PRÁTICA JURÍDICA IV. Parte II ROTEIRO DE CURSO Autora: Cláudia Ribeiro Pereira Nunes

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1 Autora: Cláudia Ribeiro Pereira Nunes Parte II ROTEIRO DE CURSO

2 Sumário PRÁTICA JURÍDICA IV Programa Prática Jurídica IV vol II... 3 Plano de Aulas PJ IV Direito Empresarial:... 3 Dicário e exemplos da sua aplicação... 4 Direito Empresarial Ação Monitória Sustação de Protesto com Pedido Liminar Ação de Responsabilidade Civil de Administrador ou Conselheiro Fiscal Ação de Responsabilidade Civil de Acionista Controlador Ação de Dissolução Parcial de Sociedade Fundada em Retirada de Sócio Requerimentos de Falências Ação Revocatória Ação de Restituição...44 Anexos: A) Ação de Busca e Apreensão com Pedido Liminar Repositório de Peças em Falência e Recuperação Apostila dos informativos do STJ em Direito Empresarial Informativo do STJ Informativo do STJ Informativo do STJ Informativo do STJ Informativo do STJ Informativo do STJ Informativo do STJ Informativo do STJ Provas da OAB 1ª fase º Exame de Ordem º Exame de Ordem º Exame de Ordem º Exame de Ordem º Exame de Ordem º Exame de Ordem º Exame de Ordem º Exame de Ordem

3 PROGRAMA PRÁTICA JURÍDICA IV VOL II PLANO DE AULAS PJ IV DIREITO EMPRESARIAL: 30/04/2010 Apresentação do curso e explicação da metodologia de aula. Demonstração do material a ser utilizado. Estabelecer o conteúdo programático e a forma de avaliação. Analisar as regras impostas pela CESPE. Procedimentos Especiais Ação Monitória 07/05/2010 Medidas Cautelares Sustação de Protesto 14/05/2010 Entrega de Peça Simulada e Ação de Responsabilidade dos Administradores 21/05/2010 Ação de Dissolução Parcial de Sociedade 28/05/2010 Entrega de Peça Simulada e Requerimentos de Falências (Impontualidade, Execução Frustrada e Insolvência) 04/06/2010 FERIADO 11/06/2010 Ação Renovatória e Ação de Restituição 18/06/2010 P2 Prova 25/06/2010 P2 Vista de Prova FGV DIREITO RIO 3

4 DICÁRIO E EXEMPLOS DA SUA APLICAÇÃO DIREITO EMPRESARIAL 1. AÇÃO MONITÓRIA LEGISLAÇÃO ARTIGOS VARA LEGITIMIDADE AD CAUSAM ATIVA LEGITIMIDADE AD CAUSAM PASSIVA PRELIMINAR DISTR. POR DEPEND FUNDAMENTAÇÃO PEDIDO VALOR DA CAUSA CÓDIGO PROCESSO CIVIL 1102-A ; 1102-B e 1102-C Cível do domicílio do devedor Credor de título não exigível Devedor NÃO HÁ NÃO HÁ. Destacar os motivos pelo qual escolheu esta ação, utilizando os artigos 1102-A ao 1102-C, do CPC. Explicar qual é a prova escrita que apesar de não possuir a eficácia de título executivo, permite a identificação de um crédito, gozando de valor probante, sendo merecedor de fé, quanto à sua autenticidade e eficácia probatória. Escolher jurisprudências pertinentes ao caso concreto e justificar o pedido (Súmulas do STJ) a intimação do réu para realizar o pagamento, no endereço supra mencionado, expedindo-se o competente mandado, para no prazo de 15 dias, efetuar o pagamento no valor de R$, acrescido de correção monetária e juros até a data do efetivo pagamento ou oferecer embargos; o julgamento procedente do pedido visando o pagamento ou entrega da coisa, e no caso de não oferecimento dos embargos ou de sua rejeição, constituir-se título executivo judicial e prosseguir-se a execução, na forma prevista no Livro I, Título VIII, Capítulo X, do CPC; a condenação do réu aos ônus da sucumbência, nos termos do art. 1102c, do CPC, ou seja, só em caso de apresentação de Embargos à Monitória. valor da planilha contábil FGV DIREITO RIO 4

5 QUESTÃO 1: (agosto de 2005) A instituição financeira Banco Empresta Fácil S/A, sediada no Rio de Janeiro, detém importante crédito em face de Cia. Decorações Bizarras, também no Rio, originado de contrato ilíquido de abertura de crédito em contacorrente, no valor de cem mil reais. De posse do instrumento de contrato, acompanhado do demonstrativo do débito, o diretor da referida instituição lhe procura e solicita que seja feita a ação judicial cabível, para garantir o mais célere recebimento da dívida. Prepare a peça pertinente assinando Napoleão da Silva, OAB/RJ Resposta e comentários: Nota: Para ter certeza da peça a redigir, o candidato pode fazer as seguintes perguntas, antes de iniciar a resposta da prova: a) Quem é o cliente (autor)? b) Quem é o réu(s)? c) O que aconteceu no problema? d) O que o cliente/autor quer do réu(s)? e) Quais os dispositivos legais que fundamenta(m) o(s) direito(s) do cliente? FGV DIREITO RIO 5

6 Modelo de peça aceita com nota máxima no gabarito do Exame de Ordem: Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da º Vara Cível da Comarca Capital: (espaço aproximado de 10 linhas) Instituição financeira Banco Empresta Fácil S/A, sediada no Rio de Janeiro (qualificado nos termos do art. 282 do CPC), representado nos termos do documento societário (qualificado nos termos do art. 282 do CPC), vem à presença de V. Exa., por seu advogado infra-assinado, com escritório estabelecido no endereço propor AÇÃO MONITÓRIA com base nos artigos 1102ª, 1102b, 1102c todos do CPC E DOS ENUN- CIADOS DAS SÚMULA 233C/C247 DO STJ, em face da Cia. Decorações Bizarras, também no Rio (qualificada nos termos do art. 282 de CPC), representada nesta ato na forma da lei (qualificado nos termos do art. 282 do CPC), pelos fatos e fundamentos abaixo expostos: DOS FATOS: A AUTORA sediada no Rio de Janeiro, detém importante crédito em face RÉU, também no Rio, originado de contrato ilíquido de abertura de crédito em conta-corrente, no valor de cem mil reais. De posse do instrumento de contrato, acompanhado do demonstrativo do débito, o diretor da referida instituição financeira, ora AUTORA, não obtendo acordo com o RÉU é obrigada a propor esta medida judicial cabível, para garantir o mais célere recebimento da dívida. DOS FUNDAMENTOS: A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, o que é o caso sub judice. FGV DIREITO RIO 6

