CONTANDO O TEMPO - Cap. 2

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1 CONTANDO O TEMPO - Cap. 2 Na civilização Ocidental utilizamos o calendário cristão, ou seja, o marco inicial, o ano 1, é o nascimento de Cristo. Por isso, dividimos os acontecimentos em a.c. (antes de Cristo) e d.c. (depois de Cristo). Se imaginarmos uma linha do tempo, sempre que nos afastarmos do nascimento de Cristo, para a direita ou para a esquerda, os anos se colocam em ordem crescente. Isso ocorre porque se nos afastamos para a esquerda, isso significa que faltam muitos anos para Cristo nascer. Se nos afastamos para a direita, faz muitos anos que Cristo nasceu. Para saber quanto tempo se passou de um determinado acontecimento, usamos duas regras: - Se o acontecimento for a.c., somamos o ano em que estamos ao do ocorrido; - Se o acontecimento for d.c., subtraímos o ano do ocorrido do ano em que estamos. Ex: - 44 a.c. Assassinato do imperador romano Júlio César: = 2056 anos. Assim, Júlio César foi assassinado há 2056 anos Independência do Brasil: = 190 O Brasil é um país independente há 190 anos. OS SÉCULOS Outra forma de contar o tempo é através dos séculos. Cada século corresponde a 100 anos. Assim, o século I começa no ano 1 e termina no ano 100. Para sabermos em que ano começa e em que ano termina, existem algumas regras: Um século sempre começa em um ano terminado em 01. Ao 01 acrescentamos o número do século menos 1. Ex: séc. XVII > 17 1 = 16 -> 1601 séc. IV -> 4 1 =3 -> 301 Um século sempre termina em um ano finalizado em 00. Ao 00 acrescentamos o número do século. 1

2 Assim: Ex: séc. XVII -> 17 -> 1700 séc. IV -> 4 -> 400 O século XVII começa em 1601 e termina em O século IV começa em 301 e termina em 400. Quando o século estiver localizado antes de Cristo, o raciocínio é o mesmo, mas inverte-se o ano de início e término e acrescenta-se o a.c. Ex: século III a. C. 300 a.c. 201 a.c. Para sabermos a que século pertence um determinado ano, usamos as seguintes regras: Se o ano termina em 00, eliminamos os dois últimos algarismos e temos o século; Ex: > (corta-se os dois zeros) -> séc. XII 800 -> (corta-se os dois zeros) -> séc. VIII Se o ano não termina em 00, eliminamos os dois últimos algarismos, somamos 1 ao que sobrou e temos o século: Ex: > (corta-se os dois últimos algarismos) ->19 +1-> séc XX 632 -> (corta-se os dois últimos algarismos) ->6 +1-> séc VII PRÉ-HISTÓRIA Cap. 3 e 4 PALEOLÍTICO Idade da pedra lascada Nômades muda de lugar constantemente; Caça, coleta e pesca; Cavernas ou choupanas; Pinturas rupestres desenhos nas paredes das cavernas; Controle do fogo. NEOLÍTICO Idade da pedra polida Surgimento da agricultura e pecuária; Sedentarismo - vive fixo; Cerâmica- arquitetura- marcenaria; Vilas e comércio; Formação do Estado - reis IDADE DOS METAIS 2

