EFEITOS DO RUÍDO AMBIENTAL NO ORGANISMO HUMANO E SUAS MANIFESTAÇÕES AUDITIVAS

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1 CEFAC CENTRO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA AUDIOLOGIA CLÍNICA EFEITOS DO RUÍDO AMBIENTAL NO ORGANISMO HUMANO E SUAS MANIFESTAÇÕES AUDITIVAS LÍVIA ISMÁLIA CARNEIRO DO CARMO GOIÂNIA 1999

2 CEFAC CENTRO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA AUDIOLOGIA CLÍNICA EFEITOS DO RUÍDO AMBIENTAL NO ORGANISMO HUMANO E SUAS MANIFESTAÇÕES AUDITIVAS Monografia de conclusão do Curso de Especialização em Audiologia Clínica. Orientadora: Mirian Goldenberg LÍVIA ISMÁLIA CARNEIRO DO CARMO GOIÂNIA 1999

3 Toda a vida (ainda das coisas que não têm vida) não é mais que uma união. Um união de pedras é edifício; uma união de tábuas é navio; uma união; uma união de homens é exército. E sem esta união tudo perde o nome e mais o ser. O edifício sem união, é ruína; o navio sem união é naufrágio; o exército sem união é despojo. Até o homem (cuja vida consiste na união de alma e corpo) com união é homem, sem união é um cadáver. Padre Antônio Vieira ( )

4 Dedicatória Aos homens de minha vida, Ricardo e aos filhos, Leonardo, Marcelo e Ricardo Filho. Aos meus pais, Otelino e Orelina. Com carinho a Maione Maria Miléo.

5 Agradecimento Aos colegas do Curso de Especialização do CEFAC; ressalto o apoio das grandes companheiras: Viviane Pacheco e Mara Núbia, que nos momentos mais importantes estiveram presentes. Sou particularmente grata, à Coordenação do CEFAC, na pessoa de Christiane Tanigutti e a todos os profissionais que muito contribuíram com suas experiências e conhecimentos em suas respectivas áreas. Manifesto o meu reconhecimento ao valioso auxílio dos ex-professores e eternos amigos, Maione Maria Miléo, Sumaya Leão Tavares, Luciana Zulliani, Bertín Sanches, pelo profissionalismo, incentivo e preciosos conselhos. Deixo um agradecimento especial à todos os meus familiares.

6 SUMÁRIO SUMMARY (ABSTRACT)...7 RESUMO INTRODUÇÃO DISCUSSÃO TEÓRICA AUDIOLOGIA ASPECTOS CONCEITUAIS O Som: Aspectos Acústicos e Psicoacústicos Ondas Sonoras Faixa de Audição Humana Ruído Anatomofisiologia e Acústica da Audição EFEITOS DO RUÍDO NO ORGANISMO EFEITOS AUDITIVOS Trauma Acústico Mudança Temporária no Limiar (TTS - Temporary Threshold Shift ) ou Fadiga Auditiva Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) ou Mudança Permanente no Limiar (PTS - Permanent Threshold Shift ) EFEITOS NÃO-AUDITIVOS RUÍDO AMBIENTAL POLUIÇÃO SONORA Efeitos no Organismo Efeitos Sincronizadores e Perturbadores do Ruído no Sono Ruído e Lazer CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 43

7 SUMMARY (ABSTRACT) Human ear is extremely sensitive to noise. Through bibliographical revision this research has the main objective to report the harmful effects of environmental noise on human organism and its hearing display. Continued exposure to noise can cause physical fatigue and chemical, metabolic and mechanical modifications of hearing, therefore it will cause stress of biological chances that can affect the sleep and health, such as: breathing and behavior, endocrine and neurological problems; it will become the cause of many diseases. According to many authors the effects of environmental noise affect the human organism direct or indirectly depending on frequency, intensity, duration and personal susceptibility to which the human being is exposed. We understand in this study the urgency to inform everybody, professionals the harmful effects due to noise exposure. Such effects may be decreased through educational programs and environmental noise inspection. We suppose that this research will also help the investigation of new alternatives to control harmful noise since this topic refers to public health.

