Relatório de Resultados 3T14

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1 Relatório de Resultados 3T14 Barretos, 6 de novembro de 2014 A Minerva S.A. (BM&FBOVESPA: BEEF3 OTCQX: MRVSY), uma das líderes na América do Sul na produção e comercialização de carne in natura, gado vivo e seus derivados, que atua também no segmento de processamento de carne bovina, suína e de aves, anuncia hoje seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2014 (3T14). As informações financeiras e operacionais a seguir são apresentadas em BRGAAP, em Reais (R$), de acordo com o IFRS (International Financial Reporting Standards). Destaques do 3T14 Minerva (BEEF3) Preço em 05-nov-14: R$ 12,05 Valor de Mercado: R$ milhões Ações Free Float 51,6% Teleconferências 7 de novembro de 2014 Português 10:00 (Brasília) 07:00 (US EST) Tel.: +55 (11) Código: Minerva Inglês 12:00 (Brasília) 09:00 (US EST) Tel.: +1 (412) Código: Minerva Contatos de RI: Eduardo Puzziello Fernanda Naveiro Kelly Barna Tel.: (11) (17) ri@minervafoods.com No terceiro trimestre de 2014 a Minerva registrou fluxo de caixa livre de R$10,3 milhões. O ROIC atingiu 19,8%, nível superior ao ROIC do 3T13 (19,0%), o que demonstra o comprometimento da Administração com a rentabilidade das operações. O fluxo de caixa operacional no 3T14 foi positivo em R$ 162,9 milhões. A receita bruta no trimestre registrou crescimento significativo de 21,3% quando comparada com o mesmo período de 2013, totalizando R$ 1,9 bilhão. Tanto as vendas da Divisão Carnes quanto da Divisão, que compreende os segmentos de Gado Vivo, Couros, MFF e Revenda, apresentaram forte desempenho, com incremento de 19,2% e 28,8%, respectivamente, na comparação com o 3T13. O destaque da Divisão Carnes foi a receita do mercado interno, 40% superior à reportada no 3T13. As vendas da Divisão tiveram como destaque os segmentos de Couro e Revenda, que cresceram 45% e 40% em relação ao mesmo período de 2013, respectivamente. O EBITDA do 3T14 atingiu R$ 177,8 milhões, 8,9% acima do reportado no mesmo período de A margem EBITDA ficou em 9,8%. No 3T14, tanto a margem como a utilização de capacidade instalada foram impactadas pelo início das operações das plantas de Várzea Grande e Mirassol D Oeste, na segunda quinzena de julho, sob regime de prestação de serviços. A alavancagem financeira no final do 3T14, reportada através do múltiplo Dívida Líquida/EBITDA, foi de 3,47x. Se considerarmos a não obrigatoriedade de resgate das notas perpétuas, emitidas em março de 2014, o indicador Dívida Líquida/EBITDA LTM atingiu 2,47x ao final do 3T14. A despeito da valorização do Dólar de 11 % no 3T14, fomos capazes de manter o nosso nível de alavancagem praticamente estável em função da política ativa de hedge, aliada aos impactos positivos das recentes aquisições. A posição de caixa em 30/09/2014 era de aproximadamente R$ 2,0 bilhões, mais de três vezes os vencimentos de curto prazo. No 3T14, a Companhia emitiu US$200 milhões através da reabertura das notas com vencimento em 2023, com rendimento (yield to maturity) de 6,879% ao ano. Os recursos provenientes desta operação foram utilizados para o refinanciamento de dívidas e consequente melhoria da estrutura de capital da companhia. O resultado pode ser observado na dívida de curto prazo em 30/09/2014, que correspondia a apenas 9,5% da dívida total. Sobre o plano de crescimento, vale ressaltar que a conclusão da aquisição das plantas da BRF foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária em 01 de outubro de Lembramos também que iniciamos recentemente a operação da planta em Janaúba, localizada ao norte do estado de Minas Gerais, que ainda se encontra em fase de ramp up. A expectativa da Administração é de que tanto as plantas do Mato Grosso quanto a de Janaúba atinjam a excelência operacional das atuais plantas da Minerva nos próximos trimestres.

2 Principais Indicadores R$ Milhões 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% LTM3T14 LTM3T13 Var.% Abate (milhares) 560,3 532,8 5,2% 512,6 9,3% 1.973, ,3-1,5% Volume Vendas (1.000 ton) 133,5 128,7 3,8% 121,4 9,9% 467,8 472,0-0,9% Receita Bruta 1.925, ,5 21,3% 1.759,9 9,4% 6.702, ,6 20,9% Mercado Interno 701,7 499,3 40,5% 568,2 23,5% 2.240, ,7 21,6% Mercado Externo 1.223, ,2 12,4% 1.191,7 2,7% 4.462, ,9 20,5% Receita Líquida (1) 1.805, ,1 20,8% 1.656,2 9,0% 7.631, ,4 46,2% EBITDA (1) 177,8 163,3 8,9% 178,7-0,5% 739,8 543,2 36,2% Margem EBITDA (1) 9,8% 10,9% -1,1 p.p. 10,8% -1,0 p.p. 9,7% 10,4% -0,7 p.p. Dívida Líquida/EBITDA(x) (2) 3,47 3,41 0,06 3,43 0,04 3,47 3,41 0,06 EBITDA Ajustado (3) 177,8 163,3 8,9% 163,7 8,7% 724,8 519,6 39,5% Margem EBITDA Ajustada (3) 9,8% 10,9% -1,1 p.p. 9,9% 0,1 p.p. 9,5% 10,0% -0,5 p.p. Dívida Líquida/EBITDA Ajustado(x) (2) 3,55 3,57 0,0 3,51 0,0 3,55 3,57 0,0 Lucro (Prejuízo) Líquido -193,8 1,4 n.d. 18,5 n.d. -230,8-211,5 9,1% (1) LTM3T14 inclui números proforma de Receita Líquida e EBITDA para as plantas de BRF e Carrasco. (2) Dívida líquida no 3T14 e 2T14 excluindo o valor pago na aquisição de Janaúba. (3) EBITDA 2T14 e LTM3T14 ajustado por reversão de provisão para contingência fiscal e LTM3T13 ajustado por itens não recorrentes. Mensagem da Administração O resultado do terceiro trimestre de 2014 da Minerva foi novamente caracterizado pelo forte desempenho operacional e pela continuidade de seu plano de crescimento. A receita líquida elevou-se 21% em relação ao 3T13, a margem EBITDA se manteve próxima a 10% e o retorno sobre o capital investido atingiu 19,8% (3T13: 19,0%). As exportações brasileiras continuaram apresentando bom desempenho no 3T14, com a receita 7,5% superior ao reportado no mesmo período de No Uruguai e Paraguai, o crescimento da receita das exportações foi ainda mais expressivo, 22% e 33%, respectivamente. O bom resultado dos principais países exportadores da América do Sul é explicado pela combinação entre a crescente demanda de carne bovina por países emergentes e pela redução da presença de países como Estados Unidos, Austrália e Europa, que tem constantemente perdido participação no mercado mundial. Neste ambiente, o faturamento da Minerva no mercado externo subiu 12,4%, com destaque para o crescimento de 16,4% do preço médio da carne in natura em Dólar na comparação com 3T13. A demanda por carne bovina também apresentou forte desempenho no mercado brasileiro neste trimestre, suportada tanto por efeitos sazonais quanto pela estratégia de distribuição da Companhia. O resultado da Companhia no mercado local no 3T14 foi beneficiado, também, pelo foco no segmento de pequeno e médio varejo e de food service, e potencializado pela operação das plantas da BRF voltadas ao mercado doméstico. Esta combinação resultou no forte crescimento no faturamento do segmento de carnes bovina in natura no mercado interno em relação ao mesmo período de 2013, apoiado não só pelo crescimento do volume de vendas (+21,9%), mas também pela evolução do preço médio (+20,8%). Sobre o fornecimento de gado no mercado brasileiro no 3T14, destacamos que a maior restrição à oferta de gado no final do trimestre esteve diretamente ligada ao período de entressafra, potencializada pela queda no preço dos grãos, que incentivou a maior parte dos confinadores a ampliar o período do gado no cocho. Este efeito acabou por influenciar no desempenho do preço da arroba no 3T14. A estratégia dos confinadores, entretanto, deverá ser revertida durante a segunda rodada de confinamento, no 4T14, elevando a disponibilidade de gado no mercado e disponibilizando um animal com peso acima da média, o que deverá também beneficiar a produtividade das operações da indústria. 2