3 Fundição de metais bronze; Surgimento das primeiras civilizações. Com a invenção da escrita, por volta de 4000 a.c., a pré-história chegou ao fim. EGITO - Cap. 6 Organização Política o sistema de governo adotado era a monarquia teocrática, ou seja, além do poder hereditário e vitalício, o rei era considerado um deus. O faraó controlava o poder político, econômico, militar e religioso; Organização social a sociedade egípcia era dividida em duas camadas e não havia mobilidade social: PRIVILEGIADOS - Faraó e família - Nobres ou aristocratas (grandes proprietários) - Funcionários Públicos - Chefes militares - Sacerdotes (responsáveis pela religião) - Comerciantes NÃO PRIVILEGIADOS - Camponeses - Artesãos - Escravos (prisioneiros de guerra) - Soldados Organização econômica a principal atividade econômica era a agricultura. Além das propriedades pertencentes aos nobres, havia uma grande parcela de terras que pertencia ao Estado. O Estado distribuía a terra entre os camponeses que realizavam todo o trabalho agrícola. Os camponeses ficavam com uma pequena parte da produção para a sua sobrevivência, o restante era entregue ao Estado, como forma de pagamento pelo uso da terra. Quando não estavam cultivando, os camponeses eram obrigados a trabalharem na construção de obras públicas como canais de irrigação, diques, palácios, templos e pirâmides. Religião Politeístas acreditavam em vários deuses; Os deuses podiam fazer tanto o bem quanto o mal; Acreditavam no fim do mundo; Os deuses eram representados de três formas: animal, humana e meio homem/meio animal. 3

4 MESOPOTÂMIA Cap. 6 Terra entre rios 4000 a.c a.c. Localização: Oriente Médio / Iraque, entre os rios Tigres e Eufrates Povos que ocuparam a região: -Sumérios -Babilônios -Hititas -Assírios -Caldeus Organização Política - Monarquia teocrática o rei era considerado uma divindade (deus), exerciam a função de sumo sacerdote, supremo juiz e comandante militar. Organização social não havia mobilidade social. A sociedade era dividida em duas camadas: Privilegiados: - Sacerdotes: responsáveis pela região - Aristocratas ou nobres: grandes proprietários - Militares - Comerciantes - Altos funcionários Não privilegiados: - Artesãos - Camponeses - Soldados - Escravos Organização econômica A maior parte das terras pertencia ao Estado, que as entregava aos camponeses. Os trabalhadores tinham que entregar grande parte da produção, como forma de pagamento pelo uso da terra, ficando com uma pequena parte para a sua sobrevivência. Além disso, tinham que trabalhar na construção de obras públicas. O comércio, também, era bem desenvolvido, havendo intercâmbio com outros povos. Os comerciantes andavam em grupos, caravanas, levando seus produtos às regiões mais distantes. Dessas terras traziam as matérias-primas que faltavam na Mesopotâmia, como o marfim da Índia, o cobre do Chipre e a madeira do Líbano. Religião Os povos mesopotâmios eram politeístas e acreditavam que os deuses podiam fazer tanto o bem quanto o mal. As divindades representavam os elementos da natureza, como o vento, a água, a terra o sol, etc. 4

5 Legado - A primeira forma de escrita da humanidade a escrita cuneiforme; - O ano de 12 meses e a semana de 7 dias; - A divisão do dia em 24 horas; - A crença no horóscopo e os doze signos do zodíaco; - A circunferência de 360 graus; - O processo aritmético das operações matemáticas: multiplicação, divisão, soma e subtração, além de raiz quadrada e cúbica; - O uso da roda em meios de transporte; - A invenção da cerveja; NÚBIA Cap. 7 Localização Norte do atual Sudão África Presença humana a. C. Organização Econômica Por volta de a.c, os núbios se tornam sedentários e passam a viver da criação de ovelhas, cabras e bois. Por viverem numa região de clima quente e seco a atividade agrícola encontrou dificuldades para se desenvolver. Os núbios por diversas vezes foram conquistados pelos egípcios que pretendiam controlar as rotas comerciais que ligavam o Egito ao centro da África. Por volta de a.c., com a construção de canais de irrigação, que possibilitou o melhor aproveitamento das águas do rio Nilo, houve o desenvolvimento da agricultura. Além da agricultura e pecuária, outra atividade econômica importante foi a mineração, em especial a produção de ouro, enviado para o Egito. Organização Política O domínio da mineração e a construção de objetos de ferro possibilitaram um maior desenvolvimento agrícola e militar. Com a fabricação de armas mais eficientes, os núbios conseguiram se defender de forma mais eficiente dos ataques egípcios. O fortalecimento militar provocou, também, a centralização do poder, com a formação do reino de Kush. O poder passou a ser centralizado na figura do rei, que era auxiliado por altos funcionários. A linha sucessória tinha como fator principal os laços entre irmãos. Organização Social O rei, os altos funcionários e os sacerdotes passaram a concentrar em suas mãos a maior parte das terras. Junto com os grandes comerciantes formavam a camada privilegiada da sociedade. Abaixo deles, estavam os pequenos mercadores, os artesãos e os camponeses (agricultores e pastores), que formavam a maior parte da população. Religião 5