8 RESUMO A orelha humana é extremamente sensível e vulnerável ao ruído. Através de revisão bibliográfica, esta pesquisa, teve como objetivo principal relacionar os efeitos nocivos do ruído ambiental sobre o organismo humano, e suas manifestações auditivas. A exposição prolongada do ruído pode levar ao esgotamento físico e às alterações químicas, metabólicas e mecânicas do órgão sensorial auditivo. Consequentemente, ocorrendo estresse e/ou perturbação no rumo biológico, resultando em distúrbios do sono e da saúde (transtornos respiratórios, comportamentais, endocrinológicos, neurológicos, entre outros), passando a ser um agente provedor de doenças. De acordo com diversos autores, os efeitos do ruído ambiental afetam o oganismo humano de forma direta ou indireta, considerando-se a freqüência, intensidade, duração e susceptibilidade individual, nas quais o ser humano encontra-se exposto. Percebe-se neste estudo a urgência em alertar a sociedade, especialmente os profissionais da saúde e áreas afins, sobre os efeitos prejudiciais decorrentes do ruído. Tais efeitos podem ser atenuados com elaboração de programas educativos e de medidas preventivas para a fiscalização dos níveis de ruído ambiental. Acredita-se que esta pesquisa também auxiliará na busca de novas alternativas para o controle do ruído, já que este tema assume uma dimensão maior, por se referir à saúde pública.

9 1. INTRODUÇÃO Por constituir uma preocupação há cerca de anos, confirmada por relatos históricos de vários pesquisadores e tendo em vista o crescente aumento de agentes desencadeadores, o ruído assume um interesse significativo na área científica, na elaboração de estudos e propostas para o controle desse inimigo silencioso e sorrateiro. Definido como o som capaz de provocar dano ao Sistema Auditivo, interferindo no equilíbrio bioquímico do organismo, comprovado especialmente na indústria, o ruído representa um problema sério, causando danos auditivos em milhares de trabalhadores, influenciando na capacidade de atenção e reduzindo o desempenho de suas atividades, tanto intelectuais como físicas. O desenvolvimento tecnológico das indústrias e o crescimento dos grandes centros urbanos submetem o indivíduo ao convívio permanente do ruído, não respeitando convenções e nem classes sociais. Pesquisas recentes revelam que a poluição sonora ocupa a terceira posição entre as doenças ocupacionais, motivo pelo qual conduziu o interesse pelo tema proposto. O presente trabalho objetivará mostrar as influências e manifestações auditivas e não-auditivas do ruído ambiental no organismo humano. Para a realização deste estudo será utilizado um referencial teórico sobre o ruído e seus efeitos. Para tanto, procurará estabelecer alguns conceitos e elucidações quanto às áreas de abrangência da audiologia e seu campo de atuação enquanto ciência fonoaudiológica. Buscar-se-á analisar, através da literatura especializada, os aspectos relativos à anatomofisiologia e fisiopatologia da audição, a relação audição, som e ruído, bem como caracterizar o ruído ocupacional e suas respectivas patologias e por último o ruído ambiental e seus efeitos no organismo em geral. Será dada ênfase à Poluição Sonora como agente provedor de doenças e insalubridade ao ruído estressante aos quais os indivíduos estão

10 expostos e, por último, relatar sobre estudos que hoje destinam-se ao ruído e ao lazer. Os assuntos serão apresentados progressivamente, e de forma sucinta, com o objetivo de facilitar a compreensão deste tema tão envolvente. 10

11 2. DISCUSSÃO TEÓRICA Para a realização deste trabalho, utilizamos de um referencial teórico, sobre o ruído e seus efeitos. Há neste trabalho como proposta para a discussão teórica, a organização em capítulos, com a intenção de oferecer uma melhor compreensão do assunto em questão. Para tanto, os capítulos serão apresentados, progressivamente, e de forma sucinta, com o propósito de convidar o leitor a uma reflexão acerca deste assunto envolvente e motivador. No primeiro através da literatura especializada, serão apresentados os aspectos conceituais da audiologia, os aspectos acústicos, psicoacústicos do som, o ruído e sua classificação e a anatomofisiologia da audição. Além de caracterizar o ruído ocupacional, o segundo destinar-se-á aos efeitos auditivos do ruído, manifestações clínicas e suas respectivas patologias. O terceiro abordará sobre os efeitos não-auditivos decorrentes do ruído no organismo humano em geral, dando ênfase à poluição sonora como agente provedor de doenças e insalubridades, o ruído estressante e estudos sobre o ruído e lazer. 1. Audiologia - Aspectos Conceituais Tendo como objeto de estudo o ruído e sendo ele importante agente físico causador de perdas auditivas e distúrbios neuro/fisio/ psicológicos, o exercício desse campo é feito principalmente pela audiologia e áreas afins como a psicofísica, neurologia, fisiologia, psicologia, ou seja, por pesquisadores que investigam os aspectos que desencadeiam tal problema e o empenho científico de cada área. LACERDA (1976) relata que a palavra audiologia possui uma etiologia composta (do latim audio e do grego logos) que se refere ao estudo da audição como também os desvios ou desordens da função auditiva. RUSSO (1993) a define como a ciência da avaliação da audição e tem sua base científica na Psicoacústica, relacionada com aquilo que se ouve,