7 Nos termo das Súmulas 233 c/c 247do STJ, o instrumento de contrato, acompanhado do demonstrativo do débito de uma conta corrente representa prova escrita sem eficácia de título executivo, o que permite a propositura da Ação Monitória. Além de ser a peça processual cabível para defender os interesses do RÉU, o AUTOR está comprovado pelos documentos e planilha contábil, em anexo, que o Réu encontra-se em inadimplência, o que comprova que tem direito o Autor à devolução do bem descrito acima. DO PEDIDO Do exposto, requer a V. Exa o que se segue: a) a intimação do Réu, por meio de mandato de pagamento, para vir, querendo, pagar (valor estabelecido conforme planilha contábil) ou defender-se no prazo de 15 (quinze) dias, sob as penas de revelia; b) o julgamento procedente do pedido para receber os valores devidos; c) o pagamento dos honorários advocatícios e o reembolso das custas e taxa judiciária, se não houver o pagamento imediato, nos termos do art. 1102B; Protesta por todas as provas admitidas em direito, em especial a documental, a testemunhal e a pericial. Dá-se a causa o valor de R$.. (valor da planilha contábil). Local e data. Termos em que Pede e espera deferimento. Napoleão da Silva, OAB/RJ FGV DIREITO RIO 7

8 2. SUSTAÇÃO DE PROTESTO COM PEDIDO LIMINAR LEGISLAÇÃO Lei nº 9492/97 ARTIGOS art. 16 e 17 VARA REQUERENTE REQUERIDO PRELIMINAR PEDIDO LIMINAR FUNDAMENTAÇÃO PEDIDO VALOR DA CAUSA Cível ou Empresarial (dependendo da qualidade do título), sempre no domicílio do devedor, onde se realizou o cumprimento da obrigação ou o protesto Devedor de título protestado indevidamente Quem protestou o título Não há obrigação legal Requerer a sustação do protesto justificando a presença dos dois requisitos: fumus boni iuris e o periculum in mora. Destacar os motivos pelo qual escolheu esta ação, utilizando os artigos16 e 17, da Lei nº 9492/97. Explicar qual é a prova escrita que apesar de não possuir a eficácia de título executivo, permite a identificação de um crédito, gozando de valor probante, sendo merecedor de fé, quanto à sua autenticidade e eficácia probatória. Escolher jurisprudências pertinentes ao caso concreto e justificar o pedido (Súmulas do STJ e jurisprudências) a intimação do réu para realizar o pagamento, no endereço supra mencionado, expedindo-se o competente mandado, para no prazo de 15 dias, efetuar o pagamento no valor de R$, acrescido de correção monetária e juros até a data do efetivo pagamento ou oferecer embargos; o julgamento procedente do pedido visando o pagamento ou entrega da coisa, e no caso de não oferecimento dos embargos ou de sua rejeição, constituir-se título executivo judicial e prosseguir-se a execução, na forma prevista no Livro I, Título VIII, Capítulo X, do CPC; a condenação do réu aos ônus da sucumbência, nos termos do art. 1102c, do CPC, ou seja, só em caso de apresentação de Embargos à Monitória. colocar apenas a existência de indicação de valor do título protestado conforme o que for estabelecido no problema FGV DIREITO RIO 8

9 Peça prático-profissional CESPE : No ano de 2003, na cidade de Recife, iniciou-se a construção do Praiano Business Center Apart Hotel. A finalidade principal do respectivo empreendedor, Praiano Business Center Apart Hotel Ltda., era construir um condomínio edilício situado à beira da praia de Boa Viagem, vender as unidades autônomas a terceiros e, a seguir, constituir, com estes, sociedade em conta de participação para a exploração de atividade hoteleira. O arranjo societário tinha a seguinte conformação: i) a Praiano Business Center Apart Hotel Ltda. seria a sócia ostensiva, única responsável pela administração do negócio e pelas obrigações perante terceiros, e, por isso, receberia parte do lucro da conta em participação; ii) os proprietários das unidades autônomas seriam sócios-participantes, que permitiriam o uso dos correlatos bens imóveis pelo negócio, sem responsabilidade perante terceiros, e concorreriam, também, no lucro. Alienadas todas as unidades e encerrada a construção do prédio, em final de 2005, deu-se início às atividades do Praiano Business Center Apart Hotel. Entretanto, às vésperas de começar a exploração do negócio, a Praiano Business Center Apart Hotel Ltda. adquiriu, da Ximenes Móveis Funcionais S.A., vasto mobiliário para guarnecer os apartamentos. Todos os bens comprados foram entregues na data aprazada. Contudo, o Apart Hotel não pagou por eles. Após várias tratativas, a Ximenes percebeu que havia sido ludibriada e não viria a receber o valor acertado. Nesse contexto, descobriu que Lucas de Jesus, grande empresário local, era dono de três unidades do Praiano e, contra ele, emitiu uma duplicata, no valor de R$ ,00, correspondentes ao mobiliário que ocupou seus apartamentos. Lucas se recusou a pagar o título, o qual foi apresentado a protesto. Desesperado, Lucas, que não deseja ter o seu nome vinculado à pecha de mau pagador, procurou um advogado, para que fosse ajuizada medida judicial obstativa do registro do protesto. Na qualidade de advogado procurado, diante dos fatos hipotéticos acima narrados e atento ao exíguo prazo que a lei estabelece na espécie, elabore a petição inicial para atender ao cliente. Resposta e comentários: Nota: Para ter certeza da peça a redigir, o candidato pode fazer as seguintes perguntas, antes de iniciar a resposta da prova: a) Quem é o cliente (autor)? b) Quem é o réu(s)? c) O que aconteceu no problema? d) O que o cliente/autor quer do réu(s)? e) Quais os dispositivos legais que fundamenta(m) o(s) direito(s) do cliente? FGV DIREITO RIO 9

