód. do proc. penal cabo-verdiano). A decisão transita em julgado por decurso do prazo que a lei estabelece para o recurso e observados os mecanismos processuais inerentes ao caso em concreto. A decisão condenatória transita em julgado uma vez expirado o prazo para da mesma recorrer (30 dias após a notificação do arguido, nos termos do artigo 411º do Código de Processo Penal Português) sem que da mesma tenha sido interposto recurso ou, tendo-o sido, assim que todos os Tribunais de recurso se tiverem pronunciado. 20

21 De acordo ao Código do Processo Penal, pois as decisões penais condenatórias transitadas em julgado têm força executiva em todo o território nacional e ainda em território estrangeiro conforme o Tratado e as Convenções e regras de Direito Internacional estatuídos nos artigos 336º e o 429º no Código do Processo Penal santomense. A data do trânsito em julgado é prolongada por 15 dias para apresentar o recurso ao tribunal de Recurso. SE não houver recurso o tribunal condena o recluso com base na sentença. Como base legal podemos referir o artigo 300º do Código de Processo Penal. 10. Liquidação da pena do condenado/requerente. A Convenção, ao contrário de outros instrumentos aplicáveis em relação a esta forma de cooperação, estabelece que a transferência só se realizará se ainda remanescer, por cumprir, pelo menos um ano da pena que foi originariamente imposta, salvo acordo em contrário alcançado entre os Estados. Esta informação, aliás, está incluída na obrigação de fornecimento de informações. Convenção: Artigo 3º nº 1 al. c) Se na data de recepção do pedido de transferência, a duração da condenação que o condenado tem ainda de cumprir for superior a um ano ou indeterminada, artigo 3º nº 2 Em casos excepcionais, os Estados Contratantes podem acordar numa transferência, mesmo quando a duração da condenação que o condenado tem ainda a cumprir for inferior à prevista na alínea c) do nº. 1 do presente artigo. É feito, calculando a data da sua detenção, até a data em que expiará a pena. A liquidação é calculada a partir do início do cumprimento da pena, incluindose as remissões e a data provável do término, pelo Juízo da Vara das Execuções Penais competente para execução da pena do condenado. A liquidação da pena do condenado, após o trânsito em julgado da sentença condenatória é feita nos termos do artigo 58º do código penal cabo-verdiano, 21

22 fixando a contagem do tempo de cumprimento da pena de prisão, que uma vez vencida, o condenado pode vir a ser colocado em liberdade condicional, podendo, também suceder a sua liberdade definitiva, contabilizando-se para o efeito, inclusive os dias de detenção e de prisão preventiva, caso haja tido lugar (vide: ainda os artigos 59º a 63º, todos do código penal cabo-verdiano). A liquidação da pena é feita oficiosamente pelo tribunal condenatório no prazo de dez dias após o trânsito em julgado da decisão ou provisoriamente depois da data da sentença. O Ministério Público, após o trânsito em julgado da decisão condenatória, em sede da denominada liquidação da pena, indica as datas em que o condenado poderá vir a ser colocado em liberdade condicional e definitiva, nos termos do artigo 477º do Código de Processo Penal Português, e por aplicação dos critérios do 61º do Código Penal Português. Relativamente ao nosso ordenamento jurídico, especificamente o Código Penal, no seu artigo 62º, considera-se cumprida e extinta se a liberdade condicional não for revogada, logo que expire o período da duração desta independentemente do despacho e ainda preceituado no Código do Processo Penal, que o Tribunal competente para execução declara extinta a pena ou a medida de segurança notificando o beneficiário com entrega de cópia e sendo caso disso, remetendo cópias para os Serviços Prisionais, Serviços de Reinserção Social e outras instituições a determinar. De acordo com o artigo 330º do Código de Processo Penal de Timor-Leste na contagem do tempo de prisão os anos, os meses e os dias são computados segundo os critérios seguintes: a) A prisão fixada em anos termina no dia correspondente, dentro do último ano, ao do início da contagem e, se não existir dia correspondente, no último dia do mês; b) A prisão fixada em meses é contada considerando-se cada mês um período que termina no dia correspondente do mês seguinte, ou não 22

23 havendo, no último dia do mês; c) A prisão fixada em dias é contada considerando-se cada dia um período de vinte e quatro horas, sem prejuízo do que no artigo seguinte se dispõe quanto ao momento da libertação. Quando a prisão não for cumprida continuamente, ao dia encontrado segundo os critérios do número anterior, acresce o dia correspondente às interrupções. 11. Prestação de informação ao condenado estrangeiro. Resulta de instrumentos internacionais de Direitos Humanos, e do próprio dispositivo da Convenção que os Estados assumem a obrigação de prestar informação aos condenados estrangeiros sobre a existência deste mecanismo, o direito que lhes assiste de o utilizarem em seu favor e de lhes entregar um formulário que se encontra anexo ao texto convencional. Convenção: Artigo 4º nº 1 Qualquer condenado ao qual a presente Convenção se possa aplicar deve ser informado do seu conteúdo pelo Estado da condenação, sendo-lhe entregue o modelo de requerimento que se encontra em anexo à Presente Convenção. Sim, através dos serviços prisionais afecto ao Ministério do Interior. Como preceitua a Lei nº 8/08 de 29 de Agosto. (Lei Penitenciária). Sim. Primariamente através do Ministério da Justiça. Os serviços prisionais por intermédio dos técnicos sociais de reintegração social ou dos serviços afetos às direções das cadeias e, na mesma linha, os próprios advogados, constituídos pelos condenados devem informar-lhes das faculdades para solicitarem as suas transferências, bem como das decisões tomadas, relativamente às mesmas solicitações. Na mesma linha, o próprio Juiz da Causa, no ato da leitura da sentença condenatória, também pode informar ao condenado, da possibilidade legal existente para efeito de poder solicitar a sua transferência (vide: os artigos 112º; 114º/5 e; 118º/4, todos da Lei nº 6/VIII/2011 de 29 de Agosto). 23

24 Sim, a informação é prestada pelos Departamentos de Controlo Penal dos Estabelecimento Penitenciários no momento de entrada no Estabelecimento e sempre que for necessário no contexto de difusão de informação ou instruções regulamentares aos reclusos. Obrigatoriamente, a entrada e saída do recluso estrangeiro é comunicada à entidade Consular ou Diplomática respectiva, através dos mecanismos diplomáticos pertinentes instituídos pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Portugal: Sim, através do Estabelecimento Prisional onde se encontra detido o condenado estrangeiro. No acto da leitura da sentença o cidadão estrangeiro, condenado em Portugal, também poderá ser informado desta possibilidade. Este tipo de informação é prestado através do Estabelecimento Prisional onde se encontra detido o condenado estrangeiro. No ato da leitura da sentença o cidadão estrangeiro, condenado em Portugal, também poderá ser informado desta possibilidade. De acordo a Lei 13/2008 (Regulamento Interno do Estabelecimento Prisional de São Tomé e Príncipe) concernente a Direitos dos reclusos no seu artigo 3º após o ingresso dos recluso ao Estabelecimento prisional são dadas diversas informações ao mesmo, mas relativamente a matéria sobre a Transferência dos mesmos ao seu país de origem torna-nos difícil dar esta mesma resposta tendo em conta não encontrar ainda em execução a Transferência de pessoas condenadas ao nível dos países da CPLP. Sim. Os serviços prisionais informam as pessoas condenadas que podem beneficiar da faculdade de solicitar a sua transferência. (artigo 110º - Lei de Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal). 12. Recolha da manifestação de vontade/requerimento subscrito pelo condenado. Um dos pressupostos do mecanismo criado por esta Convenção é o de que caberá ao próprio condenado, por si ou através de representante, em virtude da idade ou estado físico, manifestar a sua vontade de ser transferido. O modo e a autoridade perante a qual esta 24

