DIÁLOGO PÚBLICO TCU EXPOSIÇÃO E COMENTÁRIOS DO SICEPOT-MG
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1 EXPOSIÇÃO E COMENTÁRIOS DO SICEPOT-MG
2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Agradecimento ao TCU através da SECOBEDIF Cumprimentos aos demais participantes: TCU Exmo. Sr. Min. José Múcio Monteiro Dr. José Ulisses Rodrigues Vasconcelos Dr. André Pachioni Baeta MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO CEF IBGE MPF PGR CGU DPF
3 CONSIDERAÇÕES INICIAIS O intercâmbio de informações, conceitos e metodologias entre todos os players do GOVERNO, ÓRGÃOS DE CONTROLE e setor privado é fundamental para estabelecer-se a convergência de ações de parte à parte. O SICEPOT-MG agradece a oportunidade e ressalta sua efetiva participação nos Diálogos com o TCU, tendo sido, Belo Horizonte, a 1ª capital do País a promover evento tão importante para o setor.
4 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA OBRA é um produto de entrega futura! Duas obras nunca serão iguais, por mais padronizadas que sejam! Obra não é transformação, é um fluxo de tarefas! Orçamento é sempre uma referência!
5 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA O setor de obras públicas no País precisa de referências consolidadas no estado da arte da engenharia de custos! No presente caso a adoção do SINAPI como referência, está sendo utilizado sempre como limitador de preços. O importante para as empresas é que os orçamentos públicos reflitam a realidade das obras a serem executadas. Não somente nos custos diretos, mas também nos indiretos e retratem as demais parcelas constituintes do preço, como despesas administrativas, financeiras, riscos, seguros, impostos e lucro.
6 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA Ressaltamos que os preços pesquisados pelo IBGE para formação da tabela SINAPI, refletidos na posição mediana, representam, situação de mercado de insumos, para atender obras de portes e natureza dos mais distintos, além da sua regionalização configurar-se pelas informações das capitais de cada Estado. No caso de Minas Gerais, podemos dizer: Minas são muitas, tamanha a diversidade, localização e porte dos seus 853 municípios. A adoção da mediana dos custos dos insumos é a metodologia que causa a menor distorção no orçamento. Esse orçamento deve refletir, com a maior aproximação possível, a realidade futura das obras a serem executadas.
7 COMO DEVE SER FEITO O ORÇAMENTO DE OBRAS Projeto, caderno de encargos, especificações, critérios de medição e pagamento, cartilha orientativa para uso da tabela SINAPI são elementos essenciais para o orçamento; O Orçamento deverá contemplar a itemização e quantificação de serviços,refletindo os processos construtivos e a realidade das obras. A pesquisa e coleta de insumos: materiais, mão de obra e equipamentos subsidiarão a formação dos custos diretos; Mesma sistemática para a formação dos custos indiretos locais; Cronograma físico-financeiro, histogramas, fluxo de caixa, tributos e impostos, rateio da administração central e lucro que resultarão no BDI.
8 COMO É FEITO O ORÇAMENTO DE OBRAS O que de fato ocorre é uma adaptação do orçamento à planilha SINAPI! A REFERÊNCIA formada pelos preços colocados na tabela SINAPI torna-se limite superior! Os efeitos observados pelo TCU podem ou não ocorrer, somados ou de forma isolada um deles, mas o reverso é também possível. Desse reverso podemos citar: 87% das empresas nacionais do setor são de pequeno porte.
9 REALIDADE DAS OBRAS Essas pequenas empresas adquirem produtos normalmente na ponta do varejo, o que mostra que quaisquer efeitos apontados podem ser anulados ou até revertidos; As coletas de preços tanto para orçamento quanto para execução sofrem efeitos pró e contra o resultados das empresas; As coletas para a formação do SINAPI ocorrem numa data, a licitação em outra, o contrato mais adiante e o reajustamento dar-se-á somente um ano após a fixação da data-base da licitação; Existem diversos setores de oligopólio ou com fornecedores únicos, cujos preços são praticamente inelásticos para a maioria das empresas;
10 REALIDADE DAS OBRAS As pesquisas do IBGE por serem feitas nas capitais não contemplam os custos com o transporte até o local das obras; Esta pesquisa trata a pequena e grande obra do mesmo modus operandi ; Existem diferenças de ICMS praticados pelos Estados, fato que contribui para diferenças de custos;
11 REALIDADE DAS OBRAS Outro aspecto, função da localização da obra, é o que podemos chamar de efeito anti-barganha; Quando da execução de obra no interior, a empresa acaba por sujeitar-se aos preços locais. Como exemplo mencionamos: areia, brita e outras despesas como aluguéis, alimentação, etc.