10 Modelo de peça aceita com nota máxima no gabarito do Exame de Ordem: Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da... Vara Empresarial da Comarca de Recife PE. Lucas de Jesus, grande empresário local..., qualificação e endereço na forma do art. 282, inciso I do CPC, vem à presença de V. Exa., por seu advogado infra-assinado (proc., em anexo), com escritório no endereço... (art. 39, I, do CPC), com base no artigo 17 da Lei 9492/97, requerer: SUSTAÇÃO DE PROTESTO COM PEDIDO LIMINAR em face de Ximenes Móveis Funcionais S.A., sociedade anônima, representado na forma da lei (documentos societários e ata de assembléia, em anexo), qualificação e endereço na forma do art. 282 inciso I, do CPC. 282, I CPC, pelos fatos e fundamentos abaixo expostos: DOS FATOS: A requerente recebeu, no dia..., notificação expedida pelo...º Cartório de Protesto de Títulos de Recife, noticiando a existência de duplicata apontada para protesto, no valor correspondente a R$ ,00, tendo como credor o Requerente (doc., em anexo). A ausência de pagamento do título implicará na realização do protesto, no dia de hoje,... de... de O título de crédito apontado a protesto consiste em uma duplicata mercantil, que se originou de um ajuste entre o sócio ostensivo e administrador da sociedade em conta de participação, Praiano Business Center Apart Hotel Ltda. que adquiriu, da Requerida, vasto mobiliário para guarnecer os apartamentos do empreendimento. Naquela ocasião, combinou-se o preço que seria pago pelo Praiano no dia... de... de 2003, mediante a apresentação de nota de entrega das mercadorias (cópia da nota fiscal no valor integral, em anexo). FGV DIREITO RIO 10

11 Nesse contexto, a Requerida ilegalmente emitiu contra o Requerente, que não é parte da relação jurídica, uma duplicata, no valor de R$ ,00 (cópia da duplicata, em anexo) correspondentes ao mobiliário que ocupou três unidades que são de propriedade do Requerente (RGI, em anexo). O Requerente se recusou a pagar o título, o qual foi apresentado a protesto. O Requerente não deseja ter o seu nome vinculado à pecha de mau pagador e tem como única alternativa ajuizar a presente medida judicial obstativa do registro do protesto, já que está sendo ameaçado pela Requerida. DOS FUNDAMENTOS: A) Ilegitimidade da cobrança ao Autor e a responsabilidade pela administração na Sociedade em Conta de Participação: No caso sub judice, a construção do Praiano Business Center Apart Hotel Praiano, em 2003, ocorreu na modalidade de sociedade em conta de participação para a exploração de atividade hoteleira. O arranjo societário tem a seguinte conformação: o Praiano é o sócio ostensivo e administradora da sociedade; e os proprietários das unidades autônomas, como é o caso do Requerente, que é dono de três unidades do Praiano, são os sócios-participantes. A sociedade em conta de participação é aquela formada por dois tipos de sócios: a) sócio ostensivo; e O sócio ostensivo desenvolve a atividade da sociedade, em seu nome e sob sua exclusiva responsabilidade, cabendo aos sócios ocultos a participação nos resultados correspondentes, como prevê o art. 991 do Código Civil. b) sócio participante. O sócio participante não participa da administração da sociedade em conta de participação, conferindo-lhe a lei, porém, o direito de fiscalização, com a ressalva de que não poderá tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros Os sócios participantes não mantêm qualquer relação jurídica com os credores, logo, respondem apenas regressivamente perante os sócios ocultos. FGV DIREITO RIO 11

12 Assim sendo: Com essa conformidade social, garante-se privacidade aos investidores, pois seu contrato social não deverá ser averbado perante a Junta Comercial e a constituição de uma sociedade em conta de participação independe de maiores formalidades e pode provar-se por todos os meios em direito admitidos, como esclarece o art. 992 do Código Civil. Por este motivo, o Requerente traz aa colação documentação na qual comprova que a administração da sociedade da qual figura na qualidade de sócio participante é realizada pelo Praiano (doc em anexo). Conseqüentemente, nessa sociedade em conta de participação, o Praiano é o sócio ostensivo e é quem se obriga para com terceiros pelo resultado das transações e das obrigações sociais, realizadas ou empreendidas em decorrência da sociedade, mas nunca, o sócio participante, que não é conhecido de terceiros nem como eles trata ou se obriga em nome da sociedade (RT 797/212). Destarte, a responsabilidade civil pelos negócios jurídicos realizados pela sociedade é exclusivamente do sócio ostensivo, por ser este o administrador da sociedade. Por este motivo a Requerida deve ajuizar a competente ação em face do Praiano que é sócio ostensivo e que responde ilimitadamente pelas obrigações assumidas em nome próprio para o desenvolvimento do empreendimento. Desta forma, requer que os efeitos do título objeto da presente medida cautelar apresentado a protesto sejam suspensos de eficácia por força da ilegitimidade da cobrança realizada ao Requerente. B) Da expedição de Duplicata Simulada pela Requerida: Ainda tem-se outro vício na relação jurídica, pois, a duplicata é espécie de título de crédito, distinguindo-se das demais por pertencer à categoria dos títulos causais, o que significa dizer que não devem ser emitidos sem que haja efetivamente a transação que lhe deu origem. No caso específico, pode ser a nota fiscal de venda e a prova da regular entrega do objeto da transação, o que geralmente consta da própria nota fiscal, que como se observa nada tem haver com a cobrança realizada contra o Requerente, pois, o contrato da Requerida com a Praiano é de valor superior ao valor estabelecido na duplicata apresentada ao Requerente e tem objeto distinto daquele que está sendo exigido na duplicata apresentada para protesto e que é objeto da presente medida proposta. FGV DIREITO RIO 12