25 vontade é manifestada são diferentes, de Estado para Estado. Convenção: Artigo 2º nº 2 A transferência poderá ser solicitada pelo Estado da condenação ou pelo Estado da execução, em qualquer dos casos a requerimento ou com consentimento expresso da pessoa condenada, artigo 4º nº 2 Se o condenado exprimir, junto do Estado da condenação, o desejo de ser transferido ao abrigo da presente Convenção, este Estado deve informar de tal facto o Estado da Execução, o mais cedo possível, logo após a sentença ter transitado em julgado. A informação é acompanhada de indicação da decisão deste quanto à transferência, artigo 4º nº 3 al. d) declaração da pessoa condenada contendo o seu consentimento na transferência e artigo 3º nº 1 al d) Se o condenado, ou quando em virtude da sua idade ou do sei estado físico e mental a legislação de um dos Estados Contratantes o considere necessário, o seu representante, tiver consentido na transferência. Sim, o pedido deve ser dirigido ao Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos na qualidade de Autoridade Central do Estado Angolano. Não. Deve ser apresentado por escrito e encaminhado para o Ministério da Justiça pelo requerente. O requerimento para efeito do pedido de transferência do condenado é recolhido pela Direção de Gestão prisional e Reintegração Social por intermédio do técnico social de reintegração social ou ainda pelo advogado do próprio condenado, seguindo o seu trâmite para a Procuradoria-Geral da República, aonde nos termos da lei vai merecer a devida atenção e tratamento, sob a forma de um processo organizado, contendo parecer, relatório de acompanhamento social, relatório médico, proposta da direção da cadeia, certidão de sentença, declaração de liquidação de pena etc. (vide: os artigos 113º/1 e 2; 113º/1 e 2/a), b), c) e d); 114º/1, 2 e 3; 118º/1 e 2, todos da Lei nº 6/VIII/2011 de 29 de Agosto). Através do Serviço Nacional Penitenciário que depois encaminha oficiosamente ao Ministério da Justiça para os devidos efeitos. A Direção Geral dos Serviços Prisionais e da Reinserção Social disponibiliza informação sobre a existência desta forma de cooperação aos condenados. Estes apresentam a sua manifestação de vontade através de requerimento 25

26 apresentado no Tribunal de Execução de Penas, na Procuradoria-Geral da República ou diretamente no Estado da sua nacionalidade ou residência. Sim. Como já referido, a Convenção de Transferência de pessoas condenadas ainda não está a ser aplicada no país. Não obstante, os procedimentos de cooperação internacional em matéria penal se dá nos termos do CPP, que indica o Ministério Público e os Tribunais como instituições judiciárias para tratarem da matéria, não obstante de não termos dados sobre a essa manifestação de vontade ao nível do Ministério da Justiça e os Serviços Prisionais. Sim. O artigo 4º da Convenção Sobre a transferência de Pessoas condenadas entre os estados Membros da CPLP refere que 1. Qualquer condenado ao qual a presente convenção se possa aplicar deve ser informado do seu conteúdo pelo Estado da condenação, sendo-lhe entregue o modelo de requerimento que se encontra anexo à presente Convenção. Depois de preenchido pelo condenado os serviços prisionais enviam o requerimento e a restante documentação à autoridade central. 13. Relatório médico ou social relativo ao condenado/requerente. A apreciação do pedido de transferência pode implicar a necessidade de instruir o processo com documentação médica ou relatório social relativo à situação do condenado. Convenção: Artigo 4º nº 3 al. e) Sempre que for caso disso, qualquer relatório médico ou social sobre o condenado, qualquer informação sobre o seu tratamento no Estado da condenação e qualquer recomendação para a continuação do seu tratamento no Estado da execução. Sim. Com particular incidência nos casos de necessidade. Sim, em casos em que a equipe médica do estabelecimento penitenciário constatar a necessidade. 26

27 Tanto o relatório de acompanhamento social, assim como o relatório médico são elaborados pelos especializados profissionais, ligados à Direção de Gestão Prisional e Reintegração Social, do Ministério da Justiça, numa certa situação de transferência do condenado, gravemente doente, respetivamente pelos médicos em efetividade de funções, nos estabelecimentos prisionais centrais e nos regionais e pelos técnicos sociais de reintegração social, também eles existentes nos mesmos estabelecimentos (vide: o artigo 113º/2/c) e d) da Lei nº 6/VIII/2011 de 29 de Agosto). Sim, o relatório médico ou social é elaborado quando requerido pela autoridade competente ou pela parte interessada e haver fundamento para o efeito. O relatório médico é elaborado sempre que a Lei assim o determine (por exemplo no caso de internamento - artigo 158º do Código de Execução das Penas e Medidas Privativas de Liberdade). O relatório social deverá ser elaborado, igualmente, nos casos previstos legalmente, nomeadamente para a apreciação do Tribunal relativamente à aplicação da liberdade condicional (artigo 61º do Código Penal) ou sempre que tal seja objecto de solicitação, no quadro de um processo de transferência. De acordo com a Lei 13/2008 (Regulamento Interno do Estabelecimento Prisional de São Tomé e Príncipe), Artigo 5.º referente ao Ingresso dos reclusos após o seu ingresso o recluso deve ser conduzido a Enfermaria a fim de submeter a exame médico no prazo máximo de setenta e duas horas, para o diagnóstico de doenças ou anomalias, físicas ou mentais, que obriguem à providencias especiais imediatas. Sim. Lei de Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal refere, no artigo 111º, que deve ser enviado ao estado estrangeiro um relatório médico ou social sobre o condenado e também informações sobre tratamento de que foi objeto em Timor-Leste e quaisquer recomendações sobre o prosseguimento desse tratamento no estrangeiro. 27