12 descrevendo as relações existentes entre as sensações auditivas e as propriedades físicas de um estímulo sonoro. Aliada ainda a estes conceitos, a audiologia direciona suas pesquisas para tudo que possa auxiliar ou prejudicar a audição, podendo ser estudada sob os aspectos psicofísicos, anatomofisiológicos, neurofisiológicos e fisiopatológicos. No campo da Psicofísica, a audiologia estabelece relações entre as respostas do organismo e os estímulos acústicos. Na área da Anatomia e Neurofisiologia volta seu estudo para a transmissão dos sons por intermédio do Sistema Auditivo Periférico e a Recepção Neurossensorial dos estímulos sonoros direcionados ao córtex cerebral. Na Psicologia seu estudo volta-se para a percepção auditiva a nível de área temporal do córtex, juntamente com as operações de análise e síntese dos estímulos auditivos e a complexidade das funções sensomotoras e intelectuais do córtex cerebral. Na Fisiopatologia são avaliadas as lesões que acometem os sistemas de transmissão e recepção coclear e retrococlear, os distúrbios de audição periféricos e centrais, como também as perdas auditivas O Som: Aspectos Acústicos e Psicoacústicos A acústica é uma área de relevância de estudo, principalmente por caracterizar o ruído quanto o nível de pressão sonora, em determinar a faixa de freqüência percebida pela orelha humana, classificação dos tipos de ruído, permitindo conhecimentos úteis relativos aos efeitos dos fenômenos sonoros sobre a audição. Do ponto de vista audiológico, a acústica pode ser estudada em dois aspectos: acústica física e acústica fisiológica ou psicoacústica. MENEGOTTO & COUTO (1998) definem a acústica física como sendo a geração, transmissão e recepção de uma energia na forma de ondas vibracionais na matéria. O fenômeno mais familiar é a sensação do som, sendo este considerado como uma vibração que se propaga pelo ar em forma de ondas e que é percebida pela orelha humana. Um distúrbio vibracional é interpretado como som quando sua freqüência atinge uma faixa de 20 a Hz em uma intensidade capaz de produzir uma sensação auditiva. Em RUSSO (1993) vê-se que a Psicoacústica ou Acústica Fisiológica diz respeito aos atributos da sensação do indivíduo para freqüência ( pitch ), para intensidade ( loudness ) e, ainda, com os julgamentos ou impressões individuais, em relação a ruído, sons musicais, vozes humanas, entre outros. Portanto, está relacionada com a habilidade dos ouvintes em distinguir diferenças entre os estímulos e não diretamente com os mecanismos 12