6 Os núbios eram politeístas e chegaram a adotar vários deuses egípcios, além das suas próprias divindades. Acreditavam que os sacerdotes podiam interpretar a vontade dos deuses, o que dava a eles um grande poder. HEBREUS CAP. 8 Localização Palestina Presença humana a.c. povos nômades que se deslocaram de diferentes regiões da África e da Ásia. Período Patriarcal a.c a.c. Nesse período os hebreus viviam em clãs, grandes famílias, chefiadas por um patriarca. Dedicavam-se, principalmente, a pecuária. A posse da terra era coletiva, todos trabalhavam e o fruto do trabalho era dividido igualmente. Como outros povos da região, eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Por volta de a.c., uma grande seca os levou ao Egito, onde foram transformados em escravos pelo faraó. As doze tribos a.c 1030 a.c. Por volta de a.c., os hebreus retornaram para a Palestina, que chamavam de Canaã. No entanto, a região estava ocupada pelos filisteus, jebuseus e outros povos. Para reconquistar a região, os clãs se uniram, formando doze tribos. Cada tribo era comandada por um Conselho de Anciãos ou Juízes, formado pelos patriarcas de cada clã. O conselho nomeava um líder principal, chamado de juiz. Nesse período, os hebreus passaram a adotar a monolatria, ou seja, tinham um deus principal, sem negar a existência de outros deuses. Outra característica do período foi o desenvolvimento da agricultura, que se transformou na principal atividade econômica. A Monarquia a.c. 931 a.c. O crescimento econômico, que levou à construção de grandes obras públicas, como estradas, poços, canais de irrigação; e a necessidade de manter um grande exército para enfrentar os povos inimigos, levou alguns juízes a defender a centralização do poder nas mãos de um rei. Assim, em 1030 a.c., o juiz Samuel foi escolhido o primeiro rei dos hebreus. O Conselho de Anciãos continuou existindo como órgão de aconselhamento do rei. Durante a monarquia, os hebreus tornam-se monoteístas, ou seja, passam a adorar um único Deus, sem aceitar a existência de outros, o que passa a ser considerado um pecado. Surgia, assim, a religião judaica. Dois Reinos 931 a.c. 722 a.c. Após a morte do rei Salomão, em 931 a.c., conflitos internos levaram a divisão das doze tribos em dois reinos: Israel e Judá. 6