28 14. Recolha e organização da documentação instrutória do pedido. Os instrumentos internacionais em matéria de transferência de condenados indicam o elenco de documentação que deve instruir o pedido cabendo aos diversos Estados, de acordo com a suas normas ou prática internas identificar qual é a autoridade competente para recolher a documentação e organizar o processo de transferência. Convenção: Artigo 4º nº 3 A Informação referida no número anterior deve conter: a) Indicação do crime pelo qual a pessoa foi condenada, da duração da pena ou medida aplicada, do tempo já cumprido e do tempo que falta cumprir; b) Cópia autenticada da sentença; c) Cópia das disposições legais aplicadas; d) Declaração da pessoa condenada contendo o seu consentimento na transferência; e) Sempre que for caso disso, qualquer relatório médico ou social sobre o condenado, qualquer informação sobre o seu tratamento no Estado da condenação e qualquer recomendação para a continuação do seu tratamento no estado da Execução; e f) Outros elementos de interesse para a execução da pena. O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos em coordenação com a Procuradoria-Geral da República, Ministério do Interior, através da Direcção Nacional de Investigação Criminal, recolhe e organiza a documentação instrutória. O Ministério da Justiça, por meio do Departamento de Estrangeiros, recolhe a documentação, entrando em contato com autoridades judiciárias e penitenciárias necessárias, e organiza o processo de transferência. A Autoridade que faz a recolha e a organização da documentação instrutória do pedido de transferência do condenado é a Procuradoria-Geral da República por um lado, na qualidade de Autoridade Central para efeito de observância da sua função recetora e transmissora do pedido do tipo e por outro, desempenhando o seu papel de Ministério Público, junto do tribunal judicial, que vai instruir e sentenciar qualquer processo, alusiva à cooperação internacional (vide: os artigos 21º/1 e 2; 113º/1/a), b), c) e d); 114º/1 e 3; 116º/1; 118º/1, todos da Lei nº 6/VIII/2011 de 29 de Agosto). A recolha e organização da documentação instrutória do pedido é efectuada pelo Serviço Nacional Penitenciário, junto à entidades pertinentes para 28

CONVENÇÃO SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS ENTRE OS ESTADOS MEMBROS DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

CONVENÇÃO SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS ENTRE OS ESTADOS MEMBROS DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA CONVENÇÃO SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS ENTRE OS ESTADOS MEMBROS DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA Os Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa CPLP, doravante

Leia mais

Aviso do Chefe do Executivo n.º 13/2005

Aviso do Chefe do Executivo n.º 13/2005 Aviso do Chefe do Executivo n.º 13/2005 Publicação do Acordo entre o Governo da Região Administrativa Especial de Macau e o Governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong sobre a Transferência

Leia mais

EXTRADIÇÃO HIPÓTESE CORRIDA.

EXTRADIÇÃO HIPÓTESE CORRIDA. EXTRADIÇÃO Caso prático de aplicação da Convenção de Extradição entre os Estados Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP); Praia, 23.11.2005. De acordo com o Aviso n.º 183/2011, de

Leia mais

XIII REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE MINISTROS DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA Lisboa, 24 de Julho de 2008

XIII REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE MINISTROS DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA Lisboa, 24 de Julho de 2008 XIII REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE MINISTROS DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA Lisboa, 24 de Julho de 2008 Acordo de Cooperação Consular entre os Estados Membros da Comunidade dos Países

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N o 2.379, DE 2006 (MENSAGEM N o 20, de 2006) Aprova o texto do Tratado sobre Extradição entre o Governo da República Federativa

Leia mais

ACORDO TIPO SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE RECLUSOS ESTRANGEIROS RECOMENDAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DE RECLUSOS ESTRANGEIROS PREÂMBULO

ACORDO TIPO SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE RECLUSOS ESTRANGEIROS RECOMENDAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DE RECLUSOS ESTRANGEIROS PREÂMBULO ACORDO TIPO SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE RECLUSOS ESTRANGEIROS E RECOMENDAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DE RECLUSOS ESTRANGEIROS Adotado pelo Sétimo Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o Tratamento

Leia mais

TRATADO ENTRE O JAPÃO E A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS

TRATADO ENTRE O JAPÃO E A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS TRATADO ENTRE O JAPÃO E A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS TRATADO ENTRE O JAPÃO E A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS

Leia mais

Artigo 1.º. Artigo 2.º

Artigo 1.º. Artigo 2.º Acordo sobre Isenção de Taxas e Emolumentos Devidos à Emissão e Renovação de Autorizações de Res Decreto n.º 37/2003: Acordo sobre Isenção de Taxas e Emolumentos Devidos por conta da Emissão e Renovação

Leia mais

TRATADO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA POPULAR DA CHINA SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS

TRATADO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA POPULAR DA CHINA SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS TRATADO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA POPULAR DA CHINA SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS A República Portuguesa e a República Popular da China (doravante designadas por as Partes

Leia mais

Lei n.º 35/2015, de 04 de Maio (versão actualizada)

Lei n.º 35/2015, de 04 de Maio (versão actualizada) 1 [ Nº de artigos:7 ] Lei n.º 35/2015, de 04 de Maio (versão actualizada) SUMÁRIO Primeira alteração à Lei n.º 65/2003, de 23 de agosto, que aprova o regime jurídico do mandado de detenção europeu, em

Leia mais

TRATADO SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DO PERU

TRATADO SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DO PERU TRATADO SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DO PERU A República Portuguesa e a República do Peru, doravante denominadas «Partes»; Animadas pelos laços

Leia mais

O FUNCIONAMENTO DOS INSTRUMENTOS DE COOPERAÇÃO JUDICIÁRIA CIVIL NA RJCPLP: Facilitar a sua aplicação através da criação de um Atlas Judiciário

O FUNCIONAMENTO DOS INSTRUMENTOS DE COOPERAÇÃO JUDICIÁRIA CIVIL NA RJCPLP: Facilitar a sua aplicação através da criação de um Atlas Judiciário O FUNCIONAMENTO DOS INSTRUMENTOS DE COOPERAÇÃO JUDICIÁRIA CIVIL NA RJCPLP: Facilitar a sua aplicação através da criação de um Atlas Judiciário DIREÇÃO-GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA Ana Vitória Azevedo

Leia mais

ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E AS NAÇÕES UNIDAS SOBRE A EXECUÇÃO DE SENTENÇAS DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL PARA A EX-JUGOSLÁVIA

ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E AS NAÇÕES UNIDAS SOBRE A EXECUÇÃO DE SENTENÇAS DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL PARA A EX-JUGOSLÁVIA ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E AS NAÇÕES UNIDAS SOBRE A EXECUÇÃO DE SENTENÇAS DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL PARA A EX-JUGOSLÁVIA A República Portuguesa, doravante denominada "Portugal", e As Nações

Leia mais

ACORDO DE COOPERAÇÃO INTERINSTITUCIONAL ENTRE O MINISTERIO PÚBLICO FISCAL DA REPÚBLICA ARGENTINA E A PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA PORTUGUESA

ACORDO DE COOPERAÇÃO INTERINSTITUCIONAL ENTRE O MINISTERIO PÚBLICO FISCAL DA REPÚBLICA ARGENTINA E A PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA PORTUGUESA ACORDO DE COOPERAÇÃO INTERINSTITUCIONAL ENTRE O MINISTERIO PÚBLICO FISCAL DA REPÚBLICA ARGENTINA E A PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA PORTUGUESA REUNIDOS O Ministerio Público Fiscal da República Argentina,

Leia mais

PARECER DO C.S.M.P. ( Proposta de Lei n.º 272/XII)

PARECER DO C.S.M.P. ( Proposta de Lei n.º 272/XII) PARECER DO C.S.M.P. ( Proposta de Lei n.º 272/XII) I. INTRODUÇÃO Solicitou-nos a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República a elaboração de parecer

Leia mais

DECRETO Nº 8.718, DE 25 DE ABRIL DE 2016

DECRETO Nº 8.718, DE 25 DE ABRIL DE 2016 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 8.718, DE 25 DE ABRIL DE 2016 Promulga o Tratado entre a República Federativa do Brasil e o Japão sobre a Transferência

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO, Expulsão e Deportação 4ª parte Prof.ª Raquel Perrota 11. Competência (art. 89, caput, Lei nº 13.445/2017 e art. 102, I, g, CF) - O pedido de extradição originado de Estado

Leia mais

O PROCEDIMENTO DE EXTRADIÇÃO PARECER

O PROCEDIMENTO DE EXTRADIÇÃO PARECER O PROCEDIMENTO DE EXTRADIÇÃO PARECER É um mecanismo de cooperação judicial internacional em virtude do qual, mediante um pedido formal, um Estado obtém de outro a entrega de um processado ou condenado

Leia mais

Aula nº. 15 CONCEITO. EXTRADIÇÃO PASSIVA. PROCEDIMENTO. EXCEÇÃO À EXTRADIÇÃO.