12 REALIDADE DAS OBRA A aquisição do insumo é diferente do pesquisado. A pesquisa de custos dos insumos deve acompanhar aspectos tecnológicos agregados. Por exemplo citamos o caso do óleo díesel: A metodologia de pesquisar famílias de insumos, representadas por um indicador pode gerar localizadamente alguma distorção, para mais ou para menos.
13 REALIDADE DAS OBRAS Dados prospectados pela ANP, de junho/2013, em mais de 300 postos de gasolina no DF, cujo preço médio nas bombas,dos dois combustíveis, o S-1800(comum) e o S-10 foram os abaixo encontrados: Díesel comum R$ 2,419 /litro Díesel S-10 R$ 2,639 /litro diferença: 9,09%
14 VARIAÇÃO DO ÍNDICE SINAPI COM OUTROS INDICADORES ECONÔMICOS O quadro apresentados a seguir mostram, num horizonte de 2 anos e meio, as variações relativas do SINAPI com outros indicadores setoriais. O índice SINAPI foi o que variou menos nesse período. Ressalte-se que o reajuste legal dos contratos é anual!
15 Variação % acumulada de alguns indicadores INCC/FGV, ICC-BH/FGV, CUB/m², Sinapi-Brasil e Sinapi-MG. Ano INCC/FGV ICC-BH/FGV CUB/m² Sinapi-Brasil Sinapi-MG ,49 3,71 3,96 5,65 1, ,12 8,57 8,97 5,68 4,80 Jan-Mai/13 4,82 5,63 2,51 3,16 5,50 Var.Acum. 19,43 17,91 15,44 14,49 11,58 Dif.% Sinapi-MG 7,04% 5,67% 3,46% 2,61% 0,00% Fonte: FGV/IBGE/Sinduscon-MG. Obs.: Para maio/13 a variação que foi utilizada para o SINAPI é a que não considera a desoneração da folha de pagamentos. Entre o INCC-FGV e o SINAPI-MG a diferença é de 7,04% no período!
16 ENCARGOS SOCIAIS BÁSICOS SINDUSCON-MG x SINAPI ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS E TRABALHISTAS ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS E TRABALHISTAS SINDUSCON-MG SINAPI-MG (CAIXA) GRUPO I GRUPO I PREVIDÊNCIA SOCIAL (INSS) 20,00 % PREVIDÊNCIA SOCIAL (INSS) 20,00 % SESI 1,50 % SESI 1,50 % SENAI 1,00 % SENAI 1,00 % SEBRAE 0,60 % SEBRAE 0,60 % INCRA 0,20 % INCRA 0,20 % SALÁRIO-EDUCAÇÃO 2,50 % SALÁRIO-EDUCAÇÃO 2,50 % SEGURO-ACIDENTE 3,00 % SEGURO-ACIDENTE 3,00 % FGTS 8,00 % FGTS 8,00 % Obs.: no slide seguinte fica demonstrado o ônus relativo aos encargos complementares. SECONCI 1,20 % SECONCI 1,20 % SOMA 38,00 % SOMA 38,00 %
17 ENCARGOS SOCIAIS BÁSICOS SINDUSCON-MG x SINAPI ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS E TRABALHISTAS ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS E TRABALHISTAS SINDUSCON-MG SINAPI-MG (CAIXA) GRUPO II GRUPO II DESCANSO SEMANAL REMUNERADO 17,62 % DESCANSO SEMANAL REMUNERADO 17,69 % FÉRIAS 11,21 % 1/3 CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS 3,74 % FERIADOS 4,06 % FERIADOS 3,74 % AVISO PRÉVIO 18,33 % AVISO PRÉVIO 12,67 % ENFERMIDADE 1,47 % ENFERMIDADE 0,77 % ACIDENTES DE TRABALHO 0,11 % ADICIONAL NOTURNO 1,47 % LICENÇA-PATERNIDADE 0,02 % LICENÇA-PATERNIDADE 0,06 % 13º SALÁRIO 11,21 % 13º SALÁRIO 10,21 % Obs.: no slide seguinte fica demonstrado o ônus relativo aos encargos complementares. AUSÊNCIAS ABONADAS/DIAS DE CHUVA 1,92 % 69,24 % 47,06 %
