PROJETO DE REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS. Ampliação / Alteração de edifício industrial
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- Luzia Bernadete Sabala Carrilho
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1 PROJETO DE REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS Ampliação / Alteração de edifício industrial Rua Chã Rego Água, 41 - Cabouco Lagoa Açores Sicosta, Soc. Industrial de Carnes, Lda. Dezembro 2015
2 PROJETO DE REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS Requerente: Sicosta, Soc. Industrial de Carnes, Lda. Local: Rua Chã Rego Água, 41 - Cabouco Concelho: Lagoa Açores INTRODUÇÃO Refere-se a presente Memória Descritiva e Justificativa ao Projeto de Licenciamento da Rede de Drenagem de Águas Residuais Domésticas e Pluviais, para ampliação e alteração de um edifício industrial, a edificar na Rua Chã Rego Água, 41, freguesia de Cabouco, concelho de Lagoa, ilha de São Miguel, Açores, cujo proprietário, Sicosta, Soc. Industrial de Carnes, Lda., pretende levar a efeito. O traçado e dimensionamento da rede projetada foi realizado com base no Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e Drenagem de Águas Residuais ( DR nº23/95 ). A elaboração do presente estudo teve em conta o conjunto de elementos arquitetónicos e estruturais previstos. Em caso necessário as tubagens serão embebidas, utilizando os diferentes elementos construtivos do edifício como paredes de alvenarias de blocos sem função resistente específica. Os traçados estabelecidos nas peças desenhadas foram, dentro do possível, calculados de modo a evitar a passagem de condutas em elementos estruturais importantes.
3 REDES DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS A solução de drenagem adoptada consiste num sistema separativo sem ventilação secundária, sendo que o escoamento destes caudais será conduzido para EPTAR existente e poço sumidouro existente. A drenagem de águas residuais domésticas faz-se a partir de cada aparelho, através de um ramal de descarga individual para uma caixa de pavimento. Todos os esgotos residuais provenientes dos diversos dispositivos sanitários, será recolhido por ramais de descarga embebidos nos pavimentos e com inclinações compreendidas entre 1,5 % e 4 % e ligados a caixas de visita ao nível do pavimento. DIMENSIONAMENTO O dimensionamento da rede segue as especificações do Decreto Regulamentar n.º 23/95 e baseia-se nos caudais de descarga dos aparelhos sanitários instalados, afectados dos coeficientes de simultaneidade adequados. Para avaliação dos caudais acumulados consideram-se os seguintes caudais de descarga em (l/min.), para os vários aparelhos instalados: Aparelho Caudal (l/min.) Lavatório (Lv) Bacia de retrete (Br) Bidé (Bd) Chuveiro (Ch) Pia Lava-Louça (Ll) Máq. Lava-Louça (Mll)... 60
4 Máq. Lava-Roupa (Mlr) Tanque (Tq) A partir dos caudais da descarga acumulados e com base na curva proposta pelo novo regulamento (Artº 209) obtêm-se os caudais de descarga prováveis. O dimensionamento dos tubos de queda é feito com base nos caudais de cálculo e ainda nas taxas de ocupação para o sistema sem ventilação secundária através da fórmula empírica. D = 4,4205.Q 3/8.ts 5/8 φ do Tubo de queda (mm) Taxa de ocupação 50 1/3 75 1/4 90 1/ /6 O dimensionamento dos coletores prediais é feito tendo em consideração o caudal de cálculo, a inclinação e a rugosidade do coletor e considerando o escoamento próximo da meia secção. Para efeito de cálculo usa-se a fórmula de Manning-Strickcler e considera-se uma rugosidade K = 110. Q = K.i 1/2.R 2/3.S K Constante de rugosidade I Inclinação (m/m) R Raio hidráulico (m) S Secção da tubagem (m²)
5 Ou recorrendo ao quadro X do LNEC (Dimensionamento dos colectores prediais) em que através dos caudais de cálculo, atribui-se uma inclinação e obtêm-se os diâmetros dos coletores bem como os caudais máximos. DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS Os ramais de descarga, tubos de queda, ramais de ligação e os respectivos acessórios serão executados em tubos de PVC rígido na classe de pressão de 4 kg/cm 2. RAMAIS DE DESCARGA Dos aparelhos sanitários as águas residuais serão conduzidas através de ramais de descarga (individuais) nos diâmetros regulamentares (mínimos) conforme se descrimina no quadro anexo XIV do regulamento. Das caixas de passagem e das bacias de retrete as águas residuais serão conduzidas através de ramais de descarga (coletivos) até aos tubos de queda rede vertical ou até ao colector predial. Todos os ramais de descarga terão uma inclinação compreendida entre 1% e 2%. ( 1.5% para os individuais e 1 a 2% para os coletivos). A ligação dos ramais de descarga aos tubos de queda ou ao colector predial será feita através de forquilhas a 45º seguidas de meias curvas. TUBOS DE QUEDA Os tubos de queda ou recolha, de acordo com o cálculo hidráulico são nos diâmetros que conforme se identificam nas peças desenhadas.