13 A emissão de tal documento usa, evidentemente, de má-fé para cobrar indevidamente um empresário local que não contratou qualquer compra e venda de móveis com a Requerida. Essa prática de emissão de duplicatas frias ou simuladas é fonte de dor de cabeça para o Requerente, que se vê ameaçado de ter o desgosto de ver o título em seu nome protestado indevidamente, com graves prejuízos para o seu fundo de comércio e sua vida empresarial. E, com o advento da Lei nº 8.137/90, o artigo 172 do Código Penal passou a tipificar como crime de duplicata simulada a seguinte conduta: emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda a mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou a serviço prestado e esta conduta foi praticada pela Requerida. Assim sendo, requer que seja oficiado ao MP para que as medidas penais cabíveis sejam determinadas contra a Requerida por ter praticado um tipo penal e, com isso, justifica o requerimento para que os efeitos do título objeto da presente medida cautelar apresentado a protesto sejam suspensos de eficácia por força da ilegitimidade da cobrança realizada ao Requerente. C) Protesto indevido do título objeto dessa Medida Cautelar e o deferimento da Sustação do Protesto: Assim, a gravidade do protesto indevido e da sua atuação executiva e de suas conseqüências práticas reclama, por si só, a preeminência da cognição sobre a existência do direito do credor, o que, de ordinário, se faz através do processo de conhecimento. Somente com a observância dessa prioridade é que se pode evitar o risco de se chegar a agressão patrimonial executiva sem controle da efetiva existência da relação que se há de fazer atuar, como se esclarece nas jurisprudências abaixo transcritas: CAUTELAR INOMINADA. SUSTAÇÃO DE PROTESTO DE TÍTULOS. LIMINAR. DEFERIMENTO. A postulação para que o credor seja impedido de levar a protesto títulos referentes à dívida ilegal autoriza o deferimento da cautelar de sustação de protesto, constitui ofensa ao exercício de direito do credor. Agravo de instrumento a que se dá seguimento, porque manifestamente procedente (art. 557, caput, do CPC). (Agravo de Instrumento Nº , Décima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Voltaire de Lima Moraes, Julgado em 03/06/2008). FGV DIREITO RIO 13

14 AGRAVO DE INSTRUMENTO Processual civil ação cautelar de sustação de protesto provado, documentalmente, que alguns títulos levados a aponte não tem lastro em documentos hábeis, a saber, notas fiscais e os correspondentes comprovantes de entrega de mercadorias ilegítimos impõe-se a manutenção parcial da liminar concedida, autorizando o protesto das demais cártulas. Agravo provido em parte. (TJRS AGI ª C.Cív. Relª Desª Ana Maria Nedel Scalzilli J ) O título executivo, portanto, é figura complexa, que engloba em seu conteúdo elementos formais e substanciais, e cuja eficácia precípua é a de constituir para o credor o direito subjetivo à execução forçada (direito de ação). Mas, para que o título tenha essa força não basta a sua denominação legal. É indispensável que, por seu conteúdo, se revele um título certo, líquido e exigível, como dispõe textualmente o artigo 586 do nosso Código de Processo Civil. Só assim terá o Cartório Alfa elementos prévios que lhe assegurem a abertura da atividade executiva, em situação de completa definição da existência e dos limites objetivos e subjetivos do direito a realizar. No caso sob análise, a duplicata objeto da apresentação de protesto não é nem causal, logo como pode ser um título certo, líquido e exigível, como dispõe textualmente o artigo 586 do nosso Código de Processo Civil e dever ser determinada a sustação do protesto por ser este indevido na forma da lei de duplicatas (art. 1º e 1º da Lei nº 5474/68) DO PEDIDO LIMINAR No dizer de Pedro Vieira Mota, in Sustação de Protesto Cambial, Ed. Saraiva, 1984, p. 125: A sustação como medida cautelar impõe em geral nas ações onde se discuta a validade ou a eficácia obrigacional do título protestado... Em suma, a sustação do protesto há de conceder-se como medida cautelar (preparatória ou incidental) sempre que, sem essa cautela afigure-se provável a inexequibilidade ou a ineficácia prática da sentença de mérito da ação principal. Verifica-se, ainda, a presença de fumus boni juris, que na lição de Calamandrei, está caracterizado: O fim do processo cautelar é a antecipação dos efeitos da providência definitiva; antecipação que se faz para prevenir o dano que pode advir da demora natural da solução do litígio. FGV DIREITO RIO 14

15 De outro lado, o fumus boni juris fica evidenciado, no entendimento de Ronaldo Cunha Campos, in Estudos de Direito Processual, Ed. 74, p. 128/133:... corresponder, não propriamente à probabilidade de existência do direito natural, pois qualquer exame a respeito só é a própria ação principal, mas a efetiva verificação de que, realmente, a parte dispõe do direito de ação, direito ao processo principal ser tutelado. Ainda, o periculum in mora, evidencia-se através do fato de que se o protesto for concretizado, acarretará dano de difícil e incerta reparação, vez que o Autor necessita, constantemente, de certidões negativas de protestos para efetuar contratos com seus fornecedores, nas compras a prazo, bem como para participar de concorrências públicas, o que tem feito com freqüência. Sendo assim, ao Requerente restou apenas ingressar com esse pedido liminar, pois, está na iminência de ser gravemente lesado e não obter reparação a tempo pela atitude abusiva do Requerido em ameaçar realizar o protesto indevido. Para comprovar que tem o direito ao presente pedido liminar, na forma do art. 804 do CPC, caracteriza o fumus boni iuris no fato do documento creditício não ter sido assinado pelas partes, pois, trata-se de duplicata simulada e o preiculum in mora no fato do Requerente poder ser prejudicado nos seus negócios empresariais, particularmente, porque é empresário na região onde esta fraude está acontecendo e sua imagem de mercado pode ficar abalada para sempre. Isto posto, provados os requisitos para o deferimento da liminar visando sustar ou obstar o referido protesto que está sendo apresentado no Cartório, requer-se que seja concedida, inaudita altera pars, LIMINARMENTE a sustação do protesto e, se for exigido, a concessão do prazo de 05 (cinco) dias para a prestação de caução, expedindo-se, para tanto, ofício ao... Cartório de Protesto de Títulos desta cidade de..., sustando-se, assim, o protesto dos títulos descritos, informando-se ao Sr. Oficial a concessão de liminar, inclusive através do telefone..., para que não leve a contento o protesto do título noticiado. DA AÇÃO PRINCIPAL A SER PROPOSTA: Por fim, para atender ao contido no artigo 806 do Código de Processo Civil, informa o Autor que proporá, no prazo legal, ação visando a declarar a inexistência de vínculo jurídico e de ressarcimento de danos patrimoniais e morais. FGV DIREITO RIO 15

16 DO PEDIDO Desta forma, requer à V. Exa. o que se segue: a) o deferimento do pedido liminar por estarem presentes o fumus boni iuris e o periculum in mora nos termos do art. 804; b) a citação do réu para vir querendo defender-se da presente, no prazo de 3 dias, sob as penas da lei; c) indicar que em cumprimento com o art. 806 do CPC, proporá oportunamente dentre os 30 dias após o deferimento da liminar, a Ação Anulatória de Título de Duplicata e Indenizatória; d) o pagamento dos ônus sucumbênciais; e e) a expedição de ofício ao Cartório visando sustar ou obstar o protesto da nota promissória, objeto da cobrança indevida. Protesta por todos os tipos de provas admitidas em direito, em especial a documental. Dá-se à causa o valor de R$ ,00. Termos em que Pede e espera deferimento. Local e data. Nome e OAB do advogado FGV DIREITO RIO 16