13 fisiológicos dos sons. Sendo assim, a diferença básica entre Audiologia e Psicoacústica encontra-se na metodologia empregada. A primeira está empenhada em pequenas diferenças e efeitos sutis, e a segunda dirige-se para a aplicação de testes simples e rápidos a fim de determinar a natureza do distúrbio e local da lesão. Porém, não se pode dissociá-las, pois em conjunto fornecem informações preciosas para a integridade do Sistema Auditivo. Os testes audiométricos subjetivos utilizados na audiologia para medir a acuidade auditiva do indivíduo são chamados de testes psicométricos ou psicoacústicos, os quais, além de outros aspectos, determinam a área de sensibilidade do ouvido humano, constituindo-se, como dito, uma a base da outra Ondas Sonoras São considerados os estímulos da audição. A forma como o som é percebido é extremamente importante para a audiologia, facilitando os seus procedimentos e a melhor compreensão da relação entre som e audição. As ondas sonoras transportam energia de um ponto para outro no espaço, através de oscilações de vibrações que se propagam em um meio elástico, seja, líquido, gasoso ou sólido, sem contudo haver transporte simultâneo de matéria. Suas dimensões físicas estão associadas à altura e intensidade, sendo que, na altura os sons são classificados em graves ou agudos, ou seja, relacionam-se com a freqüência. Quanto a intensidade, a classificação se faz em forte ou fraco e encontram-se relacionados com a amplitude, portanto, maior amplitude, energia e pressão, mais forte é o som. Para MENEGOTTO & COUTO (1998) a intensidade do som pode ser analisada sob o ponto de vista da intensidade sonora (fluxo de energia) ou da pressão (pressão que as moléculas exercem). A audiologia utiliza uma escala logarítmica para descrever os níveis sonoros da percepção humana, frente aos eventos físicos, relativos ao nível de intensidade sonora (NIS) e o nível de pressão sonora (NPS), que é o decibel. CLIFFORD (1973) observa que essa escala é útil não somente para a engenharia do som como para compreender mecanismos de audição. Uma escala logarítmica, naturalmente, é constituída de acordo com os expoentes de um número básico, que é, em geral, 10. Por conseguinte, um som, que é 10 vezes, teria um valor 2; um que fosse vezes, o valor 3, e assim por diante. A unidade da escala logarítmica da intensidade do som chama-se bel. O bel é o logaritmo de uma razão de 10, sendo dividido em dez partes chamadas decibels. O decibel é um décimo do bel. 13

14 RUSSO (1998) relata que a unidade denominada Bel foi concedida em homenagem a Alexandre Graham Bell, inventor do telefone. Foi usada para medições de perdas nas linhas telefônicas, nos EUA, como medida relativa de intensidade, a qual amplia uma ampla variação de escala linear de intensidade pelas transformações desta em uma escala logarítmica. MENEGOTTO & COUTTO (1998) acrescentam que há outros tipos de escalas de decibels, como dbna, dba, dbns, dbc e outros. Os exames audiológicos são normalmente relacionados numa escala chamada de dbna Faixa de Audição Humana Vários experimentos psicoacústicos foram utilizados para esclarecer as relações existentes entre as alterações nas propriedades físicas das vibrações sonoras e as correspondentes alterações subjetivas na sensação auditiva, determinando a faixa de audição humana, que compreende a área de freqüências de 20 a Hz, incluindo o limiar mínimo de detecção ou audibilidade. Os ossos da cabeça também transmitem som, sendo que a orelha é muito sensível aos sons transmitidos por condução aérea do que condução óssea. Considera-se por audição a percepção dos sons que os indivíduos têm, através do mecanismo da orelha. Os estímulos sonoros atingem a orelha e, no cérebro, a área correspondente interpreta esses estímulos, os quais tornamse conscientes pela percepção Ruído Grande parte dos sons são complexos, com diferentes ondas superpostas como a fala, a música e os ruídos. Não existe diferença, em termos físicos, entre som e ruído. A preocupação com os níveis de ruído em relação ao meio ambiente e à saúde, data desde os primórdios do tempo, constituindo um problema de anos atrás. Os primeiros relatos com relação à surdez dos moradores que viviam próximos às cataratas do rio Nilo, no Egito, estabelecendo uma relação causal entre ruído e a perda da audição. Foram descritos por Hipócrates e Plínio, o Velho. CRUZ & COSTA (1994) confirmam que a clássica descrição de que o interesse dos sons ambientais sobre as pessoas existe desde a antiga Roma, quando veículos puxados por animais andando pelas primeiras vias pavimentadas, incomodavam as pessoas dentro de suas casas durante 14