Aula nº. 15 CONCEITO. EXTRADIÇÃO PASSIVA. PROCEDIMENTO. EXCEÇÃO À EXTRADIÇÃO. Curso/Disciplina: Nova Lei de Migração (Lei 13.445/17) Aula: Nova Lei de Migração - 15 Professor(a): Joyce Lira Monitor(a): Bruna Paixão Aula nº. 15 CONCEITO. EXTRADIÇÃO PASSIVA. PROCEDIMENTO. EXCEÇÃO

Leia mais

Jornal Oficial da União Europeia L 322/33. (Actos adoptados em aplicação do título VI do Tratado da União Europeia)

Jornal Oficial da União Europeia L 322/33. (Actos adoptados em aplicação do título VI do Tratado da União Europeia) 9.12.2005 Jornal Oficial da União Europeia L 322/33 (Actos adoptados em aplicação do título VI do Tratado da União Europeia) DECISÃO 2005/876/JAI DO CONSELHO de 21 de Novembro de 2005 relativa ao intercâmbio

Leia mais

DECRETO N.º 379/X. Artigo 1.º Alteração à Lei n.º 57/98, de 18 de Agosto

DECRETO N.º 379/X. Artigo 1.º Alteração à Lei n.º 57/98, de 18 de Agosto DECRETO N.º 379/X Procede à terceira alteração à Lei n.º 57/98, de 18 de Agosto, adaptando o regime de identificação criminal à responsabilidade penal das pessoas colectivas A Assembleia da República decreta,

Leia mais

CONVENÇÃO ENTRE OS ESTADOS MEMBROS DAS COMUNIDADES EUROPEIAS RELATIVA À APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO NE BIS IN IDEM. Preâmbulo

CONVENÇÃO ENTRE OS ESTADOS MEMBROS DAS COMUNIDADES EUROPEIAS RELATIVA À APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO NE BIS IN IDEM. Preâmbulo Resolução da Assembleia da República n.º 22/95 Convenção entre os Estados Membros das Comunidades Europeias Relativa à Aplicação do Princípio Ne Bis In Idem Aprova, para ratificação, a Convenção entre

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 37/XI. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 37/XI. Exposição de Motivos Proposta de Lei n.º 37/XI Exposição de Motivos O programa do XVIII Governo estabelece como uma prioridade «combater todas as discriminações e, em particular, envidar todos os esforços no sentido de proporcionar

Leia mais

RECOMENDAÇÃO n.º 2-A/2010

RECOMENDAÇÃO n.º 2-A/2010 Sua Excelência O Ministro da Justiça Praça do Comércio 1149-019 Lisboa Sua referência Sua comunicação Nossa referência Proc. P-3333/09 (A5) Assunto: Requisitos relativos à concessão de nacionalidade portuguesa;

Leia mais

PROPOSTA DE LEI DE REPATRIAMENTO DE RECURSOS FINANCEIROS DOMICILIADOS NO EXTERIOR DO PAÍS

PROPOSTA DE LEI DE REPATRIAMENTO DE RECURSOS FINANCEIROS DOMICILIADOS NO EXTERIOR DO PAÍS PROPOSTA DE LEI DE REPATRIAMENTO DE RECURSOS FINANCEIROS DOMICILIADOS NO EXTERIOR DO PAÍS Havendo necessidade de se aprovar um regime jurídico que oriente e incentive o repatriamento voluntário de recursos

Leia mais

PROPOSTA DE GUIA LEGISLATIVO: ELEMENTOS BÁSICOS SOBRE ASSISTÊNCIA RECÍPROCA

PROPOSTA DE GUIA LEGISLATIVO: ELEMENTOS BÁSICOS SOBRE ASSISTÊNCIA RECÍPROCA PROPOSTA DE GUIA LEGISLATIVO: ELEMENTOS BÁSICOS SOBRE ASSISTÊNCIA RECÍPROCA INTRODUÇÃO...1 1. ASSISTÊNCIA RECÍPROCA...2 1.1. Alcance...2 1.2. Disposições gerais...2 1.2.1. Inexistência de tratado ou convenção...2

Leia mais

ACORDO DE COOPERAÇÃO JURÍDICA E JUDICIÁRIA ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU, DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA

ACORDO DE COOPERAÇÃO JURÍDICA E JUDICIÁRIA ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU, DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA ACORDO DE COOPERAÇÃO JURÍDICA E JUDICIÁRIA ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU, DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA A República Portuguesa e a Região Administrativa Especial

Leia mais

CONVENÇÃO SOBRE O RECONHECIMENTO E A EXECUÇÃO DE SENTENÇAS ARBITRAIS ESTRANGEIRAS, CELEBRADA EM NOVA IORQUE AOS 10 DE JUNHO DE 1958

CONVENÇÃO SOBRE O RECONHECIMENTO E A EXECUÇÃO DE SENTENÇAS ARBITRAIS ESTRANGEIRAS, CELEBRADA EM NOVA IORQUE AOS 10 DE JUNHO DE 1958 CONVENÇÃO SOBRE O RECONHECIMENTO E A EXECUÇÃO DE SENTENÇAS ARBITRAIS ESTRANGEIRAS, CELEBRADA EM NOVA IORQUE AOS 10 DE JUNHO DE 1958 Artigo I 1 A presente Convenção aplica-se ao reconhecimento e à execução

Leia mais

VIII CONFERÊNCIA DE CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

VIII CONFERÊNCIA DE CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA VIII CONFERÊNCIA DE CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA XV REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE MINISTROS Luanda, 22 de Julho de 2010 Resolução sobre o Regulamento dos

Leia mais

Rede Judiciária Europeia em matéria civil e comercial (RJE)

Rede Judiciária Europeia em matéria civil e comercial (RJE) na Europa Rede Judiciária Europeia em matéria civil e comercial (RJE) http://ec.europa.eu/civiljustice Missões e actividades da rede: A rede será responsável por: Facilitar a cooperação judiciária entre

Leia mais

De destacar, a obrigatoriedade de igualdade de tratamento, pelo Empregador, entre o Trabalhador Nacional e o Trabalhador Estrangeiro.

