Doença Meningocócica na Região Norte

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Doença Meningocócica na Região Norte"

Transcrição

1 Administração Regional de Saúde do Norte, I.P. Departamento Saúde Pública Doença Meningocócica na Região Norte Intervenção de Saúde Pública Unidade de Vigilância Epidemiológica Março 2008

2 Trabalho realizado por: Joana Gomes Dias Laurinda Queirós Ana Maria Correia Unidade de Vigilância Epidemiológica Departamento de Saúde Pública Administração Regional de Saúde do Norte, I.P. 2

3 Agradecimentos A todos os profissionais que participaram na vigilância epidemiológica integrada da doença meningocócica no período em análise. Á Direcção-Geral da Saúde que facultou a base de dados de doença meningocócica com os casos notificados na região Norte no período

4 Índice geral 1 Introdução Antecedentes Vacinação Quimioprofilaxia Componentes do sistema de vigilância Objectivo do relatório Material e Métodos Resultados Incidência doença meningocócica na região Norte Incidência por grupo etário e serogrupo Incidência por forma clínica de apresentação da doença Incidência por distrito e serogrupo Letalidade Quimioprofilaxia Componentes do Sistemas de Vigilância Discussão Conclusões Referências Bibliográficas

5 Índice de figuras Figura 1. Número total e número de casos estimados de doença meningocócica por serogrupo na região Norte ( ) Figura 2. Taxas de incidência de DM (casos por 100 mil) por grupo etário na região Norte ( ) Figura 3. Taxa de incidência estimada do serogrupo B (casos por 100 mil) na região Norte ( ) Figura 4. Taxa de incidência estimada do serogrupo C (casos por 100 mil) na região Norte ( ) Figura 5. Número de casos de doença meningocócica por forma de apresentação da doença (M Meningite; S Septicemia; M+S Meningite e Septicemia) na região Norte ( ) Figura 6. Taxa de incidência padronizada, pelo método directo e respectivos intervalos de confiança a 95 % para a região Norte e para os distritos do Porto e Braga ( ) Figura 7. Letalidade (%) anual na região Norte ( )

6 Índice de quadros Quadro 1. População padrão Census Quadro 2. Taxa bruta de incidência anual de doença meningocócica por 100 mil habitantes, na região Norte ( ) Quadro 3. Taxa de incidência anual estimada de doença meningocócica (100 mil habitantes) pelo serogrupo B e pelo serogrupo C, na região Norte ( ) Quadro 4. Taxas de incidência (por 100 mil habitantes) por distrito, global e por serogrupo, na região Norte ( ) Quadro 5. Taxa de letalidade anual e no período em estudo por serogrupo na região Norte ( ) Quadro 6. Proporção de casos de doença meningocócica com informação sobre quimioprofilaxia aos contactos na região Norte ( ) Quadro 7. Número médio de contactos por caso de doença meningocócica com prescrição de quimioprofilaxia na região Norte ( ) Quadro 8. Número casos de doença meningocócica detectados e não detectados, e proporção de casos detectados em relação ao total, por cada um dos sistema de vigilância: SARA/Meningites, DDO, VigLab-DM e IE na região Norte ( )

7 Lista de siglas DDO Doenças Transmissíveis de Declaração Obrigatória DGS Direcção-Geral da Saúde DM Doença Meningocócica IE Inquérito Epidemiológico MenC Vacina conjugada contra a doença invasiva por meningococo do grupo C PNV Programa Nacional de Vacinação RN Região Norte VigLab_DM Vigilância Laboratorial da doença Meningocócica 7

8 1 Introdução 1.1 Antecedentes Durante a década de noventa na região de saúde do Norte (RN), as taxas de incidência anuais de notificação da doença meningocócica (DM), calculadas com base nos dados do Sistema de Doenças Transmissíveis de Declaração Obrigatória (DDO) oscilaram em torno de dois casos por 100 mil habitantes 1. Nos primeiros anos da década actual a incidência de DM no País aumentou, variando entre 2,92 e 3,81 casos por 100 mil habitantes, para a partir de 2003 se observar uma tendência descendente 2. A RN apresentou valores de incidência de DM próximos dos observados no País no período de 2000 a Os serogrupos predominantes no País no início da década actual foram o B e o C, tendo os outros serogrupos representado menos de 10 % dos casos de doença 4. No País, estima-se que no período , a doença invasiva do serogrupo C tenha atingido valores de incidência anual que oscilaram em torno de dois casos por 100 mil 2. Na RN, dados sobre a proporção de casos com serogrupo conhecido indicam que a incidência da doença do serogrupo C tenha apresentado valores da mesma ordem de grandeza no período Vacinação Os estudos realizados no Reino Unido sobre a efectividade da vacina conjugada contra a doença invasiva por meningococo do grupo C (MenC), realizados com base nos casos de falência vacinal (1), mostraram a elevada efectividade da vacina (superior a 90%) 6,7. Depois da introdução da vacina MenC no mercado nacional, observou-se uma boa adesão a esta vacina na RN 8. Ainda antes da introdução da MenC (1) Definida como um caso de doença do serogrupo C com início da doença mais de dez dias depois da administração da última dose de MenC de acordo com o calendário vacinal. 8

9 no Programa Nacional de Vacinação (PNV), uma proporção importante de crianças foi vacinada 2 : as coortes de nascimento de 2001 a 2004 apresentavam, em Dezembro de 2005, coberturas superiores a 50 %; a coorte de 2004 apresentava uma cobertura superior a 70 %. Em Janeiro de 2006 a MenC foi introduzida no PNV e deu-se início à Campanha de Vacinação (2006/2007) 9. Na RN, os resultados da Campanha em 2006 (coortes de 1997 a 2004) e os da vacinação de rotina das coortes mais jovens mostraram coberturas elevadas em todos os distritos, observando-se valores superiores a 90 % nas coortes nascidas depois de 2000 (2). 1.3 Quimioprofilaxia A quimioprofilaxia tem como objectivo eliminar o meningococo no portador assintomático que, na rede de contactos íntimos 10 do caso índice, foi a fonte de transmissão da estirpe virulenta. A transmissão do meningococo ocorre na maioria dos casos no domicílio 11. A não ocorrência de casos secundários geralmente indica que a quimioprofilaxia está a ser aplicada 12. A não existência de uma vacina contra o meningococo do grupo B e o risco elevado de infecção nos contactos íntimos do caso fundamentam a necessidade de politicas de saúde pública claras e normalizadas 13. Em Portugal, a quimioprofilaxia aos contactos íntimos dos casos, uma das medidas de controlo previstas nas Normas de Procedimento do programa SARA- Meningites, é uma das actividades descritas no relatório do inquérito epidemiológico a realizar para cada caso de doença Componentes do sistema de vigilância O programa de Vigilância Epidemiológica Integrada da Doença Meningocócica foi criado em Os dados relativos a todos os casos conhecidos de doença meningocócica provenientes, quer da componente da (2) Fonte: Departamento de Saúde Pública Administração Regional de Saúde do Norte, IP 9

10 vigilância laboratorial (VigLab-DM) da responsabilidade do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, quer das componentes de vigilância clínica, através dos casos declarados ao sistema de Doenças de Declaração Obrigatória (DDO) e ao sistema SARA-Meningites, são informatizados na Direcção Geral da Saúde (DGS) numa mesma base de dados. Na RN, o sistema SARA-Meningites representa uma importante fonte de informação sobre a DM e contribuiu decisivamente para melhorar a intervenção em saúde pública 16. A implementação na RN do programa de Vigilância Epidemiológica Integrada da DM permitiu melhorar a sensibilidade e a especificidade do sistema de vigilância, melhorando a qualidade da intervenção traduzindo-se em ganhos em saúde Objectivo do relatório O objectivo deste relatório é fornecer informação de retorno aos profissionais de saúde da RN com responsabilidades no desenvolvimento da vigilância da doença meningocócica, sobre a epidemiologia da doença na região e sobre o funcionamento do programa de Vigilância Epidemiológica Integrada da Doença Meningocócica. 10