6 Todos os tubos de queda ou recolha serão providos de juntas de dilatação convenientemente localizadas, sendo devidamente fixados às paredes por meio de braçadeiras para posteriormente serem envolvidos em argamassa de cimento ou betão leve de forma a obter-se a proteção mecânica necessária e uma insonorização compatível com o conforto ambiente que se pretende obter. RAMAIS DE LIGAÇÃO A transição dos tubos de queda com o ramal de ligação será feita com duas meias curvas. Todos os ramais de ligação terão uma inclinação compreendida entre 1% e 4%. VENTILAÇÃO DA REDE DE DRENAGEM DAS ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS A ventilação será do tipo primário e será feita através do prolongamento dos tubos de queda até fora do telhado. Estes abrirão livremente na atmosfera a 0.6 metros acima do telhado. SIFÕES Os sifões a empregar nos vários aparelhos sanitários serão de metal cromado do tipo garrafa e que garantam um fecho hídrico regulamentar. As bancas levarão sifões de gorduras de descarga em 50 mm equipados com cesta retentora de sólidos. RALOS Os ralos serão providos de fendas, com a finalidade de reter as matérias sólidas transportadas pelas águas residuais.
7 Serão colocados em todos os locais de recolha de águas residuais provenientes das lavagens de pavimentos e serão possuidores de sifão. ENSAIOS DE ESTANQUICIDADE Serão realizados pelo adjudicatário os ensaios de estanquicidade de modo a assegurar um perfeito funcionamento da rede de drenagem de águas residuais. Estes ensaios consistirão no seguinte: - Submeter o sistema a uma injecção de ar ou fumo à pressão de 400 Pa, através de uma extremidade, obturando-se as restantes. - Sendo o ensaio efectuado com ar, deve ser adicionado um produto de cheiro activo de modo a facilitar a localização de fugas. REDES DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS A rede de esgotos pluviais será executada em tubagem de PVC rígido da classe de pressão de 4 kg/cm 2, com acessórios do mesmo material. As caixas de reunião ou de passagem (ou caixas de areia) deverão ser executadas em alvenaria de blocos de betão, rebocadas interiormente com argamassa de cimento e areia ao traço 1:3 e tendo as tampas, igual acabamento ao do pavimento. A rede de drenagem de pavimento constituída por ralos de pavimento em PVC e grelhas em ferro fundido, estarão estrategicamente colocados de maneira a absorver toda a água pluvial da área e evitar acumulações de água.
8 DIMENSIONAMENTO O dimensionamento dos tubos de queda e colectores foi realizado com base nas áreas a drenar e caudais de cálculo obtidos através das curvas de Intensidade- Duração-Frequência e o escoamento em secção cheia, sendo a intensidade de precipitação, neste caso vertente, de 2,10 l/min.m 2. Ponta Delgada, 4 de dezembro de 2015 O Engenheiro Civil (Eng. Civil insc. Na OE sob o n.º 52857)
9 ANEXO Peças desenhadas do Projeto de Rede de Drenagem de Águas Residuais Desenho n.º 1 Esgotos domésticos Piso 0 Desenho n.º 2 Esgotos pluviais Piso 0 Desenho n.º 3 Esgotos pluviais Piso Cobertura Desenho n.º 4 Caixa de visita
10 TERMO DE RESPONSABILIDADE DE EXECUÇÃO DO PROJETO DE REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS RICARDO ALEXANDRE CORTE REAL RIBEIRO PACHECO, Engenheiro Civil, com domicílio profissional na Rua Doutor Filipe Cunha Alvares Cabral, n.º 23, 1º Dt, , Santa Clara, Ponta Delgada, portador do Cartão de Cidadão n.º , contribuinte fiscal n.º , Inscrito na Ordem dos Engenheiros na Região Açores sob o n.º 52857, declara, para efeitos do nº 1 do art.º 10º do Decreto Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na redação que lhe foi conferida pela Lei n.º 136/2014 de 9 de Setembro, que o projeto de REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS, de que é autor, relativo à ampliação / alteração de uma unidade industrial, localizada na Rua Chã Rego Água, 41, freguesia de Cabouco, concelho de Lagoa, Açores, cujo licenciamento é requerido por SICOSTA, SOC. INDUSTRIAL DE CARNES, LDA., observa as normas técnicas gerais e específicas de construção, bem como as disposições legais e regulamentos aplicáveis, designadamente as normas técnicas gerais e especificas de construção, nomeadamente o Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais, aprovado por Decreto-Lei n.º 23/95, de 23 de Agosto de Ponta Delgada, 4 de dezembro de 2015 O Engenheiro Civil (Eng. Civil insc. Na OE sob o n.º 52857)
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