15 conversas informais e o sono. No Brasil atualmente já existem estudos direcionados ao ruído e seus efeitos, como por exemplo, pesquisadores de Belo Horizonte confirmam que o ruído pode afetar de forma direta ou indireta, através de estresse ou perturbações no ritmo biológico, gerando distúrbio do sono e da saúde, em geral, no cidadão urbano. Conforme CLARK (1992), o ruído é um incômodo e COSTA & CRUZ (1994) completam que, em grande quantidade e de forma constante, torna-se mais que um incômodo, passando a ser agente causador de doenças. RUSSO (1993), considera o termo ruído, para descrever um sinal acústico aperiódico, originado da superposição de vários movimentos de vibração com diferentes freqüências, as quais não apresentam relação entre si. LACERDA (1976) aponta que no ruído podem-se distinguir dois fatores principais. O primeiro diz respeito à freqüência, que consiste no número de vibrações por segundo emitidas pela fonte sonora, medida em Hz, atribuindo aos ruídos a seguinte classificação: de baixa freqüência (graves) entre 20 a 300 Hz; freqüências médias de 30 a Hz; altas freqüências (agudas) os de a Hz. Os sons abaixo de 20 Hz são denominados de infra-sons e acima de Hz, de ultra-sons. Os sons de alta freqüência são mais nocivos à orelha humana e os ruídos de baixa freqüência, mesmo sendo suportáveis pela orelha, produzem efeitos orgânicos mais acentuados. O segundo fator ligado ao ruído é a intensidade, medida em decibel (db), considerando que os ruídos inferiores a 40 db são apenas desagradáveis, enquanto os ruídos entre db são capazes de favorecer distúrbios nervosos, e, os superiores a 90 db agem de forma traumatizante na orelha. De acordo com a Norma - ISO 2204/1973 (INTERNATIONAL STANDARD ORGANIZATION), os ruídos podem ser classificados segundo a variação de seu nível de intensidade com o tempo, como: contínuo, cujas variações de nível são desprezíveis (aproximadamente 3 db), apresentando maior duração durante o período de observação; intermitente, que apresenta uma variação contínua de um valor aplicável (aproximadamente 3 db) no período de observação e de impacto ou impulso, seus picos de energia acústica de duração são inferiores a um segundo. FEIDMAN & GRIMES (1985), citados por RUSSO (1993), caracterizam-no como um fenômeno acústico associado a explosões e é considerado um dos ruídos mais nocivos à audição, com intensidades que variam de 100 db ruído de impacto e acima de 140 db ruído impulsivo. A exposição contínua a ruídos acima de 85 dba pode provocar perdas auditivas permanentes e, com aumento de apenas 5 db, representa uma 15

16 redução do tempo de exposição ao ruído pela metade. (Tabela 1) Tabela 1. Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente Nível de Ruído db (A) pela Máxima Exposição Diária Permissível Db DB DB DB DB DB DB DB DB 8 horas 7 horas 6 horas 5 horas 4 horas e 30 minutos 4 horas 3 horas e 30 minutos 3 horas 2 horas e 40 minutos DB DB DB DB DB DB DB DB DB DB DB DB DB DB 2 horas e 15 minutos 2 horas 1 hora e 45 minutos 1 hora e 15 minutos 1 hora 45 minutos 35 minutos 30 minutos 25 minutos 20 minutos 15 minutos 10 minutos 8 minutos 7 minutos Fonte: PIMENTEL SOUZA (1992) Ruído Estressante O barulho inesperado ou de fonte desconhecida pode provocar várias formas de reações reflexas. Em exposição temporária, o organismo retorna ao normal, correspondendo à reação primária. Se a fonte geradora de ruído é mantida ou alternada podem ocorrer mudanças persistentes. SELYE (1954), citado por PIMENTEL-SOUZA (1992), observa que o ruído é um estímulo potente para estabelecer conexão com o arco-reflexo vegetativo do Sistema Nervoso Autônomo (SNA) na manutenção do estresse crônico. WHO (1980) refere que são observadas diferentes reações no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, incluindo o aumento de liberação de ACTH e de 16