17 3. AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL DE ADMINISTRADOR OU CONSELHEIRO FISCAL LEI ARTIGO VARA AUTOR RÉU PRELIMINAR DISTR. POR DEPEND. FUNDAMENTAÇÃO DO PEDIDO VALOR DA CAUSA Lei 6404/76 Art. 159 ou 165 LSA EMPRESARIAL Sociedade, representada na forma do documento societário Administradores: diretores, membros do Conselho de Administração ou do Conselho Fiscal Legitimidade do Autor NÃO HÁ. Art. 153 ao 157 Art 165, se houver membro do Conselho fiscal envolvido. Importante : possibilidade de propositura da ação por acionistas, mesmo se não houver a deliberação favorável em assembléia geral art. 159, 4º. Se cabível, aplicar Súmula 227 do STF dano moral pessoa jurídica. a citação do(s) réu(s) para querendo defender-se na presente sob às penas da lei; o julgamento procedente do pedido visando a indenização, em valores não inferiores a, pelo dano material e pelo dano moral (se houver); a condenação do réu aos ônus da sucumbência. valor do prejuízo QUESTÃO 1: (março de 2002) Na Companhia de Navegação Fluvial da Amazônia, empresa privada, o Diretor Financeiro Josemar Almeida, em colusão com o Diretor-Presidente Pedro Paulo Lopes Mancuso, adquiriu, agindo como representante legal da empresa e sob a justificativa de que esta necessitava ampliar suas instalações, construindo estaleiros de reparo, cinco terrenos em região pantanosa componente de área de preservação ambiental. A aquisição foi feita pelo preço certo e irreajustável de R$ ,00, pago à vista. Um grupo de sócios da empresa, após desenvolver sindicâncias privadas, verificou que os terrenos pertenciam à mãe de Josemar, e que haviam sido adquiridos por preço equivalente ao décuplo da avaliação feita por empresa especializada, avaliação essa que datava de antes da publicação do Decreto que havia transforma- FGV DIREITO RIO 17

18 do a área em zona de preservação ambiental. Notificados por esse grupo de sócios para prestar contas de seus atos, já que o orçamento de capital não contemplava investimento congênere no exercício social em curso, ambos os administradores ignoraram o questionamento. Nem sequer se justificaram, porque entendiam que apenas necessitavam prestar contas à assembléia geral que os havia eleito. O grupo de sócios, à vista da omissão dos administradores em responder, houve por bem questioná-los sobre esse mesmo tema, durante a assembléia geral extraordinária convocada para o mês seguinte, e de cuja ordem do dia constava a destituição dos administradores e a possibilidade de propositura da ação ressarcitória competente e a apreciação da renúncia do Diretor de Controle, Edmar Florestan de Albuquerque. Durante a assembléia, esse mesmo grupo de sócios, que detém no Capital Social um percentual equivalente a 9%, expondo aos demais sócios a conduta dos dois administradores e insatisfeito com as frágeis explicações dadas, propôs a respectiva destituição, que contou com a concordância da maioria dos presentes, tendo então sido eleitos três novos administradores para a empresa, e autorizadas as medidas judiciais necessárias ao ressarcimento à empresa, dos valores indevidamente utilizados pelos Diretores destituídos. Você foi procurado em seu escritório de advocacia pelo novo Diretor Presidente, no dia 10 de julho de 2002, exatamente dois meses após a deliberação assemblear, e foi contratado para adotar as medidas cabíveis. Elabore a petição inicial da ação, embasando-a na legislação societária em vigor e datando-a; não se esqueça dos demais aspectos técnicos atinentes ao contencioso judicial. Advogado: Orides Júnior OAB/RJ Nº Resposta e comentários: Nota: Para ter certeza da peça a redigir, o candidato pode fazer as seguintes perguntas, antes de iniciar a resposta da prova: a) Quem é o cliente (autor)? b) Quem é o réu(s)? c) O que aconteceu no problema? d) O que o cliente/autor quer do réu(s)? e) Quais os dispositivos legais que fundamenta(m) o(s) direito(s) do cliente? FGV DIREITO RIO 18

19 Modelo de peça aceita com nota máxima no gabarito do Exame de Ordem: Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ª Vara Empresarial da Comarca : (espaço aproximado de 10 linhas) A Companhia de Navegação Fluvial da Amazônia, empresa privada (qualificada nos termos do art. 282 do CPC) representada, na forma do estatuto social e da ata de assembléia, pelo novo diretor presidente (qualificado nos termos do art. 282 do CPC), vem à presença de V. Exa., por seu advogado infra-assinado com endereço na Rua para cumprir o art. 39, inciso I do CPC, vem à presença de V. Exa. propor AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL DOS ADMINISTRADORES com base nos artigos 153 e 159 da LSA, em face de Josemar Almeida, exdiretor financeiro da Autora e Pedro Paulo Lopes Mancuso ex-diretor presidente da Autora, (ambos qualificados nos termos do art. 282 de CPC), pelos fatos e fundamentos abaixo expostos: DOS FATOS: Os Réus adquiriram cinco terrenos em região pantanosa componente de área de preservação ambiental, agindo como representantes legais da primeira Autora e sob a justificativa de que esta necessitava ampliar suas instalações construindo estaleiros de reparo. A Autora, após desenvolver sindicâncias privadas, verificou que os terrenos pertenciam à mãe do primeiro Réu, e que haviam sido adquiridos pelo preço certo e irreajustável de R$ ,00, pago à vista, que equivale ao décuplo da avaliação feita por empresa especializada (avaliação essa que datava de antes da publicação do Decreto que havia transformado a área em zona de preservação ambiental). Os Réus foram notificados por um grupo de sócios para prestar contas de seus atos, já que o orçamento de capital não contemplava investimento congênere no exercício social em curso; os réus sequer se justificaram, porque FGV DIREITO RIO 19