3 Continuamos comprometidos em avançar com nosso plano de investimentos, reforçando nosso compromisso de crescer com disciplina financeira e geração de valor. O foco operacional nos próximos trimestres estará obviamente na integração e extração de valor das operações recém adquiridas, as quais estimamos que poderão gerar sinergias significativas para a operação global da Minerva, especialmente num ambiente extremamente favorável às exportações de carne bovina a partir da América do Sul. Fernando Galletti de Queiroz, Diretor Presidente 3

4 Panorama Setorial Brasil Fornecimento de Gado A oferta de gado no 3T14 foi diretamente impactada pela sazonalidade típica do ano, caracterizada pela escassez de chuvas, que este ano foi ainda mais acentuada e reduziu a disponibilidade de animais para abate. Adicionalmente à redução do volume de chuvas, a queda no preço dos grãos estimulou muitos pecuaristas a estender o período de engorda dos animais, represando assim gado no cocho, indicando que a oferta de gado na segunda rodada do confinamento, prevista para o 4T14, deverá ser maior que do 3T14. Neste cenário, o volume de gado abatido no 3T14 foi de mil cabeças, representando uma queda de 3,4% em relação ao 3T13. Vale destacar que o 3T13 foi marcado por recordes históricos de exportação de carne bovina, o que elevou consideravelmente o abate naquele trimestre. O preço médio da arroba no 3T14 ficou ligeiramente superior quando comparado com o preço médio do 2T14. Por último, destacamos que em um ambiente de oferta de gado reduzida, a disponibilidade de carne também foi afetada, e este foi um dos fatores que explica a elevação dos preços da carne tanto no mercado interno quanto na exportação, conforme detalharemos adiante. Figura 1 e 2 Abate de Bovinos no Brasil (em cabeças) e preço médio da arroba (R$) Abates (mil cabeças) R$/@ Abate (mil cabeças) R$/@ 118,6 122,7 123,7 98,9 92,4 97,9 103,5 110, T12 1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 150,0 100,0 50,0 0, ,6 119,4 123, jul-14 ago-14 set ,0 135,0 130,0 125,0 120,0 115,0 110,0 105,0 100,0 95,0 90,0 Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária, CEPEA/ESALQ Dados preliminares de abate no 3T14 Mercado Externo A receita proveniente das exportações brasileiras de carne bovina in natura foi recorde no 3T14 totalizando US$ 1,5 bilhão, 7,5% superior ao reportado no mesmo período de 2013 e 11,8% superior ao 2T14. Embora o volume apurado tenha apresentado queda de 3,1% no comparativo ao 3T13, em grande parte explicada pela redução do abate, observamos uma melhor precificação da carne bovina brasileira no mercado internacional, com o preço médio em dólares 11,4% superior ao preço do mesmo período de A elevação do preço demonstra a maior competitividade que a carne brasileira vem conquistando frente a importantes países produtores. Nos últimos 5 anos, a receita brasileira de exportação tem crescido a uma taxa média anual de 13,8%. 4

5 Figura 3 - Exportação brasileira de carne in natura Figura 4 - Preço médio carne in natura ,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 9,3 4,6 9,8 4,8 9,2 9,3 4,6 4,5 10,1 10,5 10,4 10,5 4,7 4,6 4,4 4,4 11,1 4,9 5,0 4,8 4,6 4,4 4,2 3T12 4T12 1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 0,0 3T12 4T12 1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4,0 Exportação (mil ton) Receita (US$ milhões) R$/Kg US$/Kg Figura 5 - Exportação brasileira de carne in natura (mil ton) Figura 6 - Exportação brasileira de carne in natura (US$ milhões) T09 3T10 3T11 3T12 3T13 3T14 3T09 3T10 3T11 3T12 3T13 3T14 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Com base nos gráficos abaixo, podemos observar que a participação da Rússia nas exportações brasileiras subiu de 23% no 3T13 para 31% no 3T14, mantendo-se assim como o principal mercado. Este crescimento foi resultado da reabilitação para exportação à Rússia de diversas plantas brasileiras, que haviam sido bloqueadas no 4T13, além dos embargos impostos à Austrália, Estados Unidos e Europa. Hong Kong permaneceu como segundo maior importador de carne bovina do Brasil e elevou sua participação em 100 bps, representando 20% do total das exportações brasileiras. Figuras 7 e 8 - Destino das exportações do Brasil (% da Receita) 3T13 3T14 Irã 4% 23% Rússia 23% 20% Itália 4% Rússia 31% Chile 7% Egito 11% Venezuela 14% Hong Kong 19% Chile 5% Egito 7% Venezuela 13% Hong Kong 20% Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 5