11 2 Material e Métodos Realizou-se um estudo retrospectivo de três anos ( ), usando a base de dados de doença meningocócica (DM) da Direcção-Geral da Saúde (DGS), da qual consta toda a informação contida nos relatórios dos inquéritos epidemiológicos (IE) dos casos ocorridos em residentes na região Norte (RN). Consideraram-se os casos classificados como prováveis ou como confirmados 18. Os dados demográficos usados foram os do Census 2001 Instituto Nacional de Estatística subdivididos por distrito, grupo etário e sexo. As variáveis em estudo foram: ano de ocorrência, sexo, idade, distrito de residência, forma clínica, evolução da doença, vacinação, quimioprofilaxia (contactos domiciliares e outros contactos), serogrupo, classificação de caso e origem da informação. Fez-se a categorização dos dados para cada grupo de variáveis e a sua descrição estatística (análise de frequências). O número anual de casos por serogrupo foi obtido por extrapolação das percentagens observadas nos casos com serogrupo conhecido. Calcularam-se a taxa de incidência anual global, as taxas de incidência por sexo, grupo etário e serogrupo. Para cada distrito calcularam-se taxas anuais globais e por serogrupo. Uma vez que a incidência da DM está fortemente associada à idade e a estrutura etária da população varia de distrito para distrito, para a análise da incidência de DM por distrito, foi feita a padronização para a idade. A padronização foi feita pelo método directo em sete grupos etários, usando como população padrão os dados demográficos nacionais do Census 2001, cuja estrutura e composição consta do Quadro 1. 11

12 Quadro 1. População padrão Census 2001 Grupos etários (anos) Número de indivíduos < A padronização foi feita para a RN e para os dois distritos mais populosos da região. Não se usou esta metodologia nos restantes distritos devido ao tamanho populacional e às baixas incidências de DM, uma vez que pequenas variações nos números absolutos de casos implicam grandes variações na taxa 1. A partir da variável forma clínica avaliou-se a incidência e as proporções das diferentes formas de apresentação da doença (meningite, septicemia, meningite e septicemia). Calcularam-se taxas de letalidade anuais, global e por serogrupo para a região. Calculou-se o número médio de contactos com quimioprofilaxia por cada caso de doença, para o que se consideraram os casos com informação em pelo menos um dos campos da variável quimioprofilaxia (domiciliar ou outros). Quando na base de dados não constava um valor numérico para o número de contactos assumiu-se o menor valor possível (exemplo: avós, irmãos). Calcularam-se as proporções de casos de cada uma das componentes do sistema de Vigilância Epidemiológica Integrada da Doença Meningocócica em relação ao total de casos. No tratamento e análise dos dados utilizaram-se os programas informáticos SPSS15 e Microsoft Excel

13 3 Resultados 3.1 Incidência doença meningocócica na região Norte No período registaram-se 200 casos esporádicos de doença meningocócica (DM) na região Norte (RN). A proporção de casos confirmados variou entre 61 % em 2004 e 82 % em Durante o período em análise, a taxa de incidência de DM na região variou entre 2,47 e 1,51 casos/100 mil habitantes. O Quadro 2 mostra a taxa bruta anual de incidência na região no período em estudo. Quadro 2. Taxa bruta de incidência anual de doença meningocócica por 100 mil habitantes, na região Norte ( ) taxa por 100 mil ,47 2,19 1,51 O gráfico da Figura 1 mostra a evolução do número total e do número de casos estimados de DM por serogrupo, nesse período. Observa-se um decréscimo na incidência global, mais acentuado entre 2005 e O número de casos do serogrupo B apresenta um decréscimo apenas no período de 2005 a número de casos Total B C Outros Figura 1. Número total e número de casos estimados de doença meningocócica por serogrupo na região Norte ( ) Durante o período não se observaram diferenças estatisticamente significativas (p > 0,05) na distribuição dos casos de DM por sexo. 13

14 3.2 Incidência por grupo etário e serogrupo A Figura 2 mostra a incidência anual de DM por grupo etário na região Norte no período em estudo. A incidência foi mais elevada nos grupos etários das crianças e jovens, observando-se no grupo das crianças com menos de um ano de idade incidências anuais muito mais elevadas do que nos restantes grupos etários. Nos anos de 2004 e de 2005 o grupo das crianças com menos de um ano de idade apresentou incidências de 57 por 100 mil habitantes, e em 2006 a incidência de 33 por 100 mil habitantes. casos por 100 mil < grupo etário (anos) Figura 2. Taxas de incidência de DM (casos por 100 mil) por grupo etário na região Norte ( ) As taxas de incidência anuais estimadas de DM pelo serogrupo B e pelo serogrupo C no período de são apresentadas no Quadro 3. Na RN, a incidência de DM pelo serogrupo B variou entre 1,07 (2006) e 1,68 (2004) casos por 100 mil habitantes, enquanto que a DM pelo serogrupo C variou entre 0,46 (2006) e 0,53 (2004) casos por 100 mil habitantes. Quadro 3. Taxa de incidência anual estimada de doença meningocócica (100 mil habitantes) pelo serogrupo B e pelo serogrupo C, na região Norte ( ) taxa por 100 mil Serogrupo B 1,68 1,65 1,07 C 0,53 0,46 0,46 As incidências anuais de DM pelo serogrupo B e pelo serogrupo C por grupo etário são apresentadas na Figura 3 e na Figura 4, respectivamente. O padrão de distribuição da incidência de DM do serogrupo B por grupo etário, 14

15 tal como o padrão de distribuição da incidência global (todos os serogrupos), mostra uma diminuição com a idade. Serogrupo B < > 24 grupo etário (anos) Figura 3. Taxa de incidência estimada do serogrupo B (casos por 100 mil) por grupo etário, na região Norte ( ) A distribuição da incidência de DM do serogrupo C por grupo etário apresenta um padrão diferente do atrás descrito para o serogrupo B, isto é, embora se observe em 2004 e em 2005 um incidência mais elevada nas crianças com menos de um ano de idade do que nos outros grupos etários, em 2006 não foi identificado nenhum caso de doença do serogrupo C neste grupo etário. Serogrupo C < > 24 grupo etário (anos) Figura 4. Taxa de incidência estimada do serogrupo C (casos por 100 mil) por grupo etário, na região Norte ( ) No período em estudo não foi identificado nenhum caso de falência vacinal da vacina contra a DM do serogrupo C. 15

16 3.3 Incidência por forma clínica de apresentação da doença No período em análise a incidência de meningite meningocócica foi superior à incidência de septicemia por meningococo (Figura 5). Em 2005 a proporção de casos com septicemia foi mais elevada que em 2004 e Figura 5. Número de casos de doença meningocócica por forma de apresentação da doença (M Meningite; S Septicemia; M+S Meningite e Septicemia) na região Norte ( ) 3.4 Incidência por distrito e serogrupo O Quadro 4 apresenta as taxas brutas de incidência anual de DM por distrito, as globais e as estimadas por serogrupo. O distrito do Porto apresenta as taxas de incidência globais mais elevadas, e as mais baixas foram observadas no distrito de Bragança (2004 e 2005) e de Viana Castelo (2006). Quadro 4. Taxas de incidência (por 100 mil habitantes) por distrito, global e por serogrupo, na região Norte ( ) Total B C Total B C Total B C Braga 2,29 1,63 0,49 2,29 1,29 0,43 2,17 1,35 0,52 Bragança 0,67 0,00 0,00 1,34 0,00 0,00 1,12 0,22 0,22 Porto 2,92 1,95 0,43 2,36 1,81 0,39 2,28 1,72 0,33 Viana do Castelo 0,80 0,00 0,80 1,60 1,60 0,00 0,93 0,53 0,27 Vila Real 2,68 2,15 0,54 1,79 0,60 1,19 1,79 1,21 0,58 A Figura 6 mostra as taxas de incidência padronizadas de DM, para a região e para os distritos do Porto e Braga, e os respectivos intervalos de confiança a 95 %. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre as taxas desses dois distritos e da região Norte no período em estudo (Figura 6). 16

17 3,5 3 casos por 100 mil 2,5 2 1,5 1 0, Região Norte Porto Braga Figura 6. Taxa de incidência padronizada, pelo método directo e respectivos intervalos de confiança a 95 % para a região Norte e para os distritos do Porto e Braga ( ) 3.5 Letalidade A Figura 7 mostra a taxa de letalidade anual da DM na região Norte de 2004 a 2006, a qual atingiu em 2005 o seu valor mais elevado (8,5 %) Letalidade (%) Figura 7. Letalidade (%) anual na região Norte ( ) O Quadro 5 mostra a taxa de letalidade anual por serogrupo no período em estudo. A taxa de letalidade para o serogrupo C foi mais elevada do que para o serogrupo B, sendo de notar que em 2006 não ocorreram óbitos pelo serogrupo C. Quadro 5. Taxa de letalidade anual e no período em estudo por serogrupo na região Norte ( ) Ano Serogrupo B C B C B C B C Letalidade (%) 3,1 10 8,3 10 4,2 0 5,4 6,9 17