7 No ano de 722 a.c., o reino de Israel foi conquistado pelos assírios. O reino de Judá foi conquistado pelos babilônios, em 587 a.c. Apesar de manter sua identidade cultural, os hebreus passaram a conviver com constantes invasões, sem que conseguissem recuperar sua independência, por longos períodos, durante toda a Idade Antiga, até serem expulsos da Palestina pelos romanos. FENÍCIA 1200 a.c. Cap. 8 Localizada na Ásia, no atual Líbano, a Fenícia era banhada pelo mar Mediterrâneo. O vasto litoral e a ausência de terras férteis levaram ao desenvolvimento do comércio marítimo, impulsionado por uma intensa atividade artesanal e pela abundancia de cedro, madeira usada na construção de navios. Os fenícios estavam organizados em cidades-estados, cada uma com o seu rei e com um conselho formado por comerciantes e construtores de navios, que limitava o poder do rei. A qualidade da navegação fenícia permitiu a fundação de várias colônias, o que facilitava o desenvolvimento comercial. A principal colônia foi Cartago, no norte da África. A principal contribuição fenícia para o desenvolvimento da humanidade foi o desenvolvimento de um alfabeto, formado pelas consoantes que hoje utilizamos. Do ponto de vista religioso, eram politeístas, com deuses que representavam elementos da natureza, como a Lua e o Sol. GRÉCIA - Séc. XX a.c. Séc. I a.c. Cap. 9 e 10 A Grécia localiza-se no sul da Europa, banhada pelos mares Mediterrâneo, Jônio e Egeu. Com um relevo montanhoso, que dificultava as comunicações, a região não era muito propicia para o desenvolvimento agrícola. A história da Grécia costuma ser dividida em cinco períodos: Período pré Homérico (séc. XX a.c. XII a.c.) Nesse período, a Grécia foi ocupada por diferentes povos: aqueus, jônios, dórios, e eólios. A mistura desses povos deu origem à civilização grega. Período Homérico (séc. XII a.c. VII a.c.) Os gregos viviam em clãs, ou seja, grandes famílias chefiadas por um patriarca. A posse da terra era coletiva, todos trabalhavam e os frutos do trabalho eram divididos igualmente. Nessa época, cultivavam cereais, videiras e oliveiras. Criavam cabras e porcos. Fabricavam tecidos rústicos, armas e embarcações. O comercio estava limitado à troca de mercadorias. Com o crescimento da população, o sistema de clãs entrou em colapso. Como não havia mais alimentos suficientes para todos, surgiu uma disputa pela posse da terra entre diferentes clãs ou dentro do próprio clã. Essa disputa deu origem a uma pequena aristocracia rural que concentrava a posse das terras mais férteis. Surgiram também pequenos proprietários de terras e um grande número de despossuídos. 7

8 No período Homérico surgem as primeiras cidades chamadas de pólis. A dificuldade de comunicação devido ao relevo montanhoso deu origem às cidades-estados, cada uma com um governo independente; leis, exército e moeda próprios. Na Grécia não existiu um governo centralizado na figura de um único rei. Período Arcaico (séc. VII a.c. séc. VI a.c.) Nesse período, os gregos voltam a enfrentar problemas com a escassez de alimentos provocada pelo aumento da população. Para solucionar essa questão, os gregos fundaram colônias no sul da Europa, no norte da África e na Ásia Menor. A região formada pelas colônias era chamada de Magna Grécia. Outra característica desse período foi o surgimento e diferentes formas de governo entre as cidades gregas: Monarquia forma de governo em que o rei governava sozinho ou com um conselho de nobres. O poder era hereditário e vitalício. O rei comandava o exercito, era responsável pela justiça, além de exercer a função de sumo sacerdote; Oligarquia governo de poucos, geralmente formado por donos de terras; Tirania governo de um único homem que assumia o poder com o uso da força. Freqüentemente tinha o apoio da população contra a oligarquia; Democracia sistema pelo qual todos os cidadãos participavam da elaboração das leis por uma Assembléia. Mulheres, crianças, escravos e estrangeiros não eram considerado cidadãos, por isso, não tinham direitos e não participavam das decisões políticas. Essa forma de governo surgiu em Atenas no período Clássico. Entre as cidades gregas, as que mais se destacaram foram Atenas e Esparta, responsáveis por uma guerra que levou à decadência da civilização grega. ATENAS ESPARTA Localização Litoral Interior População 100 mil/hab. 30 mil/hab. Economia Comércio Agricultura Governo Democracia Oligarquia Deus Protetor Atena (sabedoria) Ares (guerra) Característica Centro Cultural Cidade militarizada Educação Educação global: formação Ênfase na formação física: física, intelectual e artística. aprendiam a ler e escrever somente o essencial. Período Clássico (séc. VII a.c. - IV a.c.) 8