6 Mercado Interno O volume de vendas no mercado interno apresentou bom desempenho, principalmente em julho, ainda reflexo da realização da Copa do Mundo no Brasil. Embora esse tenha sido um trimestre de preço da arroba em elevação, observamos também uma tendência de alta dos preços dos principais cortes no mercado doméstico, conforme demonstrado nos gráficos abaixo. Este movimento foi resultado não somente do aumento do preço do gado, mas também da menor disponibilidade de cortes específicos (dianteiro e recorte) no mercado interno, uma vez que estes foram destinados à exportação. 10,00 Figura 9 - Preços Médios - Corte Dianteiro (R$/kg) 7,00 Figura 10 - Preços Médios - Recorte (R$/kg) 9,00 6,00 8,00 5,00 7,00 4,00 6,00 3,00 Fonte: Intercarnes Paraguai O desempenho da indústria paraguaia continuou positivo no 3T14. A carne do Paraguai vem mantendo boa precificação nos países para os quais exporta, em decorrência do momento favorável de demanda internacional por carne bovina. A receita de exportação subiu 33% em relação ao 3T13, com Rússia e Chile sendo os principais mercados importadores. O preço do gado sofreu alta em decorrência do cenário favorável externo e da elevação do abate na comparação com o mesmo trimestre de Figura 11 Evolução do abate de bovinos e preço médio do gado no Paraguai T12 3T13 4T13 1T14 2T14 3T Abates (mil cabeças) Preço médio (US$/100Kg) Fonte: SENACSA 6

7 Figuras 12 e 13 Destino das Exportações do Paraguai (% da Receita) 3T13 3T14 Israel 8% 13% Rússia 45% Israel 6% Hong Kong 10% 7% Rússia 48% Brasil 9% Hong Kong 10% Chile 16% Brasil 12% Chile 18% Uruguai Fonte: SENACSA A indústria uruguaia vem experimentando uma dinâmica muito positiva, com boas margens em toda a cadeia produtiva em função da excelente precificação de sua carne no mercado internacional, da boa disponibilidade de gado e da maturidade da indústria frigorífica. No 3T14, a receita de exportação de carne bovina do Uruguai subiu 22% na comparação com o 3T13, com destaque para as vendas para os Estados Unidos, cuja receita aumentou em mais de 50%. O volume abatido neste trimestre foi 13% superior ao 3T13, porém ficou abaixo do 2T14, em decorrência da sazonalidade do clima mais frio deste período do ano, o que acabou por elevar o preço do gado em relação ao 2T14. Figura 14 Evolução do abate de bovinos e preço médio do gado no Uruguai T12 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 50 Abates (mil cabeças) Preço médio (US$/100Kg) Fonte: INAC Figuras 15 e 16 Destino das Exportações do Uruguai (% da Receita) 32% 3T13 China 24% 33% 3T14 China 15% Estados Unidos 14% Israel 12% Holanda 10% Brasil 5% Alemanha 6% Holanda 10% Estados Unidos 11% Alemanha 7% Rússia 10% Israel 11% Fonte: INAC 7

8 Minerva Análise dos Resultados Abates A partir da segunda metade de julho, iniciamos a operação das plantas de Mirassol D Oeste e Várzea Grande no estado do Mato Grosso, sob regime de prestação de serviços, concomitante à conclusão da aquisição destas plantas junto à BRF, finalizada em 1º de outubro de Como resultado desta prestação de serviços, a taxa de utilização da capacidade consolidada, incluindo os ativos ainda pertencentes à BRF, foi de 68,4% no 3T14. O volume de abate totalizou 560,3 mil cabeças. Se excluirmos o volume abatido nas operações do Mato Grosso, a taxa de utilização da Minerva ficou em 72%. Figura 17 - Utilização da Capacidade Instalada 75,8% 72,0%¹ 71,1% 70,2% 68,4% 4T13 1T14 2T14 3T14 Fonte: Minerva ¹ Excluindo as plantas de Várzea Grande e Mirassol D Oeste em Mato Grosso Receita Bruta Consolidada R$ Milhões 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% LTM3T14 LTM3T13 Var.% Receita Bruta 1.925, ,5 21,3% 1.759,9 9,4% 6.702, ,6 20,9% Divisão Carnes 1.490, ,1 19,2% 1.263,0 18,0% 5.055, ,0 13,1% Divisão 434,4 337,4 28,8% 497,0-12,6% 1.647, ,6 53,4% R$ Milhões 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% LTM3T14 LTM3T13 Var.% Mercado Interno 701,7 499,3 40,5% 568,2 23,5% 2.240, ,7 21,6% % Receita Bruta 36,4% 31,5% 5,0 p.p. 32,3% 4,2 p.p. 33,4% 33,2% 0,2 p.p. Divisão Carnes 545,1 384,9 41,6% 445,7 22,3% 1.710, ,0 17,2% 156,5 114,4 36,8% 122,6 27,7% 529,5 382,7 38,4% R$ Milhões 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% LTM3T14 LTM3T13 Var.% Mercado Externo 1.223, ,2 12,4% 1.191,7 2,7% 4.462, ,9 20,5% % Receita Bruta 63,6% 68,5% -5,0 p.p. 67,7% -4,2 p.p. 66,6% 66,8% -0,2 p.p. Divisão Carnes 945,6 865,2 9,3% 817,3 15,7% 3.344, ,9 11,0% 277,9 223,0 24,6% 374,4-25,8% 1.117,7 691,0 61,7% 8