18 3.6 Quimioprofilaxia A proporção de casos de DM com informação sobre quimioprofilaxia aos contactos aumentou de 33,8 % em 2004 para 71,4 % em 2006 (Quadro 6). Quadro 6. Proporção de casos de doença meningocócica com informação sobre quimioprofilaxia aos contactos na região Norte ( ) ano proporção de casos com informação (%) 33,8 50,7 71,4 O Quadro 7 mostra o número médio de contactos (no domicílio ou outros) por caso de DM com prescrição de quimioprofilaxia. O número médio de contactos domiciliares por caso foi de cinco ou seis, e o número médio de outros contactos por caso variou entre 30 e 45. Quadro 7. Número médio de contactos por caso de doença meningocócica com prescrição de quimioprofilaxia na região Norte ( ) número médio de contactos por caso Domiciliares Outros Domiciliares Outros Domiciliares Outros Componentes do Sistemas de Vigilância O Quadro 8 mostra o número e a proporção de casos detectados por cada uma das componentes do sistema de Vigilância Epidemiológica Integrada da Doença Meningocócica, e ainda o número de casos em que a informação dos inquéritos epidemiológicos (IE) foi enviada à Direcção-Geral da Saúde. No período em estudo ( ) a proporção de casos detectados pelo sistema de vigilância SARA/Meningites foi a mais elevada. Quadro 8. Número casos de doença meningocócica detectados e não detectados, e proporção de casos detectados em relação ao total, por cada um dos sistema de vigilância: SARA/Meningites, DDO, VigLab-DM e IE na região Norte ( ) Componentes Sistema Vigilância nº casos detectados proporção de casos detectados SARA/Meningites 142 0,71 DDO 131 0,66 IE 122 0,61 VigLab-DM 105 0,53 18

19 Na RN, a proporção anual de casos com IE variou entre 53 % em 2004 e 86% em A proporção de casos notificados pelo VigLab-DM variou de 48 % em 2004 a 65 % em

20 4 Discussão Tendo em conta o número de anos decorridos desde a implementação das várias componentes do programa de Vigilância Epidemiológica Integrada da Doença Meningocócica (DDO, SARA-Meningites e VigLab-DM), a proporção de casos detectados por cada uma dessas componentes e ainda a consistência dos resultados obtidos neste estudo, podemos considerar que as incidências aqui apresentadas representam uma boa estimativa da dimensão da doença meningocócica (DM) na região. É de salientar que na maior parte dos casos notificados de DM se dispõe da informação relativa aos respectivos Inquéritos Epidemiológicos (IE), o que permite a caracterização das variáveis relativas à intervenção de saúde pública, nomeadamente à quimioprofilaxia aos contactos. Na Europa, a DM é uma doença endémica que apresenta baixa incidência 19, por isso, a comparação da incidência em populações de pequena dimensão com a incidência noutras populações não é conclusiva, como é o caso dos três distritos da região Norte (RN) menos populosos (Bragança, Viana do Castelo e Vila Real) 1. Assim, apenas nos restantes distritos (Porto e Braga) se concluiu não se observarem, comparativamente com a região, diferenças estatisticamente significativas na incidência de DM. As taxas de incidência anuais de DM observadas na RN no período em estudo situam-se entre um e três casos por 100 mil habitantes, correspondendo a uma situação endémica 5. Na RN a incidência de DM é mais elevada nas crianças, especialmente nas com menos de um ano de idade, tal como o observado no País e tal como o descrito na literatura para os períodos endémicos 20. O elevado impacto da vacinação é traduzido pelas diferenças observadas nas incidências anuais por serogrupo nas crianças com menos de cinco anos de 20

21 idade, nomeadamente a não ocorrência de casos do serogrupo C em 2006 nas com menos de um ano de idade, e pelas baixas incidências anuais globais de doença do serogrupo C, quando comparadas com a incidência anual estimada para o período Este impacto fica a dever-se às elevadas coberturas vacinais atingidas na RN em resultado da adesão à vacinação, da introdução da vacina MenC no Programa Nacional de Vacinação (PNV) em Janeiro de 2006, e da Campanha de Vacinação. A mais elevada proporção de septicemia em 2005 pode estar relacionada com a eventual ocorrência de casos por estirpes de maior virulência nesse ano 21. A letalidade anual observada está dentro dos valores esperados para uma situação endémica, no entanto, para o cálculo destes valores, assumimos o pressuposto de que todos os óbitos correspondentes aos casos em estudo foram notificados, o que pode eventualmente corresponder a um viés de informação que se traduza na subestimação da letalidade anual 16. A quimioprofilaxia aos contactos pode, de acordo com a literatura, reduzir o risco de DM nos contactos domiciliares de um caso em 89%, e os mesmos autores estimaram que por cada 200 contactos domiciliares tratados se previne um caso secundário 22. Durante o período em estudo não se observaram casos secundários na RN. Admitimos que este facto se deva à efectividade da quimioprofilaxia nos contactos realizada de acordo com as normas 10,12. Observaram-se melhorias no sistema de informação que se expressaram pelo aumento da proporção anual de casos com informação sobre quimioprofilaxia aos contactos e pelo aumento do número anual de relatórios de inquéritos epidemiológicos enviados à Direcção-Geral da Saúde. O número médio anual de contactos domiciliares com quimioprofilaxia por caso está subestimado, dado o método adoptado para a contagem de 21

22 contactos tratados, no entanto, é próximo dos valores observados em França nos anos noventa (cinco a oito) 23. Em 2003 nesse país, o número médio anual de contactos domiciliares por caso subiu para onze, valor considerado elevado pelos responsáveis pela vigilância epidemiológica da DM em França 24,25. Não foi entretanto produzida evidência científica que justificasse a alteração da definição de contacto íntimo 23,24. O número médio anual de outros contactos com quimioprofilaxia por caso foi sempre superior a 30 e inferior a 46, valores que não se afastam dos observados em França desde a década de noventa 23,24. A apresentação da origem da informação do Sistema de Vigilância Integrado mostra que nenhuma das componentes é exaustiva. A exaustividade do sistema garante a resposta de saúde pública apropriada quer em relação aos casos esporádicos quer em relação aos surtos 26. A integração dos dados permite por outro lado dimensionar a doença e estudar a efectividade da intervenção Conclusões No período observou-se um elevado impacto da vacinação com a vacina conjugada contra o meningococo do grupo C na incidência de doença meningocócica na região Norte. Admitimos, com base nos resultados encontrados neste estudo, que para o controlo da doença meningocócica contribuiu também o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e a prescrição de quimioprofilaxia aos contactos íntimos dos casos. A qualidade da informação disponível sobre os casos de doença e sobre a intervenção de saúde pública respectiva tem aumentado. Para a melhoria da qualidade da vigilância recomendamos o investimento sustentado nos 22