17 corticosteróides. BERGAMINI et al. (1976) dizem que os órgãos alvos incluem vísceras, como: glândulas endócrinas ou exócrinas, órgãos sexuais, sistemas hormonais, etc. Em seus estudos PIMENTEL-SOUZA (1992) cita SELYE (1965) que atribui ao ruído estressante três fases, que promovem efeitos psicofisiológicos e fisiológicos decorrentes da atividade simpática e hipotálamo-hipofisária. A primeira fase (estresse agudo) caracteriza-se por resposta do SNA simpático com liberação de norodrenalina no sangue. A segunda fase (estresse crônico) representa o período de resistência, quando o organismo adapta-se ao agente agressor, permanece defendendo-se e passa a liberar mais adrenalina que, em conjunto com a anterior, constituem os hormônios do medo, raiva e da ansiedade. A terceira fase (estresse de exaustão) corresponde ao período préagônico, com permanência das secreções destes hormônios e queda das gonadrotrofinas e oxitocinas, afetando a persistência, comportamentos sociais e sexuais, levando à depressão psicológica, à deficiência imunológica, à desintegração orgânica, óssea, muscular etc Características dos Sons Lesivos (RUÍDO) Os sons lesivos são mais intensos que da conversação, variam de db SPL. O som lesivo tem por volta de 85 db, com exposição de 8 horas por dia. Nos últimos 25 anos o nível crítico dos sons lesivos teve vários significados e, devido a este fato, devem-se utilizar alguns referenciais para estabelecê-lo. SPOENDLIN (1976) atribui 120 db SPL com o estímulo NOISE BURST; HANDERSON et al., ( ), em mais ou menos 125 db SPL; DANIELSON et al. (1991) e OLIVEIRA (1997) afirmam que o impulso de vários milissegundos revelariam o nível crítico entre 135 a 155 db Fatores de Risco Alguns fatores de risco em relação a sensitividade à perda auditiva por ruído foram observados durante este levantamento. SUN et al., (1991) citados por OLIVEIRA (1997), afirmam que a deficiência de ferro no organismo facilitava as lesões cocleares. Em seus estudos, OLIVEIRA (1997) cita diversos autores como CODY & JOHNSTONE (1982) o ouvido esquerdo seria mais suscetível a lesão por ruído, devido ao fator de lateralidade, consideram que as perdas auditivas monoaurais podem ser reduzidas por estímulos acústicos simultâneos. AXELSSON et al. (1981) verificaram que o ouvido esquerdo seria 17

18 mais suscetível à lesão por ruído fator lateralidade. OLIVEIRA (1989) atribui aos antibióticos aminoglicosídeos como potencializadores de lesões auditivas por ruído. Outros fatores observados: a prematuridade, em que verifica-se que as crianças imaturas são suscetíveis a lesões auditivas por ruído (barulho da incubadora). Em idade avançada existe uma relação inversa: quanto maior a idade, menor a susceptibilidade, sendo considerado que, em idade avançada, a mulher é mais sensível às perdas auditivas por ruído. Não se pode deixar de ressaltar que outros fatores são importantes, como: a duração, a influência e a continuidade e discontinuidade do ruído. A duração diz respeito ao tempo em que o indivíduo encontra-se exposto ao ruído. A influência está relacionada à susceptibilidade, que é muito variável entre os indivíduos e aos ruídos que causam alterações auditivas. A continuidade e descontinuidade, encontra-se na freqüência do ruído e a sensibilidade do som audível Anatomofisiologia e Acústica da Audição A audição é um órgão sensorial importante à vida; constitui a base da comunicação humana. Além dos aspectos acústicos, é imprescindível conhecer a anatomia e a fisiologia da audição para a compreensão dos efeitos auditivos decorrentes da exposição ao ruído. ZORZETTO (1994) descreve a orelha como órgão vestibulococlear, formada por um complexo morfofuncional responsável pela sensibilidade ao som, aos efeitos gravitacionais e do movimento. MORATA & SANTOS (1994) afirmam que a orelha está contida no osso temporal e tem como funções principais o equilíbrio e a audição. Do ponto de vista didático, pode-se dividir a orelha em três partes: orelha externa, orelha média e orelha interna Orelha Externa Constituída pelo pavilhão auricular, conduto auditivo externo (CAE) e membrana timpânica (MT), localizada na porção final do CAE, separando orelha externa da média. OLIVEIRA (1985) coloca que a finalidade do pavilhão auricular é coletar as ondas sonoras e dirigi-las para o CAE. MORATA & SANTOS (1994) completam, dependendo da posição do ouvinte em relação à fonte sonora, pode também ser responsável por um acréscimo de 01 a 10 db na faixa de freqüência de a Hz. Contribuindo, ainda, para a localização da fonte sonora e proteção para a orelha média e interna. 18