20 entendiam que apenas necessitavam prestar contas à assembléia geral que os havia eleito. À vista da omissão dos réus em responder, houve por bem questioná-los sobre esse mesmo tema, durante a assembléia geral extraordinária convocada para o mês seguinte, na forma da lei. Durante a assembléia, um grupo de acionistas expondo aos demais sócios a conduta dos Réus, e insatisfeito com as frágeis explicações dadas, propôs a respectiva destituição, que contou com a concordância da maioria dos presentes, tendo então sido eleitos três novos administradores para a empresa, e autorizadas as medidas judiciais necessárias ao ressarcimento à empresa, dos valores indevidamente utilizados pelos Réus, ex-diretores destituídos. DOS FUNDAMENTOS: Preliminarmente, Faz-se mister ressaltar que a Autora tem legitimidade ad causam facultativa ativa para propor a presente ação, na forma da lei. Nada é mais justo e legal do que a Autora, mediante prévia deliberação da assembléia-geral, possa propor a ação de responsabilidade civil contra os administradores, ora Réus, pelos prejuízos causados ao patrimônio da primeira Autora. No mérito, Estabelece a LSA, no art. 153, que o administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios. De modo contrário agiram os Réus, sendo que os administradores devem servir com lealdade à companhia. A ética e a legislação estabelecem que o administrador deve exercer as atribuições que a lei e o estatuto lhe conferem para lograr os fins, no interesse da companhia, satisfeitas as exigências do bem público e da função social da empresa, o que não foi atendido pelos Réus. Aos administradores, ora Réus, sempre foi vedado, sem prévia autorização da assembléia-geral ou do conselho de administração, usar, em proveito próprio, ou de terceiros, os seus créditos da sociedade, ora Autora. FGV DIREITO RIO 20

21 Ademais, nos termos da LSA, no art. 156 é vedado aos administradores intervirem em qualquer operação social em que tiverem interesse conflitante com o da companhia, bem como na deliberação que a respeito tomarem os demais administradores, cumprindo-lhe cientificá-los do seu impedimento e fazer consignar, em ata de reunião do conselho de administração ou da diretoria, a natureza e extensão do seu interesse. Os administradores, ora Réus, são solidariamente responsáveis pelos prejuízos causados em virtude do não cumprimento dos deveres impostos por lei para assegurar o funcionamento normal da companhia, ainda que, pelo estatuto, tais deveres não caibam a todos eles. Por isso, responde solidariamente com o administrador quem, com o fim de obter vantagem para si ou para outrem, concorrer para a prática de ato com violação da lei ou do estatuto. DO PEDIDO Do exposto, requer a V. Exa o que se segue: a) a citação dos Réus para virem, querendo, defenderem-se no prazo de 15 dias, sob as penas de revelia; b) o julgamento procedente do pedido com a finalidade de obter o ressarcimento à empresa, dos valores indevidamente utilizados pelos ora Réus por força de fraude ou conluio, e c) o pagamento dos honorários advocatícios e o reembolso das custas e taxa judiciária. Protesta por todas as provas admitidas em direito, em especial a documental, a testemunhal e a pericial. Dá-se a causa o valor de R$. (valor do prejuízo). Local e data. Termos em que Pede e espera deferimento. Advogado: Orides Júnior OAB/RJ Nº FGV DIREITO RIO 21

22 4. AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL DE ACIONISTA CONTROLADOR LEI ARTIGO VARA AUTOR RÉU PRELIMINAR DISTR. POR DEPEND. FUNDAMENTAÇÃO DO PEDIDO VALOR DA CAUSA Lei 6404/76 Art. 117 LSA EMPRESARIAL Acionista minoritário, que responde, no mínimo, por 5% do capital votante. Acionista controlador. Legitimidade do Autor NÃO HÁ. Art. 117, 1º uma das alíneas deve enquadrar o abuso de poder. a citação do réu para querendo defender-se na presente sob às penas da lei; o julgamento procedente do pedido visando a indenização, em valores não inferiores a, pelo dano material e pelo dano moral; a condenação do réu aos ônus da sucumbência. valor do prejuízo FGV DIREITO RIO 22

23 5. AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE FUNDADA EM RETIRADA DE SÓCIO LEI ARTIGO VARA AUTOR RÉU PRELIMINAR DISTR. POR DEPEND. FUNDAMENTAÇÃO DO PEDIDO VALOR DA CAUSA Código Civil Art e 1031 ou 1004 e 1058 CC EMPRESARIAL Sócios que vão progredir com a sociedade Sócio que se pretende excluir. NÃO HÁ NÃO HÁ Art 1031 CC e Súm. 265, do STF Fazer prova que houve infração e pagamento de compensação ; tem que levar o contrato social e provar que há sociedade regularmente inscrita. a citação do réu para vir querendo defender-se na presente sob as penas da lei; o julgamento procedente do pedido visando a exclusão do sócio FULANO DE TAL; a condenação do réu aos ônus da sucumbência. HÁ OBS.: Esta ação não é cabível quando as partes forem participantes em sociedades por ações. O instrumento processual é adequado quando tratar de sociedades contratuais, estabelecidas no Código Civil. PEÇA PROFISSIONAL CESPE João e José, amigos de longa data, constituíram a sociedade Souza & Silva Comércio e Indústria de Móveis. O primeiro sócio aludido detém 49% das quotas da sociedade e ambos a administravam. As afinidades eram muitas, mas, com o passar dos anos, as diferenças vieram à tona. As dificuldades do mercado acabaram contaminando a relação entre os sócios, que freqüentemente passaram a brigar. No ápice de uma discussão, chegou a haver agressão física: João desferiu dois socos na face de José. A manutenção da sociedade tornou-se insustentável. Tentou-se chegar a um consenso acerca de eventual compra das quotas de José por João, o que não foi possível. Tentou-se também a alienação das quotas de José a um terceiro, o que não contou com a anuência de João. José, por fim, não querendo permanecer no empreendimento, procurou um advogado para promover ação de dissolução da sociedade. FGV DIREITO RIO 23

24 Considerando a situação hipotética acima, elabore, de forma fundamentada, a petição inicial que beneficie José. Resposta e comentários: Nota: Para ter certeza da peça a redigir, o candidato pode fazer as seguintes perguntas, antes de iniciar a resposta da prova: a) Quem é o cliente (autor)? b) Quem é o réu(s)? c) O que aconteceu no problema? d) O que o cliente/autor quer do réu(s)? e) Quais os dispositivos legais que fundamenta(m) o(s) direito(s) do cliente? FGV DIREITO RIO 24