23 sistemas de informação de cada uma das suas componentes. A qualidade dos dados dos relatórios dos inquéritos epidemiológicos pode ser melhorada. Referências Bibliográficas 1 Gonçalves G, Queirós L, Amaral M, Castro e Freitas J. Infecções meningocócicas na região Norte, notificadas entre 1987 e Saúde em Números (3): DGS, INSA Doença Meningocócica em Portugal Direcção- Geral da Saúde e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. 3 DGS Doenças de Declaração Obrigatória Direcção de Serviços de Informação e Análise Divisão de Epidemiologia, Direcção-Geral da Saúde. 4 Caniça M, Dias R, Nunes B, Carvalho L. Invasive culture-confirmed Neisseria meningitidis in Portugal: evaluation of serogroups in relation to diferent variables and antimicrobial susceptibility ( ). Journal of Medical Microbiology : Gomes M, Ferreira M, Gonçalves G, et al. Doença Meningocócica em Portugal: Epidemiologia e Vacinação. Saúde em Números (1): Trotter C. Andrews N, Kaczmarski E, et al. Effectiveness of meningococcal serogroup C conjugate vaccine 4 years after introduction. The Lancet : Bose A, Coen P, Tully J, et al. Effectiveness of meningococcal conjugate vaccine in teenagers in England. The Lancet : Queirós L, Castro L, Ferreira M, Gonçalves G. Adesão às novas vacinas conjugadas: Vacina anti-meningocócica e anti-pneumocócica. Acta Médica Portuguesa : DGS Campanha de Vacinação contra a doença invasiva por Neisseria meningitidis do seogrupo C. Circular Normativa 09/DT de 22/12/2005, Direcção-Geral de Saúde. Ministério da Saúde. 10 DGS SARA/Meningites Normas de Procedimento Direcção-Geral de Saúde. Ministério da Saúde. 11 PHLS. Guidelines for public health management of meningococcal disease in the UK. Communicable Disease and Public Health (3): Rosentein N, Perkins B, Stephens D, et al. Meningococcal Disease N Engl J Med Vol. 344 (18): Hoek M, Hanquet G, Heuberger S. A European survey on public health policies for managing cases of meningococcal disease and their contacts. Euro Surveill (10). 23

24 14 DGS Controlo das Meningites na Comunidade SARA/Meningites. Circular Normativa 3/DT de 11/01/2000, Direcção-Geral de Saúde. Ministério da Saúde. 15 DGS Vigilância Epidemiológica Integrada da Doença Meningocócica. Circular Normativa 13/DT de 05/09/2002, Direcção-Geral de Saúde. Ministério da Saúde 16 Blanco M, Queirós L, Gonçalves G, Castro e Freitas J. Doença Meningocócica no distrito do Porto. Saúde em Números (4): DGS, INSA Doença Meningocócica em Portugal: Ano epidemiológico de Direcção-Geral da Saúde e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. 18 Comissão Europeia Decisão da Comissão de 19/03/2002. Definições de caso para a notificação de doenças transmissíveis à rede comunitária. Jornal Oficial das Comunidades Europeias 3/4/ Trotter C, Samuelsson S, Perrocheau A, et al. Ascertainment of Meningococcal Disease in Europe. Euro Surveill (12): ACIP. Prevention and control of meningococcal disease. Recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR (RR07): EU-IBIS Network Invasive Neisseria meningitidis in Europe 2003/2004. Health Protection Agency, London. Available from 22 Pucell B, Samuelsson S, Hahné S et al. Effectiveness of antibiotics in preventing meningococcal disease after a case: systematic review. BMJ ; 1339 disponível em acedido a 19 de Fevereiro de Intitut de Veille Sanitaire. Circulaire nº DGS/SD5C/2002/400 du 15 julliet de Prophylaxie des infections invasives à méningocoque. BEH : Perrocheau A. Les infections invasives à méningocoque en France en Euro Surveill (12). 25 Châtelet I. Les infections invasives à méningocoque en France en BEH : Breen E, Ghebrehewet S, Regan M, Thomson A. How complete and accurate is meningococcal disease notification? Communicable Disease and Public Health (4):

DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA DOENÇA MENINGOCÓCICA NA REGIÃO NORTE

DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA DOENÇA MENINGOCÓCICA NA REGIÃO NORTE DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA DOENÇA MENINGOCÓCICA NA REGIÃO NORTE 2005-2008 JANEIRO 2009 Joana Gomes Dias (jdias@arsnorte.min-saude.pt) Laurinda Queirós Ana Maria Correia Unidade de Vigilância Epidemiológica

Leia mais

DOENÇA MENINGOCÓCICA EM PORTUGAL:

DOENÇA MENINGOCÓCICA EM PORTUGAL: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA INTEGRADA DOENÇA MENINGOCÓCICA EM PORTUGAL: ANO EPIDEMIOLÓGICO DE 2002-03 Direcção Geral da Saúde Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge Lisboa, Dezembro de 2003 2 ÍNDICE

Leia mais

Doença meningocócica pelo serogrupo C e estratégia vacinal

Doença meningocócica pelo serogrupo C e estratégia vacinal NÚMERO: 004/2012 DATA: 03/02/2012 ATUALIZAÇÃO: 21/02/2012 ASSUNTO: Programa Nacional de Vacinação - PNV 2012 Doença meningocócica pelo serogrupo C e estratégia vacinal PALAVRAS-CHAVE: PARA: CONTACTOS:

Leia mais

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA DOENÇA DOS LEGIONÁRIOS

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA DOENÇA DOS LEGIONÁRIOS ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO NORTE, I.P. DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA DOENÇA DOS LEGIONÁRIOS REGIÃO NORTE 2007-2008 MAIO 2009 Fátima Basto (fbasto@arsnorte.min-saude.pt)

Leia mais

Internamentos por tosse convulsa na Região Norte

Internamentos por tosse convulsa na Região Norte Administração Regional de Saúde do Norte, I.P. Departamento Saúde Pública Internamentos por tosse convulsa na Região Norte 2000-2006 Unidade de Vigilância Epidemiológica Abril 2008 Trabalho realizado por:

Leia mais

COBERTURA PELA VACINA PNEUMOCÓCICA CONJUGADA HEPTAVALENTE NAS COORTES DE NASCIMENTO DE 2001 A 2005 NA REGIÃO NORTE

COBERTURA PELA VACINA PNEUMOCÓCICA CONJUGADA HEPTAVALENTE NAS COORTES DE NASCIMENTO DE 2001 A 2005 NA REGIÃO NORTE COBERTURA PELA VACINA PNEUMOCÓCICA CONJUGADA HEPTAVALENTE NAS COORTES DE NASCIMENTO DE 2001 A 2005 NA REGIÃO NORTE RELATÓRIO DA AVALIAÇÃO REALIZADA EM JUNHO 2007 ARSN, I.P.- Departamento de Saúde Pública,

Leia mais

Vacinas Meningocócicas Conjugadas no Brasil em A infecção pela bactéria Neisseria meningitidis (NM) ocorre de forma

Vacinas Meningocócicas Conjugadas no Brasil em A infecção pela bactéria Neisseria meningitidis (NM) ocorre de forma NOTA TÉCNICA CONJUNTA SBIm/SBP - 11/07/2018 Vacinas Meningocócicas Conjugadas no Brasil em 2018 intercambialidade e diferentes esquemas de doses A infecção pela bactéria Neisseria meningitidis (NM) ocorre

Leia mais

Meningite OPSS Observatório Português dos Sistemas de Saúde. Data: 11/11/2004 Autor: Cláudia Conceiçãp

Meningite OPSS Observatório Português dos Sistemas de Saúde. Data: 11/11/2004 Autor: Cláudia Conceiçãp Meningite 2002 Data: 11/11/2004 Autor: Cláudia Conceiçãp (claudiac@esoterica.pt) A doença meningocócica é uma infecção sistémica causada pela bactéria Neisseria meningitidis. Em Portugal ocorrem maioritariamente

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE TOSSE CONVULSA OCORRIDOS NA REGIÃO NORTE ENTRE 2004 e 2006

CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE TOSSE CONVULSA OCORRIDOS NA REGIÃO NORTE ENTRE 2004 e 2006 CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE TOSSE CONVULSA OCORRIDOS NA REGIÃO NORTE ENTRE 2004 e 2006 Departamento de Saúde Pública Agosto 2007 RESUMO A tosse convulsa é uma doença do tracto respiratório provocada pela

Leia mais

I Dados epidemiológicos e de cobertura vacinal

I Dados epidemiológicos e de cobertura vacinal I Dados epidemiológicos e de cobertura vacinal 1. Imunidade de grupo A imunidade de grupo é aferida pela diminuição progressiva da incidência da doença em todos os grupos etários, incluindo os não vacinados

Leia mais

6.3. INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA Introdução

6.3. INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA Introdução 6.3. INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA 6.3.1. Introdução O diagnóstico da situação relativo à infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) na região Norte (RN) foi elaborado com base

Leia mais

Assunto: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA INTEGRADA DA DOENÇA MENINGOCÓCICA I NORMA

Assunto: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA INTEGRADA DA DOENÇA MENINGOCÓCICA I NORMA Ministério da Saúde Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa Assunto: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA INTEGRADA DA DOENÇA MENINGOCÓCICA Nº 13/DEP Data: 05/09/02 Para: Todos os profissionais de saúde dos serviços

Leia mais

Quantos casos de doença meningocócica causada pelo serogrupo C podem ser evitados pela vacinação?