De destacar, a obrigatoriedade de igualdade de tratamento, pelo Empregador, entre o Trabalhador Nacional e o Trabalhador Estrangeiro. O Decreto n.º 6/01, de 19 de Janeiro aprova o Regulamento Sobre o Exercício da Actividade Profissional do Trabalhador Estrangeiro Não Residente, quer no sector público, quer no sector privado, tendo entrado

Leia mais

Direção-Geral da Administração da Justiça

Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral da Administração da Justiça COOPERAÇÃO JUDICIÁRIA INTERNACIONAL EM MATÉRIA PENAL Legislação - Código de Processo penal (CPP) Al. b) do nº 3 do artigo 111.º Artigos 229.º a 233.º - Lei n.º

Leia mais

O trabalho da Conferência da Haia

O trabalho da Conferência da Haia O trabalho da Conferência da Haia Convenção sobre a Cobrança Internacional de Alimentos em Benefício dos Filhos e de outros Membros da Família, de 2007, Rede Internacional de Juízes da Haia, isupport Marta

Leia mais

ACORDO DE COOPERAÇÃO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA PORTUGUESA E O GOVERNO DA FEDERAÇÃO DA RÚSSIA NO DOMÍNIO DO COMBATE À CRIMINALIDADE.

ACORDO DE COOPERAÇÃO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA PORTUGUESA E O GOVERNO DA FEDERAÇÃO DA RÚSSIA NO DOMÍNIO DO COMBATE À CRIMINALIDADE. ACORDO DE COOPERAÇÃO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA PORTUGUESA E O GOVERNO DA FEDERAÇÃO DA RÚSSIA NO DOMÍNIO DO COMBATE À CRIMINALIDADE. O Governo da República Portuguesa e o Governo da Federação da Rússia,

Leia mais

Jornal Oficial da União Europeia L 331/19

Jornal Oficial da União Europeia L 331/19 16.12.2009 Jornal Oficial da União Europeia L 331/19 ANEXO TRADUÇÃO PROTOCOLO sobre a lei aplicável às obrigações de alimentos Os Estados signatários do presente protocolo, Desejando estabelecer disposições

Leia mais

Decreto n.º 6/01 de 19 de Janeiro - Regulamento sobre o Exercício da Actividade Profissional do Trabalhador Estrangeiro Não Residente

Decreto n.º 6/01 de 19 de Janeiro - Regulamento sobre o Exercício da Actividade Profissional do Trabalhador Estrangeiro Não Residente Decreto n.º 6/01 de 19 de Janeiro - Regulamento sobre o Exercício da Actividade Profissional do Trabalhador Estrangeiro Não Residente e-mail: geral@info-angola.com portal: www.info-angola.com Página 1

Leia mais

TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE LISBOA 9.ª Secção

TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE LISBOA 9.ª Secção TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE LISBOA 9.ª Secção Processo n.º 333/14.9TELSB-U.L1 Acórdão da 9.ª Secção do Tribunal da Relação de Lisboa: I. MANUEL DOMINGOS VICENTE, suspeito no processo 333/14.9TELSB recorre da

Leia mais

Instrução n. o 7/2016 BO n. o 5 Suplemento

Instrução n. o 7/2016 BO n. o 5 Suplemento Instrução n. o 7/2016 BO n. o 5 Suplemento 20-05-2016 Temas Supervisão Registo Índice Texto da Instrução Anexo I Texto da Instrução Assunto: Apresentação de requerimentos de autorização, não oposição e

Leia mais

Destacamento de trabalhadores

Destacamento de trabalhadores Destacamento de trabalhadores Determinação da legislação aplicável 2 Instituições competentes Centros Distritais do ISS, I.P. Instituições de segurança social das Regiões Autónomas Secretaria Geral ou

Leia mais

BANCO ESPÍRITO SANTO, S.A.

BANCO ESPÍRITO SANTO, S.A. BANCO ESPÍRITO SANTO, S.A. Sociedade Aberta Sede: Avenida da Liberdade, 195, 1250-142, Lisboa Capital Social: 5.040.124.063,26 Euros Número de Pessoa Coletiva e de Matrícula 500 852 367, registado na Conservatória

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 130/XIII. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 130/XIII. Exposição de Motivos Proposta de Lei n.º 130/XIII Exposição de Motivos No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 188.º da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março, que aprovou o Orçamento do Estado para 2016, o Governo

Leia mais

Síntese da cooperação entre Portugal e Moçambique. na área a Justiça

Síntese da cooperação entre Portugal e Moçambique. na área a Justiça Síntese da cooperação entre Portugal e Moçambique na área a Justiça Junho de 2016 Síntese da Cooperação entre Portugal e Moçambique na área da Justiça 1. Breve síntese da Cooperação desenvolvida As relações

Leia mais

ANTEPROJECTO DE LEI DO HABEAS CORPUS

ANTEPROJECTO DE LEI DO HABEAS CORPUS 2013 ANTEPROJECTO DE LEI DO HABEAS CORPUS RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO E PROJECTO DE LEI Comissão de Reforma da Justiça e do Direito Subcomissão de Reforma do Código de Processo Penal 16-09- 2013 ANTEPROJECTO

Leia mais

ACORDO EUROPEU SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADE RELATIVA A REFUGIADOS

ACORDO EUROPEU SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADE RELATIVA A REFUGIADOS ACORDO EUROPEU SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADE RELATIVA A REFUGIADOS Os Estados Membros do Conselho da Europa, signatários do presente Acordo: Considerando ser objectivo do Conselho da Europa

Leia mais

MINISTÉRIOS DA SAÚDE E DO AMBIENTE. Portaria n. 174/97 de 10 de Março

MINISTÉRIOS DA SAÚDE E DO AMBIENTE. Portaria n. 174/97 de 10 de Março MINISTÉRIOS DA SAÚDE E DO AMBIENTE Portaria n. 174/97 de 10 de Março A implementação de uma nova política de gestão de resíduos que, de forma integrada, perspective este desafio das sociedades contemporâneas

Leia mais

BOLETIM OFICIAL Suplemento. 20 maio Legislação e Normas SIBAP

BOLETIM OFICIAL Suplemento. 20 maio Legislação e Normas SIBAP BOLETIM OFICIAL 5 2016 Suplemento 20 maio 2016 www.bportugal.pt Legislação e Normas SIBAP BOLETIM OFICIAL 5 2016 Suplemento Banco de Portugal Av. Almirante Reis, 71 2.º 1150-012 Lisboa www.bportugal.pt

Leia mais

CONSULTA N.º 13/2007

CONSULTA N.º 13/2007 CONSULTA N.º 13/2007 Relator: SANDRA BARROSO E RUI SOUTO Requerente: Discussão: sessão plenária de 17 de Maio de 2007 Aprovação: sessão plenária de 17 de Maio de 2007 Assunto: Honorários no âmbito de uma

Leia mais

O PROCEDIMENTO DE EXTRADIÇÃO NA GUATEMALA

O PROCEDIMENTO DE EXTRADIÇÃO NA GUATEMALA O PROCEDIMENTO DE EXTRADIÇÃO NA GUATEMALA CONCEITO Ato pelo qual o Estado guatemalteco entrega, de acordo com um tratado vigente, um indivíduo a um Estado que o reclama com o objetivo de submetê-lo a processo

Leia mais

Não dispensa a consulta do diploma publicado em Diário da República

Não dispensa a consulta do diploma publicado em Diário da República Decreto-Lei n.º 195/99, de 8 de Junho (Alterado pelo Decreto-Lei nº 100/2007, de 2 de Abril, pelo Decreto-Lei nº 2/2015, de 6 de janeiro e pelo Decreto-Lei nº 7/2016, de 22 de fevereiro) Regime aplicável