9 A receita bruta da Companhia no 3T14 totalizou R$ 1.925,2 milhões, um crescimento expressivo de 21,3% na comparação com o mesmo período de Este resultado é explicado pelo aumento de 19,2% da receita bruta da Divisão Carnes e 28,8% da receita da Divisão, com destaque para as operações de Couros e Revenda. A receita no mercado interno apresentou crescimento de 40,5%, enquanto o mercado externo cresceu 12,4%. Isto se deveu em grande parte ao início das operações das plantas da BRF (temporariamente sob regime de prestação de serviços) que possuem maior exposição ao mercado local. No consolidado, as exportações representaram 64% da receita total da Companhia. Figura 18 - Composição da Receita Bruta Consolidada 3T13 Carnes ME 55% Figura 19 - Composição da Receita Bruta Consolidada 3T14 Carnes ME 49% MI 7% Carnes MI 24% ME 14% MI 8% Carnes MI 28% ME 15% Fonte: Minerva A Companhia manteve-se novamente entre os principais exportadores de carne bovina nos países em que atua, considerando os últimos doze meses encerrados em setembro de 2014 (LTM3T14). No Brasil, mantivemo-nos como segundo maior exportador, com 16% das exportações do país. No Paraguai, a participação atingiu 15% do mercado. No Uruguai, se consolidarmos as exportações dos últimos 12 meses do Frigorífico Carrasco, nosso share foi de 16%. Figura 20 - Market Share Exportações do Brasil (% da Receita) Figura 21 - Market Share Exportações do Uruguai (% da Receita) Figura 22 - Market Share Exportações do Paraguai (% da Receita) 84% Minerva 16% 84% Minerva 16% 85% Minerva 15% 2 Maior exportador 2 Maior exportador Maior exportador Fonte: Minerva, Secex, INAC e SENACSA Apresentamos nos gráficos a seguir, o desempenho das exportações da Companhia por região. Em função da sazonalidade observada em base trimestral, detalhamos os últimos 12 meses encerrados em setembro de 2014 (LTM3T14) e 2013 (LTM3T13), conforme abaixo: Américas: a participação desta região no mix de exportações da Companhia ficou praticamente estável, em 17% no LTM3T14. Nesta região, os países que mais se destacam são Chile e Venezuela. Ásia: nos últimos doze meses encerrados em setembro de 2014, as vendas para essa região permaneceram estáveis no comparativo à LTM3T13, representando 12% das exportações totais. O principal destino dessa 9

10 região tem sido Hong Kong/China. Porém outros mercados têm aumentado a participação nesta região, como é o caso de Cingapura, Filipinas e Malásia. CEI (Comunidade dos Estados Independentes): o principal mercado dessa região é a Rússia, país que representa o maior mercado das exportações tanto da Minerva quanto do Brasil. Comparando as exportações do LTM3T14 contra as exportações do LTM3T13, observamos uma queda de participação de 28% para 22%. Porém, analisando apenas o 3T14 contra o 3T13, as exportações para a Rússia elevaram-se em mais de 40%. Este aumento é explicado pela abertura de novas plantas no Brasil, além de recentes sanções impostas a outros países produtores que acabou por elevar o volume exportado pela América do Sul para a Rússia. Europa: esta região é reconhecida por demandar cortes mais nobres (cortes resfriados do traseiro), permitindo assim melhor precificação e maior rentabilidade. Em um movimento estratégico, a Companhia elevou sua exposição na região, se beneficiou do momento de menor oferta de carne bovina na Europa e elevou a participação dessa região de 10% no LTM3T13 para 13% no LTM3T14. Norte da África: a participação desta região nas exportações da Companhia apresentou queda de 2 pontos percentuais e saiu de 16% no LTM3T13 para 14% no LTM3T14. Redirecionamos parte das exportações que eram destinadas para essa região anteriormente para países como Rússia, Venezuela e Chile, países que apresentaram maior rentabilidade e melhor precificação no período. Oriente Médio: nos últimos doze meses, registramos novamente aumento de participação dessa região, que subiu de 15% no LTM3T13 para 19% no LTM3T14, com destaque para Irã, Líbano e Emirados Árabes Unidos. Ressaltamos novamente que esta é uma região que concentra as vendas para mercados de nicho, com foco em cortes com certificação religiosa (Halal e Kosher) e também mercados que consomem carne resfriada de cortes do traseiro, que apresentam melhor rentabilidade. Figura 23 e 24 - Composição das Vendas Consolidadas por Região NAFTA 3% Oriente Médio 15% LTM3T13 UE 10% África 16% Américas 16% Oriente Médio 19% NAFTA 3% LTM3T14 UE 13% África 14% Américas 17% CEI 28% Ásia 12% CEI 22% Ásia 12% Fonte: Minerva Divisão Carnes A receita bruta da Divisão Carnes no 3T14 apresentou expansão de 19,2% em relação ao 3T13, impulsionada tanto pela receita do mercado externo, que cresceu 9,3%, quanto pela receita do mercado doméstico, que apresentou crescimento significativo de 41,6%. Nesse trimestre, o principal destaque foi o desempenho do preço da carne em ambos os mercados. No mercado interno, o preço da carne in natura apresentou aumento significativo de 20,8%, 10

11 resultado dos efeitos sazonais do terceiro trimestre, melhor mix de vendas com foco no pequeno e médio varejo, food service, e otimização dos canais de distribuição. Já no mercado externo, o preço em dólar da carne bovina subiu 16,4%, um resultado expressivo e que demonstra a maior competitividade e melhor poder de precificação que os produtores da América do Sul vem ganhando no mercado internacional. Vale lembrar ainda que o resultado consolidado do 3T14 foi positivamente influenciado pela consolidação das operações do Frigorífico Carrasco e pelo acordo de prestação de serviços nas plantas do Mato Grosso com a BRF. A seguir, o detalhamento completo da divisão carnes: Receita Bruta (R$ Milhões) 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% LTM3T14 LTM3T13 Var.% Carne In Natura ME 879,0 812,5 8,2% 783,2 12,2% 3.136, ,8 11,2% Carne Processada ME 0,0 3,3 n.d. 0,0 n.d. 0,0 22,3-99,9% ME 66,6 49,4 34,8% 34,0 95,7% 208,4 168,7 23,5% Sub-Total ME 945,6 865,2 9,3% 817,3 15,7% 3.344, ,9 11,0% Carne In Natura MI 464,8 315,6 47,3% 363,3 27,9% 1.435, ,6 21,1% Carne Processada MI 3,6 6,3-43,7% 3,4 5,6% 16,0 18,2-12,2% MI 76,8 63,0 21,9% 79,0-2,8% 259,1 255,2 1,6% Sub-Total MI 545,1 384,9 41,6% 445,7 22,3% 1.710, ,0 17,2% Total 1.490, ,1 19,2% 1.263,0 18,0% 5.055, ,9 13,1% Volume (milhares de tons) 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% LTM3T14 LTM3T13 Var.% Carne In Natura - ME 69,5 74,5-6,7% 68,3 1,7% 261,8 268,0-2,3% Carne Processada - ME 0,0 0,2 n.d. 0,0 n.d. 0,0 1,5-99,9% - ME 6,6 6,4 3,3% 6,6 0,3% 23,4 22,7 3,2% Sub-Total - ME 76,1 81,1-6,2% 74,9 1,6% 285,2 292,2-2,4% Carne In Natura - MI 47,5 39,0 21,9% 37,6 26,4% 149,1 145,9 2,2% Carne Processada - MI 0,3 0,7-59,0% 0,3-9,6% 1,5 2,0-24,5% MI 9,6 7,9 22,1% 8,6 11,2% 32,0 31,9 0,2% Sub-Total - MI 57,4 47,5 20,8% 46,5 23,3% 182,6 179,8 1,6% Total 133,5 128,7 3,8% 121,4 9,9% 467,8 472,0-0,9% Preço Médio ME (USD/Kg) 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% LTM3T14 LTM3T13 Var.% Carne In Natura - ME 5,5 4,8 16,4% 5,1 7,9% 5,2 5,0 4,7% Carne Processada - ME 0,0 6,8 n.d. 4,6 n.d. 4,4 7,0-37,6% ME 4,4 3,4 30,9% 2,3 90,9% 3,9 3,5 10,1% Total 5,4 4,7 16,9% 4,9 11,4% 5,1 4,9 4,7% Dólar Médio (fonte: BACEN) 2,28 2,29-0,3% 2,23 2,2% 2,29 2,10 8,7% Preço Médio ME (R$/Kg) 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% LTM3T14 LTM3T13 Var.% Carne In Natura - ME 12,6 10,9 16,0% 11,5 10,3% 12,0 10,5 13,8% Carne Processada - ME 0,0 15,5 n.d. 10,2 n.d. 10,1 14,8-32,1% ME 10,1 7,7 30,5% 5,2 95,2% 8,9 7,4 19,7% Total 12,4 10,7 16,5% 10,9 13,9% 11,7 10,3 13,8% Preço Médio MI (R$/Kg) 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% LTM3T14 LTM3T13 Var.% Carne In Natura - MI 9,8 8,1 20,8% 9,7 1,2% 9,6 8,1 18,4% Carne Processada - MI 13,0 9,5 37,3% 11,2 16,7% 10,6 9,1 16,3% MI 8,0 8,0-0,1% 9,2-12,6% 8,1 8,0 1,3% Total 9,5 8,1 17,3% 9,6-0,8% 9,4 8,1 15,4% ME- Mercado Externo, MI Mercado Interno 11