Quantos casos de doença meningocócica causada pelo serogrupo C podem ser evitados pela vacinação? Quantos casos de doença meningocócica causada pelo serogrupo C podem ser evitados pela vacinação? MC Gomes * 1. Introdução Em Portugal, a doença meningocócica invasiva (DM) teve nos últimos dez anos uma

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS NOTIFICADOS DE PAROTIDITE EPIDÉMICA REGIÃO NORTE

CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS NOTIFICADOS DE PAROTIDITE EPIDÉMICA REGIÃO NORTE ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO NORTE, I.P. DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS NOTIFICADOS DE PAROTIDITE EPIDÉMICA REGIÃO NORTE 2002-2007 JANEIRO 2009 Margarida Vieira (margaridav@crsp-norte.min-saude.pt)

Leia mais

SALA DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA EM SAÚDE DOS IMIGRANTES

SALA DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA EM SAÚDE DOS IMIGRANTES SALA DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA EM SAÚDE DOS IMIGRANTES MENINGITES: SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo

Leia mais

Epidemiology of Meningococcal Disease in Brazil

Epidemiology of Meningococcal Disease in Brazil Epidemiology of Meningococcal Disease in Brazil Rio de Janeiro/RJ, 12-13 december 2018. Camile Moraes Technical Group for Meningococcal Disease Surveillance Secretariat of Health Surveillance Ministry

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DOS INTERNAMENTOS HOSPITALARES POR TUBERCULOSE EM HOSPITAIS DA REGIÃO NORTE

CARACTERIZAÇÃO DOS INTERNAMENTOS HOSPITALARES POR TUBERCULOSE EM HOSPITAIS DA REGIÃO NORTE Administração Regional de Saúde do Norte Centro Regional de Saúde Pública do Norte Ministério da Saúde CARACTERIZAÇÃO DOS INTERNAMENTOS HOSPITALARES POR TUBERCULOSE EM HOSPITAIS DA REGIÃO NORTE -4 Centro

Leia mais

Programa Nacional de Vacinação (PNV) Avaliação 2013

Programa Nacional de Vacinação (PNV) Avaliação 2013 Programa Nacional de Vacinação (PNV) O Programa Nacional de Vacinação (PNV) é um programa universal, gratuito e acessível a todas as pessoas presentes em Portugal que é gerido, a nível nacional, pela Direcção-Geral

Leia mais

COMPARAÇÃO SOBRE A INCIDÊNCIA E A LETALIDADE DE MENINGITE BACTERIANA E VIRAL NA FAIXA ETÁRIA PEDIÁTRICA NO ESTADO DE MATO GROSSO:

COMPARAÇÃO SOBRE A INCIDÊNCIA E A LETALIDADE DE MENINGITE BACTERIANA E VIRAL NA FAIXA ETÁRIA PEDIÁTRICA NO ESTADO DE MATO GROSSO: COMPARAÇÃO SOBRE A INCIDÊNCIA E A LETALIDADE DE MENINGITE BACTERIANA E VIRAL NA FAIXA ETÁRIA PEDIÁTRICA NO ESTADO DE MATO GROSSO: 2007-2017 Ellen Narita Fanaia dos Santos 1, João Victor Fazzio Ribeiro

Leia mais

VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE SAZONAL AVALIAÇÃO DA ÉPOCA 2005/2006

VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE SAZONAL AVALIAÇÃO DA ÉPOCA 2005/2006 Centro Regional de Saúde Pública do Norte VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE SAZONAL AVALIAÇÃO DA ÉPOCA 2005/2006 Relatório Março de 2006 ÍNDICE 1. Introdução... 2 2. Metodologia... 2 3. Resultados... 3 4. Discussão...

Leia mais

REGIÃO CENTRO. PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA COBERTURA VACINAL ANO 2008 e TRIÉNIO

REGIÃO CENTRO. PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA COBERTURA VACINAL ANO 2008 e TRIÉNIO Ministério da Saúde REGIÃO CENTRO PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA COBERTURA VACINAL ANO 2008 e TRIÉNIO 2006 2008 CAMPANHA Men C SITUAÇÃO EM 31.12.2008 VACINAÇÃO COMPLEMENTAR CONTRA

Leia mais

DOENÇA MENINGOCÓCICA

DOENÇA MENINGOCÓCICA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA DOENÇA

Leia mais

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA E DA SIDA NA REGIÃO NORTE DE PORTUGAL EM DEZEMBRO DE 2003

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA E DA SIDA NA REGIÃO NORTE DE PORTUGAL EM DEZEMBRO DE 2003 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA E DA SIDA NA REGIÃO NORTE DE PORTUGAL EM DEZEMBRO DE 2003 1. INTRODUÇÃO Em Dezembro de 2001 o Serviço de Epidemiologia do Centro

Leia mais

Vacinas do Calendário de Imunização do Estado de São Paulo 2011 Vaccines included in the Immunization Schedule for the State of São Paulo 2011

Vacinas do Calendário de Imunização do Estado de São Paulo 2011 Vaccines included in the Immunization Schedule for the State of São Paulo 2011 Bepa 0;8(8):9- Informe técnico 0 Vaccines included in the Immunization Schedule for the State of São Paulo 0 Comissão Permanente de Assessoramento em Imunizações. Secretaria de Estado da Saúde. São Paulo,

Leia mais

INFORMATIVO CEDIPI. Dose de reforço das vacinas conjugadas contra o meningococo C

INFORMATIVO CEDIPI. Dose de reforço das vacinas conjugadas contra o meningococo C INFORMATIVO CEDIPI Dose de reforço das vacinas conjugadas contra o meningococo C As vacinas conjugadas contra o meningococo C começaram a ser utilizadas em 1999. Recentemente, países que introduziram essas

Leia mais

Monitorização da efetividade da vacina antigripal utilizando o método screening

Monitorização da efetividade da vacina antigripal utilizando o método screening Monitorização da efetividade da vacina antigripal utilizando o método screening Ausenda Machado 1, Maria Graça Freitas 2, Raquel Guiomar 3, Carlos Matias Dias 1, Baltazar Nunes 1 1 Departamento de Epidemiologia,

Leia mais

53 o CONSELHO DIRETOR

53 o CONSELHO DIRETOR 53 o CONSELHO DIRETOR 66 a SESSÃO DO COMITÊ REGIONAL DA OMS PARA AS AMÉRICAS Washington, D.C., EUA, 29 de setembro a 3 de outubro de 2014 Tema 8.6 da Agenda Provisória CD53/INF/6, Rev. 1 12 de setembro

Leia mais

REGIÃO CENTRO PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO. RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA COBERTURA VACINAL ANO 2007 e TRIÉNIO

REGIÃO CENTRO PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO. RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA COBERTURA VACINAL ANO 2007 e TRIÉNIO Ministério da Saúde REGIÃO CENTRO PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA COBERTURA VACINAL ANO 2007 e TRIÉNIO 2005 2007 CAMPANHA Men C SITUAÇÃO EM 31.12.2007 ABRIL 2008 PREÂMBULO O presente

Leia mais

Vigilância das meningites e doença meningocócica

Vigilância das meningites e doença meningocócica Vigilância das meningites e doença meningocócica Qual a magnitude da meningite? Magnitude da meningite 2016 16.000 casos/ano Incidência por faixa etária Número de casos/100.000 habitantes Menor 1 ano 84,5

Leia mais

INFORME TÉCNICO DOENÇA MENINGOCÓCICA

INFORME TÉCNICO DOENÇA MENINGOCÓCICA Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde. Superintendência de Vigilância em Saúde Coordenação

Leia mais

Programa de Luta contra a Tuberculose na região de saúde do Norte. Caracterização da Utilização dos Testes IGRA 2010

Programa de Luta contra a Tuberculose na região de saúde do Norte. Caracterização da Utilização dos Testes IGRA 2010 Programa de Luta contra a Tuberculose na região de saúde do Norte Caracterização da Utilização dos Testes IGRA 2010 Abril 2011 ÍNDICE Página 1. Introdução 1 2. Metodologia 3 3. Resultados 4 4. Discussão