19 O CAE tem 2,5 cm de comprimento e conduz as ondas sonoras à MT. Possui duas porções: a primeira cartilaginosa e segunda óssea, que é mais estreita. É recoberto por pele, possui pêlos e glândulas que produzem cera, com função de proteger a MT contra a ação de corpos estranhos. O seu formato também contribui na amplificação e ressonância, destacando a sensitividade para determinados sons. Contudo, a freqüência ressonante é variável entre os indivíduos, de acordo com a extensão e características físicas do pavilhão auricular e CAE. Pode-se dizer que essa amplificação varia de 10 a 20 db para freqüências entre e Hz. MENEGOTTO & COUTO (1998) ressaltam que a ressonância própria do CAE parece ser invariável, mas a ressonância do pavilhão auricular é extremamente dependente da direção do som. Assim, o som que chega a MT apresenta variações características conforme a posição da fonte sonora, o que fornece pistas para a sua localização Orelha Média Conhecida também por cavidade timpânica ou caixa do tímpano. É uma cavidade preenchida de ar, escavada no osso temporal e tem de 1 a 2 cm 3 de volume. Possui três recessos: Epitimpânico ou Ático, contendo a cabeça do martelo, corpo e ramo curto da bigorna, o Mesotimpânico, área coberta pela membrana timpânica e o recesso Hipotimpânico ou Hipotímpano, situado na parte anterior. MENEGOTTO & COUTO (1998) registram que a função da orelha média é fazer uma ponte entre a orelha externa e a orelha interna, ou precisamente, entre o meio aéreo da orelha externa e o meio líquido da orelha interna. Esta ponte inicia-se na MT, passa pela cadeia ossicular e termina na janela oval. A MT ou membrana do tímpano é uma estrutura da orelha média, transparente, com aparência circular, com pequena concavidade e apresenta 80 mm 2 de superfície, 10 mm de diâmetro e 0,1 mm de espessura. No adulto, apresenta-se em posição oblíqua, voltada ântero-lateralmente. É constituída por três camadas de tecido de origem diversa: a primeira, a mais externa, de natureza epitelial, de origem ectodérmica, a segunda, intermediária fibrosa, de origem mesodérmica a terceira, e profunda (interna) mucosa, de origem endodérmica. Esta membrana é dividida em quadrantes: póstero-superior, póstero-inferior, ântero-superior e ântero-inferior. Apresenta duas porções: a primeira PARS Flácida ou membrana de SHRAPNELL é uma porção fina e frouxa; corresponde à parte da membrana que é formada por epiderme e mucosa, situada acima das pregas malares. 19

20 BONALDI et al. (1998) consideram que a PARS TENSA ou lâmina própria, a segunda, e responsável pela compliância da MT e transmissão de vibração para a orelha média devido o arranjo de fibras que contém. O cabo do martelo situa-se firmemente aderido às fibras da camada média, sendo o ossículo constantemente tracionado para dentro por ligamentos e pelo músculo tensor do tímpano, o que mantém a membrana tensa e permite a transmissão das vibrações sonoras. Do ponto de vista funcional a MT pode ser dividida em três zonas; que se diferenciam pela composição de suas fibras e o modo de vibração: zona central, zona intermediária e zona periférica. Os autores acima citados, acrescentam que, de modo geral, a vibração é transferida das zonas central e periférica para a intermediária, no entanto podem ser diferenciados movimentos vibratórios com relação à freqüência de estimulação. De acordo com STINSON (1985), citado por MENEGOTTO & COUTO (1998), até 2 ou 3 Khz aproximadamente a MT vibra como um todo, em movimentos de vaivém. Acima disso, vibra por partes, com suas porções respondendo de forma diferenciada às diversas freqüências. ZORZETTO (1994) diz que a cadeia ossicular é composta por três ossículos: martelo, bigorna e estribo, articulados entre si, situados no interior da cavidade timpânica. Encontram-se suspensos por ligamentos e músculos que em conjunto e o formato característico dos ossículos lhes permite um padrão próprio de movimentação. O martelo tem uma das suas extremidades ligada à porção mais central da MT e a outra ligada à outra bigorna que, por sua vez, articula-se com o estribo, que tem sua base inserida na janela oval. MORATA & SANTOS (1994) assinalam que, como a transmissão do som de um meio aéreo (orelha média) para um meio líquido (orelha interna), é extremamente ineficiente (há uma perda de energia correspondente a 30 db) devido a grande diferença de mobilidade entre os dois meios, a cadeia ossicular atua como um transformador mecânico que equaliza as impedâncias. RUSSO (1993) diz que a posição que o conjunto tímpano-ossicular oferece à passagem da onda sonora que penetra no CAE é denominada da impedância mecânica da orelha média, parte da energia acústica que incide na MT é refletida para fora, e a outra parte é transmitida para a orelha média pela vibração da MT. A orelha média tem como função principal facilitar a transmissão das ondas sonoras do ar para os fluídos da orelha interna; considerando que o ar tem baixa impedância, enquanto os fluídos cocleares apresentam uma alta impedância, portanto é necessário o casamento entre as impedâncias por meio 20

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