12 Divisão O crescimento da receita bruta dessa divisão no 3T14 foi 28,8% superior à apresentada no 3T13. Todas as unidades de negócios da Companhia foram responsáveis por colaborar com esse bom desempenho. Destacamos as operações de Couros e Revenda. O segmento Couros apresentou novamente forte desempenho com crescimento de 45% de sua receita bruta frente ao 3T13, com foco voltado ao atendimento de couros processados a nichos específicos, tanto no mercado doméstico quanto na exportação. Contamos novamente com o incremento da revenda de produtos de terceiros na receita bruta no 3T14, com crescimento de 21% quando comparada à receita do mesmo período de Através da Revenda, a Minerva adota o conceito de One Stop Shop, permitindo que seus clientes tenham acesso a uma ampla linha de produtos perecíveis (outras proteínas como aves, peixes, cordeiro, além de vegetais congelados) através de um único vendedor. A MFF também colaborou para o desempenho desse segmento, com crescimento de 28% no mercado doméstico, cujo foco principal continua sendo o mercado de food service. As exportações de Gado Vivo também apresentaram bom desempenho, com expansão na receita de 10% no 3T14 quando comparado ao 3T13. Receita Líquida No 3T14, a receita líquida da Companhia totalizou R$ 1.805,8 milhões, crescimento de 20,8 % em relação ao 3T13. Nos últimos doze meses, a receita líquida também apresentou crescimento de 20,8%, atingindo R$ 6,3 bilhões. R$ Milhões 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% LTM3T14 LTM3T13 Var.% Receita Bruta 1.925, ,5 21,3% 1.759,9 9,4% 6.702, ,6 20,9% Deduções e Abatimentos -119,4-92,5 29,1% -103,7 15,1% -398,6-325,2 22,6% Receita Líquida¹ 1.805, ,1 20,8% 1.656,2 9,0% 6.303, ,4 20,8% % Receita Bruta 93,8% 94,2% -0,4 p.p. 94,1% -0,3 p.p. 94,1% 94,1% -0,08 p.p. (1) LTM3T14 exclui números proforma de Receita e EBITDA para as plantas de BRF e Carrasco. Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) e Margem Bruta O CMV no 3T14 foi de R$ 1.449,3 milhões, equivalente a 80,3% da receita líquida no período, 1,9 ponto percentual acima do 3T13 e estável em relação ao trimestre anterior. A contração da margem bruta em relação ao 3T13 deveuse principalmente ao início do regime de prestação de serviços da BRF nas plantas de Várzea Grande e Mirassol D Oeste, com margens operacionais inferiores à média das operações consolidadas da Companhia. R$ Milhões 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% LTM3T14 LTM3T13 Var.% Receita Líquida 1.805, ,1 20,8% 1.656,2 9,0% 6.303, ,4 20,8% CMV , ,2 23,6% ,1 9,4% , ,8 21,1% % Receita Líquida 80,3% 78,4% 1,9 p.p. 80,0% 0,3 p.p. 79,7% 79,5% 0,2 p.p. Lucro Bruto 356,5 322,9 10,4% 331,2 7,6% 1.278, ,7 19,7% Margem Bruta 19,7% 21,6% -1,9 p.p. 20,0% -0,3 p.p. 20,3% 20,5% -0,2 p.p. 12