25 Modelo de peça aceita com nota máxima no gabarito do Exame de Ordem: Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da... (espaço de 10 linhas) JOSÉ, na qualidade de sócio majoritário da sociedade Souza & Silva Comércio e Indústria de Móveis, (qualificação), portador da Cédula de Identidade/RG nº.... e CPF nº., com residência e domicílio na Rua... nº..., na Cidade de..., vem, perante V. Exa., com o devido respeito, por seu advogado adiante assinado e cumprindo o art. 39, I, do CPC, ut instrumento procuratório, em anexo, assina, com a finalidade de propor AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA contra JOÃO, na qualidade de sócio da sociedade Souza & Silva Comércio e Indústria de Móveis, (qualificação), portador da Cédula de Identidade/RG nº... e CPF nº., com residência e domicílio na Rua... nº..., e a sociedade Souza & Silva Comércio e Indústria de Móveis (qualificação e endereço na forma do art. 282, inciso I do CPC), com base no art c/c 1031, ambos do CC, apresentando as seguintes razões de fato e de direito: DOS FATOS As partes do processo eram amigos de longa data, constituíram a sociedade Souza & Silva Comércio e Indústria de Móveis há muitos anos atrás. As afinidades eram muitas, mas, com o passar dos anos, as diferenças vieram à tona. Entretanto, as dificuldades do mercado acabaram contaminando a relação entre os sócios, que freqüentemente passaram a brigar. No ápice de uma discussão, chegou a haver agressão física: João desferiu dois socos na face de José. Tentou-se chegar a um consenso acerca de eventual compra das quotas de José por João, o que não foi possível. Tentou-se também a alienação das quotas de José a um terceiro, o que não contou com a anuência de João, con- FGV DIREITO RIO 25

26 seqüentemente, só resta ao Autor propor a presente ação para se retirar da sociedade e apurar os seus haveres. DOS FUNDAMENTOS A manutenção da sociedade tornou-se insustentável, pois, o affectio societatis, elemento específico do contrato de sociedade comercial, caracteriza-se como uma vontade de união e aceitação das áleas comuns do negócio. Quando este elemento não mais existe em relação a algum dos sócios, causando a impossibilidade da consecução do fim social, sendo plenamente possível a sua retirada. Toda sociedade empresária tem por objetivo imediato, do ponto de vista das pessoas que a compõem, aos sócios-cotistas interessa, o lucro. Contudo, há interesses outros, de cunho social, de ordem pública e econômica, que devem ser considerarados, como, por exemplo, os empregos gerados, a produção ou transformação econômica de bens úteis, a geração de divisas, etc, etc.. Sobrelevam, portanto, pelo alcance do bem comum, estes interesses, àqueles dos sócios, individualmente, considerados. Por tais razões, a doutrina e a jurisprudência se firmaram pela primazia da preservação da empresa. E, a partir deste entendimento, se construiu, pretoriamente, a chamada ação de dissolução parcial da sociedade, com o que se permite a retirada do sócio dissidente, apurando-se seus haveres e preservando a sociedade com os outros sócios, o que se pretende com a propositura da presente ação. Exatamente. Cuida-se, na hipótese, de uma possibilidade de dissolução parcial de sociedade, composta apenas de dois sócios, em face do desaparecimento da affectio societatis entre ambos. O que, na verdade, retrata a questão é a velha discussão de que, sendo a sociedade composta apenas de dois sócios, com a saída de um deles, teria ela de ser dissolvida e liquidada ou se ela pode continuar a existir com a pessoa do sócio remanescente, apurando-se apenas os haveres do sócio retirante. A questão foi, primitivamente, muito debatida, chegando a predominar o entendimento de que teria, a empresa, de ser dissolvida e liquidada, na medida em que não se concebia, à luz do Direito Comercial, sociedade apenas com uma pessoa, o que seria um contradictio in terminis. FGV DIREITO RIO 26

27 Mas, na verdade, o Direito Empresarial evoluiu, para receber a aragem dos novos ventos que as novas realidades sociais, comerciais e econômicas sopravam e foi, assim, evoluindo para o firme entendimento de que deve predominar, tanto quanto possível, a sociedade comercial, facultando-se, num caso de sociedade de apenas dois sócios, que, com a saída de um deles, perdure a sociedade, apurando-se apenas os haveres do sócio dissidente, na forma do at. 1033, inciso IV do CC. Dentro, pois, desta nova aragem do Direito Empresarial, é plenamente sustentável a tese de que, com a saída de um sócio, a sociedade continua com o remanescente, devendo-se apenas apurar os haveres do sócio retirante, conforme a tendência de nossos tribunais: SOCIEDADE LIMITADA DISSOLUÇÃO PARCIAL ADMISSIBILIDA- DE. Ainda quando composta de apenas dois sócios, admissível é a dissolução parcial da sociedade por cotas de responsabilidade limitada, aplicando-se subsidiariamente o art. 206, inc. I, d, da Lei das Sociedades Anônimas, e em atendimento ao princípio da preservação da sociedade e da utilidade social desta, apurando-se os haveres do sócio retirante, devendo, entretanto, ser recomposta a sociedade no prazo de 1 ano, sob pena de dissolução de pleno direito (TA- MG Ac. da 5ª Câm. Cív. publ. no DJ de Ap BH Rel. Juiz Marino Costa José Roberto Castilho vs. Neyda Maria Campos Amaral) SOCIEDADE COMERCIAL DISSOLUÇÃO PARCIAL PROCESSA- MENTO- Tratando-se de dissolução parcial de sociedade, deve-se agir como se de dissolução total se tratasse, embora apenas em relação ao sócio que sai, porque, para esse, o vínculo social se extingue, continuando, assim, normalmente a sociedade. A dissolução, portanto, não implica a perda do objeto da sociedade e não enseja a sua dissolução total, pois compete aos sócios remanescentes tocar o negócio (TJ-SP Ac. unân. da 16ª Câm. Cív. julg. em Ap /5- São José dos Campos Rel. Des. Pires de Araújo) SOCIEDADE COMERCIAL FIM DA AFFECTIO SOCIETATIS DISSO- LUÇÃO PARCIAL A affectio societatis, elemento específico do contrato de sociedade comercial, caracteriza-se como uma vontade de união e aceitação das áleas comuns do negócio. Quando este elemento não mais existe em relação a algum dos sócios, causando a impossibilidade da consecução do fim social, plenamente possível a dissolução parcial, com fundamento no art. 336, I, do Código Comercial, permitindo a continuação da sociedade com relação aos sócios remanescentes (STJ Ac. unân. da 3ª T. publ. no DJ de , pág Agr. Reg. no Agr RS Rel. Min. Cláudio Santos Advs.: Cláudio Leite Pimentel e Luiz Carlos E. Piva ) FGV DIREITO RIO 27