Leia mais

12º RELATÓRIO DO OBSERVATÓRIO NACIONAL DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS RESUMO DOS DADOS

12º RELATÓRIO DO OBSERVATÓRIO NACIONAL DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS RESUMO DOS DADOS 12º RELATÓRIO DO OBSERVATÓRIO NACIONAL DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS 1) Mortalidade por Doenças Respiratórias RESUMO DOS DADOS As doenças do sistema respiratório são uma das principais causas de morte na União

Leia mais

MENINGITE E DOENÇA MENINGOCÓCICA. Profa. Maria Lucia Penna Disciplina de Epidemiologia IV

MENINGITE E DOENÇA MENINGOCÓCICA. Profa. Maria Lucia Penna Disciplina de Epidemiologia IV MENINGITE E DOENÇA MENINGOCÓCICA Profa. Maria Lucia Penna Disciplina de Epidemiologia IV Quais são os principais agentes da meningite? Etiologia meningites Brasil 2007-2010 (fonte: SINAN) Etiologia

Leia mais

Infeções do trato urinário na rede médicos sentinela dados preliminares de 2016

Infeções do trato urinário na rede médicos sentinela dados preliminares de 2016 Comunicação Oral Investigação Infeções do trato urinário na rede médicos sentinela dados preliminares de 2016 Autores: Dr. João Vieira Fonseca IFE, USF Nova Mateus, direção de internato de MGF Miguel Torga

Leia mais

Avaliação do Programa Regional de Vacinação a 31/12/2016

Avaliação do Programa Regional de Vacinação a 31/12/2016 Avaliação do Programa Regional de Vacinação a 31/12/2016 1. Introdução e Metodologia A avaliação do cumprimento do Programa Regional de Vacinação (PRV) realiza-se com uma periodicidade semestral e anual,

Leia mais

Rede Médicos Sentinela: instrumento de observação e investigação em saúde

Rede Médicos Sentinela: instrumento de observação e investigação em saúde Rede Médicos Sentinela: instrumento de observação e investigação em saúde Ana Paula Rodrigues 20 de Maio de 2015 Rede Médicos Sentinela Departamento de Epidemiologia Unidade de Observação e Vigilância

Leia mais

Avaliação do Programa Regional de Vacinação a 31/12/2017

Avaliação do Programa Regional de Vacinação a 31/12/2017 REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA GOVERNO REGIONAL SECRETARIA REGIONAL DA SAÚDE INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO DA SAÚDE, IP-RAM Avaliação do Programa Regional de Vacinação a 31/12/2017 1. Introdução e Metodologia

Leia mais

Baltazar Nunes, Mafalda Sousa Uva, Rita Roquette, Teresa Contreiras e Carlos Matias Dias

Baltazar Nunes, Mafalda Sousa Uva, Rita Roquette, Teresa Contreiras e Carlos Matias Dias Impacte da gratuitidade da vacina antigripal na cobertura vacinal da população com 65 ou mais anos de idade de Portugal continental : Estudo na amostra ECOS Baltazar Nunes, Mafalda Sousa Uva, Rita Roquette,

Leia mais

Assunto: Atualização da investigação de caso suspeito de sarampo em João Pessoa/PB - 22 de outubro de 2010

Assunto: Atualização da investigação de caso suspeito de sarampo em João Pessoa/PB - 22 de outubro de 2010 MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Departamento de Vigilância Epidemiológica Esplanada dos Ministérios, Edifício Sede, 1º andar 70.058-900 Brasília-DF Tel. 3315 2755/2812 NOTA TÉCNICA

Leia mais

VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE SAZONAL AVALIAÇÃO DA ÉPOCA 2009/2010

VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE SAZONAL AVALIAÇÃO DA ÉPOCA 2009/2010 ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO NORTE, I.P. DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE SAZONAL AVALIAÇÃO DA ÉPOCA 2009/2010 RELATÓRIO ABRIL 2010 Margarida Vieira (mvieira@arsnorte.min-saude.pt)

Leia mais

4. NATALIDADE E MORTALIDADE INFANTIL

4. NATALIDADE E MORTALIDADE INFANTIL . NATALIDADE E MORTALIDADE INFANTIL .. Introdução A taxa de natalidade e a taxa de mortalidade infantil são indicadores frequentemente utilizados na caracterização da população. O estudo da taxa de natalidade,

Leia mais

WORKSHOP Prevenção e Controlo da Legionella nos sistemas de água IPQ, Covilhã 11/04/2018

WORKSHOP Prevenção e Controlo da Legionella nos sistemas de água IPQ, Covilhã 11/04/2018 WORKSHOP Prevenção e Controlo da Legionella nos sistemas de água IPQ, Covilhã 11/04/2018 Gestão de surtos em Saúde Pública João Pedro Pimentel Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de

Leia mais

DIA MUNDIAL DA SIDA ANOS DE VIH/SIDA NA RAM

DIA MUNDIAL DA SIDA ANOS DE VIH/SIDA NA RAM 1. EVOLUÇÃO DOS CASOS PELO ANO DO DIAGNÓSTICO E ESTADIO INICIAL DA INFEÇÃO, RAM, 1987-2013 PA: 255 (45 %); SIDA: 164 (29 %); CRS: 145 (26 %); IAG: 3 (1%). TOTAL: 567 2. N.º DE CASOS POR GRUPO ETÁRIO E

Leia mais

Vigilância das meningites e doença meningocócica 2019

Vigilância das meningites e doença meningocócica 2019 Vigilância das meningites e doença meningocócica 2019 Meningite no mundo (Lancet Neurol. 2018;17(12):1061-82) OMS: Derrotar a meningite até 2030 Qual a magnitude da meningite no Brasil? Magnitude da meningite

Leia mais

Avaliação do Programa Regional de. Vacinação a 31/12/2017

Avaliação do Programa Regional de. Vacinação a 31/12/2017 Mod. IASAÚDE 008.08 Avaliação do Programa Regional de Vacinação a 31/12/2017 1/10 http://iasaude.madeira.gov.pt iasaude@iasaude.madeira.gov.pt NIPC: 511 284 349 Índice Geral 1. Introdução e metodologia

Leia mais

Boletim da Vigilância em Saúde ABRIL 2013

Boletim da Vigilância em Saúde ABRIL 2013 Boletim da Vigilância em Saúde ABRIL 2013 Boletim da Vigilância em Saúde ABRIL 2013 Prefeito Municipal Marcio Lacerda Secretário Municipal de Saúde Marcelo Gouvêa Teixeira Secretário Municipal Adjunto

Leia mais

Avaliação do Programa Regional de. Vacinação a 31/12/2018

Avaliação do Programa Regional de. Vacinação a 31/12/2018 Mod. IASAÚDE 008.08 Avaliação do Programa Regional de Vacinação a 31/12/2018 1/10 http://iasaude.madeira.gov.pt iasaude@iasaude.madeira.gov.pt NIPC: 511 284 349 Índice Geral 1. Nota introdutória e metodologia

Leia mais

Nos últimos sete anos, a população reduziu-se em 264 mil pessoas

Nos últimos sete anos, a população reduziu-se em 264 mil pessoas Estimativas de População Residente em Portugal 216 16 de junho de 217 Nos últimos sete anos, a população reduziu-se em 264 mil pessoas Em 31 de dezembro de 216, a população residente em Portugal foi estimada

Leia mais

O Papel dos Diferentes Serviços de Saúde no Controlo da Tuberculose

O Papel dos Diferentes Serviços de Saúde no Controlo da Tuberculose O Controlo da Tuberculose Diagnóstico e Tratamento Porto, 22 e 23 de Novembro 2011 O Papel dos Diferentes Serviços de Saúde no Controlo da Tuberculose Ana Maria Correia DSP ARS Norte, I.P. Sumário Modelos

Leia mais

vigilância epidemiológica da gripe sazonal época 2017/2018, foi construído com base nos seguintes dados:

vigilância epidemiológica da gripe sazonal época 2017/2018, foi construído com base nos seguintes dados: Região de Saúde do Norte Gripe sazonal - Vigilância epidemiológica Semana 4 a 49 de 217 (2 de outubro a 1 de dezembro de 217) 1. Nota metodológica Este relatório, com dados de vigilância epidemiológica

Leia mais

boletim editorial PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO ficha técnica nº1 maio 2018

boletim editorial PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO ficha técnica nº1 maio 2018 boletim PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO nº1 maio 2018 editorial O Programa Nacional de Vacinação (PNV) foi criado em 1965 e desde essa data está em permanente revisão e melhoria, visando vacinar o maior