9 Nesse período, os persas tentaram, por duas vezes, conquistar a Grécia. No séc. V a.c., os reis persas Dario e Xerxes, que controlavam o Egito, entre outras regiões, atacam os gregos. Para enfrentar o inimigo, os gregos se uniram e criaram a Liga de Delos, uma organização militar, onde cada cidade contribuía com soldados, armamentos, navios e dinheiro. A liderança da liga foi dada a Atenas Após o final do conflito, os gregos resolveram manter a Liga permanentemente, como forma de evitar outras invasões. Com o tempo, algumas cidades lideradas por Esparta, acusaram Atenas de usar a liga em beneficio próprio. Essas cidades abandonaram a organização e fundam a Liga do Peloponeso, dando início a uma guerra entre as cidades gregas que durou 27 anos. Ao final do conflito, a Liga do Peloponeso derrotou a Liga de Delos. Período Helenístico (séc. IV a.c. - I a.c.) A guerra entre as cidades gregas enfraqueceu a região que acabou sendo conquistada pelo rei Filipe da Macedônia. Após a morte de Filipe, o trono foi ocupado por Alexandre Magno que além da Grécia, conquistou o Egito, a Mesopotâmia, a Palestina, a Pérsia e a Fenícia. À mistura da cultura grega com a dos povos conquistados por Alexandre, deu origem à cultura helenística. Com a morte de Alexandre, o seu império foi dividido entre seus generais, iniciando um período de decadência que levaria à conquista pelos romanos, entre os séculos II a.c. e I a.c.. ROMA Cap. 11 e 12 A história romana divide-se em três períodos: Monarquia 753 a.c. 509 a.c. Durante o período monárquico, a vila de Roma foi conquistada pelos etruscos que viviam ao norte da Península Itálica. Os reis etruscos foram responsáveis por uma série de obras que transformaram Roma numa grande cidade. As principais construções foram: canais de irrigação, rede de esgoto, estradas, pontes, palácios e templos. Nesse período, a sociedade romana era dividida em: Patrícios grandes proprietários de terra e gado; Plebeus pequenos proprietários, comerciantes, artesãos e trabalhadores; Escravos prisioneiros de guerra e plebeus endividados. Em 509 a.c., o ultimo rei etrusco foi expulso de Roma pelos patrícios. República 509 a.c. 27 a.c. Com o fim da monarquia, o poder em Roma passou a ser exercido da seguinte forma: Consulado Dois cônsules eram eleitos, por um ano, para administrar a cidade; Senado Tinha a função de cuidar das finanças. Os cônsules não podiam declarar a guerra sem a autorização do Senado; 9

10 Assembléia Responsável pela elaboração das leis. Na República romana apenas os patrícios tinham direito à participação política. Alem disso, ocupavam os cargos de sacerdotes, juízes e chefes militares. Os plebeus tinham apenas deveres, como pagar impostos e servir ao exercito. Durante séculos, os plebeus lutam pela conquista de direitos. Suas principais reivindicações são: - Fim da proibição do casamento entre patrícios e plebeus; - Fim da escravidão por dívidas; - Elaboração de leis escritas; - Participação política; - Reforma agrária, ou seja, melhor distribuição de terras. Com o tempo, os plebeus vão adquirindo uma serie de direitos, como a eleição dos Tribunos da Plebe (representantes dos plebeus na Assembléia). No entanto, a reforma agrária nunca foi realizada. A Expansão Territorial Durante o período republicano os romanos iniciam a sua expansão territorial. Num primeiro momento conquistam a Península Itálica e, a partir daí, iniciam um conflito de cerca de cem anos contra a cidade de Cartago. Cartago estava localizada no norte da África e era um importante centro comercial, que controlava todo o norte do continente, além da Península Ibérica (Portugal e Espanha) e das ilhas da Sicília, Córsega e Sardenha. Foram necessários três conflitos para que a Roma destruísse Cartago, esses enfrentamentos ficaram conhecidos como guerra Púnicas. Primeira Guerra Púnica (264 a.c. 241 a.c.) Roma conquista as ilhas da Sicília, Sardenha e Córsega. Segunda Guerra Púnica (218 a.c. 201 a.c.) Cartago reagiu à primeira derrota e conseguiu vencer várias batalhas, em plena Península Itálica, mas, no final, acabou derrotada. Perdeu seus territórios ao sul da Península Ibérica (Portugal e Espanha) e teve sua esquadra naval destruída. Terceira Guerra Púnica (150 a.c. 146 a.c.) Os romanos destruíram a cidade de Cartago e aprisionaram 40 mil pessoas que foram escravizadas. Com a destruição de seu maior inimigo e o domínio da navegação no mar Mediterrâneo, os romanos conquistaram a Macedônia, o Líbano e a Ásia Menor. Em 59 a.c., Roma passou a atacar a Europa Central, com a conquista da Gália (França) pelo general Júlio César. A expansão territorial significou uma série de transformações na vida de Roma: Enriquecimento, ainda maior, dos patrícios que passam a ocupar terras nas regiões conquistadas; Uso cada vez mais intenso da mão-de-obra escrava; Empobrecimento dos plebeus que abandonam suas propriedades para servir ao exército e que perdem espaço para os escravos; Surgimento de uma nova classe social: os homens novos, formada por comerciantes, artesãos e generais enriquecidos pelas conquistas; Desenvolvimento do comércio e do artesanato; 10