13 Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas As despesas com vendas representaram 7,1% da receita líquida no 3T14, 2,3 pontos percentuais inferior ao 3T13, influenciado principalmente por melhores condições na renegociação dos contratos de frete de exportação. As despesas gerais e administrativas apresentaram crescimento de 0,7p.p. em relação ao 3T13 em função das recentes aquisições, e do contrato de prestação de serviços nas plantas do Mato Grosso, que ainda se encontram em fase de integração. R$ Milhões 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% LTM3T14 LTM3T13 Var.% Despesas com Vendas -127,4-140,1-9,1% -128,6-0,9% -492,6-460,3 7,0% % Receita Líquida 7,1% 9,4% -2,3 p.p. 7,8% -0,7 p.p. 7,8% 8,8% -1,0 p.p. Despesas Gerais e Administrativas -62,8-41,9 49,6% -54,7 14,6% -209,8-161,4 30,0% % Receita Líquida 3,5% 2,8% 0,7 p.p. 3,3% 0,2 p.p. 3,3% 3,1% 0,2 p.p. EBITDA O EBITDA do 3T14 atingiu R$ 177,8 milhões, 8,9% acima do resultado do 3T13. A margem ficou em 9,8%. Vale lembrar que no 3T14 a margem foi impactada pelo início das operações das plantas de Várzea Grande e Mirassol D Oeste sob regime de prestação de serviços. Além do processo natural de ramp up dos novos ativos, estas atualmente possuem margens inferiores ao consolidado da Minerva, explicando a redução da margem na comparação ao 3T13 e 2T14. No acumulado de 12 meses, considerando os números proforma de Carrasco e das plantas de Várzea Grande e Mirassol D Oeste, o EBITDA totalizou R$ 739,2 milhões, com margem de 9,7%. R$ Milhões 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% LTM3T14 LTM3T13 Var.% Lucro (Prejuízo) Líquido -193,8 1,4 n.d. 18,5 n.d. -230,8-211,5 9,1% (+/-) IR e CS e Diferidos 11,8 0,9 n.d. -0,6 n.d. 17,0 50,0-66,1% (+/-) Redução ao valor recuperável de ativo 0,0 0,0. n.d. 0,0 n.d. 34,2 0,0 n.d. (+/-) Resultado Financeiro 345,7 146,8 135,4% 146,8 135,4% 768,5 648,4 18,5% (+/-) Depreciação e Amortização 14,2 14,1 0,6% 13,9 2,7% 57,2 56,3 1,7% (+/-) EBITDA Carrasco proforma 0,0 0,0 n.d. 0,0 n.d. 26,2 0,0 n.d. (+/-) EBITDA Mato Grosso Bovinos proforma 0,0 0,0 n.d. 0,0 n.d. 67,5 0,0 n.d. EBITDA (1) 177,8 163,3 8,9% 178,7-0,5% 739,8 543,2 36,2% Margem EBITDA 9,8% 10,9% -1,1 p.p. 10,8% -0,9 p.p. 9,7% 10,4% -0,7 p.p. (+/-) Itens não recorrentes 0,0 0,0 n.d. -15,0 n.d. -15,0-23,5-36,3% EBITDA Ajustado 177,8 163,3 8,9% 163,7 8,7% 724,8 519,6 39,5% Margem EBITDA Ajustada 9,8% 10,9% -1,1 p.p. 9,9% 0,1 p.p. 9,5% 10,0% -0,5 p.p. (1) LTM3T14 inclui receita e EBITDA pro-forma das plantas do Mato Grosso e do Carrasco Resultado Financeiro O resultado financeiro do 3T14 foi negativo em R$ 345,7 milhões. A despesa financeira totalizou R$ 134,1 milhões no trimestre, sendo impactada pela elevação de 250 bps na taxa CDI no período, pelo impacto da desvalorização cambial sobre o saldo das dívidas e sobre os juros correspondentes. 13

14 A rubrica de variação cambial apresentou uma despesa (não-caixa) de R$ 289,9 milhões no 3T14, resultado da valorização de 11,4% do Dólar de fechamento sobre a dívida em moeda estrangeira (aproximadamente 74% do total) no 3T14. O destaque no resultado financeiro neste trimestre foi a rubrica de outras receitas/despesas financeiras, que totalizou receita de R$ 59,9 milhões (contra uma despesa de R$ 27,1 milhões no 3T13). Este resultado é explicado pela marcação a mercado dos instrumentos financeiros relativos `as operações de hedge cambial utilizados pela Companhia que totalizou receita de R$ 92,8 milhões no trimestre. Ao longo dos últimos meses, a Companhia adotou uma estratégia de proteção da dívida de longo prazo (utilizando NDF e swaps), fazendo com que aproximadamente 30% da exposição cambial líquida de longo prazo estivesse protegida. A elevação da rubrica de despesas referente à descontos financeiros, taxas e comissões refere-se ao pagamento dos assessores jurídicos, bancos e auditores envolvidos na operação de aquisição dos ativos da BRF, aprovada em agosto pelo CADE. Cabe ressaltar que os instrumentos financeiros utilizados para hedge foram contratados conforme parâmetros estabelecidos na Política de Gestão de Riscos da Companhia, aprovados por seu Conselho de Administração, e são instrumentos convencionais, plain vanilla, e sem alavancagem. R$ Milhões 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% Despesas Financeiras -134,1-99,3 35,1% -110,0 21,9% Receitas Financeiras 18,5 14,8 24,5% 18,5-0,1% Variação Cambial -289,9-35,3 722,3% 13,9 n.d. Outras Despesas (*) 59,9-27,1 n.d. -69,3 n.d. Resultado Financeiro -345,7-146,8 135,4% -146,8 135,4% Dólar Médio (R$/US$) (Fonte: Bacen) 2,28 2,29-0,3% 2,23 2,2% Dólar Fechamento (R$/US$) (Fonte: Bacen) 2,45 2,23 9,9% 2,20 11,4% (*) Outras Despesas (R$ Milhões) 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% Resultado Hedge Cambial 92,8-7,3 n.d. -43,4 n.d. Resultado Hedge Commodities -12,3-6,5 89,7% -9,4 30,3% Descontos Financeiros, Taxas, Comissões, Desconto Comercial e Outras Desp. Finan. -20,6-13,3 54,5% -16,4 25,5% Total 59,9-27,1 n.d. -69,3 n.d. Resultado Líquido No 3T14, a Companhia registrou prejuízo de R$ 193,8 milhões, decorrente da despesa (não caixa) relativa à variação cambial sobre a dívida. O resultado líquido ajustado pelos efeitos da variação cambial e do pagamento de IR e CSLL atingiu R$ 107,9 milhões. R$ Milhões 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% LTM3T14 LTM3T13 Var.% Lucro (Prejuízo) Líquido Antes dos Impostos -182,0 2,3 n.d. 18,0 n.d. -213,8-161,5 32,4% Imposto de Renda e Contribuição Social -11,8-0,9 n.d. 0,6 n.d. -17,0-50,0-66,1% Lucro (Prejuízo) Líquido -193,8 1,4 n.d. 18,5 n.d. -230,8-211,5 9,1% % Margem Líquida -10,7% 0,1% -10,8 p.p. 1,1% -11,9 p.p. -3,7% -4,1% 0,4 p.p. 14