Leia mais

Novas Recomendações para Vigilância Epidemiológica da Coqueluche

Novas Recomendações para Vigilância Epidemiológica da Coqueluche Novas Recomendações para Vigilância Epidemiológica da Coqueluche O cenário epidemiológico da coqueluche, no Brasil, desde a década de 1990, apresentou importante redução na incidência dos casos na medida

Leia mais

Doze Anos de experiência na doença meningocócica no Serviço de Pediatria de Vila Real Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro

Doze Anos de experiência na doença meningocócica no Serviço de Pediatria de Vila Real Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro ano, vol XX, n.º Doze Anos de experiência na doença meningocócica no Serviço de Pediatria de Vila Real Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro Joana Cotrim, Joana Carvalho, Aida Sá, António Pereira,

Leia mais

Semana Europeia da Vacinação (24 Abril 1 Maio 2010)

Semana Europeia da Vacinação (24 Abril 1 Maio 2010) Semana Europeia da Vacinação (24 Abril 1 Maio 21) Press Kit, 23/4/21 Introdução A vacinação é considerada, entre todas as medidas de saúde pública, a que melhor relação custo-efectividade tem evidenciado.

Leia mais

Título do Trabalho: Autores: Instituição: Introdução

Título do Trabalho: Autores: Instituição: Introdução diversos sorogrupos do meningococo no período de 2007 a 2015 e as Vacinas do atual Calendário Nacional Introdução Meningite é a inflamação das meninges, causada principalmente pela bactéria Neisseria meningitidis.

Leia mais

INFORME EPIDEMIOLÓGICO 001/2019

INFORME EPIDEMIOLÓGICO 001/2019 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL INFORME EPIDEMIOLÓGICO 001/2019 Gerência de Doenças Imunopreveníveis

Leia mais

Programa Nacional para a infeção VIH/SIDA e Tuberculose

Programa Nacional para a infeção VIH/SIDA e Tuberculose Programa Nacional para a infeção VIH/SIDA e Tuberculose Dia Mundial da tuberculose 24 de março de 2015 Programa Nacional para a Tuberculose Sumário Abertura Dados nacionais provisórios (10 de março de

Leia mais

ESTATÍSTICAS DO EMPREGO 4º trimestre de 2006

ESTATÍSTICAS DO EMPREGO 4º trimestre de 2006 ESTATÍSTICAS DO EMPREGO 4º trimestre de 2006 15 de Fevereiro de 2007 A TAXA DE DESEMPREGO DO 4º TRIMESTRE DE 2006 FOI DE 8,2 A taxa de desemprego estimada para o 4º trimestre de 2006 foi de 8,2. Este valor

Leia mais

A taxa de desemprego situou-se em 10,5% no 4.º trimestre e em 11,1% no ano de 2016

A taxa de desemprego situou-se em 10,5% no 4.º trimestre e em 11,1% no ano de 2016 8 de fevereiro de 217 Estatísticas do Emprego 4.º trimestre de 216 A taxa de desemprego situou-se em 1,5 no 4.º trimestre e em 11,1 no ano de 216 A taxa de desemprego do 4.º trimestre de 216 foi de 1,5.

Leia mais

Vigilância das meningites e doença meningocócica

Vigilância das meningites e doença meningocócica Vigilância das meningites e doença meningocócica - 2014 Quais são os principais agentes etiológicos da meningite? Etiologia das meningites Brasil 2012 Etiologia das meningites bacterianas Brasil 2007-2012

Leia mais

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese 2018/19. Semana 48/ novembro a 02 dezembro. Data de publicação: 07/12/2018

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese 2018/19. Semana 48/ novembro a 02 dezembro. Data de publicação: 07/12/2018 Boletim informativo Vigilância Epidemiológica da Gripe Semana 48/2018 26 novembro a 02 dezembro Data de publicação: 07/12/2018 Síntese Atividade gripal esporádica Na semana 48/2018, a taxa de incidência

Leia mais

Vigilância e vacinas 2019

Vigilância e vacinas 2019 Vigilância e vacinas 2019 Ao final da aula, o aluno deverá: Conhecer as Imunização; principais doenças e agravos passíveis de Conhecer os população; diversos calendários para vacinação da Saber avaliar

Leia mais

Dia Mundial da Tuberculose

Dia Mundial da Tuberculose Dia Mundial da Tuberculose 24 de março de 2015 Programa Nacional para a infeção VIH/SIDA e Tuberculose Programa Nacional para a Tuberculose O Dia Mundial da Tuberculose e as frases-chave 2012 Melhor é

Leia mais

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese 2018/19. Semana 51/ a 23 dezembro. Data de publicação: 28/12/2018

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese 2018/19. Semana 51/ a 23 dezembro. Data de publicação: 28/12/2018 Boletim informativo Vigilância Epidemiológica da Gripe Semana 51/2018 17 a 23 dezembro Data de publicação: 28/12/2018 Síntese Atividade gripal não epidémica Na semana 51/2018, a taxa de incidência da síndrome

Leia mais

Análise dos casos de meningites em residentes do município do Rio de Janeiro, 2014.

Análise dos casos de meningites em residentes do município do Rio de Janeiro, 2014. Análise dos casos de meningites em residentes do município do Rio de Janeiro, 14. Foram notificados 928 casos suspeitos de meningite em residentes do município do Rio de Janeiro (MRJ) em 14 (início dos

Leia mais

1

1 Análise dos diferenciais de cobertura vacinal anti-hib e incidência de meningite por haemophilus influenzae B no Município do Rio de Janeiro 1998 a 21 1. Coordenação de Epidemiologia e Gerência do Programa

Leia mais

Brasil vai incluir meninos na vacinação contra HPV

Brasil vai incluir meninos na vacinação contra HPV Brasil vai incluir meninos na vacinação contra HPV Brasil é o 1º país da América do Sul e 7º do mundo a inserir a vacina no programa nacional Apresenta 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema

Leia mais

[Diabetes: Factos & Números] [Luís Gardete Correia Director do Observatório Nacional da Diabetes]

[Diabetes: Factos & Números] [Luís Gardete Correia Director do Observatório Nacional da Diabetes] [Diabetes: Factos & Números] [Luís Gardete Correia Director do Observatório Nacional da Diabetes] Diabetes: Factos & Números, 2014 Epidemiologia da Diabetes Controlo e Tratamento da Diabetes Regiões e

Leia mais

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Cód. 35. Entende-se por comportamento endêmico de uma doença quando:

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Cód. 35. Entende-se por comportamento endêmico de uma doença quando: 8 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Cód. 35 QUESTÃO 17 Entende-se por comportamento endêmico de uma doença quando: a) apresenta uma variação sazonal bem definida. b) ocorre em grande número de países

Leia mais

Direção Regional de Estatística da Madeira

Direção Regional de Estatística da Madeira 03 de outubro de 2014 ESTATÍSTICAS DEMOGRÁFICAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013 A presente publicação compila os diferentes indicadores divulgados ao longo do ano relativos ao comportamento demográfico

Leia mais

Risco de morrer em Portugal

Risco de morrer em Portugal Risco de morrer em Portugal Direcção de Serviços de Informação e Análise Divisão de Epidemiologia DIRECÇÃO-GERAL DA SAÚDE Lisboa 2001 Risco de Morrer em Portugal, / Direcção-Geral da Saúde. DSIA. Divisão

Leia mais

séries Informação e análise

séries Informação e análise séries Informação e análise ano I nº 1 fevereiro 217 ATUALIZAÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO: PNV 217 editorial ficha técnica Portugal. Direção-Geral da Saúde. Direção de Serviços de Informação e

Leia mais

envelhecimento demográfico

envelhecimento demográfico Em, Portugal manteve a tendência de envelhecimento demográfico A evolução demográfica em caracteriza-se por um ligeiro crescimento da população residente em Portugal (10 463), para o qual foi essencial

Leia mais

Situação Epidemiológica no Mundo e em Portugal

Situação Epidemiológica no Mundo e em Portugal GRIPE A (H1N1)v - RESPOSTA DAS EMPRESAS À PANDEMIA Centro de Congressos da Exponor PANDEMIA DE GRIPE Situação Epidemiológica no Mundo e em Portugal Cenários de Evolução Delfina Antunes Delegada Regional