11 Transformação da cultura romana que passou a ser influenciada e a influenciar a cultura dos povos dominados. Apesar de todo desenvolvimento econômico, ao final do período Republicano, Roma entrou em crise, pelos seguintes motivos: rebeliões de plebeus; conflitos entre patrícios e homens novos pelo controle político de Roma; revoltas de escravos; lutas dos povos conquistados pela sua liberdade. Os constates conflitos políticos levam a formação dos Triunviratos, governo de três generais que assumiram o poder com o uso da força, eliminando o Consulado e diminuindo os poderes do Senado. Em 60 a.c., os generais Júlio César, Pompeu e Crasso formaram o Primeiro Triunvirato. Em 53 a.c., Crasso morreu em uma campanha militar, o que levou Pompeu e Júlio César a disputar o poder. Em 49 a.c., as tropas leias a César derrotam os apoiadores de Pompeu. Ao se tornar ditador perpétuo de Roma, César iniciou uma serie de reformas que beneficiavam principalmente, os soldados e os plebeus. A principal delas foi a reforma agrária. Insatisfeitos, em 44 a.c., os patrícios assassinaram Julio César, com o objetivo de reassumir o poder. No entanto, as revoltas populares que se seguiram à morte de César, levaram à formação do Segundo Triunvirato. O Segundo Triunvirato era composto por Marco Antônio, Lépido e Otávio Augusto. A história da disputa entre os generais se repetiu. Lépido foi afastado do governo e Otávio venceu Marco Antônio, em 33 a.c., concentrando o poder em suas mãos. Em 27 a.c., Otávio tornou o seu cargo em hereditário e vitalício, determinando o fim da República e o início do Império. Império 27 a.c 476 d.c. O período imperial costuma ser dividido em duas partes: Alto Império e Baixo Império. O Alto Império, que se estende até o séc. III, foi marcado por um período de desenvolvimento e prosperidade, conhecido como pax romana, que se explica por três fatores: A utilização da hereditariedade para definir o governante romano levou à diminuição das disputas políticas, criando um clima de estabilidade; A retomada da expansão territorial, levando a um maior desenvolvimento econômico, com a ampliação das terras cultiváveis e da atividade comercial. Nesse período, os romanos conquistaram a Bretanha (Inglaterra), Mesopotâmia, norte da Península Ibérica, entre outras regiões; A ampla utilização da política de pão e circo como forma de controle social. Sempre que existia um clima de tensão entre os plebeus, com a possibilidade de rebelião, o governo de Roma distribuía alimentos e promovia espetáculos para acalmar a plebe, desviando a atenção dos problemas sociais. Os principais espetáculos eram as lutas entre os gladiadores, escravos treinados para o combate, que atuavam em várias arenas, espalhadas por todo o Império. O principal palco da luta entre os gladiadores era o Coliseu, localizado no centro de Roma, com capacidade para até 80 mil pessoas. Além dos gladiadores, participavam dos combates animais, como tigres, leões e ursos. 11