15 R$ Milhões 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% LTM3T14 LTM3T13 Var.% Lucro (Prejuízo) Líquido -193,8 1,4 n.d. 18,5 n.d. -230,8-211,5 9,1% Redução ao valor recuperável de ativo 0,0 0,0 n.d. 0,0 n.d. -34,2 0,0 n.d. Variação Cambial 289,9 35,3 722,3% -13,9 n.d. 346,0 251,5 37,6% Imposto de Renda e Contribuição Social 11,8 0, ,0% -0,6 n.d. 17,0 50,0-66,1% Lucro (Prejuízo) Ajustado 107,9 37,6 187,1% 4, ,5% 98,0 90,0 8,8% Fluxo de Caixa No 3T14, o fluxo de caixa operacional foi positivo em R$ 162,9 milhões e atingiu R$ 364,3 milhões nos últimos 12 meses. Neste trimestre, a conta de capital de giro consumiu R$ 57,6 milhões. Apesar da variação negativa na conta de recebíveis, esta foi parcialmente compensada pela melhora na rubrica de Outras contas a pagar referente a adiantamento de clientes. Por outro lado, o capital de giro foi negativamente impactado pela conta de estoques, como parte da estratégia de gestão de risco da Companhia de se beneficiar da elevação dos preços no mercado de exportação, mantendo assim um estoque ao final do 3T14 mais elevado, responsável por consumir R$86 milhões no final do trimestre. Em outubro, os dados divulgados pela Secex apresentaram expansão no volume exportado de aproximadamente 25% em relação a setembro, com elevação do preço médio, o que comprova a eficácia dessa estratégia Companhia. R$ Milhões 3T14 3T13 2T14 LTM3T14 Lucro (Prejuízo) Líquido -193,8 1,4 18,5-230,8 Ajustes do Lucro Líquido 414,3 136,1 86,8 820,2 (+/-) Variação da necessidade de capital de giro -57,6-37,6-4,1-225,1 Fluxo de caixa operacional 162,9 99,9 101,3 364,3 A geração de fluxo de caixa livre após investimentos, pagamento de juros e o capital de giro foi positiva em R$ 10,3 milhões, conforme demonstrado abaixo. R$ Milhões 3T14 EBITDA 177,8 Capex (base caixa) -44,0 Despesa Financeira (base caixa) -66,0 (+/-) Variação da necessidade de capital de giro -57,6 Fluxo de caixa livre 10,3 15

16 Estrutura de Capital A Companhia encerrou o 3T14 com uma posição de caixa equivalente a R$ 2,0 bilhões, suficiente para amortizar dívidas até A posição de caixa da Companhia, excluindo os bonds recomprados no segundo semestre de 2013 (conforme detalhado na página seguinte), foi de R$ 1,7 bilhão. A dívida de curto prazo correspondia a 9,5% do total. Ao final do 3T14, aproximadamente 74% da dívida total estava exposta à variação cambial, conforme política financeira. A relação dívida líquida/ebitda ao final do 3T14 ficou em 3,47x, praticamente estável em relação ao 2T14. Figura 25 - Fluxo de amortizações da dívida em 30/09/14 (R$ Milhões) 2.040, ,4 723,3 149,6 141,5 38,8 114,8 25,9 307,1 232,5 183,0 165,3 23,2 22,5 326,6 Caixa 4T14 1T15 2T15 3T R$ Milhões 3T14 3T13 Var.% 2T14 Var.% Dívida de Curto Prazo 444,7 496,6-10,5% 800,2-44,4% % Dívida de Curto Prazo 9,5% 16,0% -6,4 p.p. 19,0% -9,5 p.p. Moeda Nacional 110,8 126,8-12,6% 74,8 48,1% Moeda Estrangeira 333,9 369,9-9,7% 725,4-54,0% Dívidas de Longo Prazo 4.227, ,3 61,7% 3.418,2 23,7% % Dívida de Longo Prazo 90,5% 84,0% 6,4 p.p. 81,0% 9,5 p.p. Moeda Nacional 806,2 694,3 16,1% 818,9-1,6% Moeda Estrangeira 3.421, ,9 78,1% 2.599,2 31,6% Dívida Total (1) 4.672, ,9 50,1% 4.218,3 10,8% Moeda Nacional 917,0 821,1 11,7% 893,7 2,6% Moeda Estrangeira 3.755, ,8 63,9% 3.324,6 13,0% (Disponibilidades) , ,1 64,5% ,3 7,0% Dívida Líquida (2) 2.569, ,2 38,7% 2.248,8 14,3% Dívida Líquida/EBITDA(x) 3,47 3,41 0,1 3,43 0,1 Dívida Líquida/EBITDA Ajustado(x) 3,55 3,57 0,0 3,51 0,1 (1) Dívida total excluindo debêntures conversíveis (2) Inclui as cotas subordinadas do FDIC no valor de R$ 20,5 milhões e exclui o pagamento da planta de Janaúba (R$ 42 milhões) 16

17 A Companhia recomprou parte dos bonds emitidos no mercado internacional. Na tabela abaixo, apresentamos o saldo da dívida bruta e a posição de caixa excluindo-se tais recompras, visto que não se pretende revender os montantes adquiridos. R$ milhões 30/09/2014 Dívida Bruta 4.672,4 Recompra de Bonds 351, , , ,9 Dívida Bruta ex Recompra de Bonds 4.321,0 Disponibilidades ex Recompra de Bonds 1.688,8 Abaixo, apresentamos o cálculo da alavancagem da Companhia considerando a não obrigatoriedade de resgate das notas perpétuas emitidas pela Companhia no 1T14. Neste cenário, o indicador Dívida Líquida/EBITDA LTM atingiu 2,47x ao final do 3T14. R$ Milhões 3T14 Dívida Líquida (1) 2.569,7 EBITDA LTM 739,8 Dívida Líquida/EBITDA LTM (x) 3,47 EBITDA Ajustado LTM 724,8 Dívida Líquida/EBITDA Ajustado LTM (x) 3,55 Dívida Líquida excluindo Bond Perpétuo 1.830,5 EBITDA LTM 739,8 Dívida Líquida excluindo Bond Perpétuo/EBITDA LTM (x) 2,47 EBITDA Ajustado LTM 724,8 Dívida Líquida excluindo Bond Perpétuo/EBITDA Ajustado LTM (x) 2,53 (1) Inclui cotas subordinadas do FDIC e exclui o pagamento da planta de Janaúba 17