Leia mais

Assunto: VIGILÂNCIA E CONTROLO DAS TOXINFECÇÕES ALIMENTARES COLECTIVAS. I. Introdução. II. Norma. Para: Médicos do Ministério da Saúde

Assunto: VIGILÂNCIA E CONTROLO DAS TOXINFECÇÕES ALIMENTARES COLECTIVAS. I. Introdução. II. Norma. Para: Médicos do Ministério da Saúde Ministério da Saúde Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa Assunto: VIGILÂNCIA E CONTROLO DAS TOXINFECÇÕES ALIMENTARES COLECTIVAS Nº 14/DT Data: 09/10/2001 Para: Médicos do Ministério da Saúde Contacto

Leia mais

Coberturas vacinais e homogeneidade, crianças menores de 1 ano e com 1 ano de idade, Estado de São Paulo,

Coberturas vacinais e homogeneidade, crianças menores de 1 ano e com 1 ano de idade, Estado de São Paulo, CCD COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Prof. Alexandre Vranjac GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO INFORME TÉCNICO PARA ATUALIZAÇÃO DO ESQUEMA VACINAL DE CRIANÇAS MENORES

Leia mais

Investigação de Surtos e Epidemias

Investigação de Surtos e Epidemias Investigação de Surtos e Epidemias Introdução O principal objetivo da investigação de uma epidemia ou surto de determinada doença infecciosa é identificar formas de interromper a transmissão e prevenir

Leia mais

ANÁLISE DOS DADOS DE MORTALIDADE DE 2001

ANÁLISE DOS DADOS DE MORTALIDADE DE 2001 ANÁLISE DOS DADOS DE MORTALIDADE DE 2001 Coordenação Geral de Informações e Análise Epidemiológica Departamento de Análise da Situação de Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde - Ministério da Saúde Janeiro

Leia mais

Área de Intervenção: Detecção Precoce e Prevenção do VIH e SIDA e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).

Área de Intervenção: Detecção Precoce e Prevenção do VIH e SIDA e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). FICHA TÉCNICA Nome: Área de Intervenção: Detecção Precoce e Prevenção do VIH e SIDA e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Descrição: Segundo os dados do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo

Leia mais

Risco de Morrer em Portugal 2001

Risco de Morrer em Portugal 2001 Risco de Morrer em Portugal Direcção de Serviços de Informação e Análise Divisão de Epidemiologia Direcção-Geral da Saúde Lisboa 2003 2 ESTATISTICAS Risco de Morrer em Portugal, Risco de Morrer em Portugal,

Leia mais

Em 2015 a população residente reduziu-se em 33,5 mil pessoas

Em 2015 a população residente reduziu-se em 33,5 mil pessoas milhares 1 512 1 533 1 553 1 563 1 573 1 573 1 542 1 487 1 427 1 375 1 341 Estimativas de População Residente em Portugal 215 16 de junho de 216 Em 215 a população residente reduziu-se em 33,5 mil pessoas

Leia mais

UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico

UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico 1. Assunto: Indicadores epidemiológicos, de morbidade: incidência, prevalência, taxa de ataque e taxa de ataque secundária..

Leia mais

ESTATÍSTICAS DEMOGRÁFICAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2015

ESTATÍSTICAS DEMOGRÁFICAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2015 11 de outubro 2016 ESTATÍSTICAS DEMOGRÁFICAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2015 População residente Em 31 de dezembro de 2015, a população residente na Região Autónoma da Madeira (RAM) foi estimada em

Leia mais

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese 2018/19. Semana 08/ a 25 fevereiro. Data de publicação: 01/03/2019

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese 2018/19. Semana 08/ a 25 fevereiro. Data de publicação: 01/03/2019 Boletim informativo Vigilância Epidemiológica da Gripe Semana 08/2019 19 a 25 fevereiro Data de publicação: 01/03/2019 Síntese Atividade gripal epidémica de baixa intensidade, tendência estável. Na semana

Leia mais

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese 2018/19. Semana 12/ a 24 março. Data de publicação: 29/03/2019

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese 2018/19. Semana 12/ a 24 março. Data de publicação: 29/03/2019 Boletim informativo Vigilância Epidemiológica da Gripe Semana 12/2019 18 a 24 março Data de publicação: 29/03/2019 Síntese Atividade gripal não epidémica. Na semana 12/2019, a taxa de incidência da síndrome

Leia mais

Qual impacto da vacina na diminuição da incidência de condilomatose e alterações citológicas?

Qual impacto da vacina na diminuição da incidência de condilomatose e alterações citológicas? Trocando Idéias XX Rio de Janeiro, 17 de junho de 2016 Qual impacto da vacina na diminuição da incidência de condilomatose e alterações citológicas? Flávia de Miranda Corrêa MD, MSc, PhD Núcleo de Avaliação

Leia mais

A taxa de desemprego situou-se em 6,7%

A taxa de desemprego situou-se em 6,7% 8 de agosto de 218 Estatísticas do Emprego 2.º trimestre de 218 A taxa de desemprego situou-se em 6,7 A taxa de desemprego do 2.º trimestre de 218 desceu para 6,7, correspondendo ao valor mais baixo da

Leia mais

Relatório da fase piloto - FRIESA /16 -

Relatório da fase piloto - FRIESA /16 - Relatório da fase piloto - FRIESA - - 2015/16 - Junho de 2016 Relatório da fase piloto - FRIESA 2015/16 - Autores: Susana Pereira da Silva 1 Liliana Antunes 1 Jorge Marques 2 Sílvia Antunes 2 Carlos Matias

Leia mais

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA 29-212 VOLUME I DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA 29-212 29-212 VOLUME I DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE LISBOA Março de 214 Portugal. Direção-Geral da Saúde. Direção de Serviços

Leia mais

Boletim semanal de Vigilância da Influenza/RS Semana epidemiológica 37/2016

Boletim semanal de Vigilância da Influenza/RS Semana epidemiológica 37/2016 Boletim semanal de Vigilância da Influenza/RS Semana epidemiológica 37/2016 A vigilância da Influenza é realizada por meio de notificação e investigação de casos de internações hospitalares por Síndrome

Leia mais

Epidemiology of Meningococcal Disease in Brazil Following Introduction of MenC Vaccination Program

Epidemiology of Meningococcal Disease in Brazil Following Introduction of MenC Vaccination Program MEN-BEX-M-M-1266-2014-09-02 Epidemiology of Meningococcal Disease in Brazil Following Introduction of MenC Vaccination Program Marco Aurélio P. Sáfadi, MD, PhD FCM da Santa Casa de São Paulo MEN-BEX-M-M-1266-2014-09-02

Leia mais

6. DOENÇAS INFECCIOSAS

6. DOENÇAS INFECCIOSAS 6. DOENÇAS INFECCIOSAS 6.1. Introdução As doenças infecciosas têm vindo a reassumir relevância crescente a nível europeu e mundial. O aparecimento de novas doenças transmissíveis e a re-emergência de

Leia mais

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese 2018/19. Semana 52/ a 30 dezembro. Data de publicação: 04/01/2019

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese 2018/19. Semana 52/ a 30 dezembro. Data de publicação: 04/01/2019 Boletim informativo Vigilância Epidemiológica da Gripe Semana 52/2018 24 a 30 dezembro Data de publicação: 04/01/2019 Síntese Atividade gripal disseminada Na semana 52/2018, a taxa de incidência da síndrome

Leia mais

Método epidemiológico aplicado à avaliação de intervenções (ênfase em vacinas)

Método epidemiológico aplicado à avaliação de intervenções (ênfase em vacinas) Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia Método epidemiológico aplicado à avaliação de intervenções (ênfase em vacinas) ANA PAULA SAYURI SATO Como medir efeitos

Leia mais

vigilância epidemiológica da gripe sazonal época 2017/2018, foi construído com base nos seguintes dados e respetivas fontes de informação:

vigilância epidemiológica da gripe sazonal época 2017/2018, foi construído com base nos seguintes dados e respetivas fontes de informação: Região de Saúde do Norte Gripe sazonal - Vigilância epidemiológica Semana 4 de 27 a semanaa 4 de 28 (2 de outubro de 27 a 28 de janeiro de 28). Nota metodológica Este relatório, com dados de vigilância

Leia mais