12 A partir do séc III, teve início o Baixo Império marcado por uma profunda crise econômica e política, que contribuiu para o desaparecimento da civilização romana, no séc V. Vários fatores contribuíram para a decadência de Roma: Custos administrativos o tamanho gigantesco do Império tornava a sua manutenção muito cara, os gastos com o exército e funcionários públicos eram muito altos; Perda de controle governamental outro problema relacionado ao tamanho do Império era o das comunicações. O imperador não tinha controle sobre os governadores que não obedeciam suas ordens; Aumento de impostos para custear a administração, os imperadores, aumentavam, constantemente, os impostos, o que contrariava a população; Corrupção política grande parte do dinheiro arrecadado na cobrança de impostos se perdia na corrupção, revoltando os romanos; Escassez de mão-de-obra escrava o fim das guerras de conquistas dificultou a reposição da mão-de-obra escrava, atingindo principalmente o setor agrícola. A diminuição da produção de alimentos provocou o aumento dos preços, levando a uma situação de fome entre as camadas populares, gerando varias revoltas; Surgimento do Cristianismo como os cristãos eram monoteístas, negavamse a adorar os deuses romanos e a aceitar a origem divina do imperador. Por isso, eram perseguidos pelo governo de Roma. Em 395, o imperador Teodósio tentou resolver a crise dividindo Roma em Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla. O objetivo era facilitar a administração, o que não foi atingido. OS POVOS GERMÂNICOS Os povos germânicos viviam no norte da Europa, fora das fronteiras do Império. Formavam várias tribos, divididas em: francos, alamanos, lombardos, suevos, saxões, visigodos, ostrogodos, godos, justos e vândalos. Dedicavam-se à agricultura e à criação de gado. Viviam sob um sistema de clãs, onde não havia propriedade privada. Eram politeístas, adoravam elementos da natureza e seu principal deus era Odin. Até o séc. III, a relação entre germânicos e romanos era pacifica. Além de trocas comerciais, vários germânicos serviam ao exercito de Roma. Essa situação começou a mudar com a chegada dos hunos à Europa. Originários da Ásia, dedicavam-se a pilhagem, ou seja, atacavam outros povos com o objetivo do obter seu sustento e riquezas. Quando os hunos começaram a atacar as tribos germânicas, elas buscam proteção dentro das fronteiras de Roma. Os imperadores romanos tentam evitar as invasões, mas diante da grave crise do Baixo Império, são incapazes de deter os invasores. Ao invadir o Império, os germânicos se deparam com grandes cidades e enormes riquezas, passando a saqueá-las. Essa situação levou à desagregação do Império Romano do Ocidente, que foi dividido em vários pequenos reinos germânicos. A queda da cidade de Roma, em 476, marca o fim da Idade Antiga e o início da Idade Média. 12

13 O IMPÉRIO BIZANTINO LOCALIZAÇÃO Antigo Império Romano do Oriente Capital Constantinopla INFLUÊNCIAS sírios, judeus, armênios, egípcios, gregos e persas. IMPORTÂNCIA preservação da cultura romana. CARACTERISTICAS sociedade urbana 1 milhão de habitantes centro comercial RELIGIÃO - cristianismo ortodoxo; - - movimento iconoclasta; - não se submetiam a autoridade do papa; - os patriarcas eram os chefes da Igreja; - o grego era a língua oficial. Movimento Iconoclasta ( ) O imperador Leão III, pretendendo diminuir o poder dos monges e abades, proibiu a fabricação e venda de ícones religiosos e determinou a destruição dos já existentes. PRINCIPAL IMPERADOR Justiniano ( ) - reconquistou parte do Império do Ocidente - altos impostos para financiar a guerra (revoltas populares) DECADÊNCIA morte de Justiniano -> o Império foi gradativamente conquistado por outros povos, até que, em 1453, Constantinopla foi conquista pelos turcos. Esse fato marca o fim da Idade Média. 13