Leia mais

III ACTOS APROVADOS AO ABRIGO DO TÍTULO VI DO TRATADO UE

III ACTOS APROVADOS AO ABRIGO DO TÍTULO VI DO TRATADO UE L 81/24 Jornal Oficial da União Europeia 27.3.2009 III (Actos aprovados ao abrigo do Tratado UE) ACTOS APROVADOS AO ABRIGO DO TÍTULO VI DO TRATADO UE DECISÃO-QUADRO 2009/299/JAI DO CONSELHO de 26 de Fevereiro

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 554, DE

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 554, DE SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 554, DE 2011 Altera o 1 o do art. 306 do Decreto-Lei n o 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), para determinar o prazo de vinte e quatro

Leia mais

Regulamento de Apoio a Iniciativas Regulares ou Pontuais, de Natureza Educativa, Desportiva, Recreativa, Cultural, Social e Outras

Regulamento de Apoio a Iniciativas Regulares ou Pontuais, de Natureza Educativa, Desportiva, Recreativa, Cultural, Social e Outras Regulamento de Apoio a Iniciativas Regulares ou Pontuais, de Natureza Educativa, Desportiva, Recreativa, Cultural, Social e Outras 1 NOTA JUSTIFICATIVA O Município de Chaves entende como sendo de interesse

Leia mais

-APOIO JUDICIÁRIO- Um Direito Fundamental em toda a União Europeia

-APOIO JUDICIÁRIO- Um Direito Fundamental em toda a União Europeia -APOIO JUDICIÁRIO- Um Direito Fundamental em toda a União Europeia Declaração Universal dos Direitos do Homem Artigo 10º Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja equitativa

Leia mais

Título de injunção europeu

Título de injunção europeu PATRÍCIA PINTO ALVES Título de injunção europeu VERBO jurídico VERBO jurídico Título de injunção europeu: 2 Título de injunção europeu PATRÍCIA PINTO ALVES Mestre em Direito pela Escola de Direito da Universidade

Leia mais

Preâmbulo. Acordam no seguinte: CAPÍTULO I. Definições e campo de aplicação

Preâmbulo. Acordam no seguinte: CAPÍTULO I. Definições e campo de aplicação CONVENÇÃO SOBRE ASSISTÊNCIA MÚTUA ADMINISTRATIVA ENTRE PAÍSES DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA EM MATÉRIA DE LUTA CONTRA O TRÁFICO ILÍCITO DE ESTUPEFACIENTES E DE SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS Preâmbulo Os Governos

Leia mais

CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA GABINETE DE APOIO AO VICE-PRESIDENTE E MEMBROS DO CSM PARECER

CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA GABINETE DE APOIO AO VICE-PRESIDENTE E MEMBROS DO CSM PARECER CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA GABINETE DE APOIO AO VICE-PRESIDENTE E MEMBROS DO CSM ASSUNTO: Parecer Proposta de Lei n.º 337/XII/4.ª, que aprova o regime jurídico da transmissão e execução de sentenças

Leia mais

V CONFERÊNCIA DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA São Tomé, 26 e 27 de Julho de 2004

V CONFERÊNCIA DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA São Tomé, 26 e 27 de Julho de 2004 V CONFERÊNCIA DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA São Tomé, 26 e 27 de Julho de 2004 ACORDO DE COOPERAÇÃO ENTRE OS ESTADOS MEMBROS DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO, Expulsão e Deportação 3ª parte Prof.ª Raquel Perrota 7. Da multiplicidade de requerentes 7.1 Mesmo fato (art. 85, caput, Lei nº 13.445/2017) - Preferência ao pedido do Estado

Leia mais

Procedimento de Notificação de Organismos, no âmbito do Regulamento (UE) n.º 305/2011, relativo aos Produtos de Construção

Procedimento de Notificação de Organismos, no âmbito do Regulamento (UE) n.º 305/2011, relativo aos Produtos de Construção PORTUGUESE INSTITUTE FOR QUALITY Rua António Gião, 2 2829-513 CAPARICA PORTUGAL Tel (+ 351) 21 294 81 00 Fax (+ 351) 21 294 81 01 E-mail: ipq@ipq.pt URL: www.ipq.pt Procedimento de Notificação de Organismos,

Leia mais

* A rede normativa e orgânica da cooperação internacional panorâmica geral

* A rede normativa e orgânica da cooperação internacional panorâmica geral Workshop Base de dados de perfis de ADN e cooperação internacional na investigação criminal Coimbra, 10.5.2017 * A rede normativa e orgânica da cooperação internacional panorâmica geral José Luís Lopes

Leia mais

Para conhecimento geral e cumprimento, transcreve-se o Decreto n.º 6/01, de 19 de Janeiro, do teor seguinte:

Para conhecimento geral e cumprimento, transcreve-se o Decreto n.º 6/01, de 19 de Janeiro, do teor seguinte: REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DAS FINANÇAS DIRECÇÃO NACIONAL DAS ALFÂNDEGAS DEPARTAMENTO DE FISCALIZAÇÃO ADUANEIRA CIRCULAR À TODAS AS ESTÂNCIAS ADUANEIRAS N.º /GETA/02 ASSUNTO: Regulamento sobre o exercicío

Leia mais

Resolução da Assembleia da República n.º 13/88 Aprova para ratificação o Tratado de Extradição entre Portugal e a Austrália

Resolução da Assembleia da República n.º 13/88 Aprova para ratificação o Tratado de Extradição entre Portugal e a Austrália Resolução da Assembleia da República n.º 13/88 Aprova para ratificação o Tratado de Extradição entre Portugal e a Austrália Aprovação para ratificação do Tratado da Extradição entre Portugal e a Austrália

Leia mais

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS PARA O ANO JUDICIAL

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS PARA O ANO JUDICIAL OBJETIVOS ESTRATÉGICOS PARA O ANO JUDICIAL 2016-2017 A. Para além de outros projetos a incluir no seu plano de atividades, estabelecem-se os seguintes objetivos estratégicos da Procuradoria-Geral da República

Leia mais

Lei n.º 122/99, de 20 de Agosto, Regula a vigilância electrónica prevista no artigo 201.º do Código de Processo Penal

Lei n.º 122/99, de 20 de Agosto, Regula a vigilância electrónica prevista no artigo 201.º do Código de Processo Penal 1/7 Lei n.º 122/99, de 20 de Agosto, Regula a vigilância electrónica prevista no artigo 201.º do Código de Processo Penal JusNet 170/1999 Link para o texto original no Jornal Oficial (DR N.º 194, Série

Leia mais

Ministério da Administração do Território

Ministério da Administração do Território Ministério da Administração do Território Lei nº 23/92 de 16 de Setembro LEI DE REVISÃO CONSTITUCIONAL As alterações à Lei Constitucional introduzidas em Março de 1991, através da Lei nº. 12/91 destinaram

Leia mais

Assunto: Eurojust - Comunicações e procedimentos de cooperação. Ofício:

Assunto: Eurojust - Comunicações e procedimentos de cooperação. Ofício: S. R. PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA Gabinete do Procurador-Geral da República Número: 7/06 Lisboa: Porto: Coimbra: ; Évora: DATA: 06.03.27 Assunto: Eurojust - Comunicações e procedimentos de cooperação

Leia mais

Regulamento sobre Prestação de Serviço Técnico de Revisão de Rotulagens em Suplementos Alimentares

Regulamento sobre Prestação de Serviço Técnico de Revisão de Rotulagens em Suplementos Alimentares Regulamento sobre Prestação de Serviço Técnico de Revisão de Rotulagens em Suplementos Alimentares 1.º Âmbito A Associação Portuguesa de Suplementos Alimentares(APARD), através do seu Gabinete Técnico

Leia mais

REGULAMENTO DE ARBITRAGEM SOCIETÁRIA. Capítulo I - Princípios Gerais. Artigo 1.º. (Objeto da arbitragem)

REGULAMENTO DE ARBITRAGEM SOCIETÁRIA. Capítulo I - Princípios Gerais. Artigo 1.º. (Objeto da arbitragem) REGULAMENTO DE ARBITRAGEM SOCIETÁRIA Capítulo I - Princípios Gerais Artigo 1.º (Objeto da arbitragem) 1 O presente Regulamento aplica-se aos litígios em matéria societária submetidos a decisão por tribunal

Leia mais

CONSELHO DE MINISTROS PROPOSTA DE RESOLUÇÃO N.º /IX/2018

CONSELHO DE MINISTROS PROPOSTA DE RESOLUÇÃO N.º /IX/2018 CONSELHO DE MINISTROS PROPOSTA DE RESOLUÇÃO N.º /IX/2018 DE DE ASSUNTO: Aprova, para ratificação, a Convenção de Auxílio Judiciário em Matéria Penal entre os Estados Membros da Comunidade dos Países de

Leia mais

portal: Página 1 / 5

portal:   Página 1 / 5 Acordo sobre Concessão de Visto Temporário para Tratamento Médico a Cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa entre os Estados membros dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

Leia mais

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS PARA O ANO JUDICIAL 2018

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS PARA O ANO JUDICIAL 2018 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS PARA O ANO JUDICIAL 2018 A. PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA Para além de outros projetos a incluir no seu plano de atividades, estabelecem-se os seguintes objetivos estratégicos

Leia mais

Cooperação no campo de assistência jurídica mútua entre os estados membros da OEA

Cooperação no campo de assistência jurídica mútua entre os estados membros da OEA Cooperação no campo de assistência jurídica mútua entre os estados membros da OEA Durante a IV REUNIÃO DE MINISTROS DA JUSTIÇA OU DE MINISTROS OU PROCURADORES-GERAIS DAS AMÉRICAS, realizada em Trinidad

Leia mais

Estatutos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa

Estatutos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa Estatutos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa Página 1/9 Artigo 1 Denominação A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, doravante designada por CPLP, é o foro multilateral privilegiado para

Leia mais

Breves noções dos instrumentos de Cooperação judiciária Internacional

Breves noções dos instrumentos de Cooperação judiciária Internacional Breves noções dos instrumentos de Cooperação judiciária Internacional O crescente fenómeno de globalização acentuou a necessidade de uma cooperação judiciária que proporciona uma assistência mútua entre

Leia mais

ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA FRANCESA RELATIVO À READMISSÃO DE PESSOAS EM SITUAÇÃO IRREGULAR.

ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA FRANCESA RELATIVO À READMISSÃO DE PESSOAS EM SITUAÇÃO IRREGULAR. Resolução da Assembleia da República n.º 15/1994 Acordo entre a República Portuguesa e a República Francesa Relativo à Readmissão de Pessoas em Situação Irregular Aprova o Acordo entre a República Portuguesa

Leia mais

Citações e Notificações no Quadro do Regulamento (CE) Nº 1393/2007 de 13 de novembro de 2007

Citações e Notificações no Quadro do Regulamento (CE) Nº 1393/2007 de 13 de novembro de 2007 Citações e Notificações no Quadro do Regulamento (CE) Nº 1393/2007 de 13 de novembro de 2007 JORNADAS DE ESTUDOS DOS AGENTES DE EXECUÇÃO Carvoeiro 5/6 outubro 2012 CARLOS DE MATOS O Regulamento (CE) n.

Leia mais

Comissão Especializada de Relações Externas, Cooperação e Comunidades. IX- Legislatura. Relatório de Actividades executadas pela CERECC

Comissão Especializada de Relações Externas, Cooperação e Comunidades. IX- Legislatura. Relatório de Actividades executadas pela CERECC 1 Comissão Especializada de Relações Externas, Cooperação e Comunidades IX- Legislatura Relatório de Actividades executadas pela CERECC Período Junho de 2016 a Julho de 2017 Introdução A Comissão Especializada

Leia mais

DETENÇÃO. - Os actos processuais com detidos são urgentes e os prazos correm em férias (art. 80º CPP).

DETENÇÃO. - Os actos processuais com detidos são urgentes e os prazos correm em férias (art. 80º CPP). DETENÇÃO 1- Definição. Medida cautelar de privação da liberdade pessoal, não dependente de mandato judicial, de natureza precária e excepcional, que visa a prossecução de finalidades taxativamente 1 previstas

Leia mais

Registos e Notariado ª Edição. Atualização nº 4

Registos e Notariado ª Edição. Atualização nº 4 Registos e Notariado 2018 2ª Edição Atualização nº 4 Atualização nº 4 editor EDIÇÕES ALMEDINA, S.A. Rua Fernandes Tomás, nºs 76, 78 e 80 3000-167 Coimbra Tel.: 239 851 904 Fax: 239 851 901 www.almedina.net

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 187/XIII. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 187/XIII. Exposição de Motivos Proposta de Lei n.º 187/XIII Exposição de Motivos Na sequência do referendo realizado no Reino Unido a 23 de junho de 2016, o Reino Unido comunicou, no dia 29 de março de 2017, ao abrigo do artigo 50.º

Leia mais

Convite para apresentação de proposta ao abrigo do Acordo Quadro ANCP

Convite para apresentação de proposta ao abrigo do Acordo Quadro ANCP «Empresa» «Morada1» «Cod_Postal» «Localidade» Nossa referência Assunto: Convite para apresentação de proposta ao abrigo do Acordo Quadro ANCP Aquisição de serviços de dados acesso à internet e conectividade

Leia mais

Anexo 1 à Informação Técnica 31/2014

Anexo 1 à Informação Técnica 31/2014 Anexo 1 à Informação Técnica 31/2014 Quadro Comparativo após a republicação do Despacho Normativo n.º 18 A/2010, de 1de julho, alterado pelo Despacho Normativo 17/2014 de 26 de dezembro Artigo 1.º Objecto

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS Parecer COM(2014)476 Proposta de DIRETIVA DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO que visa facilitar o intercâmbio transfronteiras de informações relativas

Leia mais

DECRETO N.º 203/XIII. Direito à autodeterminação da identidade de género e expressão de género e à proteção das características sexuais de cada pessoa

DECRETO N.º 203/XIII. Direito à autodeterminação da identidade de género e expressão de género e à proteção das características sexuais de cada pessoa DECRETO N.º 203/XIII Direito à autodeterminação da identidade de género e expressão de género e à proteção das características sexuais de cada pessoa A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea

Leia mais

DIREITO DA NACIONALIDADE. TORRES, Hélio Darlan Martins¹ MELO, Ariane Marques de²

DIREITO DA NACIONALIDADE. TORRES, Hélio Darlan Martins¹ MELO, Ariane Marques de² DIREITO DA NACIONALIDADE TORRES, Hélio Darlan Martins¹ MELO, Ariane Marques de² RESUMO Nacionalidade é o vínculo jurídico-político que liga um indivíduo a determinado Estado; é a qualidade de nacional,

Leia mais

DECLARAÇÃO DE LISBOA

DECLARAÇÃO DE LISBOA DECLARAÇÃO DE LISBOA Os Procuradores Gerais dos Estados Membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), reunidos por ocasião e do XIV Encontro, entre 13 e 14 de Outubro de 2016, na cidade

Leia mais

Resolução n.º 39/141, de Dezembro de 1984, da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas; CAPÍTULO I Definições e campo de aplicação

Resolução n.º 39/141, de Dezembro de 1984, da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas; CAPÍTULO I Definições e campo de aplicação Decreto n.º 12/88 Convenção sobre Assistência Mútua Administrativa entre Estados de Língua Oficial Portuguesa em Matéria de Luta contra o Tráfico Ilícito de Estupefacientes e de Substâncias Psicotrópicas

Leia mais

CONVENÇÃO, ESTABELECIDA COM BASE NO ARTIGO K.3 DO TRATADO DA UNIÃO EUROPEIA, RELATIVA À PROTECÇÃO DOS INTERESSES FINANCEIROS DAS COMUNIDADES

CONVENÇÃO, ESTABELECIDA COM BASE NO ARTIGO K.3 DO TRATADO DA UNIÃO EUROPEIA, RELATIVA À PROTECÇÃO DOS INTERESSES FINANCEIROS DAS COMUNIDADES CONVENÇÃO, ESTABELECIDA COM BASE NO ARTIGO K.3 DO TRATADO DA UNIÃO EUROPEIA, RELATIVA À PROTECÇÃO DOS INTERESSES FINANCEIROS DAS COMUNIDADES As Altas Partes Contratantes na presente Convenção, Estados

Leia mais

Foi ouvida a Associação Nacional de Municípios Portugueses. Assim:

Foi ouvida a Associação Nacional de Municípios Portugueses. Assim: O Regulamento (CE) n.º 1082/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Julho, cria a figura do agrupamento europeu de cooperação territorial (AECT). Trata-se de um novo instrumento jurídico para

Leia mais

Tendo sido consultada a Comissão Nacional de Proteção de Dados, nos termos da Lei n.º 67/98, de 26 de outubro;

Tendo sido consultada a Comissão Nacional de Proteção de Dados, nos termos da Lei n.º 67/98, de 26 de outubro; Protocolo de Colaboração entre a Direção-Geral dos Assuntos Europeus, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, o Instituto dos Registos e do Notariado, I. P., o Instituto de Tecnologias de Informação na

Leia mais

PROTOCOLO SOBRE TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS SUJEITAS A REGIMES ESPECIAIS

PROTOCOLO SOBRE TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS SUJEITAS A REGIMES ESPECIAIS MERCOSUL/CMC/DEC. Nº 13/05 PROTOCOLO SOBRE TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS SUJEITAS A REGIMES ESPECIAIS TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto e as Decisões N 07/96, 18/04, 28/04 e 34/04

Leia mais

DIRETIVAS. Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nomeadamente o artigo 113. o,

DIRETIVAS. Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nomeadamente o artigo 113. o, 7.12.2018 L 311/3 DIRETIVAS DIRETIVA (UE) 2018/1910 DO CONSELHO de 4 de dezembro de 2018 que altera a Diretiva 2006/112/CE no que diz respeito à harmonização e simplificação de determinadas regras no sistema

Leia mais

Lei n.º 45/96, de 3 de Setembro Altera o Decreto-Lei n.º 15/93, de 22 de Janeiro (regime jurídico do tráfico e consumo de estupefacientes)

Lei n.º 45/96, de 3 de Setembro Altera o Decreto-Lei n.º 15/93, de 22 de Janeiro (regime jurídico do tráfico e consumo de estupefacientes) Altera o Decreto-Lei n.º 15/93, de 22 de Janeiro (regime jurídico do tráfico e consumo de estupefacientes) A Assembleia da República decreta, nos termos dos artigos 164.º, alínea d), 168, n.º 1, alíneas

Leia mais

REGULAMENTO DE ASSOCIAÇÃO LICENCIAMENTO E TRANFERÊNCIAS

REGULAMENTO DE ASSOCIAÇÃO LICENCIAMENTO E TRANFERÊNCIAS Federação de Triatlo de Portugal REGULAMENTO DE ASSOCIAÇÃO LICENCIAMENTO E TRANFERÊNCIAS Aprovado em Assembleia Geral de 17 de Janeiro de 2004. Índice Artigo Assunto Página 1º Âmbito 2 2º Definição dos

Leia mais

ASSUNTO: Enquadramento legal da actividade de recirculação de moedas de euro em Portugal

ASSUNTO: Enquadramento legal da actividade de recirculação de moedas de euro em Portugal Banco de Portugal Carta-Circular nº 8/2008/DET, de 23-1-2008 ASSUNTO: Enquadramento legal da actividade de recirculação de moedas de euro em Portugal 1. Decreto-Lei nº 184/2007, de 10 de Maio Enquadramento

Leia mais

Informação sobre tratamento de dados pessoais

Informação sobre tratamento de dados pessoais Informação sobre tratamento de dados pessoais 1. Objecto O presente documento destina-se a facultar informação aos titulares de dados pessoais tratados pelo Banco Efisa, no âmbito das suas atividades nas

Leia mais

Decreto-Lei n.º 154/2003 de 15 de Julho

Decreto-Lei n.º 154/2003 de 15 de Julho Decreto-Lei n.º 154/2003 de 15 de Julho O Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre a República Portuguesa e a República Federativa do Brasil, assinado em Porto Seguro em 22 de Abril de 2000, aprovado,

Leia mais

CONVENÇÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE ESTRANGEIROS NA VIDA PÚBLICA A NÍVEL LOCAL

CONVENÇÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE ESTRANGEIROS NA VIDA PÚBLICA A NÍVEL LOCAL CONVENÇÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE ESTRANGEIROS NA VIDA PÚBLICA A NÍVEL LOCAL Aberta à assinatura em Estrasburgo, a 5 de fevereiro de 1992 (Série de Tratados Europeus, n.º 144). Entrada em vigor na ordem

Leia mais

GREBLER ADVOGADOS INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS COMISSÃO PERMANENTE DE DIREITO INTERNACIONAL

GREBLER ADVOGADOS INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS COMISSÃO PERMANENTE DE DIREITO INTERNACIONAL INSTITUTO DOS BRASILEIROS COMISSÃO PERMANENTE DE DIREITO INTERNACIONAL Indicação n. 34/2012 Parecer acerca da Convenção da Haia sobre a Obtenção de Provas no Estrangeiro em Matéria Civil ou Comercial,

Leia mais