18 ENCARGOS SOCIAIS BÁSICOS SINDUSCON-MG x SINAPI ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS E TRABALHISTAS SINDUSCON-MG Obs.: (1)no slide seguinte fica demonstrado o ônus relativo aos encargos complementares. (2) fundamental medir-se de forma real o turn-over da mão de obra direta(horistas). O SINDUSCON e SICEPOT adotam 8 (oito) meses a permanência média do funcionário nas obras. ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS E TRABALHISTAS SINAPI-MG (CAIXA) GRUPO III GRUPO III MULTA FUNDIÁRIA (rescisão sem justa causa) 4,09 % DEPÓSITO RESCISÃO SEM JUSTA CAUSA 5,88 % CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (Lei Complementar 110) 1,02 % Férias (indenizadas) 13,61 % SOMA 5,11 % SOMA 19,49 % GRUPO IV - INCIDÊNCIA I NO II GRUPO IV - INCIDÊNCIA I NO II 0,3800 X 0, ,31 % 0,3800 X 0, ,88 % SOMA 26,31 % SOMA 17,88 % TOTAL GERAL 138,66 % TOTAL GERAL 122,43 %
19 ENCARGOS SOCIAIS BÁSICOS E COMPLEMENTARES FUNÇÃO SERVENTE VIGIA MEIO-OFICIAL OFICIAL R$/h (%) R$/h (%) R$/h (%) R$/h (%) R$/h (%) Média Médio (A) SALÁRIO (1) 3,38 3,50 3,90 5,17 3,9875 CAFÉ DA MANHÃ R$/h 0,086 2,54 0,086 2,45 0,086 2,20 0,086 1,66 0,086 2,15 BOTA R$/h 0,039 1,15 0,000 0,00 0,039 1,00 0,039 0,75 0,029 0,73 CAPACETE R$/h 0,004 0,13 0,000 0,00 0,004 0,11 0,004 0,08 0,003 0,08 LUVAS R$/h 0,029 0,85 0,000 0,00 0,029 0,74 0,029 0,56 0,022 0,54 TOTAL - EPI R$/h 0,072 2,13 0,000 0,00 0,072 1,85 0,072 1,39 0,054 1,36 CESTA BÁSICA R$/h 0,382 11,30 0,382 10,91 0,382 9,79 0,382 7,39 0,382 9,58 TRANSPORTE URBANO R$/h 1,324 39,19 1,317 37,64 1,293 33,16 1,217 23,54 1,288 32,30 DEPREC.FERRAMENTAS R$/h 0,000 0,00 0,000 0,000 0,040 1,04 0,040 0,78 0,020 0,51 ABONO DE FÉRIAS R$/h 0,123 3,63 0,127 3,63 0,138 3,54 0,138 2,67 0,131 3,30 SEGURO DE VIDA R$/h 0,049 1,46 0,049 1,41 0,049 1,26 0,049 0,95 0,049 1,24 (B) ENC. COMPL. R$/h 2,036 60,24 1,961 56,03 2,061 52,84 1,985 38,39 2,011 50,43 % (B) /(A) 60,24 % 56,03% 52,84% 38,39% 50,43% ENC.SOCIAIS (C) R$/h 4, ,66 (2) 4, ,66 5, ,66 7, ,66 5, ,66 CUSTO TOTAL (D=B+C) R$/h 6, ,90 6, ,69 7, ,50 9, ,05 7, ,09 D A % 198,90 194,69 191,50 177,05 189,09% Fonte: SINDUSCON-MG (1) PISO SALARIAL. (2) ENCARGOS SOCIAIS BÁSICOS DE 138,66%
20 DESONERAÇÃO FISCAL x BDI Torna-se crucial a inserção no BDI da contribuição substitutiva do percentual equivalente a 2% incidentes sobre a receita operacional bruta. Como a referida incidência é sobre o PV, a alíquota correspondente deverá estar no denominador da fórmula de cálculo do BDI. Vejam abaixo como CEF trata do tema: Sem desoneração Horista 122,43% Mensalista 82,26% Com desoneração Horista 90,64% Mensalista 52,76%
21 CONSIDERAÇÕES FINAIS Entendemos a relevância dos assuntos aqui tratados e seu impacto nas obras e nas empresas do País! Os assuntos aqui pautados demandam aprofundamento dos seus reflexos para se encontrar uma convergência. Colocamo-nos à disposição para construção dessa convergência.
22 Obrigado! Engº José Diniz Neto Engº Jurandir dos Santos Alves da Silva
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