28 SOCIEDADE COMERCIAL Dissolução parcial. Empresa constituída por apenas dois sócios. Rompimento da affectio societatis. Possibilidade de o réu, quotista majoritário e remanescente, admitir novo sócio ou tocar o negócio individualmente. Dissolução com apuração de haveres do autor determinada. Recurso provido para esse fim. (TJSP AC ª C. Rel. Des. Franciulli Netto J ) (RJTJESP 132/224) SOCIEDADE COMERCIAL Dissolução parcial. Discórdia grave entre os sócios. Rompimento da affectio societatis. Cabimento da dissolução pela impossibilidade de execução dos fins sociais. Arts. 336, I, do CCo., e 1.399, III, do CC. Apuração de haveres dos excluídos de forma mais ampla possível, em face dos fatos trazidos para os autos. Aplicabilidade, ademais,do art. 5º, XX, da CF. Ação procedente. ( TJSP AC ª C Rel. Des. Mohamed Amaro J ). (RJ 180/103) Sob o tema, comenta Rubens Requião: A dissolução parcial passou a ser, em último caso, a regra indicada para solução dos problemas cruciais da sociedade nos seus momentos críticos. Em nossa tese de concurso para a cátedra de direito comercial, numa de suas conclusões, expunha-mos a nossa convicção de que consideramos obsoleto o instituto da dissolução da sociedade comercial na extensão adotada pelo Código. O princípio preservativo da sociedade ou da empresa impõe a necessidade de novas fórmulas, que o direito comercial encontrou na exclusão do sócio. Para encaminhar nossos estudos, vamos partir, pois, de outra classificação mais moderna e lógica. Propomos então a classificação, em duas espécies, da dissolução social: a) dissolução total e b) dissolução parcial. É bem verdade que essa expressão dissolução parcial é contestada por alguns autores, e entre nós pelo professor Hernani Estrela, que não se conforma com essa linguagem. Mas a imposição de seu uso tornou-a correntia, não só nas decisões judiciais como nos livros de doutrina de autores de grande tomo, motivo por que não vemos inconveniente em usá-la desembaraçadamente. No entanto, importantíssimo ressaltar que há de se resguardar a integralidade do patrimônio do sócio retirante, consubstanciado no seu capital e lucros inserido na sociedade. Isto significa estabelecer que somente a forma pactuada no contrato social para os casos de retirada não satisfaz, com eficácia, a apuração dos haveres do sócio excluído da referida sociedade, nos termos do art. 1031, do CC. Deve-se observar in casu, o enunciado da Súmula 265 do Eg. STF: FGV DIREITO RIO 28

29 Na apuração de haveres, não prevalece o balanço não aprovado pelo sócio falecido, excluído ou que se retirou. É conveniente, assim, assegurar ao sócio, que se retira da sociedade receba o valor de sua cota com base em apuração de haveres que encontre valores reais e tudo o mais o que constituir o fundo de comércio e não apenas valores históricos ou contábeis. Como referido pelo Desembargador Fernandes Filho, em caso análogo: Em outras palavras: a apuração dos haveres se fará com base em valores reais, e não apenas em valores contábeis ou históricos, sob pena de enriquecimento ilícito dos réus, ao indireto confisco da propriedade dos autores, pois a tanto equivaleria sua exclusão da sociedade sem o efetivo e integral recebimento do valor do patrimônio que nela tem. (In Jurisprudência Mineira, vol. 82, pág. 40). Vem, também, muito a propósito o seguinte acórdão: SOCIEDADE DISSOLUÇÃO PARCIAL SÓCIO RETIRANTE APURA- ÇÃO DOS HAVERES. Na apuração dos haveres para determinação daqueles do sócio que se retira devem ser considerados os seus valores reais e não aqueles do último balanço (TJ-RJ Ac. unân. da 2ª Câm. Cív. reg. em Ap Rel. Des. Murillo Fábregas). DA CONCLUSÃO E DO PEDIDO Primeiramente, com fulcro no artigo 273 do CPC, 7º, que instituiu a fungibilidade das tutelas de urgência, postula a parte autora ao insigne Juízo se digne conceder a antecipação dos efeitos da tutela pretendida com escopo de ensejar requer que seja oficiado a Junta Comercial onde a sociedade mantém o arquivamento dos documentos societários, documento deste juízo para que seja determinada a regularização, DE PLANO, da retirada do Autor da sociedade, pois desde a propositura da presente não tem interesse em integrar o quadro social da sociedade Souza & Silva Comércio e Indústria de Móveis, para que não seja lesado pelo outro sócio que se encontra na administração isolada da sociedade e poderá realizar negócios que prejudiquem o Autor nos termos do art. 1032, do CC. Por conta de todo o exposto, postula a parte autora ao descortino Juízo se digne ordenar a citação do Réu para comparecer à audiência de conciliação a ser designada, se lhe aprouver, mas sob pena de revelia, quando pode contestar a presente ação de dissolução de sociedade por retirada de sócio, cujo pedido deve ser julgado procedente com escopo de declarar a dissolução FGV DIREITO RIO 29

30 parcial da sociedade com a retirada do sócio, Autor da presente e condenar a 2ª Ré a pagar à parte autora, a título de apuração de haveres. Ainda, para garantir o pagamento dos valores devidos ao Autor, que seja determinada a penhora na renda da sociedade dos valores sob a epígrafe apuração de haveres aos quais tem direito ao Autor, nos termos do art. 1031, do CC c/c Súmula 265, do STF, a partir da sentença de 1º grau, sob pena de multa diária de R$ 500,00 (quinhentos reais), se houver o descumprimento do deferimento da antecipação da tutela, para que os valores fiquem disponibilizados em Juízo. Lastreada no princípio da causalidade e sucumbência, requer a autora, outrossim, a condenação do ré ao pagamento dos ônus sucumbenciais, em que a verba honorária deve ser fixada em sua dosimetria máxima. De todos os modos, propugna os fatos articulados por meio de todas as modalidades de prova em direito permitidas, em especial a documental superveniente. Termos em que, atribuindo-se à causa o valor provisório de R$ ,00 (dez mil reais), sujeito à alteração ao final, nos termos do artigo 258 do CPC, Pede deferimento. Local e data. Nome e OAB do Advogado FGV DIREITO RIO 30

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