18 Moeda Nacional (R$ Mil) Set/14 Jun/14 Moeda Estrangeira (R$ Mil) Set/14 Jun/14 3T T T T T T T T T T TOTAL TOTAL Investimentos Os investimentos no 3T14 totalizaram R$ 63,4 milhões. Entretanto, deste total, R$ 44,0 milhões foram destinados em sua maioria à manutenção e modernização das plantas existentes. Neste montante também estão incluídos os investimentos necessários à revitalização da planta de Janaúba, cujo ramp-up se iniciou na última semana de setembro. O saldo remanescente, equivalente a R$ 19,4 milhões, refere-se a variação cambial dos ativos imobilizados das controladas fora do Brasil (Carrasco, Pul, Frigomerc e Friasa) e, portanto, sem efeito caixa. Eventos Subsequentes No dia 1º de outubro, a Companhia realizou uma Assembleia Geral Extraordinária para aprovação (i) da incorporação de ações da Mato Grosso Bovinos S.A., detentora das plantas de Mirassol D Oeste e Várzea Grande, e que por sua vez era pertencente à BRF S.A. (BRF), (ii) do aumento do capital social da Companhia no montante de 29 milhões de ações, (iii) da eleição de 2 novos membros ao Conselho de Administração, entre outras matérias, como parte do processo relativo ao Acordo de Investimento celebrado entre a Minerva, seu acionista controlador VDQ Holdings S.A. e BRF em 1º de novembro de 2013, que regulou os termos e condições para a aquisição, pela Minerva, de ativos e operações de abate e desossa detidos pela BRF nas plantas de Várzea Grande e Mirassol D Oeste. O processo em questão foi aprovado pelo CADE em 20 de agosto de

19 Mercado de Capitais Segue abaixo demonstrativo das ações em circulação emitidas pela Companhia, após a emissão de novas ações para BRF S.A., assim como o valor atual de debêntures a serem convertidas em ações. Ações emitidas Total de ações emitidas em 30/06/ Emissão de ações para BRF S.A. em 01/10/ Número total de debêntures conversíveis em aberto Número aproximado de ações a serem convertidas (ao preço máximo R$ 7,6064) Número total de ações (fully diluted) Minerva Day em NY 19

20 A Minerva Foods é uma das líderes na América do Sul na produção e comercialização de carne bovina, couro, exportação de gado vivo e derivados, é o segundo maior exportador brasileiro do setor em termos de receita bruta de vendas, e atua também no segmento de processamento de carne bovina, suína e de aves, comercializando seus produtos para mais de 100 países. Em 30 de setembro de 2014, a Companhia tinha capacidade diária de abate de cabeças de gado e de desossa equivalentes a cabeças de gado por dia. Presente nos estados de São Paulo, Rondônia, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, e também no Paraguai e no Uruguai, a Minerva operava 15 plantas de abate e desossa, uma planta de processamento e treze centros de distribuição. Nos últimos doze meses findos em 30 de setembro de 2014, a Companhia apresentou uma receita bruta de vendas de R$ 6,7 bilhões, representando crescimento de 21% em relação ao mesmo período de Relacionamento com Auditores Em conformidade com a Instrução CVM nº 381/03 informamos que nossos auditores não prestaram outros serviços nos exercícios de 2011, 2012, 2013 e 3T14 que não os relacionados com auditoria externa. Declaração da Diretoria Em observância às disposições constantes em instruções da CVM, a Diretoria declara que discutiu, reviu e concordou com as informações contábeis individuais e consolidadas relativas ao exercício fiscal encerrado em 30 de setembro de 2014 e com as opiniões expressas no relatório de revisão dos auditores independentes, autorizando a sua divulgação. 20

21 ANEXO 1 - DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO (CONSOLIDADO) (R$ mil) 3T14 3T13 2T14 Receita de venda de produtos - Mercado Interno Receita de venda de produtos - Mercado Externo Receita Bruta de Vendas Deduções da receita - impostos incidentes e outros Receita operacional líquida Custo das mercadorias vendida Lucro bruto Despesas vendas Despesas administrativas e gerais Outras receitas (despesas) operacionais Resultado antes das despesas financeiras Despesas financeiras Receitas financeiras Variação cambial Outras despesas Resultado financeiro Resultado antes dos impostos Imposto de renda e contribuição social - corrente Imposto de renda e contribuição social - diferido Resultado do período antes da participação dos acionistas não controladores Acionistas controladores Acionistas não controladores Resultado do período

22 ANEXO 2 BALANÇO PATRIMONIAL (CONSOLIDADO) (R$ mil) 30/set/14 31/dez/13 ATIVO Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber de clientes Estoques Ativos biológicos Tributos a recuperar recebíveis Total do ativo circulante Partes relacionadas Tributos a recuperar Ativos fiscais diferidos recebíveis Depósitos judiciais Imobilizado Intangível Total do ativo não circulante Total do ativo PASSIVO Empréstimos e financiamentos Debêntures Conversíveis Fornecedores Obrigações trabalhistas e tributárias Outras contas a pagar Total do passivo circulante Empréstimos e financiamentos Debêntures Conversíveis Obrigações trabalhistas e tributárias Provisões para contingências Partes relacionadas Contas a Pagar Passivos fiscais diferidos Total do passivo não circulante Patrimônio líquido Capital social Reservas de capital Reservas de reavaliação Reservas de lucros 0 0 Lucros (prejuízos) acumulados Ações em tesouraria 0 0 Ajustes de avaliação patrimonial Total do patrimônio líquido atribuído aos controladores Participação de não controladores Total do patrimônio líquido Total do passivo e patrimônio líquido

23 ANEXO 3 - FLUXO DE CAIXA (CONSOLIDADO) (em R$ milhares) 3T14 3T13 2T14 Fluxos de caixa das atividades operacionais Resultado do período Ajustes para conciliar o lucro líquido pelas atividades operacionais: Depreciações e amortizações Resultados atribuídos aos não controladores Valor justo de ativos biológicos Realização dos tributos diferidos - diferenças temporárias Encargos financeiros Variação cambial não realizada Provisão para contingências Contas a receber de clientes e outros recebíveis Estoques Ativos biológicos Tributos a recuperar Depósitos judiciais Fornecedores Obrigações trabalhistas e tributárias Outras contas a pagar Fluxo de caixa decorrente das atividades operacionais Fluxo de caixa das atividades de investimento Aquisição de controlada menos disponibilidade na aquisição Aquisição de intangível Aquisição de imobilizado Fluxo de caixa decorrente das atividades de investimento Fluxo de caixa das atividades de financiamento Empréstimos e financiamentos tomados Empréstimos e financiamentos liquidados Debêntures conversíveis em ações Partes relacionadas Variação na participação de não controladores Integralização do capital em dinheiro Ações em tesouraria Cancelamento de Ações em tesouraria Caixa proveniente de atividades de financiamento Redução líquido de caixa e equivalente de caixa Caixa e equivalentes de caixa No início do período No fim do período Redução líquido de caixa e equivalente de caixa